Mostrando postagens com marcador mugello. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mugello. Mostrar todas as postagens

domingo, 13 de setembro de 2020

90%

 

Foto: Getty Images

Vida longa aos circuitos clássicos, com brita. Um erro e já era. No desconhecido (para a F1) circuito de Mugello, o traçado estreito prometia na largada e durante a corrida. E foi exatamente o que aconteceu.

Bottas tinha finalmente conseguido uma boa largada e assumido a liderança quando, lá no miolo, Verstappen e Gasly se envolveram num enrosco e acabaram fora. Verstappen atolou na brita, sem chances de reação. Para o francês, mostra como tudo muda em uma semana: da vitória a eliminação no Q1 e batida na primeira volta. Depois de Monza, tem infinito crédito.

Eis que Bottas na relargada, resolve acelerar e desacelerar e causou um big-one lá atrás. Após 9 voltas sem qualquer disputa, bandeira vermelha e mais uma vez a corrida paralisada. 

O finlandês sequer conseguiu aproveitar a vantagem porque, na terceira relargada (a segunda parada), Hamilton retornou para a liderança. Sem Verstappen, Stroll parecia o candidato a pódio porque Albon também não largou bem, com Ricciardo correndo por fora. Enquanto isso, Leclerc caía para o fim do grid e Vettel brigava com o carro. No milésimo GP da Ferrari, o que valeu mesmo foi Mick Schumacher, agora líder da F2, andando no F2004 do pai.

Tudo parecia encaminhado lá na frente quando a suspensão de Stroll quebra e o canadense bate forte na barreira de pneus. Mais uma bandeira vermelha. Uma corrida caótica desde Brasil 2003 e Canadá 2011, nesse sentido, apesar de Hockenheim no ano passado ter sido animada também. Essa é a vantagem de ter brita em um circuito desconhecido. Mugello pode muito bem substituir algum circuito insosso como Paul Ricard, Barcelona ou algo do tipo que todo mundo agradeceria. Se a F1 não tem competitividade, ao menos esse traçado oferece alguma emoção, caos e aleatoriedade. 

Bottas, que rezava por um Safety Car para tentar atacar Hamilton, de novo perdeu posição para Ricciardo. O que Hamilton fez hoje foi bullying: quando o finlandês se aproximou, ele aumentou o ritmo para não ser mais pego. 

Na briga pelo pódio, mostrando como o mundo gira, Albon surgiu das cinzas, passou Ricciardo e assegurou o primeiro pódio da carreira. Momento mais oportuno impossível. A pressão é grande depois do feito de Gasly. É bem verdade que o primeiro tailandês da história a subir no pódio só consegue disputar algo na frente quando Max está fora, mas pelo menos desta vez ele largou ao lado. Fez duas largadas ruins mas conseguiu evoluir. É um sopro importante nesse contexto de pressão. Ainda assim, é muito legal ver o esforço recompensado. Deve ser uma emoção indescritível.

Foto: Getty Images

Na corrida de sobrevivência com 12 carros, Kvyat desabrochou, Leclerc fez o que pode e Raikkonen, mesmo com cinco segundos de punição, conseguiu superar Vettel. Traído pela bandeira vermelha, Russell perdeu grande chance de pontuar pela primeira vez. Que pecado.

Sem adversários (e com a cara de pau de criticar Albon e Red Bull), Lewis Hamilton venceu pela nonagésima vez, fez seu protesto importantíssimo diante da posição e condição que ostenta e se encaminha para mais recordes quebrados. Na vitória número 90, Lewis tem no mínimo já 90% do caminho andado para o heptacampeonato. Diga o nome dele.

Confira a classificação final do GP da Toscana:


Até!

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

SUBSTITUIÇÃO

 

Foto: Getty Images

Deu o óbvio: a Aston Martin, agora uma equipe com grife e dinheiro, contratou a grife Sebastian Vettel e mandou Sérgio Pérez pastar no final da temporada. É claro que o filho do dono permanece no time.

Apesar da decadência, é legal ver o nome do tetracampeão encabeçando um projeto com dinheiro, grife e bons resultados nas últimas temporadas. Muito melhor do que sair da F1 pela porta dos fundos na Ferrari em uma relação que tornou-se tóxica nas duas últimas temporadas, Seb tem a última chance da carreira liderando uma equipe emergente com um porém: decadente e com o filho do dono ali... se ele supera um tetracampeão, garanto que vai ter um monte de leigo acreditando que ele realmente é um bom piloto.

