sexta-feira, 31 de março de 2023

CORUJÃO MOLHADO AUSTRALIANO

 

Foto: Clive Mason/F1


Albert Park, Melbourne, Austrália. A grande novidade desta temporada é a estreia da F2 e da F3 em solo australiano. Setup desconhecido promete grandes emoções. Já tivemos alguns acidentes no treino da F3, onde o brasileiro Gabriel Bortoleto, pupilo da Fênix Alonso, fez a pole.

Talvez o brasileiro tenha sido agraciado pela sorte, pois haviam pilotos mais rápidos para completar a volta, mas um acidente na última curva encerrou de vez o treino. Há talentos por aí. Enzo fez um bom treino livre e a tendência é que o brasileiro evolua. Ele precisa, afinal a cobrança da Red Bull é pesada, como nós conhecemos.

E a F1? Bem, vemos a dominância inabalável da Red Bull e a Aston Martin aparentemente bem. Por falar em aparentemente, a Mercedes parece um pouco acima da Ferrari. Escrevo isso antes do TL2, entrando na madrugada. Um horário que me deixa animado para produzir, confesso.

O TL2 foi prejudicado por alguns pingos de chuva. Um treino onde geralmente o pessoal corre com menos gasolina e também prioriza as voltas rápidas além do stint de corrida. Com muitas retas, há muito tráfego. Diversos pilotos estão sendo atrapalhados uns pelos outros, o que pode fazer a diferença numa classificação. Pérez, por exemplo, não conseguiu completar voltas limpas utilizando o pneu mais macio. Assim, Alonso foi o mais rápido da sessão.

No entanto, a grande notícia negativa (para variar) é mais uma bizarrice da FIA: do nada eles resolveram proibir os mecânicos de subirem na grade na hora da bandeirada, visando a “segurança” de todos. Tipo, isso é uma tradição que existe desde que a F1 é F1. Grandes imagens históricas foram filmadas e registradas com a vibração dos mecânicos com as vitórias, pódios ou meros pontos de seus pilotos.

Mas claro, a FIA tem essas preocupações estéticas e outras idiotices como a posição do carro no grid ou o piercing do Hamilton. Ah, e a emocionante série da Netflix, é claro. E a competitividade na categoria nada, né? Ah, esqueci que o importante é encher de corridas nos EUA. É o suficiente.

Enquanto não chegarmos na Europa, tudo indica que a F1 mantém a hierarquia tradicional. Com mais retas e menos chicanes, vamos ver se Albert Park produz o entretenimento que sempre foi tradicional nas aberturas de temporada ou essa mudança matou a emoção do circuito de vez.

Confira os tempos dos treinos livres:




Até!

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