terça-feira, 30 de maio de 2017

PITACOS PÓS-INDY 500

Foto: Reprodução
Mais uma edição histórica das 500 Milhas de Indianápolis, o segundo principal evento esportivo do final de semana, só perdendo para a emocionante despedida de Francesco Totti da Roma (não menti!). Pela primeira vez na história um asiático venceu a Indy 500. Takuma Sato, tão criticado e vítima de piadas preconceituosas sobre os japoneses não serem bons pilotos, deu a volta por cima. Essa foi apenas sua segunda vitória na categoria. No fim, a justiça foi feita: o japonês esteve perto de vencer em 2012, quando tentou passar Franchitti na última volta e bateu.

Diante de uma corrida sempre caótica e aleatória, Sato se deu bem nas estratégias e foi agressivo quando necessário. Mais uma bela história na Indy 500, coroando a carreira de um piloto que, com certeza, é um dos maiores (senão o maior) do automobilismo japonês. Curiosidade: seu melhor resultado na F1 também foi em Indianapólis, quando foi o terceiro, em 2004.

O delírio da televisão japonesa, que comemorou bebendo leite!


Quando se trata de Indy 500, Helio Castroneves é um gigante. Largou lá atrás, mas com a estratégia correta e um pouco sorte o fez subir, aos poucos a classificação. Chegou a assumir a ponta nas voltas finais, mas foi ultrapassado por Sato e teve que se contentar com outro segundo lugar, adiando "La Quarta", que o igualaria com nomes como Al Unser, Rick Mears e A.J. Foyt no hall dos maiores vencedores das 500 Milhas. Além disso, o #3 sai fortalecido na briga pelo tíitulo, líder da tabela. Que Helinho não se desanime e nem tenha uma queda de rendimento. É forte candidato ao título!

O brasileiro teve sorte demais. Ele passou por baixo do carro de Scott Dixon enquanto este decolava de ponta-cabeça para o muro, danificando apenas a asa traseira. O pole-position ficou vendido e decolou após Jay Howard bater no muro e voltar na sua frente. O neozelandês nasceu de novo. Teve muita sorte. Um ângulo minimamente diferente poderia ter causado uma trégia incalculável. Ainda bem que tudo correu conforme o que os boletins médicos informaram. Dixon saiu até caminhando! Um milagre!

Foto: Getty Images


Alonso mostrou o porquê de tanta badalação ao seu redor durante essa experiência. Novato, com os auxílios de Gil de Ferran e Marco Andretti, o espanhol se manteve entre os dez primeiros durante toda a corrida e liderou durante 22 voltas. O bicampeão aprendeu que, nas primeiras 150 voltas, o pessoal não é tão combativo, mas nas 50 finais é que realmente começa a Indy 500 e as dificuldades aumentam. 

Quando estava em sétimo, brigando com Sato e Kanaan, o motor Honda resolveu agir até no continente americano. Se antes já haviam tirado Hunter-Reay da disputa, Alonso não se livrou da zica e teve que abandonar, faltando cerca de 30 voltas. Fazia tempo que não se via o espanhol tão feliz, que prometeu retornar em breve para a disputa de uma (ou umas) edição (edições). Afinal, a missão não está completa. E até bebeu o leite dos vencedores. Alonso sai mais gigante dessa experiência do que quando entrou.

Foto: Getty Images
Por enquanto é isso. Até!


segunda-feira, 29 de maio de 2017

O FIM DOS TABUS

Foto: Reprodução
No sábado, Kimi Raikkonen quebrou uma sequência de quase uma década (!!!) sem largar na primeira posição. Hoje, Vettel interrompeu uma sequência de quatro vitórias consecutivas da Mercedes no Principado e venceu pela segunda vez em Monte Carlos, seis anos depois da então única vitória, pela Red Bull. A Ferrari não vencia em Mônaco desde 2001 e não fazia uma dobradinha desde 1999. Pessoas que nasceram nesse ano já são maiores de idade. Meu Deus.

Para Vettel, mais importante do que esses dados foi conseguir abrir uma grande vantagem para Hamilton, de 25 pontos (ou seja, mais de uma corrida). O inglês, que saiu na 14a posição por uma sequência de erros, problemas e azares, conseguiu chegar em sétimo e diminuir um pouco o prejuízo, contando com uma boa estratégia. Se na quinta parecia que as flechas de prata seriam competitivas no fim de semana, o sábado e o domingo dissiparam essas impressões. Bottas em nenhum momento sequer ameaçou as Ferrari. E pior: ficou fora do pódio. A última vez que uma cerimônia de pódio (bem sem graça por sinal; voltem com a tradição!) foi na Espanha, ano passado, quando Lewis e Nico se bateram.

Foto: Getty Images
Daniel Ricciardo mostrou que guia muito bem em Mônaco. Outra grande corrida. Com a menor distância entre as diferenças dos carros, a Red Bull imprimiu um bom ritmo e pressionou Mercedes e Red Bull. Talvez isso seja possível outra vez somente na Hungria e em Cingapura. Largando em quinto, conseguiu se valer de dois undercuts na estratégia de parar depois para superar Verstappen, que completou a corrida de Mônaco pela primeira vez na carreira e Bottas, chegando a pressionar Kimi pelo segundo lugar.

O "undercut" também decidiu a vitória. Vettel ficou cinco voltas de pista livre para acelerar, fazer voltas rápidas e voltar a frente do IceMan, que estava bastante insatisfeito após a corrida, visivelmente frustrado por ter nas mãos a possibilidade de voltar a vencer depois de um sábado maravilhoso. Muitos acusam a Ferrari de um certo jogo de equipe calculado para favorecer o alemão. Eu não acredito nisso mas não colocaria minha mão no fogo, até porque seria o correto, pensando-se no campeonato. A Mercedes não pode falar nada. O mesmo foi feito com Bottas no Bahrein, de forma clara.

Foto: F1Fanatic

Sainz repetiu o ótimo qualyfing e terminou em sexto, segurando a pressão de Hamilton. Junto com Pérez, parece ser o melhor e mais regular piloto do pelotão intermediário. Por falar no mexicano, hoje ele não foi bem. Danificou o assoalho durante a corrida, obrigando-o a fazer uma parada que o tirou do top 10. Quando começou a recuperar posições, fez uma manobra grosseira e bateu em Kvyat, novamente causando estragos ao seu carro e forçando o abandono do russo, que também vinha bem durante o fim de semana, assim como a Toro Rosso. Largando atrás, Ocon pouco pode fazer e, pela primeira vez no ano, a Force India saiu zerada, sem aproveitar as oportunidades oferecidas pela corrida. Acontece.