Para o mexicano, é um duro golpe. Também foi demitido pelo telefone de uma equipe que ele no primeiro momento ajudou a não falir e conquistou inúmeros pódios com pouquíssimo orçamento. Apesar de não fazer uma boa temporada, merecia mais consideração, no mínimo. Com as portas fechadas, basicamente encerra-se as possibilidades de Pérez conseguir algum protagonismo na carreira.

Sendo um bom piloto e carregando muito dinheiro de Carlos Slim, resta para ele duas alternativas: Haas ou Alfa Romeo, sendo o panorama da primeira mais favorável, até em virtude da Haas ser uma equipe estadunidense e a Alfa ser muito mais um puxadinho da Ferrari do que o time de Gene.

Foto: Getty Images

Em Mugello, onde acontece a milésima corrida da Ferrari na F1 (cujo carro é muito bonito e lembra a Roma rsrs), é muito legal ver um circuito antigo ainda com brita. Qualquer erro pode ser fatal e Lando Norris entendeu isso. Apesar de ser uma pista estreita igual Suzuka, as expectativas para essa corrida são altas justamente por isso, além do fato de ninguém conhecer o circuito ou de como será o comportamento dos carros durante 59 voltas.

Nos treinos livres, Bottas foi o mais rápido em ambos e mostra, é claro, o favoritismo da Mercedes. Pérez, em fase nada iluminada, bateu em Raikkonen na saída dos boxes e deve ser punido com perda de posições no grid. É o momento...

Para a Ferrari, apesar do clima festivo, a torcida é que não seja um vexame essa corrida histórica. E o que não seria uma vexame? Diante das circunstâncias, os dois pilotos pontuando seria ótimo.

Confira os tempos dos treinos livres para o GP da Toscana:




quinta-feira, 10 de setembro de 2020

GP DA TOSCANA: Programação

 O Autódromo Internazionale di Mugello fica localizado na Itália, 30 km a nordeste de Florença.

Existe desde 1914. De 1989 a 1991 remodelado pela Ferrari, sua proprietária, que a usa como pista de testes. Atualmente possui 5 245 m, 15 curvas e uma longa reta de 1 141 m. Há também uma versão mais curta com 7 curvas.

O circuito foi usado na Temporada 2012 da Fórmula 1 em testes realizados de 1 a 3 de maio por todas as equipes e agora, pela primeira vez, vai sediar um Grande Prêmio de Fórmula 1.

Foto: Wikipédia

LONGEVIDADE

Foto: Grande Prêmio

Essa é a palavra que pode definir a gestão de Gunther Steiner enquanto chefe da equipe da Haas, desde 2016. Afinal, desde 2017 a dupla de pilotos é a mesma (Magnussen e Grosjean), embora já há alguns anos uma troca poderia ter sido feita.

Sobre esse assunto, o chefão da Haas disse que sequer conversou com Gene Haas sobre a dupla de pilotos para o ano que vem, mas deixou claro que deseja continuidade: a dupla de 2021 deverá ser a mesma de 2022.

“Tudo está na mesa para o ano que vem, porque a única coisa que gostaria, e vou falar sobre isso com Gene [Haas, dono da equipe] nas próximas semanas e meses, é como vamos fazer nosso melhor. Então, vamos ver o que é melhor para nós. Mas uma coisa, na minha opinião, precisamos fazer: quem estiver no carro em 2021 deve estar no carro em 2022.

Porque, com um carro novo a caminho, se você conhece seu piloto, pelo menos você já resolveu alguma coisa. Quem quer que seja, mesmo que sejam esses caras que estão correndo agora, e caso eles fiquem, devem ficar por pelo menos os próximos dois anos.

Sou contra a troca antes de 2022. Com um carro novo e um novo piloto, isso pode ficar complicado. É a única coisa que posso dizer, o restante está aberto. Não tenho ideia ainda de quem vai pilotar o carro em 2021 e 2022", disse em entrevista para a Sky Sports.

