quinta-feira, 30 de novembro de 2017

UMA INTERVENÇÃO NA SAUBER

Foto: Turbos and Tantrums
Durante o ano, o presidente da Ferrari e do grupo FIAT, Sérgio Marchionne, falou sobre o seu sonho em fazer retornar a marca Alfa Romeo à F1. Pois bem, o regresso do grupo foi mais rápido que poderíamos imaginar.

No início do ano, a Sauber chegou a anunciar uma parceria técnica com a Honda para 2018. Os suíços, que durante tantos anos foram uma Ferrari B e conseguiam alguns pontos, queria andar com as próprias pernas. Pois bem, isso foi um desastre que acabou com as finanças da equipe e quase faliu definitivamente a ex-equipe de Peter Sauber, com a administração de Monisha Kalterborn e agora de empresas da Suíça e da Suécia, que bancam Marcus Ericsson.

A Alfa Romeo está de volta à F1 em uma parceria com a Sauber e a Ferrari. Ausente da F1 desde 1988 (quando era fornecedora de motores e como equipe desde 1985), as três partes assinaram um acordo para uma parceria tecnológica e comercial. O logo da empresa irá estampar o local destinado ao patrocinador principal no carro da equipe suíça. Além do mais, a equipe irá se chamar Alfa Romeo Sauber F1 Team, e os motores Ferrari (atualizados) serão nominados como Alfa Romeo. A parceria tem os mesmos moldes do que a Sauber e a BMW fizeram entre 2006 e 2009, o melhor período dos suíços na F1, com a vitória de Robert Kubica no Canadá, em 2008.

Leclerc já está confirmado. Quem será seu parceiro? Foto: Sky Sports
Na prática, a Ferrari acaba de retomar o controle de uma importante aliada, onde por muito tempo fez experiências envolvendo componentes dos carros e também empréstimo de pilotos. Nunca é demais lembrar que Felipe Massa foi emprestado pelos italianos aos suíços durante três anos (2002, 2004 e 2005) antes de ser promovido à Ferrari em 2006. Os italianos também possuem um acordo estratégico de peças e motor com a Haas, o que também pode envolver futuramente pilotos. Ano passado, Gutiérrez pilotou para a equipe americana e piloto reserva dos ferraristas. Este ano, em diversas oportunidades, Antonio Giovinazzi participou de algumas sessões de treinos livres em detrimento de Grosjean ou Magnussen.

Campeão da F2 e piloto da academia da Ferrari, Charles Leclerc já está confirmado, embora ainda não oficialmente (frase estranha mas azar). O anúncio dessa parceria talvez possa acarretar no futuro de Ericsson na equipe. Com a Tetrapak lhe sustentando desde o ano passado, pode ser que os suecos percam influência na Sauber, o que pode ser gradativo ou imediato. Se for gradativo, talvez Ericsson ainda corra por mais um ano com os suíços. Se for imediato, ele pode ser substituído por outro piloto da academia Ferrari, o próprio Giovinazzi, que substituiu Pascal Wehrlein nas duas primeiras etapas desse ano. Aliás, o alemão é quem irá ficar a ver navios, definitivamente.

A Ferrari e a Alfa Romeo chegam para socorrer e intervir na cambaleante Sauber, que virou a mais pobre e nanica do grid. Uma parceria técnica pode gerar bons resultados no futuro, mas no médio prazo. A tendência é que os suíços sigam como a pior do grid, até porque esse anúncio está sendo feito às vésperas de um novo regulamento, onde as equipes já estão trabalhando faz um bom tempo.

O mais importante é a crença na reestruturação de uma equipe tradicional que decaiu por uma péssima administração até chegar ao ponto de ser refém de um piloto sueco ruim. Sua saída será comemorada pelos fãs, pois Giovinazzi e Leclerc possuem potencial para serem grandes estrelas da F1 no futuro.

Com essa aquisição, fica cada vez mais claro o rumo "WEC e DTM" que a F1 está tomando: montadoras com equipes-satélites. Faltam carros para a F1. A esperança é que o novo regulamento de 2021 atraia gente como Porsche, Aston Martin, Andretti, etc. Vamos torcer.

O panorama é o seguinte:
Ferrari: Haas e Sauber
Mercedes: Force India e Williams
Renault: Red Bull (até 2018) e McLaren
Honda: Toro Rosso


Até!

terça-feira, 28 de novembro de 2017

SOBRE HALOS E LOGOS

Foto: Sky Sports
O primeiro ano da Liberty administrando a F1 caracteriza-se pelo começo da implementação de ares de modernidade. Com uma maior presença nas redes sociais, foram disponibilizados os rádios das equipes, melhores momentos das corridas e as entrevistas após treino e corrida diretos na pista. Dizem que os testes de inverno podem ser transmitidos online. Seria fantástico. Nesse lado, a F1 evoluiu bastante, até porque era impossível ser mais obtusa do que a administração arcaica de Bernie Ecclestone.

Para o ano que vem, serão acrescentadas câmeras 360°, usadas há muito tempo na Nascar e na Indy com o intuito de aproximar ainda mais o fã da sensação de guiar um F1 e se relacionar com o clima do autódromo e da pista. Impossibilitada de fazer muita coisa até o final do Pacto de Concórdia, que será em 2020, a única mudança aerodinâmica será o fim das barbatanas. A McLaren exerceu o veto de última hora nesse fim de semana.

Com as mãos engessadas, a Liberty primeiro busca dar uma identidade própria para a Fórmula 1. Outro passo foi dado com o tal novo logo, que é feio. No entanto, iremos nos acostumar, fazer o quê. Ao menos escolheram a alternativa menos pior. Mais um ato para deixar a Era Bernie no passado, ao menos no que se refere a redes sociais, marketing, engajamento, etc.

Foto: Divulgação

A aberração-mor foi com certeza o Halo. Preteriram até o Aeroscreen, que era uma alternativa menos ruim. Essa proteção não evitaria nenhum acidente recente da F1, não há sentido algum colocar isso. E o pior: atrapalha a visão dos pilotos e deixa o carro de F1 horrível. Alguém se atreveria a comprar uma miniatura dos carros que virão nos próximos anos? Minha esperança é que desistam da ideia o quanto antes.

Com um regulamento congelado, Halo, poucas ultrapassagens, quatro anos de domínio da Mercedes e câmeras 360°, fica difícil atrair novos fãs com essas corridas previsíveis, principalmente em circuitos patéticos como Abu Dhabi. O novo engajamento só irá funcionar se as pistas entregaram um bom produto para todos.

Para isso, a Liberty e a FIA terão dois anos para pensar em alternativas. Veremos o que acontece até lá - sem Halo, espero eu.

Até!

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

FIM DE UMA ERA

Foto: Getty Images
26 de novembro de 2017 é um dia que vai entrar para a história da F1. O dia que a categoria, sob a administração da Liberty, anuncia que irá entrar em uma "nova era", cujo ninguém sabe do que se trata.