Essa série de problemas e abandonos possibilitou a Haas colocar os dois pilotos na zona de pontuação. Magnussen foi o oitavo e Grosjean o décimo. Na acirrada disputa da equipe estadunidense, vantagem para o dinamarquês por enquanto. O francês não está sendo o líder que muitos esperavam, cometendo alguns erros. Massa, sem carro para fazer muita coisa, escalou o pelotão através da desgraça dos outros, que viraram refresco para ele: nono lugar, coroando o fim de semana combativo. Stroll não conseguiu terminar a corrida. Recolheu para os boxes no final. Pode ter tido um problema ou se cansado de ficar em último para recolher. Desperdício de assunto para a Williams, que está colhendo o que planta.

Foto: Reprodução

Barbeiragens. O último ato de Button, até aqui, será uma tentativa descabível de ultrapassagem em cima da Sauber de Wehrlein. O alemão ainda parece estar envolto em toques e acidentes estranho. O carro virou e ficou de lado no muro. Ele teve que sair lateralmente do bólido e realizou exames médicos que não constataram lesões graves, apenas novas consultas para avaliação das costas e do pescoço, ainda lesionados pelo acidente ocorrido em janeiro. Seu parceiro de McLaren, Vandoorne, também cometeu outro erro bobo. O belga, no geral, fez um bom fim de semana. Chegou pela primeira vez ao Q3, mas acabou batendo no Q2. Largou mal, mas graças a estratégia estava na briga e fatalmente iria conquistar os primeiros pontos da equipe de Woking outra vez. De novo, outro erro: batida na Saint-Devote após ser ultrapassado por Pérez, logo na relargada.

O belga estreia em um ambiente pesado, com inúmeras pressões para conquistar qualquer resultado minimamente positivo e com um bicampeão do mundo como companheiro. São erros normais para um estreante nessas condições. Me parece injusto já tecer uma avaliação definitiva para Vandoorne. Ele tem muito potencial. Basta que as situações ao seu redor melhorem, pois certamente ao ficar mais experiente ele conseguirá dar conta do recado. Calma, pessoal.

Ericsson conseguiu bater durante o Safety Car. Desde o início ele reclamava de problemas nos freios e carro "inguiável". Do trio "ternura", apenas Palmer fez um papel digno e foi o 11°, quase pontuando. Que coisa.

Confira a classificação do Grande Prêmio de Mônaco. A próxima etapa será o Grande Prêmio do Canadá, nos dias 9, 10 e 11 de junho. Até!



sábado, 27 de maio de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #30 - Especial Indy

Foto: Divulgação
Fala, galera! Esse post traz um resumão com vídeos e estatísticas da Indy 500, que terá sua 101ª disputada no domingo.

Começando com os maiores vencedores:  A.J. Foyt (1961, 1964, 1967 e 1977), Al Unser (1970, 1971, 1978 e 1987) e Rick Mears (1979, 1984, 1988 e 1991) são os maiores vencedores da prova.
Logo atrás, está o brasileiro Helio Castroneves (2001, 2002 e 2009), Dario Franchitti (2007, 2010 e 2012), Johnny Rutherford (1974, 1976 e 1980) e Bobby Unser (1968, 1975 e 1981).


Helinho, além de ser o brasileiro que mais venceu a Indy 500, é o único que venceu as duas primeiras edições consecutivamente (como rookie e na sequência) e, na terceira corrida, foi o segundo. Um retrospecto excelente!



Emerson Fittipaldi tem duas vitórias (1989 e 1993); Gil de Ferran (2003) e Tony Kanaan (2013) uma, totalizando sete. Excetuando os EUA, que têm 70 triunfos e desconsiderando o Reino Unido, o Brasil é o país que me venceu as 500 Milhas de Indianapólis.


Alexander Rossi pode repetir um feito e tanto: ser o sexto piloto da história a vencer duas Indy 500 consecutivas. O último foi justamente Hélio Castroneves, o único novato bicampeão em sequência. Outros pilotos que venceram consecutivamente as 500 Milhas: Wilbur Shaw (1939-1940), Mauri Rose (1947-1948), Bill Vukovich (1953-1954) e Al Unser (1970-1971).

Foto: USA Today
Scott Dixon conquistou a sua terceira pole em Indianápolis, mas só venceu em 2008, quando largou na posição de honra pela primeira vez. O recorde é de Rick Mears, com seis. O último pole a vencer foi Hélio Castroneves, em 2009.


O vencedor mais jovem da história das 500 Milhas é Troy Ruttman. Ele tinha 22 anos e 80 dias em 1952. O mais velho é Al Unser, que tinha 47 anos e 360 dias quando venceu em 1987. A.J.Foyt é quem mais participou da Indy 500: 35 vezes.
O vencedor que saiu da pior posição de largada foi a 28°, com Ray Harroun (1911) e Louis Meyer (1936).

Graham Hill é o único que venceu a tríplice coroa do automobilismo: Indy, Le Mans e Mônaco. Ele venceu em Indianápolis em 1965, cinco vezes em Mônaco (1963, 1964, 1965, 1968 e 1969) e uma vez as 24 Horas de Le Mans (1972)

Além de Hill, outros quatro pilotos foram campeões mundiais da Fórmula 1 e vencedores da Indy 500: Jim Clark (1965 na Indy e campeão em 1963 e 1965 na F1), Mario Andretti (1969 na Indy e 1978 na F1), Emerson Fittipaldi (1989 e 1993 na Indy; 1972 e 1974 na F1) e Jacques Villeneuve (1995 na Indy e 1997 na F1). A.J. Foyt venceu Le Mans e Indy.


Além de Graham Hill, Montoya também venceu o GP de Mônaco (2003) e as 500 Milhas (2000 e 2015).

Historicamente, como não poderia deixar de ser, quem larga nas primeiras posições tem grande chance de ganhar a prova. O pole venceu 20 vezes, a última com Hélio Castroneves, em 2009. 11 vencedores da Indy 500 largaram em segundo e terceiro. Alonso, que larga em quinto, pode quebrar um tabu de 21 anos: o último vencedor que largou nessa posição foi Buddy Lazier, em 1996. Nunca o último do grid conseguiu vencer as 500 Milhas de Indianápolis.

