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quinta-feira, 25 de maio de 2023

GP DE MÔNACO: Programação

 O Grande Prêmio de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos do automobilismo, juntamente com as 500 milhas de Indianopólis e as 24 horas de Le Mans. É um circuito de rua de Monte Carlo, com 3340 metros de extensão e que exige  muita precisão, devido a uma grande quantidade de curvas e a estreita largura das ruas que formam o percurso.

Passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 1955.

Em 2020, em virtude do coronavírus, a corrida de rua não foi realizada pela única vez na história, retornando ao calendário nesta temporada.


Melhor volta em corrida: Lewis Hamilton - 1:12.909 (Mercedes, 2021)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:10.166 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Sérgio Pérez (Red Bull)

Maior vencedor: Ayrton Senna - 6x (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 110 pontos

2 - Charles Leclerc (Ferrari) - 104 pontos

3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 85 pontos

4 - George Russell (Mercedes) - 74 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 65 pontos

6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 46 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 39 pontos

8 - Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 38 pontos

9 - Esteban Ocon (Alpine) - 30 pontos

10- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos

11- Daniel Ricciardo (McLaren) - 11 pontos

12- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 11 pontos

13- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos

14- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 4 pontos

15- Fernando Alonso (Alpine) - 4 pontos

16- Alexander Albon (Williams) - 3 pontos

17- Lance Stroll (Aston Martin) - 2 pontos

18- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 195 pontos

2 - Ferrari - 169 pontos

3 - Mercedes - 120 pontos

4 - McLaren Mercedes - 50 pontos

5 - Alfa Romeo Ferrari - 39 pontos

6 - Alpine Renault - 34 pontos

7 - Alpha Tauri RBPT - 17 pontos

8 - Haas Ferrari - 15 pontos

9 - Aston Martin Mercedes - 6 pontos

10- Williams Mercedes - 3 pontos


"FUTURO CAMPEÃO"

Foto: Getty Images

Apenas quatro corridas e quatro pontos no começo da jornada na F1, mas o otimismo com Oscar Piastri é grande na McLaren. E não é qualquer entusiasta: é simplesmente o CEO Zak Brown, que foi até a justiça para tirar o australiano da Alpine e substituir o compatriota Daniel Ricciardo.

Apesar das dificuldades que o carro encontra e também por ter alguém como Lando Norris como companheiro de equipe, Brown não poupa palavras elogiosas para o campeão da F3 e da F2:

“Estamos muito impressionados, ele é muito focado e não cometeu nenhum grande erro. Apenas a exploração típica dos limites, ou o travar de uma roda aqui e ali. Ele não esteve em todas essas pistas, então as primeiras indicações são de que temos um futuro campeão mundial em nossas mãos", disse.

Brown também se disse satisfeito com a adaptação de Piastri na categoria (o australiano ficou 2022 parado após conquistar F3 e F2 na sequência) e também se mostrou muito empolgado com a dupla de pilotos, ressaltando que agora a responsabilidade é da McLaren em oferecer um carro compatível com a qualidade dos pilotos.

“A combinação de Lando Norris e Oscar Piastri, não consegui pensar em uma dupla de pilotos melhor. Oscar fez um trabalho fantástico e está trocando tempos de volta com Lando agora, e é isso o que queremos.

O Oscar tem sido impressionante desde que o colocamos no carro. Ele é muito maduro. Ele é muito focado e muito técnico. Nós apenas temos que trabalhar para dar a ele um carro mais rápido agora”, finalizou.

É uma dupla promissora. É claro que Piastri ainda precisa mostrar mais, mesmo que o carro não permita tanto no momento. Um passo de cada vez. Um cara que venceu F3 e F2 no primeiro ano tem credenciais mais do que suficientes para ter esse tipo de tratamento. 

A questão conturbada com a Alpine aumenta a pressão no jovem, mas se ele e a McLaren desenvolverem aquilo que se espera de ambos, o futuro de Piastri e de Woking pode ser muito produtivo e esperançoso.

O CÃO ARREPENDIDO VOLTOU DE NOVO

Foto: Getty Images

A Gazzetta Dello Sport noticiou e as partes confirmaram, na quarta-feira (24), o anúncio da parceria entre a Honda e Aston Martin para que os japoneses sejam os fornecedores de motores do time a partir de 2026, quando o novo regulamento da F1 entra em vigor.

A Honda saiu da F1 oficialmente no final de 2021, quando, depois de anos de trabalho, conseguiu voltar a ser campeã juntamente com a Red Bull, após anos constrangedores na tentativa de reeditar o momento mágico da McLaren dos anos 1980 para o agora.

