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terça-feira, 25 de agosto de 2020

VÍDEOS E CURTINHAS #40

 

Foto: Alfa Romeo

Salve, pessoal! Notícia é o que não falta para este post, então vamos lá, sem enrolação:

- Apesar de Callium Ilott ser o líder do campeonato e o estreante Robert Shwartzman ser o segundo melhor piloto da academia da Ferrari na F2, a tendência mesmo é que Mick Schumacher esteja na F1 em 2021. Pelo que disse Mattia Binotto, a intenção, é claro, que o Schumaquinho comece na Haas ou na Alfa Romeo, equipes parceiras dos italianos. Talvez fosse uma decisão óbvia, mas Mick vem se mostrando um piloto apenas comum na F2. 

Como escrito antes, Ilott está merecendo mais e Shwartzman é muito mais talentoso. Enfim, Mick vai subir pelo sobrenome como todos sabiam. O mais engraçado é que se o alemão conseguir um resultado espetacular nas primeiras corridas, ninguém vai lembrar do "histórico na base". Sainz Jr e Vandoorne estão aí para lembrar disso.

Foto: Getty Images

E a Williams finalmente foi vendida. O anúncio foi na semana passada. O fundo de investimento americano Dorilton Capital efetuou a compra, sem valores divulgados publicamente. Oficialmente, a Williams deixa de ser uma garagista, o fim de uma era. Francamente, a Williams que todo mundo conhecia acabou com o fim da parceria com a BMW. O que vimos nos últimos 15 anos foi uma triste decadência que levou até esse momento. Com esse tal fundo de investimento e o papai Latifi bancando tudo, os ingleses pelo menos irão sobreviver. Eu fico pensando: o que leva um fundo de investimentos a comprar uma equipe de Fórmula 1? Como são um fundo, duvido muito que estejam no jogo só para lavar dinheiro. Eu aposto que, dentro de alguns anos, irão passar o negócio adiante recebendo menos do que gastaram.

Foto: Racer

- Jean Todt e Roger Penske em Indianápolis, no final de semana. O presidente da FIA disse abertamente que gostaria que a F1 voltasse para o Brickyard, onde teve provas entre 2000 e 2007. Tudo depende, é claro, da Liberty, que certamente deve achar mais interessante correr nas ruas de Miami... ah, além disso, aposto que aquela curva com esses pneus farofa iam causar muito temor em alguns telespectadores mais frescos... volta, Indianápolis!

Foto: FIA

A FIA anunciou as últimas quatro datas da temporada 2020. Como surpreendente, temos o retorno do GP da Turquia, ausente desde 2011 e sempre lembrado como o palco da primeira vitória de Felipe Massa, o maior vencedor nesse circuito. Além disso, teremos duas corridas no Bahrein (o GP do Bahrein e o GP de Sakhir), com a temporada se encerrando, é claro, em Abu Dhabi, no dia 13 de dezembro. Como escrito antes, é legal esse retorno a pistas esquecidas e que certamente nunca estarão de volta em situações normais. Seria bem legal se a Malásia retornasse. É um dos melhores traçados feitos pelo Tilke e faz falta no calendário. Confira as datas das corridas restantes na temporada 2020:

30/08 - GP da Bélgica
06/09 - GP da Itália
13/09 - GP da Toscana (Mugello)
27/09 - GP da Rússia
11/10 - GP de Eifel (Nurburgring)
25/10 - GP de Portugal
01/11 - GP de Emília-Romagna (Ímola)
15/11 - GP da Turquia
29/11 - GP do Bahrein
06/12 - GP de Sakhir
13/12 - GP de Abu Dhabi

Foto: Getty Images

Dono de uma boate na Sardenha, ele mandou reabrir em meio a pandemia. Lá, 60 pessoas, entre frequentadores e infectados, foram infectados com o covid. Depois, foi jogar bola numa pelada, sendo um dos jogadores Sinisa Mijalhovic, atual técnico do Bologna, que depois também esteve com covid.

Aos 70 anos, Flavio Briatore está internado em um hospital em Milão em estado grave em decorrência do coronavírus. Não duvide da gripezinha. Melhoras ao chefão, um dos malvados favoritos da história da F1.

Vídeos: hoje faz 35 anos da última vitória de Niki Lauda. Aproveite!

Como essa semana é o Grande Prêmio da Bélgica, impossível não postar a histórica ultrapassagem de Mika Hakkinen em Michael Schumacher há vinte anos:




Até!


sexta-feira, 19 de junho de 2020

ESPECIAL JORDAN: Parte 2


Estamos de volta para a segunda parte do Especial Jordan. Vamos direto para o assunto:

1993: A CHEGADA DE RUBINHO

Porta de entrada do brasileiro na F1 foi pela Jordan. Foto: Getty Images
Foi uma outra temporada ruim para Eddie e companhia. Agora com os motores Hart e a petrolífera sul-africana Sasol , a equipe começou a temporada com Ivan Capelli e o estreante Rubens Barrichello. O italiano durou apenas duas corridas e Rubinho teve outros quatro companheiros de equipe naquele ano: o belga Thierry Boutsen e os italianos Marco Apicella e Emanuele Naspetti. As coisas só melhoraram mesmo no GP do Japão, quando Eddie Irvine, que correu na Jordan na F3000, estreou na equipe principal. Os dois marcaram pontos: Rubinho foi o quinto e Irvine o sexto.

Essa corrida é famosa porque o então estreante Irvine, retardatário, atrapalhou Ayrton Senna enquanto o brasileiro brigava pela vitória contra Damon Hill. Depois da corrida, enfurecido, o tricampeão deu um soco na cara do norte-irlandês depois deste ter empurrado-o.


1994 foi o ano da redenção. A dupla foi mantida mas o ainda jovem Irvine chegou a ser banido por três corridas por direção perigosa, causando diversos acidentes no início do ano, principalmente na corrida de abertura, no Brasil.



 No GP do Pacífico, Rubinho conseguiu o primeiro pódio dele e da Jordan na F1 ao chegar em terceiro, em Aida.

A primeira de muitas "sambadinhas" no pódio. Foto: F1 Photo

Na corrida seguinte, Barrichello teve um forte acidente no treino de sexta do GP de San Marino, o que foi prenúncio do que seria aquele final de semana. Recuperado do trauma, Barrichello passou a ser a “esperança brasileira” de ser a continuação do legado de Ayrton e dos campeões brasileiros, mesmo em uma equipe que não podia lhe dar isso. Além do primeiro pódio, Rubinho também foi o responsável pela primeira pole da Jordan, em Spa Francorchamps.




Novamente a Jordan ficou em quinto lugar nos construtores, agora com 28 pontos. Enquanto Irvine estava suspenso, Aguri Suzuki e De Cesaris o substituíram.

Para 1995, as coisas prometiam ser ainda melhores. A Jordan se aproveitou do rompimento da fracassada parceria entre McLaren e Peugeot para assinar com o motor francês. No entanto, pode-se escrever que a temporada foi decepcionante. Com o sexto lugar nos construtores e 21 pontos, se esperava mais de uma equipe com um motor de fábrica. Além disso, quase metade desses pontos vieram no atípico GP do Canadá, onde Rubinho ficou em segundo e Irvine em terceiro, na única vitória de Jean Alesi (ex-Jordan na F3000) na carreira.