Agora, é só aguardar o domingo para que a história continue sendo feita...

Até mais!

Antes, faltou as vitórias de Gil de Ferran (2003), com três brasileiros nas três primeiras posições (Castroneves em segundo e Tony Kanaan em terceiro) e de Tony Kanaan (2013)




sexta-feira, 26 de maio de 2017

O NOVO E O VELHO

Foto: Getty Images
Faz parte da tradição de Monte Carlo lembrar-se durante ou depois dos treinos que a sessão é, excepcionalmente no Principado, na quinta-feira. Pois bem. Os testes foram bastante inconclusivos, mas é possível tirar algumas coisas interessantes.

No TL1, Hamilton foi o mais rápido. Seu companheiro de equipe Bottas foi o quarto. Entre eles, Vettel e Verstappen. Apenas três décimos separaram a Mercedes da Red Bull. Ricciardo ficou em quinto e Kvyat, o grande destaque do dia, foi o sexto. Completando o top 10: Raikkonen, Pérez, Sainz e Ocon. Massa foi o 11°. Button, para quem estava aposentando e mal treinou no simulador, ficou em 14°, apenas dois décimos mais lento que Vandoorne.

O que foi movimentado mesmo foi o TL2. Com direito a quebra de recorde de pista, Vettel é o primeiro a fazer um tempo abaixo de 1:13 na atual configuração da pista (1:12.720). Quatro décimos depois, veio Ricciardo e Raikkonen. Completaram o top 5 as duas Toro Rosso, com um desempenho acima da média por enquanto, mas tudo está ainda bastante indefinido (Sainz e Kvyat). As flechas de prata priorizaram a simulação para corrida e Hamilton foi o oitavo, duas posições à frente de Bottas. Massa foi o 13°.

Foto: Getty Images
O que era esperado aconteceu. Movimentando as casas de apostas bolões dos fãs, estava tudo mundo preparado para o momento em que Lance Stroll iria bater. Foi logo no segundo treino, na subida após a primeira curva e uma mini-reta. Mais um carro danificado. Antes disso, o canadense já era um segundo mais lento que Massa. Mais do que acumular quilômetragem em um circuito inédito e o mais complicado da temporada, Stroll está pressionado pela crítica e pelos fãs. A Williams certamente irá se questionar se valerá a pena perder três posições nos construtores em troca do dinheiro de Sr. Lawrence, quantia essa utilizada no reparo dos FW40 que o novato arrebenta pelo mundo.

Fica cada vez mais claro que o passo foi muito além da perna. O staff de Lance se precipitou. Uma experiência na GP2 seria muito melhor para o amadurecimento do piloto, que poderia chegar na F1 com outro status além de ser filho de um rico patrocinador.

Confira o vídeo do acidente:


Outro que está com a batata assando é Palmer, embora hoje ele tenha andado pouco, vítima de um problema de vazamento de óleo no início do segundo treino livre. A imprensa europeia especula que o inglês pode ser substituído no meio da temporada. Até o momento, o favorito seria o piloto reserva da escuderia, o russo Sergey Sirotkin, que chegou a ser especulado como piloto titular da Sauber em anos anteriores, o que obviamente não se confirmou. O sonho de consumo da equipe é Fernando Alonso para 2018. Enquanto isso, Hulk sofre com as dificuldades do projeto francês, que ficou pelas últimas posições nos treinos de hoje.

Confira a classificação dos dois primeiros treinos livres:



Até!




quinta-feira, 25 de maio de 2017

GP DE MÔNACO - Programação

O Grande Prêmio de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos do automobilismo, juntamente com as 500 milhas de Indianopólis e as 24 horas de Le Mans. É um circuito de rua de Monte Carlo, com 3340 metros de extensão e que exige  muita precisão, devido a uma grande quantidade de curvas e a estreita largura das ruas que formam o percurso.
Passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 1955.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:14.439 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:13.556 (RBR, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Ayrton Senna - 6x (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)

MUDANÇA DE TRADIÇÃO

Foto: Grand Prix
Você já sabe que em Mônaco tudo é diferente. Os treinos livres são na quinta para que a sexta os pilotos fiquem livres para os compromissos comerciais e festas. O Principado é o único que não é agraciado com a estrutura padrão do pódio. A premiação acontece nos degraus do primeiro andar do camarote da família real, os Grimaldi. Acontecia.

O Automóvel Clube de Mônaco (ACM), organizador da corrida, optou por montar, nesse ano, o pódio no segundo andar do camarote, com a presença das chatas e sem graças bandeiras em LED que aparecem acima dos pilotos durante toda a cerimônia de premiação.


Pela primeira vez em muito tempo, não será possível ver a celebração dos pilotos na rua, com as equipes, jogando champanhe em todo mundo: mecânicos, fiscais, câmera e na família real também, principalmente. Uma tradição a menos em 2017.

OI E TCHAU

Foto; Motorsport
O retorno de Jenson Button chega a ser despercebido por todos. Também, todos os olhos estão em Alonso na sua aventura das 500 Milhas de Indianápolis. O campeão mundial de 2009 irá competir na categoria pelo 18° ano seguido. Como já escrevi inúmeras vezes, desde que eu me conheço como gente, lá estava Button na corrida, e em 2017 isso não será diferente.

Button realiza testes no simulador da equipe de Woking. Ele chegou a declarar que caiu duas vezes na Marina. Ele sentiu a diferença dos carros, mais pesados e difíceis de serem guiados nessa temporada. "Depois da curva um e subida da colina, deslizei para o lado direito e rodei. Tive sorte porque o impacto não é tão grande quanto na realidade, mas notei uma sacudida e um pouco de força G", comentou.

Segundo o inglês, o MCL-32 pode evoluir de produção com a atualização de componentes. Ao mudar as configurações do bólido e encaixá-las na sua característica de pilotagem, Jenson gostou do resultado: Quando entrei no carro, inicialmente não gostei da sensação do carro - isso foi antes das atualizações. Fizemos algumas mudanças na configuração e melhorou bastante, se adequou muito mais ao meu estilo. Com as atualizações é bastante impressionante de pilotar", disse

O retorno relâmpago de Button, de fato, não é muito empolgante. Aposentado e em uma equipe errática que dicilmente conseguirá algo de destaque, a McLaren opta pelo conservadorismo (como sempre) ao invés de talvez apostar em algum outro nome. Button, já aposentado, cumpre tabela. 

