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domingo, 2 de maio de 2021

IMPERFEIÇÕES

 

Foto: Getty Images

Chega um determinado momento onde, no topo da cadeia alimentar, estão aqueles que são considerados os "melhores". No alto rendimento e na competição, não há margem para o erro, o descuido ou a concentração porque basta um pisar em falso para que o espaço, conquistado diante de tanto suor e sacrifício, seja superado pelo leão mais jovem ou forte.

Na F1, onde um campeonato é disputado por dois pilotos, um erro ou uma tarde/noite pouco inspirada podem comprometer um projeto, por mais que agora tenham muitas corridas - 23. Os dois protagonistas, Hamilton e Verstappen, tiveram desempenhos parecidos: imperfeitos, porém com resultados diferentes.

Hamilton não largou bem e na relargada causada pelo Safety Car e o acidente de Kimi Raikkonen (onde claramente parece já estar sentindo a idade nos reflexos) foi presa fácil para Max. Caiu para terceiro e parecia em dificuldades. No entanto, encontrou o ritmo e, escalando degraus, deixou o holandês e Bottas para trás para vencer a segunda na temporada. Em entrevista após a corrida, o próprio reconheceu que esteve longe de ser um dia tão bom ou inspirado, mas o que valeu foram os 25 pontos e o aumento da vantagem no Mundial.

Verstappen foi o contrário: tirou Hamilton para nada na relargada mas depois sucumbiu no ritmo de corrida. Contou um problema de sensor e aquecimento de pneus na Mercedes de Bottas para conseguir o segundo lugar. No sábado e domingo, voltas anuladas custaram uma pole e um ponto extra de volta mais rápida. Detalhes assim podem fazer a diferença num campeonato que parece estar muito equilibrado, mesmo que os alemães ainda sigam levemente soberanos.

Bottas, o pole, mostra que está um degrau abaixo e é desperdício de vaga na Mercedes. Norris parece muito mais maduro e já constrange Ricciardo. Por falar em constrangimento, escrever sobre Sebastian Vettel é chover no molhado. Cansei. Na Ferrari, uma estratégia equivocada com o segundo piloto (sempre com o segundo!) custou uma corrida sem pontos para Carlos Sainz, que completou a primeira volta em primeiro.

Esteban Ocon se destaca na Alpine, enquanto Fernando Alonso fez uma corrida espetacular. Escrevi há tempos que o espanhol na Renault que trocou de nome seria igual a Jordan no Wizards: dane-se o desempenho, o que vale é a magia. E hoje ele teve ambos, o espanhol soberbo, para delírio daqueles que acompanhavam o grande prêmio.

Mick Schumacher é outra grande notícia. No pior carro do grid, pressionou Latifi, forçou o canadense a errar e fez uma ultrapassagem. Muito seguro, além de colocar um minuto no dono da equipe. 

O final de semana em Portimão permitiu que as imperfeições e desvios de rendimento nem sempre tem o mesmo peso e consequência para diferentes competidores. No entanto,a chance de recuperação é rápida: em Barcelona, no dia das mães, o quarto round dessa temporada que será tão cansativa para todos os envolvidos.

Confira a classificação final do GP de Portugal:


Até!

sexta-feira, 30 de abril de 2021

VENTANIA

Foto: Getty Images

 

Nesta sexta-feira, o vento foi um fator que dificultou o trabalho das equipes nos treinos, embora não tenha acontecido nenhum incidente digno de nota.

O que chamou a atenção é que os tempos do TL1 foram superiores ao do TL2, quando geralmente é ao contrário. Isso aconteceu, claro, por influência da ventania.

Bottas e Hamilton, com Verstappen colado. O mesmo de sempre. Destaco a briga do pelotão intermediário. As Alpine bem, com Alonso no papel de líder e até George Russell ficando entre os 10. A Alpha Tauri um pouco mais atrás, as McLaren tímidas (mas em Ímola mostraram a que veio nos treinos; talvez estejam escondendo o jogo) e a Aston Martin mais atrás.

