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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

RITMO DE FÉRIAS

Foto: F1
Quando este post for publicado, estarei no Rio de Janeiro curtindo uma semana de folga. Portanto, não terá o post dos treinos livres de sexta, mas isso não significa que o blog tirou férias. Ele, tal qual a F1, já está no ritmo de férias, o que é bem diferente.

Como Abu Dhabi completa nesta temporada dez anos no calendário, já é tempo suficiente para ter sido realizada algumas corridas. Como sempre ficou no final do calendário, em muitas oportunidades a corrida era somente um ato protocolar antes do final de férias, portanto o intuito do tópico é justamente relembrar essas corridas inesquecíveis de caráter amistoso:

Foto: BBC

A primeira corrida por lá foi logo após Jenson Button ser campeão mundial com a Brawn. Havia todo o caráter de novidade em uma prova que começava de tarde e terminava de noite. Hamilton era o grande favorito para dominar a prova mas sua McLaren quebrou e permitiu a dobradinha da Red Bull com Vettel e Webber, com Button e Rubinho fechando a despedida da Brawn GP. Também foi a despedida da Toyota e da BMW da F1.

Foto: Motor Authority

Com Vettel barbarizando e conquistando o bi, um pneu furado na largada fez com que Hamilton vencesse a corrida que deveria ter ganho em 2009. De significativo, foi a última corrida da carreira do Rubinho, que terminou em 12° com a Williams.

Foto: F1
A nona vitória seguida de Vettel veio fácil, apesar de ter largado em segundo. Foi a última prova e pódio de Mark Webber, a despedida de Felipe Massa da Ferrari e de Kimi Raikkonen na Lotus.

Foto: Motorsport
No auge da Mercedes, Rosberg só passou a vencer depois de Hamilton ter confirmado o tricampeonato. Não tem mais o que tirar, gente.

Foto: F1
Com o tetra garantido, Hamilton chegou em segundo, atrás do parceiro Bottas. Foi a despedida definitiva de Felipe Massa da F1, assim como de Pascal Wehrlein.

Foto: Reprodução/F1
Parece ontem, mas já vai fazer um ano que Alonso se despediu da F1, juntamente com Ericsson, Vandoorne, Sirotkin e Hartley. Hamilton venceu mais uma.

Como vocês podem perceber, essa pista só tem o mínimo atrativo quando há alguma disputa de título, o que aconteceu somente em quatro oportunidades. Mesmo assim, como o traçado é horrível e nada acontece, é difícil de se ter emoção, exceto quando Alonso ficou preso atrás de Petrov e Hamilton segurou o ritmo para todo mundo tentar passar Rosberg, sem sucesso.

Abu Dhabi não pode finalizar uma temporada. Só está lá pelo dinheiro. Pode ser bonito, ter uma estrutura espetacular no entorno e shows pirotécnicos, mas de corrida, corrida mesmo, talvez só em 2012 tenha sido decente (a famosa "leave me alone" do Raikkonen). Bem, é o que temos para hoje. Retorno em breve com a programação normal, definitivamente de férias.

Até!

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

NOVAS E VELHAS RIXAS

Foto: Getty Images
Hoje faz 30 anos do histórico incidente entre Senna e Prost que culminou com o polêmico tricampeonato do francês após a desclassificação do brasileiro pela FIA, na figura do então presidente Jean Marie Balestre.

Longe de querer relembrar tudo isso porque todos já sabem a história, ou quase toda ela. Apenas um adendo: Senna precisava vencer as duas corridas para ser campeão. Ou seja, mesmo que vencesse no Japão, dependeria do triunfo em Adelaide para buscar o tri. O título não foi roubado, embora seja uma punição discutível e até equivocada dos comissários/bancada da FIA.

O texto é para basicamente relembrar outras rivalidades que vieram depois entre pilotos da mesma equipe. Antes, tivemos Prost e Lauda na própria McLaren, Piquet e Mansell na Williams e a efêmera Pironi-Villeneuve na Ferrari que vitimou a ambos.

Foto: Getty Images
A rivalidade visceral do bicampeão contra o novato que o chutou da equipe com o apoio do chefe é histórica. No entanto, todos saíram perdendo: Alonso perdeu moral, Hamilton e McLaren perderam um título ganho e uma multa altíssima. Acredito que em breve teremos no mínimo um filme ou um documentário sobre todos os podres que rondaram Woking em 2007.

Foto: Getty Images
Aqui, Rosberg percebeu que ser o bom menino não bastaria para enfrentar um competidor igual Lewis Hamilton. Passou a "jogar sujo" e foi premiado depois de muita dedicação, que resultou em tamanho desgaste mental que acabou saindo da Fórmula 1 logo depois. Além disso, deu a impressão que Hamilton menosprezou o alemão e quando reagiu foi tarde demais. Com péssimas largadas e o motor estourado na Malásia, já era para ser hexa. Mérito do alemão que, mesmo menos piloto, conseguiu capitalizar em uma oportunidade e entrou para a história.

Foto: Getty Images
Não vou citar Verstappen e Ricciardo porque quando a coisa começou a esquentar o australiano picou mula para a Renault, vendo que ali toda a prioridade seria dada ao prodígio holandês. Sendo assim, o novo foco de grande rivaliadde é na Ferrari, onde tradicionalmente não existe isso. Há hierarquias claras que, desde o início, Charles contestou. É verdade que ele só está lá pela imposição do falecido presidente Marchionne, mas os resultados de pista também comprovam: hoje, ele está melhor que o errante tetracampeão. No entanto, é difícil mudar esse status quo tão cedo e sem o principal apoio daquele que o apostou. Pelo fato de a Ferrari ainda não ser o principal carro, talvez isso fique em segundo plano, mas a equipe já desperdiçou bons pontos em erros de estratégia para poder brigar com a Mercedes e ter mais vitórias.

Para o ano que vem e os próximos, como será equalizada a situação? Leclerc é a nova estrela e será oficialmente o número um mais cedo ou mais tarde. Como será Vettel? Irá permanecer na F1? Vai aceitar ser um segundão igual Raikkonen ou vai se retirar da categoria antes disso?

Como é bom uma rivalidade interna entre dois pilotos, por mais destrutivo que isso possa ser. Como não estamos lá dentro, nós como fãs só queremos fogo no parquinho. Porque lembramos de Alonso e Hamilton, e não de Hamilton/Kovalainen.

Até!

quinta-feira, 23 de maio de 2019

GP DE MÔNACO - Programação

O Grande Prêmio de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos do automobilismo, juntamente com as 500 milhas de Indianopólis e as 24 horas de Le Mans. É um circuito de rua de Monte Carlo, com 3340 metros de extensão e que exige  muita precisão, devido a uma grande quantidade de curvas e a estreita largura das ruas que formam o percurso.

Passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 1955.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:14.260 (Red Bull, 2018)
Pole Position: Daniel Ricciardo - 1:10.810 (Red Bull, 2018)
Último vencedor: Daniel Ricciardo (Red Bull)
Maior vencedor: Ayrton Senna - 6x (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)

VERSTAPPEN SE DIZ SURPRESO COM O 3° LUGAR NA TABELA ATÉ AQUI

Foto: BeIn Sports
Dois pódios e todas as corridas entre os quatro primeiros. Este é Max Verstappen, atual terceiro colocado no Mundial de F1, a frente das duas Ferrari, outrora consideradas favoritas ao título no início do ano. Tudo isso surpreende o jovem holandês.

“Estamos satisfeitos com nossos resultados até aqui, por completo”, disse Verstappen, questionado pelo site americano Motorsport.com duraante evento em Zandvoort. “É o máximo que podemos alcançar. Somamos o máximo de pontos que poderíamos somar em cada fim de semana e estamos em terceiro no Mundial [de Pilotos], na frente da dupla da Ferrari, onde nós não costumamos estar”, apontou.

Apesar da classificação inicial, Max acredita que a Red Bull ainda é a terceira força do campeonato e que deve ser naturalmente ultrapassada pela Ferrari nas próximas corridas.

“Resumindo todas as corridas, nós fomos a terceira melhor equipe. Espero que a gente consiga melhorar isso para virar a segunda. Como equipe, você sempre quer mais. Mesmo assim, se você puder falar para si mesmo que maximizou os resultados, você precisa ficar satisfeito”, encerrou.


É o melhor início de temporada de Max Verstappen na F1. Se não teve um desempenho brilhante, foi regular e aproveitou todas as oportunidades. O talento e o arrojo estão lá. O amadurecimento parece estar vindo. Aproveitando as oportunidades, Max está tirando tudo e mais um pouco da Red Bull e é exatamente o que se espera de um líder de equipe e potencial campeão mundial. Ainda é cedo para afirmar, mas é possível colocar o braço a torcer e dizer finalmente que Max amadureceu.

HOMENAGENS PARA LAUDA

Foto: Getty Images
Este espaço é para algumas repercussões do mundo do esporte a motor sobre o falecimento de Niki Lauda, na última segunda-feira (20). Vamos a algumas delas:

- Nico Rosberg: “Caro Niki. Obrigado por tudo que fez por mim. Aprendi muito com você. Sua paixão, seu espírito de luta, de nunca desistir, a sua crença que sempre terá uma segunda vez na vida, e a sua paciência com nós novatos. Eu e todos os seus 100 milhões de fãs ao redor do mundo, que também foram inspirados a nunca desistir nos momentos mais difíceis, estão pensando em você e sua família, e desejam que você descanse em paz”.

- Ferrari: “Hoje é um dia triste para a F1. A grande família Ferrari soube, com profunda tristeza, da morte do nosso amigo Niki Lauda, tricampeão mundial, duas vezes com a Scuderia. Você vai permanecer para sempre em nossos corações e nos dos tifosi”, escreveu a Ferrari nas redes sociais.

“Todos na Ferrari estão profundamente tristes com a notícia da morte do nosso querido amigo Niki Lauda. Nossas sinceras condolências vão todas para sua família e amigos”.

"Acho que graças a sua bravura e seu carisma indiscutível, ele ajudou esse esporte a ser conhecido e amado no mundo. Tenho lembranças dele dizendo que minha abordagem suíça era exatamente o necessário para trazer ordem para a italiana Ferrari. Isso era o Niki, direto, mesmo sem concordar com ele o tempo inteiro, você não poderia deixar de gostar dele" - Mattia Binotto, chefe da Ferrari

"É um dia muito triste pra mim. Fui sortudo de ver ele correr para os fãs da Ferrari e para a Fórmula 1. Niki nos deixa após sofrer muito, e isso é doloroso para mim. Ele ganhou muito com a Ferrari e também com outras equipes, sempre foi um amigo. Era um piloto fantástico, um homem de negócios de sucesso e uma pessoa incrível. Sentirei sua falta" - Piero Ferrari, vice-presidente.

-Bernie Ecclestone:  “Quando ele estava no hospital, uma coisa que ele queria fazer era voar novamente. E ele queria ir a algumas corridas.Niki foi uma pessoa excepcional. Depois daquele acidente, ele ter voltado, algo que ele não deveria ter feito, levando em conta o fato que ele não iria conseguir. E ele conseguiu e pilotou de novo, foi novamente campeão do mundo. Ele foi uma pessoa muito especial. Sinto muito a falta dele. Ele sabia o que falar e quando falar. Ele não se continha quando havia alguma coisa no seu caminho. Como piloto, ele foi um super piloto. Niki era daqueles caras que sempre sabiam quando estava no limite e sabia se dava para buscar um pouco mais. Ele voltava depois da classificação e dizia que havia um pouco mais a buscar. As pessoas o respeitavam e o ouviam. Mesmo na equipe, as pessoas o ouviam. Ele era uma influência constante. Ele passou por alguns momentos ruins, negócios, como qualquer um. Ele amava a F1.


-Toto Wolff: “Antes de tudo, em nome da equipe e de todos da Mercedes, quero enviar nossas sinceras condolências a Brigit, aos filhos, à sua família e aos amigos próximos. Niki sempre vai ser uma das maiores lendas do nosso esporte. Ele uniu heroísmo, humanidade e honestidade dentro e fora do cockpit. Sua morte deixa um vazio na F1. Nós perdemos não apenas um herói que encenou o retorno mais notável já visto, mas também um homem que trouxe clareza e franqueza preciosos para a F1 moderna. Ele vai fazer muita falta como nossa voz do senso comum. Como companheiro de equipe ao longo dos últimos seis anos e meio, Niki sempre foi brutalmente honesto e totalmente leal. Foi um privilégio contar com ele em nossa equipe e testemunhar o quanto significava para ele fazer parte do sucesso do time. Niki, você é simplesmente insubstituível, não haverá jamais outro alguém como você. Foi uma honra chamá-lo de nosso presidente, e foi meu privilégio chamá-lo de meu amigo."