Nesse momento, a McLaren precisa de pontos e referências. O que torna, talvez, a decisão de "ressuscitar" Jenson é o fato de que, mesmo inativo, sua experiência é mais importante que a inexperiência de um jovem talento em um carro ruim e um contexto todo adverso.

Vai que Button roube as manchetes de Alonso e consiga pontuar no domingo, não?

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 104 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 98 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 63 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 49 pontos
5 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 37 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 35 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 34 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 19 pontos
9 - Felipe Massa (Williams) - 18 pontos
10- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 17 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 14 pontos
12- Romain Grosjean (Haas) - 5 pontos
13- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 4 pontos
15- Pascal Wehrlein (Sauber) - 4 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 161 pontos
2 - Ferrari - 153 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 72 pontos
4 - Force India Mercedes - 53 pontos
5 - Toro Rosso Renault - 21 pontos
6 - Williams Mercedes - 18 pontos
7 - Renault - 14 pontos
8 - Haas Ferrari - 9 pontos
9 - Sauber Ferrari - 4 pontos

TRANSMISSÃO





terça-feira, 23 de maio de 2017

UMA SINGELA HOMENAGEM

Foto: Reprodução
A situação já era quase irreversível e foi confirmada hoje. Campeão da Moto GP em 2006, o americano Nicki Hayden morreu aos 35 anos. Na quarta-feira passada, ele foi atropelado enquanto andava de bicicleta em Riccione, na Itália. Ele estava internado em Cesena, no Hospital Maurizio Bufalini.

O piloto, que corria no Mundial de Superbike, treinava em grupo com outros ciclistas quando foi acertado por um carro. O impacto fez com que Hayden girasse pelo capô, quebrando o para-brisas, para depois ir ao chão. Ele sofreu um grave hematoma cerebral, além de uma fratura exposta na perna.

O americano correu na MotoGP entre 2003 e 2015, na Honda, Ducati e Aspar. Em sua única temporada na Superbike, terminou o campeonato em quinto lugar. Nesse ano, era o 13°.

Ele não tem filhos, mas deixa a noiva, Jackie, os pais Earl e Rose, além de dois irmãos e duas irmãs: Roger Lee, Tommy, Jenny e Kathleen.

Para homenagear o campeão, nada como alguns clipes para exaltar a sua brilhante carreira. Vá com Deus, Hayden!
#RideOnKentuckyKid




Confira a batalha que Hayden travou com Valentino Rossi em 2006 para sagrar-se campeão do mundo:



Até!

segunda-feira, 22 de maio de 2017

NÃO É SORTE DE INICIANTE

Foto: Chris Owens
A relação Alonso-Indy-Oval começou em menos de um mês. Com muitos ajustes e adaptação (ainda não plena por necessidades óbvias de tempo), o rookie de 35 anos foi evoluindo aos poucos nos testes que participava. A expectativa geral (ou a impressão particular do autor do post) foi a de que o espanhol conseguiria largar, no máximo, na metade do grid, o que já seria um resultado satisfatório.

Nesse momento, a Fênix mostra porque é diferenciada e leva ao delírio os milhares de aficionados pela Alonsomania e pelo automobilismo. Com muito trabalho e talento, o bicampeão conseguiu avançar para o Fast Nine (os nove que disputam a pole das 500 Milhas) com o sétimo tempo.

Ontem, fez melhor e irá largar na segunda fila, em quinto, na estreia e em um dos palcos mais importantes do automobilismo mundial. Deixou o filho do dono da equipe para trás. De tirar o chapéu. Tudo isso não é sorte de iniciante. Tudo o que ele quer é repetir o feito de Rossi, vencedor no ano passado e que irá largar em terceiro. Tudo para se eternizar mais ainda na história.

Foto: Reprodução
O pole, pela terceira vez, será Scott Dixon, com Ed Carpenter em segundo. Sato, outro ex-F1, é o quarto. Tony Kanaan larga em sétimo. Hélio Castroneves, buscando o tetracampeonato da Indy 500 para se igualar a nomes como A.J. Foyt, Al Unser e Rick Mears e se tornar o maior vencedor da prova, é o 19°. Os 33 carros que irão disputar a prova terão a semana livre para fazer os testes e ajustes necessários para a corrida.

O quinto lugar de Alonso ficou de bom tamanho. O resultado valoriza e ratifica seu imenso talento sem desmerecer os pilotos da Indy, como certamente seria injustamente feito por fãs da F1 que não acompanham muito a outra categoria. Assim sendo, há de se exaltar Alonso e Dixon, os grandes nomes do final de semana da Indy. A próxima semana será espetacular para quem gosta de automobilismo!

Confira o grid de largada da 101a edição das 500 Milhas de Indianápolis:

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter
No sábado, Sebastian Bourdais (ex-Toro Rosso) sofreu um forte acidente e acabou quebrando a bacia e o quadril. O francês já foi operado e passa bem, mas irá perder todo o restante da temporada. Nesse momento, isso é o que menos importa. É uma pena, pois fazia uma bela temporada na nanica Dale Coyne e certamente seria um dos candidatos a vitória porque era um dos mais rápidos nos treinos livres. Que tenha uma ótima recuperação:

Para quem não viu o acidente:



Aguardem que durante a semana teremos material especial sobre a Indy... Até!

terça-feira, 16 de maio de 2017

DO INFERNO AO CÉU

Foto: Reprodução/Twitter
Quase três meses atrás, retratei o drama de Pascal Wehrlein e todos os acontecimentos que lhe culminaram no chamado "inferno astral" (Relembre o post AQUI), desde a recusa da Mercedes em lhe efetivar na vaga deixada por Rosberg e na preferência por Ocon na Force India até o grave acidente na Corrida dos Campeões, em janeiro, que culminou na ausência da pré-temporada e das duas primeiras corridas do ano, na Austrália e na China.

Diante desse cenário de desesperança e desconfiança, Wehrlein chegou no Bahrein e, distante das melhores condições, conseguiu levar o pior carro do grid para o Q2. Um feito considerável que ele já havia alcançado algumas vezes com a Manor no ano passado. Entretanto, nada se compara com o feito de ontem.

