Mostrando postagens com marcador ímola. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ímola. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 17 de maio de 2023

OUTRA PAUSA FORÇADA

 

Foto: Reprodução/Twitter

As fortes chuvas e alagamentos no norte da Itália anteciparam uma tendência que começava a se desenhar ontem, quando o autódromo de Ímola foi evacuado: a pedido do vice primeiro-ministro, Matteo Salvini, o GP de Emília Romagna foi cancelado.

Em virtude do calendário inchado, certamente a prova só deverá voltar ao calendário no ano que vem. Com contrato expirando em 2025, a tendência é uma renovação automática de um ano como compensação ao que aconteceu, embora seja muito prematuro afirmar qualquer coisa.

Sendo bem sincero, eu só acredito nesse cancelamento justamente pela imposição do governo italiano. Mesmo com o autódromo alagado, ainda acho que a F1 tentaria correr até as últimas circunstâncias, tudo pelo contrato, mesmo que isso significasse mais constrangimento, como o que aconteceu na Bélgica em 2021.

A F1 não cancelava um evento nas vésperas desde a Austrália, em 2020, quando a pandemia começou. Talvez seja só coincidência, mas no tão falado "maior calendário da história", voltamos agora para o número padrão de 2022, que já é alto.

Sem China e Ímola, o início de temporada é ainda vagaroso, embora agora é que as coisas apertem de vez. Talvez seja um sinal para que o número de corridas diminua, pois o ritmo de trabalho e as viagens são desumanas para quem está na base da pirâmide.

Por outro lado, o número excessivo de corridas também pode ter sido um fator para que a F1/Liberty não tenha se desgastado, pois assim também ajuda na própria imagem, posando de sensata e mandando solidariedade e apoio para quem precisa nesse momento difícil lá no norte da Itália.

Afinal, antes seriam três corridas seguidas, agora são duas: a F1 volta na semana que vem, em Mônaco, e depois vai para Barcelona.

Até!

domingo, 24 de abril de 2022

A AULA DE MAX

 

Foto: ANP

Max Verstappen teve em Ímola um final de semana perfeito. 100% de aproveitamento. Dominante, veloz, seguro, técnico e pilotando com a frieza e categoria de um campeão mundial. Tudo isso em um momento onde já está consideravelmente atrás de Leclerc no campeonato, vinha de dois abandonos em três corridas e a tendência era de outro domínio da Ferrari. Era.

A chuva embaralhou as coisas e a corrida classificatória teve uma largada sensacional de Leclerc. Verstappen, precisando reagir, foi frio na caçada e passou na penúltima volta, diminuindo o prejuízo. Choveu antes da largada de domingo. Quem estava no lado molhado de menos aderência se deu mal. Max disparou para vencer e não foi incomodado em nenhum momento. Pérez saiu muito bem de trás e a Red Bull conseguiu uma dobradinha pela primeira vez desde 2016, na Malásia. Para completar o domingo perfeito, Max venceu o Prêmio Laureus de melhor atleta masculino de 2021, quando bateu as hegemonias de Mercedes e Lewis Hamilton para conquistar o título mundial. Quer mais?

Como sempre escrevemos, a imprevisibilidade é a alma de qualquer esporte. O sentimento do risco de perda é essencial para manter o engajamento do público. Quem vai assistir um campeonato onde o Bayern sempre vence fácil, por exemplo? A largada, no entanto, teve um ato previsível: o azarado Sainz, de novo. Foi tirado da corrida por Ricciardo e ficou atolado na brita outra vez. Na hora decisiva, está falhando. Vai ter que servir para Leclerc vencer o campeonato pois já desperdiçou qualquer chance de briga por título. Tremeu.

Leclerc tentou de todas as formas caçar Pérez. A Red Bull conseguiu ser mais competitiva com uma nova atualização do carro. A Ferrari ainda mantém o que está dando certo. A distância diminuiu e hoje a vitória dos taurinos foi inapelável. Os italianos não podem sentar na vantagem e precisam reagir. A temporada é longa e a história já mostrou que Adrian Newey melhora a Red Bull e a Ferrari vai perdendo força pelo caminho.

Hoje era pra Leclerc engolir o P3 e manter uma vantagem confortável no campeonato. Afinal, Max tem duas vitórias e dois abandonos. Ao colocar o pneu macio no fim para tentar um último ataque em Pérez, rodou e quase colocou tudo a perder. Ainda conseguiu chegar em sexto, mas perdeu sete pontos. A vantagem ainda é de mais de uma corrida para Max (27 pontos), mas o monegasco precisa ser mais cerebral. Numa maratona, nem sempre vai dar para andar forte. Hoje era o dia para capitalizar na vantagem. Uma rodada dessas pode definir um campeonato.

A McLaren reage e mostra que o problema não é o motor. No Bahrein, batiam cabeça para não ficar em último. Hoje, Norris consegue um pódio merecido. Lando segue sendo o piloto do time, enquanto Ricciardo se embola. Certamente o inglês merecia um carro melhor, mas aparentemente o time de Woking pode estar indo para o caminho certo até o fim da temporada.

George Russell é o cara da Mercedes. Pontuou em todas as corridas. Está melhor nos treinos e no ritmo de corrida. Hoje também teve sorte. Fugiu do bolo e correu livre, conseguindo evitar o ataque de Bottas e segurar o quarto lugar. É uma maturidade impressionante. O britânico deixa um recado: me deem um carro... Hamilton vem sofrendo e a cada corrida que passa lembra a “ressaca” de Schumacher em 2005 quando o regulamento proibia a troca de pneus e a Ferrari foi para o meio do grid. Com um acerto diferente, está passando por apuros. Está inferior a Russell e teve azar. Ficou a corrida toda atrás de Gasly com uma parada lenta e sem motor ou aerodinâmica capaz de tentar a ultrapassagem. Um constrangedor  14° lugar e uma volta atrás de Max. Hamilton já teve anos difíceis na McLaren, mas a Mercedes estar assim mostra que 2022 está perdido em termos competitivos. É diminuir os danos e voltar ao protagonismo em 2023. Mesmo assim, precisa estar mais próximo de Russell nos pontos.

Foi só falar que a Aston Martin conseguiu seus primeiros pontos no ano com os dois pilotos. São bons de chuva e pistas escorregadias. Um belo desempenho de Vettel e um pontinho suado para Stroll, que pressionou e foi pressionado a corrida toda.

Excelente trabalho de Tsunoda, mostrando evolução. Como sempre escrevi, pessoal esquece que ele tem só 20 e poucos anos... superou Gasly no final de semana. Magnussen conseguiu mais pontinhos preciosos para a Haas depois de um grande treino na sexta. Enquanto isso, Mick Schumacher segue zerado. Por enquanto, não está sendo aprovado desde que passou a ter alguma concorrência interna. Nunca é demais lembrar que Magnussen teve um treino na pré-temporada praticamente.

Bottas faz o que sabe de melhor: acumular pontos sem pressão, exercendo a liderança esperada na Alfa Romeo. Zhou bateu no sábado e teve um momento difícil. Acredito que vai ser o mesmo caso de Tsunoda em 2021: a adaptação de um F2 para um F1 com novas regras, o que torna tudo mais difícil, é brutal. Paciência que o chinês é bom piloto.

Max reage num final de semana perfeito para ele e a Red Bull. Há campeonato. A Ferrari sofreu um duro baque em casa mas ainda tem gordura para queimar, especialmente Leclerc. O que vimos hoje foi a aula de Max, campeão mundial e vencedor do Laureus.

Confira a classificação final da corrida:



Até!

sexta-feira, 22 de abril de 2022

UM VELHO PERCALÇO

Foto: Clive Mason/Getty Images

 Ímola, um circuito tradicional, naturalmente tem muitas armadilhas. Quando chove, então... Foi exatamente o que aconteceu nesse início de tarde de sexta-feira, com o treino classificatória para as corridas de sábado e domingo.