Na semana passada, o chefão disse estar interessado em um dos jovens pilotos da academia da Ferrari para ocupar esse cargo: Callium Ilott, Robert Shwartzman e Mick Schumacher disputam o título da F2. Diante de todas as hipóteses, partindo do pressuposto da continuidade e de uma das vagas sendo de um jovem, é fundamental um piloto mais experiente do lado.

Magnussen até poderia permanecer, mas Pérez e Hulkenberg podem ser grandes candidatos para ajudar a tentar erguer o time americano. É aquilo: Steiner, dessa vez, precisa acertar os tiros. Do contrário, é ele e a Haas que podem sangrar por mais duas temporadas.

MAIS MUDANÇAS

Foto: Divulgação/Williams


Após a venda da Williams para a Dorilton Capital e a saída da família Williams do comando da equipe, a agora "nova Williams" segue com alterações.

Com a saída de Claire, os ingleses possuem um novo chefão interino: Simon Roberts. Ele chegou na Williams em junho, mas está na F1 desde 2003, quando chegou na McLaren. Com uma rápida passagem na Force India, retornou para woking e ficou até junho, quando assumiu a gerência da Williams.

Mike O'Driscoll anunciou aposentadoria. Ele era CEO da Williams. Membro do conselho administrativo desde 2011, era diretor executivo desde 2017. O'Driscoll irá permanecer na Williams até o fim do ano e promete ajudar a Dorilton Capital nesse processo de transição, agora que assumiram a equipe.

É natural. Quando surge uma venda e uma mudança de direção, as mudanças surgem, algumas mais rápidas e outras nem tanto até que a organização fique de acordo com a preferência dos donos. A questão é que os administadores não entendem nada de automobilismo. Por outro lado, é difícil que a Williams fique tão pior assim. Agora é esperar, com um pouco de apreensão, porque não é mais uma empresa familiar, e sim um negócio.

Como quase nada na F1 dá dinheiro, não sei até quando vai durar essa empreitada. Aguardemos.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 164 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 117 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 110 pontos
4 - Lance Stroll (Racing Point) - 57 pontos
5 - Lando Norris (McLaren) - 57 pontos
6 - Alexander Albon (Red Bull) - 48 pontos
7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 45 pontos
8 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 43 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 41 pontos
10- Daniel Ricciardo (Renault) - 41 pontos
11- Sérgio Pérez (Racing Point) - 34 pontos
12- Esteban Ocon (Renault) - 30 pontos
13- Sebastian Vettel (Ferrari) - 16 pontos
14- Nico Hulkenberg (Racing Point) - 6 pontos
15- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 4 pontos
16- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 2 pontos
17- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 281 pontos
2 - Red Bull Honda - 158 pontos
3 - McLaren Renault - 98 pontos
4 - Racing Point Mercedes - 82 pontos
5 - Renault - 71 pontos
6 - Ferrari - 61 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 47 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos
9 - Haas Ferrari - 1 ponto

TRANSMISSÃO







sexta-feira, 10 de julho de 2020

NOVA(S) VELHA(S) PISTA(S)

Foto: Getty Images
Em mais uma corrida na Áustria, agora sob o nome de GP da Estíria, um treino livre que pode ter sido interessante. A previsão é que amanhã talvez tenha chuva forte, o que impossibilite o treino classificatório de acontecer. Sendo assim, os tempos da segunda sessão de hoje é que definiriam o grid de largada.

Se terminar assim, a pole seria de Max Verstappen. Ele conseguiu desbancar Bottas no final, seguido pela dupla rosa da Racing Point, Sainz e Hamilton em sexto, que usou pneus macios velhos. Lando Norris foi punido com três posições por ultrapassar em bandeira amarela no TL1. Que punição ridícula.

Apesar dos resultados modestos mais uma vez, Vettel diz que o carro está melhor do que na semana passada. Se ele está assim, imagina Leclerc... a Ferrari é uma caixinha de surpresas.

Quem roubou a cena foi Daniel Ricciardo. No início do segundo treino livre, o australiano perdeu a traseira e bateu forte na proteção de pneus. Ele batou o joelho na coluna de direção e saiu mancando, preocupando a todos. No entanto, ele garante que não terá problemas para a corrida, apenas o carro... Seria já um "efeito Alonso" na Renault?