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 112 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 105 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 66 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 64 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 57 pontos
6 - Pierre Gasly (Red Bull) - 21 pontos
7 - Kevin Magnussen (Haas) - 14 pontos
8 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 13 pontos
9 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 13 pontos
10- Lando Norris (McLaren) - 12 pontos
11- Carlos Sainz Jr (McLaren) - 10 pontos
12- Daniel Ricciardo (Renault) - 6 pontos
13- Nico Hulkenberg (Renault) - 6 pontos
14- Lance Stroll (Racing Point) - 4 pontos
15- Alexander Albon (Toro Rosso) - 3 pontos
16- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 3 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 217 pontos
2 - Ferrari - 121 pontos
3 - Red Bull Honda - 87 pontos
4 - McLaren Renault - 22 pontos
5 - Racing Point Mercedes - 17 pontos
6 - Haas Ferrari - 15 pontos
7 - Alfa Romeo Ferrari - 13 pontos
8 - Renault - 12 pontos
9 - Toro Rosso Honda - 6 pontos

TRANSMISSÃO:







terça-feira, 2 de outubro de 2018

O VILÃO DA VEZ

Foto: Autoracing
Sempre que a F1 tem uma dinastia, alvos são escolhidos para serem derrubados. No início do século, era todos contra a Ferrari, capitaneada por Michael Schumacher, Ross Brawn e Jean Todt. Os dois últimos hoje ocupam a alta cúpula da FIA, um sendo o diretor esportivo e o outro presidente, respectivamente.

Na era Red Bull, Christian Horner e Sebastian Vettel foram os alvos mas não da mesma forma feroz que a caçada anterior. Apesar de Webber ser segundão, não havia ordens explícitas de equipe, até porque Vettel sempre foi muito mais rápido que o australiano, que nem mesmo no "multi 21" foi capaz de manter a posição na Malásia, em 2013. Horner não virou vidraça porque não cometeu nenhuma atitude antidesportista. Também, não teria como. Afinal, Webber e Vettel eram inimigos declarados.

A era atual, da Mercedes, não tinha ordens de equipe devido a explosiva relação entre Hamilton e Rosberg, por mais que no início o alemão fosse uma espécie de piloto 1B que se rebelou a ponto de ser campeão mundial. Diante de tal desgaste, a solução para substituir a repentina aposentadoria de Nico foi um velho conhecido de Toto, desde os tempos em que tinha % das ações da Williams: Valtteri Bottas.

Estava clara a estratégia. Hamilton o cara do título, Bottas o cara dos pontos e de eventuais vitórias. Não dá para arriscar com o crescimento da Ferrari de Vettel. O discurso esportivo cai por terra e entra a hipocrisia e o negócio. Hoje, Toto Wolff é o vilão da vez. Por mais que seu argumento de que não pode dar sopa pro azar em relação ao campeonato faça sentido, a Mercedes tem simplesmente 40 pontos de vantagem no campeonato, e outra: ano passado, em um momento bem mais equilibrado na disputa, Hamilton devolveu a posição para Bottas e ficou atrás do finlandês, em uma atitude que foi elogiada por todo mundo. Hoje, todos vão lembrar da jogada Hamilton-Bottas, mesmo que o finlandês seja recompensado por vitórias no fim do campeonato quando Hamilton for penta.

F1 é um negócio muito caro. Bilhões em pontos, qualquer detalhe faz a diferença. Nesse ponto de vista, Toto tem contas a prestar para os chefes alemães, que mesmo com o sucesso da equipe nos últimos quatro anos, tem bastante conta para pagar. Eles não se importam com o lado esportivo e "social" da questão. O que vale é o lucro com o título de pilotos e construtores garantido. Por mais que a vaia, as críticas e o ódio sejam dominantes no momento depois de um grande erro da Mercedes (admitido inclusive pela própria equipe), o que vale e sempre vai valer é o negócio. O problema é que grande parte desse negócio é articulado pela paixão dos fãs e o engajamento nos eventos e agora nas redes sociais.

Não é só isso. Toto Wolff, como chefe da principal equipe do momento, tenta colocar seus tentáculos em outros lugares, mas o efeito está sendo o contrário. Esteban Ocon tem boas chances de ficar de fora da próxima temporada pelo vínculo com a Mercedes. Pascal Wehrlein teve que romper com os alemães para ter chances de voltar para a F1, sendo o favorito para ser contratado pela Toro Rosso. George Russell deve assinar com a Williams. Por mais que dê certo, esse vínculo com Wolff/Mercedes fecha mais do que abre portas na F1 por uma questão de lógica, assim como nos casos de Red Bull e Ferrari.

Toto Wolff é o vilão da vez. Ele ocupa a posição que todos sonham: o chefe da principal equipe do momento. Todas suas decisões são amplamente analisadas, de dentro e de fora. Se os negócios estão bem, a imagem perante os fãs está bem chamuscada, mais do que o normal, que seria por estar no topo, com todo mundo na espreita querendo derrubá-lo. Os valores e louros do negócio valem mais que o respeito dos consumidores?

Toto Wolff é o alvo, assim como foi a Ferrari. Agora, não só esportivamente, mas também como instituição. A Mercedes fez aquilo que sempre criticou, e pelo motivo errado. Mas não se iludam. Quando a próxima equipe tiver um domínio tão amplo a ponto de escancarar um jogo de equipe ridículo igual o que vimos ontem, estaremos apontando o dedo.

Até!

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

GP DA BÉLGICA - Programação

O Grande Prêmio da Bélgica foi disputado pela primeira vez em 1925, e faz parte do calendário da Fórmula 1 desde a 1a temporada da categoria, em 1950.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Ayrton Senna - 1:41.523 (McLaren, 1991)
Pole Position: Michael Schumacher - 1:43.726 (Ferrari, 2002)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1992, 1995, 1996, 1997, 2001 e 2002)

VERSTAPPEN QUER CARRO COMPETITIVO PARA FICAR NA RED BULL

Foto: Getty Images

O contrato do holandês vai até o final de 2019. Entretanto, Max já pensa em alternativas caso os taurinos não consigam brigar por títulos nas próximas temporadas. Seu ano é decepcionante: muitos abandonos por problemas no carro e apenas um pódio, na China. Com isso, ele está 50 pontos atrás de Daniel Ricciardo na disputa interna da equipe.

Durante a etapa da DTM em Zandvoort, em seu país natal, Max atendeu os jornalistas e falou sobre seu futuro na Fórmula 1. Ele pretende continuar na equipe onde tem contrato. "Atualmente, não estamos onde quero estar, mas isso não significa que você deve sair. Agora é o momento de trabalhar duro", afirmou.

No entanto, essa possibilidade não está descartada caso os problemas persistam. "Se não melhorarmos em dois ou três anos, aí seria uma história completamente diferente. Estamos trabalhando para sermos melhores agora, e depois do ano que vem vamos ver o que vai acontecer no futuro", encerrou.