Primeira vitória de Alesi e dupla da Jordan no pódio: única alegria de Eddie em 1995. Foto: Getty Images

Irvine no GP do Brasil de 1995. Foto: Getty Images


E essa foi a segunda parte do Especial Jordan. Até mais!


terça-feira, 3 de setembro de 2019

O PREÇO

Foto:
Os três primeiros colocados do ano passado foram para a Fórmula 1: George Russell, Alexander Albon e Lando Norris. A F2 voltava a cumprir com o seu papel de revelar talentos e ser o "último estágio" antes da Fórmula 1, embora não seja uma prática incomum muitos pilotos pularem direto da F3/GP3, casos de Kvyat, Bottas e Max Verstappen. Alguns anos atrás, os campeões eram ignorados, como Fabio Leimer, Davide Valsecchi e mais recentemente tivemos Stoffel Vandoorne, Jolyon Palmer e Charles Leclerc.

Com uma saída de três grandes talentos, seria natural que o grid perdesse qualidade. Outros pilotos, vendo que é inútil ficar dando voltas na F2 sem perspectiva para a F1, se mandam para a Fórmula E. Quase foi o caminho de Alexander Albon, se não fosse a saída de Ricciardo para a Renault e o efeito dominó que isso causou.

O automobilismo moderno virou um clubinho. Claro que sempre teve os ricos que compravam tudo, seja pelo dinheiro, pelo sobrenome ou por alguém lavasse dinheiro ali sem se importar com nada. No entanto, os custos aumentaram. Não há mais equipes, as vagas ficaram mais escassas. A "seleção natural" diminuiu.

Hoje, para se tornar um piloto que chega na F1, é necessário três e somente três coisas: dinheiro, academia de pilotos e sobrenome. Se analisar o grid, os únicos que não encaixam nesse perfil são Kubica (que traz dinheiro sim, mas é uma outra questão) e Raikkonen (que também é de uma geração mais anterior ainda). O resto chegou por algum dos três meios.

Sem o dinheiro e a possibilidade de mostrar o talento natural e aprimorar outras habilidades, o automobilismo está cada vez mais resumido em filhos de pilotos, apadrinhados da academia tal desde os cinco anos e bilionários do Paquistão ou do Canadá que colocam o filhote lá e que, com todo o dinheiro para contratar os melhores profissionais e pilotar os melhores carros, fica impossível não conseguir resultados "consistentes" e que justifiquem uma contratação futura.

O que eu quero dizer? Com menos talento natural e a prioridade cada vez mais por outras circunstâncias (o automobilismo é caro, não existe mais o apoio das empresas tabagistas e é necessário fechar as contas), a qualidade do grid diminui. Se a qualidade do grid diminui, a possibilidade de barbeiragens e má pilotagens é muito maior.

Vamos pegar o grid da Fórmula 2 desta temporada. Teoricamente, como o próprio nome diz, deveriam estar os 20 pilotos mais "próximos" da F1, os que ainda precisam dos últimos aprimoramentos ou de um título para efetivamente serem promovidos. Sem Russell, Gasly e Norris, temos a seguinte situação.

As permanências de De Vries (piloto McLaren, com 24 anos), Nicholas Latifi (com muito dinheiro, o canadense também já está lá há algum tempo), Sérgio Sette Câmara (ex-Red Bull e hoje reserva da McLaren), Matsushita (ligado a Honda), Nikita Mazepin (muito dinheiro da Rússia e ligado a Renault), Sean Gelael (muito dinheiro da Indonésia) e Luca Ghiotto (piloto Ferrari). Razoáveis ou bons pilotos que só estarão na F1 por algum fator circunstancial.

Nesta temporada, ainda tivemos a entrada de diversos pilotos que estavam na antiga GP3, hoje F3, alguns deles: Dorian Boccolacci, Arjun Maini, Callum Ilott, Jack Aitken, Giuliano Alesi, Juan Manuel Correa, Tatiana Calderón, Ralph Boschung, Juan Manuel Correa e o campeão do ano passado, Anthoine Hubert.

Temos também a "cota dos sobrenomes", que tem o já citado Alesi, Louis Delétraz e o mais famoso, Mick Schumacher. Para completar, o caso mais emblemático: o indiano Mahaaver Raghunathan, quase obscuro, bancado por algum indiano que não tem amor ao dinheiro. Já foi suspenso de uma corrida por má pilotagem e em Spa atingiu outra punição. Vai ficar fora de Monza.

Juntando todos esses pilotos ruins e razoáveis, sobram poucos bons valores, como o chinês Zhou, por exemplo. Isso, somado a debandada dos três do ano passado, formou o pior grid da F2 em todos os tempos. Consequência, é claro, dos custos do automobilismo e da quase imbatível tríade dinheiro-academia-sobrenome. Isso, é bom frisar, no "último estágio" antes da Fórmula 1.

Calderón só está lá porque é mulher e o indiano é um outro escândalo. Outros nomes não têm qualidade para estar ali. O resultado são inúmeras barbeiragens e erros de pilotagens. Poucos são os bons valores. De Vries, o provável campeão, deve rumar para F-E. Sérgio Sette Câmara e Zhou, a princípio, seriam os grandes talentos que continuariam, sem contar com o endinheirado Latifi e o midiático Mick.

A morte de Hubert é uma fatalidade e/ou um azar, mas há um porém. Não pode ter sido apenas coincidência que justamente no pior grid de GP2/F2 desde 2005 tenha acontecido um acidente fatal envolvendo pilotos que não estão prontos, sendo um deles o próprio Juan Manuel Correa, hoje hospitalizado e que já vinha sido criticado por incidentes anteriores. Desde o brasileiro Marco Campos, em 1995, que isso não acontecia.

O mais irônico é que a vítima não entra nesse grupo dos "ruins". O francês Hubert chegou a F2 como campeão da GP3 e, em virtude disso, foi contratado para a academia da Renault. Não sei se um dia iria a F1, mas era um caminho interessante, tal qual o chinês Zhou na escuderia francesa.

O preço final dessa conta toda é a chegada de pilotos que não têm condição alguma de estar nas grandes categorias do automobilismo e só estão lá basicamente pelos motivos já citados de dinheiro-patrocínio-sobrenome. O preço é uma família enlutada. Com a evolução da segurança, muitos pilotos se comportam como psicopatas, como se estivessem no iRacing ou no F1 da Codemasters, acelerando sem medir as consequências. Imagina se esses caras chegam na F1?

O automobilismo deveria tentar mudar esse ciclo não só para salvar as raras vidas que se vão e sempre nos deixam um recado, mas também para evitar a proliferação do que está acontecendo nas categorias de base, até porque em pouco tempo esses caras vão subir. O preço seria um espetáculo melhor, o que geraria todo este fascínio que um piloto tem, de desafiar a morte e proporcionar atuações memoráveis para os fãs e o público.

Hashtags e mensagens de força e consternação são paliativos, sensibilidades com prazo de validade. É preciso agir para que outros não paguem um preço tão alto que o automobilismo e Anthoine Hubert pagaram.

Até.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

ERA PARA SER

Foto: Getty Images
Com apenas 21 anos, Charles Leclerc vive muitas emoções para alguém que é tão jovem. Enquanto trilhava o caminho do kart e os primeiros passos nos monopostos, perdeu repentinamente o grande amigo e um de seus maiores incentivadores, o francês Jules Bianchi. Com a naturalidade das coisas, teoricamente era para o francês estar na posição que o monegasco ocupa hoje. Leclerc corre por Bianchi e é uma extensão dele.