Administrando os pneus e contando com uma estratégia certeira, facilitada pelo Safety Car do incidente entre Vandoorne e Massa, o alemão foi para os boxes e voltou em sétimo, onde chegou a ocupar a quinta posição. Pressionado a corrida toda por Sainz, Kvyat, Grosjean e Magnussen, nem mesmo a punição de 5 segundos acrescidas ao tempo final tirou o #94 dos pontos. Pelo segundo ano seguido, Wehrlein conquista a zona de pontuação com o pior carro, dessa vez em circunstâncias épicas: ausente de duas corridas depois de um grave acidente.

Foto: Motorsport
Os desempenhos de Ocon e Wehrlein explicam cada vez menos a escolha conservadora da Mercedes por Bottas. Não confiar na capacidade de seus jovens pilotos invalida o sentido de existir uma academia de pilotos. Nada contra o finlandês, que é um bom piloto, mas acredito que o francês ou o alemão mereciam mais. Embora Verstappen seja de um nível muito superior, a Red Bull não exitou em colocá-lo rapidamente no topo, mesmo que tenha sido através de uma manobra criticável mas que deu o resultado esperado para os taurinos.

Os pontos e a atuação soberba não são apenas importante para a Sauber na briga pelos construtores, mas sim para a retomada de confiança do #94. Se, após passar pelo pior momento da carreira ele consegue reverter uma situação difícílima com relativa rapidez, essa confiança pode lhe ajudar a dar passos maiores na carreira. Para isso, basta que a Mercedes confie em seu trabalho. Se um piloto que pontua com os piores carros da categoria não serve para a equipe, qual jovem talento irá corresponder?

O pior já passou. Que Wehrlein consiga se estabelecer na carreira. Talento ele tem, de sobra. Os resultados na DTM e agora na F1 ratificam isso.

Foto: Motorsport

segunda-feira, 15 de maio de 2017

CHATO E EMPOLGANTE

Foto: Reprodução
"A nova F1" teve uma surpreendente boa e movimentada corrida na Espanha, sempre candidata a ser uma das piores provas da temporada. O que antes era provável agora ficou óbvio: É Vettel contra Hamilton e nada mais. Que disputa maravilhosa a dos dois. Limpa, arrojada e agressiva, do jeito que os fãs desejam ver. A Mercedes foi mais esperta na estratégia e levou a melhor, no vacilo dos italianos. Entretanto, a regularidade do tetracampeão, que só chegou em primeiro ou em segundo nesse ano, está sendo fundamental para ainda liderar o campeonato: 104 a 98, dois a dois.

Mais uma vez o tricampeão fez uma péssima largada, perdendo a liderança logo nos primeiros metros. Na primeira curva, Bottas, Raikkonen e Verstappen dividiram o mesmo espaço, causando um 'efeito dominó': O finlandês da Mercedes bateu no da Ferrari, que se tocou com a Red Bull e os dois últimos acabaram abandonando a prova com a suspensão dianteira danificada. Incidente de corrida. Foi muito bom ver os comissários liberando (quase) tudo, sem punições injustas. Isso é que é uma corrida de verdade. Também na primeira curva, Massa jogou Alonso para fora da pista, reeditando 2007. O brasileiro teve o pneu furado e comprometeu toda a corrida, caindo para último e terminando em 13°, enquanto o espanhol foi 12°. Poderia ter pontuado se não fosse o incidente, mas como o "se" não existe...

Foto: Reprodução
Após Vettel parar pela primeira vez e voltar atrás de Bottas, o finlandês fez o legítimo papel de "escudeiro", segurando o alemão enquanto Hamilton tentava se aproximar. Os segundos de vantagem recuperados por Lewis foram cruciais para a vitória. Mais lento desde o início, Bottas ficou para trás. Utilizando o motor antigo, acabou abandonando. Sem Raikkonen, Verstappen e o finlandês da Mercedes, o caminho ficou livre para Ricciardo conquistar o primeiro pódio do ano, talvez o mais fácil de sua carreira.

Bom, aí que está o chato. Se as disputas na pista estão menos artificiais e com pegas mais bonitos de ver, embora não tenha a quantidade artificial dos últimos anos, as forças parecem bem definidas na parte da frente e a aerodinâmica também dificulta no processo de ganho de posições. A corrida teve poucas alterações, embora tenha sido bastante disputada, o que também torna o espetáculo mais agradável, entendem o que eu quero escrever?

A disparidade é tamanha entre Mercedes e Ferrari para o resto que somente os três que foram para o pódio terminaram a corrida na mesma volta, o que não acontecia há quase dez anos, no atípico Gp da Inglaterra de 2008, também vencido por Hamilton. Aproveitando os abandonos, a Force India mostra que é a equipe mais regular e eficiente da "F1 B". Os indianos foram os únicos que pontuaram em todas as corridas com os dois pilotos, Pérez em quarto (na zona de pontuação pela 16a vez seguida) e Ocon em quinto, melhor resultado na carreira, se aproximando do mexicano em termos de desempenho e garantindo o time do detento Vijay como quarta força (alô, Corinthians) da F1.

Foto: Getty Images
A Renault vem evoluindo. Digo, Hulkenberg. Sexto lugar, o melhor desempenho do ano. Enquanto isso, Palmer briga com Stroll pelo posto de pior piloto da F1. Quando um parece estar na frente, o outro se supera. É inacreditável que o inglês tenha renovado na F1. Conseguiu ser o penúltimo. A Williams abriu mão dos construtores para ganhar dinheiro às custas do canadense. Adeus competitividade. O FW40 é um desperdício de carro, que conta com os pontos de um piloto ex-aposentado irregular que, mesmo perdendo quase um minuto entre entrar nos boxes com o pneu furado e voltar a pista, conseguiu ultrapassar Stroll, sem a presença do Safety Car para reaproximar todo mundo. Se a Renault não se equivalesse a Williams no sentido de existir apenas um piloto, era capaz do time de Glove perder o quinto lugar nos construtores.

A corrida de Pascal Wehrlein foi soberba. Todo o sofrimento que o alemão passa desde o ano passado foi pulverizado com maestria nesse fim de semana. Se antes ele já havia conseguido passar para o Q2, ontem o feito foi enorme: um oitavo lugar (que poderia ser sétimo senão fosse a punição de cinco segundos da direção de prova). Uma estratégia arriscada que deu muito certo. Pelo segundo ano seguido, Pascal faz milagre com o pior carro do grid. Hoje, ele segurou a Toro Rosso e a Haas. Mais uma vez, Ericsson será dominado por um companheiro de equipe, mas isso não faz diferença pois é o dono da Sauber. Menção honrosa para Kvyat, que largou em penúltimo e conseguiu um nono tempo, assim como Sainz, o sétimo na corrida caseira.

