sexta-feira, 30 de abril de 2021

VENTANIA

Foto: Getty Images

 

Nesta sexta-feira, o vento foi um fator que dificultou o trabalho das equipes nos treinos, embora não tenha acontecido nenhum incidente digno de nota.

O que chamou a atenção é que os tempos do TL1 foram superiores ao do TL2, quando geralmente é ao contrário. Isso aconteceu, claro, por influência da ventania.

Bottas e Hamilton, com Verstappen colado. O mesmo de sempre. Destaco a briga do pelotão intermediário. As Alpine bem, com Alonso no papel de líder e até George Russell ficando entre os 10. A Alpha Tauri um pouco mais atrás, as McLaren tímidas (mas em Ímola mostraram a que veio nos treinos; talvez estejam escondendo o jogo) e a Aston Martin mais atrás.

O que preocupa é Vettel. Três corridas e parece que serão três cassetadas de Lance Stroll. É um abismo sem fim. Na Alfa Romeo, Ilott estreou na primeira sessão, o que claramente foi um prêmio de consolação da Ferrari pelo vice-campeonato na F2. Mick Schumacher fazendo o que se espera: surrando o Mazepin.

Com ventania ou não, teremos mais um final de semana equilibrado e, espero eu, com emoção também, embora esse circuito de Portimão não me inspire grandes expectativas, mas é o que temos para o momento.

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!


quinta-feira, 29 de abril de 2021

GP DE PORTUGAL: Programação

 O Grande Prêmio de Portugal foi disputado em duas fases: primeiro entre 1958 e 1960 em Boavista e Monsanto e entre 1984 e 1996 em Estoril. Em virtude da pandemia, a corrida retorna para solo português, agora sendo realizada pela primeira vez no Autódromo Internacional do Algarve.

Em 2021, a corrida novamente entra de última hora no calendário em virtude de alterações decorrentes da pandemia do Coronavírus.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:16.652 (Mercedes, 2020)

Volta mais rápida: Lewis Hamilton - 1:18.750 (Mercedes, 2020)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Alain Prost (1984, 1987 e 1988) e Nigel Mansell (1986, 1990 e 1992) - 3x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 44 pontos

2 - Max Verstappen (Red Bull) - 43 pontos

3 - Lando Norris (McLaren) - 27 pontos

4 - Charles Leclerc (Ferrari) - 20 pontos

5 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 16 pontos

6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 14 pontos

7 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 14 pontos

8 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 10 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos

10- Lance Stroll (Aston Martin) - 5 pontos

11- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos

12- Esteban Ocon (Alpine) - 2 pontos

13- Fernando Alonso (Alpine) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 60 pontos

2 - Red Bull Honda - 53 pontos

3 - McLaren Mercedes - 41 pontos

4 - Ferrari - 34 pontos

5 - Alpha Tauri Honda - 8 pontos

6 - Aston Martin Mercedes - 5 pontos

7 - Alpine Renault - 3 pontos


TAPA BURACO (DE NOVO)

Foto: Getty Images

O Canadá vive uma nova onda de coronavírus e, com a F1 querendo mais dinheiro do governo canadense como compensação a ausência de público, o cancelamento do GP é uma questão de tempo, o que aconteceu nesta quarta-feira (28).

Com isso, a organização já correu atrás de mais um circuito tampão. Trata-se de outro velho conhecido: a Turquia, palco da caótica corrida que deu a Lewis Hamilton o heptacampeonato no ano passado.

A corrida está marcada para o dia 13 de junho. O que credenciou os turcos foi o fato da distância em relação ao Azerbaijão, palco da corrida do dia 6 de junho, ser a metade (2000 km) em relação a Nurburgring, outro circuito que estava concorrendo a vaga.

A Turquia foi fantástica no ano passado pela chuva e as zebras que isso proporcionou. Como qualquer circuito atual da F1, no seco é uma incógnita. No entanto, os turcos merecem um voto de confiança. O Canadá, por sua vez, fica de fora de novo, mas ultimamente as corridas em Montreal não foram tão marcantes assim, tirando a polêmica da placa do Vettel, justamente a última edição por lá. Uma boa troca dentro das opções disponíveis.