Em 2017, outro duro golpe: o falecimento do pai, vítima de câncer. Meses depois, foi confirmado em um das posições de maior prestígio existente no imaginário popular: piloto da Ferrari. Monegasco, com apenas 21 anos, quebrando uma escrita dos italianos, relutantes em apostar nas promessas.

Logo na segunda etapa como ferrarista, a primeira pole para tirar a pressão. Tudo se encaminhava para uma vitória consagradora, mas um problema no motor impediu isso. Uma crueldade.

Na Áustria, o mesmo roteiro. Depois de alguma instabilidade e um erro no treino em Baku, rapidamente Leclerc tinha a chance de vencer. Sem motor problemático e liderando de ponta a ponta. Nada poderia dar errado até Max Verstappen o empurrar para a área de escape, não ser punido e vencer. Outro duro golpe para quem constantemente era escudeiro de Vettel e via uma Ferrari muito instável, desperdiçando raras oportunidades de vitória com estratégias equivocadas e um intenso problema dos pneus se desgastarem muito rápido.

No retorno das férias, a terceira pole e sete décimos para a concorrência. Com sobras. A terceira chance.

Além do pai, Hervé, e de Jules Bianchi, outros grandes contatos de Charles na vida e no automobilismo é o chamado "Os Quatro Mosqueteiros": ele, Pierre Gasly, Esteban Ocon e Anthoine Hubert. Três franceses e o monegasco, que corriam, conviviam e chegavam até a morar juntos.

Foto: Getty Images
O acidente fatal do amigo, justo depois de mais uma pole, é mais um baque emocional em Charles, tão jovem e tão acostumado a lidar com as adversidades da pista. Um jovem morrer fazendo o que gosta em algo que notabiliza pela constante evolução da segurança é chocante para todos nós que não pegamos a época onde "morria um por corrida", como diz meu pai. Um quê de triste coincidência poderia ser o chavão: vai ter que ser por ele.

Corrida controlada o tempo todo. O mesmo cenário de Bahrein e Áustria. Os acontecimentos recentes provaram que, realmente, "a corrida acaba só quando ela termina". Eis que, nas voltas finais, Hamilton, rendendo mais com os médios e desgastando menos os pneus, começa a se aproximar. O tetracampeão Vettel, renegado a escudeiro de luxo, o atrapalhou por algumas voltas até finalmente ser ultrapassado. Estava aberta a caça. Hamilton venceria de novo nas voltas finais? Leclerc perderia de novo nas voltas finais? Justo neste final de semana?

Lewis já estava a menos de um segundo, contornando o segundo setor, onde a Mercedes sobrava. O diferencial dos vermelhos era o mais potente motor ferrarista, que os mantinha na frente. Quando Hamilton poderia se aproximar para usar a asa e tentar o bote final, uma bandeira amarela e mais barreiras de pneus acertadas. Giovinazzi, que fazia a melhor corrida do ano, desperdiça mais uma chance e bate. Todo mundo precisa diminuir a velocidade. Quando iria abrir a última volta, uma crueldade acontece com Norris: o motor de sua McLaren estoura. Se isso acontecesse antes, poderia ser ultrapassado como retardatário pelo líder e chegar nos pontos. Gasly, reestreando na Toro Rosso, se beneficia disso e ganha dois pontos que não conseguiria em condições normais, onde foi superado por Kvyat em mais uma bela atuação do russo em seu grande momento da carreira, no sétimo lugar.

Era para ser. Leclerc vence a primeira na carreira. Por Hervé. Por Bianchi. Por Hubert. Pela Ferrari. A homenagem para o amigo e para tantos outros que partiram tão cedo em sua trajetória. Era para ser. Há o copo meio vazio também. A primeira vitória é justa em Spa, onde os carros não fazem aquela "volta da vitória" onde extravazam e acenam para o público. Rapidamente Bianchi vai para os boxes. Ele está muito feliz, mas não pode comemorar muito porque a vitória vem justo quando perde um amigo na véspera. Era para ser. Tão bonito e tão emocionante ao mesmo tempo. O tal do destino é caprichoso.

Foto: Getty Images
Bottas chegou em terceiro e o escudeiro Vettel em quarto. Alexander Albon, o estreante da Red Bull, fez uma corrida F1 típica no que fazia na F2: largando com pneu médio, foi conservando os pneus para no stint final, mais macio, atropelasse todo mundo. Contou com a sorte de Norris ficar fora mas mostrou arrojo para ultrapassar Pérez passando pela grama na última volta. Só hoje já fez mais que Gasly no ano.

Verstappen foi aquele Verstappen do ano passado. Até então impecável, ele largou mal de novo e tentou recuperar tudo na primeira curva. Tocou em Raikkonen, que quase capotou, e com o carro sem condições, foi se arrastando até ser tocado pelo finlandês e bater na Eau Rouge. Justo um dia depois do que aconteceu (e farei um post sobre isso amanhã), Max mostra que não se decide tudo na largada, que tem carro para recuperar as posições, especialmente diante da Alfa Romeo, que teve a corrida arruinada.

Os outros beneficiados pelos abandonos da última volta foram Hulkenberg, que achou um oitavo lugar, e Stroll, com um pontinho. Inexplicáveis as estratégias de Ricciardo e Magnussen, que praticamente andaram a corrida toda com os macios e foram sendo ultrapassados por todo mundo volta a volta. Que ano constrangedor da Renault, cada vez mais perdida. A Haas então...

Em um contexto que pode ser utilizado para quase tudo, hoje a vitória de Leclerc, a batida de Verstappen e os abandonos de Norris e Giovinazzi eram para ser. Com crueldade para uns, sorte para outros. E assim a F1 segue em um final de semana mais emocional desde a morte de Jules ou até mesmo Ímola. Era para ser.

Confira a classificação final do GP da Bélgica:


Até!

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

CONFIRMAÇÕES

Foto: Getty Images
Depois do último "Vídeos e Curtinhas", nos últimos dias e horas tivemos algumas confirmações do mercado de pilotos para a temporada 2020. Afinal, agosto e setembro é onde se define quase tudo. Vamos lá:

- Efeito dominó: Bottas renovou com a Mercedes por mais uma temporada; com isso, Esteban Ocon acabou confirmado na Renault para as duas próximas temporadas no lugar de Nico Hulkenberg, que por sua vez vira candidato a vaga da Haas no lugar de Romain Grosjean segundo palavras do próprio chefão Gunther Steiner. Interessante que o contrato de Bottas é de um ano e Ocon assinou por dois com os franceses. Será que ele é mais um que perdeu o bonde da história nas flechas de prata?

Bem, ao menos ganha chance em outra equipe de fábrica mesmo não tendo feito muita coisa para merecer isso, afinal foi superado por Sérgio Pérez nos dois anos que dividiram a então Force India. Quem ficou para trás mesmo foi Hulkenberg. De prodígio a "melhor do resto", o alemão agora é definitivamente um talento desperdiçado que não vingou, seja por azar, incompetência ou os dois. Entre ele e Grosjean, que fique Nico.

- Por falar em Sérgio Pérez, o mexicano renovou com a Racing Point por três temporadas. Não é muito comum isso na Fórmula 1, mas acaba evidenciando a confiança que a ex-Force India tem nele, piloto da casa desde 2014, mesmo que nesta temporada seja o pior em termos de resultado. Também é interessante um contrato de longa duração em uma equipe que é praticamente comandada pelo pai de Stroll, que certamente gostaria de um piloto mais fraco para que o filhote se sobressaia.