Em condições normais, o favoritismo claro era confirmado pela Ferrari e por Leclerc. Sem chance para os concorrentes. O treino já começou atribulado quando os freios de Albon pegaram fogo e a sessão ficou parada por um bom tempo. Sofrendo em ritmo de volta rápida e o purpoising, quase que a Mercedes já bailou no Q1. Sorte deles que Ocon teve problemas e as duas Alpha Tauri ficaram fora.

Chega o Q2 e, agora com o contrato renovado, Carlos Sainz continua dando mostras de que sucumbiu a pressão. Rodou sozinho e larga mais atrás. Pelo carro que tem isso não é um problema, mas as chances de vitória são diminutas. Mais um erro consecutivo. No meio disso tudo, começa a chover e fica tudo como está. Pela primeira vez desde 2012, a Mercedes não foi para o Q3: Russell 11° e Hamilton 13°.

Vettel teve senso de oportunidade e foi para o Q3, assim como Magnussen, os grandes destaques e até zebra. Com a chuva, a pista foi mais traiçoeira ainda e as condições desconhecidas equilibraram tudo. Quando parou de chover, Max estava com a volta mais rápida: na hora certa no lugar certo. A sorte dele e azar de Leclerc e que dali em diante não teve mais treino.

Bottas teve um problema no carro e Norris rodou. Magnussen também, mas conseguiu sair do lugar. Com muita bandeira vermelha e pouco treino de fato, Max Verstappen conquistou a primeira pole no ano e vai largar duas vezes na primeira posição nesse final de semana. Surpreendente, embora não seja o favorito. Talvez chova sábado e domingo.

Leclerc está logo atrás, seguido por Norris e Magnussen em quarto! A chuva embaralhou tudo, o que dá um tempero especial para sábado e domingo. Se as condições normais existirem, Leclerc tem a grande chance de se isolar mais ainda no campeonato, principalmente na corrida de domingo que é a mais importante. Inteligente do jeito que é, duvido que vá correr riscos desnecessários no sábado, principalmente na largada.

Com a nova pontuação e regras da corrida classificatória, sábado perde ainda mais o valor, considerando que o grid de domingo é o mesmo. No entanto, com a possibilidade de chuva em um circuito tão cheio de armadilhas, o imponderável pode agir outra vez e nos brindar com duas belas manhãs de disputas. Se embaralhar o campeonato, melhor ainda.

Confira o grid de largada do GP de Emília Romagna:


Até!

GP DE EMÍLIA ROMAGNA: Programação

 O Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari recebeu corridas da Fórmula entre 1980 e 2006. Desde 1981 era realizado o Grande Prêmio de San Marino. Em 2020, em virtude da pandemia de Coronavírus, o autódromo volta para o calendário para sediar o GP de Emília-Romagna, região onde fica o autódromo na cidade de Ímola.

Em 2021, a corrida entrou novamente no calendário de última hora, substituindo o cancelado GP do Vietnã, mas desde 2022 voltou a ser fixa no calendário da F1.

Foto: Reprodução/Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:13.609 (Mercedes, 2020)

Volta mais rápida: Lewis Hamilton - 1:15.484 (Mercedes, 2020)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Lewis Hamilton (2020) e Max Verstappen (2021) - 1x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Charles Leclerc (Ferrari) - 71 pontos

2 - George Russell (Mercedes) - 37 pontos

3 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 33 pontos

4 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 30 pontos

5 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 28 pontos

6 - Max Verstappen (Red Bull) - 25 pontos

7 - Esteban Ocon (Alpine) - 20 pontos

8 - Lando Norris (McLaren) - 16 pontos

9 - Kevin Magnussen (Haas) - 12 pontos

10- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 12 pontos

11- Daniel Ricciardo (McLaren) - 8 pontos

12- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos

13- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 4 pontos

14- Fernando Alonso (Alpine) - 2 pontos

15- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 1 ponto

16- Alexander Albon (Williams) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Ferrari - 104 pontos

2 - Mercedes - 65 pontos

3 - Red Bull RBPT - 55 pontos

4 - McLaren Mercedes - 24 pontos

5 - Alpine Renault - 22 pontos

6 - Alfa Romeo Ferrari - 13 pontos

7 - Haas Ferrari - 12 pontos

8 - Alpha Tauri RBPT - 10 pontos

9 - Williams Mercedes - 1 ponto

PÉREZ QUER EXPANSÃO E TRADIÇÃO NA F1

Foto: Divulgação

Sérgio Pérez está feliz com a F1 cada vez mais inserida no continente norte americano. Com três corridas nos Estados Unidos e mais o GP do México, Canadá e Brasil, "Checo" também faz um alerta: a F1 precisa manter as pistas históricas e tradicionais e as novas que entram precisam ter alguma identidade.

"Primeiramente, acho ótimo que a Fórmula 1 esteja crescendo tanto em outro continente. É uma grande oportunidade para a Fórmula 1, para o esporte, e acho que todos nós vamos nos beneficiar. Então é fantástico.

Mas, ao mesmo tempo, seria bom preservar a história do esporte, e nós precisamos ter sempre as pistas históricas. E, sempre que formos para um lugar novo, temos que ter certeza que os circuitos tenham certa identidade. Sinto que falta isso para algumas das pistas novas. Então é algo que vai ser bem importante, disse.

Com tantas corridas perto de casa, Checo até considera voltar a morar no país em breve, além de estar muito contente com a inclusão da corrida de rua de Las Vegas no calendário:

“A Fórmula 1 está se tornando um pouco mais americana, definitivamente está mais próxima do México. Então talvez eu acabe finalmente morando em casa, o que seria ótimo. Acho que Vegas vai ser uma oportunidade fantástica para o esporte e para os fãs verem os carros e a Fórmula 1. Penso que é uma excelente combinação: Vegas e Fórmula 1”, completou.

Seria a combinação ideal, mas o ideal não existe. A F1 se expande para quem pode pagar mais e custar menos. O problema é que tudo parece igual: circuito de rua, à noite... sem o perigo, a brita, o desafio, tanto para o público quanto para os próprios pilotos. A expansão desenfreada e sem critério pode ser um perigo para a categoria, no sentido competitivo da coisa.

MAX, A "BOMBA-RELÓGIO"?

Foto: Divulgação/ Red Bull Content

O início da Red Bull é difícil, principalmente para o atual campeão Max Verstappen. Uma vitória e dois abandonos em três corridas já deixam o holandês distante de Charles Leclerc, líder do campeonato. 

Sempre um piloto sanguíneo, as reclamações são constantes no rádio. Apesar do natural amadurecimento, Helmut Marko acredita que, se os taurinos não resolverem os problemas, Max pode virar uma "bomba-relógio" emocional.

“Está muito mais calmo. Depois do abandono na Austrália, voltou ao pit-lane e conversou conosco de maneira muito calma. Neste caso, entretanto, sabíamos que o problema era uma possibilidade, porque tivemos de lidar com ele na classificação. Não veio do nada.

Max é um piloto passional e emotivo que sempre dá sua opinião. Na minha visão, está muito mais calmo que no passado.

Se não vencermos novamente rápido, então ele será realmente uma bomba relógio”, disse para a TV ORF, da Áustria.

Ainda segundo Marko, Max ainda não se adaptou com a parte técnica da nova F1:

“Com o setup do carro, às vezes falta a confiança de manter o estilo extremo com que ele guia o carro. Dá para ver que Checo está mais perto dele que no ano passado”, concluiu.

Max com o emocional abalado é um perigo. É um cara que prefere abandonar a perder. Como o novo contrato tem a cláusula de desempenho e confiabilidade, é bom a Red Bull tomar cuidado, principalmente agora que está desenvolvendo os próprios motores. A bomba-relógio pode explodir, destroçar Milton Keynes e ir para um rival. Uma certa equipe alemã certamente está atenta a tudo isso...