Foto: Reprodução/Scuderia Ferrari
A grande notícia do dia foi o anúncio da FIA de mais duas corridas no calendário, totalizando dez por enquanto. Já está certo que nas próximas semanas teremos mais anúncios. Apesar dos números do coronavírus nas Américas continuarem altos, ainda existe otimismo reiterado pela prefeitura e o governo do Estado de São Paulo para a realização do GP do Brasil. no final do ano.

Pela primeira vez na história, Mugello vai sediar uma corrida de Fórmula 1. A pista da Ferrari, que só serviu para testes coletivos algumas vezes e sempre para a Ferrari (é óbvio), vai ter a alcunha de GP da Toscana Ferrari 1000, em alusão a milésima corrida da escuderia na F1, que será após o GP da Itália. Algarve/Portimão está muito perto de um desfecho semelhante e pode significar para Portugal um retorno após mais de duas décadas.

A outra corrida confirmada é Sochi, que será duas semanas depois de Mugello, no dia 27 de setembro. A China cancelou todos os compromissos internacionais do ano, então é fora do baralho. Resta aguardar os truques da FIA para em breve.

Se é que dá para escrever assim, o lado bom desse momento de exceção na F1 é a entrada de circuitos simples e tradicionais europeus no lugar de bugigangas e tilkódromos modernos e sem vida. Isso dá um ar da F1 antiga, que predominava Europa, Japão, EUA e Brasil, Oportunidade rara para uma corrida em Mugello e tomara que coloquem mais circuitos alternativos nesse calendário diferentão.

Para o final de semana, a previsão é a mesma: a Mercedes é favorita mas segue com esses papos de "carro com problemas de confiabilidade". Como escrito na semana passada, as rivais precisam aproveitar as particularidades dessa temporada, especialmente a anfitriã Red Bull, ainda zerada. Como o circuito de Spielberg é bom, torçamos para que seja uma boa corrida, principalmente se tiver chuva na parada.

Ah, as novas velhas pistas da F1...

Confira a classificação dos treinos livres de sexta:




quarta-feira, 23 de março de 2016

BLEFE OU REALIDADE?

Foto: Bandeira Verde
Não é a primeira e certamente não será a última vez que será veiculado na imprensa notícias sobre o futuro de Monza na F1. O circuito, que é símbolo e deveria ser patrimônio mundial da humanidade (ou ao menos da categoria), corre sério risco de ter sua última prova nesse ano.

O presidente do Automóvel Clube da Itália, Sticchi Angelo Damiani, disse que Bernie Ecclestone recusou o dinheiro que Monza ofereceu para manter na F1. Além disso, o todo poderoso da F1 supostamente não estaria satisfeito com as mudanças feitas para receber o Mundial de Superbikes.

Supostamente Ímola ou Mugello seriam as favoritas para substituir o icônico circuito que participa da F1 desde 1950 e que só ficou fora em 1980, por reformas. As negociações está em curso há algum tempo, mas parece que emperrou. Bernie Ecclestone pediu 25 milhões de euros, mas Damiani ofereceu apenas 19 milhões. Além disso, Ecclestone não gostou das mudanças que Monza irá fazer para receber o Mundial de Superbikes.

Todo mundo já sabe que apenas o dinheiro interessa para Bernie. Milhares de circuitos tradicionais já estão fora por impossibilidades financeiras: Magny Cours, Ímola, Paul Ricard, etc. É mais rentável ter corridas em Abu Dhabi, Baku e Cingapura do que em lugares tradicionais como França, Itália e Portugal. A F1 está acabando. A tradição dos circuitos está se transformando em tilkometros artificais, sem alma, sem carisma, apenas modernos. Bernie está matando a F1 com uma mão pelo dinheiro e depois reclama da falta de competitividade na categoria: Não há dinheiro; os custos são elevadíssimos.

SENNA, 56 ANOS

Foto: Wikipédia
Homenagem atrasada: Ontem, Ayrton Senna da Silva completaria 56 anos de idade. Nosso eterno ídolo! Muitas saudades...
O site do Instituto Ayrton Senna criou um site, em português e em inglês, que conta a carreira do piloto baseado em manchetes de jornais de 1 de janeiro até 31 de dezembro. Sim, há material da imprensa em todos os dias do ano que citam o tricampeão. São notícias nacionais e internacionais da carreira e até de sua vida. Não foi fácil, mas foi um ótimo trabalho da equipe. Você pode acessar o site clicando AQUI.

É isso pessoal, até mais!