Foto: Reprodução
O calendário provisório da F1 confirmou que teremos 22 corridas. Espanha e México estão mantidas, além das entradas de Vietnã e Holanda e a saída da Alemanha. Claro que ainda falta a homologação da FIA, mas a ideia é a temporada começar dia 15 de março, na Austrália, e terminar no dia 29 de novembro, em Abu Dhabi.

Sobre o circuito de rua na Ásia, um ponto de interrogação gigante: será que vai ser uma corrida decente? Será que vai durar mais de três anos ou vai virar uma Ìndia ou Coreia do Sul da vida? Além do horário agradável aqui no Brasil... Sobre Zandvoort: circuito travado. Deve ser legal porque vai ser a casa de Max Verstappen e só, a princípio, mas veremos. Uma pena que um palco de 12 títulos mundiais não tenha uma corrida. É inaceitável, ainda mais depois da corridaça deste ano.

Um boato que não se confirmou neste final de semana seria a ausência de Kimi Raikkonen, que teria sofrido uma lesão muscular nas férias. Parece coisa de jogador de futebol. Com isso, o reserva Marcus Ericsson saiu dos EUA e está lá de sobreaviso para assistir a corrida, até porque Kimi participou normalmente das sessões de hoje.

A Ferrari é ampla favorita nesta e na próxima etapa. Portanto, tem a obrigação de vencer, principalmente Seb que não vence faz exatamente um ano nessa mesma pista. Ele liderou a primeira sessão e Leclerc a segunda, com a Mercedes atrás. Hamilton teve problemas nos dois treinos. Albon estreia na Red Bull largando em último porque irá testar um novo motor Honda mas não fez feio: apenas alguns décimos atrás de Verstappen. Kvyat também será a cobaia na Toro Rosso. A ideia é que os outros dois usem esse motor em Monza. Gasly também reestreou e continua muito mal, nas últimas posições. Será que é o efeito Daniil Kvyat 2016/2017 já fazendo efeito?

Foto: Getty Images
Interessante notar como a eterna Force India é sempre "boa de reta" em Spa. Dez anos atrás, fizeram a única pole com Fisichella. Também faz dez anos que Reginaldo Leme denunciou o "Cingapuragate" com exclusividade. Um momento histórico do esporte e do nosso jornalismo, sem dúvidas. Vida longa ao Regi!

Será que a Ferrari sai da seca?

Confira os tempos dos treinos livres do GP da Bélgica:




GP DA BÉLGICA - Programação

O Grande Prêmio da Bélgica foi disputado pela primeira vez em 1925, e faz parte do calendário da Fórmula 1 desde a 1a temporada da categoria, em 1950.


ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Ayrton Senna - 1:41.523 (McLaren, 1991)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:42.533 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Sebastian Vettel (Ferrari)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1992, 1995, 1996, 1997, 2001 e 2002)

SAINZ QUER MAIS CARROS DE PONTA PARA BRIGAR POR VITÓRIAS

Foto: Divulgação/McLaren
Atualmente o "melhor do resto", o piloto da McLaren deseja que nos próximos anos o novo regulamento da F1, que vai entrar em rigor a partir de 2021, possa proporcionar maior equilíbrio e disputas entre as equipes.

“Eu espero que a McLaren consiga um dia construir um carro para que eu e o Lando lutemos contra esses caras [equipes de ponta]. Acho que a Fórmula 1 pode mudar muito em 2021, então já ver gente assumindo que vai ser Verstappen contra Leclerc... Isso é o que teremos em 2019 e 2020, certeza, mas em 2021 a F1 pode mudar e de repente as pessoas na luta podem mudar por completo”, afirmou.

Mesmo que um novo regulamento possa ser determinante para que surja uma nova força na categoria, Sainz reconheceu que estar na hora certa e no momento certo é, além de sorte, uma combinação de fatores.

“É uma questão de quem está no lugar certo na hora certa. Se o Verstappen estiver no lugar certo na hora certa, vai vencer vários campeonatos. Caso contrário, não vai ser campeão. Infelizmente é assim que funciona na F1 no momento. Essa é a parte frustrante, porque o esporte acaba não dependendo do atleta. Não é como 100 metros rasos, em que o melhor vence. Ainda acho que os melhores normalmente estão nos melhores carros, mas não acho que temos o número suficiente de bons carros para todos os bons pilotos da F1”, destacou.

Seria ótimo para toda a categoria ter novas forças surgindo nos próximos anos. No entanto, considerando que é sempre o mesmo papo, acho difícil que aconteça algo parecido como em 2009, quando do dia para a noite Brawn e Toyota começaram como favoritas. O grande desafio da F1 é seduzir novamente as montadoras que, com mais dinheiro para investir, possam um dia ser páreos para bater o atual trio de ferro.

KUBICA TEM PLANOS, MAS ELES SE ENCAIXAM NA F1?

Foto: Getty Images
Levando uma surra nas corridas e nos treinos, Robert Kubica tem mostrado que infelizmente a limitação do braço direito também limitou sua pilotagem. No entanto, mesmo sem ser competitivo, conseguiu usar a experiência com um pouco de sorte para conquistar até aqui o único ponto da Williams na temporada justamente na única corrida onde superou George Russell. Todavia, o polonês ainda não sabe o que vai fazer da vida assim que completar o GP de Abu Dhabi, em novembro:

“Tenho planos, mas nem tudo depende de mim. Vamos ver como as coisas vão andar. A situação é a mesma de todos os anos, é necessário ter paciência”, afirmou.


Russell deve permanecer na Williams, que depende de dinheiro. O fator de marketing de Kubica seria suficiente para mantê-lo mais uma temporada, mesmo com patrocínios e o ponto conquistado? A resposta, hoje, é difícil de saber. Acredito que sair da categoria marcando um ponto com o pior carro do grid seria uma grande vitória pessoal para Kubica, que infelizmente poderia ter sido mais no automobilismo se não fosse o acidente de rali.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 250 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 188 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 181 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 156 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 132 pontos
6 - Pierre Gasly (Red Bull) - 63 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 58 pontos
8 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 31 pontos
9 - Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 27 pontos
10- Lando Norris (McLaren) - 24 pontos
11- Daniel Ricciardo (Renault) - 22 pontos
12- Lance Stroll (Racing Point) - 18 pontos
13- Kevin Magnussen (Haas) - 18 pontos
14- Nico Hulkenberg (Renault) - 17 pontos
15- Alexander Albon (Toro Rosso) - 16 pontos
16- Sérgio Pérez (Racing Point) - 13 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 8 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto
19- Robert Kubica (Williams) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 438 pontos
2 - Ferrari - 288 pontos
3 - Red Bull Honda - 244 pontos
4 - McLaren Renault - 82 pontos
5 - Toro Rosso Honda - 43 pontos
6 - Renault - 39 pontos
7 - Alfa Romeo Ferrari - 32 pontos
8 - Racing Point Mercedes - 31 pontos
9 - Haas Ferrari - 26 pontos
10- Williams Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO: 







segunda-feira, 27 de agosto de 2018

RETOMADA VERMELHA

Foto: Getty Images
Quando até em Spa Francorchamps a corrida é uma porcaria, isso mostra o tamanho do problema da F1 e a provável incapacidade de resolvê-la em curto-prazo devido, é claro, aos interesses políticos. Bom, Sebastian Vettel não teve nada a ver com isso e teve uma vitória importante pela terceira vez em solo belga. Dessa vez, foi tudo simples: não teve dificuldades para ultrapassar Hamilton na primeira volta e partir para a vitória. Restou a Lewis administrar o segundo lugar e ter a vantagem de 17 pontos no campeonato.

