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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

MELHORES MOMENTOS

 

Foto: Divulgação/ Red Bull

Vai ser bem curto. Ainda não assisti a corrida e talvez não assista a reprise, algo que seria pessoalmente inédito em dez anos. Ainda não sei o porquê, mas vamos lá, que as últimas horas foram intensas, malucas e emocionantes.

Pelo que li, a Mercedes estava no páreo para brigar pela vitória. No primeiro stint, Hamilton estava próximo de Verstappen. A Red Bull é um carro tão avassalador que o ritmo, de macios, foi duradouro.

Os alemães reclamaram que os compostos eram duros demais, mas a verdade é que a Mercedes deve nas estratégias. Os taurinos sempre levam vantagem na leitura da corrida e no segundo stint, com os pneus duros, Hamilton não teve o que fazer. Foi mais um passeio de Max.

Quatorze vitórias no ano. Recorde em uma temporada. Max Verstappen já é histórico, assim como a Red Bull. 16 vitórias em 19 corridas. Um domínio impressionante e acachapante. Não deu para Pérez tentar vencer em casa, mas outro pódio foi o suficiente para fazer os mexicanos delirarem de alegria pelo herói local. No próximo ano, quem sabe?

A Ferrari virou terceira força, de fato. Que papel coadjuvante e deprimente nesse final de temporada. Deu a lógica: os italianos perdem a força durante o ano e a Mercedes naturalmente se recupera do prejuízo e ganha terreno. Será o suficiente para ganhar uma das duas provas que faltam para não saírem zerados em 2022?

Outro destaque pelos melhores momentos foi Daniel Ricciardo. Mesmo atropelando Tsunoda, por algum motivo o australiano conseguiu um bom sétimo lugar, o melhor do resto. Foi no México que Ric fez a última pole dele com a Red Bull, então é um palco que ele pode se dar bem. O estilo casa.

Alonso e seu azar habitual, além de Ocon e Norris, os regulares, nos pontos, e Bottas no top 10. Fazia tempo que o finlandês não pontuava.

O México mostra a força avassaladora da Red Bull, no ritmo, na estratégia e no talento de Max Verstappen.

Se no início nós imaginávamos outra guerra com a Mercedes, o 2022 mostrou um Max mais completo e maduro, sem o fantasma e a pressão do primeiro título. Sim, Verstappen já está na prateleira dos grandes pilotos da história. 2022 é um ano espetacular para o bicampeão.

Até!


sexta-feira, 28 de outubro de 2022

MOVIMENTOS

 

Foto: Jared C. Tilton/ Getty Images

Mais anúncios e reviravoltas nesse final de semana tão decisivo, onde a corrida vai ficar em segundo plano, menos para os mexicanos e Checo Pérez. A Red Bull vai trabalhar para que Checo vença em casa? Max vai cooperar? Tomara que sim, mas precisamos ver o que vai acontecer.

A falta de critério da FIA é assustadora. Os comissários aceitaram um protesto da Haas que foi feito depois do tempo. Com isso, Alonso recuperou o sétimo lugar que conquistou em Austin. Como os comissários fizeram uma presepada? Como eles consideraram perigoso o carro da Alpine permanecer na pista se nenhum aviso foi dado durante a corrida?

Pelo menos tiveram o bom senso de assumir o erro e seguir em frente, mas a impressão que dá é que a FIA está refém de tantas regras esdrúxulas que não consegue mais gerir com bom senso tudo o que compõe uma corrida de automóveis. Isso precisa ser urgentemente revisto, porque há muitos erros, interpretações confusas e polêmicas que sugam os fãs para as letras miúdas do regulamento ao invés das disputas de pista.

Nessa semana, tivemos o anúncio oficial da chegada da Audi para a F1 a partir de 2026, numa parceria com a Sauber. Ainda só confio e acredito vendo, daqui quatro anos. No entanto, a oportunidade sorriu para os suíços: depois da parceria e o nome da Alfa Romeo, o ex-time de Peter tem a grande chance de voltar a sonhar com algum destaque na F1, relembrando o sucesso com a BMW, que permitiu até hoje a única vitória da equipe na categoria.

Com o know how, estrutura e investimento dos alemães, pode ser que surja uma nova força formidável e interessante para o médio/longo-prazo da F1. Escreverei sobre isso em um post específico, mas a impressão é de ânimo e confiança com esse anúncio.

Na pista, no Hermanos Rodríguez, a mesma estrutura da semana passada, em Austin: o primeiro treino teve muitos novatos e substituições, como Pietro Fittipaldi, a estreia de Doohan na Alpine (e Piastri chupando dedo), Liam Lawson, Logan Sargeant e De Vries (agora na Mercedes!).

Zhou teve problemas, assim como Pietro Fittipaldi. O brasileiro, ao menos, conseguiu andar um pouco. No entanto, deve ser frustrante esperar tanto e, quando chega a hora, acontece alguma coisa com o carro. Liam Lawson, o outro novato da Red Bull/Alpha Tauri, também teve problemas no finalzinho do treino.

Sem ter o carro dominante, o motor da Red Bull domina o México há anos. Agora que são bicampeões, parece improvável que os adversários façam alguma concorrência, embora a diferença entre os tempos seja bem pequena e exista um equilíbrio, aparentemente.

Mesmo assim, a Ferrari fez dobradinha no TL1, com Sainz e Leclerc, seguidos pela Red Bull, Hamilton e Alonso. Com muitas retas e altitude considerável, o motor faz a diferença na corrida mexicana.

No TL2, mais testes de 1h30 com a Pirelli. E outra batida de Leclerc. Se pode servir de alento para Ferrari, é melhor bater na sexta do que no final de semana. Claro que a batida forte de traseira pode ser trabalhosa para os mecânicos, mas também pode encerrar a cota. A classificação pode estar em perigo, mas a temporada acabou mesmo. O que é mais um erro ou frustração para a Ferrari de 2022, mesmo?

Eu achava Leclerc mais completo que Verstappen, até escrevi sobre isso. No entanto, o tempo mostrou que um evoluiu e o outro não. Leclerc é até um piloto naturalmente mais veloz, mas é muito inconstante. Erra demais nos momentos decisivos, bate sozinho, se martiriza, faz um drama.

Na posição que está, precisa ser mais calmo, seguro e consistente, Já são cinco temporadas na F1. Não é mais nenhum garoto, embora seja jovem. É um ponto que o monegasco vai precisar mudar para romper a barreira entre bom piloto para alguém capaz de ser campeão.

No final do treino, Zhou teve um problema e o treino terminou em bandeira vermelha, assim como na primeira sessão.

Russell foi o mais rápido porque foi um dos poucos que pode usar os compostos atuais, mais velozes. No entanto, há equilíbrio no México: em voltas rápidas, Red Bull, Ferrari e Mercedes não estão tão distantes. A diferença vai ser o ritmo de corrida e aí os taurinos sobram.

A expectativa é grande para Checo Pérez fazer história em casa. O azar do México nesse ano, para nós brasileiros, é o timing. Final da Libertadores e Eleições. Certamente vai ser complicado para mim assistir ao vivo, mas vai ser aquela tensão saber dos pormenores enquanto o futuro do país está em jogo.

E que o México também exploda em felicidade com o herói local.

Confira a classificação dos treinos livres:





Até!



quinta-feira, 27 de outubro de 2022

GP DO MÉXICO: Programação

 O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Em 2015, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria. Em 2020, o circuito ficou ausente em virtude do Coronavírus, retornando ao calendário em 2021.

Foto: Wikipédia


ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)
Pole Position: Daniel Ricciardo - 1:14.759 (Red Bull, 2018)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Max Verstappen (2017, 2018 e 2021) - 3x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 391 pontos (CAMPEÃO)
2 - Charles Leclerc (Ferrari) - 267 pontos
3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 265 pontos
4 - George Russell (Mercedes) - 218 pontos
5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 202 pontos
6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 198 pontos
7 - Lando Norris (McLaren) - 109 pontos
8 - Esteban Ocon (Alpine) - 79 pontos
9 - Fernando Alonso (Alpine) - 65 pontos
10- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 46 pontos
11- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 38 pontos
12- Daniel Ricciardo (McLaren) - 29 pontos
13- Kevin Magnussen (Haas) - 26 pontos
14- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 23 pontos
15- Lance Stroll (Aston Martin) - 13 pontos
16- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 13 pontos
17- Mick Schumacher (Haas) - 12 pontos
18- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 6 pontos
19- Alexander Albon (Williams) - 4 pontos
20- Nicholas Latifi (Williams) - 2 pontos
21- Nyck De Vries (Williams) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Red Bull RBPT - 656 pontos (CAMPEÃ)
2 - Ferrari - 469 pontos
3 - Mercedes - 416 pontos
4 - Alpine Renault - 144 pontos
5 - McLaren Mercedes - 138 pontos
6 - Alfa Romeo Ferrari - 52 pontos
7 - Aston Martin Mercedes - 51 pontos
8 - Haas Ferrari - 38 pontos
9 - Alpha Tauri RBPT - 36 pontos
10- Williams Mercedes - 8 pontos

CULPADO

Foto: Divulgação/Aston Martin

A Aston Martin foi uma das equipes que ultrapassou o teto de gastos de 2021. Diferentemente da Red Bull, que nega as acusações, a equipe de Lawrence Stroll parece diposta a entrar em um acordo com a FIA.

Assumir a culpa é estar disposta a receber a punição devida. O chefão, Mike Krack, revelou conversas com a entidade durante o fim de semana do GP dos EUA, em Austin:

Acredito que é algo que vamos tentar concluir nas próximas semanas. Tivemos algumas conversas com eles no final de semana, mas estou bastante confiante de que vamos resolver isso em breve", disse.

Segundo informações de bastidores, a questão da Aston Martin é a seguinte: os ingleses teriam cometido "descumprimento processual relacionado a uma série de protocolos administrativos de contabilidade, resultado de variações na interpretação regulatória." 

A Williams, segundo a própria FIA, também teve uma quebra prévia no orçamento, devidamente acertada com a Administração do Teto de Gastos em maio, durante o GP da Espanha.

 "Isso nos mostra o que é preciso fazer para melhorar o trabalho no futuro, para não termos esses problemas. Mas ao final do dia, acredito que o mais importante é que estávamos dentro do teto. O resto é processual", completou Krack.

Segundo a Autosport, a equipe e a FIA estão próximas de formalizar um acordo. A Aston Martin aceitaria um Acordo de Violação pela Infração, que é admitir o erro e aceitar qualquer penalização que a Federação possa aplicar.

Muito juridiquês e interpretações. Numa regra nova, pormenores como esse podem ser comuns de haver um desacerto. No entanto, sete das outras dez equipes cumpriram corretamente o acordo, então não justifica. 

Mesmo sendo inocente num mundo competititivo tão desleal e agressivo, acredito que a Aston Martin não fez por mal, tanto é que essa violação não ficou traduzida nos desempenhos na pista, pelo contrário. O time de Stroll ainda está muito distante do investimento que faz e das condições que tem no atual grid da F1.

INOCENTE

Foto: Getty Images

Com os títulos definidos, a única pendência da Red Bull que sobrou em 2022 é a questão da possível quebra no teto de gastos em 2021.

Para o bicampeão Max Verstappen, a equipe não será punida.

“Nós sabíamos que estava vindo [o relatório de gastos]. Mas de nosso lado, realmente acreditamos que está tudo certo. Vamos ver no momento certo, se chegarmos a esse ponto”, comentou.

Para Sérgio Pérez, a verdade é que as outras equipes estão utilizando de todas as artimanhas possíveis para frear a superioridade dos taurinos, sobretudo a que está sendo vista nesse ano.

“Obviamente, vou deixar para minha equipe resolver isso junto à FIA. Mas no fim do dia, sempre existem equipes que querem tirar performance de você, especialmente quando você está ganhando. Então, é parte do esporte e sempre foi assim. Só acho que é uma situação normal, e no fim, os fatos vão surgir e as pessoas vão entender a situação”, disse.

Bom, quem decide é a FIA e a própria Red Bull admite o erro. A questão é o tamanho do prejuízo. Financeiro? Com certeza. Técnico? Talvez. E se todo o trabalho de superioridade dos taurinos foi construído através de uma irregularidade? Não sabemos. 

E se, igual a Ferrari e o acordo dos motores, a Red Bull surgir em 2023 igual a Mercedes desse ano, com muito menos rendimento? São as consequências de burlar um regulamento, mesmo que talvez não houvesse a intenção totalmente maldosa em ferir a situação, se é que isso existe em um ambiente altamente competitivo como a F1.

TRANSMISSÃO:
28/10 - Treino Livre 1: 15h (Band Sports)
28/10 - Treino Livre 2: 18h (Band Sports)
29/10 - Treino Livre 3: 14h (Band Sports)
29/10 - Classificação: 17h (Band Sports)
30/10 - Corrida: 17h (Band Sports)

domingo, 7 de novembro de 2021

LARGADA PARA O TÍTULO

 

Foto: Getty Images

A corrida de Hermanos Rodríguez seria decidida na largada, e assim foi. No sábado, a Mercedes tirou um coelho da cartola e a Red Bull se atrapalhou. O troco veio antes mesmo da primeira curva.

A reta longa na largada podia permitir o vácuo e isso que aconteceu. Max Verstappen se livrou das duas Mercedes. Bottas, o pole, no meio do caminho foi acertado por Ricciardo e os dois ficaram próximos praticamente a corrida inteira. O finlandês só serviu, depois de muitas tentativas, para roubar o ponto de volta mais rápida de Max. Corrida definida.

Dali em diante, Max só teve a tranquilidade para vencer pela 9a vez no ano e abrir 19 pontos de vantagem para Hamilton. O inglês sofreu, fez o que pode e conseguiu reduzir os danos, ficando em segundo. Pérez queria a dobradinha mas ainda assim conseguiu um feito histórico: o primeiro mexicano na história a fazer pódio no país. Nem os Hermanos Rodríguez conseguiram tal feito. Festa dele, da torcida e principalmente do pai, acompanhado do neto. Uma linda cena que coroou toda a festa e ânimo do público mexicano durante o final de semana. O público merecia um circuito mais emocionante, aliás.

Foto: Getty Images

De resto, a corrida não teve emoções, mas sim destaques. Gasly, mostrando a força da Honda em um ótimo quarto lugar. A Ferrari, cada vez mais sólida com Leclerc e Sainz, ultrapassando a McLaren nos construtores e em queda livre, que somou apenas um ponto. Além deles, os veteranos em uma grande tarde: Vettel, Raikkonen e Alonso no top 10. Sempre bom frisar que pode ser os últimos pontos do IceMan na carreira, agora faltando quatro etapas para o fim.

Em Interlagos, a vantagem também é da Red Bull, mesmo com menor altitude em relação ao México. O retrospecto de Hamilton também não é bom, mesmo se sentindo em casa. Semana que vem, nós podemos estar testemunhando a continuação do trajeto de Max Verstappen rumo ao título. Em linhas racionais, parece cada vez mais difícil evitá-lo. É possível acreditar somente, é claro, no imponderável: um acidente, um problema no carro, uma troca no motor que Max provavelmente vai fazer até o fim...

No México, Max começou de fato a largada rumo ao título inédito.

Confira a classificação final do GP do México:


Até!

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

A CHANCE DE MAIS UM PASSO

 

Foto: Getty Images

A F1 volta ao México mostrando que, a princípio, a Red Bull mantém o ótimo desempenho que vinha tendo na Cidade do México nos últimos anos, apesar da última corrida no Hermanos Rodríguez ter sido vencida por Lewis Hamilton.

Apesar do primeiro treino ter Valtteri Bottas como o mais veloz, estava todo mundo se adapatando e emborrachando a pista. No TL2, com condições melhores e os carros também fazendo stints, Max Verstappen sobrou. É claro que não podemos descartar que a Mercedes ressurja quando realmente valer. Os alemães estavam bem confiantes durante a semana.

Piloto da casa, Pérez não tem um bom histórico, mas vai brigar pelo pódio. No primeiro treino, rodou na última curva e danificou a traseira, assim como o Leclerc. Russell e Ricciardo não participaram do TL2 com problemas no câmbio. Assim como a Red Bull, a Alpha Tauri com o motor Honda apresenta um desempenho muito satisfatório e vai brigar pelas primeiras posições. Na disputa particular com a McLaren, a Ferrari parece em vantagem, enquanto os ingleses apresentam uma queda no desempenho.

Se a Mercedes tem potencial para crescimento e surpreender nós saberemos a partir de amanhã, mas do jeito que as coisas andam, a Red Bull, Max Verstappen e Sérgio Pérez têm grandes possibilidades de terem um final de semana triunfante no México, aumentando a vantagem no campeonato e se aproximando do título mundial.

Confira os tempos dos treinos livres:




Até!


quinta-feira, 4 de novembro de 2021

GP DO MÉXICO: Programação

 O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Em 2015, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria. Em 2020, o circuito ficou ausente em virtude do Coronavírus, retornando ao calendário em 2021.

Foto: Getty Images

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)

Pole Position: Daniel Ricciardo - 1:14.759 (Red Bull, 2018)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Jim Clark (1963 e 1967), Alain Prost (1988 e 1990), Nigel Mansell (1987 e 1992), Max Verstappen (2017 e 2018) e Lewis Hamilton (2016 e 2019) - 2x


CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 287,5 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 275,5 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 185 pontos
4 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 150 pontos
5 - Lando Norris (McLaren) - 149 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 128 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 122,5 pontos
8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 105 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 74 pontos
10- Fernando Alonso (Alpine) - 58 pontos
11- Esteban Ocon (Alpine) - 46 pontos
12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 36 pontos
13- Lance Stroll (Aston Martin) - 26 pontos
14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 20 pontos
15- George Russell (Williams) - 16 pontos
16- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos
17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 6 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 460,5 pontos
2 - Red Bull Honda - 437,5 pontos
3 - McLaren Mercedes - 254 pontos
4 - Ferrari - 250,5 pontos
5 - Alpine Renault - 104 pontos
6 - Alpha Tauri Honda - 94 pontos
7 - Aston Martin Mercedes - 62 pontos
8 - Williams Mercedes - 23 pontos
9 - Alfa Romeo Ferrari - 7 pontos

MAMA ÁFRICA

Foto: Getty Images

Com o calendário 2022 definido e cada vez mais cheio de corridas, Lewis Hamilton tem um desejo pessoal.

Apesar da F1 optar pelos mercados do Oriente Médio e agora dos Estados Unidos, o heptacampeão gostaria do retorno de uma corrida na África do Sul, que já sediou corridas entre 1968 e 1993.

“O lugar que eu realmente sinto que pertence ao meu coração e que é muito importante para mim é a África do Sul. Acho que há muito interesse por aí, e seria ótimo poder destacar o quão bonita é a Pátria-mãe”, disse Hamilton, em entrevista coletiva.

De fato, a África é o único continente sem corridas desde então. A popularidade de Hamilton e o significado histórico seriam muito importantes para voltar a fomentar a categoria por lá. Vai depender, é claro, do interesse da Liberty e do próprio país, além da grana, é claro.

Bom, se dependesse da Liberty, só teríamos corridas no Oriente Médio e nos Estados Unidos, de preferência nas grandes avenidas e centros urbanos.

WILLIAMS SEM TESTES

Foto: Reprodução/Williams

Com um novo regulamento a partir do ano que vem, a construção dos carros será diferente, incluindo pneus de 18 polegadas. Após o final da temporada, os testes de Abu Dhabi vão servir para justamente testar os pneus nesse carro "teste" (ou "mula", como é chamado), mas terá a ausência da Williams.

A justificativa é simples: a equipe ainda não tem pronto um modelo do novo carro, segundo Dave Robson, chefe de performance da equipe.

“Infelizmente, não faremos nada. Não testaremos lá porque não temos um carro de teste e isso nos impede de participar. Meu entendimento é de que se você não tem um carro para testes, você não está permitido a participar. Então, não estaremos lá”, disse.

A razão é financeira. A Williams, ainda em recuperação, entendeu que não valia o esforço para construir um carro até dezembro. São escolhas e com consequências: a equipe já admite começar 2022 em desvantagem.

“O que perderemos? Provavelmente começaremos os testes de inverno um pouco atrás, eu acho. Mas eu espero que, se o carro estiver andando bem, nós estejamos prontos para alcançá-los rapidamente. Gostaríamos de estar no teste, mas não estamos. De qualquer jeito, não estaremos muito atrás quando as corridas começarem”, frisou.

Escolhas, escolhas. Ficar atrás logo no início de um novo regulamento técnico signfica, em tese, um exercício penoso para correr atrás do prejuízo. Só ver que apenas em 2021 a Mercedes está, de fato, com chances de perder o título de pilotos para outra equipe. A Williams parece ciente dos riscos, vamos ver quem será o profeta.

TRANSMISSÃO:
05/11 - Treino Livre 1: 14h30 (Band Sports)
05/11 - Treino Livre 2: 18h (Band Sports)
06/11 - Treino Livre 3: 14h (Band Sports)
06/11 - Classificação: 17h (Band e Band Sports)
07/11 - Corrida: 16h (Band)


sexta-feira, 24 de julho de 2020

IDAS E VINDAS

Foto: Getty Images
O que era uma obviedade agora tornou-se oficial: em 2020, a Fórmula 1 não vem para as Américas. Brasil, Estados Unidos, México e Canadá terão que esperar por 2021.

O caso dos três primeiros é óbvio: os casos e óbitos decorrentes do coronavírus não estão perto de diminuir, e uma longa viagem com o risco de exposição a doença assusta o circo. O Canadá, em situação diferente, não valeria a pena para as equipes viajar apenas para uma corrida no continente - o que inclui equipamentos, motorhomes, etc.

O futuro do Grande Prêmio do Brasil é uma incógnita. 2020 é o último ano de contrato com Interlagos e um acordo parece distante. O pior: o tal autódromo de Deodoro, que tomara que nem saía do papel, é o favorito, mas alguém realmente acha que esse monstrengo não vai levar no mínimo alguns bons anos para ficar pronto?

Perder Interlagos, um dos circuitos mais tradicionais da história, presente na categoria desde 1972, é um crime. Alguém precisa avisar isso para o bigodudo. Além disso, o traçado permitiu ao longo da história momentos inesquecíveis. Alguns milhões de dólares não podem ser suficientes para acabar com essa história em um dos mercados mais valiosos e com mais espectadores do esporte. O país não se resume ao Rio de Janeiro.

Bom, a FIA já definiu suas substitutas, e teremos retornos e novidades. Ímola e Nurburgring, ausentes desde 2006 e 2013 respectivamente, estão de volta para o GP da Emilia Romagna e GP do Eifel. Com isso, a Itália, que no início do ano era o epicentro do covid, vai terminar 2020 realizando três corridas. No circuito italiano, uma novidade: apenas dois dias de atividades (sábado e domingo, com um só treino livre).

Foto: Getty Images
A grande novidade é a estreia do Autódromo de Algarve em Portimão, Portugal. O país volta a receber a F1 depois de 24 anos, mas agora não em Estoril. Ele foi reformado em 2008 e chegou a receber, na época, testes privados de Toyota, Honda e a McLaren de Lewis Hamilton, na foto acima.

Como escrevi anteriormente, uma coisa boa disso tudo são esses circuitos "diferentes" retornando e/ou estreando na F1, dando lugar a outros lugares chatos e sem graça na mesma ordem que estamos acostumados. Infelizmente, dessa vez, Interlagos vai fazer falta e o Brasil, que não tem perspectivas de um piloto retornar a categoria, agora vive com a incerteza se vai sediar alguma corrida no curto/médio-prazo.

Nas próximas semanas, a FIA também deve anunciar duas corridas no Bahrein e a etapa final, em Abu Dhabi. E para 2020 está bom demais. Entre idas e vindas, o Brasil perde e a F1... bem, não sei se ganha. Ao menos serão paisagens e traçados diferentes para acompanharmos pela TV.

Até!

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

CONSEQUÊNCIAS

Foto: Getty Images
A FIA estragou mais uma corrida com decisões imbecis. Era só anular a volta de Verstappen e estava tudo certo. No entanto, me parece que não foi apenas uma questão técnica, mas sim disciplinar, de mostrar quem manda. Ao debochar do fato na coletiva, Max foi condenado e punido mais pela justiça de ter um ato burro e imbecil do que qualquer outra coisa. Da pole ao quarto lugar, já era uma corrida comprometida.

Alguém que já é inconsequente sente-se vítima de injustiça e vai para a largada com tudo. Vettel esbarra Hamilton, que divide e esbarra Max, que dá uma batida leve no inglês e perde posições. Ao fazer uma bela ultrapassagem diante de Bottas, o finlandês atinge o pneu traseiro esquerdo e um furo de pneu abrevia as chances de Max, obrigado a se contentar com um sexto lugar. Tudo isso em virtude das consequências de ações equivocadas. Não dá para falar mais em imaturidade. Tentou ser malandro e foi apenas burro. O holandês desperdiçou uma chance de vitória que dificilmente irá aparecer outra vez para a Red Bull neste ano.

Voltando para a corrida. Ninguém esperava que os pneus durassem tanto. Por isso a estratégia eram duas paradas. Leclerc, o líder, e Albon, o terceiro, fizeram isso. Vettel, buscando uma nova alternativa, seguiu na pista, assim como Bottas, que o marcou. Hamilton parou logo depois do monegasco e, diferentemente dele e do tailandês, colocou os pneus duros. O diferencial.

Com o passar do tempo, ficou nítido que os pneus não se degradaram tanto. Ricciardo andou quase 50 voltas com os duros até fazer a única parada. Vettel e Bottas botaram os duros até o final, enquanto Albon e Leclerc foram obrigados a parar por terem repetido o pneu da largada. Mais um grande erro da Ferrari com o jovem, além de terem perdido tempo nos pits.

Hamilton, mesmo desgastado, controlou a vantagem e Vettel, mais preocupado em segurar Bottas, se contentou com o segundo lugar. Vitória da estratégia da Mercedes. Xeque mate. Se em velocidade não eram os melhores, o ritmo de pneu e o melhor trato nos compostos mais uma vez os diferenciam da Ferrari, mais rápida e que come os pneus de forma mais veloz também.

Foto: Getty Images
Albon tem 4 a 2 diante de Verstappen desde que chegou a Red Bull. É mais lento? É, mas diferentemente de Gasly, aproveita as oportunidades e está sempre lá. Pérez foi o melhor do resto na corrida da casa. É um grande piloto e merece o reconhecimento de ídolo local. Ricciardo com uma boa corrida de recuperação mostra que falta carro. Na última curva, Kvyat fez uma trapalhada com Hulk e perdeu pontos importantes para a Toro Rosso. Uma pena perder o final de semana assim, mas é a vida.

A McLaren com os médios não funcionou e, além do mais, os mecânicos abreviaram a corrida de Norris com a trapalhada nos boxes. Haas segue no drama e Raikkonen não voltou das férias. Um endiabrado Kubica até passou Russell, mas no fim terminou atrás dele de novo.

A Liberty conseguiu o que queria: o título de Hamilton será "em casa", nos Estados Unidos, com toda a badalação e o marketing que os americanos sabem fazer, lá no Texas. É por isso que inverteram a corrida com o México. Bastam quatro pontos. É hexa, é hexa. E faltam, agora, oito vitórias para igualar Michael Schumacher. Sempre que vejo isso, parece ser inacreditável. Fruto das consequências ao sair das asas da McLaren e apostar numa Mercedes que só comia pneus...

Confira a classificação completa do GP do México:


Até!

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

EQUILÍBRIO

Foto: Reuters
A altitude e o asfalto traiçoeiro são, por si só, fatores que transformam o GP do México em algo diferente do que vimos durante a temporada. Neste ano, porém, pode ter um fator a mais: a ameaça de chuva. Durante a madrugada de quinta, choveu. A expectativa é que chova no sábado ou no domingo, embora alguns digam que isso seria apenas de noite e não durante as atividades de corrida.

Como nunca houve corrida na chuva nos Hermanos Rodríguez, e considerando todos os fatores citados acima, tudo se transforma em uma grande incógnita. Nos últimos anos, a Mercedes sofreu e a Red Bull sobrou. Neste ano tem a Ferrari que tem um motor imbatível. O que vai prevalecer em condições normais? E o que acontecer se chover?

No primeiro treino, com a pista ainda molhada da chuva da noite anterior, quase todo mundo escorregou. A curva 1, depois de rasgar o retão a 340 km/h, foi onde todo mundo travou e passou reto. Imagina com o pneu desgastado disputando uma posição? Stroll bateu e Hamilton liderou, o que não quer dizer muita coisa, a não ser que pode ser hexacampeão nesse finde (e pela terceira vez seguida em solo mexicano).

No segundo treino livre, com a pista seca, a Ferrari mostrou superioridade nas retas, mas na parte mista a Red Bull outra vez mostrou que está viva. A Mercedes é um mistério, mas parece ser a terceira força. Pior para Bottas, que ainda disputa (?) o campeonato. Albon bateu no início do treino e, como sempre, houveram muitas escapadas. No miolo, a McLaren, junto com a desclassificada Renault e a Toro Rosso com o bom (?) motor Honda parecem despontar como forças para pontuar, assim como o piloto da casa, Checo Pérez.

E assim as incertezas e as incógnitas podem tornar o GP do México um belo entretenimento no domingo à tarde que pode coroar Hamilton como hexa, isso sim uma questão que já é certa.

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

GP DO MÉXICO - PROGRAMAÇÃO

O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Em 2015, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)
Pole Position: Daniel Ricciardo - 1:14.759 (Red Bull, 2018)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Nigel Mansell (1987 e 1992), Alain Prost (1988 e 1990), Jim Clark (1963 e 1967) e Max Verstappen (2017 e 2018) - 2x

O SUBSTITUTO?

Foto: Getty Images
Com a saída já confirmada de Robert Kubica, a Williams já dá indícios de que escolheu seu substituto. O canadense Nicholas Latifi, vice-líder da F2, vai substituir o polonês nos primeiros treinos livres do México, Estados Unidos e Brasil.

O canadense já tem bastante experiência na F2 e se beneficiou de um grid com menos qualidade para se sobressair. No entanto, outro trunfo é que é mais um daqueles de família endinheirada, que pode comprar uma vaga (ou até uma equipe) quando quiser. Diante do paradigma, junta a fome com a vontade de comer. A Williams vai precisar da grana que não vai mais ter com Kubica, e a entrada de Latifi ao menos garante um valor que lhe dê sobrevivência a curto prazo. 

A Williams não vive, apenas sobrevive até o próximo dia. É triste, mas é a realidade.


SENNA E PROST DE NOVO?

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É o que diz Eric Silbermann, assessor da Honda, ao falar sobre a relação entre Vettel e Leclerc na Ferrari. O assessor fez um paralelo entre a relação dos pilotos e a forma como eles se comunicavam hoje e 30 anos atrás:

“Acredito que teria sido muito pior se acontecesse nos dias de hoje, com as redes sociais. Já sabíamos que não se davam bem. Prost havia dito que Senna recebia os melhores motores. Acredito que é justo dizer que Senna era o favorito da Honda e Prost era quem estava atrás, o piloto já estabelecido que teria de lidar com o novo talento”, seguiu.
 
“Não é diferente do que Prost fez com Niki Lauda ou o que vemos Charles Leclerc fazer com Sebastian Vettel. É apenas um fato da vida de um piloto, um dia é o maioral e, no outro, um jovem piloto chega mais rápido, veloz, mais entusiasmado. Para a mentalidade japonesa, foi um incidente vergonhoso”, continuou.

Silbermann também afirmou que o episódio serviu como um aprendizado para Ron Dennis, o então chefão da equipe:
“Para a McLaren, estou certo de que Ron Dennis aprendeu muito sobre gerir pilotos ali. Os pilotos influenciavam muito mais do que agora. Agora, os pilotos são ditos o que dizer, mas Ayrton e Prost diziam o que pensavam. Alguns anos depois, despediram Prost da Ferrari por dizer que pilotar seu carro era como dirigir um caminhão. Era como ter um rotweiller na coleira. Poderia estar preso, mas ainda poderia se virar e te morder”, concluiu.

Recentemente tivemos os casos de Alonso e Hamilton na própria McLaren e o inglês contra Rosberg na Mercedes. Vettel e Leclerc ainda não é algo tão pessoal quanto foi os casos citados, mas é aquela clara situação onde o novato está pedindo passagem e se impondo sem querer esperar ordens da Ferrari. Alguns afirmam que o monegasco mostra personalidade para ser campeão, outros dizem que precisa esperar. Bem, se é mais rápido, e Charles está sendo até aqui, não há sentido podá-lo para agradar Seb, afinal, quem perde com isso é a Ferrari, o que ficou claro durante a temporada.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 338 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 274 pontos
3 - Charles Leclerc (Ferrari) - 221 pontos
4 - Max Verstappen (Red Bull) - 212 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 212 pontos
6 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 76 pontos
7 - Pierre Gasly (Toro Rosso) - 75 pontos
8 - Alexander Albon (Red Bull) - 64 pontos
9 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 37 pontos
10- Lando Norris (McLaren) - 35 pontos
11- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 34 pontos
12- Daniel Ricciardo (Renault) - 34 pontos
13- Nico HUlkenberg (Renault) - 34 pontos
14- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 31 pontos
15- Lance Stroll (Racing Point) - 21 pontos
16- Kevin Magnussen (Haas) - 20 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 8 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 4 pontos
19- Robert Kubica (Williams) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 612 pontos
2 - Ferrari - 433 pontos
3 - Red Bull Honda - 323 pontos
4 - McLaren Renault - 111 pontos
5 - Renault - 77 pontos
6 - Toro Rosso Honda - 59 pontos
7 - Racing Point Mercedes - 54 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 35 pontos
9 - Haas Ferrari - 28 pontos
10- Williams Mercedes - 1 ponto



quarta-feira, 8 de maio de 2019

FIM DE CICLOS?

Foto: Divulgação
Estamos apenas na quinta etapa do ano, mas as coisas estão muito quentes no que se refere as negociações envolvendo Liberty Media e as organizadoras dos circuitos que querem entrar e/ou permanecer na categoria.

Começando pelo que está confirmado: no ano que vem, será realizado o primeiro Grande Prêmio do Vietnã, nas ruas da capital Hanoi. Já começaram as obras e a tendência é que seja realizada em outubro de 2020. Vendo o on-board de como ficaria, ela me lembra bastante uma mistura de Valência com Cingapura.


Vamos para a (extensa) lista de indefinições: começando pela próxima corrida, na Espanha. Segundo os organizadores, a questão é uma só, e quase unânime entre os negociantes de todos os GPs: diminuir a taxa anual paga a Liberty Media. Os valores foram assinados ainda sob a gestão Bernie Ecclestone, que pegava cada centavo e tornou essa indústria insustentável, principalmente para os países europeus, não abastecidos por donos e bilionários sheiks do Oriente Médio. Ah, um fator que pode ser muito importante também é a provável diminuição pela procura de ingressos em virtude da saída de Fernando Alonso da categoria.

Pro lugar da Espanha, pode chegar o retorno do GP da Holanda, em Zandvoort, afastada da categoria desde 1985. Claro que o motivo é evidente: aproveitar o efeito Max Verstappen que enche as corridas próximas da localidade holandesa, principalmente em Spa Francochamps. O falecido Charlie Whiting chegou a realizar vistorias e acreditava que apenas alguns ajustes devem ser feitos para tudo ficar pronto. Algumas publicações da imprensa europeia já cravam que a corrida holandesa irá substituir o circuito espanhol a partir do ano que vem.

Como sempre, Inglaterra e Itália todo ano tem drama e todo ano renovam, até que um dia isso não aconteça. Presentes desde os primórdios da categoria, o diretor de Silverstone já sinalizou que existem negociações, mas nada perto de algum desfecho. Por outro lado, como sempre dramático, o GP em Monza tem um "acordo provisório" para renovação até 2024. O empecilho financeiro é a grande questão para ser superada, pra variar.

A Alemanha praticamente participa uma vez a cada dois anos da categoria. Com Nurburgring falida há alguns anos, Hockenheim segue o mesmo caminho de dificuldades financeiras. Para esta temporada, a Mercedes ajudou com os custos. No entanto, diante dos cortes que estão fazendo, parece improvável que esse tipo de aporte seja realizado no ano que vem. Um país ioiô na F1 mesmo conquistando 12 títulos de pilotos e 5 de equipes nos últimos 25 anos, os custos são altíssimos. O promotor da corrida disse que houve maior procura de ingressos para assistir a F2, que tem Mick Schumacher, do que para a própria F1.

Incrível perceber que os três principais pólos tradicionais da F1 pode estar de saída, talvez quatro (considerando que a corrida na Espanha sempre foi tradicional, mesmo quando só De La Rosa e Alonso passaram a disputar a categoria no início dos anos 2000 enquanto a grande paixão é a Moto GP)

O México, país que mais recebe público desde o retorno para a categoria em 2015, também está com um pé fora. Sem mais o apoio do governo federal, que cortou gastos, a tendência é que mesmo sendo um sucesso de público e carisma os mexicanos voltem a ficar ausentes, pra tristeza de Checo Pérez. Outro mercado importantíssimo na América Latina e no "espalhamento" da popularidade da categoria pelo mundo.

Pra fechar, parece que o tal GP de Miami ficou em stand-by. Os organizadores recuaram após os protestos das associações de moradores das áreas onde ficaria o circuito nos três dias de competição e vão tentar renegociar um novo traçado. Essa é a que menos importa. Ninguém se importa com mais corridas nos Estados Unidos e nem os americanos ficam empolgados com a categoria europeia.

Provavelmente nem todas fiquem fora, o que seria uma loucura. Trata-se apenas de uma questão de barganha, embora Alemanha, México e Espanha parecem, pelos relatos, distantes. Isso vai de encontro ao que disse Christian Horner, chefão da Red Bull, sobre o possível aumento do calendário para 23 etapas. Hoje, são 21 etapas. Com a inclusão de Vietnã e talvez Holanda, seriam 23. No entanto, sem Alemanha, Espanha e México, cairia pra 20, talvez 19, se a Inglaterra também der pra trás.

São todos circuitos importantíssimos em termos de negócios e marketing, alguns nem são grandes traçados e por isso não fariam falta (né, Espanha?). No entanto, a maioria é da fatia europeia, que basicamente sustenta o negócio. Diante do impasse nas negociações do novo Pacto de Concórdia e da cada vez maior dificuldade de negociar os caríssimos termos das taxas assinadas ainda por Bernie Ecclestone, não é exagero dizer que o futuro da categoria está ameaçado no médio/longo-prazo, principalmente também pela questão do uso dos combustíveis fósseis cada vez diminuírem em acordos das montadores e dos países.

O futuro é realmente sombrio ou mais uma vez estamos sendo assustados pelos boatos e ameaças de negociações de barganha? Abre o olho, bigodudo, Ross Brawn e Jean Todt.

Até!

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O TERCEIRO PENTA

Foto: Getty Images
Depois dos resultados das Eleições, hora de distrair a cabeça com o esperado pentacampeonato de Lewis Hamilton com uma sensação de deja vù: o britânico pela terceira vez na carreira é campeão sem chegar no pódio pelo segundo ano consecutivo no México, que também teve mais uma vitória de Max Verstappen no Hermanos Rodríguez.

O holandês praticamente liderou do início ao fim ao ultrapassar Ricciardo logo nos primeiros metros da largada. O australiano, aliás, também foi superado por Hamilton e ficou em terceiro. Durante a prova, ao optar por apenas uma parada, chegou a recuperar a segunda posição, mas novamente o motor Renault lhe deixou na mão. Oito abandonos na temporada. Ricciardo praticamente inexiste depois que anunciou a ida para a Renault. Coincidência? Difícil. Também é difícil de acreditar que exista todo um trabalho de fritura no australiano como mera represália. O fato é que o sorriso não existe mais, apenas raiva e socos no ar. De cabeça quente, Ric até cogitou não correr mais nesse ano e Gasly fazer as duas últimas corridas restantes. O que a Red Bull faz com Ricciardo é uma tremenda falta de respeito.

Max, que nada tem a ver com isso, venceu com extrema autoridade em um final de semana quase perfeito, onde só faltou a primeira pole da carreira. Apesar disso, é o piloto com maior número de vitórias sem nunca ter largado na posição de honra. Se recuperou do péssimo início de temporada e dá para a Red Bull um alento nesse final de ano. Resta saber se a Honda será um upgrade ou um "downgrade".

Foto: Getty Images
A Ferrari foi bem na estratégia. Com duas paradas, Vettel passou Hamiton e passaria Ricciardo antes do australiano. Por tabela, Raikkonen foi mais uma vez para o pódio. Certamente esse era mais um dos vários casos onde a Ferrari poderia se sobressair a Mercedes no campeonato se não fosse os tantos erros coletivos e individuais lá atrás. Hamilton mais uma vez é campeão "antes da hora" pelos erros da Ferrari, além dos próprios méritos, é claro.

Apesar do título, ficou um gosto amargo para Lewis e a Mercedes. Talvez tenha sido a pior corrida dos alemães nos últimos cinco anos. Nem de longe foram competitivas e novamente sofreram com o desgaste dos pneus. Coincidência ou não, a Mercedes teve uma queda de rendimento a partir da reclamação da Ferrari de que os furos nos pneus traseiros do W09 resultavam em ganho aerodinâmico, o que seria em tese proibido pelo regulamento. Restou para Lewis e Bottas apenas terminarem a corrida. Com a competência dos alemães e erros da Ferrari, uma corrida para conter os danos bastou para acabar com o campeonato de pilotos, apesar de nos construtores as coisas estarem relativamente abertas.

O que mais impressiona é que Hulkenberg, o melhor do resto, levou assustadores duas voltas de vantagem em relação ao trio de ferro da F1. Isso que a Renault já teve uma performance dominadora em relação as outras equipes do pelotão intermediário. A Sauber foi outra que foi bem, além de Vandoorne ter surpreendido com um bom oitavo lugar e Gasly achar um pontinho para a Toro Rosso no final. A Haas não tem um piloto a altura do carro e o outro é muito inconstante. A Williams nem se fala. Pérez mais uma vez zicado na corrida caseira e Ocon envolvido em outro acidente desperdiçou bons pontos. Alonso segue na despedida melancólica na decadente McLaren abandonar no início pelo carro ter sido danificado pelo incidente entre a Haas e a Toro Rosso na largada.

Hamilton já está numericamente entre os três maiores pilotos da história. O abraço entre ele e o alemão tem simplesmente 9 títulos mundiais. O alemão foi muito cordial ao cumprimentar todos os membros da Mercedes. Hamilton fez o mesmo, agradecendo o esforço de todos por mais uma conquista.

Em uma corrida que poderia ser de uma vantagem menor para Hamilton ou uma liderança de Vettel, o campeonato fica com a sensação de acaba precocemente outra vez. Novamente, resta a nós brasileiros acompanharmos tudo já definido.

Confira a classificação do GP do México:


Até!


sexta-feira, 26 de outubro de 2018

SAIDEIRA TAURINA

Foto: Getty Images
Apesar de algumas grandes vitórias no início da temporada, a Red Bull viveu mais uma temporada caótica. Repleta de problemas mecânicos e no motor, isso culminou no final da já desgastada parceria com a Renault e a escolha da Honda como nova parceira a partir do ano que vem.

Se com os franceses a insatisfação era grande, imagine Ricciardo, que vai segur com os franceses ao ter assinado com o time e ter pego a Red Bull com as calças na mão, substituindo-o por Pierre Gasly. Os japoneses usaram a Toro Rosso como grande laboratório de testes e a expectativa é que os comandados de Christian Horner busquem o retorno do protagonismo na briga pelo título, perdido com a chegada do novo regulamento.

Enquanto tudo isso não acontece, ainda restam três compromissos no calendário de 2018. Vencedor no ano passado, Max Verstappen liderou as duas sessões, com Ricciardo em seguida também nas duas. Não é equivocado escrever que essa talvez seja a última chance de vitória da Red Bull no ano, de Ricciardo na equipe e da parceria vencedora/problemática. Falta combinar com Max.

Também falta coroar oficialmente o pentacampeonato de Lewis Hamilton. Tanto ele quanto Vettel foram discretos nas sessões. A única surpresa das sessões foi a Renault ocupando a segunda fila. Será que é fogo de palha ou apenas jogada de treino livre? Fica a dúvida, para  desencargo de consciência.

Bem, confira a classificação dos treinos livres para o GP do México:




quinta-feira, 25 de outubro de 2018

GP DO MÉXICO - Programação

O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Em 2015, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)
Pole Position: Nigel Mansell - 1:16.346 (Williams, 1992)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Nigel Mansell (1987 e 1992), Alain Prost (1988 e 1990) e Jim Clark (1963 e 1967) - 2x

APENAS UM ANO SABÁTICO?

Foto: Getty Images
Em entrevistas na semana passada, durante o GP dos Estados Unidos, Fernando Alonso deu algumas pistas sobre seu futuro no automobilismo. Ainda sem anunciar nada mas com o "projeto definido", o espanhol foi perguntado, afinal, sobre qual seria esse projeto para 2019.

Alonso disse segue interessado em disputar a Indy 500, mas também que precisa descansar na próxima temporada. Atualmente, Alonso está correndo a F1 e vai terminar o Mundial de Endurance somente na metade do ano que vem. Gostaria muito de participar dela, para ser sincero. No ano passado, foi uma corrida mágica e creio que ainda é atrativa para mim, especialmente depois que venci em Le Mans. É parte do meu projeto de calendário para o ano que vem", ressaltou o veterano.

Agora, o espanhol soltou algumas novidades. Se parecia certo que a Fênix disputaria uma temporada na Indy, tudo indica que não é esse o caso, segundo suas palavras. "“Preciso descansar e recuperar a minha motivação, é por isso que não quero fazer uma temporada completa na Indy, porque seria como continuar na F1. 17 corridas é muita coisa para mim agora. Talvez no futuro. Talvez até me recupere e volte à F1 em 2020.", completou.

Pela primeira vez desde que anunciou a saída da categoria, em agosto, Alonso deixa em aberto uma possibilidade de retorno. Diante do desejo de correr menos e descansar mais, ele dá a entender que 2019 será terminar o Mundial de Endurance e correr as 500 milhas de Indianápolis para descansar e buscar a motivação que perdeu nos últimos anos para quem sabe voltar em 2020 para a F1 ou outra categoria.


A motivação pode ser entendida como "falta de carros bons" e "cansei de andar no fim do grid". Apesar do alto salário que Alonso ganha, ultimamente isso não diz quase nada em termos esportivos. Suas maiores alegrias foram a vitória em Le Mans e a disputa da Indy 500. Certamente estaremos todos especulando o retorno de Alonso para a F1 em 2020. E adivinhem qual será a primeira equipe ligada ao espanhol? A Renault, claro. Novela sem fim, que agora parece ter sido apenas o primeiro capítulo.

HARTLEY: "MEREÇO RENOVAR"

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Restam apenas uma vaga na Toro Rosso e outra na Williams. Todos os prognósticos indicam que Brendon Hartley não deve seguir na equipe de Faenza para o ano que vem. Com apenas quatro pontos (os quatro oriundos de desclassificações de outros pilotos), Hartley diz que merece seguir na Toro Rosso para a próxima temporada:

"Foi uma boa corrida. Sinto que estou em boa fase nas últimas corridas. Todo final de semana eu respondo as mesmas perguntas sobre meu futuro e leio que preciso bater meu companheiro. Mas, em Singapura, eu estava na frente dele até as ordens de equipe, na Rússia estava antes do carro quebrar e na classificação no Japão. Nos EUA, de novo. Vamos ver o que acontece. "É muito chato ficar respondendo toda hora a mesma coisa, mas acho que estou provando meu potencial. Sinto que eu merecia ficar aqui", disse ao site norte-americano 'Motorsport.com'.

Hartley é o penúltimo colocado no Mundial. Isso já diz tudo. Tudo bem que o motor Honda serve apenas como laboratório para a Red Bull na próxima temporada, mas em nenhum momento o neozelandês se encontrou na categoria. Pegar um canhão desses é complicado, ainda mais para quem estava acostumado a vencer no Endurance, onde o ritmo é outro. O papel de Hartley não é ruim, apenas esquecível.


Tudo indica que outro ex-membro da academia de pilotos da Red Bull retorne para a equipe satélite: trata-se do tailandês Alexander Albon, vice-líder da F2 e em grande fase na categoria de acesso da F1. Ele foi dispensado do programa anos atrás por mau desempenho (assim como Sérgio Sette Câmara), mas agora deu a volta por cima. Seria um bom e surpreendente nome para a F1 na próxima temporada, o primeiro da Tailândia. Interessante.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 346 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 276 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 221 pontos
4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 217 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 191 pontos
6 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 146 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Renault) - 61 pontos
8 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 57 pontos *
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 53 pontos
10- Fernando Alonso (McLaren) - 50 pontos
11- Esteban Ocon (Racing Point) - 49 pontos *
12- Carlos Sainz Jr (Renault) - 45 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 31 pontos
14- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 28 pontos
15- Charles Leclerc (Sauber) - 21 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
17- Marcus Ericsson (Sauber) - 7 pontos
18- Lance Stroll (Williams) - 6 pontos
19- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 4 pontos
20- Sergey Sirotkin (Williams) - 1 ponto

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 563 pontos
2 - Ferrari - 497 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 337 pontos
4 - Renault - 106 pontos
5 - Haas Ferrari - 84 pontos
6 - McLaren Renault - 58 pontos
7 - Racing Point Force India Mercedes - 47 pontos *
8 - Toro Rosso Honda - 32 pontos
9 - Sauber Ferrari - 28 pontos
10- Williams Mercedes - 7 pontos

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

TRANSMISSÃO:



quarta-feira, 24 de outubro de 2018

AS ERAS MERCEDES

Foto: Getty Images

Pessoal, com o iminente penta de Hamilton e da Mercedes, o post de hoje vamos mostrar as três eras recentes da Mercedes sendo campeã na F1 nos últimos 20 anos.

1998 - Depois de retornar para a F1 como fornecedora da McLaren em 1996, os alemães e os ingleses encerraram o jejum de títulos e logo na terceira temporada sagraram-se campeões com Mika Hakkinen;



2008 - Quase 9 anos depois, a McLaren e a Mercedes voltaram a ser campeões, na já famosa e tão mencionada corrida disputada no Brasil onde Lewis Hamilton conquistou o primeiro título (e vai conquistar o quinto já neste final de semana).


2014 - Quatro anos depois de virar equipe, a Mercedes se beneficiou na mudança de regulamento e nos motores híbridos para mandar na F1. A disputa caseira entre Hamilton e Rosberg durou até o final, com o inglês conquistando o bicampeonato.



É isso pessoal, até a próxima!

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O QUINTO TETRA

Foto: Getty Images
Finalmente ele chegou lá. Com um ano de atraso, diga-se. O importante é que chegou. Lewis Hamilton confirmou as expectativas e sagrou-se tetracampeão mundial no México. A decisão não acontecia no país desde 1968, quando Graham Hill conquistou o bicampeonato. Aliás, Hamilton desempatou com Jackie Stewart e é agora o britânico com mais títulos na F1. Muito merecido.

A única coisa que Lewis não gostou foi ter chegado apenas em nono. Bom, no Brasil ele foi quinto. Natural de Hamilton ter dificuldades nas corridas decisivas para o título. Sua sorte é que, dessa vez, a vantagem era gigante. O incidente na largada com Vettel acabou selando o campeonato, com os dois indo para os boxes com os pneus furados. Muitos acusaram Seb de bater propositalmente no #44, mas sinceramente duvido, até porque se as coisas continuassem do jeito que estavam a vantagem era do inglês. Acredito que a FIA também pensou dessa forma e acabou não investigando os incidentes.

Foi a vitória mais fácil de Verstappen, de novo após uma demissão (agora definitiva) de Kvyat. É impressionante como Vettel acaba sentindo a pressão do holandês. Bastaram três curvas para assumir ponta em uma largada muito boa. Max enfileirou várias voltas mais rápidas e terminou com incríveis vinte segundos de vantagem para Bottas e mais tempo ainda para Raikkonen. Os finlandeses submissos fecharam o pódio com Vettel, o piloto do dia e com uma corrida de recuperação em quarto. E agora, sem as demissões de Kvyat, como Max irá proceder para vencer na F1?

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Esteban Ocon foi o melhor do resto e conquistou um ótimo quinto lugar. Superou Pérez no fim de semana. Faz tempo que esse rapaz está flertando com o pódio, uma hora vai ter que acontecer, hein... Stroll se beneficiou do início caótico e de uma estratégia acertada da Williams para chegar em sexto. Não ultrapassou ninguém e nem foi combativo. Sem bater o carro, acaba conquistando bons pontos quando as oportunidades surgem. Resultados forjados e 40 pontos na tabela, superando o "mentor" Massa. Bom para o hype do rapaz, não é mesmo?

Correndo em casa, Pérez foi o sétimo. Magnussen também foi outro que se aproveitou dos diversos incidentes da corrida para conquistar bons pontos para a Haas, que claramente não está no nível de pontuação em condições normais. Hamilton teve dificuldades no início da corrida e ficou metade do tempo preso a Sainz, na última posição e levando bandeira azul de Max e Bottas. Depois, as coisas melhoras e o inglês deu o show do tetra. A ultrapassagem que carimbou o título foi em uma linda e dura disputa com Alonso, o décimo colocado. Ah se a Renault der um motor para o espanhol ano que vem...

Por falar nos franceses, tanto a equipe quanto os motores foram um desastre. Outra vez, Ricciardo abandonou logo no início, com problemas. Eles se sucederam nos carros de Sainz e Hulkenberg e na Toro Rosso de Brendon Hartley. Confiabilidade preocupante. Não gosto dessas teorias da conspiração, mas acredito que Massa foi vítima de uma tremenda sacanagem da Williams hoje. Parou logo no início da corrida por uma perda de pressão no pneu. Entretanto, segundo informação do repórter Guilherme Pereira, Massa relatou não ter sentido nada, mas mesmo assim os ingleses o chamaram para os pits. Ali acabou a corrida do brasileiro, que chegou a ficar em décimo mas perdeu a posição para Hamilton, terminando em 11° e agora atrás de Stroll no campeonato. Uma vergonha. Certamente não o ajuda na briga para continuar na categoria ano que vem.

Foto: Getty Images
Mensagem do Neymar, Hardwell fritando no pódio, Hamilton com a bandeira e depois correndo circuito adentro com um público ensandecido atrás caindo... é disso que a F1 precisa para ser popular e ganhar mais público, por mais que os fãs hardcore não gostem. Eventos assim é que são lembrados pelas pessoas e tornam tudo grandioso. Isso que essa foi apenas a primeira temporada da Liberty no comando, que promete muitas novas ideias para o futuro... o que eles vão aprontar para nós no Brasil?

Hamilton entra de vez no panteão de grandes pilotos da história da F1, com quatro títulos mais do que legitimados. Seria lindo ver ele e Vettel brigando pelo penta, com Max e Ricciardo com a Red Bull e quem sabe o ressurgimento da fênix Alonso... deixem eu sonhar, vai.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do México:


A próxima etapa será daqui duas semanas no Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos, nos dias 10, 11 e 12 de novembro. Até mais!

sábado, 28 de outubro de 2017

MERA FORMALIDADE

Foto: Getty Images
Amigos, falta muito pouco para Lewis Hamilton ser o quinto tetracampeão mundial de F1 e se juntar ao panteão composto por Michael Schumacher, Juan Manuel Fangio, Alain Prost e Sebastian Vettel. A F1 vive a ansiedade da confirmação matemática e da celebração do inglês no México, local com alto número de amantes do automobilismo (e de Checo Pérez, claro). Vai ser bonito, caso uma hecatombe não aconteça. Se acontecer, melhor para nós: tudo pode se decidir em terras brasilis, daqui duas semanas.

Por falar nos mexicanos, dizem que alguns deles ameaçaram Ocon durante toda a temporada, depois de inúmeros entreveros dos dois. O francês está sendo escoltado por toda a parte. Um exagero dos dois lados, mas compreensível. Há malucos por toda a parte, mas o próprio Pérez disse que nada vai acontecer. Ele deveria se pronunciar nas redes, pois pode se tornar algo mais sério. Tomara que não.

Voltando para os treinos, a pista estava sem aderência e bastante empoeirada, proporcionando rodadas e batidas como a de Alfonso Celis Jr, com a Force India, no TL2 e erros de Hamilton, Vettel, Grosjean, entre outros. Bottas foi o mais veloz na primeira parte, Ricciardo na segunda. Sabemos que o favoritismo é todo das flechas de prata no qualyfing. Alonso, que larga na última fila, consegue tirar leite de pedra ao colocar a McLaren Honda em sétimo. Depois, Renault e Force India se digladiam e, por fim, a Williams, cada vez mais para trás.

Foto: Getty Images
A quantidade de erros cometidos por Grosjean e suas constantes reclamações com a equipe colocam um ponto de interrogação na sua permanência a longo prazo. Contratado como líder da equipe americana, vem superando Magnussen, mas se continuar essa relação explosiva com o esquentado Gunther Steiner, todo mundo sairá prejudicado.

Vamos ver se a provável corrida de título de Lewis Hamilton será uma mera formalidade ou uma corrida épica, digna de um título mundial.

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!