domingo, 1 de novembro de 2020

E CONTANDO...

 

Foto: Getty Images

São 93 vitórias de Lewis Hamilton e sete títulos consecutivos da Mercedes, um novo recorde na F1. E contando... Apesar de parecer fim de festa para Toto, cada vez mais convencido de que vai deixar a equipe no final do ano, Hamilton ainda faz um drama e tenta chamar a atenção afirmando "que pode não estar aqui ano que vem", ele mesmo que também diz ter muito mais a conquistar na categoria.

É uma simbiose que se torna sinônimo da maior hegemonia da história da Fórmula 1. Apesar disso, a equipe tem seu patinho feio e azarado. Bottas é inqualificável, e hoje ainda teve o azar de ficar com um pedaço da asa do carro de Vettel no assoalho na corrida toda, o que custou uma possível vitória. Para piorar, Hamilton foi aos boxes bem no momento em que entrou o Safety Car Virtual, para sepultar de vez as chances do finlandês. Hamilton está a 19 pontos do heptacampeonato, na Turquia.

Mas Bottas também teve sorte porque conseguiu salvar a segunda posição graças ao pneu estourado de Verstappen. Ao tentar uma estratégia diferente, a Mercedes usou o finlandês para marcar território e deixou Hamilton com a pista livre, com pneu melhor apesar do desgaste. Uma vitória à la Schumacher. A Red Bull errou e viu o pneu traseiro direito de Max explodir, o que de certa forma mudou tudo lá atrás.

O inqualificável Stroll fez mais uma corrida deplorável, mostrando a qualquer um com QI com mais de dígitos que ele só está lá porque é filho do papai. Pior: mostrou um instinto homicida ao atropelar o mecânico da Racing Point que claramente se inspirou em Neymar. Fez todo um malabarismo e contorcionismo desnecessário para valorizar o incidente. Se tivesse VAR, não teria sido marcado nada.

 Pérez, largando de 11°, tinha tudo para confirmar o pódio até ser chamado de forma suspeita para os boxes numa burrada e perder essa condição. Melhor para Ricciardo, que herdou o posto e resistiu aos ataques de Kvyat, em grande apresentação no ano (a melhor), provavelmente em seu canto do cisne. Gasly, com o lindo capacete de Senna, abandonou na nona volta. Poderia estar no bolo, mas o australiano tem tudo para confirmar e ser o melhor do resto. Será que já se arrependeu de deixar a Renault e ir para a McLaren em uma situação inferior?

Por falar em burrada, é preciso ter sorte e competência na vida até para atravessar a rua, já dizia Nélson Rodrigues. George Russell é atropelado todas as semanas. Quando finalmente tinha chances límpidas de pontuar pela primeira vez, bateu estando atrás do Safety Car. Lembrou a decepção de Badoer ao abanadonar em 1999. O inglês é promissor, mas se não aproveitar as frestas que lhe oferecem... Digo o mesmo para Ocon, hoje vítima do motor francês estourado.

De contratos renovados, os dois pilotos da Alfa Romeo estiveram juntos na zona de pontuação pela primeira vez no ano, o que é uma "resposta" para os críticos e um estímulo para Giovinazzi, pois sabemos que Raikkonen não se importa com nada. A McLaren claramente virou a quinta força outra vez e, sem investimento, pode voltar a estagnar nas posições intermediárias. Sainz já está chegando em Norris na tabela.

Em um circuito travado, curto e pequeno, Ímola poderia compensar na imprevisibilidade de apenas Raikkonen conhecer a fundo o circuito. No final, o Safety Car até deu um suspense, mas foi uma corrida previsivelmente insuportável. Ah, Vettel. Quando não é ele que caga na entrada é a Ferrari que faz caca na saída. Um "erro" no pit e lá se foi mais uma chance de pontuar. Agora o tetracampeão está atrás de Kvyat e apenas alguns pontos a frente de Nico Hulkenberg, que só largou duas vezes em 2020.

Ah, Albon. Ele definitivamente assinou hoje a saída da Fórmula 1. O contexto não ajuda e ele também não. Parece que desistiu da causa. Uma pena. Escreverei mais sobre no post de amanhã.

Mais uma vitória para Hamilton, mais um título para a Mercedes e, em duas semanas, mais um título para Lewis Hamilton igualar mais um recorde da Fórmula 1. E assim o mundo segue, girando e contando...

Confira a classificação final do GP de Emília Romagna:


Até!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, esse é o espaço em que você pode comentar, sugerir e criticar, desde que seja construtivo. O espaço é aberto, mas mensagens ofensivas para outros comentaristas ou para o autor não serão toleradas.