O novo motor da Ferrari deixou os italianos ainda mais fortes. É o carro a ser batido. Isso com certeza está mexendo com a Mercedes. As retas longas de Monza têm grandes possibilidades de repetir o resultado de hoje. Assimilando essa informação, Vettel passa a ser o favorito para o penta, mesmo que esteja atrás na tabela. Hamilton pareceu preocupado. Não tinha como duelar com Seb. Não pode ficar sempre em segundo. Se continuar assim, vai perder a liderança em três corridas. Alerta quase vermelho na atual tetracampeã do mundo.

Max Verstappen aproveitou o azar inacreditável de Kimi Raikkonen (ou seria a zica desse blog?) e os problemas de Daniel Ricciardo para chegar num bom terceiro lugar, uma recompensa para a massa laranja que está dominando os assentos dos autódromos pelo mundo. Largada no fim do grid, coube a Bottas ficar em quarto. Se não foi possível repetir o sábado grandioso, a tal Racing Point "estreou" sendo a melhor do resto e fazendo o quinto e sexto lugares com Pérez e Ocon. O francês, como recompensa, vai parar na McLaren. Meritocracia... Os pilotos mantiveram as pontuações no campeonato, menos a equipe, que mesmo assim já passou a Williams na tabela. Que estreia!

Geralmente ocupando o posto de quarta força, a Haas conseguiu ficar em sétimo e oitavo, com Grosjean (guiou bem, apesar de toda a imprensa ignorar isso e focar somente no terceiro lugar de Ocon no grid) e Magnussen. Fechando os pontos, tivemos Pierre Gasly com a Toro Rosso Honda (sinal de evolução do motor japonês?) e Ericsson, com a Sauber. Isso só mostra que o carro dos suíços está bem competitivo. Imagina o que poderia ter feito Leclerc?

Foto: Mark Thompson/Getty Images

Ficou só na imaginação. Uma barbeiragem inacreditável de Hulkenberg na largada fez um efeito domínio: encheu a traseira do carro de Alonso, que voou por cima de Leclerc, que bateu em Ricciardo, que bateu em Raikkonen... Incrível como o espanhol está se envolvendo nessas decolagens, outra vez em Spa. Hulk já perdeu 10 posições para a corrida da semana que vem, na Itália. No entanto, não podemos ser injustos: apesar de ter cometido uma bobagem, isso acabou sendo o ponto alto da corrida. Literalmente.

"Mas felizmente, para a alegria dos bons, o espanhol soberbo, como uma fênix que renasce, levantou-se do cockpit e deixou em êxtase aqueles que acompanhavam de perto o grande prêmio."

Ademais, interessante notar como Sirotkin está começando a ficar na frente de Stroll. Uma pena que dificilmente irá pontuar. A essa altura o canadense nem se importa, afinal uma vaga quentinha comprada pelo pai vai estar a disposição a partir de Cingapura. Brendon Hartley e Stoffel Vandoorne caminhando a passos largos a deixarem a F1. O primeiro não é novidade. O segundo precisa torcer que a amizade e o histórico com Frederic Vasseur na GP2 sejam suficientes para desbancar o outrora dono da equipe.

Confira a classificação final do GP da Bélgica:


Até!

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O RETORNO DO REI DE SPA?

Foto: Getty Images
Em condições normais, a Ferrari é a favorita a vencer em Spa Francochamps. A questão é que a chuva pode aparecer ou no qualyfing ou na corrida, o que deixaria tudo em aberto.

Ignorando essa possibilidade, pode-se dizer que é a grande chance de Raikkonen finalmente ganhar uma corrida, algo que não acontece há cinco anos. Por incrível que pareça, é o cara com mais vitórias em Spa (quatro, a última em 2009, justamente pela Ferrari). Hoje, foi o mais rápido do dia, bem a frente de Vettel.

Como o próprio finlandês salientou, o treino de sexta não serve pra muita coisa. A Mercedes vai vir muito forte, sem dúvida. A Red Bull nem tanto. Vai depender das condições climáticas para brilhar na frente. Como será o tratamento a Daniel Ricciardo agora? No TL1, só deu uma volta rápida...

A Racing Point Force India teve uma importante vitória: as equipes concordaram em deixar que a "nova" equipe receba o valor de premiação obtida com a inscrição anterior, que foi válida até a última etapa, na Hungria. Sempre importante reforçar os bolsos. Um alento para quem estava sofrendo e hoje parece estar na melhor. A eterna "boa de reta" foi praticamente a melhor do resto nos treinos. Tudo isso para Stroll depois não entregar nem metade do que o carro pode produzir...

Outro ponto interessante foi a estreia de Lando Norris no TL1, no lugar de Alonso. O britânico conseguiu ainda assim ficar na frente de Vandoorne. O dono da casa reclamou de problemas no pedal do freio, que se repetiram no TL2. Ai, ai, Stoffel... a batata está ficando bem quente assim...

O resto é o mais do mesmo: Williams no fim do grid, Renault e Haas na parte intermediária e a Toro Rosso um pouco atrás das duas. Veremos se a chuva ou algo diferentão pode fazer com que a Ferrari não vença. Vettel precisa reagir agora mesmo, sem mais cometer erros, se quiser o penta. A responsabilidade está com o alemão.

Confira a classificação dos dois treinos livres:



Até!


GP DA BÉLGICA - Programação

O Grande Prêmio da Bélgica foi disputado pela primeira vez em 1925, e faz parte do calendário da Fórmula 1 desde a 1a temporada da categoria, em 1950.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Ayrton Senna - 1:41.523 (McLaren, 1991)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:42.533 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1992, 1995, 1996, 1997, 2001 e 2002)

LAUDA VAI SUPERANDO A MORTE, DE NOVO

Foto: Rodrigo Berton/ Grande Prêmio
Internado em um hospital de Viena desde o fim de julho com complicações de uma gripe que contraiu em Ibiza, na Espanha, Niki Lauda vem passando por uma série de procedimentos desde então. Diante das complicações, o tricampeão realizou um transplante de pulmão e segue internado em tratamento intensivo.

Nessa semana, a equipe médica disse para a imprensa que Lauda já consegue falar e respirar sem a ajuda de aparelhos, graças a trabalhos de fisioterapia visando a rápida adaptação ao novo pulmão que recebeu.

Nesses casos de transplante, principalmente em pessoas mais velhas, o tempo de adaptação e recuperação é maior. Portanto, ainda não há previsão de alta para o presidente não-executivo da Mercedes. A tendência é que seja liberado nas próximas semanas e continue os cuidados em casa. Uma das restrições é que Lauda não viaje de avião, portanto que não vá muito longe da Áustria.


Com isso, não deve acompanhar sua equipe pelas corridas no mínimo até o fim do ano. O mais importante é a plena recuperação desse ícone. Para quem já driblou a morte anteriormente, um problema respiratório não há de ser nada. Vida longa a Andreas Nikolaus Lauda!