TRANSMISSÃO:
22/04 - Treino Livre 1: 8h30 (Band Sports)
22/04 - Classificação: 12h (Band Sports)
23/04 - Treino Livre 2: 7h30 (Band Sports)
23/04 - Corrida Classificatória: 11h30 (Band e Band Sports)
24/04 - Corrida: 10h (Band)

domingo, 18 de abril de 2021

ROUND A ROUND

 

Foto: Mark Thompson/ Getty Images

A segunda corrida da temporada prometia ser muito interessante. Vantagem mínima no grid, Pérez na frente de Verstappen e os dois sedentos por Hamilton. No meio do pelotão, Ferrari e McLaren se desgarravam das demais e esperavam alguma coisa de diferente, o que aconteceu: a chuva obrigou a todos a largar com o pneu intermediário, alguns com o de chuva.

Verstappen deu show na largada e, contrariando seu retrospecto, venceu a corrida na primeira curva, quando se livrou de Pérez e Hamilton e disparou na frente. Ou nem tanto. Com o spray, carros juntos e dificuldade em enxergar,  Latifi rodou e, voltando pra pista, se deparou com o Mazepin. O canadense estava atravessado, mas o russo já fez uma vítima logo na primeira volta. Safety Car.

Verstappen disparou, seguido de Hamilton e o excelente Leclerc, que aproveitou uma corrida caótica de Pérez para ficar em terceiro. Na sequência, Norris se livrava de Ricciardo e tentava se aproximar. Chamou a atenção como o britânico venceu facilmente o australiano, mais uma vez.  Gasly continuou com os pneus de chuva extrema e pagou o preço, precisando ir aos boxes e caindo para o fim do pelotão.

A pista secou e ficou numa condição perigosa. Molhada e seca ao mesmo tempo, quem saísse dos trilhos correria riscos. E foi o que aconteceu. Ao tentar se livrar de retardatários, Hamilton errou. Fazia tempo que não acontecia. Ao escapar, parecia que não tinha mais volta. Ele não atolou, deu ré e voltou pra pista, uma volta atrás de Verstappen e com uma corrida de recuperação a fazer. A questão parecia liquidada.

Eis que, na volta seguinte, um grande acidente: Russell tentou passar Bottas por fora na primeira curva e, pegando a parte molhada, perdeu o controle e os dois bateram forte. Bandeira vermelha. Tudo parado e permitida a recuperação de voltas dos retardatários. Russell foi pra cima de Bottas. Um simbolismo nesse acidente. O presente que vai virar passado e o presente que vai virar futuro da Mercedes, em tese. Russell fez uma série de acusações e tudo isso irritou Toto Wolff.

Bottas fazia uma corrida tenebrosa e ser ultrapassado por uma Williams seria a marca evidente desse processo. O inglês, por sua vez, desperdiça mais uma vez os pontos para a equipe. Tá na hora de pensar mais no coletivo do que na promoção pessoal.

Com a relargada, Verstappen não teve problemas para desfilar rumo a primeira vitória no ano. Norris, em grande final de semana, aproveitou a punição de Pérez e se enfiou no pódio, livrando-se também de Leclerc. O mexicano, tentando persegui-lo, errou e jogou todo o final de semana fora, onde foi mais rápido que Max e certamente seria importante para atrapalhar Hamilton que, sem nada a ver com isso, galgou posições rumo ao segundo lugar original que, diante das circunstâncias, precisa ser celebrado. Não só isso, mas junto com a melhor volta da corrida. Isso é que separa os dois no campeonato até aqui.

A Ferrari parece muito mais consistente e, mesmo com Sainz errando, conseguiu um ótimo quinto posto. Ricciardo, ainda abaixo de Norris, foi o sexto. Gasly conseguiu se recuperar para ser o sétimo, enquanto Tsunoda mostrou um final de semana errático. Faz parte, é a segunda etapa da carreira somente. Na briga pelos últimos pontos, Raikkonen cometeu uma infração e foi penalizado com 30 segundos que o tirou do top 10, colocando lá Ocon e Alonso, os primeiros três pontos da Alpine na categoria.

Pela primeira vez em muito tempo, Alonso foi  vencido sem muitas dificuldades por um companheiro de equipe. Fruto da inatividade e da idade chegando? Talvez. Escrevi lá atrás que enxergava, a esse ponto da carreira, muito mais como uma última dança do que propriamente um desempenho de bicampeão.

Quem está apanhando de forma inexplicável é Vettel. Stroll mais uma vez ficou nos pontos e o tetracampeão longe, mas muito longe dos pontos. Muita gente tem dúvidas se ele realmente permanece na F1 desse jeito. Coincidência ou não, Hulkenberg assinou como piloto reserva da escuderia semanas atrás.

Na Haas, Mazepin é Mazepin e Mick é Mick. Carro ruim e pilotos inexperientes. O russo é inapto para a categoria, mesmo assim é importante ver o filho do Schummi na frente dele sem muitos sustos.

Mais equilibrado do que nunca, Mercedes e Red Bull sobram as demais. McLaren e Ferrari recuperam terreno e deixam Alpine, Aston Martin e Alpha Tauri um degrau abaixo.

Vitória de Max Verstappen num campeonato que, assim como uma luta de boxe, vai ser disputada round a round, onde pontuar é muito mais importante do que dar show e tentar sempre buscar o nocaute.

Confira a classificação do GP de Emília Romagna:



Até!

sexta-feira, 16 de abril de 2021

APERTADO

 

Foto: Getty Images

Ímola é um circuito apertado, sem muitas condições de ultrapassagem. Portanto, uma corrida onde naturalmente a classificação será fundamental para definir as pretensões de cada um. No entanto, uma particularidade especialmente interessante: um circuito antigo que não tem áreas de escape. É brita, grama e muro. Errou, um abraço. Os pilotos devem estar concentrados o tempo todo.

Leclerc errou uma vez e bateu no segundo treino livre, o que força a Ferrari a trabalhar em dobro para reparar os danos. Isso pode comprometer o final de semana do monegasco. Outro que vai bater é Mazepin, mas isso não é uma surpresa.

A Mercedes parece melhor ajustada para Ímola e não deve sofrer tanto. Bottas foi o mais veloz nos dois treinos. Ele também fez a pole ano passado, o que não diz muita coisa. Verstappen teve um problema no eixo de transmissão no segundo treino livre e preocupa. 

As brigas interessantes, como sempre, ficam no miolo. McLaren, Aston Martin, Alpha Tauri, Alpine e Ferrari. A cada prova esse pelotão vai lutar bravamente pelo posto de ser o melhor do resto, apenas esperando algum infortúnio em Mercedes e Red Bull.

Ímola não deve ser emocionante, mas sim tensa, como sempre foi depois de 1994. Apenas agora cheguei a conclusão de que em dois meses de F1 só tivemos duas corridas e, em tese, teremos mais 21 ou 20 em 7 meses. Parece que o GP do Canadá será novamente cancelado em virtude da falta de acordo em relação a bolha da F1 e as restrições sanitárias impostas pelo país na pandemia. 

Vai ser um longo ano, muito apertado, igual Ímola.

Confira a classificação dos dois treinos livres:




Até!


quinta-feira, 15 de abril de 2021

GP DE EMÍLIA ROMAGNA: Programação

 O Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari recebeu corridas da Fórmula entre 1980 e 2006. Desde 1981 era realizado o Grande Prêmio de San Marino. Em 2020, em virtude da pandemia de Coronavírus, o autódromo volta para o calendário para sediar o GP de Emília-Romagna, região onde fica o autódromo na cidade de Ímola.