Foto: Beto Issa


Alonso fez mágica no sábado, mas o toque com Massa tirou suas possibilidades de pontuação. A velha rotina de ser ultrapassado na reta foi retomada. A grande surpresa foi o MCL32 ter resistido a corrida toda. Estão começando a cobrar Vandoorne de forma injusta ao meu ver. Com equipamento horrível, é difícil do belga mostrar alguma coisa, ainda mais com Alonso como companheiro de equipe, que atrai todos os holofotes, e por ser sua primeira temporada. Entretanto, hoje errou ao colidir com Massa na primeira curva, o que custou o abandono na prova e três posições de punição em Mônaco, próxima etapa do Mundial de F1, nos dias 25, 27 e 28 de maio, sem Alonso mas com Jenson Button.

Confira a classificação final do GP da Espanha:


Até!



sábado, 13 de maio de 2017

VOLTANDO A NORMALIDADE

Foto: Getty Images
O Grande Prêmio da Espanha não reserva nenhuma emoção e novidade. Palco dos testes de pré-temporada, todo mundo sabe de cor e salteado o que fazer e como fazer. O que muda, porém, são as novas peças que são acrescentadas, aos poucos, nos bólidos. Isso pode mudar a ordem de algumas forças na F1.

Por exemplo, a Mercedes retorna a uma tranquila liderança dos treinos, duas vezes com Hamilton. Os alemães chegaram a colocar quase um segundo de vantagem nas Ferraris, que tiveram um dia difícil. O bólido do tetracampeão (agora com os carros com maior e melhor identificação dos nomes e números) teve problema de câmbio no TL1 e andou atrás de Raikkonen nas duas sessões.

Fechando o top 6, as Red Bull de Verstappen e Ricciardo, seguidos da Haas de Magnussen e Grosjean (no TL2, a quarta fila ficou com Hulkenberg e Palmer). Massa foi o nono no TL2 e 14° no TL1. Stroll ficou nas últimas posições nos dois treinos.

Parece claro que a Mercedes será pole com dobradinha com alguns décimos de vantagem sobre a Ferrari, no máximo uns três ou quatro décimos.

Foto: GP Update/Sutton Images
Na primeira volta da sessão, o motor de Alonso morreu. Não só, jorrou óleo, como se o carro estivesse vomitando. Mais um capítulo vexatório para a relação McLaren-Honda. E tem gente que ficou indignada com o fato do bicampeão ir correr em Indianapólis... ele não consegue fazer nada na F1, não tem equipamento! Para não perder tempo, o asturiano foi para o hotel jogar pádel (espécie de tênis espanhol) com seu preparador físico para manter a forma, pois justamente não consegue exercer sua profissão. Isso é frustante ao mesmo tempo em que Alonso é muito bem pago para não fazer nada, e isso obviamente não é sua culpa. Talvez seja sim sua responsabilidade as escolhas equivocadas na carreira. Alonso quer um carro vencedor para 2018. Será que existe vaga para ele nesse perfil? Eu não duvidaria de nada de uma terceira passagem na Renault...

Foto: Twitter

Confira a classificação dos dois primeiros treinos livres do GP da Espanha:



Até!


sexta-feira, 12 de maio de 2017

GP DA ESPANHA - Programação

O Grande Prêmio da Espanha entrou definitivamente no calendário da Fórmula 1 em 1968. Desde então, já foi disputada em 4 pistas: Jarama, Montjuic, Jerez e Catalunha (desde 1991).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:21.670 (Ferrari, 2008)
Pole Position: Mark Webber - 1:19.995 (Red Bull, 2010)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2004)

CRIADOR E CRIATURA

Foto: Grand Prix

Felipe Massa vive duas situações inusitadas na carreira. A primeira foi seu retorno relâmpago a categoria após anunciar sua aposentadoria no ano passado, substituindo Bottas, que foi para a Mercedes. Com isso, o brasileiro passou a ocupar o importante papel de "tutor" de Lance Stroll, jovem estreante na categoria justamente no momento onde os bólidos ficaram mais pesados e difíceis de serem guiados.

O brasileiro se lembrou dos tempos em que era aprendiz de Schumacher e comparou as duas experiências com diferentes atuações e perspectivas: "Eu acho que estou passando informação mais fácil para o Lance do que recebia do Michael. Eu perguntava mais do que ele dava por iniciativa própria, mas ainda assim ele me passava muita coisa. Mas quando eu ficava na frente ele não ficava 100% feliz. Mas eu sempre perguntei muito, porque eu sempre vi ele como um professor, um mestre, e eu não tinha medo de perguntar “o que vocês está fazendo aí, o que você fez ali?”, eu sempre perguntei tudo que pude a ele. E ele sempre falava, mas às vezes tinha que perguntar, ele não falava de graça", revelou.

Massa também disse que ajuda o canadense em tudo que pode, desde acerto de carro e como ganhar milésimos de segundos em uma ou outra curva. Entretanto, as dicas de Felipe parecem não ter surtido efeito, pois Stroll ainda está zerado na temporada e completou apenas a última etapa, na Rússia. "É claro que é melhor ter seus dois pilotos marcando pontos para o time, porque é isso que todos os times precisam. Mas não tem como esquecer que ele está começando e aprendendo. Ele está realmente aprendendo, mas, como disse, precisamos dar tempo a ele", completou.

Não cabe comparação entre a relação Schumacher-Massa e Massa-Stroll. Mesmo com todas as dicas e informações, o canadense é fraco e está se queimando ao pular etapas para chegar direto à F1. Óbvio que o canadense irá evoluir e pontuar uma hora ou outra, mas a Williams trocou o dinheiro dos construtores pela granda do sr. Lawrence. Esportivamente, não foi a mesma escolha. 

E para o ano que vem, quem será o "professor" de Stroll, pensando na possibilidade de Massa anunciar a segunda aposentadoria da carreira? Stroll terá tempo demais para mostrar do que é (in)capaz.

NASR: RETORNO À F1 É "QUESTÃO DE TEMPO"

Foto: Divulgação

Fora da Fórmula 1 nessa temporada, Felipe Nasr concedeu entrevista ao site Autosport nesse fim de semana. Abordando esse período longe das competições no automobilismo, ele afirmou que seu empresário, Steve Robertson, está cuidando de tudo e que o Brasil não pode ficar sem um piloto na categoria. Se não fosse o retorno de Massa, essa possibilidade já estaria concretizada hoje. Também vale lembrar que não existe nenhum outro brasileiro sequer próximo de ingressar na categoria.

