sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

BARCELONA, Dia 4 - Novos e velhos problemas

Último dia da primeira parte de testes em Barcelona. Mais uma vez, a Ferrari sobrou e liderou três das quatro sessões, dessa vez com Kimi Raikkonen. O dia também ficou marcado por infortúnios na Williams e na McLaren.

Foto: MotorSport

O IceMan sobrou. Com os pneus ultramacios, o finlandês fez o tempo de 1:23.477, andando 80 voltas durante o dia. Em segundo lugar ficou Daniil Kvyat, da Red Bull, que andou 95 voltas e fez o tempo de 1:24.293, também com os ultramacios. Os austríacos se credenciam para desbancar a Williams como a terceira força da F1. Outro destaque dessa pré-temporada e que também promete incomodar o pessoal de Glove é a Force India., novamente com o piloto de testes mexicano Alfonso Celis. Ele foi o terceiro mais rápido (1:24.840, pneu supermacio, 77 voltas). A Williams que abra o olho!

Foto: Getty Images
Felipe Massa se limitou apenas a efetuar testes aerodinâmicos pela manhã e andou apenas 54 voltas. Foi o nono, com 1:26.483 (pneus macios). O brasileiro ficou um bom tempo parado nos boxes, mas despistou e não falou sobre o problema, apenas citou "como algo bobo e que não vai afetar o desempenho da Williams no GP da Austrália". Kevin Magnusson foi quem mais andou hoje (153 voltas) e foi o quarto (1:25.263, pneus macios). Enquanto Palmer sofreu com panes hidráulicas (normais para quem voltou a F1 apenas em dezembro, sem muito tempo para modificar o projeto da antiga Lotus), o dinamarquês conseguiu coletar bons dados para os franceses, que só pensam em 2017. Max Verstappen fechou o top 5 (1:25.393, 110 voltas, pneus macios)

Foto: Getty Images
 Depois de um início até promissor, a Honda voltou para a "realidade" de 2015. E, como sempre, o azarado da vez foi Dón Alonso. Um problema de vazamento permitiu ao espanhol dar apenas três voltas hoje. A McLaren soltou um comunicado, explicando a situação: "Durante a madrugada os engenheiros trabalharam para solucionar o vazamento hidráulico de ontem. Uma vez os trabalhos concluídos, mandamos Alonso para pista, mas a telemetria mostrou um novo vazamento - sem relação com o primeiro - no líquido refrigerante, o que nos obrigou a desmontar o carro todo, encerrando os testes do último dia". Uma ducha de água fria em Woking. Ao menos terão até terça para solucionar essas situações.

Foto: Reprodução Twitter

Quem já está "mostrando a que veio" é Rio Haryanto. Ontem, ele rodou. Hoje, ele rodou e bateu no muro da curva 5, provocando bandeira vermelha. Duas barbeiragens em dois dias. É o novo Maldonado? E mais: No paddock, circula um rumor de que o governo indonésio deu um calote e não pagou uma das taxas que deveria a Manor. O piloto pode ser substituído, mas a equipe de Stephen Fitzpatrick negou as informações. Será um Luiz Razia parte 2? (para quem não lembra: Em 2013, o brasileiro ia correr na Marussia, mas um atraso de pagamento dos seus patrocinadores a equipe forçaram a sua saída, entrando um jovem e promissor Jules Bianchi em seu lugar).

Confira os tempos do dia de hoje e também um quadro produzido pelo GloboEsporte.com com o melhor tempo dos pilotos nesses quatro dias de testes!

Foto: Arte GloboEsporte.com
Até!


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

BARCELONA, DIA 3 - Bandeiras vermelhas

O penúltimo dia da primeira parte dos testes de pré-temporada marcou a estreia dos Brasileiros Felipe Massa e Felipe Nasr e algumas equipes enfrentando problemas em seus carros. Vamos conferir:

Foto: Sky Sports

Nico Hulkenberg foi o mais veloz do dia, com o tempo de 1:23.110 (pneu supermacio - a única equipe que utilizou esse composto hoje) e 99 voltas completadas. O time de Vijay Mallya sonha em alcançar a Williams para ser a quarta força da F1. Vão ter que precisar de recursos, mas o talento dos pilotos e da equipe técnica é um fator que permite a todos sonharem. Em segundo lugar, a novata Haas, de Romain Grosjean (1:25.874 - pneu macio, 82 voltas). Definitivamente, os americanos não vieram para F1 de brincadeira. Ao contrário das últimas estreantes (Marussia, Hispania e Caterham), a Haas veio muito bem estruturada (com um generoso auxílio da Ferrari), e tem tudo para crescer devagarzinho ao longo dos anos. Se conseguir os primeiros pontos nessa temporada, será ótimo.