Com melhoras na parte elétrica e combustível 100% sustentável, os japoneses e a Aston Martin se encontram numa ocasião bem ambiciosa: a Red Bull já acertou com a Ford para o período e o time de Lawrence Stroll entende que, para ser protagonista, é preciso ter um fornecedor próprio: chega de pegar as sobras da Mercedes.

O acordo, inicialmente, é até 2030.

Tem tudo para isso aí dar bom, a princípio: Stroll pai é ambicioso e os japoneses metódicos. Eles demoram, mas entregam resultado. Claro, está tudo muito distante, então as outras variáveis são meramente especulativas hoje em dia: quem será o parceiro de Stroll nesse novo momento? O carro vai encaixar com o motor no novo regulamento? O bólido será bem nascido? O know-how japonês da última década ainda é útil para uma nova revolução tecnológica na F1? Espero responder isso daqui três anos.

TRANSMISSÃO:
26/05 - Treino Livre 1: 8h30 (Band Sports)
26/05 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
27/05 - Treino Livre 3: 7h30 (Band Sports)
27/05 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
28/05 - Corrida: 10h (Band)


quinta-feira, 6 de outubro de 2022

GP DO JAPÃO: Programação

 O Grande Prêmio do Japão foi disputado pela primeira vez em 1976, em Fuji. Foi disputada novamente em 1977 e ficou fora da categoria por 10 anos, até retornar com a pista de Suzuka em 1987. Desde então, o Japão sempre sediou um GP por ano na Fórmula 1 até 2020, quando o circuito ficou de fora do calendário por duas temporadas em virtude do Covid-19, retornando à F1 em 2022.

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Lewis Hamilton - 1:30.983 (Mercedes, 2019)

Pole Position: Sebastian Vettel - 1:27.064 (Ferrari, 2019)

Último vencedor: Valtteri Bottas (Mercedes)

Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1997, 2000, 2001, 2002 e 2004)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 341 pontos

2 - Charles Leclerc (Ferrari) - 237 pontos

3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 235 pontos

4 - George Russell (Mercedes) - 203 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 202 pontos

6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 170 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 100 pontos

8 - Esteban Ocon (Alpine) - 66 pontos

9 - Fernando Alonso (Alpine) - 59 pontos

10- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 46 pontos

11- Daniel Ricciardo (McLaren) - 29 pontos

12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 24 pontos

13- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 23 pontos

14- Kevin Magnussen (Haas) - 22 pontos

15- Lance Stroll (Aston Martin) - 13 pontos

16- Mick Schumacher (Haas) - 12 pontos

17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 11 pontos

18- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 6 pontos

19- Alexander Albon (Williams) - 4 pontos

20- Nyck De Vries (Williams) - 2 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 576 pontos

2 - Ferrari - 439 pontos

3 - Mercedes - 373 pontos

4 - McLaren Mercedes - 129 pontos

5 - Alpine Renault - 125 pontos

6 - Alfa Romeo Ferrari - 52 pontos

7 - Aston Martin Ferrari - 37 pontos

8 - Haas Ferrari - 34 pontos

9 - Alpha Tauri RBPT - 34 pontos

10- Williams Mercedes - 6 pontos


MAIS CINCO?

Depois de estar desgostoso com a F1 mesmo conquistando vários títulos e, principalmente após o final do campeonato do ano passado em Abu Dhabi, parece que a chama de Lewis Hamilton na F1 está mais acesa do que nunca.

Ao menos é o que afirma o amigo e chefe Toto Wolff. Vizinhos de residência em Mônaco, o alemão confidenciou que o inglês quer ficar mais tempo na categoria: meia década, para ser mais exato.

“A vantagem é que nos falamos bastante. Na semana passada, nos sentamos e ele disse ‘olha, eu tenho mais cinco anos em mim, como você vê isso?’” disse Wolff, em entrevista ao Channel 4 F1.

Atualmente, Alonso é o único quarentão da categoria. Wolff foi indagado sobre como ele imaginaria Hamilton com essa idade na F1:

“Não sei se 40 anos é aquela idade em que você diz que não é mais adequado ser um piloto de corrida. Se você olhar para onde Fernando está com 41 anos, ele ainda está inteiro. Agora, ele é o mesmo Fernando que era aos 25? Eu não sei, mas ele ainda é muito competitivo”, respondeu.

O chefão da Mercedes também citou o exemplo de Tom Brady, que aos 44 anos ainda joga no futebol americano. 