Ah, vamos ver: novo logo, corridas com o inútil Halo, apenas três motores para a temporada toda e muita interatividade, a única coisa boa nesse meio tempo. Opa, isso vai ser tema de outro post durante a semana (escrevendo agora, poderia ser interessante uma análise do primeiro ano da Liberty como proprietária da F1... escreverei? Talvez). Ah, a McLaren vetou o uso das barbatanas e teremos a câmera 360°. Uhul, mas quem se importa?

Bom, tentaremos falar sobre a corrida. Que corrida? Nona edição do GP de Abu Dhabi. Circuito está ficando tradicional... Tradicionalmente bosta. Sempre começa do jeito que termina, e não foi diferente: Bottas, Hamilton e Vettel. Raikkonen herdou o quarto lugar de Ricciardo, que herdou o azar que Max tinha na primeira metade da temporada. Hulkenberg foi o sexto, resultado que fez a Renault ultrapassar a Toro Rosso nos construtores. Felipe Massa se despediu da F1 com um suado pontinho do décimo lugar. Incrível o respeito do mundo da F1 com ele. Já agradecemos tanto Massa nos últimos dois anos que soa repetitivo fazer isso outra vez... foda-se: valeu, Felipe!

Foto: Getty Images
A corrida de Abu Dhabi serve como um instrumento de tortura transmitido mundialmente para masoquistas (ou não). Se um dia tiver filhos, farei um compilado de corridas desse espetacular circuito (até porque com o dinheiro investido, teremos esse GP por várias décadas, isso se a F1 existir até lá) para ele assistir na íntegra. Mais eficaz e barato que Super Nanny e essas psicologias baratas que existem por aí.

A corrida foi tão deprimente que os pilotos que mais apareceram foram Stroll e Grosjean. STROLL E GROSJEAN em uma disputa pelo 13°. Nem o pelotão intermediário salvou. Em uma corrida patética, o canadense de berço esplêndido terminou em último e chegou a levar um calor do Ericsson com motor de quase dois anos defasado. A Toro Rosso digladiando com a Sauber seria um prenúncio da nova parceria com a Honda.

Bom, o melhor momento da corrida foi quando acabou e teve um show de zerinhos. Bottas dominou do início ao fim, mas agora Inês é morta. Ou não, vai que ele se empolgue igual um certo filho de finlandês...

A nova era da F1 vem aí. Diante de tanta catástrofe, minha torcida é para que Ferrari, Red Bull ou outra equipe consiga frear o domínio de quase meia década da Mercedes. Talvez esteja pedindo demais (ou com certeza?). Tentei alguma analogia com "mais fácil __________ acontecer do que tal coisa", mas não pensei em nada bom. Sinal para encerrar por aqui a temporada 2017 da F1 no blog.

Confira a classificação do GP de Abu Dhabi. Fique atento que nesse final de ano ainda teremos alguns materiais interessantes por aí :)


Até!

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

RITMO DE FÉRIAS

Foto: Getty Images
Todo mundo louco pelas férias. Antes disso, a última corrida da temporada. Nesse clima de formalidade, a F1 chega mais uma vez em Abu Dhabi com tudo definido. Para os fãs, fica o registro da última corrida de Felipe Massa e também a última corrida com os carros sem o Halo, aquela coisa horrorosa que não sabemos se irá de fato proteger os pilotos nas batidas.

Bom, no TL1 Vettel foi o mais rápido, seguido por Hamilton, Verstappen, Raikkonen e Bottas. Massa foi o nono. Mais uma vez, a briga será entre Mercedes e Ferrari. Afinal, desde que Lewis sagrou-se tetra, ele ainda não venceu. Como sempre, a Mercedes é favorita no qualyfing por dispor de potência extra no motor. Na corrida, o equilíbrio é maior, e a promessa é que a corrida tenha emoção, apesar de ser no insosso circuito de Abu Dhabi e não valer mais nada por aqui.

Foto: Getty Images
A destacar o dedo do meio de Ricciardo em direção a Grosjean no TL2. Os pilotos da Haas estão com moral, hein? Também, cometem erros atrás de erros...

Hamilton fez o tempo mais rápido do fim de semana. Vettel ficou em segundo, Ricciardo em terceiro, seguido de Raikkonen e Bottas. Massa foi o 11°.

Foto: Reprodução Twitter


É nesse clima de fim de festa que a F1 passa mais uma vez por Abu Dhabi. Confira a classificação das duas primeiras sessões de treinos livres:



Até!

GP DE ABU DHABI - Programação

O Grande Prêmio de Abu Dhabi acontece sobre o crepúsculo. Inicia-se de dia e encerra-se à noite. Mistura um traçado de rua com retas longas e curvas "em cotovelo", típicas do arquiteto da F1, Hermann Tilke. Foi disputado pela primeira vez em 2009 e vencido por Sebastian Vettel.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:40.279 (Red Bull, 2009)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:38.481 (Red Bull, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Sebastian Vettel (2009, 2010 e 2013) e Lewis Hamilton (2011, 2014 e 2016) - 3x

UM NOVO LOGO PARA A F1

Foto: Divulgação
A Liberty Media registrou esses três logos como possíveis substitutos do atual, vigente desde o início dos anos 2000. A ideia é padronizar nos moldes da MotoGP, que usa logos semelhantes para a Moto2 e a Moto3, fazendo o mesmo com a F2 e a F3.

Um dos objetivos da Liberty é apresentar um ar de novidade, não só na gestão, mas também através do logo, sinalizando pra valer o fim da Era Bernie Ecclestone. Segundo o site Grand Prix 247, a expectativa é que o novo logo seja anunciado nessse final de semana, durante o GP de Abu Dhabi, e já irá entrar em vigor no ano que vem.

O logo da F1 é tão bonito. Honestamente, não gostei de nenhuma das três, mas deve ser questão de costume. A melhorzinha é o logo que tem a fonte semelhante a do Play Station. Aos poucos, a nova F1 fica cada vez mais evidencidada. Resta saber se essas mudanças irão seguir nos próximos anos em outras valências.

MAIS UM MANDATO PARA JEAN TODT

Foto: AP
Francês será reeleito para o terceiro mandato no comando da FIA. Todt foi o único a se candidatar para o cargo e será automaticamente eleito na Assembleia Geral da FIA, no dia 8 de dezembro, em Paris. O ex-dirigente da Ferrari assumiu a FIA em 2009, sucedendo Max Mosley e foi reeleito em 2013.

Nesses oito anos, Todt teve que lidar com a chegada (e saída) de três novas equipes e inúmeros problemas financeiros dos times menores. O novo regulamento de motores mudou apenas a hegemonia, ao invés de criar algum equilíbrio. Com a chegada da Liberty, a expectativa é que ambos trabalhem em conjunto para conciliar uma F1 mais atrativa para os fãs e para quem trabalha no ramo, onde as equipes tenham condições de competir sem gastar quantias exorbitantes.

