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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

ANO NOVO, VELHOS PROBLEMAS

 

Foto: McLaren

A virada do ano não fez desaparecer os problemas do passado. Pelo contrário. A F1 já muda o calendário que, a princípio, será o mais extenso da história.

E vai começar uma semana mais tarde que o normal. Em virtude da Austrália exigir uma quarentena de duas semanas e uma biosfera para quem vai ao país, isso fez com que fosse inviável nesse momento a ida da F1 para lá. A corrida foi adiada para o final da temporada, mais precisamente para o dia 21 de novembro. Desde Adelaide que a corrida australiana não ia para o fim do ano.

A abertura da temporada será, portanto, no Bahrein, mas a data foi mantida: 28 de março. Será a terceira que a corrida de Sakhir começa o ano. Como efeito dominó, toda a logística foi modificada.

A pré-temporada, que seria na Espanha no início de março, será também no Bahrein, entre os dias 11 e 14 de março. A única vez que o país sediu esses treinos havia sido em 2014.

O coronavírus também provocou outras mudanças no calendário. A China pediu adiamento da corrida mas, a princípio, vai ficar fora da temporada de novo. Para o seu lugar, no dia 18 de abril, a F1 confirmou mais uma edição do GP de Emília Romagna, em Ímola, a segunda corrida do ano.

A terceira corrida, no dia 9 de maio, ainda não foi oficialmente anunciada. Como o espaço é de uma semana, parece ser improvável que seja em outro continente. Portanto, Vietnã está fora sem sequer existir. Provavelmente teremos o retorno do GP de Portugal, em Portimão.

Com o GP da Austrália sendo remanejado para 21 de novembro, isso provocou efeito-dominó em outras duas etapas: O GP de São Paulo, em Interlagos, foi antecipado para 7 de novembro, uma semana antes do original. 

As corridas finais foram empurradas: Arábia Saudita (que sequer tem um layout do circuito ainda) será dia 5 de dezembro e Abu Dhabi encerra os trabalhos no dia 12/12. A temporada mais longa da história começa e termina uma semana depois do previsto.

Sinceramente? Já disse que esse tanto de corrida é demais e desvaloriza a importância do espetáculo de um evento de Fórmula 1. Sobre os circuitos, podiam tirar Paul Ricard, Barcelona, Sochi, Arábia Saudita e Abu Dhabi de uma vez. Como isso não vai acontecer, poderiam ter colocado Mugello e Istambul ao invés de Ímola e Portimão, mas é o que tem pra hoje.

De resto, aguardamos os lançamentos dos carros e uma última informação: agora todos os treinos livres vão ter uma hora de duração. Menos tempo para treinar, mas convenhamos: o pessoal mal vai para a pista. Acho que todos ganham.

Ano novo, velhos problemas e soluções nem tão inéditas assim.

Até mais!

sexta-feira, 13 de março de 2020

STAND BY

Foto: Reprodução/Twitter
Com a oficialização do cancelamento do GP da Austrália, a FIA também adiou/cancelou o que seriam as três etapas seguintes: China, Bahrein e Vietnã.

De agora em diante, não faltam especulações do que será a temporada 2020 da Fórmula 1. Alguns acreditam que o ano começa em maio, com o GP de Mônaco, com as corridas da Espanha e Holanda nas férias de agosto.

Helmut Marko acredita que a abertura será no Azerbaijão, em junho.

A verdade é que, diante de uma pandemia e todo o alarmismo mundial, é impossível prever qualquer coisa.

E convenhamos: ninguém está muito interessado nesse ano, que será uma repetição das outras temporadas. Tomara que agilizem o novo Pacto de Concórdia e que já pensem logo em 2021.

O mundo está em stand by, mas até quando?

Até.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

RECOMEÇANDO

Foto: Reprodução/Ferrari
Todo mundo pensando em 2021, mas antes disso há o 2020. A F1 começa a apresentar os carros para o início da pré-temporada.

No Teatro Valli, na Itália, a Ferrari apresentou o SF1000. O vermelho remete aos carros da equipe nos anos 1980, assim como a serifa dos números lembra dos tempos de Gilles Villeneuve e Didier Pironi.

É um carro bonito, mas convenhamos: o vermelho do Inter nesse ano é incomparável. Risos.

Foto: Reprodução/Ferrari

Hoje, a Red Bull e a Renault também lançaram o visual de seus carros. Como os taurinos estão iguaizinhos, não faz sentido postar foto. É a mesma coisa do ano passado, e do outro, e do outro...

A Renault, por sua vez, vai ficando mais preta com o passar dos anos. Como todo carro preto e com detalhe amarelo, vão comparar com a Lotus, mas prefiro a analogia que soltaram de que a Renault está ficando igual a uma banana que vai apodrecendo.

Agora que a Haas voltou a ser branca, os franceses preenchem o espaço de carro preto dessa temporada.

Foto: Reprodução
Como esperado, o GP da China está, a princípio, adiado. Foi a decisão que a FIA tomou em conjunto com os órgãos e autoridades do país. A grande questão é como esse pepino vai ser descascado. Surgiram especulações de realocar a prova para o final da temporada, mas isso acarretaria em uma semana a menos de férias para os pilotos e/ou para os funcionários das fábricas.

A última vez que um evento foi cancelado por motivo de força maior foi o GP do Bahrein de 2011, em virtude dos protestos da Primavera Árabe. Com muito dinheiro em jogo de estatais e patrocinadores, a China é um mercado importante para qualquer negócio que queira se prezar global. É um grande problema que o bigodudo Carey vai ter que resolver juntamente com as equipes.

Voltamos amanhã com a "nova" McLaren. Até!

quarta-feira, 24 de abril de 2019

A QUARTA CORRIDA

Foto: Motorsport
Olá, pessoal!

Como o Grande Prêmio do Azerbaijão não tem história suficiente para ser relembrada (afinal, está sendo disputada pela quarta vez - três como GP do Azerbaijão e uma como GP da Europa) e é a quarta etapa de uma temporada que até aqui tem o domínio, decidi relembrar de outras "quartas etapas" da era recente da Fórmula 1 que também tiveram domínios de uma equipe, mas diferentes.

Vamos lá:

2004 - SAN MARINO

O GP de San Marino sediado em Ímola na Itália e somente com esta nomenclatura para burlar o regulamento de que não poderia existir dois GPs em um mesmo país com a mesma alcunha, a corrida marcava o aniversário de dez anos de falecimento de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. Durante o final de semana, o sobrinho Bruno e o grande amigo Gerhard Berger guiaram a mítica Lotus 86, emocionando a todos.

Na pista, a Ferrari mantinha o seu domínio, com Schumacher vencendo as três primeiras etapas. No entanto, a pole ficou com a surpreendente BAR Honda de Jenson Button, que debutava na "posição de honra". 

No entanto, Schummi logo deu o pulo do gato nas famosas voltas voadoras pré-reabastecimento e venceu pela quarta vez no ano, mantendo o 100% que depois garantiria o seu sétimo e último título mundial. Button foi o segundo e a Williams de Juan Pablo Montoya foi o terceiro. Alonso, Trulli, Barrichello, Ralf Schumacher e Kimi Raikkonen completaram a zona de pontuação, num grid que também tinham os brasileiros Felipe Massa na Sauber e Cristiano da Matta na Toyota.