LÁ VAMOS NÓS... (DE NOVO)

Foto: Red Bull Content

Essa parece uma notícia copiada de qualquer outro post que eu tenha feito nos últimos quase sete anos, mas não. A Red Bull, que vai fabricar o próprio motor a partir do ano que vem, tenta alguma parceria com a Audi para 2025, quando um novo regulamento técnico específico vai entrar em vigor.

Quem diz isso é o próprio Helmut Marko, em entrevista para a Servus TV:

“Nosso plano é construir nosso próprio motor até 2025, mas se a Audi se apresentar nesse ínterim, avaliaremos se a cooperação é possível”, afirmou.

Vale ressaltar que Marko jogou no ar essa possibilidade. A Audi sequer procurou a Red Bull e nem o contrário. Bom, se os alemães jamais entraram na F1, não é agora que isso vai acontecer. Próximo!

TRANSMISSÃO:



terça-feira, 27 de abril de 2021

DO LADO OPOSTO

 

Foto: Reprodução/ Motorsport.com

Mesmo sem estar competitiva lá na frente, o fato é que a F1 teve corridas muito boas e uma ótima temporada em 2020, muito em virtude da utilização de palcos diferentes em virtude da pandemia do coronavírus.

Os circuitos mais antigos, os “clássicos”, desconhecidos pela maioria dos pilotos e sem as grandes áreas de escape dos tilkódromos propiciaram emoção, drama e disputas. A presença de Portimão, Mugello, Ímola, Turquia, entre outros, foi a grande notícia de um ano muito complicado na categoria. O desejo seria que esses circuitos ganhassem espaço em um calendário normalizado.

2021 chegou e, embora houvesse a tentativa de normalizar tudo, mudanças são necessárias porque o covid não deu trégua. Austrália foi adiada, Vietnã cancelado, Canadá deve ser cancelado, São Paulo é um grande ponto de interrogação. Tudo isso permitiu que Ímola, Portimão e agora até a Turquia possam voltar de novo. Em Ímola, tivemos uma grande corrida, muito em virtude dos erros cometidos na pista serem fatais, sem chance de volta e fazendo os pilotos andarem no limite.

Ao mesmo tempo, horas antes da prova, a F1 finalmente confirmou que o GP de Miami acontece já no ano que vem. Assim como a Arábia Saudita, essa vai ser uma prova de rua. Com tantos circuitos americanos, por que diabos correr em um local sem história no automobilismo, somente pelos interesses comerciais? Isso se aplica a Miami e Jeddah, é claro.

A F1 vê diante dos olhos que o caminho é um, mas prefere seguir o outro: mais dinheiro e glamour? Com certeza. Corridas medonhas? Provavelmente. Artificialidade igual as corridas classificatórias e mostrando a incompetência da categoria em dar emoção genuína para o público ao invés de medidas vazias? Com certeza.

Assim, a F1 caminha para o lado oposto de sua história de sucesso e engajamento com os fãs. É uma pena, mas não é algo que nos surpreenda, francamente.

Até!


segunda-feira, 19 de abril de 2021

O PERIGO DA ESPERA

 

Foto: Getty Images

Em tese, parece ser uma questão de tempo para que George Russell seja promovido a Mercedes, seja no lugar de Valtteri Bottas, seja de Lewis Hamilton. Piloto da academia, vem acumulando bons desempenhos na Williams, então pior carro do grid, embora ainda não tenha pontuado pelo time de Grove. Quando substituiu Hamilton on ano passado, só não venceu por culpa da Mercedes. As credenciais estão aí para todo mundo ver, certo?

Como todos sabem, a vida é incerta e muda muito rápido. Russell está na terceira temporada na Williams, onde não há perspectiva de evolução e parece impaciente. Seus contemporâneos, Lando Norris e Charles Leclerc, já venceram corridas, fizeram poles, foram pro pódio ou são líderes de equipe, especialmente o monegasco. Isso deve frustrar George, que bateu Lando na F2 em 2018 antes dos dois subirem a F1. E nada mudou desde então.