SUPERA, RED BULL

Foto: Motorsport
Nem mesmo a confirmação de Pierre Gasly como parceiro de Max Verstappen para o ano que vem fez o consultor Helmut Marko virar a página. Falando para uma emissora austríaca, o doutor disse que a negociação com Ricciardo estava apalavrada, mas que de última hora o australiano ligou dizendo que tinha optado pela Renault.

O doutor afirmou que Ricciardo provavelmente não confia no projeto da Honda e que os franceses haviam oferecido o valor que Ricciardo gostaria de receber. No entanto, Marko não acredita que tenha sido uma boa decisão do #3 por entender que os motores franceses ainda estão distantes do desempenho de Ferrari e Mercedes. “Desde 2014 a Renault não está à altura da Mercedes e Ferrari. Perdemos a fé nas garantias de estar na luta com eles no ano que vem. Estou convencido de que, no ano que vem, vamos estar firmemente à frente da Renault”.

E emendou. “Tenho certeza de que não vamos ver nenhum ‘shoey’ em 2019, mas posso entender que, depois de dez anos com a Red Bull, ele precise de um novo desafio. É uma pena porque Daniel é um dos melhores em corrida, suas manobras de ultrapassagem são únicas. Na classificação ele está um pouco atrás de Verstappen, mas ele a compensa com a velocidade em corrida”.

O discurso está claro: tornar Max Verstappen o mais jovem campeão da história. Para isso, é sempre bom ter um capacho por lá, igual Bottas e Raikkonen. Ricciardo não seria esse cara, pelo contrário. Bateu no holandês nas três temporadas em que estiveram lá. Além do motor Honda, esse foi o fator preponderante para deixar a equipe: perceber que o apoio e o trabalho uma hora ou outra se voltaria com toda a carga para o menino prodígio. Ricciardo não quer virar um Webber. A ida para a Renault pode não representar sucesso imediato, mas é aquilo que dá pra chamar de seu "canto" durante dois anos, sempre apostando no futuro de Ferrari e Mercedes pós-2021, possivelmente sem Hamilton e Vettel.


Veremos, aí, quem é o verdadeiro profeta.


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 213 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 189 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 146 pontos
4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 132 pontos
5 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 118 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 105 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Renault) - 52 pontos
8 - Kevin Magnussen (Haas) - 45 pontos
9 - Fernando Alonso (McLaren) - 44 pontos
10- Carlos Sainz Jr (Renault) - 30 pontos
11- Sérgio Pérez (Force India) - 29 pontos *
12- Esteban Ocon (Force India) - 29 pontos *
13- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 27 pontos
14- Romain Grosjean (Haas) - 21 pontos
15- Charles Leclerc (Sauber) - 13 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
17- Marcus Ericsson (Sauber) - 5 pontos
18- Lance Stroll (Williams) - 4 pontos
19- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 2 pontos

* = Com a venda da equipe, a Force India se transformou em Racing Point Force India e teve sua pontuação zerada. Entretanto, a colocação dos pilotos ainda vai ficar por aqui nesse post.


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 345 pontos
2 - Ferrari - 335 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 223 pontos
4 - Renault - 82 pontos
5 - Haas Ferrari - 66 pontos
6 - Force India Mercedes - 58 pontos *
7 - McLaren Renault - 52 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 29 pontos
9 - Sauber Ferrari - 18 pontos
10- Williams Mercedes - 4 pontos

* = Com a venda da equipe, a Force India se transformou em Racing Point Force India e teve sua pontuação zerada. Entretanto, a colocação da antiga equipe ainda vai ficar por aqui nesse post.

TRANSMISSÃO


NOVA CARREIRA

Foto: Motorsport
Você está jogando um save de F1, sendo um piloto ou administrando uma equipe. Geralmente, tudo começa no início (uma redundância). Dessa vez, acontece de você estrear no meio da temporada. É o caso da tal Racing Point Force India, equipe comprada pelo consórcio de Lawrence Stroll que substitui a simpática Sahara Force India, de Vijay Mallya e Bob Fernley, chefe de equipe que já foi mandado embora pela nova administração. Um bom nome no mercado, não é mesmo Williams?

Mas por que Racing Point e tudo novo, embora pareça tudo igual? Para comprar a inscrição da Force India "original", a nova administração teria que pedir diversas autorizações de vários bancos da Índia que possuem acordos com a Force India das antigas. Não haveria tempo hábil para tais procedimentos. Ou seja: o grupo de Stroll comprou a estrutura da equipe (carros e funcionários), e não a inscrição, que ainda pertence a Force India S.A., que foi a falência depois de vários processos contra Vijay, que chegou a ser preso em Londres e pode ser deportado para o país de origem.

No regulamento, uma equipe só pode mudar de nome sem perder os pontos do Mundial se houvesse unanimidade das equipes. McLaren, Williams e Renault acabaram vetando. Possuem diferentes interesses nisso. É uma pena, mas faz parte do jogo. Resumindo: a Racing Point Force India está no Mundial de F1, mas zerada, assim como seus pilotos, Sérgio Pérez e Esteban Ocon.

A Force India acabou. Surge uma nova equipe, com a mesma estrutura da anterior. Outra consequência disso é que a nova administração não vai receber o dinheiro dos direitos comerciais que teria direito pelos próximos dois anos, pois o regulamento diz que uma nova equipe só recebe essa parte da grana se ficar ao menos duas vezes no top 10 em três anos. Só em 2020 que a grana vai entrar nos cofres de Stroll. Convenhamos: é bem possível que a tal Racing Point já ultrapasse a Williams nessa corrida e a Sauber na próxima. Com só dez equipes no Mundial, não há mais dramas.

Foto: Race Fans
Com isso, chega oficialmente ao fim a linda trajetória da simpática Force India (por isso era tolerável esse nome). 191 corridas. Saiu do fim do grid para pódios e até o ano passado era a quarta força do grid, quase falida, apenas com a capacidade de seus profissionais. Logo no segundo ano da equipe, o melhor momento de sua trajetória: a pole de Giancarlo Fisichella justamente em Spa, nove anos atrás. O italiano chegou em segundo na corrida, o melhor resultado da história da jovem equipe, que teve outros cinco pódios, todos conquistados por Sérgio Pérez. O último foi em Baku, meses atrás.

Se o aspecto financeiro deixou a desejar nos últimos anos, fruto da picaretagem de Vijay e do alto custo da F1, a Force India fez um trabalho honesto nas pistas, subindo degrau a degrau para se tornar uma das principais equipes do meio do pelotão, sem a ajuda de uma montadora ou algo do tipo. Para se orgulhar.

E a tal Racing Point?

Que nome feio pra caralho. Nem parece coisa de corrida. Lembra Match Point ou alguma loja de produtos automotivos, algo do tipo. Dessa vez nem carisma salva, até porque isso não existe com Strolls no comando. Aliás, é hora de projetar algumas coisas.

Ao menos para a corrida da Bélgica, Pérez e Ocon seguem na nova velha equipe. Depois, as coisas se complicam. Pelo que a imprensa europeia noticia, Pai Stroll quer colocar o filho na equipe a partir do GP da Itália, no lugar de Ocon. O francês, por sua vez, iria para a McLaren substituir Vandoorne. Kubica assumiria o lugar de Stroll na Williams, que poderia ter Nikita Mazepin como titular no ano que vem, impulsionado pelo dinheiro de outro pai bilionário.