2009 - BAHREIN

Foto: Getty Images
Esta é uma outra história que já contei, até recentemente. A Fórmula 1 vivia um novo momento, cortando gastos e sofrendo com a crise, que fez montadoras saírem da categoria. Com o novo regulamento, quem apostou no famoso difusor traseiro se deu bem, enquanto que as tradicionais Ferrari, McLaren e BMW ficaram para trás com a aposta no KERS, o sistema de recuperação de energia cinética.

Jenson Button liderava o campeonato com duas vitórias em três corridas, sendo que na Malásia a corrida teve menos da metade da duração e, portanto, valeu apenas metade dos pontos. Na etapa anterior, na China, o jovem Sebastian Vettel foi o responsável pela primeira vitória da história da Red Bull Racing, ele que também foi o primeiro e único vencedor pela equipe satélite, a Toro Rosso.

No confronto entre os dois, quem se deu bem no sábado foi a Toyota: Trulli e Glock fizeram a primeira dobradinha da história da equipe na primeira fila, com Vettel e Button na segunda fila. 

No entanto, durante a corrida, o melhor ritmo de corrida aliado a uma estratégia acertada fez Button vencer pela terceira vez em quatro etapas. Ele venceria mais duas em sequência para garantir uma vantagem irreversível, bastando somente administrar na reta final, onde a Brawn GP já havia sido superada pelas rivais, para se sagrar um dos campeões mundiais mais improváveis de toda a história. Vettel foi o segundo e Trulli o terceiro, seguido por Hamilton, Barrichello, Raikkonen, Glock e Alonso. O grid também contava com Nelsinho Piquet pela Renault (foi o décimo) e com Felipe Massa na Ferrari, que abandonou com problemas no carro do cavalinho rampante.


2014 - CHINA

Foto: Getty Images

O domínio da Mercedes já começa a ser uma fatia significativa da história deste esporte. Depois de três vitórias em três corridas, as flechas de prata partiram para a quarta vitória sem maiores problemas.

Com mais um treino na chuva, Hamilton evidenciava seu maior talento ao fazer mais uma pole. Em condições não tão desiguais, as Red Bull de Ricciardo e Vettel se intrometeram e o líder Nico Rosberg largou apenas em quarto.

Na corrida, sem chuva, um passeio da Mercedes sem maiores problemas e mais uma dobradinha, a terceira vitória de Lewis no ano. O cara responsável por agitar a bandeira fez isso uma volta antes, portanto a corrida teve uma volta a menos, o que ajudou Alonso e a Ferrari a garantir o terceiro lugar, apesar dos ataques de Ricciardo. Vettel foi o quinto, seguido por Hulkenberg, Bottas, Raikkonen, Pérez e Kvyat. Massa foi o 15° com a Williams.

Bom pessoal, essas foram as lembranças dessa semana. Até a próxima!

segunda-feira, 15 de abril de 2019

NINGUÉM VAI LEMBRAR


A única coisa que será lembrada nesta corrida 1000 da Fórmula 1 é que ela foi disputada na China e foi vencida por Lewis Hamilton.

Ninguém vai lembrar que o inglês começou a vitória logo na largada e administrou a corrida toda com Bottas o comboiando.

Ninguém vai lembrar que a Ferrari é patética e mais uma vez ferrou Leclerc com uma estratégia inacreditável, fazendo o monegasco cair de terceiro para quinto ao beneficiar o decadente errante Vettel na estratégia, sendo que este não fez nada faz algum tempo.

Ninguém vai lembrar que Verstappen parece estar amadurecendo e contendo o ímpeto, pensando nos pontos e sendo alguém cerebral. Ninguém vai lembrar que Gasly ganhou um ponto extra porque isso realmente não é importante.

Ninguém vai lembrar que Ricciardo marcou seus primeiros pontos com uma decepcionante Renault, que praticamente não avança e novamente teve problemas com Hulkenberg.

Sabem porque que ninguém vai lembrar? Porque esta corrida foi o retrato da F1 dos últimos anos. Mercedes dominante, Ferrari batendo cabeça e tropeçando nas próprias pernas, Red Bull confortável como terceira força e apenas o pelotão intermediário movendo fundos por brigas (adivinhem?) intermediárias (destaque para a boa corrida de Kimi Raikkonen). Se a Liberty não fizer nada a respeito, a F1 está cada vez mais fadada a ser esquecida, e isto será tema do próximo texto.

Ninguém vai lembrar que Kubica e Giovinazzi estão sendo surrados pelos seus companheiros. Infelizmente, as condições físicas do polonês não permitem um alto rendimento na maior parte da corrida. Somando-se ao péssimo carro da Williams, está o talentoso George Russell. O italiano está cada vez mais aquecendo o banco do Schumacher Jr.

Ninguém vai lembrar que a Haas não tem pilotos a altura do carro, ou ao menos um deles.

Deveriam lembrar a grande corrida de Alexander Albon. Largando dos boxes, foi ganhando posições e conquistou um heroico décimo lugar com a Toro Rosso. Apesar do forte acidente que o impediu de participar do treino e acabou gerando toda essa situação, se o tailandês nascido na Inglaterra continuar com bons desempenhos, Gasly pode ser mais uma vítima do abatedouro de Helmut Marko.

Mas ninguém vai lembrar.

Confira a classificação final do GP da China:


Até!

sexta-feira, 12 de abril de 2019

DE OLHO

Foto: Getty Images
Vettel é um dos caras mais pressionados do grid, tanto pelo peso em pilotar a Ferrari e ser o principal perseguidor de Lewis Hamilton quanto pela ascensão de Charles Leclerc na equipe. O talento e as capacidades do tetracampeão estão em constante desconfiança da comunidade. Nada melhor que no milésimo GP da F1 para o alemão recomeçar, recuperar a confiança e mostrar para todos porque conquistou tantos títulos.

A tarefa não é simples. Desde o começo da era híbrida, a Mercedes só não venceu na China ano passado, no caótico GP vencido por Daniel Ricciardo. Bottas foi o mais rápido, apesar da FIA vetar a nova asa dianteira colocada pelos alemães. No TL2, Leclerc andou pouco para que fosse analisado seu motor. Depois do final traumatizante do Bahrein, todo cuidado é pouco.

No meio do pelotão, podemos destacar Renault e McLaren brigando pelo quarto posto, com Alfa Romeo e Haas mais atrás. Coincidência ou não, os motores franceses a frente dos italianos. Seria resquício do Bahrein, encaixe da pista ou apenas um alarme falso?

A Williams segue fechando o grid e assim estamos todos aguardando esta corrida tão histórica, apenas aguardando se o party mode da Mercedes vai fazer a diferença, se a Ferrari e Vettel reagem ou se Leclerc vence pela primeira vez. Será interessante.

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!



GP DA CHINA - PROGRAMAÇÃO

O Circuito Internacional de Shanghai teve sua primeira corrida em 2004, vencida por Rubens Barrichello. É o autódromo mais caro da história. A sua construção custou cerca de 240 milhões de dólares.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:32.238 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:31.095 (Ferrari, 2018)
Último vencedor: Daniel Ricciardo (Red Bull)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 5x (2008, 2011, 2014, 2015 e 2017)

ZANDVOORT 2020?

Foto: Getty Images
Depois de não ter surgido muitas notícias nos últimos meses, a "Motorsport Week" noticiou que existem negociações com a Liberty para que a corrida seja disputada na Holanda a partir do ano que vem.