Raikkonen, que andou quase nada pela manhã (A Ferrari executou testes com o sistema de alimentação do carro), foi o terceiro (1:25.977, pneu médio, 77 voltas). Kevin Magnussen, com a Renault, foi o quarto (1:26.014, pneu macio, 110 voltas). Os franceses ainda sofrem com as panes, e o piloto dinamarquês teve que abandonar a sessão no fim do dia, provocando bandeira vermelha.

Foto: Reprodução
Felipe Nasr estreou em 2016 ainda com o C34, carro de 2015. O brasileiro conseguiu andar 115 voltas e fez o sétimo tempo. Ele afirmou que os pneus deste ano são diferentes em comparação aos do ano passado, o carro ficou mais rápido. Todavia, a Sauber está totalmente atrasada. Enquanto seus rivais (Toro Rosso, Haas, Renault, McLaren) acumulam quilometragem e descobrem seus novos bólidos, o C35 terá apenas quatro dias para que Nasr e Ericsson possam conhecer e testar o carro antes do GP da Austrália.

Apesar da evolução, a McLaren voltou a mostrar problemas. Button foi o 11° e sua MP4-31 teve uma pane hidráulica, que causou um pequeno incêndio. Na Manor, Rio Haryanto foi o último, andando 77 voltas com sua Manor, apesar de ter rodado e causar outra bandeira vermelha. As Mercedes, com bastante quilometragem, mudou a estratégia: Mandou Hamilton à tarde (oitavo, com 1:26.421, pneu médio e testando a nova asa da Mercedes) e Rosberg pela manhã (quinto, com 1:26.084, pneu médio).

Foto: Getty Images
Felipe Massa estreou o FW38 com 109 voltas e o décimo tempo (1:26.712, pneu médio). A Williams evoluiu menos que Ferrari e Mercedes e pode se ver ameaçada pela Red Bull e, quem sabe, a Force India. O brasileiro também indicou que a equipe só ira priorizar o ritmo de classificação nos testes da semana que vem, quando serão utilizados os pneus macio, supermacio e ultramacio.

Confira os tempos do terceiro dia de pré-temporada em Catalunha, na Espanha!

Foto: Arte Globoesporte.com
Até!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

BARCELONA, DIA 2 - Nada mudou

Segundo dia de testes na Catalunha. Novamente, Vettel foi o mais veloz, desta vez utilizando os novos pneus ultramacios (roxos) da Pirelli. Entretanto, quem chamou a atenção outra vez foi a Mercedes, que percorreu 800 km (ou quase 3 GPs da Espanha) com Nico Rosberg, com os pneus médios. Os alemães estão escondendo o seu potencial de velocidade, enquanto os italianos desejam saber o quão rápido é o seu SF16-H. Os alemães parecem, a princípio, estar alguns degraus a frente.

Foto: Getty Images
O tetracampeão fez o tempo de 1:22.810, percorrendo 126 voltas durante o dia. Quem também andou com o ultramacio e fechou a sessão em segundo lugar foi Daniel Ricciardo, com a Red Bull (1:23.525) e 112 voltas. No geral, todas as equipes percorreram uma boa quilometragem no treino de hoje. É um avanço significativo em relação ao ano passado, o que demonstra, em tese, um maior entendimento dos sistemas da unidade motriz com a aerodinâmica e os outros componentes do bólido.

Sérgio Pérez foi o primeiro piloto titular da Force India a entrar no novo VJM09 e ficou em terceiro (1:23.650), mas com os pneus supermacios. Finalmente, Rosberg foi o quarto (1:24.867), com pneu médio. Obviamente, ficou nítido que a Mercedes estava preocupada com os stints de corrida e a durabilidade dos equipamentos ao invés de focar na velocidade e tempos de qualyfing. Ou seja: Estão um passo a frente dos demais.