O que preocupa é Vettel. Três corridas e parece que serão três cassetadas de Lance Stroll. É um abismo sem fim. Na Alfa Romeo, Ilott estreou na primeira sessão, o que claramente foi um prêmio de consolação da Ferrari pelo vice-campeonato na F2. Mick Schumacher fazendo o que se espera: surrando o Mazepin.

Com ventania ou não, teremos mais um final de semana equilibrado e, espero eu, com emoção também, embora esse circuito de Portimão não me inspire grandes expectativas, mas é o que temos para o momento.

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!


quinta-feira, 29 de abril de 2021

GP DE PORTUGAL: Programação

 O Grande Prêmio de Portugal foi disputado em duas fases: primeiro entre 1958 e 1960 em Boavista e Monsanto e entre 1984 e 1996 em Estoril. Em virtude da pandemia, a corrida retorna para solo português, agora sendo realizada pela primeira vez no Autódromo Internacional do Algarve.

Em 2021, a corrida novamente entra de última hora no calendário em virtude de alterações decorrentes da pandemia do Coronavírus.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:16.652 (Mercedes, 2020)

Volta mais rápida: Lewis Hamilton - 1:18.750 (Mercedes, 2020)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Alain Prost (1984, 1987 e 1988) e Nigel Mansell (1986, 1990 e 1992) - 3x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 44 pontos

2 - Max Verstappen (Red Bull) - 43 pontos

3 - Lando Norris (McLaren) - 27 pontos

4 - Charles Leclerc (Ferrari) - 20 pontos

5 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 16 pontos

6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 14 pontos

7 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 14 pontos

8 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 10 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos

10- Lance Stroll (Aston Martin) - 5 pontos

11- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos

12- Esteban Ocon (Alpine) - 2 pontos

13- Fernando Alonso (Alpine) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 60 pontos

2 - Red Bull Honda - 53 pontos

3 - McLaren Mercedes - 41 pontos

4 - Ferrari - 34 pontos

5 - Alpha Tauri Honda - 8 pontos

6 - Aston Martin Mercedes - 5 pontos

7 - Alpine Renault - 3 pontos


TAPA BURACO (DE NOVO)

Foto: Getty Images

O Canadá vive uma nova onda de coronavírus e, com a F1 querendo mais dinheiro do governo canadense como compensação a ausência de público, o cancelamento do GP é uma questão de tempo, o que aconteceu nesta quarta-feira (28).

Com isso, a organização já correu atrás de mais um circuito tampão. Trata-se de outro velho conhecido: a Turquia, palco da caótica corrida que deu a Lewis Hamilton o heptacampeonato no ano passado.

A corrida está marcada para o dia 13 de junho. O que credenciou os turcos foi o fato da distância em relação ao Azerbaijão, palco da corrida do dia 6 de junho, ser a metade (2000 km) em relação a Nurburgring, outro circuito que estava concorrendo a vaga.

A Turquia foi fantástica no ano passado pela chuva e as zebras que isso proporcionou. Como qualquer circuito atual da F1, no seco é uma incógnita. No entanto, os turcos merecem um voto de confiança. O Canadá, por sua vez, fica de fora de novo, mas ultimamente as corridas em Montreal não foram tão marcantes assim, tirando a polêmica da placa do Vettel, justamente a última edição por lá. Uma boa troca dentro das opções disponíveis.

LÁ VAMOS NÓS... (DE NOVO)

Foto: Red Bull Content

Essa parece uma notícia copiada de qualquer outro post que eu tenha feito nos últimos quase sete anos, mas não. A Red Bull, que vai fabricar o próprio motor a partir do ano que vem, tenta alguma parceria com a Audi para 2025, quando um novo regulamento técnico específico vai entrar em vigor.

Quem diz isso é o próprio Helmut Marko, em entrevista para a Servus TV:

“Nosso plano é construir nosso próprio motor até 2025, mas se a Audi se apresentar nesse ínterim, avaliaremos se a cooperação é possível”, afirmou.