O anúncio seria feito na semana que vem e seria disputado no verão europeu. No entanto, a data não coincidiria com o GP da Bélgica, que geralmente é no final de agosto. Ou seja, seria entre maio/junho. Com o GP do Vietnã já confirmado e a ameaça de vários circuitos saindo, a corrida na Holanda impulsionada pelo efeito Verstappen pode ser uma boa notícia.

Claro que existem outras variáveis. O público vai comparecer em massa, mas temos que saber se o traçado é viável para que se tenha uma corrida decente. Bem, se Rússia e Abu Dhabi estão no calendário, talvez isso não seja a coisa mais importante a ser avaliada. 

Zandvoort sediou uma etapa da F1 pela última vez em 1985. Com a Liberty cada vez mais se importando com as interações virtuais e com Max sendo um grande personagem da geração millenial, a Holanda pode ser um grande trunfo para a contínua popularização da categoria com os mais jovens, ao menos entre os holandeses e belgas.

IRMÃO DE LECLERC É ANUNCIADO NO PROGRAMA DE PILOTOS DA SAUBER

Foto: Motorsport Week

O momento é favorável para os Leclerc. Enquanto Charles confirma a expectativa e encanta o mundo com a Ferrari logo na segunda corrida, nesta terça-feira (09) o irmão mais novo, Arthur, foi anunciado como piloto da academia da Sauber Motorsport, que gera a Alfa Romeo na F1.

Arthur vai disputar a F4 alemã e algumas etapas da F4 italiana pela equipe US Racing-CHRS, tradicional no meio e que recentemente se juntou com a Charouz. A equipe é gerida por Ralf Schumacher. Os sobrenomes não param.

No ano passado, Leclerc foi o quinto colocado na F4 Francesa e foi piloto de desenvolvimento da Ventura na Fórmula E, realizando alguns testes na categoria no Marrocos.

"Estou muito feliz por fazer parte do time de jovens pilotos da Sauber. É um programa sério, afiliado a um time de F1 e meu irmão foi parte da Sauber em 2018. É uma oportunidade que significa muito para mim. Meu carro será completamente diferente e muito mais rápido que o F4 que pilotei na França, mas meu objetivo é vencer e ir para outra categoria", disse Arthur sobre a entrada no programa.

Boa sorte para Arthur nesta nova empreitada.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 44 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 43 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 27 pontos
4 - Charles Leclerc (Ferrari) - 26 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 22 pontos
6 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 10 pontos
7 - Lando Norris (McLaren) - 8 pontos
8 - Kevin Magnussen (Haas) - 8 pontos
9 - Nico Hulkenberg (Renault) - 6 pontos
10- Pierre Gasly (Red Bull) - 4 pontos
11- Lance Stroll (Racing Point) - 2 pontos
11- Alexander Albon (Toro Rosso) - 2 pontos
13- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 1 ponto
14- Sérgio Pérez (Racing Point) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 87 pontos
2 - Ferrari - 48 pontos
3 - Red Bull Honda - 31 pontos
4 - Alfa Romeo Ferrari - 10 pontos
5 - McLaren Renault - 8 pontos
6 - Haas Ferrari - 8 pontos
7 - Renault - 6 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 3 pontos
9 - Racing Point Mercedes - 3 pontos

TRANSMISSÃO:



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

VÍDEOS E CURTINHAS #36: RESUMO DO FERIADO

Foto: Divulgação
Bastou ter um feriado para que acontecessem algumas coisas no mundo do automobilismo. Sem mais delongas, vamos lá:

Começando pelo mais importante: Mick Schumacher, o Schumi Jr, repetiu o feito do pai Michael em 1990 e conquistou a F3 Europeia, em Hockenheim. Mick precisava apenas de um segundo lugar para ganhar o título uma corrida antes do final da rodada tripla. Na primeira chance, acabou rodando durante uma tentativa de ultrapassagem. Na corrida dois, Schumi Jr apenas administrou a distância que tinha para o líder Juri Vips. Dan Ticktum, que precisava de um milagre, foi o sétimo.

Mick, ao que tudo indica, deve migrar para a F2, em uma estrutura vencedora. Ter o sobrenome do pai não é fácil. As expectativas sempre serão altas. No mais, feliz pela conquista do Schumi Jr e aguardando ansiosamente os próximos passos da carreira, sempre com muito cuidado. Impossível não se emocionar com isso!



Foto: Divulgação

Sem surpresas, a Williams anunciou a contratação do britânico George Russell, virtual campeão da F2. Ele pertence a Mercedes. Pelo anúncio, o contrato é de "múltiplos anos", mas na verdade é um empréstimo. Russell mostrou qualidade na F2 e merecidamente será campeão, desbancando o queridinho da própria mídia do país, o Lando Norris. A outra vaga, segundo dizem, está sendo disputada pelo próprio Sergey Sirotkin, pelo compatriota Artem Markelov e o piloto de testes Robert Kubica. Inacreditável que nem na Williams a Mercedes vai dar uma mãozinha pro Ocon. Dizem que é medo dele se queimar em um carro ruim ou ser derrotado por um novato. Oras, o francês já mostrou qualidade. Se Russell for melhor, é ter mais qualidade ainda e, portanto, mais merecedor de ir para a Mercedes. Toto, o rei do drama, prefere ficar abraçado com o Bottas em prol de seus pilotos... Wehrlein que o diga.

Foto: Divulgação
E tem brasileiro campeão nos EUA! Felipe Nasr conquistou o IMSA, campeonato de corridas de longa duração nos Estados Unidos. A etapa final foi disputada nesse final de semana, em Atlanta. Ao lado de Eric Curran e Gabby Chaves, Nasr chegou em oitavo na Road Atlanta, corrida de 10 horas, a mais importante do certame. A competição reuniu alguns nomes conhecidos do automobilismo americano, como Ryan Hunter-Reay e o recém pentacampeão da Indy Scott Dixon, além de caras das antigas como Christian Fittipaldi e Jan Magnussen. É bom ver os pilotos se reinventando após a saída da F1. Segundo o Globoesporte.com, Nasr pode estar indo para a Indy. Tomara! Que seja competitivo e siga fazendo carreira em mercados alternativos, mostrando que há vida além da F1. Alonso que o diga.

Foto: Autoracing
A FIA divulgou o calendário de 2019 da F1. Serão 21 etapas. A China vai ser palco da milésima etapa da história da categoria. A Alemanha, sempre dúvida, foi confirmada. Não teremos mais três corridas consecutivas igual aconteceu nesse ano. O Grande Prêmio do Brasil será dia 17 de novembro e a temporada vai terminar em dezembro, no dia 1°, em Abu Dhabi. Confira todas as datas:

17/03 - Austrália
31/03 - Bahrein
14/04 - China
28/04 - Azerbaijão
12/05 - Espanha
26/05 - Mônaco
09/06 - Canadá
23/06 - França
30/06 - Áustria
14/07 - Inglaterra
28/07 - Alemanha
04/08 - Hungria
01/09 - Bélgica
08/09 - Itália
22/09 - Cingapura
29/09 - Rússia
13/10 - Japão
27/10 - México
03/11 - EUA
17/11 - Brasil
01/12 - Abu Dhabi

Até!



segunda-feira, 16 de abril de 2018

CONTRASTES DE XANGAI

Foto: Getty Images

Terceira etapa do ano. Terceira vez que a corrida se encaminhava para um final, digamos, morno. Bottas deu um undercut no Vettel, que atacava e tenta ultrapassar o finlandês. Parecia até questão de tempo para vencer pela terceira vez no ano.