Foto: Getty Images
Outra grande novidade do dia foi a McLaren e seu motor Honda. Alonso pilotou o MP4-31 por incríveis 119 voltas e terminou o dia na nona colocação (1:26.082), com pneu macio. Melhor do que o tempo em si, o fato do time de Woking andar sem nenhum problema elétrico ou algo do tipo animou o piloto espanhol bicampeão do mundo. Além do mais, tivemos uma mudança importante no comando nipônico. Yasuhisa Arai, diretor do programa de F1 da Honda, foi substituído por Yusuke Hasegawa, que já passou pela F1 nos tempos que a Honda era um time. Ele fala um pouco de inglês, o que deve ajudar no relacionamento com a fábrica, na Inglaterra. Ron Dennis queria a cabeça de Arai desde o ano passado, devido ao fato do japonês dar inúmeras entrevistas desastrosas e não aceitar outros métodos de trabalho, visando a melhora do time. A McLaren tem tudo para se desenvolver e atingir resultados melhores nesse ano.

Foto: Getty Images
Resumindo: Com uma analogia muito bem escrita pelo Lívio Oricchio (LEIA AQUI), Mercedes e Ferrari travam um duelo de boxe. Os Italianos vieram animados achando que poderiam destronar os Alemães. Foram com confiança, mas não esperavam que a Mercedes evoluísse tanto quanto eles (ou até mais). Por enquanto, uma vitória por pontos confortável dos Alemães, que abalaram psicologicamente o oponente e agora trabalham a distância com jabs curtos. Mas faltam muitos rounds para essa luta terminar. Até lá, o nocaute ferrarista pode acontecer. Será?

Confira os tempos do segundo dia de testes da pré-temporada da F1, em Barcelona:

Foto: Arte Globoesporte.com
Até amanhã!

BARCELONA, DIA 1 - Ferrari x Mercedes

Testes de pré-temporada devem ser analisados com muito cuidado. Nem tudo (ou quase tudo) deve ser levado em consideração. Até o GP da Austrália, todas as equipes terão modificações. Além do mais, nem sempre as equipes "mostram tudo" nos testes de pré-temporada. Eles não querem mostrar todas as suas armas logo no início. Dito isso, bora conferir o que aconteceu no primeiro dia de treinos na Catalunha:

Foto: Getty Images
Sebastian Vettel marcou o melhor tempo do dia, anotando o tempo de 1:24.939 (pneu médio), ainda pela parte da manhã. O alemão andou 69 voltas. Poderia ter sido mais, mas o seu SF16-H ficou nos boxes por algum tempo para reparos de confiabilidade. Por falar nisso, o que impressionou foi o ritmo da Mercedes. O tricampeão Lewis Hamilton foi o segundo mais rápido, quase meio décimo mais lento que a Ferrari (1:25.409)

Entretanto, o inglês andou 156 voltas no Circuito espanhol, o que equivale a 2,5 GPs (O GP da Espanha tem 66 voltas (comprimento total de 4627 metros). E o mais preocupante (para os rivais): Com o pneu médio, os tempos das voltas foram muito semelhantes. Ou seja: Se a Ferrari aparentemente deu um salto para tentar encostar ou ultrapassar a Mercedes, os alemães não deixaram barato: O ritmo de corrida parece ser muito bom e, o mais importante, o carro parece ser confiável.

Foto: Reprodução Twitter
A bordo da Red Bull "sem Renault", Daniel Ricciardo foi o terceiro (1:26.044), com 87 voltas completadas. Um bom sinal. Será interessante a disputa do motor "Renault" desenvolvido pelos austríacos e Mario Illien, o guru da Ilmor e a Renault dos franceses. Bottas foi o quarto, Alfonso Celís (Mexicano, piloto reserva da Force India) foi o quinto e Jenson Button o sexto, com Carlos Sainz Jr em sétimo, Marcus Ericsson (com a Sauber de 2015) em oitavo e Pascal Wehrlein e Grosjean fechando o top 10. Jolyon Palmer foi o último.