Para isso, deveria ser feito um teto orçamentário, o que obviamente as gigantes não irão concordar. Todt também realiza em seus mandatos ações de segurança e prevenção a alta velocidade no trânsito.
 
Com a F-E sólida, mas WEC e categorias de base capenga, o desafio de Todt é trabalhar no interesse das empresas no automobilismo e pavimentar caminhos que seduzam os jovens pilotos a participar das competições da FIA.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 345 pontos (CAMPEÃO)
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 302 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 280 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 200 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 193 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 158 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 94 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 83 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 54 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 42 pontos
11- Lance Stroll (Williams) - 40 pontos
12- Nico Hulkenberg (Renault) - 35 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 19 pontos
15- Fernando Alonso (McLaren) - 15 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 5 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 625 pontos (CAMPEÃ)
2 - Ferrari - 495 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 358 pontos
4 - Force India Mercedes - 177 pontos
5 - Williams Mercedes - 82 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 53 pontos
7 - Renault - 49 pontos
8 - Haas Ferrari - 47 pontos
9 - McLaren Honda - 28 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO:




quarta-feira, 22 de novembro de 2017

ÚLTIMO GÁS

Foto: Motor Sport Magazine
Sediar as últimas etapas do Mundial de F1 tem seus ônus e bônus. Enquanto se paquera com a possibilidade de sediar a etapa decisiva para o título, também pode ser uma corrida dispensável por estar tudo decidido. Nesse ano, foram os casos de Brasil e Abu Dhabi.

O circuito dos Emirados Árabes será disputado pela nona vez. Em apenas quatro a corrida teve caráter de decisão ou algo relevante: em 2010, quando Vettel foi campeão; 2012, quando Raikkonen venceu pela primeira vez após retornar a categoria e levar a decisão entre Vettel e Alonso para o Brasil; 2014, o segundo título de Hamilton e no ano passado, quando Rosberg foi o campeão. Ademais, corridas mornas em um circuito chatíssimo e com uma atmosfera que nada tem a ver com a F1 e sim com a administração Bernie Ecclestone: artificial, sem sal e apenas preocupada com status e dinheiro.

A corrida desse final de semana será nesses moldes. O que teremos de interessante? A última corrida (agora sim) de Felipe Massa. Também será a derradeira prova sem a presença do repugnante Halo. Outras curiosidades: última corrida da fracassada segunda parceria entre Honda e McLaren; a provável última participação de Pascal Wehrlein, que será substituído por Charles Leclerc na Sauber e é isso, pelo que eu me lembre.

Na semana que vem começarão os testes visando a próxima temporada. É possível que Robert Kubica seja oficializado pela Williams. Afinal, o polonês irá participar de algumas sessões. Outra notícia que corre essa semana é, mais uma vez, uma possível aquisição da Sauber por parte da Ferrari, transformando-a na Alfa Romeo e colocando outro piloto de sua academia no certame: Giovinazzi, que já participou das duas corridas iniciais nesse ano, substituindo Marcus Ericsson, bancado pelos donos da equipe, que são investidores da também sueca Tetrapak.

Ademais, podemos esperar muito luxo, artificialidade, celebridades, shows do Pharell, Imagine Dragons e The Killers para celebrar o fim de mais uma temporada da F1 em Abu Dhabi. Parece até o fim da minha faculdade: contando os dias para a banca.

E é isso. Até mais!

terça-feira, 21 de novembro de 2017

CELEBRAÇÃO E DECEPÇÃO

Foto: Getty Images
O fim de semana foi de fortes emoções para o automobilismo brasileiro. Tudo começou na sexta-feira, quando Pietro Fittipaldi garantiu o título da Fórmula V8, no Bahrein. O neto de Emerson Fittipaldi tinha dez pontos de vantagem para o vice-líder e rival Matevos Isaakyan. Na classificação, Pietro fez o segundo tempo, mas foi punido por passar do limite de velocidade nos boxes e foi punido perdendo dois lugares, largando em quarto, enquanto o rival largou na pole. Entretanto, logo na volta de apresentação Isaakyan deixou o carro morrer, largando dos boxes.

Na largada, Pietro pulou para o segundo lugar e de lá não saiu, garantindo o título. Isaakyan foi o décimo. O brasileiro se junta a nomes como Fernando Alonso, Robert Kubica, Marc Gené, Kevin Magnussen e Heikki Kovalainen como campeões da categoria. A diferença fundamental é que antigamente a Fórmula V8 tinha apoio da Renault (era denominado World Series) e, portanto, era uma categoria mais valorizada. Pietro fez sua obrigação, tinha o melhor carro e encarou uma Fórmula V8 praticamente sucateada. Essa pode ser a última edição da categoria, que não existirá em 2018 por não ter inscrições suficientes.

Apesar disso, Pietro garantiu a Superlicença da FIA, necessária para chegar a F1. No entanto, o próximo passo do neto de Emerson rumo à F1 deve ser a F3 ou a F2, categorias mais competitivas e com desafios mais elevados, onde certamente deverá ser colocado à prova se Pietro terá condições de chegar à F1 nos próximos anos. Enfim, parabéns para o brasileiro!

Foto: Dutch Photo Agency
No dia seguinte, também no Bahrein, um Senna voltou a ser campeão mundial. Válido pela categoria LMP2 do Mundial de Endurance, o carro #31 da equipe Rebellion composto por Bruno Senna, Nicolas Prost e Julien Canal venceu a etapa final da temporada. A vitória veio com muito sofrimento, pois o carro #38 da Jackie Chan Racing pressionou nas voltas finais. O Rebellion #13 de Nelsinho Piquet e seus companheiros ficou em terceiro.

Por outro lado, na LMP1, a vitória foi do trio da Toyota composto de Anthony Davidson, Kazuki Nakajima e Sebastién Buemi. A corrida do Bahrein marcou a despedida da Porsche do Mundial. O trio já campeão Brendon Hartley (que agora ficará em definitivo na Toro Rosso), Timo Bernhard e Earl Bember ficou em segundo, seguido do também trio da marca alemã Neel Jani, Nick Tandy e André Lotterer.

Muito bom ver Bruno Senna e o Brasil vencendo um título mundial homologado pela FIA, 26 anos depois. Mais simbólico ainda com Nicolas Prost como companheiro de equipe. Quem imaginaria?