Se na Austrália as Haas tiveram problemas e acabaram beneficiando indiretamente a Ferrari... dessa vez as duas Toro Rosso bateram. Gasly, empolgado pelo quarto lugar, achou que Hartley iria lhe dar passagem na grandiosa disputa pelo antepenúltimo lugar. Os dois bateram, e pedaços dos carros ficaram pela pista.

Duas voltas depois, o Safety Car. Igual na Austrália. Charlie Whiting o aciona logo após os líderes Vettel e Bottas passarem pela reta. A Red Bull não pensa duas vezes: Ricciardo e Verstappen nos boxes. Com pneus macios novos contra os médios da concorrência e o grid realinhado, a dobradinha estava quase garantida.

Foto: Sky Sports

Em três corridas, pela terceira vez um elemento “anormal” acabou mudando a corrida de cabeça para baixo, dando emoção e imprevisibilidade. Não é ruim. O problema é depender sempre disso. De novo, sem criticar: lembra muito as bandeiras amarelas da Indy e da Nascar. É bom para o espetáculo? É. Mas nem sempre é assim que funciona. Hamilton tinha tudo para vencer tranquilamente na Austráiia sem ser incomodado. Se não fosse a Ferrari mudar a estratégia (muito em virtude do atropelamento do mecânico), outra corrida seria marcada por uma procissão.

Se não fosse a irresponsabilidade de Pierre Gasly, só teríamos uma disputa entre Bottas e Vettel, que valia a vitória, mas sem saber até quanto tempo. O alemão era mais rápido. Bom, com o fato novo, o melhor ultrapassador da F1 abriu caminho e, na especialidade da casa, venceu pela sexta vez na carreira. Não desperdiça nenhuma oportunidade. Cirúrgico e preciso. E pensar que quase não participou do treino depois do primeiro motor Renault ter ido pro saco no TL3.

Quem não aproveita as chances que têm é Verstappen. Devidamente escrito e explicado na semana passada, o que vimos foi apenas mais uma jornada irresponsável do nosso Montoya do século XXI. Uma surpresa: admitiu o erro e se desculpou com Vettel. Será que é o início de uma jornada de amadurecimento? Era para ter vencido.


Foto: Reprodução

Bottas se recuperou da péssima impressão deixada na Austrália. Embora pudesse ter sido mais contundente no Bahrein, dessa vez fez uma boa jornada na China, passando o compatriota na largada e ter feito um undercut para assumir a liderança. No campo do “se”... poderia ter vencido uma ou até duas corridas no ano. E o mais importante: duas semanas seguidas amplamente superior ao tetracampeão.

Hamilton. A pontuação é muito acima do desempenho. Se na Austrália ele deveria ter vencido e no Bahrein o problema do câmbio o limitou, na China a falta de aquecimento de pneus o fez coadjuvante. Só apareceu na corrida no enrosco com Verstappen e Ricciardo. Mesmo assim, soube capitalizar diante desses incidentes e por pouco não conseguiu um pódio que não seria merecido. De possíveis e incríveis 36 pontos de desvantagem, acabou apenas 9 atrás do líder Vettel. Não há do que reclamar.

Chega a ser triste o papel que Raikkonen presta na Ferrari. Justo ele, o último campeão pela escuderia e com personalidade suficiente para se impor. Entretanto, nada disso basta. A tradição ferrarista de concentrar todos os esforços em um piloto atinge situações ridículas. O finlandês teve a corrida sacrificada para segurar Bottas, visando uma aproximação e tentativa de ultrapassagem de Seb. Depois de descartado, parou para ficar esquecido em sexto. Sorte dele que o Safety Car mudou tudo e conseguiu um pódio. Enfim, não faz diferença para o IceMan. Sendo justo, está andando bem aos sábados e razoável aos domingos. Suficiente para renovar por mais uma temporada. É aqui que Ricciardo quer parar? Tem que pensar bem.

Foto: LAT Images
A McLaren comprova que falta chassi e um pouco de potência para ter finais de semana melhores. Alonso, de novo nos pontos. Nas corridas o panorama muda. Vandoorne foi abaixo de sua capacidade. Se o faminto Lando Norris ganhar a F2 facilmente como se espera, sei não...

Outro destaque é para Hulkenberg, que vem batendo facilmente Carlos Sainz, quando todos finalmente esperavam um desafio a altura na Renault. Ou o espanhol se cuida ou pode ver sua provável vaga para a Red Bull caso Ricciardo saia ficar com o novo queridinho, o #10 da Honda.

Contrastes, contrastes.

Até!

quarta-feira, 11 de abril de 2018

GP DA CHINA - Programação

O Circuito Internacional de Shanghai teve sua primeira corrida em 2004, vencida por Rubens Barrichello. É o autódromo mais caro da história. A sua construção custou cerca de 240 milhões de dólares.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:32.238 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:31.678 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 5x (2008, 2011, 2014, 2015 e 2017)

SIROTKIN DIZ NÃO ENTENDER DESEMPENHO RUIM DA WILLIAMS: "CARA DE IDIOTA"

Foto: LAT Images
O começo de temporada da tradicional equipe de Frank Williams até aqui é desastrosa. Com seus dois pilotos jovens muito longe da zona de pontuação e sem saber se o FW41, um novo conceito aerodinâmico de carro em comparação com os bólidos dos anos anteriores é confiável, a Williams está perdida.

Após a corrida do Bahrein, o russo disse que agora é o momento de descobrir o que está errado na equipe de Grove. Um sentimento duro depois de um fim de semana difícil. Eu sei que ficamos com cara idiotas [para quem olhou] do lado de fora", disparou. "Isso é bem óbvio para mim - e provavelmente o fato de eu ter tentado encontrar coisas positivas na corrida me fizeram soar estranho, mas eu vejo coisas positivas", disse.

O #35 também admitiu que é surpreendente o desempenho ruim da Williams nesse início de ano e que a equipe não sabe o que está acontecendo, fato corrobado pelo diretor-técnico Paddy Lowe."Há muito a entender. Temos que nos afastar e trabalhar muito duro nisso. Pelo menos temos mais informação agora. Algo deu errado desde Melbourne", garantiu à revista inglesa 'Autosport'. Um dos motivos parece ser bem simples: um carro diferente dos últimos com um piloto novato e outro jovem e claramente insuficiente, que está lá apenas pelo capricho do pai, já é mais do que suficiente para saber que a Williams não está entregando o que pode.

O problema do fraco desempenho dos dois é que jamais saberemos qual é o potencial desse carro. Se Massa, praticamente aposentado, já era quase um segundo mais rápido que o canadense no ano passado, um piloto minimamente experiente e estimulado poderia ser capaz de tirar muito mais do que está sendo tirado. De novo, isso estará apenas no campo da especulação. Até Kubica, que hoje é um piloto diferente dos tempos de outrora, seria capaz de entregar resultados melhores, mesmo diante de todas as suas conhecidas limitações.


Como venho sempre escrevendo, Claire Williams e companhia fizeram sua escolha e estão pagando com isso, manchando a história da terceira equipe mais vencedora da F1.