"Há muito interesse comercial por trás disso e você tem que juntar as coisas", afirmou, referindo-se ao apelo comercial do Brasil na categoria e no que acarretaria a ausência de representantes nacionais na categoria. Apesar de ter superado Ericsson nos pontos nas duas temporadas, Felipe teve dificuldades ano passado, sendo superado constantemente nos treinos por um piloto mediano.

Nasr não mostrou nada de espetacular para conseguir algo além de uma Haas, por exemplo. Ele diz que já existem sondagens para o ano que vem e que Steve está "monitorando tudo". Mesmo que esteja fora de ação, o ex-Sauber mantém a forma pilotando kart em Brasília e garante não se preocupar em lidar com os novos bólidos: "Eu ganhei quase três quilos de massa magra, como estava planejando fazer", finalizou.

Masr não poderia ter saído da F1. A ausência do apoio do Banco do Brasil pode ser determinante para a abreviação da sua carreira na principal categoria do automobilismo. Ou ele consegue nem que seja uma vaga como terceiro piloto mesmo sem aporte financeiro, ou é melhor pensar outras alternativas, como Indy e Endurance. O tempo está passando.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 86 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 73 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 63 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 49 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 35 pontos
6 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 22 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 22 pontos
8 - Felipe Massa (Williams) - 18 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 11 pontos
10- Esteban Ocon (Force India) - 9 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 6 pontos
12- Romain Grosjean (Haas) - 4 pontos
13- Kevin Magnussen (Haas) - 4 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 136 pontos
2 - Ferrari - 135 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 57 pontos
4 - Force India Mercedes - 31 pontos
5 - Williams Mercedes - 18 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 13 pontos
7 - Haas Ferrari - 8 pontos
8 - Renault - 6 pontos

TRANSMISSÃO


terça-feira, 9 de maio de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #29 - Lembranças

Foto: Alchetron
Semana de Grande Prêmio da Espanha, mais uma vez no dia das mães. Hora de relembrar alguns acontecimentos importantes dessa semana no mundo da F1.

Começando pela lembrança dos 35 anos sem Gilles Villeneuve. Para muitos, um gênio. Para outros, um porra louca superestimado por suas ousadias e barbeiragens na pista. Para fugir do clichê de postar a disputa do canadense com o Rene Arnoux no GP da França, aqui fica um tributo do excelente Antti Kalhola:


Outro aniversário importante é o da Williams na F1. A equipe de Sir Frank completou 40 anos na categoria com números impressionantes: 114 vitórias com 16 pilotos diferentes, com 7 títulos de pilotos e 9 de construtores (os últimos em 1997). O maior vencedor com a equipe é Nigel Mansell, com 28 triunfos. Abaixo, todos os vencedores pela Williams:

Damon Hill (21), Alan Jones e Jacques Villeneuve (11), Nelson Piquet e Alain Prost (7), Ralf Schumacher (6), Keke Rosberg (5), Riccardo Patrese e Juan Pablo Montoya (4), Carlos Reutemann e Thierry Boutsen (3), Clay Regazzoni, David Coulthard e Heinz Harald Frentzen (1).

E claro, para completar, Pastor Maldonado. Sua única vitória na carreira (e a última da Williams até aqui) vai completar MEIA DÉCADA. Sem dúvida alguma um dos acontecimentos mais improváveis desse esporte em toda a história. Uma atuação impecável do venezuelano, que liderou do início ao fim e segurou o ímpeto de gente como Alonso e Raikkonen. Memorável. Relembrem (como o tempo passa...):

Foto: Getty Images

Sobre o boato da Brabham: ele apareceu algum tempo atrás, sem força, e continuo duvidando da sua possibilidade. Óbvio que seria espetacular que uma escuderia histórica retornasse para a categoria (importante: os donos da marca realmente são os Brabham, diferente do caso da "Lotus" recente), mas não comprando a Force India. Mesmo que os indianos estejam com dificuldades econômicas, eles foram os únicos que não só conseguiram se manter mas também crescer na categoria. 

Que os Brabham comprem o espólio de uma Manor ou Caterham da vida e recomecem sua história do zero, aumentando o grid ao invés de matar com um time tão simpático como o liderado pelo picareta Vijay Mallya.

Foto: Reprodução

Por enquanto, isso é tudo pessoal! Até mais!

quinta-feira, 4 de maio de 2017

ALONSOMANIA, O RETORNO

Foto: Reprodução
Um momento histórico para o automobilismo foi realizado ontem, em Indianápolis. Fernando Alonso finalmente deu suas primeiras voltas no circuito, cumprindo o Programa de Orientação de Novatos (ROP, em inglês). Na Indy, os pilotos precisam atingir gradativamente determinadas médias de velocidade para poder passar de fase e ficar apto a disputar a classificação para a prova.

O efeito Alonso justifica-se: um batalhão de repórteres acompanharam in loco o espanhol, sem contar o sucesso nas redes sociais: cerca de 80 mil pessoas assistiram o treino, audiência maior do que as corridas e qualyfings da categoria. Todo mundo estava curioso para saber as primeiras impressões do bicampeão.

Foto: Reprodução
Com o número 29 no DW12 (que carro lindo aliás, por que a McLaren não utiliza essa cor na F1?) e um lindo capacete retrô, Alonso completou 51 voltas na primeira etapa, com média de 353, 498 km/h. Ele disse que sentiu dificuldades no começo, mas que gradativamente começou a ficar mais a vontade no bólido. O real é diferente do simulador. "O carro se guiava sozinho", completou o espanhol. Alonso já enxerga dificuldades, naturais de quem fez apenas um treino na categoria e justamente em Indianapólis. O mais difícil está por vir: a classificação e a competição com 31 carros no oval.

Na segunda fase, Alonso andou mais 37 voltas no oval e alcançou a marca de 358,15 km/h. A ameaça de chuva fez com que sua participação terminasse mais cedo, até porque seus pneus também se esgotaram. Na terceira e última parte, ele deu mais 22 voltas, totalizando 110 no total. Só no treino de hoje, Alonso andou mais que em toda a temporada na F1, somando as quatro primeiras etapas. Sua média de velocidade lhe permitia largar entre os 33 pilotos da corrida. Entretanto, a marca está distante dos ponteiros. No ano passado, em primeiro ficou James Hinchcliffe, com 371,37 km/h, seguido de Josef Newgarden (371,27), Ryan Hunter-Reay (371,19), Townsend Bell (370,92) e Carlos Muñoz (370,71).