É uma viagem muito grande, uma bagunça revoltante. O que se sabe, certamente, é que o Stroll vai correr pela Racing Point, cedo ou tarde, na Itália ou em 2019. Olha só que legal o clima: correndo na Williams contra o time do pai. Onde foi que a F1 errou?

Vai ser difícil ter qualquer simpatia pela tal Racing Point Force India, mas enquanto Pérez e Ocon tentarei me esforçar. Depois, vai ser difícil. Veremos se, com dinheiro, se mantém a administração eficiente da outrora simpática equipe ex-indiana.

Até!

segunda-feira, 7 de maio de 2018

SUSTO EM SPA

Foto: Reprodução
Quando soube da gravidade do acidente do Pietro Fittipaldi, esperei confirmar as informações preliminares para poder postar alguma coisa por aqui. O tempo passou e só pude escrever algo agora, depois da primeira etapa da temporada 2018-2019 da WEC, que teve vitória de Alonso, Nakajima e Buemi, seguidos pelo trio Kobayashi, Pechito López e Mike Conway. Dobradinha da Toyota, que deu ordens para que não mudassem as posições. A LMP1 vai ser bem desinteressante sem Audi e Porsche no caminho. Toyota vai dominar e tem tudo para finalmente conquistar Le Mans. Foi a primeira vitória de Alonso em uma competição da FIA em cinco anos, mas vinda de uma ordem de equipe não pegou bem para ninguém.

Feito esse imenso parêntese, voltemos a escrever sobre Pietro. Ontem, saiu do UTI e irá iniciar sua recuperação. Está consciente. Sofreu uma fratura exposta na perna esquerda, outra na direita e rompeu os ligamentos do joelho. Vai ficar um bom tempo fora. Me arrisco a dizer que não será o mesmo piloto diante de tantas lesões. Não correrá a Indy 500, a WEC, a Super Fórmula e dizem que tinha até um teste com a Haas para o meio do ano.

Devo estar sendo engenheiro de obra pronta, mas não é arriscado correr e se adaptar em tantas categorias diferentes em um curto estado de tempo? O desejo pela visibilidade em vários mercados pode forçar a acontecer alguns azares. Deu para ver, no acidente, que houve uma pane elétrica. O carro vira para a esquerda e sai reto. Bate de frente.

Visualmente, a batida não foi tão pirotécnica quanto as da F1, Indy ou até mesmo do WEC. Por isso que, em tese, o choque em ver tamanha gravidade nas lesões de Pietro. A verdade, também, é que o impacto frontal afeta muito mais porque a energia não se dissipa, ao contrário de outras categorias. Dá para dizer, inclusive, que se fosse um acidente décadas atrás teríamos visto uma tragédia, à la Stefan Bellof.

Isso reforça o quão seguro é um carro de F1. Provavelmente o piloto sairia andando. Bom, não é a toa que a Eau Rouge é desafiadora, embora esteja claro que houve uma falha mecânica e não humana.

Ademais, que Pietro faça uma boa (e calma) recuperação e volte mais forte para voltar a exercer sua paixão.

Para quem não viu:



Até!

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

LEMBRANÇA

Foto: Continental
25 anos atrás. Um ano depois de estrear na F1 na mesma pista, o jovem Michael Schumacher, aos 23 anos, venceu pela primeira vez na carreira, pela Benetton. Outras noventa vitórias estavam por vir, você sabe. Ele foi o terceiro alemão a vencer na categoria, rompendo uma sequência de 17 anos sem vitórias do país.

O campeonato daquele ano já estava liquidado por Nigel Mansell. Seu companheiro de equipe, Riccardo Patrese, completou o pódio da primeira vitória de Schumi. Ayrton Senna foi o quinto.

Relembre:



quarta-feira, 30 de agosto de 2017

CASOS DE FAMÍLIA

Foto: LAT Images
Episódio de hoje: quero passar meu companheiro de equipe mas ele quer me matar.

Rápida cronologia:

Canadá - Mais rápido, Ocon pede para que a equipe mande Pérez dar passagem e seguir ganhando posições. O mexicano recusou. Vettel vinha atrás dos dois e os ultrapassou. Pérez, aparentemente, não foi tão agressivo na defesa de posição do que em relação ao seu colega de equipe.

Baku - O primeiro atrito. Na disputa por posições, Ocon passa Pérez e "prensa" o mexicano. Os dois se deram mal. Diante de uma corrida tão tumultuada, a Force India perdeu uma grande chance de vencer pela primeira vez na história da categoria, além de jogar um pódio quase certo.

Foto: Motorsport
Bélgica - Pérez bate de leve em Ocon na largada, na subida da Eau Rouge. Mais tarde, o francês tenta passar o mexicano, que "prensa" o #31 quase no muro. Ocon não tira o pé e bate no mexicano, que teve o pneu furado. Parece ter sido o limite.

Declarações de Ocon acusaram seu "parceiro" de tentar lhe matar. Pouco depois, recuou, alegando que aquilo foi dito no calor do momento. Iriam ter uma conversa de "homem para homem". Pérez se desculpou pelo primeiro toque mas ficou chateado com a declaração de Ocon. A Force India deu um basta: eles não irão mais se encontrar na pista, e há maneiras de fazer isso acontecer.

Foto: Reprodução/Sky Sports
O comportamento de Pérez dentro e fora das pistas sempre foi motivo de críticas, desde os tempos de Sauber. Na McLaren, foi taxado de arrogante pelos mecânicos e conseguiu até tirar do sério o polido Button. Na Force India, não teve grandes tumultos com Hulkenberg, mas fica claro como ele não aceita perder, principalmente para um novato na equipe e que completou seu primeiro ano na categoria justamente na semana passada. Por enquanto, está na frente: 56 a 47.

Ocon é mais um daqueles pilotos que serão protagonistas do futuro da F1. Bancado pela Mercedes, não tem medo de ir para cima e já está aprendendo as consequências disso desde cedo: os abandonos, perdas de pontos e puxões de orelha. Por ter mais talento natural, provavelmente deve assumir uma posição de destaque dentro da própria equipe indiana antes de migrar para a Mercedes. Junto com Verstappen, é o mais agressivo na pista quando o assunto é ultrapassagens. Imagina os dois dividindo uma curva.

Pérez dificilmente irá arranjar algo melhor. Mesmo que tenha dinheiro, seus atos de insubordinação o afastam da Ferrari, por exemplo. Talvez ele mesmo saiba disso. Não deixou boa impressão na McLaren que, como vimos, começava a sua derrocada. Dificilmente os indianos irão conseguir domar suas feras: os dois acham que mandam por motivos diferentes (dinheiro e talento). A Bélgica não foi a última vez que os dois disputaram posição.

Isso obrigaria a Vijay Mallya e seus pares a tomarem uma atitude: o cantinho da disciplina (alô, Super Nanny).

Fiquem atentos aos próximos episódios dessa crise de relacionamento que chama a atenção na F1. Voltamos a qualquer momento para uma nova lavação de roupa suja.

Até!