ALONSO ELOGIA TORO ROSSO, MAS RESPONDE: "NÃO ME PERGUNTARAM NADA NA AUSTRÁLIA"

Foto: Reprodução
O grande fato do final de semana foi o sólido quarto lugar de Pierre Gasly com a Toro Rosso Honda, o melhor resultado dos japoneses nesse retorno na F1. A comemoração dos mecânicos e do jovem piloto francês foram lindas. Inegavelmente, a McLaren foi lembrada, afinal o feito acontece justamente depois do final da relação conturbada entre as duas partes. 

Quando um repórter da BBC perguntou para Alonso suas impressões sobre a equipe de Faenza, a Fênix: "Eles foram ótimos, mas ninguém me perguntou sobre a Toro Rosso no GP da Austrália”, brincou.Se as perguntas sobre a Toro Rosso virarem a normalidade, espero que seja uma normalidade em todas as 21 corridas, porque o campeonato tem 21 corridas”, seguiu.

Apesar disso, a McLaren teve um final de semana positivo: seus dois pilotos ficaram na zona de pontuação e somaram mais 10 pontos, já totalizando 22 em apenas duas corridas. Lembrem-se: em todo 2017, a McLaren Honda marcou 27 pontos. É inegável que o bom desempenho da Toro Rosso é pontual. Gasly usou seu segundo motor, novinho em folha, enquanto os outros estão poupando seus equipamentos. A confiabilidade japonesa ainda é uma incógnita. 

Assim como a Red Bull, a McLaren parece ter um ritmo de corrida superior a marcar uma volta rápida. Se melhorar nesses dois quesitos, como Alonso já disse de forma otimista e sonhando até com pódio, a tendência é que sejam feitas pouquíssimas perguntas irônicas e debochadas para Alonso sobre o eventual bom desempenho dos novos clientes da Honda.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 50 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 33 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 22 pontos
4 - Fernando Alonso (McLaren) - 16 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 15 pontos
6 - Nico Hulkenberg (Renault) - 14 pontos
7 - Pierre Gasly (Toro Rosso) - 12 pontos
8 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 12 pontos
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 10 pontos
10- Max Verstappen (Red Bull) - 8 pontos
11- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 6 pontos
12- Marcus Ericsson (Sauber) - 2 pontos
13- Carlos Sainz Jr (Renault) - 1 ponto
14- Esteban Ocon (Force India) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Ferrari - 65 pontos
2 - Mercedes - 55 pontos
3 - McLaren Renault - 22 pontos
4 - Red Bull TAG Heuer - 20 pontos
5 - Renault - 15 pontos
6 - Toro Rosso Honda - 12 pontos
7 - Haas Ferrari - 10 pontos
8 - Sauber Ferrari - 2 pontos
9 - Force India Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO:


P.S: Estarei em viagem e não poderei comentar sobre os treinos livres. Na semana que vem, tentarei escrever uma opinião sobre a corrida (quando conseguir assistir). Abraços!


segunda-feira, 10 de abril de 2017

O BENEFÍCIO DA DÚVIDA

Foto: Getty Images
A igualdade está evidenciada na tabela. 43 pontos e uma vitória para cada lado. A diferença é que Lewis foi o pole nessas duas primeiras provas (ele vai quebrar o recorde de Schumacher até o fim do ano). Por enquanto, a disputa entre os dois promete. Muito equilíbrio. A Ferrari encostou. Talvez tenha até um ritmo de corrida melhor, mas na China a Mercedes superou as dificuldades iniciais e reagiu. Venceu sem sofrer sustos. Essa será a tônica da temporada.

Começamos com os "ses".  A corrida da China foi atípica. O fim de semana todo, aliás. A chuva equilibrou as coisas e permitiu brigas disputadas e emocionantes. A Red Bull agradece. Vettel antecipou a parada para colocar os pneus macios logo no início e teve o azar de, na volta seguinte, Giovinazzi bater e ver todo mundo passar pelo pitlane e trocar os pneus. Caiu para quinto. Depois, diante de uma F1 mais difícil em se ultrapassar, perdeu muito tempo atrás de Raikkonen, que não conseguia se livrar de Verstappen e Riccardo, que estavam se descolando das Ferraris. Dado o modus operandi dos italianos, foi estranho que o finlandês não tenha recebido ordens para faciliar a vida de Seb. O tetracampeão, quando foi para cima, fez uma linda manobra. Seria correto afirmar que se não fosse o Safety Car, Vettel poderia ter brigado de forma mais direta com Hamilton? Não sei. Apenas estou colocando o mesmo raciocínio da corrida passada. Eu não sei a resposta. Talvez ela varie de acordo com as corridas ou se defina apenas na metade do ano.

Foto: Reprodução
Uma questão importante: as ultrapassagens. Até com o DRS aberto elas estão difíceis, e isso é preocupante. Tem que ter um meio termo. Não pode ser artificial igual nos últimos anos mas também não pode ser um parto. Sorte que a China tinha muitos pontos de ultrapassagem. Quero só ver em outras pistas travadas... vai ser a Austrália ou pior (Cingapura, Mônaco e Hungria, por exemplo). Entretanto, foi bonito ver o pega entre Red Bull e Ferrari. Automobilismo também é perseguir, esperar o momento certo para ultrapassar, levar o outro ao erro e por assim vai. Verstappen parece ser uma exceção à regra. Largando lá de trás, chegou a ganhar nove posições na primeira volta. Fácil como se fosse videogame, segundo suas palavras. Se beneficiou da corrida caótica. Mesmo assim, superou Ricciardo com uma bela ultrapassagem e brilhou. Sentiu a pressão de Vettel, errou e caiu para terceiro. Apesar dos pesares, conseguiu sustentar a terceira posição, mesmo com o australiano o pressionando. Na chuva e com as condições mais equilibradas, Max decide. É uma estrela, um talento e isso todos sabem. Uma pena que a Red Bull não dispõe de um carro que permita a briga pela vitória nesse momento. A F1 estaria fantástica.

Foto: Getty Images
A corrida começou elétrica e movimentada. A chuva mudou tudo. Depois, quando a pista secou, chegou a ficar monótona. A diferença de Mercedes e Ferrari para a Red Bull e dos austríacos para o resto é gritante. São duas categorias. A tendência é esse abismo aumentar, pois as três possuem elevada capacidade de investimento, as outras não (excetuando-se Renault e McLaren, que estão em estágios distintos e bem abaixo das três principais). Os finlandeses foram patéticos. Claramente não conseguem acompanhar o ritmo dos primeiros pilotos. Raikkonen ficou a corrida inteira reclamando do torque do motor, não conseguiu superar as Red Bull e ficou apenas em quinto. Bottas foi pior. Conseguiu a proeza de rodar durante o Safety Car. Um sexto lugar constrangedor. A Mercedes sente falta de Rosberg. Cada ponto será essencial na disputa dos construtores dessa temporada. O que vimos, até então, é que Hamilton e Vettel não terão problemas com a concorrência interna. Os finlandeses devem ser coadjuvantes de luxo no embate dos dois no campeonato.