Foto: Divulgação

Se Bruno Senna e Pietro Fittipaldi viveram dias de glória no Bahrein, os brasileiros em Macau viveram um pesadelo. Sérgio Sette Câmara quase fez história. Largando em terceiro, assumiu a liderança na terceira volta, após a relargada. Durante toda a corrida, o brasileiro foi atacado pelo austríaco Ferdinand Habsburg nas últimas curvas da última volta. Na última curva, o descendente da família real austríaca tentou uma manobra na última curva e os dois carros perderam o equilíbrio e colidiram na barreira de pneus. Habsburg conseguiu se arrastar para terminar em quarto, enquanto o brasileiro ficou pelo caminho e terminou em 13°.

A vitória caiu no colo do inglês Daniel Ticktum. Ele largou em oitavo e nas voltas finais fez uma bela ultrapassagem, passando dois carros de uma só vez na curva Lisboa para assumir a terceira posição. Lando Norris, agora piloto reserva da McLaren, foi o segundo e o estoniano Ralf Aron ficou em terceiro. Pedro Piquet, o outro brasileiro que participou da prova, fez uma corrida discreta e terminou em sexto. Confira:


Logo na primeira volta da etapa da Copa do Mundo de FIA GT, com carros de turismo, o piloto espanhol Daniel Juncadella perdeu o controle de sua Mercedes em uma das várias curvas apertadas do traçado e bateu. O pessoal que vinha atrás não conseguiu desviar e o que aconteceu? Os carros foram batendo e se empilhando, causando um Big One inacreditável e paralisando a prova. O único que conseguiu escapar foi Rafaelle Marciello. A batida envolveu 11 carros. A corrida foi vencida por Edoardo Mortara, da Mercedes, com o brasileiro Augusto Farfus em segundo e Rafaelle Marciello em terceiro. Veja o acidente:



Convenhamos que botar um monte de carro de Turismo em um circuito estreito como Macau não é uma boa ideia... mas que vale pelo espetáculo, entretenimento e principalmente para quem gosta de acidentes. Ainda bem que ninguém se feriu gravemente.

Fim de semana realmente atribulado para o automobilismo brasileiro, com festa e frustração.

Voltamos com algum post a qualquer momento. 

Até!


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

UM GAÚCHO NA INDY

Foto: Divulgação
A Fórmula Indy seguirá com dois brasileiros na categoria. Após a saída de Helio Castroneves (que irá participar apenas da Indy 500), o gaúcho Matheus Leist foi anunciado como piloto da A.J.Foyt Racing e será companheiro do compatriota Tony Kanaan, que deixou a Ganassi. A dupla brasileira foi escolhida pelo chefão A.J. Foyt, quatro vezes campeão das 500 milhas de Indianápolis.

Com 19 anos, o gaúcho de Novo Hamburgo se destacou nas últimas temporadas. Em 2016, foi campeão da F3 Inglesa. Entretanto, acabou rumando para os Estados Unidos para disputar a temporada da Indy Lights, categoria de acesso à Indy em 2017. E fez uma grande temporada.

Em seu ano de estreia, terminou em quarto lugar, com três vitórias pela Carlin: Iowa, Road America e as 100 Milhas de Indianápolis, preliminar da Indy 500. Foi o segundo melhor estreante da Indy Lights. Em junho, guiando a Andretti, foi o mais rápido dos novatos no primeiro teste com um carro da Indy em Road America e agora, no fim do ano, foi premiado com o troféu Capacete de Ouro na categoria Top Internacional.

Leist venceu as 100 Milhas de Indianápolis. Foto: Divulgação

Leist será o piloto mais jovem da categoria em uma das equipes mais antigas. O primeiro teste de Matheus e Kanaan pela nova equipe será em janeiro, no circuito de Sebring. A temporada começa no GP de São Petersburgo, no dia 11 de março.

Vale ressaltar que a A.J. Foyt não irá dispor aos dois brasileiros um carro capaz de ser campeão e vencer corridas. Para a Leist, a temporada será de aprendizado, principalmente com um compatriota do lado, campeão da Indy e das 500 Milhas para lhe dar dicas. Desde que não bata muito e consiga andar no mesmo ritmo de Tony, a temporada de Matheus pode ser considerada positiva. Estamos na torcida pelos primeiros passos do brasileiro na Indy, categoria que provavelmente deverá ser o único representante brasileiro nos próximos anos, pois Tony Kanaan já está com 40 anos.

O caminho de Leist foi o inverso de todos os meninos brasileiros: ao perceber que não teria a quantia necessária para chegar a F1, acabou indo para os Estados Unidos, onde é mais viável e as condições de competição são mais equilibradas. Esse, talvez, seja um caminho a seguir para muitos jovens pilotos que sonham com o glamour da F1, mas que não terão dinheiro ou apadrinhamento de uma grande equipe para se sustentarem.

OFF Topic: a Toro Rosso confirmou Hartley e Gasly para 2018. Reginaldo Leme e a imprensa europeia cravaram Robert Kubica como piloto da Williams para o ano que vem. O contrato teria sido assinado após o GP do México. Além da participação de Nico Rosberg no negócio, pesou o fato de um patrocinador se dispor a pagar R$ 32 milhões para a equipe de Glove. O negócio deverá ser oficializado nas próximas semanas. Para mais informações, clique AQUI.

Até  mais!

terça-feira, 14 de novembro de 2017

O FUTURO DO BRASIL NA F1

Foto: Globoesporte.com
Não vamos falar sobre o impacto da ausência de um representante do país na categoria. A questão é ampla. Uma série de acontecimentos lamentáveis desse final de semana permitem a reflexão sobre os próximos anos da corrida em Interlagos e no país.

Para começar: o contrato da F1 com a organização do autódromo vai até 2020. Teremos F1 em São Paulo no mínimo em mais três edições. Na semana passada, a Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou o projeto de privatização do autódromo de Interlagos. Segundo João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo, os serviços vão melhorar e o autódromo receberá mais eventos (além do Lollapalooza) e melhorias. O que preocupa os fãs de velocidade é que a ideia é também construir um shopping, condomínios e um restaurante panorâmico. O temor é que Interlagos vire Jacarepaguá.

Todavia, os vereadores aprovaram com um adendo ao projeto: o autódromo tem que ser para uso do esporte a motor. Desse modo, teoricamente isso evita que Interlagos vire vários condomínios residenciais, restaurantes ou qualquer outra porcaria a partir de 2021, quando encerra-se o contrato com a FIA/FOM/Liberty Media.

Circuito de Jacarepaguá virou gramado de golfe dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Google Maps
O ponto preocupante é, sem dúvida nenhuma, a segurança. Nesse final de semana, assaltos à van da Mercedes na sexta e tentativas de roubo em um carro da FIA e uma van da Sauber no sábado. No domingo, depois da prova, ladrões tentaram abordar um carro da Pirelli, mas o veículo escapou sem ter nada roubado. Diante disso, tanto a fornecedora de pneus quanto a McLaren cancelaram os testes que seriam feitos no circuito terça e quarta. Três dias seguidos com casos de furtos e insegurança.