Zak Brown, diretor da McLaren que estava acompanhando o treino, disse que fazia tempo que não via seu piloto tão feliz. Alonso até brincou: "podemos levar esse motor para Monza?". A fuga do ambiente tenso e pesado da F1 em busca de um novo desafio com certeza é um motivo para Alonso acreditar na possibilidade de fazer história, embora ele e todos nós saibamos que é muito difícil que ele consiga vencer ou até mesmo chegar ao pódio, não por falta de talento (muito longe disso), mas por conta da inexperiência em ovais.

Foto: Reprodução
 Se no início da década Alonso "levava" seus tietes com as indefectíveis camisetas azuis das Astúrias para o mundo inteiro, dessa vez a Alonsomania terá uma peregrinação inédita para os Estados Unidos. Seja física ou virtualmente, o mundo do automobilismo está aguardando ansiosamente pelo desfecho dessa aventura. A repercussão é monstruosa. A Indy agradece.

Ah, o espanhol cometeu um delito imperdoável: acabou atropelando dois pássaros!



O próximo compromisso do bicampeão com a Indy será no dia 15 de maio, após a participação no GP de "casa", na Espanha.

Até!

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução


terça-feira, 2 de maio de 2017

BOTTADA VIOLENTA

Foto: Getty Images
Diante do feriado e da impossibilidade de postar no blog ontem, hoje o texto será mais curto e objetivo, com impressões do final de semana. Vamos tentar:

Bottas nasceu para guiar na Rússia. Se com a Williams o finlandês já apresentava ótimos resultados, parecia que estava escrito que sua primeira vitória viria na terra de Vladimir Putin. Como escrito no último post, a Mercedes perdeu a pole no detalhe mas realizou ajustes e saiu vencedora de forma supreendente até para a própria escuderia alemã.

Interessante ressaltar que nesse início de ano, Bottas já venceu e foi pole. Ninguém imaginava que seria tão combativo e, de certa forma, protagonista, apesar da péssima corrida na China e uma atuação apagada no Bahrein. Subestimamos Valtteri? Não sei. Talvez esses resultados iniciais possam mostrar que Bottas é sim um bom piloto e que Massa não estava tão mal a ponto de ser derrotado nas três temporadas em que esteve ao lado do finlandês, na Williams.

Estatística: Dos nove finlandeses que já correram na categoria, seis venceram. Desses seis, três foram campeões. A Finlândia é o quinto país com mais vitórias na F1 (47). Fantástico!

Foto: Getty Images
Pior corrida de Hamilton nos últimos tempos. Desde Baku ele não vai tão abaixo de suas capacidades. Durante todo o fim de semana, Lewis foi mais lento que seu companheiro e distante das Ferrari. Muito aquém. Na corrida, teve problema de superaquecimento e apenas garantiu a posição número quatro. Rendimentos assim, somados com a ascensão da Ferrari e o crescimento de Bottas para lhe roubar pontos ligam o sinal vermelho em Hamilton, que precisa reagir imediatamente.

Vettel, apesar da frustração de perder a corrida na primeira curva, pode sair da Rússia satisfeito. A vantagem no campeonato aumentou em mais seis pontos (agora são 13). Até aqui, foram duas vitórias e dois segundos lugares. Regularidade estupenda. O "velho Seb" de 2010-2013 está de volta. mais forte e motivado do que nunca em busca do penta. O xilique com Massa no final faz parte de seu personagem boca-suja. Não tinha como ultrapassar. Isso é insuportável. Vettel está se tornando o "antigo Alonso". É melhor parar.

Foto: Getty Images
A Force India segue com um trabalho fantástico. Mesmo longe de ter condições de andar com frequência lá na frente, o time do preso Vijay Mallya pontuou com seus dois pilotos em todas as provas até aqui. Ocon finalmente saiu do décimo lugar e prova que, mesmo jovem, já demonstrou muito potencial para permanecer na F1 e até mesmo subir para a Mercedes no futuro próximo. O francês ainda é inferior a Pérez,o líder e mais cerebral da equipe. O time de Silverstone não tem um carro rápido, mas dispõe de bom ritmo de corrida. Desse jeito, provavelmente irá terminar de novo na quarta posição dos construtores, ganhando importante quantia da FIA. Tudo por conta da Renault e da Williams inovarem e correrem com apenas um piloto na equipe durante 2017. Stroll evoluiu. Conseguiu terminar uma corrida e quase pontuou. Palmer... hora extra. Erro juvenil, apesar de Grosjean ser considerado melhor e mais experiente, ter sido realmente o maior responsável pela barbeiragem.

Massa vinha fazendo outra corrida perfeita dentro de suas possibilidades até que a infelicidade do pneu furado tirou seis pontos do pessoal de Grove. Como escrito anteriormente, para a equipe de um piloto só isso fará muita falta. Enquanto isso, o brasileiro segue sua grande Tour de retorno a F1 sem sobressaltos e grandes responsabilidades, servindo de "tutor" do adolescente canadense aspirante a piloto de Fórmula 1.

Foto: MotorSport
A McLaren não consegue alinhar dois carros para disputar a corrida. No revezamento de azares e incompetência, o "sortudo" da vez foi a Fênix de Indianapólis, que conta as horas e os minutos para finalizar o contrato com time de Woking. Pior início de temporada desde os tempos de Minardi (17 anos atrás), com 100% de aproveitamento. Nem preciso dizer que o agravante é a diferença de investimento dos times citados, não?

Para finalizar, foi oficializada a parceria de Sauber e Honda, que terá início a partir do ano que vem. Como escrevi, vai ser bom para os dois, a "fome com a vontade de comer": os japoneses terão outra equipe para desenvolver seu motor e a Sauber, numa tentativa de desespero, busca a contribuição monetária da Honda para tentar sobreviver mais na F1 e buscar evitar o título de pior equipe, embora sabemos que é mais fácil um time horrível ingressar na categoria do que a Sauber evolua por conta própria. Já dizia Tiririca: "pior do que tá não fica".

Bom, por hoje é isso. Até mais!

TEREMOS NOVIDADES EM BREVE. AGUARDEM.