Em 2021, a corrida novamente entra no calendário de última hora, substituindo o cancelado GP do Vietnã.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:13.609 (Mercedes, 2020)
Volta mais rápida: Lewis Hamilton - 1:15.484 (Mercedes, 2020)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2020) - 1x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 25 pontos
2 - Max Verstappen (Red Bull) - 18 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 16 pontos
4 - Lando Norris (McLaren) - 12 pontos
5 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 10 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 8 pontos
7 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 6 pontos
8 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 4 pontos
9 - Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos
10- Lance Stroll (Aston Martin) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 41 pontos
2 - Red Bull Honda - 28 pontos
3 - McLaren Mercedes - 18 pontos
4 - Ferrari - 12 pontos
5 - Alpha Tauri Honda - 2 pontos
6 - Aston Martin Mercedes - 1 ponto

NO LIMITE

Foto: Reprodução/Lamborghini

Não se trata do retorno do reality show da TV Globo, marcado para o mês de maio, mas sim a situação do calendário da Fórmula 1. É o que diz Stefano Domenicali, que desde o início do ano é o novo chefão da F1.

Questionado pela revista alemã Auto Motor und Sport, o italiano afirmou que não é possível aumentar o calendário neste momento e também justificou o aumento de corridas (ano passado, se não fosse a pandemia, teríamos 21 etapas; no fim, foram realizadas 17):

“Acho que mais de 23 corridas é muito improvável, talvez até seja praticamente impossível. No momento, há muito interesse em organizar GPs. No futuro, vamos ter de pensar de forma mais cuidadosa sobre quais países são importantes para nossa estratégia.

“Alguns dos eventos do último ano continuaram no calendário por serem palcos históricos com circuitos espetaculares. Mas esses palcos também precisam ter a força financeira para organizar um evento”, disse.

Ou seja: a F1 precisa de dinheiro, ainda mais que ainda vai ficar por um tempo sem a renda das bilheterias e a presença de público nos autódromos. Esse é um dos motivos que a FIA quer mais seis milhões de dólares do governo canadense para confirmar a etapa de Montreal no calendário deste ano, em junho.

O pessoal do paddock comenta que acha inviável todas as 23 corridas serem realizadas. Em alguns países, como o nosso, a situação do coronavírus está bem complicada e não sabemos como vão estar as coisas no futuro, tanto é que o calendário atual sofreu várias mudanças ainda em janeiro.

A F1 quer dinheiro. Isso explica porque Arábia Saudita, Abu Dhabi e outras corridas da Ásia são tão importantes e palcos históricos como Interlagos, Silverstone e Ímola sofrem a cada renovação. A F1 não se paga pela história, mas abdicar desses palcos é um corte profundo na identidade da categoria. 

Vale a pena pelo dinheiro fácil? Também duvido que todo o calendário será reproduzido, em virtude das questões sanitárias que são diferentes em todo o planeta.

SEM ÓDIO

Foto: Getty Images

É o que pede Lando Norris. Em uma live na Twitch, o britânico se irritou com as piadas e as críticas dos "haters" do russo Nikita Mazepin, que teve uma estreia desastrosa na F1 na corrida do Bahrein. Além do mais, o russo já é uma figura controversa no automobilismo de base, seja pelas manobras na pista, a influência do pai bilionário e o caso de assédio que foi exposto logo depois que ele foi anunciado piloto da Haas.

“Não precisam odiá-lo pela rodada, certo? Vou começar a banir. É meio difícil, acho que muito disso acontece por ter sido a primeira corrida dele e com 18 carros na frente.

Tinha muita turbulência e ele provavelmente tinha pouco downforce naquele ponto, porque todo o ar estava sendo puxado por todos os carros na frente. Ele corrigiu muito, foi tudo tão rápido que foi difícil salvar, eu diria. Não tinha muito que ele pudesse ter feito, é complicado. Um pouco ambicioso demais no acelerador? Olhando para trás, sim, mas é a combinação de ser um trecho complicado e o carro não tornando as coisas tão fáceis para ele também. Quanto pior o carro que você tem, é mais fácil você rodar”, completou o britânico.

Na sequência, Lando ironizou seus seguidores, questionando por quê eles não atacaram Mick Schumacher, que rodou mas não bateu, da mesma forma.

Bom, acho louvável essa defesa boa samaritana e corporativista do Norris, mas na boa: o russo tá pouco se lixando para ele, suas defesas e todo o resto. Norris pode até ser uma das vítimas da irresponsabilidade do russo no futuro, vai saber. Aí quero ver onde fica esse discurso empático e ponderado.

TRANSMISSÃO:

16/04 - Treino Livre 1: 6h30 (Band Sports)
16/04 - Treino Livre 2: 9h30 (Band Sports)
17/04 - Treino Livre 3: 6h (Band Sports)
17/04 - Classificação: 9h (Band para SP e Band Sports)
18/04 - Corrida: 10h (Band)





quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

ANO NOVO, VELHOS PROBLEMAS

 

Foto: McLaren

A virada do ano não fez desaparecer os problemas do passado. Pelo contrário. A F1 já muda o calendário que, a princípio, será o mais extenso da história.

E vai começar uma semana mais tarde que o normal. Em virtude da Austrália exigir uma quarentena de duas semanas e uma biosfera para quem vai ao país, isso fez com que fosse inviável nesse momento a ida da F1 para lá. A corrida foi adiada para o final da temporada, mais precisamente para o dia 21 de novembro. Desde Adelaide que a corrida australiana não ia para o fim do ano.

A abertura da temporada será, portanto, no Bahrein, mas a data foi mantida: 28 de março. Será a terceira que a corrida de Sakhir começa o ano. Como efeito dominó, toda a logística foi modificada.

A pré-temporada, que seria na Espanha no início de março, será também no Bahrein, entre os dias 11 e 14 de março. A única vez que o país sediu esses treinos havia sido em 2014.

O coronavírus também provocou outras mudanças no calendário. A China pediu adiamento da corrida mas, a princípio, vai ficar fora da temporada de novo. Para o seu lugar, no dia 18 de abril, a F1 confirmou mais uma edição do GP de Emília Romagna, em Ímola, a segunda corrida do ano.

A terceira corrida, no dia 9 de maio, ainda não foi oficialmente anunciada. Como o espaço é de uma semana, parece ser improvável que seja em outro continente. Portanto, Vietnã está fora sem sequer existir. Provavelmente teremos o retorno do GP de Portugal, em Portimão.

Com o GP da Austrália sendo remanejado para 21 de novembro, isso provocou efeito-dominó em outras duas etapas: O GP de São Paulo, em Interlagos, foi antecipado para 7 de novembro, uma semana antes do original. 

As corridas finais foram empurradas: Arábia Saudita (que sequer tem um layout do circuito ainda) será dia 5 de dezembro e Abu Dhabi encerra os trabalhos no dia 12/12. A temporada mais longa da história começa e termina uma semana depois do previsto.

Sinceramente? Já disse que esse tanto de corrida é demais e desvaloriza a importância do espetáculo de um evento de Fórmula 1. Sobre os circuitos, podiam tirar Paul Ricard, Barcelona, Sochi, Arábia Saudita e Abu Dhabi de uma vez. Como isso não vai acontecer, poderiam ter colocado Mugello e Istambul ao invés de Ímola e Portimão, mas é o que tem pra hoje.

De resto, aguardamos os lançamentos dos carros e uma última informação: agora todos os treinos livres vão ter uma hora de duração. Menos tempo para treinar, mas convenhamos: o pessoal mal vai para a pista. Acho que todos ganham.

Ano novo, velhos problemas e soluções nem tão inéditas assim.

Até mais!

domingo, 1 de novembro de 2020

E CONTANDO...

 

Foto: Getty Images

São 93 vitórias de Lewis Hamilton e sete títulos consecutivos da Mercedes, um novo recorde na F1. E contando... Apesar de parecer fim de festa para Toto, cada vez mais convencido de que vai deixar a equipe no final do ano, Hamilton ainda faz um drama e tenta chamar a atenção afirmando "que pode não estar aqui ano que vem", ele mesmo que também diz ter muito mais a conquistar na categoria.

É uma simbiose que se torna sinônimo da maior hegemonia da história da Fórmula 1. Apesar disso, a equipe tem seu patinho feio e azarado. Bottas é inqualificável, e hoje ainda teve o azar de ficar com um pedaço da asa do carro de Vettel no assoalho na corrida toda, o que custou uma possível vitória. Para piorar, Hamilton foi aos boxes bem no momento em que entrou o Safety Car Virtual, para sepultar de vez as chances do finlandês. Hamilton está a 19 pontos do heptacampeonato, na Turquia.

Mas Bottas também teve sorte porque conseguiu salvar a segunda posição graças ao pneu estourado de Verstappen. Ao tentar uma estratégia diferente, a Mercedes usou o finlandês para marcar território e deixou Hamilton com a pista livre, com pneu melhor apesar do desgaste. Uma vitória à la Schumacher. A Red Bull errou e viu o pneu traseiro direito de Max explodir, o que de certa forma mudou tudo lá atrás.

O inqualificável Stroll fez mais uma corrida deplorável, mostrando a qualquer um com QI com mais de dígitos que ele só está lá porque é filho do papai. Pior: mostrou um instinto homicida ao atropelar o mecânico da Racing Point que claramente se inspirou em Neymar. Fez todo um malabarismo e contorcionismo desnecessário para valorizar o incidente. Se tivesse VAR, não teria sido marcado nada.

 Pérez, largando de 11°, tinha tudo para confirmar o pódio até ser chamado de forma suspeita para os boxes numa burrada e perder essa condição. Melhor para Ricciardo, que herdou o posto e resistiu aos ataques de Kvyat, em grande apresentação no ano (a melhor), provavelmente em seu canto do cisne. Gasly, com o lindo capacete de Senna, abandonou na nona volta. Poderia estar no bolo, mas o australiano tem tudo para confirmar e ser o melhor do resto. Será que já se arrependeu de deixar a Renault e ir para a McLaren em uma situação inferior?

Por falar em burrada, é preciso ter sorte e competência na vida até para atravessar a rua, já dizia Nélson Rodrigues. George Russell é atropelado todas as semanas. Quando finalmente tinha chances límpidas de pontuar pela primeira vez, bateu estando atrás do Safety Car. Lembrou a decepção de Badoer ao abanadonar em 1999. O inglês é promissor, mas se não aproveitar as frestas que lhe oferecem... Digo o mesmo para Ocon, hoje vítima do motor francês estourado.

De contratos renovados, os dois pilotos da Alfa Romeo estiveram juntos na zona de pontuação pela primeira vez no ano, o que é uma "resposta" para os críticos e um estímulo para Giovinazzi, pois sabemos que Raikkonen não se importa com nada. A McLaren claramente virou a quinta força outra vez e, sem investimento, pode voltar a estagnar nas posições intermediárias. Sainz já está chegando em Norris na tabela.

Em um circuito travado, curto e pequeno, Ímola poderia compensar na imprevisibilidade de apenas Raikkonen conhecer a fundo o circuito. No final, o Safety Car até deu um suspense, mas foi uma corrida previsivelmente insuportável. Ah, Vettel. Quando não é ele que caga na entrada é a Ferrari que faz caca na saída. Um "erro" no pit e lá se foi mais uma chance de pontuar. Agora o tetracampeão está atrás de Kvyat e apenas alguns pontos a frente de Nico Hulkenberg, que só largou duas vezes em 2020.

Ah, Albon. Ele definitivamente assinou hoje a saída da Fórmula 1. O contexto não ajuda e ele também não. Parece que desistiu da causa. Uma pena. Escreverei mais sobre no post de amanhã.

Mais uma vitória para Hamilton, mais um título para a Mercedes e, em duas semanas, mais um título para Lewis Hamilton igualar mais um recorde da Fórmula 1. E assim o mundo segue, girando e contando...

Confira a classificação final do GP de Emília Romagna:


Até!

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

GP DE EMÍLIA ROMAGNA: Programação

 O Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari recebeu corridas da Fórmula entre 1980 e 2006. Desde 1981 era realizado o Grande Prêmio de San Marino. Em 2020, em virtude da pandemia de Coronavírus, o autódromo volta para o calendário para sediar o GP de Emília-Romagna, região onde fica o autódromo na cidade de Ímola.

Foto: Wikipédia

EU TÔ AQUI

Foto: Reprodução/Alpha Tauri

Depois de mais uma grande corrida na temporada, onde chegou em quinto depois de largar em nono, Pierre Gasly falou sobre o futuro. Com a indefinição na Red Bull, o francês, vencedor do GP da Itália, lembrou que é o piloto que mais pontuou com a Alpha Tauri: agora são 63, a mesma quantidade que no ano passado, quando estava com a Red Bull.

"Vamos ver… Ao final de tudo, é a Red Bull quem decide para onde vai cada piloto. Vamos ver o que acontce comigo. O que posso fazer é entregar bons resultados. E marquei mais pontos com a AlphaTauri do que qualquer outro”, disse.

Helmut Marko admitiu que, caso não siga com Albon, a tendência é buscar por pilotos de fora da academia de pilotos, o que deixa Pérez e Hulkenberg em boa situação. É inegável que Gasly merece retornar para onde estava, fez por merecer, os resultados estão aí. 

A questão é: a Red Bull o merece de volta? Talvez o francês tenha que olhar para outros horizontes, tal qual Sainz fez. Como já escrito antes, talvez a vaga que Gasly realmente precisa disputar no curto prazo é a Renault/Alpine, sendo independente.

ATUALIZAÇÃO: foi confirmado que Pierre Gasly continua na Alpha Tauri por mais uma temporada.

23 EM 2021

Foto: Getty Images

Ainda não é oficial, mas segundo a revista alemã Auto und Motor Sport, a ideia da F1 no ano que vem é de ter 23 etapas, com o retorno das corridas que foram canceladas neste ano.

A temporada começaria dia 21 de março na Austrália, em Melbourne. No entanto, apenas 19 dos 23 circuitos estariam confirmados. Há um grande ponto de interrogação sobre as presenças de Estados Unidos, México, Brasil e até Arábia Saudita, que entraria no calendário com um circuito de rua em Jeddah.

Na boa? 23 etapas com essa Fórmula 1 sem graça seria tortura para quem trabalha e quem assiste. É supervalorizar e também tirar a importância de um Grande Prêmio, fazendo ele acontecer em todas as semanas. Nunca pensei que pudesse dizer isso, mas antigamente quando tinha 15, 16, até 18, estava ótimo. 

Qual a perspectiva pra 23 etapas com um campeonato de um carro só? Inflar ainda mais os números de Hamilton? Isso é loucura. 

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 256 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 179 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 162 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Renault) - 80 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 75 pontos
6 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 74 pontos
7 - Lando Norris (McLaren) - 65 pontos
8 - Alexander Albon (Red Bull) - 64 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 63 pontos
10- Carlos Sainz Jr (McLaren) - 59 pontos
11- Lance Stroll (Racing Point) - 57 pontos
12- Esteban Ocon (Renault) - 40 pontos
13- Sebastian Vettel (Ferrari) - 18 pontos
14- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 14 pontos
15- Nico Hulkenberg (Racing Point) - 10 pontos
16- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 3 pontos
17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 2 pontos
18- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos
19- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 435 pontos
2 - Red Bull Honda - 226 pontos
3 - Racing Point Mercedes  - 126 pontos
4 - McLaren Renault - 124 pontos
5 - Renault - 120 pontos
6 - Ferrari - 93 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 77 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 5 pontos
9 - Haas Ferrari - 3 pontos

TRANSMISSÃO





terça-feira, 27 de outubro de 2020

MUITO ALÉM DA TAMBURELLO

 

Foto: Getty Images

Ímola virou sinônimo de morte, de tragédia, especialmente para nós brasileiros. É claro que a morte de Senna na Tamburello deixa marcas eternas na lembrança popular de todos, mesmo os que odeiam o esporte. Também teve a morte de Ratzenberger e os acidentes de Piquet e Berger, mas este post serve para mostrar que o Auódromo Enzo e Dino Ferrari é muito mais do que um cemitério e também teve histórias importantes de disputas, rivalidade e inimizade.

Começamos por 1982. A Ferrari tinha uma grande superioridade e era favorita para o título. Depois de Nelson Piquet e Keke Rosberg terem sido desclassificados da corrida anterior, no Brasil, a FOCA resolveu boicotar a corrida, que teve somente a participação das equipes de fábrica (Ferrari, Alfa Romeo e Renault) e mais quatro equipes que "amarelaram" na hora H e formaram um grid de só 14 carros.

Na pista, as Ferrari assumiram a ponta após as duas Renault quebrarem. Com uma grande possibilidade de fazer uma dobradinha, algo que não acontecia desde Itália-1979, a Ferrari pediu que os pilotos se acalmassem e não fizessem bobagem. Villeneuve, que era o líder, entendeu que a ordem era manter as posições, mas Didier Pironi não. Na última volta, o francês ultrapassou o canadense e venceu pela primeira vez com a Ferrari. Gilles ficou furioso, prometeu nunca mais falar com Pironi e morreu na corrida seguinte durante os treinos para o GP da Bélgica.



1989. Berger bate forte na Tamburello no início da corrida e provoca uma bandeira vermelha. O carro da Ferrari pega fogo mas milagrosamente o austríaco só tem alguns ferimentos nas mãos. 

Na relargada, Senna passa Prost e vence, buscando o bicampeonato. Prost não gostou nada porque disse que o brasileiro violou um acordo que tinham feito antes da relargada, pois foi dito entre os dois que quem largasse na frente não seria atacado pelo outro até depois da primeira curva, porque a superioridade dos carros ingleses era enorme sobre as demais equipes que não valeria a pena um confronto logo na primeira curva de cada corrida.

A partir disso, a rivalidade entre os dois ficou cada vez maior e o final vocês já sabem.



1997. Particularmente, acho a corrida desse ano interessante porque, no meio da rivalidade entre Villeneuve e Schumacher, Heinz Harald Frentzen venceu pela primeira vez na carreira, com a Williams. 1997, o famoso campeonato onde o canadense e o alemão nunca dividiram o mesmo pódio o ano todo. Foi também a primeira dobradinha entre pilotos alemães na história da F1.



2003. Na manhã de domingo, morreu Elizabeth Schumacher, de 55 anos, vítima de cirrose hepática. Os filhos, Michael e Ralf, largavam na primeira fila e decidiram correr. Na pista, Michael conseguiu a primeira vitória na temporada e foi para o pódio, sem comemorar. Na coletiva, foi substituído pelo chefão Jean Todt.



2005. Com um início arrasador em um novo regulamento, a Renault e o jovem Fernando Alonso despontavam como candidatos ao títulos junto com a McLaren. Por outro lado, a Ferrari sofria com os pneus Bridgestone e a incapacidade de trocar durante a prova. 

Largando lá atrás, mesmo assim, Schumacher fez sua primeira grande corrida do ano e, mesmo pressionando Alonso, o espanhol venceu mais uma na temporada. Essa corrida tem um significado enorme: finalmente alguém capaz de segurar o alemão sem temê-lo. Foi o começo da caminhada do primeiro título de Fernando e o fim da "era Schumacher". No ano seguinte, Schumacher superou o recorde de poles de Ayrton Senna e deu o troco no espanhol.



E agora, o que o circuito diferente (sem a chicane final) vai nos proporcionar no próximo final de semana?

Até!





sexta-feira, 24 de julho de 2020

IDAS E VINDAS

Foto: Getty Images
O que era uma obviedade agora tornou-se oficial: em 2020, a Fórmula 1 não vem para as Américas. Brasil, Estados Unidos, México e Canadá terão que esperar por 2021.

O caso dos três primeiros é óbvio: os casos e óbitos decorrentes do coronavírus não estão perto de diminuir, e uma longa viagem com o risco de exposição a doença assusta o circo. O Canadá, em situação diferente, não valeria a pena para as equipes viajar apenas para uma corrida no continente - o que inclui equipamentos, motorhomes, etc.

O futuro do Grande Prêmio do Brasil é uma incógnita. 2020 é o último ano de contrato com Interlagos e um acordo parece distante. O pior: o tal autódromo de Deodoro, que tomara que nem saía do papel, é o favorito, mas alguém realmente acha que esse monstrengo não vai levar no mínimo alguns bons anos para ficar pronto?

Perder Interlagos, um dos circuitos mais tradicionais da história, presente na categoria desde 1972, é um crime. Alguém precisa avisar isso para o bigodudo. Além disso, o traçado permitiu ao longo da história momentos inesquecíveis. Alguns milhões de dólares não podem ser suficientes para acabar com essa história em um dos mercados mais valiosos e com mais espectadores do esporte. O país não se resume ao Rio de Janeiro.

Bom, a FIA já definiu suas substitutas, e teremos retornos e novidades. Ímola e Nurburgring, ausentes desde 2006 e 2013 respectivamente, estão de volta para o GP da Emilia Romagna e GP do Eifel. Com isso, a Itália, que no início do ano era o epicentro do covid, vai terminar 2020 realizando três corridas. No circuito italiano, uma novidade: apenas dois dias de atividades (sábado e domingo, com um só treino livre).

Foto: Getty Images
A grande novidade é a estreia do Autódromo de Algarve em Portimão, Portugal. O país volta a receber a F1 depois de 24 anos, mas agora não em Estoril. Ele foi reformado em 2008 e chegou a receber, na época, testes privados de Toyota, Honda e a McLaren de Lewis Hamilton, na foto acima.

Como escrevi anteriormente, uma coisa boa disso tudo são esses circuitos "diferentes" retornando e/ou estreando na F1, dando lugar a outros lugares chatos e sem graça na mesma ordem que estamos acostumados. Infelizmente, dessa vez, Interlagos vai fazer falta e o Brasil, que não tem perspectivas de um piloto retornar a categoria, agora vive com a incerteza se vai sediar alguma corrida no curto/médio-prazo.

Nas próximas semanas, a FIA também deve anunciar duas corridas no Bahrein e a etapa final, em Abu Dhabi. E para 2020 está bom demais. Entre idas e vindas, o Brasil perde e a F1... bem, não sei se ganha. Ao menos serão paisagens e traçados diferentes para acompanharmos pela TV.

Até!

sexta-feira, 19 de junho de 2020

ESPECIAL JORDAN: Parte 2


Estamos de volta para a segunda parte do Especial Jordan. Vamos direto para o assunto:

1993: A CHEGADA DE RUBINHO

Porta de entrada do brasileiro na F1 foi pela Jordan. Foto: Getty Images
Foi uma outra temporada ruim para Eddie e companhia. Agora com os motores Hart e a petrolífera sul-africana Sasol , a equipe começou a temporada com Ivan Capelli e o estreante Rubens Barrichello. O italiano durou apenas duas corridas e Rubinho teve outros quatro companheiros de equipe naquele ano: o belga Thierry Boutsen e os italianos Marco Apicella e Emanuele Naspetti. As coisas só melhoraram mesmo no GP do Japão, quando Eddie Irvine, que correu na Jordan na F3000, estreou na equipe principal. Os dois marcaram pontos: Rubinho foi o quinto e Irvine o sexto.

Essa corrida é famosa porque o então estreante Irvine, retardatário, atrapalhou Ayrton Senna enquanto o brasileiro brigava pela vitória contra Damon Hill. Depois da corrida, enfurecido, o tricampeão deu um soco na cara do norte-irlandês depois deste ter empurrado-o.


1994 foi o ano da redenção. A dupla foi mantida mas o ainda jovem Irvine chegou a ser banido por três corridas por direção perigosa, causando diversos acidentes no início do ano, principalmente na corrida de abertura, no Brasil.



 No GP do Pacífico, Rubinho conseguiu o primeiro pódio dele e da Jordan na F1 ao chegar em terceiro, em Aida.

A primeira de muitas "sambadinhas" no pódio. Foto: F1 Photo

Na corrida seguinte, Barrichello teve um forte acidente no treino de sexta do GP de San Marino, o que foi prenúncio do que seria aquele final de semana. Recuperado do trauma, Barrichello passou a ser a “esperança brasileira” de ser a continuação do legado de Ayrton e dos campeões brasileiros, mesmo em uma equipe que não podia lhe dar isso. Além do primeiro pódio, Rubinho também foi o responsável pela primeira pole da Jordan, em Spa Francorchamps.




Novamente a Jordan ficou em quinto lugar nos construtores, agora com 28 pontos. Enquanto Irvine estava suspenso, Aguri Suzuki e De Cesaris o substituíram.

Para 1995, as coisas prometiam ser ainda melhores. A Jordan se aproveitou do rompimento da fracassada parceria entre McLaren e Peugeot para assinar com o motor francês. No entanto, pode-se escrever que a temporada foi decepcionante. Com o sexto lugar nos construtores e 21 pontos, se esperava mais de uma equipe com um motor de fábrica. Além disso, quase metade desses pontos vieram no atípico GP do Canadá, onde Rubinho ficou em segundo e Irvine em terceiro, na única vitória de Jean Alesi (ex-Jordan na F3000) na carreira.

Primeira vitória de Alesi e dupla da Jordan no pódio: única alegria de Eddie em 1995. Foto: Getty Images

Irvine no GP do Brasil de 1995. Foto: Getty Images


E essa foi a segunda parte do Especial Jordan. Até mais!


quarta-feira, 25 de abril de 2018

A QUARTA ETAPA, HÁ 20 ANOS

Foto: Getty Images
Bom, como o GP do Azerbaijão será realizado apenas pela segunda vez, é complicado traçar algum tipo de paralelo histórico. Tava difícil pensar em algum post que se encaixasse aqui. Mas tentei.

Bom, no post do Bahrein eu relembrei o contexto daquele início do campeonato de 2008. Pra não virar uma série sobre o campeonato de 2008 (não que não mereça um especial, foi um campeonato incrível), quis apostar em outras frentes. Poderia falar dos 15 anos que Schumacher venceu um dia depois da morte da mãe, mas isso já foi abordado em outros lugares e a ideia aqui é buscar algo mais "trash" e diferente.

No caso, diferente até mais: a quarta etapa do campeonato de 1998. Depois do (último) título da Williams no ano anterior, os ingleses ficaram para trás com o motor Mecachrome após a saída da Renault. Coube a McLaren e a Ferrari polarizarem a disputa do título. Na abertura da temporada, na Austrália, uma surpreendente ordem de equipe fez Mika Hakkinen vencer pela segunda vez consecutiva, deixando David Coulthard em segundo. Michael Schumacher abandonou e saiu atrás na disputa.

No Brasil, outra dobradinha inglesa, na mesma ordem, com Schumacher em terceiro. A superioridade da McLaren era evidente. A sequência foi quebrada com a vitória de Schumacher no último GP da Argentina realizado até então, com Hakkinen em segundo e Coulthard apenas em sexto.

San Marino era a primeira corrida europeia do ano. Com a McLaren superior, não difícil colocar os dois carros na primeira fila: Coulthard fez sua sétima pole position, com as duas Ferrari logo atrás.

Haviam três brasileiros na categoria, e os três em carros bem ruins: Barrichello, na Stewart, foi o 17°; na mesma fila estava Pedro Paulo Diniz, com a Arrows e fechando o grid, de Tyrrell (a última temporada da escuderia), Ricardo Rosset.

Foto: Getty Images
Na largada, Hakkinen pulou para a liderança. Teoricamente, a hierarquia do time de Woking estava definida. Com um circuito travadíssimo, parecia que a corrida se manteria dessa forma. Pois bem, com um problema no câmbio, o finlandês abandonou e Coulthard, 20 segundos à frente, assumiu a ponta. No final, com problemas no carro, foi administrando a vantagem para um faminto Schumacher chegar em segundo, quatro segundos e meio atrás. Irvine completou o pódio, a dupla da Williams (Villeneuve e Frentzen) e Alesi (Sauber) nos pontos.

Nenhum dos três brasileiros completou a prova. Rosset e Diniz tiveram problemas no motor, enquanto Rubinho sequer largou.

O panorama do campeonato era o seguinte: Hakkinen se manteve com 26 pontos; Coulthard chegou a 23 e Schumacher 20. A briga durou até o fim, o que garantiu o primeiro título mundial de Mika.

Baseado no relato, a corrida não foi das melhores. Comparando com o que nós estamos vendo ultimamente, não chega a ser muito distinto. Enfim, essa "série" serve para comparar as épocas e o conceito de equilíbrio e desequilíbrio dos campeonatos, a qualidade das corridas, etc.

Espero no futuro começar outra série especial. Até mais, por enquanto!


terça-feira, 19 de julho de 2016

RETORNOS DE VELHOS CONHECIDOS?

Foto: Wikipédia
A informação é da imprensa italiana: O contrato entre os administradores do Autódromo Enzo e Dino Ferrari (Ímola) e Bernie Ecclestone já foi assinado. Ímola estaria retornando para a F1 no ano que vem, substituindo a icônica pista de Monza.

Entretanto, o presidente do Automobile Club D'Italia (ACI), Angelo Sticchi Damiani continua apoiando Monza, apesar dos problemas financeiros do local. Não se descarta uma solução semelhante a Alemanha: A alternância entre circuitos.

A última vez que a F1 visitou Ímola foi em 2006. O circuito saiu do calendário em virtude da exigência de Bernie na realização de reformas no local, que estava defasado para receber a categoria. Monza não pode sair da F1 de jeito nenhum! Entretanto, o retorno de Ímola não seria ruim.. Aliás, o ideal é que as duas estivessem no calendário e retirassem uma (ou várias) daquelas pistas chatas do Hermann Tilke no Oriente Médio e Ásia, onde não existem fãs da categoria, apenas sheiks interessados em tirar fotos com um carro de F1 no fundo e torrar a grana do petróleo. Uma pena, mas vamos aguardar o que há por vir...

Foto: Turkiye F1
A outra especulação também vem da Itália: Diante da falta de vitórias, a Ferrari busca soluções para apaziguar os ânimos. Em reuniões, Maurizio Arrivabene e Sérgio Manchionne desejam o retorno de Ross Brawn para o cargo de consultor da equipe. O inglês está afastado da F1 desde 2013, quando deixou a Mercedes. Ele recusou a primeira proposta dos italianos e atualmente curte a aposentadoria.

Ross Brawn era um dos cabeças da grande hegemonia da Ferrari entre 2000 e 2004. Deixou a escuderia em 2006, passou por um ano sabático em 2007 e retornou a F1 na Honda, em 2008. Em 2009, foi chefe da própria equipe, a Brawn GP, e depois manteve-se na Mercedes, que comprou o seu espólio.

O momento da Ferrari é conturbado: Apenas uma boa temporada no ano passado, quando venceu três corridas com Vettel, a equipe ainda não desencantou nesse ano. Pior: Diversos problemas de confiabilidade afetam o desempenho da Scuderia (principalmente de Vettel). A imprensa e a própria cúpula criticam e cobram resultados imediatos. Brawn atualmente tem 61 e declarou que não sente mais vontade de viajar para 21 corridas e nem assumir um tipo de compromisso necessário para um projeto vitorioso na F1, como anteriormente. O acordo é difícil, mas a Ferrari segue tentando.

É a velha fórmula da solução mágica + saudosismo que tanto assola os clubes de futebol do Brasil, que também age na Ferrari. Se é para trazer Ross Brawn, tragam de volta também Jean Todt, Rory Bryne e Michael Schumacher, permitindo os testes durante toda a temporada. Assim fica mais fácil.

Até a próxima!


quarta-feira, 23 de março de 2016

BLEFE OU REALIDADE?

Foto: Bandeira Verde
Não é a primeira e certamente não será a última vez que será veiculado na imprensa notícias sobre o futuro de Monza na F1. O circuito, que é símbolo e deveria ser patrimônio mundial da humanidade (ou ao menos da categoria), corre sério risco de ter sua última prova nesse ano.

O presidente do Automóvel Clube da Itália, Sticchi Angelo Damiani, disse que Bernie Ecclestone recusou o dinheiro que Monza ofereceu para manter na F1. Além disso, o todo poderoso da F1 supostamente não estaria satisfeito com as mudanças feitas para receber o Mundial de Superbikes.

Supostamente Ímola ou Mugello seriam as favoritas para substituir o icônico circuito que participa da F1 desde 1950 e que só ficou fora em 1980, por reformas. As negociações está em curso há algum tempo, mas parece que emperrou. Bernie Ecclestone pediu 25 milhões de euros, mas Damiani ofereceu apenas 19 milhões. Além disso, Ecclestone não gostou das mudanças que Monza irá fazer para receber o Mundial de Superbikes.

Todo mundo já sabe que apenas o dinheiro interessa para Bernie. Milhares de circuitos tradicionais já estão fora por impossibilidades financeiras: Magny Cours, Ímola, Paul Ricard, etc. É mais rentável ter corridas em Abu Dhabi, Baku e Cingapura do que em lugares tradicionais como França, Itália e Portugal. A F1 está acabando. A tradição dos circuitos está se transformando em tilkometros artificais, sem alma, sem carisma, apenas modernos. Bernie está matando a F1 com uma mão pelo dinheiro e depois reclama da falta de competitividade na categoria: Não há dinheiro; os custos são elevadíssimos.

SENNA, 56 ANOS

Foto: Wikipédia
Homenagem atrasada: Ontem, Ayrton Senna da Silva completaria 56 anos de idade. Nosso eterno ídolo! Muitas saudades...
O site do Instituto Ayrton Senna criou um site, em português e em inglês, que conta a carreira do piloto baseado em manchetes de jornais de 1 de janeiro até 31 de dezembro. Sim, há material da imprensa em todos os dias do ano que citam o tricampeão. São notícias nacionais e internacionais da carreira e até de sua vida. Não foi fácil, mas foi um ótimo trabalho da equipe. Você pode acessar o site clicando AQUI.

É isso pessoal, até mais!

quinta-feira, 18 de junho de 2015

GP DA ÁUSTRIA - Programação

O circo da Fórmula 1 voltou a Áustria no ano passado, após a Red Bull comprar e reformular o complexo que abriga o circuito, rebatizando-o de Red Bull Ring. A prova não acontecia no país desde 2003.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:08.337 (Ferrari, 2003)
Pole Position: Rubens Barrichello - 1:08.082 (Ferrari, 2002)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Alain Prost - 3x (1983, 1985 e 1986)

VELHA CONHECIDA PODE VOLTAR

Foto: AFP

Ausente do calendário da Fórmula 1 desde 2007, o circuito de Ímola pode estar voltando para a categoria. Dessa vez, a antiga sede do GP de San Marino pode voltar como GP da Itália em 2017, substituindo o atual autódromo de Monza, que possui contrato até 2016 e existem dificuldades com Bernie Ecclestone para a renovação de contrato e pagamento das taxas anuais exigidas pela FOM.
Representantes de Monza chegaram a se reunir com Bernie em abril, no GP do Bahrein para tentar a renovação de contrato, mas não houve acerto. Depois disso, ninguém de Monza procurou a FOM, afirma Ecclestone. Por outro lado, o prefeito de Ímola, Daniele Manca, teria se reunido com o britânico na segunda-feira, em Londres, e sugeriu o revezamento de Ímola e Monza como palco do GP da Itália, algo como Hockenheim e Nurburgring fazem na Alemanha.

Não vejo com bons olhos essa possível substituição. Primeiro, porque o circuito de Monza é fantástico, é tradicional, é mítico e não deve nunca estar de fora da F1. Em segundo lugar, a pista de Ímola sofreu uma série de alterações após as mortes de Ratzenberger e Senna, como a construção de chicanes na Tamburello, travando o circuito e tornando-o quase impossível de haver ultrapassagens. Com isso, não faria essa troca. Mas há dois "poréns": 1°) Quem sou eu para afirmar isso? - 2°) "O que manda é o dinheiro. Quem pagar mais, leva." (LISPECTOR, Bernie)

RED BULL FERRARI OUTRA VEZ?

Foto: Wikipédia


É pública e notória a insatisfação da Red Bull com o motor Renault. Helmut Marko, Christian Horner e Adrian Newey constantemente culpam a incompetência da unidade motriz francesa, que rebate as críticas. Mesmo com a própria escuderia austríaca investindo dinheiro na fábrica da Renault, na França, para obter melhorias, os resultados foram péssimos esse ano. Os franceses ficaram mais atrás de Mercedes e Ferrari. Um acordo entre Italianos e os taurinos resultaria no pagamento anual de 50 milhões de Euros à Ferrari para a utilização dos motores na temporada 2016. Embora o contrato de Red Bull e Toro Rosso com a Renault tenha validade até o ano que vem, a rescisão poderia ser facilitada pelo fato do interesse dos Franceses em comprar uma equipe, que poderia ser a própria escuderia de Faenza ou a Lotus.

A Red Bull está desesperada. Nesse final de semana, irão passar vergonha de novo com o pífio motor francês. A paz acabou há algum tempo. É tudo especulação. Basta lembrar que a Ferrari forneceu motores para a Red Bull de 2005 até 2007. Outras possibilidades seriam produzir a própria unidade motriz ou a parceria com a Audi, tão comentada nos últimos meses. Só resta esperar, mas essa é uma opção que não existe nos corredores de Milton Keynes.

CURTINHA: A Manor parece que também vai trocar de motor em 2016. As informações dão conta de que a Honda forneceria motores para a ex-Marussia. Seria um negócio interessante para os japoneses, que teriam outra escuderia para testar sua defeituosa e problemática unidade motriz. A McLaren agradece (será?).

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 151 pontos
2 - Nico Rosberg (Mercedes) - 134 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 108 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 72 pontos
5 - Valtteri Bottas (Williams) - 57 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 47 pontos
7 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 35 pontos
8 - Daniil Kvyat (Red Bull) - 19 pontos
9 - Romain Grosjean (Lotus) - 17 pontos
10- Felipe Nasr (Sauber) - 16 pontos
11- Sérgio Pérez (Force India) - 11 pontos
12- Nico Hulkenberg (Force India) - 10 pontos
13- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 9 pontos
14- Max Verstappen (Toro Rosso) - 6 pontos
15- Pastor Maldonado (Lotus) - 6 pontos
16- Marcus Ericsson (Sauber) - 5 pontos
17- Jenson Button (McLaren) - 4 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 285 pontos
2 - Ferrari - 180 pontos
3 - Williams Mercedes - 104 pontos
4 - Red Bull Renault - 54 pontos
5 - Lotus Mercedes - 23 pontos
6 - Sauber Ferrari - 21 pontos
7 - Force India Mercedes - 21 pontos
8 - Toro Rosso Renault - 15 pontos
9 - McLaren Honda - 4 pontos

TRANSMISSÃO

Foto: Arte Globoesporte.com