Max é um futuro campeão mundial, provavelmente será o mais jovem da história. Talento, arrojo e competitividade ele tem de sobra. É óbvio que precisa ser lapidado, mas os predicados existem. Diante de ofertas sedutoras de Mercedes e Ferrari e quem sabe da McLaren, caso os britânicos melhorem (o que é improvável), o desejo de ser campeão irá bater mais forte. Comparando com o basquete, igual Lebron quando saiu do Cavaliers e foi para o Miami Heat e agora com Kevin Durant no Golden State Warriors.

No entanto, Adrian Newey e companhia são mais do que capazes para fazer as coisas acontecerem. Só falta a Renault ter mais potência de motor, o que permite de fato a Red Bull ser uma candidata real ao título no ano que vem ou em 2019.

ROSBERG NÃO DESCARTA RETORNO AO AUTOMOBILISMO PELA F-E

Foto: Getty Images

O atual campeão mundial de F1 afirmou, em entrevista para a agência de notícias DPA, que no futuro ele pode ser chefe de equipe ou piloto de alguma categoria, mas não da F1. Ele considera que lá sua carreira está definitivamente encerrada.

Prestes a ser papai pela segunda vez, ele não tem pressa caso decida retornar. Correr sempre foi divertido para mim, então vamos ver o que acontece. Eu sempre serei um apaixonado pelo esporte e sempre haverá opções para me envolver. Não precisa ser amanhã, pode ser em dez anos, mas sempre será uma possibilidade", afirmou.

Um dos caminhos interessantes para Nico seria a Fórmula E. A categoria do futuro está com um bom número de montadoras no certame: Audi, BMW, Citroën, Jaguar, Porsche, Renault e Mercedes.
"É o futuro do mundo. Será divertido ver todas estas fábricas colocarem suas cartas na mesa. Vai mudar nosso mundo completamente. Temos carros que vão se autoguiar, e não em 20 anos, é um processo que já está em curso. Estou muito interessado em ver como nossas vidas serão simplificadas por isso", encerrou.

Rosberg seria um atrativo e tanto na F-E, caso decida se aventurar por lá nos próximos anos. Entretanto, parece não fazer sentido abandonar a melhor equipe da F1 depois do título para retornar a uma categoria ainda embrionária mas bastante competitiva. Talvez o intuito seja se divertir em um novo conceito de competição automobilística sem a rigidez e o desgaste das 21 etapas da F1, o que deixaria Nico relativamente ausente de sua família, agora que terá dois bebês em casa.

Vou encerrar por aqui porque estou imaginando coisas demais, mas resumindo: seria interessante Nico se experimentar em um novo ambiente, agora que não irá mais correr com a pressão da necessidade de ser campeão do mundo, feito que já conquistou contra nada mais nada menos que Lewis Hamilton. Que faça bom proveito.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 202 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 188 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 169 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 117 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 116 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 67 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 56 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 45 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 35 pontos
10- Nico Hulkenberg (Renault) - 26 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 23 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 18 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
15- Fernando Alonso (McLaren) - 10 pontos
16- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
17- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
18- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 357 pontos
2 - Ferrari - 318 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 184 pontos
4 - Force India Mercedes - 101 pontos
5 - Williams Mercedes - 41 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 39 pontos
7 - Haas Ferrari - 29 pontos
8 - Renault - 26 pontos
9 - McLaren Honda - 11 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO:






segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

ANÁLISE DA TEMPORADA 2016 - Parte 1

Foto: The Sun
Fala, galera! Depois de uma pausa necessária para descanso, essa semana teremos as últimas postagens do ano. Em virtude do inacreditável suspense sobre o retorno (ou não) de Felipe Massa, sua série especial fica, por ora, adiada até um segundo momento de 2017. Hoje iremos começar a analisar individualmente os pilotos da temporada 2016 da F1. Começarei pelas seis primeiras equipes colocadas no ano (Mercedes, Red Bull, Ferrari, Force India, Williams e McLaren). Vamos começar:

NICO ROSBERG - Eficiente e agressivo quando necessário. Aproveitou os erros e problemas de Hamilton para começar a temporada com quatro vitórias seguidas. Chegou a ficar 19 pontos atrás de Lewis no meio do ano, mas teve forçar para reagir, reultrapassá-lo na tabela e garantir o título inédito antes da surpreendente aposentadoria. Se no final ele foi bastante pragmático e arriscou pouco, apenas administrando a vantagem, é verdade que quando precisou ser agressivo também foi, contra Verstappen em Abu Dhabi. NOTA = 9,5

LEWIS HAMILTON - Começo ruim, com acidentes, problemas e largadas péssimas. Esses fatores impediram Lewis de ser tetra. Quando não teve infortúnios e/ou erros, sobrou como sempre. Com mais vitórias e poles na temporada, o vice fica marcado por esses problemas e a quebra da Malásia. Talvez, se tivesse acordado mais cedo para o campeonato e treinasse largadas antes, estaria desfrutando do quarto título mundial, o terceiro seguido. Como não existe "se"... NOTA = 9,5

Foto: ABC
DANIEL RICCIARDO - Herdou a vitória na Malásia, mas era para ter vencido antes em Mônaco, se a Red Bull não errasse na estratégia. Na Espanha, também poderia ter sido o ganhador, mas foi "sacrificado" outra vez nas paradas. É incrivelmente certeiro e preciso nas ultrapassagens, sem bater ou jogar alguém para fora da pista. Muitos (inclusive a Autosport) consideram o australiano o melhor piloto da temporada, o que não é nenhum absurdo. Seu desempenho cresceu após a chegada de Max a equipe. Tem tudo para brigar pelo campeonato do ano que vem. NOTA = 9,0

MAX VERSTAPPEN - Começou ainda na Toro Rosso e foi efetivado a Red Bull, substituindo Kvyat. Diante da crítica de quase todo mundo, Max mostrou porque é o maior talento da atual F1 ao vencer logo na estreia pela equipe taurina, na Espanha. Mostrando maturidade impressionante e qualidade sensacional, tenho certeza que o holandês em breve empilhará muitas taças de campeão mundial da F1. A atuação no Brasil é uma das melhores coisas que eu já vi na vida, digno de Senna, Schumacher, Hamilton ou Vettel. Todavia, sua juventude ainda lhe atrapalha em várias coisas: erros e um comportamento também imaturo (sim, ele alterna maturidade com imaturidade), com batidas e defesas de posição muito criticadas, que colocavam a integridade física dos pilotos em perigo. Não tenho dúvidas de que Max será campeão mundial em breve. NOTA = 9,0