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

ENTRANDO NA RETA FINAL

Foto: Getty Images
Finalmente a F1 voltou! Todos ansiosos e com saudade, ainda mais nessa temporada onde há uma disputa entre duas equipes. Hoje vai ser um "drops", um aquecimento para o que realmente importa: o final de semana;

- Raikkonen, como sempre, vai muito bem em Spa e foi o mais rápido no primeiro treino livre. Estimulado e sem pressão depois de renovar o contrato, seu histórico lhe permitir sonhar uma quinta vitória em solo belga. Para isso, terá que torcer contra Vettel. Do contrário, será o habitual escudeiro;

- Hamilton liderou o segundo treino livre. A Mercedes é franca favorita em Spa e em Monza, na semana que vem. Os circuitos necessitam de menos carga aerodinâmica, o calcanhar de aquiles dos alemães. Se nada der errado, Hamilton e Bottas são os grandes favoritos do final de semana. Basta a Mercedes para de vacilar nos momentos que podem lhe ajudar. Vettel estará sempre por perto para somar o maior número de pontos possíveis e vencer, por que não?

Foto: Getty Images
- Felipe Massa: a fase não é boa. Bateu logo na primeira tentativa de volta rápida no TL1. O brasileiro atacou a zebra forte demais na saída da última perna das curvas "Les Combes", perdeu e frente e, na tentativa de corrigir, acabou sendo projetado para a o muro, causando a única bandeira vermelha do dia. Com o chassi danificado, não conseguiu participar do TL2. O fim de semana deve ser difícil para Williams. Sem poder andar e em virtude de um erro, pior ainda. Síntese de uma equipe gigante que não ambiciona mais nada desde o fim da parceria com a BMW;

- Palmer: Ficou em 10° e 11° nos treinos. Pressionado e praticamente fora da equipe para o ano que vem, espera-se minimamente que ao menos faça um ponto na temporada. Apesar dos pesares, não creio que isso será possível nesse final de semana. A pista não favorece a Renault, mas será uma briga encarniçada com Williams e Toro Rosso. Haas e McLaren bem atrás;

Foto: Getty Images
- Vandoorne: o belga teve confirmada a sua permanência na McLaren. Necessária a resposta diante da pressão descabida de alguns fãs e jornalistas, ainda mais na sua corrida da casa. O belga, com um carro decente em mãos, tem tudo para ser um dos protagonistas da F1 no médio-prazo. Basta a McLaren colaborar.

- Alonso: especulação sem sentido a dele indo para a Williams. Sair de uma equipe de fábrica para uma versão A1 da Mercedes para paparicar Stroll. Só Massa, que estava aposentado, aceitaria isso. Alonso tem o maior salário da categoria. O dinheiro de Lawrence não fará falta. É melhor permanecer na caquética McLaren do que numa Williams sem futuro, entregue a Mercedes e Stroll. Ou então que vá para a Indy, se realmente deseja desafios e entrar para a história do automobilismo.

Confira a classificação dos primeiros treinos livres para o Grande Prêmio da Bélgica:




quinta-feira, 24 de agosto de 2017

GP DA BÉLGICA - Programação

O Grande Prêmio da Bélgica foi disputado pela primeira vez em 1925, e faz parte do calendário da Fórmula 1 desde a 1a temporada da categoria, em 1950.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Ayrton Senna - 1:41.523 (McLaren, 1991)
Pole Position: Michael Schumacher - 1:43.726 (Ferrari, 2002)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1992, 1995, 1996, 1997, 2001 e 2002)

VERSTAPPEN QUER CARRO COMPETITIVO PARA FICAR NA RED BULL

Foto: Getty Images

O contrato do holandês vai até o final de 2019. Entretanto, Max já pensa em alternativas caso os taurinos não consigam brigar por títulos nas próximas temporadas. Seu ano é decepcionante: muitos abandonos por problemas no carro e apenas um pódio, na China. Com isso, ele está 50 pontos atrás de Daniel Ricciardo na disputa interna da equipe.

Durante a etapa da DTM em Zandvoort, em seu país natal, Max atendeu os jornalistas e falou sobre seu futuro na Fórmula 1. Ele pretende continuar na equipe onde tem contrato. "Atualmente, não estamos onde quero estar, mas isso não significa que você deve sair. Agora é o momento de trabalhar duro", afirmou.

No entanto, essa possibilidade não está descartada caso os problemas persistam. "Se não melhorarmos em dois ou três anos, aí seria uma história completamente diferente. Estamos trabalhando para sermos melhores agora, e depois do ano que vem vamos ver o que vai acontecer no futuro", encerrou.

Max é um futuro campeão mundial, provavelmente será o mais jovem da história. Talento, arrojo e competitividade ele tem de sobra. É óbvio que precisa ser lapidado, mas os predicados existem. Diante de ofertas sedutoras de Mercedes e Ferrari e quem sabe da McLaren, caso os britânicos melhorem (o que é improvável), o desejo de ser campeão irá bater mais forte. Comparando com o basquete, igual Lebron quando saiu do Cavaliers e foi para o Miami Heat e agora com Kevin Durant no Golden State Warriors.

No entanto, Adrian Newey e companhia são mais do que capazes para fazer as coisas acontecerem. Só falta a Renault ter mais potência de motor, o que permite de fato a Red Bull ser uma candidata real ao título no ano que vem ou em 2019.

ROSBERG NÃO DESCARTA RETORNO AO AUTOMOBILISMO PELA F-E

Foto: Getty Images

O atual campeão mundial de F1 afirmou, em entrevista para a agência de notícias DPA, que no futuro ele pode ser chefe de equipe ou piloto de alguma categoria, mas não da F1. Ele considera que lá sua carreira está definitivamente encerrada.

Prestes a ser papai pela segunda vez, ele não tem pressa caso decida retornar. Correr sempre foi divertido para mim, então vamos ver o que acontece. Eu sempre serei um apaixonado pelo esporte e sempre haverá opções para me envolver. Não precisa ser amanhã, pode ser em dez anos, mas sempre será uma possibilidade", afirmou.

Um dos caminhos interessantes para Nico seria a Fórmula E. A categoria do futuro está com um bom número de montadoras no certame: Audi, BMW, Citroën, Jaguar, Porsche, Renault e Mercedes.
"É o futuro do mundo. Será divertido ver todas estas fábricas colocarem suas cartas na mesa. Vai mudar nosso mundo completamente. Temos carros que vão se autoguiar, e não em 20 anos, é um processo que já está em curso. Estou muito interessado em ver como nossas vidas serão simplificadas por isso", encerrou.

Rosberg seria um atrativo e tanto na F-E, caso decida se aventurar por lá nos próximos anos. Entretanto, parece não fazer sentido abandonar a melhor equipe da F1 depois do título para retornar a uma categoria ainda embrionária mas bastante competitiva. Talvez o intuito seja se divertir em um novo conceito de competição automobilística sem a rigidez e o desgaste das 21 etapas da F1, o que deixaria Nico relativamente ausente de sua família, agora que terá dois bebês em casa.

Vou encerrar por aqui porque estou imaginando coisas demais, mas resumindo: seria interessante Nico se experimentar em um novo ambiente, agora que não irá mais correr com a pressão da necessidade de ser campeão do mundo, feito que já conquistou contra nada mais nada menos que Lewis Hamilton. Que faça bom proveito.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 202 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 188 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 169 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 117 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 116 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 67 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 56 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 45 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 35 pontos
10- Nico Hulkenberg (Renault) - 26 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 23 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 18 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
15- Fernando Alonso (McLaren) - 10 pontos
16- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
17- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
18- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 357 pontos
2 - Ferrari - 318 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 184 pontos
4 - Force India Mercedes - 101 pontos
5 - Williams Mercedes - 41 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 39 pontos
7 - Haas Ferrari - 29 pontos
8 - Renault - 26 pontos
9 - McLaren Honda - 11 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO: