Foto: Divulgação/Ferrari |
A F1 luta com unhas e dentes para manter alguma relevância em meio a Copa. No período de férias, onde as atividades só retornam a partir de meados de janeiro, é natural o marasmo. Os pilotos estão definidos, mas hoje foi um dia cheio na parte diretiva de algumas equipes, especialmente os chefões.
Começando por ontem. Jos Capito deixou o comando da Williams depois de dois anos. Ele foi o escolhido pela administração da Dorilton Capital, que comprou a equipe de Claire Williams, lá em 2020. Foi uma peça importante para o início da reestruturação da equipe. Em declarações oficiais do time de Grove, a impressão é que o espanhol vai se aposentar.
Não há um nome definido ou especulá-lo para substituí-lo, mas Capito é um cara de currículo no automobilismo, em diversas áreas da F1 e em outras categorias. Vai ser necessário um cara experiente e de liderança para que a Williams dê o próximo salto na hierarquia.
Continuando pelo passado. Conforme publicado pela imprensa europeia e repercutido por aqui, a Ferrari anunciou Frederic Vasseur como substituto de Mattia Binotto. O agora ex-Alfa Romeo assume a mítica equipe italiana a partir do dia 9 de janeiro.
Vasseur sobe um patamar na carreira. Acostumado a projetos de longo-prazo sem tanta pressão e com jovens pilotos, agora ele pega algo completamente diferente do que está acostumado. A cobrança por vitórias e desempenhos será insana. Diferentemente de Binotto, Vasseur é calejado na função, o que é uma vantagem importante. Um toque fresco e o jeito de liderar pode ser outro trunfo. A questão é: Vasseur precisa definir que Leclerc está no topo em relação a Sainz. Ajustando isso, a Ferrari pode concentrar ao invés de dividir esforços na empreitada de sair das filas que está há tanto tempo.
Bom, com isso a Alfa Romeo ficou sem pai e nem mãe, mas foi por pouco tempo: instantes depois, a Sauber, que controla a equipe, anunciou que Andreas Seidl será o CEO da equipe, deixando a McLaren. Uma decisão surpreendente, mas que obviamente tem a ver com o futuro.
O alemão Seidl vai ser o cara responsável pela transição entre Alfa Romeo, Sauber e a chegada da Audi, provavelmente. A experiência na McLaren vai ser importante para identificar os pontos fortes e fracos para, a partir da chegada da gigante alemã, também começar a pensar adiante. O alemão já vinha falando em deixar o time, mas deixar a McLaren não deixa de ser surpreendente.
E a McLaren? No efeito dominó, os britânicos também foram rápidos: a solução caseira. O italiano Andrea Stella, que foi por muito tempo engenheiro de pista de Fernando Alonso, foi alçado a chefe do time de Woking. É um cara acostumado a estratégias, mas também vai ser a estreia nessa função tão importante. A McLaren briga com a Alpine pela quarta força.
Claro que não é nenhuma Ferrari e Stella é um cara de muita rodagem nesse universo, mas todo cuidado é pouco. A McLaren, que busca continuar avançando, também foi ousada. A conferir.
E assim a F1 continua nos surpreendendo, dentro e fora das pistas. No aguardo do novo chefe da Williams e tentando desligar a chavinha e para recomeçar somente em 2023. Ainda há um post inédito por aqui, mas nada de muito importante, apenas relembrar alguns jovens que talvez já estivessem alienados durante a Copa.
Até!