Foto: F1
SEBASTIAN VETTEL - Ano difícil para o tetracampeão. Pela segunda vez na carreira, passou o ano sem vitórias. O ambiente efervescente da Ferrari não ajuda. Creio que o próximo ano não seja tão positivo também. Seb já poderia preparar o terreno para se transferir para a Mercedes em 2018. Nesse ano, cometeu muitos erros e bateu bastante, com dois incidentes de destaque com Kvyat. Seu grande momento na temporada foi xingar Charlie Whiting e a disputa com Verstappen no México. Perdeu para Raikkonen nos treinos. Segundo pior ano da carreira do alemão, que não tem uma boa perspectiva na Ferrari para 2017. NOTA = 8,0

KIMI RAIKKONEN - Escrevi no ano passado que esse seria seu último ano. Deve ser o próximo. Kimi evoluiu em relação a 2014 e 2015, mas ainda assim está muito longe de seu auge, na McLaren. Embora tenha sido o último campeão da Ferrari, sua passagem pela equipe italiana é bem ruim. Muito burocrático, foi batido por Vettel nos pontos. O saldo positivo foi ter sido mais veloz nos treinos, uma característica marcante dos seus tempos áureos que estava adormecida. Para o ano que vem, a tendência é repetir os últimos anos: atuações burocráticas em sua grande maioria e alguns brilharecos e desempenhos ruins escassos. NOTA = 8,0

Foto: F1
SÉRGIO PÉREZ - Mais uma vez Checo mostrou o seu valor. Diante do badalado Hulkenberg, o mexicano sobrou na Force India. No momento certo, aproveitou para brilhar e conquistar mais dois pódios, em Mônaco e em Baku. Na corrida monegasca, mais uma vez apostou em uma estratégia diferente e foi premiado com isso. No GP da Europa, iria largar em segundo. Punido com cinco posições pela troca de câmbio, largou em sétimo e chegou em terceiro em um final de semana espetacular. Checo vem melhorando nos treinos, tentando ser mais constante. Entretanto, sua maior característica é modificar a estratégia na corrida para surpreender. Em três anos com Hulk de companheiro de equipe, venceu em dois. Tem tudo para conseguir um carro melhor em 2018. Tem capacidade para isso. NOTA = 8,5

NICO HULKENBERG - O hype em cima de Hulk existe desde quando foi pole pela Williams no Brasil, em 2010. Desde então, decisões erradas e "azares" transformaram um piloto em potencial no novo Jean Alesi ou Nick Heidfeld dos tempos modernos. Com muitos acidentes e poucas corridas como destaque, Nico teve um ano normal. Sem Le Mans nessa temporada, ficou difícil sobressair. A mudança para a Renault é a última chance de brilhar na categoria. Entretanto, quando tudo parecia que ia virar, surge a informação de que Nico foi procurado para substituir o outro Nico, na Mercedes. Os franceses negaram. Como líder da equipe de Enstone para 2017, Hulkenberg vive um ano decisivo para seu futuro para a F1. É agora ou nunca. NOTA = 7,0

Foto: F1 Fanatic
VALTTERI BOTTAS - Com o carro da Williams bastante inferior ao dos últimos anos, o finlandês não conseguiu produzir muita coisa. Sempre constante e aproveitando as oportunidades, foi premiado com o pódio no Canadá, a melhor atuação individual de sua carreira. Beliscando sempre o sétimo ou o nono lugar, o que era disponível, Bottas não teve dificuldades para bater Massa de novo. O futuro piloto da Mercedes (?) pode ganhar a grande chance de sua carreira ano que vem, ou permanecer na equipe de Glove para ser líder no novo regulamento e com um piloto adolescente como parceiro de equipe. O futuro dirá. NOTA = 7,5

FELIPE MASSA - O último ano (?) da carreira do brasileiro foi melancólico. A queda de rendimento dele e da equipe ficaram evidentes. Nem a reação no segundo semestre e as boas largadas apareceram. Felipe se retira do circo no momento certo: sem espaço em carros competitivos e na descendente da carreira. Entretanto, isso pode mudar. Caso Bottas vá para a Mercedes, Felipe pode voltar para a categoria depois de sair pela porta da frente, repleto de homenagens, carinho e respeito dos fãs e do mundo da F1. Um piloto experiente, sem nada a perder, em um novo regulamento. Difícil fazer alguma projeção, mas seu retorno garantiria o Brasil na F1, pois a situação de Nasr é complicada. Enfim, Massa escolheu a hora certa para sair. Que curta outra categoria e o descanso merecido depois de 15 anos dedicados integralmente a F1. NOTA = 6,5

CARLOS SAINZ JR - Bastou Verstappen ir para a Red Bull para o espanhol começar a se destacar, apesar do motor defasado da Toro Rosso e dos inúmeros problemas mecânicos durante o ano. Mesmo assim, conseguiu bons pontos e aniquilou o apático e depressivo Kvyat no ano. Alvo de interesse de Renault e até Ferrari, o espanhol já deixou claro que quer alçar voos maiores. Com a improvável promoção a Red Bull (a não ser que Ricciardo vá para a Ferrari em 2018), a tendência é que o espanhol pressione a saída para outra equipe de fábrica. A Red Bull vai dificultar ao máximo, mas não resta outra opção a Sainz. NOTA = 7,0

DANIIL KVYAT - Um dos piores pilotos do ano. Sua cabeça virou uma grande montanha russa. De piloto Red Bull e com pódio na China a rebaixado para a Toro Rosso duas semanas depois. Na "nova velha equipe", seu desempenho seguiu pífio e patético. Sem conhecer o carro, foi tratorizado por Sainz. O russo parecia deprimido. Impossível não ficar com pena do que aconteceu com ele. Alguns pequenos lampejos de recuperação durante o ano e só. Teoricamente, não era nem para permanecer na F1 em 2017. Entretanto, dada a falta de confiança e de testes ruins de Pierre Gasly, o russo terá mais um ano na F1 para mostrar seu talento. Com a cabeça no lugar, talvez seja possível. No final, todos sabemos que ele será dispensado no fim do ano que vem, e geralmente um ex-Red Bull não consegue ir para outra equipe (vide Vergne, Buemi, Alguersuari, entre outros), à exceção de Liuzzi. Que as férias recuperem a força mental do russo. NOTA = 5,5

Foto: Pit Pass


Essa foi a primeira parte da análise. A segunda e última parte sairá amanhã. Até!

sábado, 3 de dezembro de 2016

A INESPERADA SAÍDA POR CIMA

Foto: Divulgação
Parecia pegadinha. Uma trollagem, como sempre acontece. Uma brincadeira. Não, não era.