Sainz e Magnussen se destacaram. O espanhol largou com os pneus macios e passou sufoco no início, rodando, caindo para último e mal conseguia andar pelo circuito. Depois, quando os carros pararam nos boxes, recuperou terreno e chegou a ser o quinto. Terminou em sétimo. Seu companheiro Kvyat abandonou e até agora não sei por quê. A transmissão não mostrou isso (aliás, não anda mostrando quase nada). Kevin trouxe os primeiros pontos da Haas, em uma corrida arrojada e de muitas ultrapassagens. Conseguiu esse feito antes de Grosjean, teoricamente o "líder" da equipe. A dupla da Force India novamente esteve nos pontos. De ponto em ponto, a equipe indiana segue combativa e com esperanças de crescer durante o ano.Outro que fazia um milagre era Alonso. Ele estava em sétimo até a Honda acusar um problema, o que era previsível. Mesmo assim, fica o sentimento de frustração. Vandoorne também abandonou. Fica claro que o problema da McLaren é velocidade e potência. O chassi parece ser bom. Dá para se embolar na briga do meio do grid se os japoneses colaborarem.

Massa foi ultrapassado por todo mundo. Caiu de sexto para penúltimo (ou décimo quarto). Inexplicável. Até agora ninguém se manisfestou. A FW40 teve um problema? Esse carro é uma cópia quase fiel dos últimos dois bólidos, ou seja: com um bom motor e em circuitos velozes, vai se dar bem; em circuitos de baixa velocidade média e com chuva, será um desastre. Previsível (ou não), mas ainda assim indignante. O novato Stroll não resistiu a uma volta sequer. Fica a impressão de que falta piloto para a Williams, talvez a dupla mais fraca depois da Sauber ou Renault. A escolha foi deles. Felipe estava aposentado. Hulkenberg teve seis pontos deduzidos na sua carteira da FIA (o máximo permitido é 12) no fim de semana. Muita barbeiragem e excesso de velocidade nos boxes. Diante de um Palmer que não acrescenta nada, um fim de semana péssimo de Hulk significa chances remotas de pontos para os franceses. Um velho conhecido espanhol está disponível para o ano que vem...

"Bastou ele fazer um post para Giovinazzi que o italiano bateu duas vezes no mesmo ponto". Hahaha. Mais uma zicada em meu currículo. Faz parte do aprendizado do jovem italiano, que sequer havia pilotado na China na carreira. Diferentemente de Stroll e Palmer, tem crédito e talento, mas ficou claro que precisa ser lapidado com calma. Uma equipe intermediária seria o ideal. Provavelmente terá no Bahrein mais uma chance de guiar, agora em uma pista que já conhece dos tempos de GP2, pois o estado de Wehrlein é um grande mistério.

Confira a classificação final do Grande Prêmio da China:


A próxima etapa será na semana que vem no Grande Prêmio do Bahrein, nos dias 14, 15 e 16 de abril.

Até!

quinta-feira, 6 de abril de 2017

GP DA CHINA - Programação

O Circuito Internacional de Shanghai teve sua primeira corrida em 2004, vencida por Rubens Barrichello. É o autódromo mais caro da história. A sua construção custou cerca de 240 milhões de dólares.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:32.238 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:33.706 (RBR, 2011)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 4x (2008, 2011, 2014 e 2015)

NOVOS MOTORES PARA 2021?

Atuais V6 turbo. Foto: Reprodução
Com a Liberty Media ávida por resultados competitivos aliados a emoção, novo chefão Ross Brawn começa a pensar no futuro. Com o fim do Pacto de Concórdia estipulado para 2020, a FIA já pensa em alternativas de um novo motor para a F1, mais potente e "barulhento".

O desejo de substituir os atuais V6 turbo e híbridos, complexos, caros e silenciosos surgiu na reunião da semana passada na FIA em Paris, que contou com os fabricantes de motores da F1 mais a Toyota e Audi. A ideia seria criar um motor biturbo com quase 1200cv de potência, adicionando mais uma turbina e removendo o sistema MGU-H, que transforma o calor liberado pela turbina em energia. Além de ser complexo, esse componente seria um dos principais responsáveis pelo "silêncio" dos motores. A informação é da revista alemã "Auto Motor und Sport".

Como conciliar o gosto dos fãs, por motores potentes, barulhentos e "beberrões" (mais poluentes para o meio ambiente) com o vanguardismo da F1, que cada vez mais se adapta com unidades de potência mais verdes e sendo laboratório para os carros de rua? Essa é uma boa questão. O meio ambiente é uma questão muito importante. A Alemanha, por exemplo, até 2030 não terá mais carros com gasolina, apenas elétricos. O fã quer ver a F1 barulhenta, emocionante e difícil de ser guiada. 

Ross Brawn terá bastante tempo para pensar e aprimorar o projeto, mas isso é apenas um dos fatores que a F1 precisa melhorar para dar mais competitividade e emoção nas pistas. Não adianta ser fantástico para o público interno e um lixo para a audiência e os fãs, que são o que realmente importa nessa equação toda, e a Liberty sabe muito bem disso.

TORTURA À VISTA

Foto: Sky Sports
O pior motor da F1 em todos os quesitos irá desembarcar em Shangai sabendo que vai passar vergonha outra vez. Com retas muito grandes, a Honda será facilmente engolida pelas demais. Com isso, a McLaren promete ter um daqueles finais de semana típico de equipe pequena de fim de grid, papel que está se acostumando a cumprir. Alonso e Vandoorne terão extremas dificuldades até para ficar na penúltima fila. Quem sabe o motor Ferrari de 2016 da Sauber não apronte?

Diante da forte exigência do circuito e da fragilidade do conjunto, é muito provável que os abandonos aconteçam. Não há o que fazer, apenas trabalhar muito para melhorar, e isso não tem sido feito em plena terceira temporada de parceira McLaren-Honda. Pelo contrário.

Zak Brown, diretor executivo da escuderia, descartou a construção de motores feitos pela própria McLaren, através de uma das empresas do conglomerado, a McLaren Automotive. Não se descarta que a Ilmor esteja auxiliando os ingleses para tentar alguma melhora e "salvar o motor". Novamente, uma rescisão esbarra nos altos valores do contrato e do dinheiro que os japoneses despejam na equipe de Woking.

Com a queda dos lucros, a ausência de um patrocinador master há 5 anos e resultados pífios, a McLaren não se pode dar ao luxo de romper a parceria, teoricamente, mas continuá-la também pode lhe destruir mais ainda. O que fazer? Parece o óbvio: arrumar um jeito de dar um pé na bunda da Honda e recomeçar mais uma vez (pleonasmo justificado - recomeçar um novo projeto pela segunda vez, com outra parceria ou os próprios recursos da McLaren).

A McLaren precisa acordar.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 25 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 18 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 15 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 12 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 10 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 8 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 6 pontos
8 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 4 pontos
9 - Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 2 pontos
10- Esteban Ocon (Force India) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Ferrari -            37 pontos
2 - Mercedes -           33 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 10 pontos
4 - Williams Mercedes -   8 pontos
5 - Force India Mercedes -7 pontos
6 - Toro Rosso Renault -  6 pontos


TRANSMISSÃO:






terça-feira, 4 de abril de 2017

MAIS UMA CHANCE PARA ANTÔNIO

Foto: F1 Fanatic
Na F1, assim como na vida, é necessário aproveitar as oportunidades que aparecem. Muitas delas surgem quando menos se espera. Por exemplo, um jovem Sebastian Vettel substituiu às pressas o acidentado Robert Kubica em algumas corridas pela BMW Sauber na temporada 2007. Na estreia, pontuou e tornou-se o mais jovem a pontuar na categoria até então. Isso contribuiu para que fosse, pouco tempo depois, para a Toro Rosso continuar com seus bons resultados. O resto da história todo mundo sabe...

Não quero comparar Giovinazzi com Vettel. Não faz sentido e não é cabível. O que digo é que o italiano novamente terá outra chance de causar boa impressão. Após quase ter ido para o Q2 depois de apenas um treino (só não foi porque errou na última curva da volta) e ter ficado em 12° na corrida com o pior carro do grid (sendo que o "líder da equipe" Ericsson sequer completou a prova), o italiano mostrou o que pode e justificou o hype oriundo da GP2, onde também com um equipamento razoável brigou de igual para igual com o campeão Pierre Gasly, piloto da academia da Red Bull, hoje na Super Fórmula.

Foto: F1 Fanatic

Ao contrário de Wehrlein, que vem numa decrescente e numa série de infelicidades já citadas AQUI, seja por azar, alguma conspiração do destino e/ou irresponsabilidade em causar o próprio acidente na Race Of Champions, o promissor italiano não tem nada a ver com isso. Ainda sem condições físicas para guiar um carro mais potente, pesado e que exige o máximo durante toda prova, o alemão até então prodígio da Mercedes parece caminhar para ser mais um daqueles que se depositavam grande esperança na categoria e que, por motivos variados, acabam não rendendo o que se espera. Estou dramatizando. Ainda há muito pela frente. Certamente Wehrlein irá voltar e, mesmo algumas corridas distante, (não se sabe se ele retorna no Bahrein ou na Rússia) superar o fraco Ericsson. Entretanto, é hora de reagir.

Enquanto Wehrlein não retorna (será que volta?), Giovinazzi, que é piloto da academia da Ferrari, segue com oportunidades de demonstrar seu talento em mais um final de semana, onde aposto minhas fichas que será superior a Ericsson. Se continuar nesse caminho, o que não estará reservado para Antônio? Vaga na Haas para o ano que vem? Substituir logo de cara Raikkonen na Ferrari? (convenhamos que isso é pura ilusão; Ferrari não coloca jovens pilotos na equipe principal assim, ainda mais italianos - há um trauma da equipe com os pilotos compatriotas).

O que eu mais poderia torcer no curto-prazo mas que não irá acontecer por motivos de "empresas suecas mandam na equipe": Wehrlein e Giovinazzi formarem a dupla da Sauber. Seria um sopro para que os suíços tentassem pontos milagrosos. Com o sueco e um alemão novo na equipe e cambaleante física e psicologicamente, as chances que são normalmente pequenas tornam-se mínimas.

De corrida em corrida, Giovinazzi tem as ferramentas necessárias para tornar-se em breve uma das estrelas da F1. É o que eu aposto, e vocês?

Até!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

DESPONTANDO PARA A GLÓRIA

Foto: Blog do Fábio Seixas
Diante da catarse política que vive o país, esperei para fazer o texto logo depois da votação. Enfim, vou para o que interessa:

O GP da China foi espetacular, talvez o mais movimentado dos últimos anos. Todavia, faltou a disputa pela vitória. Nico Rosberg dominou alheio, de ponta a ponta, as confusões que praticamente todos os pilotos enfrentaram na pista. O alemão alcançou marcas importantes: Sexta vitória consecutiva - Perde apenas para Ascari, Schumacher (7) e Vettel (9), podendo superá-los (?), a 17a vitória na carreira - Agora é o piloto não-campeão (até quando?) com maior número de vitórias na categoria, superando Stirling Moss; Outra, mais animadora: Sempre que um piloto começou a temporada vencendo as primeiras três corridas, ele sagrou-se campeão.

Nico abre uma considerável vantagem para Hamilton: 75 a 39. Já são 36 pontos (ou mais que uma corrida). Faltam 18 corridas, mas o sinal de alerta do tricampeão já está quase no vermelho. Rosberg não desperdiçou as oportunidades que apareceram e agora pode tanto aumentar a distância quanto administrar moderadamente. Contudo, o inglês pode (e deve) reagir, para o bem do campeonato.

Na largada, Ricciardo pulou para a ponta. Na disputa das Ferraris, a Red Bull de Kvyat foi mais esperta e passou ambos. Vettel, para não "bater" no russo, acertou a Ferrari de Raikkonen, que rodou, e o alemão perdeu diversas posições. Largando em último e no meio da confusão, Hamilton acertou Nasr e perdeu o bico, precisando ir para os boxes reparar os danos. No fim da segunda volta, o pneu do líder Ricciardo estourou, forçando o RB12 ir aos boxes e acionar o Safety Car.

Foto: Divulgação
O grid embaralhou tudo, o que proporcionou belas disputas e muitas ultrapassagens. Mesmo na madrugada, não foi uma corrida sonolenta e, apesar do horário, todos que assistiram estavam bem acordados. No fim das contas, As Ferraris e Ricciardo se recuperaram. Vettel foi o segundo e o russo conquistou seu segundo pódio na carreira ao chegar em terceiro, desencantando na temporada. Kvyat parece demorar a pegar no tranco, mas quando vai bem... Após a corrida, o alemão tentou enquadrar o jovem russo pelo incidente da primeira curva, que respondia sorrindo as acusações. Vettel errou. Kvyat foi mais esperto e passou os dois sem nenhum problema. Isso é corrida. Ricciardo escalou o pelotão e terminou em quarto, evidenciando a ascensão da Red Bull. Mesmo sem um motor potente, o chassi do RB12 projetado por Adrian Newey está mostrando resultados muito bons. Os franceses prometem um novo pacote para o GP do Canadá. Quando os austríacos disporem de um motor competitivo, certamente irão brigar pelo título nas próximas temporadas.

O grande "pega" da corrida foi protagonizado por Felipe Massa e Lewis Hamilton. O brasileiro, que chegou a ser segundo após a parada dos demais carros após a entrada do Safety Car, apostou em duas paradas, utilizando os pneus macios e médios. Com o desgaste dos compostos e os carros de trás virando mais rápido por usarem pneus mais novos e macios (ou supermacios), Massa foi despencando até a 5° posição, quando passou a ser atacado pelo inglês, que parou cinco vezes. Com ambos utilizando os pneus médios, Hamilton forçava e não conseguia ultrapassar. Raikkonen e Ricciaardo, vieram de trás e ultrapassaram ambos (estavam com pneus melhores). Hamilton não foi bem. Não fez a melhor estratégia, errou demais ao tentar passar Massa que desgastou rapidamente os pneus médios e perdeu pontos importantes na briga pelo título. O brasileiro da Williams fez uma ótima prova e conquistou um bom resultado, vista a condição do carro no momento, que alterna entre a quarta e a quinta força junto com a Toro Rosso. Mais importante: Massa está 100% na temporada a frente de Bottas (22 a 7 no campeonato). O finlandês teve uma corrida apática e foi o décimo.

Foto: Voando Baixo
No fim do grid, o calvário da Sauber será longo e agoniante. Depois do toque com Hamilton, Nasr desapareceu da transmissão. Com sérios problemas de chassi (o brasileiro "acusa" a equipe de dar a Ericsson o melhor carro; o Sueco traz mais grana para a equipe que Nasr), foi apenas o 20°, somente a frente de Haryanto e Palmer, enquanto que Ericsson foi o 16°. É preocupante o fato de Nasr estar perdendo com frequência de um companheiro de equipe não tão talentoso assim. Se com um carro ruim é difícil de chamar a atenção das outras equipes, imagina perder sem contestações para a Ericsson... Isso não vai ajudar o brasileiro na busca por outras equipes no ano que vem (dizem que a Renault estaria interessada, mas não saiu nada concreto). O C35 precisa de uma mudança estrutural urgente no chassi, ou que seja disponibilizado ao brasileiro o mesmo equipamento de Ericsson pois, aparentemente, o carro do Sueco é a versão mais atualizada do problemático bólido suíço.

Confira a classificação final do GP da China:


A próxima corrida será o Grande Prêmio da Rússia, em Sochi, nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio. Até lá!

sábado, 16 de abril de 2016

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Foto: AP
Os treinos livres serviram para colocar mais pulga atrás da orelha das equipes do que propriamente sanar dúvidas e definir estratégias de corrida. Tudo isso em virtude dos problemas que Felipe Massa e Magnussen enfrentaram nos pneu traseiro esquerdo de seus carros (Massa teve esse problema duas vezes), o que acendeu o alerta para as equipes e a fornecedora de pneus, a Pirelli.

O Safety Car Virtual não permitiu muitas voltas dos carros no 1° treino livre. Mesmo assim, o desempenho da Ferrari no 2° treino também é um fator que aumenta o suspense para o qualyfing de logo mais. Na parte da manhã, a Mercedes foi a mais rápida, com Rosberg na frente, seguido de Hamilton, com pneus macios. O alemão se encaminha para a mais uma vitória, pois o inglês largará, na melhor das hipóteses, em sexto.

Foto: Divulgação
Os primeiros dois estouros foram com o brasileiro. Na primeira vez, a direção de prova acionou o Safety Car Virtual para limpar a pista. Pouco depois, novo estouro do pneu traseiro esquerdo do FW37. Na sequência, foi a vez do pneu de Magnussen explodir. O paddock ficou tenso. Será que é um problema estrutural dos pneus da Pirelli? Muita gente lembrou de Indianapólis 2005, quando os carros com pneu Michelin ficaram de fora da corrida por um problema no pneu. Correram apenas as equipes com pneu Bridgestone (No caso, Ferrari, Jordan e Minardi).

Foto: Getty Images
No fim, foram desvendados os mistérios: No caso da Williams, a explosão aconteceu em virtude do mal acerto no carro, fazendo com que o duto encostasse na roda. Já na Renault. a causa foi uma falha na suspensão que fez com que o pneu raspasse no assoalho do carro. 

No TL2, dobradinha da Ferrari: Raikkonen em primeiro, Vettel em segundo. Massa, que não anotou tempo no TL1, foi apenas o 14°. Dessa vez é Bottas quem utiliza o novo bico do FW37. Felipe Nasr segue sofrendo e andando atrás de Ericsson. A briga com a Manor vai ser dura. O brasileiro chegou a ser o último no treino da tarde (Magnussen e Gutiérrez não fizeram tempo).

As equipes ainda não sabem qual estratégia utilizar: Os pneus supermacios duram pouco. Os macios também. Os duros não tem bom rendimento. Resta saber como vai ser o comportamento no qualyfing. É certo que, em alguns casos, deverá se sacrificar a posição de largada por uma maior durabilidade de pneus na corrida. Parar no início pode comprometer a corrida, que deverá ser movimentada só pelo fato de Hamilton largar, no mínimo, na terceira fila. Ah, o treino promete: Está caindo o mundo na China! Promessa de emoção!

Confira os tempos dos dois primeiros treinos livres:




quinta-feira, 14 de abril de 2016

GP DA CHINA - Programação

O Circuito Internacional de Shanghai teve sua primeira corrida em 2004, vencida por Rubens Barrichello. É o autódromo mais caro da história. A sua construção custou cerca de 240 milhões de dólares.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:32.238 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:33.706 (RBR, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 4x (2008, 2011, 2014 e 2015)

SONHANDO COM O PÓDIO
Foto: Globoesporte.com
Apesar do seu retrospecto não ser dos melhores, Felipe Massa está confiante para a próxima corrida no Autódromo de Xangai. O brasileiro conta com algumas "cartas na manga": Primeiro, o fanatismo dos fãs locais: "Acho que Xangai é uma bela pista, e é sempre fantástico voltar à China. Tenho muitos fãs lá e sempre curto vê-los. “Nós temos muita gente esperando no hotel o dia todo, então é realmente incrível estar com todos eles. Estou muito ansioso por isso. Os fãs sempre dão muito muitos presentes para mim e minha família, o que é sensacional”,  disse o piloto em prévia divulgada pela Williams nesta segunda-feira (11). 

Outro fator que pode ser positivo para Massa (depende da Williams e suas estratégias) é o circuito ser favorável ao motor Mercedes, em virtude das longas retas. O circuito possui 5451 km de extensão, sendo que em 51% o trajeto é feito em aceleração total. "“Tive boas corridas lá, inclusive no ano passado, quando terminei em quinto. Estou ansioso em ter outra boa corrida e, talvez, ainda terminar no pódio”, afirmou. O melhor resultado do brasileiro foi um 2° lugar em 2008. Ano passado, foi o 5°.

SAUBER CONFIRMADA NA CHINA (ATÉ QUANDO?)

Foto: Motorsport
É repetido de forma exaustiva que a equipe suíça enfrenta sérias dificuldades financeiras, tanto é que a chefe Monisha Kalterborn não foi ao Bahrein para negociar e buscar novos investidores para a equipe (dizem que a Ferrari quer comprar a Sauber e transformá-la em Alfa Romeo; até o dono da Tetrapak, que é sueco, foi especulado como interessado em adquirir a escuderia). 

Enfim, o que Felipe Nasr mais deseja é não enfrentar tantos problemas no seu c35. “Espero que a equipe possa ter conseguido resolver os problemas que tive com o C35 no Bahrein. O objetivo, claramente, é ser mais competitivo. Estou ansioso pela chegada do GP da China para ver se as caraterísticas da pista se adaptam bem ao nosso carro”, comentou.

Ano passado, o brasileiro foi o oitavo e o Marcus Ericsson o décimo. Provavelmente a Sauber não vai repetir esse feito. A briga é com a Manor pelo posto de 10° melhor equipe do grid. Nada pode ser pior que o desempenho da equipe nas duas primeiras corridas da temporada. Será?

UPDATE: Hamilton trocou a caixa de câmbio e vai perder cinco posições no grid de largada. Em tese, ficou ainda mais fácil para Rosberg.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 50 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 33 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 24 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 18 pontos
5 - Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
6 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 15 pontos
7 - Felipe Massa (Williams) - 14 pontos
8 - Max Verstappen (Toro Rosso) - 9 pontos
9 - Daniil Kvyat (Red Bull) - 6 pontos
10- Valtteri Bottas (Williams) - 6 pontos
11- Nico Hulkenberg (Force India) - 6 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 2 pontos
13- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 83 pontos
2 - Ferrari - 33 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 30 pontos
4 - Williams Mercedes - 20 pontos
5 - Haas Ferrari - 18 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 11 pontos
7 - Force India Mercedes - 6 pontos
8 - McLaren Honda - 1 ponto

TRANSMISSÃO