Foto: Getty Images
Confira os tempos do primeiro dia de testes da pré-temporada:

Foto: Reprodução Globoesporte.com
Até amanhã!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

OS NOVOS CARROS


E aí pessoal, tudo bem? Pois então, antes de começarmos a discutir sobre o primeiro dia de treinos de pré-temporada no Circuito da Catalunha, vamos apresentar os bólidos desse ano das equipes que disputam o Mundial de F1. À exceção da apresentação dos carros da Renault, no início do mês e da Red Bull, no último post, mostraremos as novidades (ou não, em alguns casos). Vamos lá!

SCUDERIA FERRARI = SF16-H

Foto: Ferrari/F1 Fanatic
A grande novidade dos Italianos é a faixa branca no cockpit, em alusão ao carro de 1975, quando Niki Lauda sagrou-se campeão pela primeira vez. Abaixo, uma faixa meio esverdeada dá um tom "tricolore" no carro do cavalinho rampante. Prefiro as Ferraris clássicas do início da década de 2000, toda vermelha.

McLAREN HONDA = MP4-31

Foto: Divulgação
Como sempre, a McLaren atiça seus fãs na Internet com charadinhas e fotos que dão a entender que uma pintura fodástica está a caminho. E, como sempre, todo mundo se decepciona: É a mesma pintura de 2015, com o patrocínio da Chandon no lugar da TAG Heuer. A grande questão é analisar o desempenho do novo carro, e que não seja nada tão vexatório ou pior que a McLaren do ano passado.

MERCEDES AMG PETRONAS F1 TEAM = W07

Foto: Divulgação

Segundo relatos dos jornalistas que estão cobrindo os treinos na Espanha, a Mercedes vem mais forte ainda para manter a hegemonia da F1. Sob os lemas de que "time que tá ganhando não se mexe" e "vamos fortalecer o que eram os nossos pontos fracos", a equipe alemã tem tudo para conquistar o tricampeonato de construtores com esse belo carro, em todos os aspectos.

HAAS F1 TEAM = VF-1

Foto: Divulgação

O carro mais aguardado era, sem dúvida nenhuma, o da Haas. Por toda a expectativa de ser a equipe novata da vez (na F1), a esperança é de que fosse algo diferente do usual na categoria. Como dá para ver, predomina o preto com cinza, um conservadorismo dos americanos, na minha humilde opinião. Interessante a bandeira dos Estados Unidos na lateral do carro, afinal, desde a Lola de 1988 que um time estadunidense não ingressava na F1. Agora, é saciar a curiosidade geral acompanhando os treinos do time de Gutiérrez e Grosjean.

MANOR F1 TEAM = MRT05

Foto: Divulgação
Particularmente, um dos carros mais bonitos do ano. Como a maioria não mudou as cores e estou um pouco cansado de bólidos pretos e cinzas, a Manor e a Red Bull capricharam. Enfim, o time de Stephen Fitzpatrick deve ter grandes avanços nessa temporada. A "parceria" com a Mercedes e a contratação de profissionais experientes (Nicholas Tombazis e Pat Fry) credenciam a ex-Marussia a sonhar não ser a lanterna do grid. Pascal Wehrlein e Rio Haryanto terão essa responsabilidade.

WILLIAMS MARTINI RACING = FW38

Foto: Divulgação
Não é má vontade, mas quase esqueci da Williams. Sendo honesto, há pouco para escrever. Pelo terceiro ano seguido, o layout é mantido: O branco com as listras que remetem ao patrocínio da Martini. O time de Frank Williams, Claire Williams, Bottas e Massa sonha vencer uma corrida e se manter como terceira força da F1. Vamos ver se o objetivo será cumprido.

SAHARA FORCE INDIA F1 TEAM = VJM09

Foto: MotorSport
Equipe pela qual eu nutro uma enorme simpatia, a Force India também não mudou nadica de nada. Com a manutenção da equipe técnica e da dupla de pilotos muito talentosa - Hulkenberg e Pérez - o time de Vijay Mallya espera se consolidar como quinta força e, por que não?, tentar evoluir mais e encostar na Red Bull e Williams. Capacidade e talento eles têm. Dinheiro? Aí a história já é outra... a entrada da Aston Martin poderia fazer a diferença. Num futuro próximo, talvez?