Quando tudo parecia que aos poucos ia voltar a normalidade, de forma surpreendente e inacreditável, Nico Rosberg deu adeus para a F1 e se aposentou da F1 hoje, cinco dias depois de ser campeão mundial.

Rosberg, Button, Massa, Ron Dennis... que ano de despedidas da F1, hein? Fazia tempo que tantos pilotos de peso não saiam na mesma temporada. De quebra, a categoria perde dois títulos mundiais em menos de uma semana.

Segundo Rosberg, que recebeu o troféu de campeão mundial hoje em Viena, a ideia da aposentadoria começou a amadurecer em Suzuka. Seu grande sonho era ser campeão, e deu tudo de si para alcançar esse objetivo. Superar Hamilton lhe sugou muitas forças. Um título pra Nico é o suficiente. Quis parar por cima, "no topo da montanha". Até porque agora Rosberg teria que defender o título e provar suas qualidades ao invés de ser acusado de um campeão circunstancial. Hamilton não terá direito a revanche. Rosberg contou para a esposa, Vivian e Toto Wolff na segunda. Depois, para Lewis. Afinal, são amigos e rivais: O tricampeão debochou: "depois de 18 anos perdendo, venceu a primeira e se aposentou".

Foto: Reuters
Trata-se de uma decisão corajosa. É difícil parar no auge. Rosberg dificilmente seria campeão outra vez. Preferiu se retirar e curtir a vida com a família e a filha que recém nasceu. É o seu direito, obviamente. Assim como para Hunt e Kimi, um título basta. Nico claramente tinha apenas um objetivo: ser campeão mundial e depois sair. Não parece, aparentemente agora, desfrutar da carreira de piloto. Tem dinheiro, fama e agora reconhecimento. Seu último ato será sempre lembrado, o do título mundial depois de tantas derrotas para seu companheiro de equipe. Também venceu um Schumacher já afetado por lesões cerebrais pós-acidente de moto, quarentão e numa nova F1 da qual ele não estava habituado. Quem se importa? Seu "cartel" é muito bom. Venceu dois campeões mundiais na mesma equipe.

É a segunda vez que um campeão inédito se aposenta no ano seguinte. O último foi Mike Hawthorn, em 1958. Prost foi tetra em 1993 e largou, mas é outro contexto. Rosberg sai por cima para curtir a vida. Merecido.

Agora, diante de um mercado de pilotos praticamente fechado, abriu-se a vaga mais desejada da atual F1. Os principais candidatos? Wehrlein, piloto do futuro da Mercedes (o futuro é agora?), Bottas (agenciado por Toto Wolff, nunca pode ser descartado) e ele, a fênix Fernando Alonso, que possui um contrato bem amarrado com a McLaren até o ano que vem, mas diante de sua possível última chance de título, poderia se desvencilhar da McLaren. Dinheiro não falta. Todavia, corre bem por fora. Não descartaria também o ótimo Sérgio Pérez.

A notícia pode ser boa para Nasr. Com a provável ida de Wehrlein ou qualquer outro piloto já empregado, abre-se outra vaga que ele pode preencher, não necessariamente em uma equipe específica, mas principalmente na Manor. É o que restou. Está praticamente fora da Sauber. É o último suspiro para adentrar a F1.

Um post terá que ser feito nos próximos dias, mas o próximo piloto da Mercedes vai depender do perfil que a equipe deseja. Pela postura em Abu Dhabi, os alemães querem o máximo de pontos possíveis, o 1-2. Alonso seria o mais apropriado porque é a melhor das opções. Entretanto, a guerra com Hamilton seria ainda pior do que com Rosberg, até por existir um histórico entre o espanhol e o inglês. Todavia, Alonso parece mais "zen", o que poderia facilitar na negociação. É o que toda a F1 deseja: Alonso e Hamilton na mesma equipe, de novo.

Caso opte por um "segundão", Wehrlein está há tempos sendo preparado para assumir o posto da equipe prinicipal. O fato de ser preterido por Ocon na Force India o frustrou muito. Entretanto, Pascal pode ter recebido o GRANDE presente de Natal. Seria uma prova de fogo sair da Manor direto para a melhor equipe da F1, com muita pressão para andar na frente e com rivais na cola (Red Bull e Ferrari). Certamente não faria frente a Hamilton, mas poderia ser um bom escudeiro, assim como Pérez e Bottas, esses mais carimbados, experimentados e melhores.

Serão semanas quentíssimas na silly season desse fim de ano. Até quando dura as especulações? Será que a Mercedes já sabia antes e se preparou para negociar com alguém ou aprontar Wehrlein? Saberemos em breve.

Valeu, Rosberg!

Foto: AFP






segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A EFICIÊNCIA VENCEU O TALENTO

Foto: Getty Images
Antes de mais nada: ninguém é campeão por acaso e não existe título injusto. Portanto, Nico Rosberg é o legítimo campeão da temporada 2016. Outra leitura que é correta de se fazer é que a quebra no motor de Hamilton no GP da Malásia decidiu o campeonato. Desde o Japão, o título de Rosberg estava encaminhado e que apenas uma catástrofe o impediria de fazer história. Hamilton utilizou todos os meios legais possíveis, mas não contava com uma prova tão insossa dos quatro possíveis "ajudantes" a desbravar o tetra. Rosberg capitalizou em cima dos erros e problemas de Lewis. Junto com sua pilotagem consistente, eficaz e regular, sagra-se campeão mundial. Agarrou a terceira oportunidade que teve.

A família Rosberg igualou o feito da família Hill: pais e filhos campeões (Graham e Damon - 1962, 1968 e 1996; Keke e Nico - 1982 e 2016). Nada mais icônico que Damon entrevistar Nico após a corrida!

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Hamilton teve um dia de Massa em 2008: vitória amarga. Lewis tem total razão em afirmar e se queixar do estouro do motor da Malásia. Entretanto, suas largadas ruins e o desempenho patético em Baku também contribuíram para a perda do tetra. Hamilton acordou tarde demais para a disputa. Mesmo assim, deu um sufoco em Nico. Não há dúvidas que o britânico é muito mais rápido e talentoso que o alemão. Todavia, Rosberg utilizou sua rapidez e constância para superar o talento e a genialidade de Lewis. Óbvio que o novo campeão tem muito talento, mas menos que Hamilton. Resta saber se Rosberg será um campeão circunstancial ou irá defender o título ano que vem com a mesma garra, força e destreza que teve esse ano.

Muito se discutiu sobre a tática de Hamilton ser suja ou não. Está nas regras e não, não é nenhum pouco suja. Se ele estava muito "lento", teoricamente era mais fácil de ultrapassá-lo, não? "Ah, mas dai o Hamilton ia jogar o carro em cima do Rosberg". Não tenho bola de cristal para saber, e outra: as chances disso dar certo eram quase nulas. Mesmo que Nico abandonasse e Lewis seguisse, era certo que seria penalizado no final. A única chance de Hamilton ser campeão era contar com a aproximação de Red Bull e Ferrari para pressionar e ultrapassar Nico ou uma quebra. Não deu, mas faz parte do jogo. Tática esperta e interessante, só faltou combinar com uma corrida melhor dos outros quatro pilotos.

Foto: Divulgação
Outra coisa: por quê a Mercedes quis tanto interferir na corrida? Tudo bem que o objetivo da equipe é fazer o 1-2 tranquilo, mas precisavam manter a palavra de "disputa entre os dois na pista sem interferência". Que palhaçada foi aquela do Paddy Lowe querer pressionar Lewis a andar mais rápido? Em detrimento de quem? Rosberg? Só para garantir os interesses da equipe? Não tinha nada em jogo a não ser o título, os construtores já haviam sido conquistados no Japão. A resposta de Hamilton foi perfeita: "sou líder e estou num ritmo bom, não vejo motivos para acelerar". Só faltou o presidente da Mercedes obrigar Lewis a acelerar. Bastava Nico ter o arrojo de ir pra cima e passar. Preferiu a cômoda segunda posição. Escolhas são escolhas, e isso bastava para o título.

Red Bull e Ferrari foram abaixo do que poderiam ter sido. Raikkonen largou bem mas teve um ritmo muito lento, foi pressionado por Ricciardo no primeiro e segundo stint para depois ser ultrapassado pelo australiano e Vettel na segunda parada de pit-stops, terminando em um longínquo sexto lugar. Ricciardo largou com os supermacios e tinha tudo para fazer uma estratégia interessante como Verstappen fez. Entretanto, inexplicavelmente a Red Bull o chamou para os boxes logo na volta seguinte onde ele liderava depois de fazer a volta mais rápida da prova, mofando na quinta posição. Uma corrida sem brilho, vitimada pelo erro estratégico dos taurinos.

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Verstappen chegou a incomodar Rosberg quando era segundo. A rodada na largada prejudicou seus planos. Mesmo assim, foi ultrapassado com maestria pelo alemão, e não teve forças para incomodá-lo na parte final da prova, mesmo diminuindo lentamente a distância de 26 segundos que possuía. A estratégia de Hamilton permitiu a Vettel voltar para o stint final com os supermacios. Conseguiu passar as Red Bull e garantiu o pódio na terceira posição. Se tivesse mais algumas voltas, poderia ter passado Rosberg. Poderia. Agora, tudo é "se" e passado...

O outro pelotão da corrida não merece muitos comentários. Hulk e Pérez confirmaram a quarta posição da Force India nos construtores. Alonso foi o décimo. A Manor terminou na frente da Sauber. Fim de ano caótico da Toro Rosso, Haas abaixo dos pontos e Renault deprimente. Como Palmer pode ter contrato para o ano que vem numa equipe desse porte? Sobre Massa e Button, falarei durante a semana. Preciso terminar o especial Button e, em breve, farei o especial do brasileiro. Só para constar. Triste Jenson abandonar logo no início da prova. Entretanto, assim como Massa, Button pode ter mais destaque na despedida, sendo filmado pela direção de prova e homenageado pelos fãs, que o aplaudiram muito no momento em que chegou aos boxes. Uma despedida digna de um campeão mundo e boa praça. Só faltou John Button, mas ele está olhando tudo e com muito orgulho do filho.

Massa foi o nono e coroou mais um final de semana especial, com presentes e mini-documentário com a presença de todos os pilotos do grid e depoimentos de pilotos e dirigentes. Nunca vi alguém ser tão homenageado em sua última prova, nunca! Nem grandes campeões tiveram todo esse respeito e reverência que o brasileiro teve, fruto da simpatia, caráter, hombridade e respeito com todo o paddock, algo raro de ver em um meio mais do que nunca competitivo, sujo, corrupto, trapaceiro e estressante que é a F1. Valeu, Felipe!

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Confira a classificação final do Grande Prêmio de Abu Dhabi:



A Fórmula só volta daqui longínquos quatro meses (muito triste em ler isso), no Grande Prêmio da Austrália, nos dias 25 e 26 de março, senão me engano. Até lá, muitos testes de pré-temporada, análises e especulações aqui no blog! 

Até!




sexta-feira, 25 de novembro de 2016

À ESPERA DE UM MILAGRE

Foto: Getty Images
Convenhamos: diante da atual F1, o título de Rosberg no domingo é uma mera formalidade a ser cumprida. Diante de um circuito chato, sem pontos de ultrapassagem e clima que varia (afinal, está localizado em um deserto), é muito difícil que o alemão não chegue, no máximo, na segunda posição.

Para Hamilton conseguir o tetra, o imponderável precisa acontecer: algum incidente com o carro de Nico, seja uma batida ou algum problema hidráulico ou mecânico. Do contrário, o filho de Keke conquistará seu primeiro título mundial da carreira em menos de 48 horas.

Nos treinos de hoje, ficou evidente que a Mercedes não terá concorrência na corrida. Hamilton liderou as duas sessões, mas com vantagem mínima. Nada está definido para o qualyfing. Aliás, mesmo se o carro #44 largar na frente, seu histórico ruim de largadas pode atrapalhar. Agora, só resta esperar (e rimou, rima pobre).

Depois das Mercedes, vem a Red Bull e a Ferrari (Pérez em sexto, na frente de Raikkonen). Sainz foi o oitavo, com Massa em nono e Ericsson em um excelente décimo lugar no TL1. Nasr foi o 13° e Bottas o 15°. Dois pilotos reservas participaram da sessão: Alfonso Celis Jr (Force India) e Jordan King (Manor).

Foto: Getty Images
Button irá utilizar um capacete com as cores da Brawn GP, onde foi campeão mundial em 2009 (as duas partes finais do Especial Jenson Button sairão amanhã e segunda...) foi apenas o 20° na primeira sessão.

No TL2, Vettel teve problemas no carro nos minutos finais e parou no meio do circuito. Kvyat, que já havia apresentado um problema de pneu no TL1. O pneu traseiro esquerdo furou e sua Toro Rosso rodou e quase bateu em cheio na barreira de pneus. Sorte que há uma larga área de escape, do contrário... Por conta disso, a equipe não mandou mais seus pilotos para a pista para investigar as causas. Sainz e Kvyat terminaram a sessão nas últimas posições.

Com a utilização dos pneus roxos (supermacios), Vettel se intrometeu entre as Red Bull e terminou o TL2 em terceiro, seguido de Verstappen e Ricciardo. Raikkonen foi o sexto, seguido de Bottas, Pérez, Hulkenberg e Massa fechando o top 10. Não é comum o brasileiro terminar a frente do finlandês nas duas sessões de sexta-feira. Bom sinal. Nasr ficou um décimo a frente de Ericsson, com a 18a posição.

Foto: Getty Images

Foto: Divulgação
CURTINHAS: O GP do Canadá foi confirmado para o ano que vem. Nurburgring, na Alemanha, foi descartado. Com isso, o Brasil é a única incógnita do calendário. Bernie disse que espera que tudo saia bem, e as coisas estão encaminhadas.

Na entrevista para o Lívio Oricchio, a Sauber deixa claro que Nasr dificilmente permanecerá na equipe para o ano que vem. Pagar os funcionários e ter dinheiro em caixa é mais importante que talento. A diminuição do patrocínio do Banco do Brasil é fator primordial nesse acordo (ou desacordo, no caso). Nem o fato de Felipe marcar os 2 pontos de 40 milhões de dólares seja o suficiente para sua permanência. Entre os candidatos ao seu lugar estão Wehrlein, Gutiérrez e até Haryanto. Para Nasr, só deve restar a Manor, que eu acredito ser uma alternativa melhor que a Sauber, que utilizará o motor Ferrari desse ano e não tem tanto dinheiro. A Manor também está com problemas, mas tem ao seu dispor o motor Mercedes e bom auxílio dos alemães, que desejam transformar a equipe em uma "Mercedes B". Espero que até o fim do ano a situação esteja resolvida e esperamos todos que com um final feliz para o Brasil.

Confira os tempos dos primeiros treinos livres para o Grande Prêmio de Abu Dhabi:



Até!


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

GP DE ABU DHABI - Programação



O Grande Prêmio de Abu Dhabi acontece sobre o crepúsculo. Inicia-se de dia e encerra-se à noite. Mistura um traçado de rua com retas longas e curvas "em cotovelo", típicas do arquiteto da F1, Hermann Tilke. Foi disputado pela primeira vez em 2009 e vencido por Sebastian Vettel.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:40.279 (RBR, 2009)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:38.481 (RBR, 2011)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Sebastian Vettel - 3x (2009, 2010 e 2013)


MALÁSIA E CINGAPURA DE SAÍDA DA F1

Foto: Divulgação
Nazri Abdul Aziz, ministro do Turismo e da Cultura da Malásia, o país deixará de sediar o Grande Prêmio em 2018, ano em que se encerra o contrato com a categoria. Ele afirma que a corrida é muito cara e não tem trazido o retorno esperado, tanto em público quanto em dinheiro. O país gasta cerca de US$ 68 milhões (R$ 230 milhões) por ano para realizar a corrida. Cingapura deve sair antes, no ano que vem. É o que afirma o chefão Bernie. 

- A corrida lá em Cingapura custa caro, mas eles também fizeram muito dinheiro. Do nada, Cingapura deixou de ser apenas um ponto parada em seu aeroporto. Agora eles acreditam que atingiram o seu objetivo e, por isso, não precisam mais de um GP – revelou.

Em relação a Canadá, Brasil e Alemanha, Bernie disse que está "fazendo o possível" para mantê-las. A situação do circuito alemão é a mais complicada. "Fica difícil subsidiar uma corrida na Alemanha e não fazer isso com as outras provas da Europa", disse o chefão.

Bernie trocou as corridas europeias pelo dinheiro do Oriente. É o seu direito. Entretanto, está começando a levar um pé na bunda. Sua postura intransigente também não contribui para a manutenção de outros circuitos tradicionais. Talvez seja a hora de rever seus métodos e também pensar em alternativas para manter o circo da F1 com 20 corridas. Ímola, Donington e Magny Cours poderiam retornar, não? E Buenos Aires, claro! (Mais por questões de logística hahaha)

"SURPRESA": SAUBER RENOVA COM ERICSSON

Foto: F1 Fanatic
O anúncio do óbvio foi realizado na segunda pela manhã. Será a terceira temporada do sueco com a equipe suíça. Ericsson está na F1 desde 2014, quando estreou pela finada Caterham. Desde então, foram sete pontos conquistados em quatro anos, todos no ano passado. A Tetrapak salvou a Sauber da falência. Então, podemos considerar Ericsson como um "dono" do time, nada mais natural a sua permanência. Ninguém dá a mínima para a capacidade do piloto, principalmente em equipes pequenas.

Nasr, com o grande corte do patrocínio do Banco do Brasil (aliás, segunda foi anunciado o fechamento de diversas agências e demissão de funcionários), está praticamente fora da F1. Não duvido do retorno de Gutierrez e seu grande capital mexicano nos bolsos. Wehrlein? Possibilidade secundária.

Sobram-se duas vagas na Manor, onde uma teoricamente é do próprio alemão Pascal. A regra é: quem tem mais dinheiro, leva. Haryanto pode voltar, e Giovinazzi não é descartado. Aliás, creio que a vaga fica entre o brasileiro e o italiano na Manor. Infelizmente, um talento ficará fora do grid. Resta saber qual.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 367 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 355 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 246 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 197 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 192 pontos
6 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 178 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 97 pontos
8 - Valtteri Bottas (Williams) - 85 pontos
9 - Nico Hulkenberg (Force India) - 66 pontos
10- Fernando Alonso (McLaren) - 53 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 51 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 46 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 29 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 25 pontos
15- Jenson Button (McLaren) - 21 pontos
16- Kevin Magnussen (Renault) - 7 pontos
17- Felipe Nasr (Sauber) - 2 pontos
18- Jolyon Palmer (Renault) - 1 ponto
19- Pascal Wehrlein (Manor) - 1 ponto
20- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 722 pontos
2 - Red Bull TAG Heuer - 446 pontos
3 - Ferrari - 375 pontos
4 - Force India Mercedes - 163 pontos
5 - Williams Mercedes - 136 pontos
6 - McLaren Honda - 75 pontos
7 - Toro Rosso Ferrari - 63 pontos
8 - Haas Ferrari - 29 pontos
9 - Renault - 8 pontos
10- Sauber Ferrari - 2 pontos
11- Manor Mercedes - 1 ponto


TRANSMISSÃO