Nada de novo no Brasil. Isso é uma consequência de diversos erros que se repetem há séculos, mas esse não é o mote do texto. Muito se argumentou nos últimos dias que a segurança irá melhorar com a privatização do circuito. Será mesmo que seguranças particulares dão conta se os incidentes são no entorno de Interlagos? Essa medida é o suficiente? A imagem do Brasil indo por água abaixo por não proporcionar sequer o mínimo de segurança para a realização de um grande evento justamente depois de receber a Copa do Mundo e as Olímpiadas.

Também existem os problemas financeiros: sem uma patrocinadora principal, o GP do Brasil segue dando prejuízos. Apesar da Petrobras e da Heineken (em 2017) apoiarem, relatórios apontam que o prejuízo será de R$ 100 milhões. A prefeitura não pode arcar com esse custo, ainda mais com tantas prioridades a lidar de gastar dinheiro público em automobilismo, mas não pode ser 8 ou 80. Se a tal privatização acontecer, a prioridade é para uso do esporte a motor com a evidente melhorias dos serviços e infraestruturas.

Desde o ano passado existe um impasse em relação a São Paulo. A FOM entrou em contato com Florianopólis para possivelmente receber uma corrida de rua  a partir de 2021, caso São Paulo e Interlagos não consigam mais realizar o evento. O trajeto teria a Avenida Beira-Mar Norte e também iria utilizar a imagem da Ponte Hercílio Luz, grande cartão-postal da cidade. Os contatos foram telefônicos e até agora não passaram disso, segundo a Folha de S.Paulo.

Entretanto, um problema para a realização da corrida seria a mobilidade urbana na capital catarinense. Com dificuldades no trânsito por ser uma ilha e ter apenas uma ligação com o continente, Florianópolis tem dificuldade com filas e deslocamento dentro da cidade. Sexta-feira, dia de treino livre na F1, é um dos momentos mais complicados para locomover-se pelas ruas do município.

Florianopólis: plano B? Foto: Divulgação/David Sadowski
A Argentina também estaria disposta a voltar para a F1 (a última edição foi em 1998). A FIA e a FOM preferem aguardar os desdobramentos de São Paulo para se manifestar e tomar os próximos passos. Entretanto, a mensagem que fica dessa semana é bem clara: se as coisas não mudarem, o Brasil não só estará sem piloto como corre o risco de perder um dos circuitos mais tradicionais do automobilismo mundial. Uma perda esportiva e financeira para todas as partes.

Que o destino nos proteja.


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A REABILITAÇÃO DA FERRARI

Foto: Getty Images
E aconteceu o "imponderável". Favorito absoluto, Lewis Hamilton bateu logo no Q1 e virou carta fora do baralho para a vitória em Interlagos. Caminho aberto para Valtteri Bottas retomar a confiança, voltar a vencer e ter um desempenho convincente? Bem, o finlandês até foi pole, mas viu sua chance de vitória acabar logo na primeira curva quando foi facilmente superado por Sebastian Vettel, esse sim com fome de vitória, principalmente depois dos últimos acontecimentos que culminaram na perda do título.

Vettel liderou de ponta a ponta até vencer pela terceira vez em Interlagos e pela 47a vez na carreira. A última vitória ferrarista no Brasil foi de Felipe Massa, em 2008. Apesar disso, não foi uma vitória fácil. O alemão abriu no máximo dois segundos para Bottas, que não teve forças para sequer ameaçar a vitória do tetracampeão. O #77 foi, com certeza, o maior perdedor do final de semana. O burocrático Kimi Raikkonen foi o terceiro colocado. Mais um pódio (o nonagésimo) para o campeão mundial há uma década atrás.

Hamilton fez uma grande corrida de recuperação? Sim. Foi espetacular? Não. Era esperada essa quantidade de ultrapassagens: melhor carro, equipamento novo (tudo foi trocado após a batida de sábado). O inglês teve sorte de o Safety Car causado na primeira volta ter afunilado o grid, tornando mais fácil sua tarefa de escalar o pelotão. Entretanto, isso não foi o bastante para chegar no pódio. Maldição de ser um "representante brasileiro"? Isso ajudou a corrida a ter mais emoção, sem dúvida nenhuma. Por questão patriota, achei que hoje ele não merecia o prêmio de piloto do dia, apesar de ter justificado a escolha dos fãs.

Foto: Getty Images
Evidente que o dia era dele. A segunda parte da despedida de Felipe Massa não teve a mesma emoção da primeira, mas ainda assim foi um belo final e o mais importante: foi na pista. O brasileiro teve, sem dúvida alguma, a melhor atuação na temporada: uma bela largada e um passão por fora em Alonso na relargada. O #19 segurou o ex-companheiro de equipe durante toda corrida, mostrando que a Williams hoje tem um bom motor e só. Por outro lado, a McLaren parece ter evoluído seu motor Honda, mas ainda assim insuficiente para sequer sonhar disputar uma ultrapassagem em uma reta.

No fim, uma declaração emocionante de Felipinho (aka Massa Jr, que fala inglês melhor que eu!), uma volta com uma bandeira verde e a ovação do público resumem o momento de emoção total de Massa, amigos e familiares. Muito legal a entrevista com Rubinho no pódio, mais um momento histórico para o automobilismo brasileiro. Nunca um piloto foi tão festejado em seu final de carreira. Por tudo isso e o resultado de pista, Massa pra mim foi o piloto do dia, o "melhor do resto", para aplausos e cumprimentos dignos de Fernando Alonso. Incrível como esses anos de dificuldade na McLaren transformaram sua imagem de antipático e antidesportivo em alguém muito simpático e engraçado.

De quebra, o brasileiro ultrapassou Stroll no campeonato e pode evitar uma injustiça tremenda na classificação dos pontos, assim como Alonso (agora 15 a 13 contra Vandoorne). Ótimo desempenho dos veteranos. Sem pneus, Massa conseguiu segurar Alonso, mas se tivesse mais algumas voltas ambos seriam superados Pérez, nono colocado. Hulkenberg conseguiu um pontinho para a Renault. Seu motor esteve muito abaixo do esperado durante o final de semana, o que impediu a Red Bull de fazer muita coisa e causou a discussão entre Helmut Marko e Cyril Abiteboul. A Red Bull reclamou de os motores franceses falharem na Toro Rosso justamente após o anúncio do acordo com a Honda em um momento decisivo no campeonato, onde ambos disputam a sexta posição (no momento, 53 a 49 para a Toro Rosso) e milhões extras de premiação no cofre.

Foto: Getty Images
Falando do resto: a dupla da Haas é a mais perigosa de todas. Grosjean perdeu o ponto de freada na subida do Laranjinha e acabou com a corrida de Esteban Ocon no início da corrida. Magnussen bateu em Vandoorne, que tocou e fez Ricciardo rodar na largada. Lembrou o Romain Grosjean de 2012, que foi suspenso. Stroll foi o último com as duas Sauber na pista e com dificuldades para a passar a própria Haas do francês. Imaginem a Williams nos próximos anos...