Russell faz o jogo da espera, assim como a Mercedes. No entanto, essa impaciência ficou evidente no acidente justamente com Bottas, seu "rival" que tem o contrato encerrando no final da temporada. Ao reclamar, dar um tapa no capacete do finlandês (que retrucou com um dedo do meio) e acusar que Bottas teria um comportamento diferente na disputa na pista se fosse outro piloto, Russell mostra que não tem mais paciência ao mesmo tempo em que sente que pode fazer o que quiser porque parece ser questão de tempo chegar na Mercedes.

A reação de Toto Wolff depois da corrida não segue o mesmo caminho. O chefão fez muitas críticas a George, praticamente discordando de tudo o que ele falou, queimando-o e protegendo seu piloto mais experiente e pressionado. O recado foi claro: faça seu papel que nós fazemos o nosso. Se for se meter de pato a ganso, Russell pode ficar para trás na hierarquia, o que não seria inédito na Mercedes. Esteban Ocon e Pascal Wehrlein podem falar melhor sobre isso.

Isso simboliza as vantagens e desvantagens da tal academia de pilotos. Abre-se um grande caminho para a F1 através das principais montadoras. No entanto, o piloto torna-se também refém desses interesses e o sonho pode virar pesadelo muito rapidamente, às vezes nem chega a começar.

Russell precisa pensar mais na Williams do que na valorização pessoal. Não é a primeira vez que desperdiça oportunidade de pontos fundamentais para a equipe em erros crassos. O carro tem condições de brigar com a Alfa Romeo e alguns pontinhos eventuais, então o inglês precisa ser mais cerebral e menos passional e não contar com os ovos da galinha. O perigo da espera pode ser destrutivo para uma carreira tão promissora.

Até!

domingo, 18 de abril de 2021

ROUND A ROUND

 

Foto: Mark Thompson/ Getty Images

A segunda corrida da temporada prometia ser muito interessante. Vantagem mínima no grid, Pérez na frente de Verstappen e os dois sedentos por Hamilton. No meio do pelotão, Ferrari e McLaren se desgarravam das demais e esperavam alguma coisa de diferente, o que aconteceu: a chuva obrigou a todos a largar com o pneu intermediário, alguns com o de chuva.

Verstappen deu show na largada e, contrariando seu retrospecto, venceu a corrida na primeira curva, quando se livrou de Pérez e Hamilton e disparou na frente. Ou nem tanto. Com o spray, carros juntos e dificuldade em enxergar,  Latifi rodou e, voltando pra pista, se deparou com o Mazepin. O canadense estava atravessado, mas o russo já fez uma vítima logo na primeira volta. Safety Car.

Verstappen disparou, seguido de Hamilton e o excelente Leclerc, que aproveitou uma corrida caótica de Pérez para ficar em terceiro. Na sequência, Norris se livrava de Ricciardo e tentava se aproximar. Chamou a atenção como o britânico venceu facilmente o australiano, mais uma vez.  Gasly continuou com os pneus de chuva extrema e pagou o preço, precisando ir aos boxes e caindo para o fim do pelotão.

A pista secou e ficou numa condição perigosa. Molhada e seca ao mesmo tempo, quem saísse dos trilhos correria riscos. E foi o que aconteceu. Ao tentar se livrar de retardatários, Hamilton errou. Fazia tempo que não acontecia. Ao escapar, parecia que não tinha mais volta. Ele não atolou, deu ré e voltou pra pista, uma volta atrás de Verstappen e com uma corrida de recuperação a fazer. A questão parecia liquidada.

Eis que, na volta seguinte, um grande acidente: Russell tentou passar Bottas por fora na primeira curva e, pegando a parte molhada, perdeu o controle e os dois bateram forte. Bandeira vermelha. Tudo parado e permitida a recuperação de voltas dos retardatários. Russell foi pra cima de Bottas. Um simbolismo nesse acidente. O presente que vai virar passado e o presente que vai virar futuro da Mercedes, em tese. Russell fez uma série de acusações e tudo isso irritou Toto Wolff.

Bottas fazia uma corrida tenebrosa e ser ultrapassado por uma Williams seria a marca evidente desse processo. O inglês, por sua vez, desperdiça mais uma vez os pontos para a equipe. Tá na hora de pensar mais no coletivo do que na promoção pessoal.

Com a relargada, Verstappen não teve problemas para desfilar rumo a primeira vitória no ano. Norris, em grande final de semana, aproveitou a punição de Pérez e se enfiou no pódio, livrando-se também de Leclerc. O mexicano, tentando persegui-lo, errou e jogou todo o final de semana fora, onde foi mais rápido que Max e certamente seria importante para atrapalhar Hamilton que, sem nada a ver com isso, galgou posições rumo ao segundo lugar original que, diante das circunstâncias, precisa ser celebrado. Não só isso, mas junto com a melhor volta da corrida. Isso é que separa os dois no campeonato até aqui.

A Ferrari parece muito mais consistente e, mesmo com Sainz errando, conseguiu um ótimo quinto posto. Ricciardo, ainda abaixo de Norris, foi o sexto. Gasly conseguiu se recuperar para ser o sétimo, enquanto Tsunoda mostrou um final de semana errático. Faz parte, é a segunda etapa da carreira somente. Na briga pelos últimos pontos, Raikkonen cometeu uma infração e foi penalizado com 30 segundos que o tirou do top 10, colocando lá Ocon e Alonso, os primeiros três pontos da Alpine na categoria.

Pela primeira vez em muito tempo, Alonso foi  vencido sem muitas dificuldades por um companheiro de equipe. Fruto da inatividade e da idade chegando? Talvez. Escrevi lá atrás que enxergava, a esse ponto da carreira, muito mais como uma última dança do que propriamente um desempenho de bicampeão.

Quem está apanhando de forma inexplicável é Vettel. Stroll mais uma vez ficou nos pontos e o tetracampeão longe, mas muito longe dos pontos. Muita gente tem dúvidas se ele realmente permanece na F1 desse jeito. Coincidência ou não, Hulkenberg assinou como piloto reserva da escuderia semanas atrás.

Na Haas, Mazepin é Mazepin e Mick é Mick. Carro ruim e pilotos inexperientes. O russo é inapto para a categoria, mesmo assim é importante ver o filho do Schummi na frente dele sem muitos sustos.

Mais equilibrado do que nunca, Mercedes e Red Bull sobram as demais. McLaren e Ferrari recuperam terreno e deixam Alpine, Aston Martin e Alpha Tauri um degrau abaixo.

Vitória de Max Verstappen num campeonato que, assim como uma luta de boxe, vai ser disputada round a round, onde pontuar é muito mais importante do que dar show e tentar sempre buscar o nocaute.

Confira a classificação do GP de Emília Romagna:



Até!

sexta-feira, 16 de abril de 2021

APERTADO

 

Foto: Getty Images

Ímola é um circuito apertado, sem muitas condições de ultrapassagem. Portanto, uma corrida onde naturalmente a classificação será fundamental para definir as pretensões de cada um. No entanto, uma particularidade especialmente interessante: um circuito antigo que não tem áreas de escape. É brita, grama e muro. Errou, um abraço. Os pilotos devem estar concentrados o tempo todo.

Leclerc errou uma vez e bateu no segundo treino livre, o que força a Ferrari a trabalhar em dobro para reparar os danos. Isso pode comprometer o final de semana do monegasco. Outro que vai bater é Mazepin, mas isso não é uma surpresa.

A Mercedes parece melhor ajustada para Ímola e não deve sofrer tanto. Bottas foi o mais veloz nos dois treinos. Ele também fez a pole ano passado, o que não diz muita coisa. Verstappen teve um problema no eixo de transmissão no segundo treino livre e preocupa. 

As brigas interessantes, como sempre, ficam no miolo. McLaren, Aston Martin, Alpha Tauri, Alpine e Ferrari. A cada prova esse pelotão vai lutar bravamente pelo posto de ser o melhor do resto, apenas esperando algum infortúnio em Mercedes e Red Bull.

Ímola não deve ser emocionante, mas sim tensa, como sempre foi depois de 1994. Apenas agora cheguei a conclusão de que em dois meses de F1 só tivemos duas corridas e, em tese, teremos mais 21 ou 20 em 7 meses. Parece que o GP do Canadá será novamente cancelado em virtude da falta de acordo em relação a bolha da F1 e as restrições sanitárias impostas pelo país na pandemia. 

Vai ser um longo ano, muito apertado, igual Ímola.

Confira a classificação dos dois treinos livres:




Até!


quinta-feira, 15 de abril de 2021

GP DE EMÍLIA ROMAGNA: Programação

 O Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari recebeu corridas da Fórmula entre 1980 e 2006. Desde 1981 era realizado o Grande Prêmio de San Marino. Em 2020, em virtude da pandemia de Coronavírus, o autódromo volta para o calendário para sediar o GP de Emília-Romagna, região onde fica o autódromo na cidade de Ímola.

Em 2021, a corrida novamente entra no calendário de última hora, substituindo o cancelado GP do Vietnã.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:13.609 (Mercedes, 2020)
Volta mais rápida: Lewis Hamilton - 1:15.484 (Mercedes, 2020)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2020) - 1x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 25 pontos
2 - Max Verstappen (Red Bull) - 18 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 16 pontos
4 - Lando Norris (McLaren) - 12 pontos
5 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 10 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 8 pontos
7 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 6 pontos
8 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 4 pontos
9 - Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos
10- Lance Stroll (Aston Martin) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 41 pontos
2 - Red Bull Honda - 28 pontos
3 - McLaren Mercedes - 18 pontos
4 - Ferrari - 12 pontos
5 - Alpha Tauri Honda - 2 pontos
6 - Aston Martin Mercedes - 1 ponto

NO LIMITE

Foto: Reprodução/Lamborghini

Não se trata do retorno do reality show da TV Globo, marcado para o mês de maio, mas sim a situação do calendário da Fórmula 1. É o que diz Stefano Domenicali, que desde o início do ano é o novo chefão da F1.

Questionado pela revista alemã Auto Motor und Sport, o italiano afirmou que não é possível aumentar o calendário neste momento e também justificou o aumento de corridas (ano passado, se não fosse a pandemia, teríamos 21 etapas; no fim, foram realizadas 17):

“Acho que mais de 23 corridas é muito improvável, talvez até seja praticamente impossível. No momento, há muito interesse em organizar GPs. No futuro, vamos ter de pensar de forma mais cuidadosa sobre quais países são importantes para nossa estratégia.

“Alguns dos eventos do último ano continuaram no calendário por serem palcos históricos com circuitos espetaculares. Mas esses palcos também precisam ter a força financeira para organizar um evento”, disse.

Ou seja: a F1 precisa de dinheiro, ainda mais que ainda vai ficar por um tempo sem a renda das bilheterias e a presença de público nos autódromos. Esse é um dos motivos que a FIA quer mais seis milhões de dólares do governo canadense para confirmar a etapa de Montreal no calendário deste ano, em junho.

O pessoal do paddock comenta que acha inviável todas as 23 corridas serem realizadas. Em alguns países, como o nosso, a situação do coronavírus está bem complicada e não sabemos como vão estar as coisas no futuro, tanto é que o calendário atual sofreu várias mudanças ainda em janeiro.

A F1 quer dinheiro. Isso explica porque Arábia Saudita, Abu Dhabi e outras corridas da Ásia são tão importantes e palcos históricos como Interlagos, Silverstone e Ímola sofrem a cada renovação. A F1 não se paga pela história, mas abdicar desses palcos é um corte profundo na identidade da categoria. 

Vale a pena pelo dinheiro fácil? Também duvido que todo o calendário será reproduzido, em virtude das questões sanitárias que são diferentes em todo o planeta.

SEM ÓDIO

Foto: Getty Images

É o que pede Lando Norris. Em uma live na Twitch, o britânico se irritou com as piadas e as críticas dos "haters" do russo Nikita Mazepin, que teve uma estreia desastrosa na F1 na corrida do Bahrein. Além do mais, o russo já é uma figura controversa no automobilismo de base, seja pelas manobras na pista, a influência do pai bilionário e o caso de assédio que foi exposto logo depois que ele foi anunciado piloto da Haas.

“Não precisam odiá-lo pela rodada, certo? Vou começar a banir. É meio difícil, acho que muito disso acontece por ter sido a primeira corrida dele e com 18 carros na frente.

Tinha muita turbulência e ele provavelmente tinha pouco downforce naquele ponto, porque todo o ar estava sendo puxado por todos os carros na frente. Ele corrigiu muito, foi tudo tão rápido que foi difícil salvar, eu diria. Não tinha muito que ele pudesse ter feito, é complicado. Um pouco ambicioso demais no acelerador? Olhando para trás, sim, mas é a combinação de ser um trecho complicado e o carro não tornando as coisas tão fáceis para ele também. Quanto pior o carro que você tem, é mais fácil você rodar”, completou o britânico.

Na sequência, Lando ironizou seus seguidores, questionando por quê eles não atacaram Mick Schumacher, que rodou mas não bateu, da mesma forma.

Bom, acho louvável essa defesa boa samaritana e corporativista do Norris, mas na boa: o russo tá pouco se lixando para ele, suas defesas e todo o resto. Norris pode até ser uma das vítimas da irresponsabilidade do russo no futuro, vai saber. Aí quero ver onde fica esse discurso empático e ponderado.

TRANSMISSÃO:

16/04 - Treino Livre 1: 6h30 (Band Sports)
16/04 - Treino Livre 2: 9h30 (Band Sports)
17/04 - Treino Livre 3: 6h (Band Sports)
17/04 - Classificação: 9h (Band para SP e Band Sports)
18/04 - Corrida: 10h (Band)





terça-feira, 13 de abril de 2021

UM NOVO LEQUE

 

Foto: Reprodução/Band

Nos últimos tempos, acontecem e estão acontecendo grandes mudanças nos direitos de transmissão das principais categorias do esporte a motor aqui no Brasil. Tudo isso, é claro, fruto do efeito dominó da saída da Fórmula 1 da Globo depois de quase 40 anos.

O Grupo Globo chegou a ter, por um período, F1, Stock Car, Moto GP e até a Fórmula Indy, entre 2001 e 2004. Depois, nos anos finais, a tríade F1/Stock Car/Moto GP e a antiga GP2/atual F2 e GP3/F3 completavam a grade de automobilismo principal, digamos assim.

Band e SBT sempre alternaram a Fórmula Indy, que nas últimas temporadas chegou a passar na plataforma de stremaming DAZN. As coisas começaram a mudar em 2019.

A MotoGP saiu do Grupo Globo e foi para a FOX Sports, que depois virou o Grupo Disney. Com a não renovação da F1 na Globo, o mercado enlouqueceu. Ainda no fim de 2020, a Band, apostando novamente no slogan "Show do Esporte", foi atrás da Stock Car e assinou por duas temporadas com a F1. Com isso, a Indy, que era seu carro-chefe, foi dispensada.

A Fox/Disney, que sempre teve a Fórmula E desde os primórdios, agora tem apenas a Moto GP. A Globo, fragilizada, comprou a Fórmula E e a Extreme E, o novo rali sustentável para preencher a lacuna. 

E aí surge uma nova emissora apostando na velocidade: a TV Cultura. No início do ano, ela comprou a Fórmula E para a TV aberta e nessa semana anunciou a transmissão da Fórmula Indy, até então única grande competição automobilística sem acordo televisivo aqui no país.

Resumindo os direitos de transmissão do automobilismo no Brasil:

Grupo Globo: Fórmula E e Extreme E (SporTV)

Disney: Moto GP

Band/: F1, F2, F3, Stock Car, Stock Light, Copa Porsche e Rally dos Sertões

TV Cultura: Fórmula E e Indy

O efeito dominó desencadeado pela Globo mudou todos os atores e protagonistas de transmissão que todos nós estávamos acostumados, gerando uma verdadeira revolução nos direitos de transmissão. Isso que nem falei do futebol, por exemplo. Com mais profissionais trabalhando e fazendo a rotatividade, ganham todo mundo: os jornalistas com emprego nesse momento tão difícil e o público, com cada vez mais opções para assistir na TV nessa eterna pandemia. E o melhor: boa parte disso é na TV aberta, sem precisar pagar por assinatura ou streamings específicos.

Até!