A Toro Rosso resolveu esconder o jogo. A equipe de Faenza veio com uma pintura azul escura, semelhante a da Williams na pré-temporada de 2014. Ou seja, a pintura oficial será vista apenas em Melbourne, dia 18 de março. A Sauber só virá com o C35 no teste de Março. Entretanto, já colocou a pintura de 2016 no carro de 2015, o C34. Vale dar uma olhada:

STR11. Foto: Divulgação/Twitter

C34 com a pintura de 2016. Foto: Divulgação/Twitter
Em breve, tudo sobre o primeiro dia de testes em Barcelona! Até lá!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

TÁ CHEGANDO A HORA

Foto: Reprodução/Twitter
Pois bem, depois do blog dar uma pausa em virtude do Carnaval e outras viagens, aos poucos estou voltando, assim como a F1. A partir de segunda-feira, serão apresentados os bólidos que serão utilizados nessa temporada (exceção da Sauber, que só irá usar o carro novo em Março) e começam os primeiros testes de pré-temporada, com todas as 22 vagas preenchidas.

Ontem, a Red Bull apresentou a nova pintura do RB12 no carro de 2015. Com a saída da Renault e da Infiniti, sumiram os detalhes brancos e o roxo característico da marca de carros associada aos franceses. Com isso, o nome da equipe ganhou mais destaque na lateral, além da inclusão da TAG Heuer, nova patrocinadora da equipe e que irá batizar o nome do motor da Red Bull (que é Renault) nesse ano.

A nova pintura ficou linda. Os austríacos precisavam mudar o visual. Com tantos carros cinzas e prateados, essa nova pintura realmente vai se destacar nas transmissões. Espero que não seja apenas pelo fator estético, mas sim também pela evolução que Christian Horner, Adrian Newey e Helmut Marko tanto esperam de sua equipe para retomar o domínio estabelecido entre 2010 e 2013.

Foto: Getty Images
Acabou o mistério da Manor. Até semana passada, a equipe era a única que não havia anunciado a dupla de pilotos para esta temporada. Com isso, muitos nomes foram especulados. Todavia, finalmente a escuderia de Stephen Fitzpatrick chegou a um consenso: Na semana passada, Pascal Wehrlein, piloto reserva da Mercedes e campeão da DTM, foi anunciado. Trata-se de uma espécie de parceria entre Manor e Mercedes, que cede o seu piloto e alguns benefícios monetários e estruturais para seu "time satélite". 

Foto: Getty Images
Hoje, a escuderia fechou o último assento disponível: Trata-se do Indonésio Rio Haryanto, de 23 anos. Ele já foi utilizado pela finada Marussia como piloto de testes em algumas sessões de Abu Dhabi. O piloto estava na GP2 há algum tempo. O forte apoio financeiro do governo indonésio foi primordial para que o acordo fosse finalizado. A imprensa Europeia chegou a especular que a Manor utilizaria quatro pilotos durante o ano: Haryanto nas provas asiáticas, Will Stevens nas europeias e Alexander Rossi nas corridas da América do Norte e Sul.

É a junção de um piloto com potencial (Wehrlein) com um piloto não tão talentoso assim, mas que irá ajudar a bancar os altos custos que uma equipe de F1 necessita fazer. É um dinheiro importante, principalmente para quem recentemente quase faliu. Não é o ideal, mas é o que está a disposição da Manor.

Agora, é aguardar os testes da pré-temporada, que serão realizados entre os dias 22 a 25 de Fevereiro e 1 a 4 de Março. Segue a ordem da apresentação dos carros:

Fevereiro 19: Ferrari, online
Fevereiro 21: McLaren MP4-31, online
Fevereiro 22: Mercedes W07, Barcelona (à confirmar)
Fevereiro 22: Red Bull RB12, Barcelona
Fevereiro 22: Haas, Barcelona
Fevereiro 22: Manor MRT05, Barcelona
Fevereiro 22: Williams FW38, Barcelona
Fevereiro 22: Force India VJM09, Barcelona
Março 1: Sauber C35, Barcelona

Até lá!


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

FIM DA LINHA

O grande feito de Maldonado, na Espanha, em 2012. Foto: EFE
Foram 5 temporadas (ou 95 GPs) que nós vimos Pastor Maldonado na Fórmula 1. Depois de muitas especulações surgirem com força nos últimos dias, o venezuelano se antecipou à Renault para confirmar que está fora da categoria máxima do automobilismo nesse ano.

Desde o início de janeiro que Magnussen começou a se reunir com a Renault. A ideia inicial era contratá-lo para ser piloto reserva e oferecer uma vaga de titular para 2017. O Dinamarquês, bancado por uma empresa, aumentou a proposta de pagamento para ingressar na equipe.

Sabendo disso, Maldonado avisou a PDVSA (petrolífera venezuelana), que se reuniu com a Renault. O atraso no pagamento (algo corriqueiro na Lotus) ao pessoal de Enstone foram um dos fatores que motivaram a troca de lugares, ainda não oficializada, na equipe. Vale ressaltar que os franceses não dependem única e exclusivamente de um piloto pagante, embora Magnussen também seja um deles, porém mais talentoso e menos inconstante.

Óbvio que a passagem de Maldonado na F1 será lembrada por suas inúmeras barbeiragens e muitos momentos cômicos que renderam milhares de memes e "fãs" do piloto na Internet. Muitas corridas chatas pra cacete foram salvas pelas "Maldonadices", que deixavam o público ligado na corrida pelo fato de que, uma hora ou outra, o Pastor ia bater ou fazer alguma bizarrice. Tiro e queda.

Das 95 corridas, ele terminou apenas 14 vezes na zona de pontuação. Óbvio que o maior momento de sua carreira foi a histórica e surpreendente vitória no GP da Espanha de 2012. Herdando a pole de Hamilton, Maldonado liderou do início ao fim, resistindo aos ataques de Alonso e Raikkonen. Foi a última vitória da Williams e de sul-americano na F1 até então.

Foi-se um piloto folclórico e muito errante, que claramente se sustentou na categoria pelo dinheiro do governo venezuelano. Mas quem disse que a F1 apenas se resume aos grandes e geniais pilotos? Maldonado, De Cesaris, Inoue, etc, também têm a sua parcela de contribuição, se não foi na técnica e direção apurada, foi no "entretenimento e emoção" proporcionados por seus erros e barbeiragens. E a vitória de Maldonado, claro.

DIVULGADOS HORÁRIOS DAS PROVAS

Como sempre, Melbourne vai abrir a temporada. Foto: Divulgação
A FIA divulgou os horários oficiais dos grandes prêmios desse ano. A princípio, teremos 21 corridas, o que será um recorde na categoria, caso se confirme. As grandes mudanças são o GP da Rússia ser disputado em Maio (era realizado em Outubro) e a Malásia voltar ao fim da temporada (desde 2000 era a segunda ou terceira corrida do ano). O GP dos EUA, em Austin, precisa de confirmação e sua realização é uma grande dúvida, assim como a estreante Baku (embora não seja oficial), que será no mesmo final de semana que As 24 Horas de Le Mans (e a corrida vai começar bem na hora que a prova de Le Mans vai terminar! Mancada da FIA!!!). Confira os horários:

20 de Março - GP da Austrália, às 2h
3 de Abril- GP do Bahrein, às 12h
17 de Abril - GP da China, às 3h
1 de Maio - GP da Rússia, às 9h
15 de Maio - GP da Espanha, às 9h
29 de Maio - GP de Mônaco, às 9h
12 de Junho - GP do Canadá, às 15h
19 de Junho - GP da Europa, às 10h
3 de Julho - GP da Áustria, às 9h
10 de Julho - GP da Inglaterra, às 9h
24 de Julho - GP da Hungria, às 9h
31 de Julho - GP da Alemanha, às 9h
28 de Agosto - GP da Bélgica, às 9h
4 de Setembro - GP da Itália, às 09h
18 de Setembro - GP de Cingapura, às 9h
2 de Outubro - GP da Malásia, às 4h
9 de Outubro - GP do Japão, às 2h
23 de Outubro - GP dos EUA, às 17h (a confirmar)
30 de Outubro - GP do México, às 17h
13 de Novembro - GP do Brasil, às 14h
27 de Novembro - GP de Abu Dhabi, às 11h

Até!