segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O QUINTO TETRA

Foto: Getty Images
Finalmente ele chegou lá. Com um ano de atraso, diga-se. O importante é que chegou. Lewis Hamilton confirmou as expectativas e sagrou-se tetracampeão mundial no México. A decisão não acontecia no país desde 1968, quando Graham Hill conquistou o bicampeonato. Aliás, Hamilton desempatou com Jackie Stewart e é agora o britânico com mais títulos na F1. Muito merecido.

A única coisa que Lewis não gostou foi ter chegado apenas em nono. Bom, no Brasil ele foi quinto. Natural de Hamilton ter dificuldades nas corridas decisivas para o título. Sua sorte é que, dessa vez, a vantagem era gigante. O incidente na largada com Vettel acabou selando o campeonato, com os dois indo para os boxes com os pneus furados. Muitos acusaram Seb de bater propositalmente no #44, mas sinceramente duvido, até porque se as coisas continuassem do jeito que estavam a vantagem era do inglês. Acredito que a FIA também pensou dessa forma e acabou não investigando os incidentes.

Foi a vitória mais fácil de Verstappen, de novo após uma demissão (agora definitiva) de Kvyat. É impressionante como Vettel acaba sentindo a pressão do holandês. Bastaram três curvas para assumir ponta em uma largada muito boa. Max enfileirou várias voltas mais rápidas e terminou com incríveis vinte segundos de vantagem para Bottas e mais tempo ainda para Raikkonen. Os finlandeses submissos fecharam o pódio com Vettel, o piloto do dia e com uma corrida de recuperação em quarto. E agora, sem as demissões de Kvyat, como Max irá proceder para vencer na F1?

Foto: Getty Images
Esteban Ocon foi o melhor do resto e conquistou um ótimo quinto lugar. Superou Pérez no fim de semana. Faz tempo que esse rapaz está flertando com o pódio, uma hora vai ter que acontecer, hein... Stroll se beneficiou do início caótico e de uma estratégia acertada da Williams para chegar em sexto. Não ultrapassou ninguém e nem foi combativo. Sem bater o carro, acaba conquistando bons pontos quando as oportunidades surgem. Resultados forjados e 40 pontos na tabela, superando o "mentor" Massa. Bom para o hype do rapaz, não é mesmo?

Correndo em casa, Pérez foi o sétimo. Magnussen também foi outro que se aproveitou dos diversos incidentes da corrida para conquistar bons pontos para a Haas, que claramente não está no nível de pontuação em condições normais. Hamilton teve dificuldades no início da corrida e ficou metade do tempo preso a Sainz, na última posição e levando bandeira azul de Max e Bottas. Depois, as coisas melhoras e o inglês deu o show do tetra. A ultrapassagem que carimbou o título foi em uma linda e dura disputa com Alonso, o décimo colocado. Ah se a Renault der um motor para o espanhol ano que vem...

Por falar nos franceses, tanto a equipe quanto os motores foram um desastre. Outra vez, Ricciardo abandonou logo no início, com problemas. Eles se sucederam nos carros de Sainz e Hulkenberg e na Toro Rosso de Brendon Hartley. Confiabilidade preocupante. Não gosto dessas teorias da conspiração, mas acredito que Massa foi vítima de uma tremenda sacanagem da Williams hoje. Parou logo no início da corrida por uma perda de pressão no pneu. Entretanto, segundo informação do repórter Guilherme Pereira, Massa relatou não ter sentido nada, mas mesmo assim os ingleses o chamaram para os pits. Ali acabou a corrida do brasileiro, que chegou a ficar em décimo mas perdeu a posição para Hamilton, terminando em 11° e agora atrás de Stroll no campeonato. Uma vergonha. Certamente não o ajuda na briga para continuar na categoria ano que vem.

Foto: Getty Images
Mensagem do Neymar, Hardwell fritando no pódio, Hamilton com a bandeira e depois correndo circuito adentro com um público ensandecido atrás caindo... é disso que a F1 precisa para ser popular e ganhar mais público, por mais que os fãs hardcore não gostem. Eventos assim é que são lembrados pelas pessoas e tornam tudo grandioso. Isso que essa foi apenas a primeira temporada da Liberty no comando, que promete muitas novas ideias para o futuro... o que eles vão aprontar para nós no Brasil?

Hamilton entra de vez no panteão de grandes pilotos da história da F1, com quatro títulos mais do que legitimados. Seria lindo ver ele e Vettel brigando pelo penta, com Max e Ricciardo com a Red Bull e quem sabe o ressurgimento da fênix Alonso... deixem eu sonhar, vai.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do México:


A próxima etapa será daqui duas semanas no Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos, nos dias 10, 11 e 12 de novembro. Até mais!

sábado, 28 de outubro de 2017

MERA FORMALIDADE

Foto: Getty Images
Amigos, falta muito pouco para Lewis Hamilton ser o quinto tetracampeão mundial de F1 e se juntar ao panteão composto por Michael Schumacher, Juan Manuel Fangio, Alain Prost e Sebastian Vettel. A F1 vive a ansiedade da confirmação matemática e da celebração do inglês no México, local com alto número de amantes do automobilismo (e de Checo Pérez, claro). Vai ser bonito, caso uma hecatombe não aconteça. Se acontecer, melhor para nós: tudo pode se decidir em terras brasilis, daqui duas semanas.

Por falar nos mexicanos, dizem que alguns deles ameaçaram Ocon durante toda a temporada, depois de inúmeros entreveros dos dois. O francês está sendo escoltado por toda a parte. Um exagero dos dois lados, mas compreensível. Há malucos por toda a parte, mas o próprio Pérez disse que nada vai acontecer. Ele deveria se pronunciar nas redes, pois pode se tornar algo mais sério. Tomara que não.

Voltando para os treinos, a pista estava sem aderência e bastante empoeirada, proporcionando rodadas e batidas como a de Alfonso Celis Jr, com a Force India, no TL2 e erros de Hamilton, Vettel, Grosjean, entre outros. Bottas foi o mais veloz na primeira parte, Ricciardo na segunda. Sabemos que o favoritismo é todo das flechas de prata no qualyfing. Alonso, que larga na última fila, consegue tirar leite de pedra ao colocar a McLaren Honda em sétimo. Depois, Renault e Force India se digladiam e, por fim, a Williams, cada vez mais para trás.

Foto: Getty Images
A quantidade de erros cometidos por Grosjean e suas constantes reclamações com a equipe colocam um ponto de interrogação na sua permanência a longo prazo. Contratado como líder da equipe americana, vem superando Magnussen, mas se continuar essa relação explosiva com o esquentado Gunther Steiner, todo mundo sairá prejudicado.

Vamos ver se a provável corrida de título de Lewis Hamilton será uma mera formalidade ou uma corrida épica, digna de um título mundial.

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

GP DO MÉXICO - Programação

O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Em 2015, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)
Pole Position: Nigel Mansell - 1:16.346 (Williams, 1992)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Nigel Mansell (1987 e 1992), Alain Prost (1988 e 1990) e Jim Clark (1963 e 1967) - 2x


TOTO PRATICAMENTE DESCARTA WEHRLEIN NA F1 ANO QUE VEM

Foto: This Is F1

Agente da carreira do alemão, o chefão da Mercedes disse que a Williams é a única alternativa de Pascal para correr na F1 ano que vem. Isso porque a Sauber voltou a ser uma equipe B da Ferrari e irá com Charles Leclerc (piloto da escuderia e recém campeão da F2) e Marcus Ericsson, o sueco que manda em tudo (digo, seus patrocinadores).

Em entrevista para o jornal alemão Auto Motor und Sport, Toto disse que a alternativa Grove não é muito viável, apesar de Paddy Lowe, chefe da Williams, declarar que Pascal é um dos candidatos a ser piloto da equipe ano que vem, juntamente com Felipe Massa, Robert Kubica e Paul di Resta.
Wolff reconheceu que a influência da Mercedes na decisão não é determinante. “Não podemos fazer mais do que já estamos fazendo De qualquer forma, chega a hora em que um piloto precisa caminhar com suas próprias pernas.”

Apesar de a Martini exigir um piloto com mais de 25 anos como titular da equipe (Stroll tem 19 e Wehrlein 23), a Williams afirma que isso não é um impeditivo para a contratação do piloto pertencente a academia da Mercedes.

Wehrlein me parece injustiçado. Para ter uma avaliação melhor, seria necessário lhe entregar um equipamento menor. Correr com as piores equipes do grid por dois anos seguidos (Manor e Sauber) não é o ideal, apesar de o alemão ter conseguido a proeza de pontuar com as ambas as equipes.
Com a reaproximação surpresa de Sauber e Ferrari e a manutenção de outras vagas, é uma tremenda sacanagem Wehrlein ficar fora no ano que vem. Qual seria sua alternativa: outra categoria ou ser piloto reserva de alguma equipe? Enfim, quem disse que a vida (e a F1) é justa?

ALONSO IRÁ CORRER 24 HORAS DE DAYTONA

Foto: Motorsport
O bi-campeão mundial irá correr pela United Autosports, que pertence a Zak Brown, diretor executivo da McLaren. A ideia é a prova de Daytona servir como preparação para Alonso disputar as 24 Horas de Le Mans. O espanhol deseja conquistar as três principais provas do automobilismo: Gp de Mônaco (onde já venceu por duas oportunidades), a Indy 500 (disputou esse ano, abandonando no final com um problema no motor) e as 24 Horas de Le Mans.

O cronograma de Alonso já está traçado. Ele irá testar o carro pela primeira vez na Europa na semana seguinte ao GP de Abu Dhabi. No entanto, um de seus parceiros na empreitada de Le Mans, o campeão da F3 Europeia e protegido da McLaren Lando Norris irá realizar um teste em Paul Ricard no dia 7 de novembro. Alonso ainda não tem contrato para participar de Le Mans no ano que vem. Entretanto, a United Autosports é da classe LMP2, enquanto a principal é a LMP1, que já teve as saídas da Audi e da Porsche (ano passado e no fim desse ano, respectivamente). Portanto, a Toyota seria a única grande marca confirmada, mas que ainda não anunciou seus planos.

A United Autosports deve alinhar dois carros em Daytona. Um deles terá Alonso, Lando Norris e Phil Hanson, enquanto o outro terá a presença de Paul di Resta e Will Owen.

Mais uma vez o espanhol será o grande chamativo de uma das provas icônicas de Endurance. Disputada em janeiro, sentiríamos o ano no esporte a motor começar de forma antecipada, isso se a notícia for confirmada para nós, fãs de F1. Se o burburinho na Indy foi enorme, imagina em Le Mans? 

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 331 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 265 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 244 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 192 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 163 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 123 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 86 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 73 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 54 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 36 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 34 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 32 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos
15- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
16- Fernando Alonso (McLaren) - 10 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 5 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 575 pontos
2 - Ferrari - 428 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 315 pontos
4 - Force India Mercedes - 159 pontos
5 - Williams Mercedes - 68 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 53 pontos
7 - Renault - 48 pontos
8 - Haas Ferrari - 43 pontos
9 - McLaren Honda - 23 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO





quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A HIPOCRISIA DA F1

Foto: Reprodução
A ultrapassagem de Verstappen em cima de Raikkonen ainda segue dando o que falar. Nico Rosberg, Mario Andretti e até o próprio Kimi discordaram da punição. Lewis Hamilton foi a favor. Afinal, a punição para Max foi justa?

O fato é que nada vai mudar. Entretanto, durante todo o fim de semana os carros aproveitaram as largas áreas de escape para cortar caminho, seja durante as voltas rápidas dos treinos ou até na defesa das posições nas corridas.

Os comissários aplicaram a regra. A culpa não é deles, e sim da regra. O critério foi definido durante o briefing dos pilotos? Por que nenhum piloto teve o tempo de volta anulado ou foi punido ao se beneficiar do uso das áreas de escape? Repito: faltou critério.

Uma solução bem simples e eficaz: acabar com essa palhaçada de áreas de escape asfaltadas. Coloquem grama e brita de volta, como sempre foi, que nenhum piloto irá se aproveitar da situação para fazer uma ultrapassagem supostamente ilegal.


CART, 1996: Na última volta, Alex Zanardi ultrapassa Bryan Herta em Laguna Seca e vence. Se fosse nos dias atuais, não valeria. Esse é o ponto da hipocrisia da Fórmula 1: ao mesmo tempo em que a Liberty Media busca desesperadamente formas da categoria ter mais apelo nas redes sociais e entre os jovens através de ações como a da última corrida, a FIA parece estar na contra-mão disso, punindo o piloto que pensa diferente da caixa e executava um movimento "ousado".


França, 1979: René Arnoux vs Gilles Villeneuve. Uma das maiores disputas roda a roda da história da categoria certamente resultaria em punição hoje em dia.


Massa e Kubica no Japão, em 2007: disputa que nunca mais acontecerá (primeiro, não teria corrida com essa chuva e segundo, seriam punidos).


Conclusão: Voltem com as gramas e a caixa de brita no lugar dessas áreas de escape e parem de punir a ousadia dos pilotos!

Até!

terça-feira, 24 de outubro de 2017

SALADA TORO ROSSO

Foto: Stuff
Mais perdida que a Seleção Brasileira nos 7 a 1, a Toro Rosso já anunciou sua dupla de pilotos que irá disputar o GP do México. Contrariando as expectativas, o neozelandês Brendon Hartley segue como titular da equipe, com o retorno do francês Pierre Gasly. O #10 não foi liberado pela Honda para competir na semana passada em virtude da disputa da última corrida da Super Fórmula, no Japão. Entretanto, a formação de um tufão cancelou a prova, que não será disputada. Sendo assim, Gasly foi vice-campeão, não correu e perdeu um fim de semana de F1 à toa.

Além de Hartley ser oriundo da academia de pilotos da Red Bull em um passado distante, os engenheiros teriam ficado impressionados com os stints do campeão das 24 Horas de Le Mans desse ano. Mesmo poupando combustível, era mais veloz que o experiente Daniil Kvyat. O fato de Hartley também ter disputado pela Porsche provas de Endurance no México e no Brasil também foi levado em conta. Isso significa que, talvez, Hartley seja o favorito a formar uma dupla com o francês para a próxima temporada.

Foto: Red Bull/Getty
A Toro Rosso dar de ombros para a disputa de construtores desse ano ao colocar um novato na F1 e outro piloto que estava afastado dos monopostos desde 2011. O objetivo parece deixar os futuros titulares de 2018 pegarem o ritmo da F1 nessas três corridas finais. Parece muito improvável que outro piloto seja testado ou que Kvyat retorne pela quarta vez para a equipe de Faenza.

O mais triste para o russo é que dessa vez ele foi dispensado após marcar um ponto, chegando em décimo no domingo. O russo teria declarado que buscaria ser protagonista em outra categoria ao invés de apenas ser um coadjuvante brigando por pontos. Bom, nesse caso, nem isso ele estava sendo capaz de fazer. Com apenas cinco pontos no ano, o russo consegue a proeza de terminar atrás de Pascal Wehrlein no campeonato com um carro muito superior (Pascal supera Kvyat por ter conseguido o oitavo lugar na Espanha, o melhor resultado na temporada, enquanto que o #26 foi apenas nono duas vezes e décimo uma).

Em um ambiente tão competitivo e que pressiona os pilotos desde o início de suas vidas no kart, esquecemos de ver o lado mental dos pilotos. Como não sou especialista, estou apenas chutando: será que a primeira demissão de Kvyat foi preponderante para a sua queda de desempenho? Os resultados mostram que sim. Até simpatizava com o russo. É inacreditável pensar que dois anos atrás ele estava superando Daniel Ricciardo no campeonato (apesar dos inúmeros azares do australiano em 2015).

A Toro Rosso aposta em dois pilotos inexperientes na F1 e em um motor que é o pior do grid. O futuro da equipe júnior da Red Bull é uma grande incógnita.

Até!

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O PRIMEIRO TÍTULO VEIO

Foto: Getty Images
Sem muitos sustos, Lewis Hamilton venceu pela sexta vez o GP dos Estados Unidos (agora, ele é o maior vencedor da história do GP) e precisa apenas de um quinto lugar na semana que vem, no México, para sagrar-se tetracampeão mundial. A festa está pronta para ser feita. Como já dito anteriormente, uma pena que o campeonato tão legal acabe tão cedo.

Vettel fez o que pode. Largou melhor e assumiu a ponta, mas foi ultrapassado na sexta volta. Teve que fazer uma segunda parada para garantir o segundo lugar. Se a Ferrari não tem forças para competir nos treinos, na corrida o assunto é outro. São combativos, mas claramente a Mercedes evoluiu durante a temporada nesse quesito. Quem também encostou foi a Red Bull.

O azar de Verstappen se transferiu para Ricciardo. Abandonou logo no início com vazamento de óleo. Coube somente para Max o papel de brilhar em Austin. Largando em 16°, em virtude de uma série de punições dele e de outros pilotos, o holandês ultrapassou rapidamente a todos e se viu na disputa pelo pódio. Max deixou para trás uma Ferrari e uma Mercedes. Imagina se a Renault fizesse um motor um pouquinho melhor...
Foto: Reprodução
Aí vem a polêmica: o piloto do dia passou Raikkonen nas últimas curvas e garantiu a terceira posição. Pilotagem premiada com uma manobra sensacional! É, mas a FIA não pensou dessa forma. No entendimento dos comissários, Max cortou caminho na curva e ganhou vantagem no momento da ultrapassagem. Com isso, ele foi punido com o acréscimo de cinco segundos e perdeu o lugar no pódio para Kimi Raikkonen, visivelmente constrangido (e nem aí, como sempre) em substituí-lo no "cantinho dos três primeiros".

De óculos escuros no pódio. Foto: Getty Images

Pretendo me alongar mais sobre o assunto no post de amanhã, então vou tentar ser claro: durante todo o fim de semana os pilotos utilizaram as áreas de escape para ganhar vantagem, seja nos treinos ou para ganhar e defender as posições na corrida e ninguém foi punido. Max utilizou essa brecha e executou uma manobra primorosa. Entretanto, foi o único punido. Injusto, ao meu ver. Desde sexta-feira as coisas deveriam ser claras, oito ou oitenta: ou pode tudo ou não pode nada. Falta critério para a FIA. Se a Liberty faz de tudo para tornar a F1 um produto atrativo, a FIA faz tudo ao contrário, limitando os pilotos em meros bundões robotizados. Roubaram um pódio de Verstappen. Lembrei que o Raikkonen devolveu o troféu de vencedor pro Fisichella na corrida seguinte em 2003. Seria legal que fizesse o mesmo ato. Claro que são contextos completamente diferentes e o finlandês não tem nada a ver com isso. Apenas lembrei do momento.

Bottas vive um momento preocupante. Depois de uma primeira metade de temporada surpreendentemente boa, o #77 voltou das férias muito mal. Era para ter largado na primeira fila. Na corrida, foi apático e ultrapassado de todas as formas. O passão de Vettel foi constrangedor. Sinal amarelo para ele, que renovou somente por uma temporada. Com uma indefinição para as temporadas seguintes, a batata de Bottas pode estar começando a assar em uma briga para se manter nas flechas de prata, tetracampeões de construtores, para 2019.

Carlos Sainz teve uma grande estreia pela Renault. Foi combativo, brigou até o fim e fez boas ultrapassagens para marcar os primeiros pontos pelos franceses, ajudando a equipe nessa reta final de campeonato para conquistar mais dinheiro da premiação para o desenvolvimento do carro no ano que vem. Hulkenberg abandonou logo no início com problemas no carro, que estava com componentes novos visando 2018. Não deu certo. Logo na primeira corrida, Sainz já superou Hulk, que volta a ter um companheiro de equipe qualificado. Essa disputa será muito boa. De quebra, em uma corrida Sainz igualou Palmer. Isso diz tudo.

Foto: F1 Fanatic
A Force India terminou nos pontos de novo. Dessa vez, Ocon foi superior a Pérez. Quem voltou ao top 10 foi Felipe Massa. Com uma boa estratégia de andar mais da metade da corrida com os pneus supermacios, o brasileiro poderia ter voltado com os pneus macios para o segundo stint ao invés dos ultramacios. O #19 chegou em nono, mas poderia ter sido oitavo: não teve pneus para brigar com o mexicano. Enfim, um bom resultado de Massa, que espera pela segunda aposentadoria ou mais uma temporada pela equipe de Glove. É preocupante ver que ele mais uma vez foi muito superior a Stroll mas a pontuação não diz isso. Kvyat voltou e marcou um pontinho pela Toro Rosso, o quinto no ano. Se o russo mantiver exibições como as de hoje, é bem possível que permaneça ano que vem na grande salada que virou a Toro Rosso. Brendon Hartley teve dificuldades previsíveis e foi o 13°.

Alonso mais uma vez teve um motor Honda no seu caminho que o impediu de pontuar. Calma, Fênix: agora, faltam só três provas para seu martírio terminar!

Sensacional o ritual pré-corrida tipicamente americano, com a introdução dos pilotos feitos por Michael Buffer e a presença de várias celebridades, inclusive o agora ex-atleta Usain Bolt, que deu a bandeirada na hora da volta de apresentação e foi o entrevistador no pódio. Que a F1 trate mais suas corridas, principalmente as decisivas, tradicionais e de maior mercado como um verdadeiro show, mas sem esquecer suas raízes europeias e esportivas.

Foto: Getty Images

Confira a classificação final do GP dos Estados Unidos:


A F1 volta já na semana que vem, no Grande Prêmio do México, nos dias 27, 28 e 29 de outubro. Até lá!

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O PRIMEIRO MATCH POINT

Foto: Getty Images
Teoricamente, seria improvável. Entretanto, se olharmos o retrospecto recente de Ferrari e Mercedes, podemos afirmar que Lewis Hamilton pode ser tetracampeão do mundo nesse final de semana. Afinal, enquanto Vettel somou apenas 12 pontos nas últimas três corridas, Hamilton fez 68. Em Austin, "basta" o inglês marcar 16 pontos a mais que Seb para acabar com o Mundial. Em condições normais é difícil, mas se formos olhar os abandonos da Ferrari nas últimas provas, existe alguma lógica por trás disso.

Lewis foi o mais rápido nos dois treinos de hoje. No segundo, o mais significativo, Vettel foi o terceiro. Verstappen, que assinou novo contrato até 2020 com a Red Bull, foi o segundo e Bottas o quarto. De novo: em condições normais, não é absurdo Vettel largar em quinto e terminar em sexto, o que seria suficiente para Hamilton caso o inglês vença (e é amplo favorito para isso) em Austin, onde foi o vencedor em quatro das cinco provas disputadas até então.

Felipe Massa foi uma surpresa agradável. Foi o oitavo no TL2, um segundo e meio mais rápido que Stroll. Deve ser combativo, como sempre, contra McLaren, Force India e Renault. Fernando Alonso, de contrato renovado com a McLaren, foi o sétimo e busca começar sua remontada em busca do tri. Mais fácil Hamilton ser campeão domingo do que isso acontecer.

Os estreantes: Sainz superou Hulk nos dois treinos. Finalmente o alemão voltará a ter um rival interno, em uma disputa que promete ser muito equilibrada. Hoje, o espanhol foi apenas 5 milésimos mais rápido que o #27. Na Toro Rosso, Daniil Kvyat parece ter saído bem em seu terceiro retorno para a equipe. Helmut Marko já avisou: sua permanência em 2018 depende do desempenho nesse final de semana. Obviamente, o russo foi cerca de um segundo e meio mais veloz que o estreante do dia, Brendon Hartley. Natural para quem está afastado dos monopostos desde 2011. A pegada e o ritmo são outros.

Espero que a Ferrari pare de sofrer com azares e problemas e que a Mercedes seja vítima desse revés. Frustrante ver um campeonato tão equilibrado como o desse ano ter cara de quem vai acabar semana que vem, no México, se tudo se mantiver assim.

Confira a classificação dos treinos livres de hoje:



Até!

GP DOS EUA - Programação

O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:39.347 (Red Bull, 2012)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:34.999 (Mercedes, 2016)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maiores vencedores: Michael Schumacher (2000, 2003, 2004, 2005 e 2006) e Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015 e 2016) - 5x

ESTREANTE SAINZ PREVÊ GRANDE DESAFIO PARA SE ADAPTAR AO R.S.17

Foto: Divulgação
Não é muito comum na F1 atual um piloto trocar de equipe na mesma temporada. Pois bem, é o caso do espanhol Carlos Sainz. Depois de quase três temporadas na Toro Rosso, ele acabou acertando sua transferência para a Renault, a princípio somente para o ano que vem. Entretanto, com a demissão de Jolyon Palmer da equipe francesa após o GP do Japão, Sainz foi chamado para estrear pela nova equipe ainda esse ano, em Austin.

Pegar um carro diferente no final da temporada é uma clara situação de desvantagem para o espanhol. As coisas pioram quando se tem como vizinho o consistente alemão Nico Hulkenberg, bastante elogiado por Sainz, que disse estar ansioso para se adaptar ao novo carro e aos engenheiros.

“Estou muito animado por me unir à equipe e espero começar com o pé direito. Temos trabalho duro pela frente em Austin, com muitas coisas a aprender e muitas pessoas a conhecer. Vou dar tudo para estar no ritmo o quanto antes possível, ainda que saiba que pode levar algum tempo para me adaptar, mas confio que podemos fazê-lo”, afirmou Sainz em prévia divulgada pela Renault nesta segunda-feira (16).

Sainz também disse esperar muitas batalhas na pista com o novo companheiro de equipe e espera que os dois alçem a Renault rumo ao topo da F1 nos próximos anos. Estou muito ansioso para trabalhar com Hülkenberg. Eu o considero um grande piloto e um dos mais talentosos na pista. Ele tem muita experiência na F1, de modo que vou aprender com ele o máximo possível. Talvez possamos ajudar uns aos outros a nos movermos mais acima no campeonato antes do fim da temporada”, complementou.

A animosidade é recíproca. Hulkenberg elogiou seu novo colega, afirmando que o espanhol é "um piloto muito capaz, com um futuro brilhante".


Dois acumuladores de pontos. Consistência é o que não vai faltar para a Renault nos próximos anos. Mesmo que Sainz tenha dificuldades naturais no fim de 2017, ainda assim se sairá melhor que Palmer, ajudando os franceses na briga dos construtores contra a Williams e a própria Toro Rosso, agora ex-equipe de Sainz. Entretanto, não vejo os dois com aquele "algo a mais" para a Renault se transformar novamente em uma protagonista da categoria. Bem, isso é assunto para outro post e bem mais para o futuro hehehe

KUBICA COMPLETA SEGUNDO DIA DE TESTES COM A WILLIAMS

Foto: Reprodução/Twitter
Piloto polonês está utilizando o carro de 2014 da escuderia inglesa nos testes privados. Nessa semana, Kubica completou algumas voltas no circuito de Hungaroring, onde já havia participado de um teste coletivo da F1 no meio da temporada pela Renault, com o carro deste ano. Na semana passada, ele deu algumas voltas em Silverstone. Nas redes sociais, a Williams classificou como "um dia produtivo".

Os testes fazem parte do "vestibular" da equipe de Grove para decidir quem será o companheiro de equipe de Lance Stroll no ano que vem. No caso de Kubica, o objetivo é saber com exatidão as reais condições físicas e clínicas do piloto, afastado da categoria desde um acidente de rali em 2011. O polonês também está utilizando o simulador da Williams. Paul di Resta, o outro candidato a vaga, também testou o FW36 ontem (18).

O estranho dessa questão toda é que os boatos de Kubica diminuíram justamente após esses testes com a Renault, meses atrás. Será que ficou constatado que o polonês não tem condições físicas de guiar um carro de F1? Bom, difícil que essa seja uma justificativa plausível para validar uma possível escolha por Di Resta. Wehrlein corre por fora, atrapalhado pela imposição da Martini em ter ao menos um piloto acima dos 25 anos para participar das campanhas publicitárias (o alemão tem 22). Diante de todas essas incertezas, não parece que seja algo tão improvável a permanência de Massa por mais uma temporada.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 306 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 247 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 234 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 192 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 148 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 111 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 82 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 65 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 48 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 34 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 34 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 32 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos
15- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
16- Fernando Alonso (McLaren) - 10 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 540 pontos
2 - Ferrari - 395 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 303 pontos
4 - Force India Mercedes - 147 pontos
5 - Williams Mercedes - 66 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 52 pontos
7 - Haas Ferrari - 43 pontos
8 - Renault - 42 pontos
9 - McLaren Honda - 23 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO






quarta-feira, 18 de outubro de 2017

E POR FALAR EM ESTREIA...

Foto: Motorsport
No último post falamos sobre a estreia inesperada de Brandon Hartley na F1, aos 28 anos. Pegando esse gancho, o blog relembra que já faz uma década (!) que uma certa promessa alemã participou pela primeira vez de uma corrida de F1, justamente nos Estados Unidos.

Era junho de 2007. O então desconhecido Sebastian Vettel estava prestes a completar 20 anos quando a oportunidade apareceu. Piloto reserva da BMW Sauber mas pertencente a Toro Rosso, Seb foi o escolhido para substituir às pressas Robert Kubica, que havia se acidentado gravemente na semana anterior, na corrida do Canadá, e ficaria um tempo afastado. O alemão já havia participado dos treinos livres do GP da Turquia de 2006, mas ainda como piloto reserva. Agora, a chance era real.

Foto: F1 Fanatic
Apesar de inexperiente, Vettel teve uma ótima chance de mostrar suas credenciais. Afinal, a BMW Sauber era a terceira força da já longínqua temporada de 2007, distante da briga polarizada entre Ferrari e McLaren. Ou seja, largar entre os dez primeiros era uma possibilidade concreta e, na melhor das hipóteses, ficar em sexto, atrás do companheiro de equipe, o experiente e compatriota Nick Heidfeld.


A sexta posição quase veio. Vettel largaria em sétimo na sua primeira corrida da carreira, anotando o tempo de 1:13.513 em Indianapólis, quase sete décimos mais lento que Nick Heidfeld, que ficou com a esperada quinta posição (1:12.847). Entre eles, Heikki Kovalainen, da Renault (1:13.308) e dividindo a quarta fila com Seb estava Jarno Trulli, da Toyota (1:13.789). O pole? Um certo Lewis Hamilton, seguido pelo implacável rival Fernando Alonso, com Felipe Massa em terceiro e seu atual parceiro de Ferrari Kimi Raikkonen em quarto.

Foto: F1
A primeira largada de Vettel não foi boa. Pressionado, acabou passando reto na primeira curva e terminou sua primeira volta de corrida na categoria em 11°, atrás de Rosberg. Nick Heidfeld abandonou na volta 56, com problemas na transmissão e Seb conseguiu recuperar algumas posições, conseguindo chegar na oitava posição e marcar seu primeiro pontinho na F1, sendo até então o piloto mais jovem da história a marcar pontos na categoria.


E na briga pelo título, ficou tudo como começou: vitória de ponta a ponta de Hamilton, a segunda na carreira, seguido de Alonso e Massa, na última vez que Indianapólis recebeu a F1. Os Estados Unidos só voltaram a sediar uma corrida cinco anos depois, já em Austin.


Foi a primeira e a única corrida de Vettel pela BMW Sauber. Isso porque na corrida seguinte, na França, Kubica já estava recuperado e retornou para a equipe, com Seb voltando a ser o piloto reserva. Situação que não durou muito tempo porque, menos de dois meses depois, Vettel estreou na Toro Rosso no polêmico GP da Hungria, substituindo Scott Speed, que foi demitido por desavenças com a equipe.

Aí o resto é história.

Gostou? Posso, quando tiver mais tempo, abordar outras "primeiras vezes" de outros pilotos e histórias diferentes.

Até!

terça-feira, 17 de outubro de 2017

NOVO VELHO ESCOLHIDO

Foto: Getty Images
Um velho conhecido do programa de pilotos da Red Bull está de volta, excepcionalmente para uma corrida, a princípio. Não lembra? Não reconhece? Trata-se de Brendon Hartley, neozelandês de 28 anos, será o substituto de Pierre Gasly na Toro Rosso no GP dos EUA e irá formar dupla com Daniil Kvyat.

Hartley ficou apenas dois anos como membro da Red Bull e chegou a fazer alguns testes pela Toro Rosso em 2009, quando quase chegou a categoria. Acabou dispensado em 2010. Desde então, não pilotou mais monopostos e partiu para o endurance, onde foi campeão mundial da WEC em 2015 e venceu as 24 Horas de Le Mans esse ano. Um quase trintão na Toro Rosso, fábrica de talentos e equipe B da Red Bull? Há motivos: bom, isso prova que a academia de pilotos dos taurinos vive uma entressafra, escassa de pilotos jovens, com potencial e confiáveis. Basta ver que Gasly subiu para a F1 porque Kvyat não tinha mais condições. Beneficiado pela mediocridade e a obrigação da FIA em que o piloto obtenha 40 pontos na superlicença em três anos (o título da WEC beneficia Hartley), o russo está de volta sabe-se até lá quando.

Hartley venceu a Le Mans desse ano. Foto: Getty Images
É evidente que quase uma década afastado da F1 irá fazer diferença no desempenho de Hartley, ambientado ao endurance. Entretanto, lembremos de André Lotterer, multicampeão do WEC que se aventurou na F1 em 2014 pela Caterham e largou na frente de Ericsson (tudo bem que o sueco não é lá essas coisas, mas Kvyat também não anda sendo). Quem sabe, se for razoavelmente bem, tenha chances de chegar a ser titular de fato na F1 em 2018, quase trintão e quando menos se esperava. Mesmo que na WEC ele tenha chances de reais de conquistar outro título, a categoria está bastante enfraquecida com as saídas de Audi e Porsche.

Às vezes a F1, tão robótica e monótona, é capaz de surpreender e nos mostrar histórias improváveis de promessas que ficaram longe da F1 e depois retornam mais experientes quando ninguém esperava mais, inclusive o próprio piloto.

Hartley pilotando a Toro Rosso em um teste de 2009. Foto: Getty Images
Curiosidade: Hartley será o nono neozelandês a disputar uma corrida de F1. O último foi Mike Thackwell, então com 34 anos, que correu pela Tyrell o GP do Canadá de 1984. O país tem representantes famosos como o Denny Hulme, campeão mundial pela Brabham em 1967 e o icônico Bruce McLaren, fundador da famosa equipe aquela... além de Chris Amon (falecido no ano passado), Howden Ganley, Graham McRae, John Nicholson e Tony Shelly.

Agora é só aguardar... Até!

terça-feira, 10 de outubro de 2017

INDEFINIÇÃO

Foto: Sky Sports
E faltando quatro etapas para o fim da temporada, a Toro Rosso está a procura de pilotos não só para 2018 como também para o fim do ano. Tudo porque Carlos Sainz irá se juntar imediatamente para a Renault na próxima etapa em Austin, substituindo o demitido Jolyon Palmer. Com isso, abre-se uma vaga para as próximas corridas. Quem será o parceiro de Pierre Gasly?

Parceiro? Bom, antes de se juntar a Toro Rosso, o francês estava exilado na Super Fórmula do Japão, onde é vice-líder. Acontece que, no final de semana da corrida dos Estados Unidos também será disputada a última etapa da categoria nipônica. As informações que chegam é que foi recusada a participação de Gasly na F1, o que obrigaria a escuderia de Faenza procurar dois pilotos para disputar o GP dos Estados Unidos daqui duas semanas.

Um dos nomes seria o retorno de Daniil Kvyat, recém chutado da equipe e que, pasmem, pode retornar a titularidade do time no ano que vem, dada a escassez de talentos da academia de pilotos da Red Bull. Ou seja, é preferível manter o russo, que vem em um péssimo momento, do que apostar em algum nome tipo Sean Gelael, que participa de algumas sessões de treinos livres durante o ano. Outro nome, o japonês Nobuharu Matsushita, não tem pontos suficientes na Super Licença para pilotar um F1.

Eis então que a imprensa especializada vem especulando um terceiro nome: o recém campeão da Indy Josef Newgarden. Uma corrida nos Estados Unidos e com a presença do atual campeão da principal categoria do país poderia acarretar em mais público e engajamento dos fãs das duas categorias, a exemplo do que aconteceu com Alonso e a Indy, obviamente em menor escala. Bom, não quero estragar o barato, mas na única vez que um campeão da Indy pilotou pela Toro Rosso o desfecho não foi positivo para o piloto, não é Bourdais?

Bom, nos próximos dias teremos o desenrolar dessa questão um tanto quanto bizarra na atual F1. Olhem os classificados e mandem seus currículos para Faenza, vai que você não seja contratado?

Até!

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

2 + 2

Foto: Getty Images
Não há mais campeonato. A esperança forçada da Malásia foi por água abaixo em Suzuka. A Ferrari, buscando potência, sacrificou a confiabilidade para alcançar os alemães. Isso deu resultados até a metade do campeonato e os italianos começam a pagar o preço da pior maneira possível. Um problema na vela de ignição do motor fez Vettel largar no sacrifício, perder potência, ser ultrapassado facilmente e abandonar o sonho do penta em 2017. As possibilidades são matemáticas. Somente uma hecatombe com a Mercedes e Hamilton seriam capazes de dar uma nova esperança para Seb.

Uma pena que campeonato que estava emocionante e que parecia ser decidido apenas em Abu Dhabi tenha um desfecho tão precoce. Com 59 pontos de vantagem, a tendência é que Lewis aumente nas próximas provas. Apesar da onda de azares da Ferrari, ainda acho improvável que Hamilton seja tetra já em Austin, daqui duas semanas. Possivelmente o título está agendado para a Cidade do México, no dia 29.

Foto: Getty Images
Apesar de ter vencido de ponta a ponta, Hamilton foi ameaçado por Verstappen, o terror da F1, que ficou no seu cangote durante toda a prova. Primeiro, Bottas serviu de escudeiro durante a prova para fazer o holandês perder tempo no tráfego. No fim da prova, foi a vez de os retardatários Massa e Alonso, que brigavam pelo décimo lugar, "ajudarem" Hamilton e impedirem Max de um ataque final. O próprio holandês admitiu que era muito difícil fazer algo além. Suzuka é difícil de se ultrapassar. Ricciardo, o consistente, completou o pódio. De certa forma, foi ajudado pela direção de prova, que optou por um Virtual Safety Car após o abandono de Stroll, impedindo a aproximação de Bottas, que chegou perto na quarta posição.

Raikkonen, o burocrático, chegou em quinto. Uma boa corrida de recuperação, mas ainda muito aquém do nível de Vettel na Ferrari, assim como o compatriota na Mercedes. A dupla da Force India conseguiu acumular mais pontos, com Ocon em sexto e Pérez em sétimo. O mexicano quis se assanhar para atacar o francês, mas a equipe disse "não", tendo em vista o retrospecto recente de ambos. A dupla da Haas também teve um bom desempenho e conseguiram pontuar juntos, uma raridade. Boa corrida de Magnussen, o oitavo, e Grosjean, o nono. Massa lutou para conquistar seu pontinho, também um resultado aceitável para a Williams.

Foto: Getty Images
Hulkenberg perdeu a chance de fazer bons pontos ao ter um problema em sua asa móvel. E, como sabemos, se o alemão não pontua, a Renault também não pontua. Por isso que resolveram demitir Palmer antes do fim da temporada, o que era até especulado nos últimos meses. Com isso, Carlos Sainz, que bateu logo na primeira volta, já irá assumir o cockpit francês na próxima corrida, em Austin. Em um efeito dominó, Kvyat (!!) estará de volta a Toro Rosso, fazendo dupla com Gasly, simulando o que virá por aí em 2018 provavelmente, ainda sem o motor Honda.

A cara de Vettel na foto diz tudo. A briga pelo título na F1 chegou no anticlímax. Faltam menos de três semanas para o fim da temporada. Tudo está tão claro, como dois e dois são quatro, digo, é tetra.

Confira a classificação final do GP do Japão:


A Fórmula 1 retorna daqui duas semanas no Grande Prêmio dos Estados Unidos, que será realizado nos dias 20, 21 e 22 de outubro. Até lá!

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

NO DETALHE

Foto: Reprodução
E nesse esquenta para o qualyfing do Grande Prêmio do Japão, serei sucinto. Até porque não teve muita coisa.

No único treino que dá para comentar algo, a Ferrari de Vettel foi a mais veloz. Entretanto, Ferrari, Red Bull e Mercedes estão muito próximas uma da outra, e isso merece dar muita atenção para o disputado GP disputado no veloz traçado de Suzuka e difícil de se ultrapassar. Portanto, o qualyfing pode fazer a diferença e será decidido no detalhe.

Na chuva, as coisas ficam mais embaralhadas ainda. No segundo treino livre, apenas cinco carros marcaram voltas rápidas. Hamilton liderou, mas não dá para avaliar muito, a não ser que tudo fica mais incerto do que nunca. Vettel disse que tem condições para vencer as cinco provas restantes. Não duvido disso. A Ferrari mostrou em Cingapura, na Malásia e agora dá indícios no Japão.

Foto: Getty Images
Os fatos do dia foram a forte pancada de Carlos Sainz no TL1 e Bottas ter trocado o câmbio, o que lhe irá custar cinco posições no grid e um a menos no caminho entre Hamilton e Vettel. Sainz saiu do grampo da curva 11 quando mordeu a zebra, perdeu a traseira do carro e foi projetado com força conta a barreira de proteção. Apesar da destruição no carro, o espanhol nada sofreu. O problema é que Sainz terá de pagar 20 posições de punição pela troca de diversos componentes do motor (6º MGU-H, 5º motor a combustão e 5º turbo).

Se em condições normais está tudo embaralhado, imagina com uma chuvinha no treino e/ou na corrida? Vai ser de arrepiar!

Até!

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

GP DO JAPÃO - Programação

O Grande Prêmio do Japão foi disputado pela primeira vez em 1976, em Fuji. Foi disputada novamente em 1977 e ficou fora da categoria por 10 anos, até retornar com a pista de Suzuka em 1987. Desde então, o Japão sempre sediou um GP por ano na Fórmula 1.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:31.540 (McLaren, 2005)
Pole Position: Felipe Massa - 1:29.599 (Ferrari, 2006)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1997, 2000, 2001, 2002 e 2004)

FALHAS DA FERRARI IRRITAM MARCHIONNE

Foto: Getty Images
O fato de a equipe ter desperdiçado duas vitórias quase certas em Cingapura e na Malásia irritou o chefão Sergio Manchionne.

- Nossos dois carros poderiam ter vencido a corrida de ontem. Isso é um fato. Poderia ter sido o mesmo em Cingapura, isso é outro fato. Outro fato é que nós tivemos problemas com os nossos motores porque temos um time novo cuidando dessa área, mas também por termos algumas peças que não estão no nível certo para um carro de corrida - comentou para o jornal italiano "La Gazzetta dello Sport".
O mandatário também disse que irá tomar providências nos setores responsáveis pela unidade de potência do SF70H.

- Estamos mexendo agora na parte de produção, mas também promovendo algumas mudanças na nossa organização. Ter esse problema na corrida nos deixou bem bravos. Não é um problema tão grande quando um defeito desses acontece na fábrica, durante os testes, mas é muito feio quando você está no segundo lugar do grid e simplesmente não consegue largar - finalizou.

O presidente da Ferrari costuma fazer várias alterações durante o ano. Ele cobra bastante, assim como a caótica imprensa italiana, que deseja a cabeça de Maurizio Arrivabene em uma bandeja desde o ano passado. Uma questão interessante: o fato de a Ferrari ter a necessidade de ser a pole, andar na frente e vencer não fez com que a equipe desse tudo de si e ficasse propensa a falhas como essa?


O que parece claro, no entanto, é que o conjunto da Ferrari é mais frágil que o da Mercedes, e essas falhas estão causando uma desvantagem enorme no Mundial de pilotos. Para que Vettel conquiste o penta, isso deverá ser equacionado com urgência. Ah, e ter um pouco mais de sorte também, por que não?

HORNER COMPARA VERSTAPPEN A VETTEL

Foto: Getty Images
O chefão da Red Bull, que trabalha com um e já trabalhou com outro, pontuou similaridades entre os dois como piloto, apesar de suas personalidade serem bastante distintas.

Ao Motorsport, Horner afirmou que “Sebastian era muito forte sob grande pressão, e Max também tem essa habilidade. Ele estava muito tranquilo liderando a corrida. Ele era o cara mais tranquilo de todos.”

O dirigente complementou dizendo que “é possível ver que, sob pressão, ele realmente entrega em um nível altíssimo, e suas performances neste ano, especialmente aos sábados, têm sido muito impressionantes.”

No final, Horner também se disse satisfeito com Daniel Ricciardo e afirmou que a Red Bull está muito bem servida de pilotos.

Palavra de quem entende. No início da carreira, Vettel também colecionou alguns incidentes e isso quase lhe custou o título de 2010, por exemplo. Por ser jovem, é normal Verstappen ainda apresentar um comportamento errático. Todavia, o talento dos dois estão ali. Talvez por isso Vettel respeite demais o holandês. O enxerga como uma ameaça para o futuro, quando a Red Bull for capaz de brigar pelo título.


A diferença, é claro, é que Vettel já está estabelecido e não precisa provar mais nada. Verstappen ainda tem uma nuvem de desconfiança que paira sobre sua cabeça e precisará lidar com isso nos próximos anos até que conquiste seus títulos mundiais. Cada um no seu estilo, ambos são pilotos espetaculares e extremamente competitivos. Rivalidade para o futuro?

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 281 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 247 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 222 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 177 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 138 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 93 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 76 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 57 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 48 pontos
10- Nico Hulkenberg (Renault) - 34 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 33 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 32 pontos
13- Romain Grosjean (Haas)-  26 pontos
14- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
15- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
16- Fernando Alonso (McLaren) - 10 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 503 pontos
2 - Ferrari - 385 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 270 pontos
4 - Force India Mercedes - 133 pontos
5 - Williams Mercedes - 65 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 52 pontos
7 - Renault - 42 pontos
8 - Haas Ferrari - 37 pontos
9 - McLaren Honda - 23 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO:



terça-feira, 3 de outubro de 2017

O QUE SOBROU DA WILLIAMS

Foto: Motorsport
Desde o início da temporada o foco da Williams está em 2018, ano do novo regulamento e a primeira temporada onde Paddy Lowe e seu staff irão trabalhar no carro do time de Grove. Com o know-how de ter sido campeão na Mercedes, é um bom indicativo para a equipe inglesa possa evoluir na aerodinâmica e não só depender do potente motor Mercedes, que deu resultado efetivo apenas em 2014. Com desconto para o uso do motor alemão, uma nova equipe para construir um novo carro para um novo regulamento para o ano que vem, as coisas parecem promissoras, não?

Bem... só falta o principal: pilotos. Sim, no plural. Esqueça: Stroll permanecerá na Williams até quando Sr. Lawrence cansar de queimar dinheiro. Ou seja, resta uma vaga, a mais importante disponível na F1 para o ano que vem, diante do fato que Ferrari, Red Bull, Mercedes, Renault, Force India e McLaren estão com seus cockpits definidos.

Felipe Massa está com sua posição ameaçada e corre sério risco de ser aposentado outra vez, agora sem direito a um retorno triunfal surpreendente. A questão é que o brasileiro vem perdendo rendimento nas últimas corridas e está próximo da façanha de ser ultrapassado pelo estreante rico no campeonato. O experiente brasileiro permaneceu na Williams para ser uma espécie de "tutor" de Stroll. Agora, a partir do momento em que Lance começa a superá-lo nos pontos, Massa já teria concluído sua missão nesse retorno à categoria e poderia ser descartado. Afinal, Stroll teria em seu currículo logo no primeiro ano de F1 superado um vice-campeão mundial. Nada mal, se não fosse por acasos e ordens de equipe como a realizada na última corrida, na Malásia.

Foto: LAT Images
Bom, e se Massa sair (o que acho provável), quem seria o seu substituto? Vamos com os candidatos: Paul di Resta. Sim, ele mesmo. O escocês ressuscitou na categoria ao substituir o brasileiro na Hungria. Não pode fazer muita coisa porque estava fora da F1 há quatro anos e entrou numa fria, num cockpit pequeno (ele é maior que Massa) e sem nunca ter andado com as novas unidades híbridas da F1. Bem, parece que ele impressionou o time de Grove e seria uma indicação de Sr. Lawrence. Nessas condições, seria mais um adversário fácil para Stroll vencer sem mais incomodações em seu segundo ano na F1. Se Di Resta quando mais jovem não empolgou durante os anos em que esteve na Force India, seria muito improvável conseguir fazer algo a essa altura da carreira, convenhamos.

Possível parceiro de Stroll para 2018. Foto: F1
Candidato dois: Robert Kubica. Depois de flertar com a Renault e ver Sainz pegar sua suposta vaga, as notícias envolvendo o polonês diminuíram justamente depois de seu teste coletivo pela equipe francesa na Hungria, em agosto. A informação de bastidores é que Kubica continua veloz, mas com stints inconsistentes para se manter competitivo na F1. Realmente, dirigir praticamente com uma mão só deve ser muito difícil, ainda mais afastado da categoria desde 2010. Dizem que Sr. Lawrence não deseja Kubica na equipe por dois motivos. 1) O polonês é naturalmente talentoso e 2) Mesmo bem longe de suas melhores condições físicas seria capaz de vencer Stroll, o que pegaria mal para o canadense. Como já escrevi antes, o retorno de Kubica seria fantástico para a F1, a questão é que sua real condição nesse momento é uma grande incógnita e ninguém parece, a princípio, disposto a embarcar nessa aposta.

Imagine um macacão da Williams aí? É possível. Foto: LAT Images
E a alternativa três surgiu de forma concreta nesse fim de semana. Toto Wolff, chefão da Mercedes, disse que Pascal Wehrlein é um dos candidatos a vaga da Williams. Ora, a equipe inglesa usa o motor alemão com um desconto... teria Toto, ex-sócio de Grove, poder de indicação? Ele diz que não. Também acho improvável, ainda mais com papai Stroll no comando... Outra situação que é um empecilho para a vida do jovem piloto alemão é o fato de a Martini, principal patrocinadora da Williams, exigir que um de seus pilotos tenha mais de 25 anos para que possa participar das campanhas de publicidade da empresa. Stroll tem 18 e Wehrlein 22. Ou seja, seria inviável. Entretanto, se o piloto reserva cumprisse esses requisitos, não haveria mais nenhum problema. Wehrlein vive situação parecida na Sauber. Prestes a ser substituído por Charles Leclerc, o talentoso alemão não teria condições de mandar Ericsson embora, o que seria o natural, pelo fato da Tetrapak mandar na Sauber e ser um dos patrocinadores do piloto.

Depois de pontuar com as duas piores equipes do grid, Pascal pode ganhar a grande chance da carreira. Foto: F1 Fanatic
Resumindo: é muito triste ver que a Williams, uma das três equipes mais tradicionais da F1 e que dominou os anos 1990, esteja nas mãos de um milionário canadense e se transformado em um playground de rico. Certamente Frank se arrepende de ter dispensado tantos grandes pilotos anteriormente como Hill, Mansell e Villeneuve pelo fato de que importava apenas o título de construtores para ter nos últimos anos pilotos como Maldonado e Nakajima. Desde a saída da BMW que os ingleses viraram coadjuvantes, apenas voltando a ter um leve brilhareco agora.

Se a equipe tem um bom material humano de engenheiros e saúde financeira para fazer um bom carro para 2018, certamente faltará pilotos capazes de extrair esse potencial, independente da escolha que será feita e que não fugirá desses nomes. O melhor seria dar uma chance para Wehrlein pelo trabalho do alemão nos dois últimos anos. Entretanto, Wehrlein e Stroll não é uma dupla compatível com a história da Williams. Minha segunda opção seria manter Felipe Massa porque Robert Kubica é uma incógnita e não existiria nenhum sentido o retorno de Paul di Resta para a categoria, mesmo que seja para levantar o hype de Stroll, isso seria muito feio.

Ou seja, o destino da icônica Williams está nas mãos e no dinheiro de Sr. Lawrence, que irá escolher ou um piloto aposentado, uma incógnita de um braço só ou uma jovem promessa. Independente da decisão, os ingleses sairão perdendo e Stroll será beneficiado. E o pai Lawrence está errado em querer o melhor para o filho? Claro que não, ainda mais que isso envolve muito dinheiro...

Qual a sua opinião?

Até mais!