Vale ressaltar que Marko jogou no ar essa possibilidade. A Audi sequer procurou a Red Bull e nem o contrário. Bom, se os alemães jamais entraram na F1, não é agora que isso vai acontecer. Próximo!

TRANSMISSÃO:



quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

ANO NOVO, VELHOS PROBLEMAS

 

Foto: McLaren

A virada do ano não fez desaparecer os problemas do passado. Pelo contrário. A F1 já muda o calendário que, a princípio, será o mais extenso da história.

E vai começar uma semana mais tarde que o normal. Em virtude da Austrália exigir uma quarentena de duas semanas e uma biosfera para quem vai ao país, isso fez com que fosse inviável nesse momento a ida da F1 para lá. A corrida foi adiada para o final da temporada, mais precisamente para o dia 21 de novembro. Desde Adelaide que a corrida australiana não ia para o fim do ano.

A abertura da temporada será, portanto, no Bahrein, mas a data foi mantida: 28 de março. Será a terceira que a corrida de Sakhir começa o ano. Como efeito dominó, toda a logística foi modificada.

A pré-temporada, que seria na Espanha no início de março, será também no Bahrein, entre os dias 11 e 14 de março. A única vez que o país sediu esses treinos havia sido em 2014.

O coronavírus também provocou outras mudanças no calendário. A China pediu adiamento da corrida mas, a princípio, vai ficar fora da temporada de novo. Para o seu lugar, no dia 18 de abril, a F1 confirmou mais uma edição do GP de Emília Romagna, em Ímola, a segunda corrida do ano.

A terceira corrida, no dia 9 de maio, ainda não foi oficialmente anunciada. Como o espaço é de uma semana, parece ser improvável que seja em outro continente. Portanto, Vietnã está fora sem sequer existir. Provavelmente teremos o retorno do GP de Portugal, em Portimão.

Com o GP da Austrália sendo remanejado para 21 de novembro, isso provocou efeito-dominó em outras duas etapas: O GP de São Paulo, em Interlagos, foi antecipado para 7 de novembro, uma semana antes do original. 

As corridas finais foram empurradas: Arábia Saudita (que sequer tem um layout do circuito ainda) será dia 5 de dezembro e Abu Dhabi encerra os trabalhos no dia 12/12. A temporada mais longa da história começa e termina uma semana depois do previsto.

Sinceramente? Já disse que esse tanto de corrida é demais e desvaloriza a importância do espetáculo de um evento de Fórmula 1. Sobre os circuitos, podiam tirar Paul Ricard, Barcelona, Sochi, Arábia Saudita e Abu Dhabi de uma vez. Como isso não vai acontecer, poderiam ter colocado Mugello e Istambul ao invés de Ímola e Portimão, mas é o que tem pra hoje.

De resto, aguardamos os lançamentos dos carros e uma última informação: agora todos os treinos livres vão ter uma hora de duração. Menos tempo para treinar, mas convenhamos: o pessoal mal vai para a pista. Acho que todos ganham.

Ano novo, velhos problemas e soluções nem tão inéditas assim.

Até mais!

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

A VITÓRIA 92

 

Foto: Getty Images

Com uma emoção comovente, Lewis Hamilton se tornou isoladamente o maior vencedor da história da Fórmula 1. Agora, a contagem regressiva é para chegar nos três dígitos, algo que será possível em 2021. 

Com a chuva antes da largada e a dificuldade em aquecer os pneus, quem largou com os médios se deu mal. Sainz pulou para a ponta e até Raikkonen se aventurou entre os primeiros. Depois, quando tudo se acalmou, Bottas, que largou melhor, tomou a liderança. No entanto, como sabemos, não há competição entre os dois: pouco a pouco, Hamilton chegou, passou e abriu muita vantagem. O finlandês ainda queria colocar pneus macios. Perigava perder o terceiro lugar. Repito: não há competição. 

Verstappen, que escapou de uma punição ao quase tirar Pérez da corrida, completou os três primeiros de sempre. O mexicano fez uma grande corrida de recuperação, mas em um erro de estratégia, quase colocou tudo a perder. No fim, um sétimo lugar com gosto de vitória. Por outro lado, o filho do dono teve um final de semana desastroso. Que surpresa... é o legítimo desperdício de vaga. A vítima foi Norris, que teve a corrida comprometida.

Sainz e Leclerc foram muito bem, especialmente o monegasco. Atuação digna de Alonso no início da década. Está tirando muito mais que o carro e fazendo Vettel parecer amador. Esperamos mesmo que seja uma "sabotagem" da Ferrari porque, do contrário, a futura Aston Martin já pode começar a se preocupar. 

Ocon superou Ricciardo na estratégia dessa vez. Pierre Gasly definitivamente é um novo piloto e precisa de uma vaga maior, seja a Alpha Tauri disfarçada de Red Bull ou até mesmo a Renault, pois é francês... Alexander Albon, por outro lado, parece viver seus últimos momentos pela equipe dos energéticos. Sem reação e difícil de defender. 

Com um recorde batido e começando a ser restabelecido, agora a F1 aguarda o momento onde Hamilton irá superar o número de títulos de Schumacher. Em novembro, o empate. Em 2021, mais uma antologia nos espera. Até lá, assim vai a chata F1, implorando por novas emoções mas sem ser atendida.

Confira o resultado do GP de Portugal:


Até!


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

ESPERADO

 

Foto: Getty Images

Bottas foi o líder dos dois treinos livres. Mercedes na frente é sempre esperado, assim como é óbvio que o finlandês vai paçocar e no fim Lewis Hamilton vai se isolar como o maior vencedor da história da Fórmula 1 neste final de semana.

Em uma pista desconhecida para todo mundo e com baixa aderência pelo pouco uso, o treino foi marcado por rodadas e um acidente de corrida entre Lance Stroll e Max Verstappen no TL2. Stroll não viu que Max estava por dentro, que também não percebeu que o canadense, recuperado da Covid, não tiraria o pé. Os dois se encontraram e, pra mim, a culpa maior foi de Stroll que estava por fora e foi mais irresponsável que o holandês. Tenha tenha punição para um dos dois e isso não seria injusto.

Ferrari e McLaren andaram bem, mas, como escrito, em uma pista que está todo mundo buscando a aderência e conhecendo o circuito, o panorama é bem difícil de prever. É um circuito travado e traiçoeiro. Talvez tenhamos acidentes. O benefício da dúvida é uma arma importante para esse final de semana.

O que também era esperado aconteceu: Magnussen e Grosjean não continuam na Haas em 2021. O francês está fazendo hora extra na categoria há muito tempo. O dinamarquês, se tivessem mais carros, ainda poderia ficar no grid. É um piloto útil. 

Por mais que nenhum dos dois seja o piloto dos sonhos de ninguém, as saídas de Magnussen e Grosjean do grid colocam um fim definitivo em um tipo de piloto: o journeyman, aquele que não é um virtuoso mas mesmo assim poderia se manter na categoria por um bom tempo, como por exemplo Johnny Herbert, Martin Brundle, Jarno Trulli, entre outros.

Atualmente, os únicos que talvez consigam manter esse legado (mas por pouco tempo) sejam Sérgio Pérez, que tem o aporte de Carlos Slim, e Nico Hulkenberg, cotado para retornar ao grid em 2021. Na Haas, os candidatos naturais são os pilotos da academia da Ferrari e o bilionário psicopata Mazepin, disposto a comprar o time de Gene Haas. Nessa crise e com esse prejuízo, não seria de todo ruim o negócio para o americano.

Portanto, hoje a F1 tem três tipos de pilotos: os grandes/campeões mundiais, os pilotos de academia e os bilionários. Só assim para entrar lá em um grid enxuto e sem grid. São os novos e péssimos tempos.

Confira a classificação dos treinos livres do GP de Portugal:



Até!


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

GP DE PORTUGAL: Programação

 O Grande Prêmio de Portugal foi disputado em duas fases: primeiro entre 1958 e 1960 em Boavista e Monsanto e entre 1984 e 1996 em Estoril. Em virtude da pandemia, a corrida retorna para solo português, agora sendo realizada pela primeira vez no Autódromo Internacional do Algarve.

Foto: Getty Images

ESTATÍSTICAS:

Último vencedor: Jacques Villeneuve (Williams)

Maior vencedor: Alain Prost (1984, 1987 e 1988) e Nigel Mansell (1986, 1990 e 1992) - 3x


DENTRO E FORA DE CASA

Foto: Getty Images

O futuro da Red Bull/Alpha Tauri começa a ficar cada vez mais claro, de acordo com as declarações do consultor Helmut Marko.

Começando pela equipe satélite: se Albon não melhorar será sacado e sem direito a voltar para a Alpha Tauri. Os candidatos? Pela primeira vez, Marko admitiu a possibilidade de contratar alguém de fora da academia de pilotos, algo que só foi feito uma vez com Mark Webber em 2007. Os nomes seriam Sérgio Pérez e Nico Hulkenberg.

“Se Albon não atingir nossas expectativas, teremos de olhar para fora de nosso programa. Somos fortes e podemos sair de nossas sombras, e aí dois candidatos conhecidos, [Sergio] Pérez e [Nico] Hülkenberg, vêm ao jogo”, disse para a Sky Alemanha.

Na Alpha Tauri, a situação é simples: se o japonês Yuki Tsunoda ficar entre os três primeiros na F2 (hoje ele é o segundo, faltando apenas a bateria do GP do Bahrein), será efetivado no lugar de Kvyat. Do contrário, não há opções, ou até mesmo Albon poderia ser rebaixado.

“No momento só temos ele de candidato a uma vaga na F1. O plano é colocá-lo na AlphaTauri. Só precisa dos pontos para a superlicença”, afirmou.

Quem vai dançar é Kvyat, que só voltou justamente pela falta de opções da academia no passado, ainda mais evidenciada agora. Uma pena que o tailandês deve dançar sem direito a uma segunda chance. No entanto, Pérez ou Hulk como parceiros de Verstappen seria uma grande conquista para dois bons pilotos que pareciam estar fadados ao esquecimento no que se refere ao topo da Fórmula 1. Uma pena também para Gasly, que vai pagar pelo desempenho ruim do passado e não vai ter uma nova chance com os taurinos.

Assim é a vida e, pelo jeito, a Red Bull será forçada a modificar o modus operandi para tentar ser um conjunto mais harmônico na tentativa de voltar a ser hegemônica na categoria. Agora, só falta um motor para o futuro.


SÓ SORRISOS

Foto: Getty Images

O pódio de Daniel Ricciardo no GP de Eifel foi marcante por dois motivos: o primeiro da Renault desde que voltou para a F1 em 2016 e o primeiro de Ricciardo desde a saída da Red Bull, em 2018.
Apesar de estar de saída para a McLaren, o bom relacionamento entre as duas partes prosperou e mostra uma boa evolução dos franceses, brigando com Racing Point e McLaren pelo posto de terceira força da F1.

Mesmo sem estar feliz com a perda do australiano, o chefão Cyril Abiteboul afirmou que a Renault só atingiu esse patamar graças aos esforços de Ricciardo:

“É igualmente importante para a equipe, para o Daniel e também para mim. Fomos questionados sobre a decisão dele em se unir a nós. Então, acho que foi muito importante para todos mostrar aos comentaristas, à distância, por que isso fazia sentido na época”, declarou para a revista AutoSport.

Com 114 pontos em 11 corridas - ano passado a Renault fez 91 em 22 provas - Abiteboul considera Ricciardo a peça vital para a evolução dos franceses em 2020:

“A equipe não seria o que é hoje sem o Daniel, apesar e, talvez, graças também ao ano que passamos juntos no ano passado, que, de fato, foi muito doloroso”.

“Portanto, agora estamos numa posição muito melhor para este ano e para o próximo, e Daniel é capaz de fazer isso”, disse.

Muito bom ver o profissionalismo de ambas as partes nesse final de relação. O natural seria escantear Ricciardo e até privilegiar Ocon, mas esse não parece o caso. Para o bem estar de todo mundo, a Renault cresce. Se continuar assim com Alonso, quem sabe não é o australiano que no final das contas vai se arrpender de sua escolha? 

Para isso, a Renault precisa melhorar cada vez mais para finalmente fazer jus ao investimento depois de seis temporadas na F1.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 230 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 161 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 147 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Renault) - 78 pontos
5 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 68 pontos
6 - Lando Norris (McLaren) - 65 pontos
7 - Alexander Albon (Red Bull) - 64 pontos
8 - Charles Leclerc (Ferrari) - 63 pontos
9 - Lance Stroll (Racing Point) - 57 pontos
10- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 53 pontos
11- Carlos Sainz Jr (McLaren) - 51 pontos
12- Esteban Ocon (Renault) - 36 pontos
13- Sebastian Vettel (Ferrari) - 17 pontos
14- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 14 pontos
15- Nico Hulkenberg (Racing Point) - 10 pontos
16- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 3 pontos
17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 2 pontos
18- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos
19- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 391 pontos
2 - Red Bull Honda - 211 pontos
3 - Racing Point Mercedes - 120 pontos
4 - McLaren Renault - 116 pontos
5 - Renault - 114 pontos
6 - Ferrari - 80 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 67 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 5 pontos
9 - Haas Ferrari - 3 pontos

TRANSMISSÃO













terça-feira, 20 de outubro de 2020

CORRIDA PORTUGUESA COM CERTEZA!

 

Foto: Getty Images

25 anos longe do calendário da F1, no mínimo duas gerações de fãs não são familiares ao tempo onde Portugal recebia anualmente um Grande Prêmio. Então, no post de hoje, vamos relembrar algumas corridas marcantes nesse circuito.

Começando, é claro, por 1985. Quem não sabe que foi em Estoril que Ayrton Senna fez sua primeira pole e venceu de baixo de um dilúvio bem no feriado de Tiradentes e no dia que morreu Tancredo Neves, o então presidente que iria tomar posse após a ditadura militar? Relembre:


1990: Na antepenúltima etapa da temporada, a disputa era entre Senna na McLaren contra Prost na Ferrari. No entanto, o paddock tinha algumas informações quentes: o surpreendente Jean Alesi, na Tyrrell, optou por assinar com a Ferrari. O francês chegou a estar alinhado com a poderosa Williams. Os italianos também ofereceram contrato de um ano para Alessandro Nannini, mas este recusou.

Nigel Mansell, desgostoso com o tratamento na Ferrari, tinha anunciado aposentadoria para o final do ano. No entanto, informações davam conta de que o inglês assinaria com a Williams por duas temporadas. Quis também o destino que Mansell conquistasse a única vitória na temporada em Estoril. A corrida acabou dez voltas mais cedo depois do acidente entre Alex Caffi (Arrows) e Aguri Suzuki (Larrousse). Senna chegou a frente de Prost e deu um passo importante para conquistar o bicampeonato.



1992: mais uma vez o extra-pista foi marcante em Estoril. Naquele final de semana, foi confirmado o retorno de Alain Prost para a F1 na poderosa Williams, assim como o acerto da ida de Nigel Mansell para a Indy, na equipe Newman-Haas. Campeão na Hungria, o Leão venceu pela nona vez na temporada, um recorde até então.



1993: de volta a F1, Prost tinha o "carro de outro planeta", em mais uma temporada hegemônica da Williams. Naquele final de semana, mais bombas: Michael Andretti tinha saído da McLaren e voltado para o CART, nos Estados Unidos. Para o seu lugar, estreou um certo Mika Hakkinen como companheiro de equipe de Ayrton Senna... o brasileiro, por sua vez, anunciou para os jornalistas brasileiros que não continuaria na McLaren em 1994 e afirmou que Prost estava se aposentando. Dito e feito: o francês falou pouco depois e confirmou a decisão.

Na pista, Prost sacramentou o tetracampeonato mundial com um segundo lugar, atrás de Michael Schumacher, que venceu pela Benetton. Na época, o francês foi apenas o segundo piloto da história a atingir quatro conquistas ou mais.

Foto: AutoRacing




1995: a penúltima vez em Estoril, um pouco depois que nasci, tinha Schumacher cada vez mais perto do bicampeonato com a Benetton, mas a Williams tentava incomodar. David Coulthard largou na pole e venceu pela primeira vez na carreira antes de partir para a McLaren. A corrida também foi marcada pelo acidente na largada entre Katayama (Tyrrell), Luca Badoer (Minardi), Roberto Pupo Moreno, Pedro Paulo Diniz (ambos da Forti Corse) e Andrea Montermini (Pacific).



Essa são algumas das lembranças do Grande Prêmio de Portugal, de volta ao calendário, de forma excepcional, neste 2020 inédito no também novo circuito de Algarve, em Portimão. 

Até!

sexta-feira, 24 de julho de 2020

IDAS E VINDAS

Foto: Getty Images
O que era uma obviedade agora tornou-se oficial: em 2020, a Fórmula 1 não vem para as Américas. Brasil, Estados Unidos, México e Canadá terão que esperar por 2021.

O caso dos três primeiros é óbvio: os casos e óbitos decorrentes do coronavírus não estão perto de diminuir, e uma longa viagem com o risco de exposição a doença assusta o circo. O Canadá, em situação diferente, não valeria a pena para as equipes viajar apenas para uma corrida no continente - o que inclui equipamentos, motorhomes, etc.

O futuro do Grande Prêmio do Brasil é uma incógnita. 2020 é o último ano de contrato com Interlagos e um acordo parece distante. O pior: o tal autódromo de Deodoro, que tomara que nem saía do papel, é o favorito, mas alguém realmente acha que esse monstrengo não vai levar no mínimo alguns bons anos para ficar pronto?

Perder Interlagos, um dos circuitos mais tradicionais da história, presente na categoria desde 1972, é um crime. Alguém precisa avisar isso para o bigodudo. Além disso, o traçado permitiu ao longo da história momentos inesquecíveis. Alguns milhões de dólares não podem ser suficientes para acabar com essa história em um dos mercados mais valiosos e com mais espectadores do esporte. O país não se resume ao Rio de Janeiro.

Bom, a FIA já definiu suas substitutas, e teremos retornos e novidades. Ímola e Nurburgring, ausentes desde 2006 e 2013 respectivamente, estão de volta para o GP da Emilia Romagna e GP do Eifel. Com isso, a Itália, que no início do ano era o epicentro do covid, vai terminar 2020 realizando três corridas. No circuito italiano, uma novidade: apenas dois dias de atividades (sábado e domingo, com um só treino livre).

Foto: Getty Images
A grande novidade é a estreia do Autódromo de Algarve em Portimão, Portugal. O país volta a receber a F1 depois de 24 anos, mas agora não em Estoril. Ele foi reformado em 2008 e chegou a receber, na época, testes privados de Toyota, Honda e a McLaren de Lewis Hamilton, na foto acima.

Como escrevi anteriormente, uma coisa boa disso tudo são esses circuitos "diferentes" retornando e/ou estreando na F1, dando lugar a outros lugares chatos e sem graça na mesma ordem que estamos acostumados. Infelizmente, dessa vez, Interlagos vai fazer falta e o Brasil, que não tem perspectivas de um piloto retornar a categoria, agora vive com a incerteza se vai sediar alguma corrida no curto/médio-prazo.

Nas próximas semanas, a FIA também deve anunciar duas corridas no Bahrein e a etapa final, em Abu Dhabi. E para 2020 está bom demais. Entre idas e vindas, o Brasil perde e a F1... bem, não sei se ganha. Ao menos serão paisagens e traçados diferentes para acompanharmos pela TV.

Até!

quarta-feira, 7 de junho de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #31

Foto: Getty Images
Fala, galera! Mais uma semana de corrida com algumas notícias e boatos fresquinhos. Vamos lá:

TRANSFERINDO A RESPONSABILIDADE - Com Hamilton 25 pontos atrás de Vettel, aliado a vitória dominante da Ferrari em Mônaco enquanto a Mercedes conquistou um tímido quarto e sétimo lugares, Toto Wolff parece estar colocando o favoritismo do Mundial para os italianos. Em entrevista, ele afirmou que "infelizmente, a Mercedes não tem o melhor carro". Creio que é blefe. Sim, é fato que a Ferrari foi muito melhor na última prova, mas o mérito de Vettel está na regularidade, tanto é que Hamilton e Bottas fizeram mais pole-positions. A diferença é o ritmo de corrida. Sem dúvida alguma, o momento é favorável para os vermelhos. Veremos como as flechas de prata irão reagir.

MASSA 2018? - A aposentadoria repentina de Rosberg permitiu a Massa e, consequentemente, ao Brasil continuar com um representante na F1. Com o papel de ser o "tutor"do jovem Lance Stroll, o brasileiro é o único que pontuou pela equipe até agora (20 pontos), o que justifica o sexto lugar da Williams, atrás de Force India (já distante) e Toro Rosso, com Haas e Renault apenas seis pontos atrás. Se seguir essa lógica, existe a chance da equipe da Grove terminar o ano em oitavo, até porque Stroll não demonstra nenhum sinal de que evoluiu até aqui.

Sentindo-se relaxado e tranquilo, Massa declarou que, se sentir que está na direção certa, pretende continuar na F1 por mais uma temporada. Pois bem, a Williams precisa optar entre se sujeitar ao dinheiro de um bilionário e não ter ambições ou ganhar menos e ter dois pilotos jovens, motivados e capazes de levar o time para a frente. Claramente, a escolha foi pelo primeiro, mas até quando isso vai valer a pena? Massa, que não tem nada a ver com isso, agradece. O Brasil também.

Foto: Jorge Sá
DE VOLTA? - Há 20 anos fora do circo, corre o rumor na imprensa europeia de que Portugal negocia o retorno para a F1. Segundo a revista "Autosport", representantes do autódromo de Algarve, construído em 2008, estão conversando com pessoas ligadas a F1. Isso seria um pedido do próprio governo português, com o apoio do prefeito da cidade de Portimão, sede do autódromo. A publicação frisa que as conversas estão em um estágio inicial, longe e sem previsão de alguma definição, seja positiva ou negativa para o desfecho do negócio.

Nos anos 1980 e 1990, o circuito de Estoril recebeu a F1 e saiu do calendário por apresentar estrutura defasada e falta de segurança. Vale lembrar que a Liberty Media deseja recolocar circuitos e praças tradicionais na categoria. França e Alemanha, por exemplo, estarão de volta ano que vem. Com a possibilidade de negociar um preço mais acessível do que nos tempos de Bernie, podemos esperar que talvez, nos próximos anos, o retorno dos gajos na F1. O último resquício foi com Tiago Monteiro em 2006, pela Midland. Antes disso, conquistou o único pódio português na F1 pela Jordan em Indianápolis, no inesquecível GP de seis carros.

RELEMBRE: O GP do Canadá completa 50 anos na F1. Em 1999, a corrida ficou marcada pelos acidentes de Damon Hill, Jacques Villeneuve e Michael Schumacher no muro da última curva, que desde então passou a ser intitulado de "Muro dos Campeões". O vencedor foi Mika Hakkinen, o único campeão que passou ileso nessa corrida.


Outra edição destacada é a de 35 anos atrás. Em 1982, Nelson Piquet venceu. Entretanto, o que ficou marcado foi a morte do piloto Ricardo Paletti. Na largada, a Ferrari de Didier Pironi ficou parada e o Osela do italiano bateu. O forte impacto contra o volante causou lesões no tórax e o piloto ficou preso nas ferragens. Enquanto a equipe médica tentava realizar o resgate, o tanque de combustível do carro explodiu e o carro pegou fogo. Paletti foi resgatado sem vida, mas foi declarado morto no hospital, vítima de hemorragia. Ele tinha 23 anos e fazia sua primeira temporada na F1.




Por enquanto é isso, até mais!