Coitado do Hartley. Teve problemas em todos os treinos e/ou corridas desde que chegou na F1, em Austin. Será a zica de Alonso já afetando os motores da Renault? Isso mais o fato de dois pilotos inexperientes estarem na equipe de Faenza devem fazer com que os franceses terminem o ano em sexto nos construtores, ganhando um dinheirinho a mais para o orçamento de 2018.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Brasil:



A Fórmula 1 volta daqui duas semanas para a última etapa da temporada no Grande Prêmio de Abu Dhabi, nos dias 24, 25 e 26 de novembro. Até mais!



sexta-feira, 10 de novembro de 2017

INSACIÁVEIS

Foto: Getty Images
Penúltima etapa da temporada, título de construtores e de pilotos definido... isso significa ritmo de férias? Desaceleração? Claro que não. Lewis Hamilton dominou os dois treinos livres de hoje e é o grande favorito para vencer em Interlagos pela segunda vez consecutiva. Não muito atrás está Bottas. Na reta final, ainda existe a briga pelo vice-campeonato, e as flechas de prata certamente irão fazer esforços para o finlandês superar Vettel, quem sabe até Hamilton pode entrar na briga para ajudar o #77, nunca se sabe. Entretanto, diante do amor do britânico pelo país, duvido algo do tipo "entregar a vitória".

Ferrari e Red Bull estão equilibradas. Com pneus macios, as três equipes estão juntas. Todavia, com o supermacio os alemães sobram. Pode acontecer qualquer coisa nessas duas filas. Massa, como sempre, vai muito bem em seu quintal, sendo o sétimo e o oitavo. Vai brigar com as Force India e a Renault pelo top ten, como sempre. Como é uma corrida de despedida, o apoio da torcida pode ser uma força a mais para Massa atingir seus objetivos: uma última corrida digna de um brasileiro em Interlagos, até porque não sabemos até quando o circuito estará na F1 e quando um compatriota estará na categoria.

Para amanhã, a expectativa é de chuva forte, nos moldes de 1993, 2003 e do treino de 2009. Com isso, as coisas embaralham, em tese. Entretanto, provavelmente a FIA vai atrasar a sessão o máximo possível e apenas sensíveis mudanças seriam feitas no grid. Portanto, nada de algo tipo Hulkenberg pole em 2010, por exemplo.

A chuva parece ser o único empecilho para a Mercedes nesse final de semana, ou ao menos no sábado, porque no domingo a expectativa é de sol. Cenário perfeito para Lewis Hamilton, o "britânico brasileiro" como a mídia brasileira carente anda chamando o #44 vencer de novo no Brasil, para delírio dos brasileiros. Capaz até de tocar o tema da vitória, não?

Confira a classificação dos treinos livres para o Grande Prêmio do Brasil:



Até!

GP DO BRASIL - Programação

O Grande Prêmio do Brasil é disputado desde 1972 (1973 na F1), sendo realizado em Interlagos (1972-1977, 1979, 1980, 1990-atualmente) e já foi sediado em Jacarepaguá (1978, 1981-1989).

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Juan Pablo Montoya - 1:11.473 (Williams, 2004)
Pole Position: Nico Rosberg - 1:10.023 (Mercedes, 2016)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Alain Prost - 6x ( 1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990)

McLAREN ANUNCIA LANDO NORRIS COMO PILOTO RESERVA PARA 2018

Foto: LAT Images
Britânico de 17 anos foi campeão da F3 Europeia dessa temporada. Com isso, Jenson Button está definitivamente fora da F1. Zak Brown, diretor executivo da equipe, descreveu Norris como "talentoso e extraordinário". Norris irá acompanhar a equipe nas corridas e desenvolver o carro no simulador em Woking.

Nos testes coletivos da Hungria, Norris surpreendeu a todos e se saiu muito bem, inclusive sendo mais veloz que Stoffel Vandoorne. Diante do futuro sempre incerto de Alonso, não é exagero imaginar que o britânico possa estrear na F1 já em 2019. Lando também irá correr pela ART na F2 ano que vem. Ele iria correr pela Prema, mas foi vetado por Lawrence Stroll, que tem ações na equipe.


Lando Norris é uma das maiores promessas dos últimos tempos da F1. Em breve farei um post especial sobre a breve carreira desse rapaz. Só escrevo uma coisa: fique de olho.

VERSTAPPEN QUER COMISSÁRIOS FIXOS; FIA NEGA

Foto: Getty Images
Personagem de incidentes polêmicos que lhe acarretaram na perda de dois pódios (México 2016 e EUA 2017), Max Verstappen afirmou que a melhor solução para a F1 seria que a FIA escolhesse comissários permanentes a cada temporada.

Os comissários mudam a cada corrida. Para o piloto holandês, uma equipe fixa teria maior facilidade para entender os pilotos: Pelo menos todo mundo saberia com quem estamos lidando. Eles começariam a entender melhor os pilotos porque passariam mais tempo e mais corridas juntos. Honestamente, acredito que deveríamos ir nesta direção", afirmou.

Quem concorda com Max é o chefe da Haas, Gunther Steiner. Cada hora as decisões são tomadas de forma diferente, e isso tende a ser pior para as equipes pequenas. Minha opinião é que a solução para isso é escolher comissários permanentes que realmente conheçam seus assuntos", falou à revista 'Speedweek'.

No entanto, Charlie Whiting, diretor técnico da FIA, entende que essa mudança causaria transtornos, principalmente na relação entre determinados pilotos e alguns comissários."Estamos discutindo isso a todo o tempo. Acreditamos que a nomeação de quatro comissários permanentes para toda a temporada apenas gerará novas dúvidas. Não quero entrar em detalhes, mas neste momento consideramos que nossa opção é mais coerente", falou.


É uma decisão a se pensar. A grande questão é que critérios podem ser tomados de forma diferente a cada corrida, onde em uma ocasião um grupo entendeu que determinado incidente foi ilegal e o outro, na corrida seguinte e com o mesmo incidente entenda que sim. Entretanto, a longo prazo uma comissão fixa possa causar um jogo de cartas marcadas, beneficiando alguns pilotos e prejudicando outros. Para resolver esse problema, é fundamental que a FIA explique de forma clara e didática para os pilotos o que pode e o que não pode, se possível até desenhar. Assim, não haveria tanta polêmica e reclamação dos pilotos, fãs e jornalistas em casos como o de Verstappen e Raikkonen em Austin.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 333 pontos (CAMPEÃO)
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 277 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 262 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 192 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 178 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 148 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 92 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 83 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 54 pontos
10- Lance Stroll (Williams) - 40 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 36 pontos
12- Nico Hulkenberg (Renault) - 34 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 19 pontos
15- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
16- Fernando Alonso (McLaren) - 11 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 5 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 595 pontos (CAMPEÃ)
2 - Ferrari - 455 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 340 pontos
4 - Force India Mercedes - 175 pontos
5 - Williams Mercedes - 76 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 53 pontos
7 - Renault - 48 pontos
8 - Haas Ferrari - 47 pontos
9 - McLaren Honda - 24 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO







quarta-feira, 8 de novembro de 2017

DESPEDIDAS EM INTERLAGOS

Foto: O Dia
Desde 2004 que o Grande Prêmio do Brasil passou a ser disputado no final da temporada, sendo muitas vezes a última etapa. Pegando como mote a segunda despedida de Felipe Massa (ressaltando que a despedida, nesse caso, é do circuito; a oficial será em Abu Dhabi), listamos alguns pilotos que fizeram sua última corrida por aqui. Alguns realmente se despedindo e outros forçados a saírem. Bom, vamos lá:

2008 - DAVID COULTHARD


Na F1 desde 1994 e com passagens por Williams e McLaren, David Coulthard encerrava sua carreira no Brasil, onde venceu em 2001. Com uma pintura especial toda de branco, o escocês foi homenageado por todos os pilotos. Entretanto, como é de se esperar nessas ocasiões comemorativas, a última corrida de Coulthard pela F1 durou poucas curvas. Ele se envolveu em um acidente logo na primeira volta e abandonou, acompanhando de camarote a emocionante disputa de Lewis Hamilton e Felipe Massa. Acredito que até por conta disso poucas pessoas lembrem dessa ocasião.


2006 - MICHAEL SCHUMACHER (1a DESPEDIDA)

Foto: Wikipédia Commons
O maior piloto da história da categoria queria se despedir da F1 com o octacampeonato. Entretanto, a situação ficou quase impossível depois do motor Ferrari ter estourado em Suzuka e a vitória ter caído nas mãos de Alonso, que abriu 10 pontos de vantagem e precisava de apenas um para ser bicampeão. Schumacher precisava desafiar o impossível: vencer e torcer para que o espanhol não pontuasse. Não aconteceu, mas Schummi deu um show. Com o pneu traseiro esquerdo furado logo no início da corrida, o alemão caiu para as últimas posições, o que proporcionou seus então últimos pegas na carreira, chegando em quarto lugar. O Brasil teve a honra de ser o palco da última corrida de um gênio da esporte, mas isso virou fato secundário diante do êxtase da torcida com a vitória de Felipe Massa, que quebrava um jejum de 13 anos sem vitórias de um brasileiro em Interlagos.




2011 - RUBENS BARRICHELLO

Foto: F1Fanatic
A despedida que não teve cara de... despedida. Rubens Barrichello até colocou o verde e amarelo no capacete, mas ainda acreditava que continuaria mais uma temporada na F1. O piloto com mais corridas na história da categoria brigava com o compatriota Bruno Senna pela vaga da Williams, e até então o panorama estava indefinido. No palco onde conquistou três poles e teve a vitória tirada em 2003 por um erro incrível da Ferrari (pane seca), Rubinho não tinha muito o que fazer com aquela Williams. Com o bicampeonato de Sebastian Vettel definido desde o Japão, a F1 encerrou a temporada de 2011 com Vettel na pole e Rubinho em 12°. Entretanto, o brasileiro terminou a sua última corrida na F1 em 14° e apenas em 2012 foi anunciada a contratação de Bruno Senna, o que encerrou uma era significativa na F1. Uma pena que Rubinho não teve a despedida que merecia, enquanto Massa terá duas.


2012 - MICHAEL SCHUMACHER (2a DESPEDIDA)

Foto: SkySports
O retorno em 2010 obviamente fez com que Schumacher tivesse que aposentar outra vez. Isso foi em 2012, de novo em solo brasileiro. Não foi igual a primeira. Schummi manteve seu status de lenda, mas sua segunda passagem pela categoria decepcionou aqueles que esperavam algo parecido de seus tempos na Ferrari. Apenas um pódio e muitos acidentes. Enfim, a questão não é essa. Agora pela Mercedes, Schummi fez uma boa corrida. Largando em 13°, resistiu aos eventos caóticos da corrida e terminou em sétimo, atrás de Sebastian Vettel, tricampeão mundial em uma disputa emocionante com Fernando Alonso. O fim definitivo de Schumacher na F1.



2013 - MARK WEBBER

Foto: Red Bull
Vencedor em 2009 e em 2011, Mark Webber vinha de quatro anos belicosos na Red Bull e com Sebastian Vettel. O australiano viu o alemão o vencer com extrema facilidade (principalmente em 2011 e 2013). A corrida derradeira de Mark até que terminou bem: segundo lugar na dobradinha da Red Bull e a nona vitória seguida de Vettel. O que mais chamou a atenção foi que Webber fez a volta de desaceleração até os boxes sem o capacete, desfrutando de seu último momento na F1 com o vento batendo no rosto.



Bônus: na mesma corrida, Felipe Massa se despediu da Ferrari depois de sete anos. O brasileiro seguiu para a Williams, sua última equipe. Como o Felipe se despede em Interlagos, hein?

Foto: F1Fanatic


Essa foi a minha lista. Faltou alguém? Comente!

Até mais!

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

O SEGUNDO ADEUS

Foto: Globoesporte.com
Não era novidade. Pelo contrário. É oficial: Felipe Massa irá se aposentar pela segunda vez da F1 no final da atual temporada. O brasileiro se antecipou a Williams e, através de suas redes sociais, fez o derradeiro anúncio.

A situação já era esperada, diante do interesse da equipe de Grove em fazer uma espécie de vestibular pela vaga com Robert Kubica, Paul di Resta, Pascal Wehrlein e agora até Daniil Kvyat como um dos postulantes, com os 15 milhões de euros que possuem de seus apoiadores russos.

Sobre a despedida de Massa e outras sensações pessoais, já escrevi nesse espaço no ano passado. Elas continuam atuais. O que dá para acrescentar nesse post é que vai pegar mal para Massa perder de Lance Stroll. Ademais, creio que no futuro apenas fãs hardcores como nós é que lembrarão desses detalhes. Pode ser até que a sua despedida verdadeira tenha sido em 2016. Talvez fosse melhor para a imagem do brasileiro afirmar desde o início do ano que essa seria a sua temporada derradeira, que retornou como um "favor" para Williams e nada mais. Ao menos não daria a impressão de estar sendo chutado e substituído como está sendo hoje. Repito: nada muda a sua brilhante história na F1. E, além do mais, não são poucos que têm uma segunda despedida da F1. Ele iguala seu mentor, Michael Schumacher, no mesmo palco. Lembro de Niki Lauda também, o resto precisaria pesquisar.

E quem será o substituto do brasileiro? Torcendo para que seja Pascal Wehrlein. Ele é, de longe, o melhor piloto disponível para a Williams no momento. Kubica com um braço é uma aposta arriscada. Di Resta e Kvyat nem considero, é um absurdo que ambos sejam realmente candidatos a substituto de Massa.

Ademais, você pode conferir (ou reler) outros textos relacionados a Massa que fiz no ano passado e o fim de uma era, pessoalmente falando:

O PRIMEIRO ANÚNCIO DE APOSENTADORIA DE MASSA

RITO DE PASSAGEM - PARTE 1 (aqui, em uma visão pessimista, achei que Raikkonen e Alonso iriam se aposentar no final desse ano; errei, mas a ideia segue a mesma)

RITO DE PASSAGEM - PARTE 2 (A então provável e depois confirmada saída de Bernie Ecclestone do comando da F1)


Até!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

A NOVA F1

Foto: Divulgação
Essa é uma expressão clássica, utilizada de meses em meses, de anos em anos. Afinal, qual o seu significado? Bem, é aquela coisa: "tem que tornar a F1 mais humana, dificultar a vida dos pilotos, fazer eles ganharem no braço igual nos anos 1980 e 1990" e blá blá blá.

Desde então, a Fórmula 1 segue essa empreitada em busca de dificultar a vida dos pilotos, o que vai na contramão da essência da categoria, que é ser vanguarda tecnológica, onde muitas coisas desenvolvidas vão para os carros de rua.

Agora, só se fala em uma coisa: como será a F1 a partir de 2021? Por que esse ano? Bem, a Liberty Media ainda tem que honrar os compromissos firmados por Bernie Ecclestone até 2020, e isso inclui o Pacto de Concórdia (distribuição da quantia para as equipes) e o regulamento técnico das próximas três temporadas. A partir daí, os americanos poderão tentar alterar as estruturas da F1 que lhe acharem melhor.

A primeira delas já está sendo feita, e era necessário urgência. Uma categoria mais ativa com os fãs nas redes sociais, com vídeos, interatividade e tudo mais, uma obrigação para qualquer empresa bem sucedida na busca. A segunda parte do plano começa só daqui a três anos e ontem, em uma reunião em Paris, foi dado o primeiro passo. Em uma reunião com representantes das equipes e dos fabricantes de motores ficou definido que a unidade motriz será mais simples e barata, mas ainda manter a tecnologia híbrida para servir de desenvolvimento dos carros de rua e, como sempre, tentar aumentar o som emitido pelos carros (sdds, V12). As primeiras propostas, que precisam ser ratificadas, foram as seguintes:

- Motor de 1.6 litros V6 turbo com sistema de recuperação de energia
- Aumento de 3000 rpm (rotações por minuto) no motor para aumentar o som
- Parâmetros internos de projeto prescritos para restringir custos de desenvolvimento e desencorajar projetos mais agressivos
 - O fim do MGU-H (antigo KERS, que recuperava energia através do calor dispersado pelo turbo)
- MGU-K (que recupera energia das frenagens) mais potente e com possibilidade de ativação manual na corrida junto com a opção de economizar energia ao longo de várias voltas para dar ao piloto um elemento tático
- Turbo simples com restrições de dimensão de peso
- Armazenamento de energia e controle eletrônico padrões

O desenvolvimento desse projeto todo será feito durante o próximo ano. O ínicio do projeto e construção da unidade de potência só começará quando todas as informações a respeito da unidade de potência foram liberadas pela FIA ao fim de 2018. A intenção de não liberar logo as informações é para garantir que as atuais fabricantes envolvidas com a F1 (Mercedes, Ferrari, Renault e Honda) permaneçam focadas no desenvolvimento da especificação atual de motores.

Os novos mandachuvas da F1. Foto: Divulgação
Repitindo, essa parte é a mais simples de mudar. Quer dizer, não vai mudar muita coisa, a não ser atrair outras equipes e fornecedoras de motores como Porsche, Aston Martin e Lamborghini, que declararam interesse em participar da F1 nesses termos. Os próximos passos do grupo é que deverão ser mais complicados.

A filosofia americana não quer saber de tecnologia, e sim de emoção e competitividade. É melhor ter 7 ou 8 equipes teoricamente capazes de ganhar uma corrida do que ser símbolo de modernidade. E como fazer com que uma Haas, Force India ou Sauber tenha condições de brigar com Ferrari, Mercedes e Red Bull? "Simples": o famigerado teto orçamentário (tentado por Max Mosley e devidamente rejeitado, na época). Bom, as últimas três equipes citadas mandam na F1. Como qualquer empresa, ninguém seria louco de abrir mais de ganhar mais dinheiro e entregar para os times "pobrinhos" em prol da competitividade. Além do mais, muitas equipes recebem um bônus por estarem na categoria desde o início (Ferrari, McLaren e Williams). A Liberty também deseja cortar essas regalias.

Chase Carey e Sérgio Marchionne: guerra à vista? Foto: SoyMotor
O embate entre Liberty e equipes mais pobres versus o status quo promete muitas emoções e ameaças. O sempre corriqueiro "se fizerem isso eu vou abandonar a F1" e tudo mais. Sinceramente, a Liberty irá precisar de um bom tempo para mexer nessas estruturas definidas há décadas entre as equipes e Bernie Ecclestone. Melhor não ir com sede ao pote para não se frustrar. Outras medidas da Liberty para os próximos anos são aumentar o calendário de provas (de 21 para 25), com a entrada de outra corrida nos Estados Unidos (uma corrida de rua em Nova York, por exemplo) e o retorno de tradicionais corridas europeias no lugar dos insossos circuitos do Oriente Médio turbinados por quantias que somente eles são capazes de pagar em acordos prévios feitos com Bernie. Por exemplo, não duvido que em um futuro próximo a Holanda retorne a F1, pegando carona no sucesso de Verstapppen.

Enfim, essa coisa de projetar a F1 do futuro é sempre uma tarefa feita corriqueiramente e que na maioria das vezes não sai como nós imaginamos. No fundo, é aquele tipo de texto e de pauta ideais para períodos como esse: final de temporada, semana sem corrida, campeonato decidido...

Certamente iremos retomar esse assunto nessas condições já citadas e sem lembrar de quase nada escrito, dito e debatido até aqui.

Meus dois centavos? Acho legal a aproximação da F1 com a tentativa de uma categoria mais humana e competitiva, mas ela não pode perder sua essência, que é a tecnologia e a competência das equipes. Não gostaria de ver uma falsa emoção nas disputas. Ainda tenho um pé atrás com Chase Carey. Não posso confiar em alguém que ostenta um bigode desses e tem o poder que possui. São boas as chances das coisas ficarem piores. Nunca se sabe. Puro preconceito meu, mas é o que sinto.

Até mais.