Competidores viscerais não mudam nunca. Quando estava ganhando fácil, Hamilton ficou entediado. Bastou perder o campeonato do jeito que foi e esse 2022 esquecível da Mercedes para reacender o espírito competitivo do piloto.

O tempo está contra Hamilton, embora ele não precise provar mais nada. É que ninguém gosta de sair por baixo, ainda mais o Sir, que venceu em quase todos os anos da carreira. Em outra entrevista, Wolff também deseja manter Russell na equipe por um bom tempo.

É a melhor dupla da F1. Imagina os dois correndo por meia década, brigando por títulos e vitórias? Que isso saía do campo das ideias e do papel assinado para que possamos testemunhar com os nossos olhos no futuro.


TENTANDO REATAR

Aproveitando a visita para o Japão para disputar a corrida em Suzuka, a Red Bull pensa no futuro, mais precisamente em 2026, quando a F1 vai introduzir uma nova geração de motores.

Segundo informação do "The Race", os taurinos se reuniram com uma velha conhecida: a Honda. A ideia da equipe austríaca é acertar o retorno da parceria quando chegar o novo regulamento de motores.

Atualmente, a Red Bull herda a tecnologia dos japoneses e está desenvolvendo o próprio motor, o Red Bull Power Trains, que também equipa a Alpha Tauri até 2025.

A partir de 2026, a Fórmula 1 retirará o sistema de MGU-H e aumentará a potência elétrica do carro em 50% com o MGU-K, além da mudança para combustíveis 100% sustentáveis. Segundo a "The Race", as negociações avançam bem.

O acordo precisa ser aprovado pelo conselho da Honda. Por enquanto, segundo a publicação, os diretores não parecem muito dispostos. Há uma resistência dentro do conselho sobre os compromissos financeiros e como seria possível conciliar o retorno para a F1 e a busca por tecnologias neutras em carbono, motivo que fez os japoneses deixarem a categoria.

Sem a Porsche, é um sinal que a Red Bull não aguenta construir o próprio motor por muito tempo. É inegável que a parceria deu certo. Tudo depende do humor da Honda que, assim como a Renault, são os mais instáveis da categoria. Tomara que reatem. Será bom para todos os envolvidos.


TRANSMISSÃO:

07/10 - Treino Livre 1: 0h (Band Sports)

07/10 - Treino Livre 2: 3h (Band Sports)

08/10 - Treino Livre 3: 0h (Band Sports)

08/10 - Classificação: 3h (Band e Band Sports)

09/10 - Corrida: 2h (Band)

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

NATSUKASHISA

 


O Japão sempre teve uma aura de fim de festa ou de decisão. Até o início da década passada, Suzuka fechava a temporada. Lá, era sinônimo de emoção. Exemplos inesquecíveis são os três títulos de Ayrton Senna, além de outras lembranças interessantes como o título de James Hunt em Fuji, os títulos de Damon Hill e Mika Hakkinen nos anos 1990 e o hexacampeonato de Michael Schumacher.

Com mais corridas no calendário, o Japão ficou na reta final do calendário e, desde então, somente Sebastian Vettel conseguiu levantar o caneco por lá, quando dominou o campeonato de 2011. Mesmo com a Mercedes construindo uma hegemonia, a posição no calendário impedia o Japão de retomar essa tradição.

No entanto, nesse 2022 cheio de corridas e nuances particulares, Max Verstappen tem grandes chances de ser o bicampeão mais precoce da história da F1, seja pela idade ou pela antecedência, o que superaria outros campeões muito antecipados como Nigel Mansell, Michael Schumacher e o próprio Sebastian Vettel.

É um retorno para a nostalgia, até mesmo para o fato de passar a madrugada assistindo F1, o que só voltou esse ano com a Austrália.

O bicampeonato de Max Verstappen também teria um grande valor simbólico para a Honda que, embora tenha saído oficialmente da nominata da F1 e da Red Bull, ainda fornece motores e tem uma parceria técnica com os taurinos, que desenvolvem o motor a partir das especificações dos japoneses. Seria uma repetição da dobradinha com os títulos do tempo de McLaren, lá com Ayrton Senna.

Ademais, é isso que resta para escrever sobre a F1 atual: é questão de tempo para Max ser consagrado, enquanto aguardamos as notícias do mercado de pilotos, principalmente a vaga da Alpine. Um pouco sem criatividade e cansado demais do calendário extenso que a F1 ainda aumentou para o ano que vem.

Seguimos.

Até!


segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

INACREDITÁVEL

 

Foto: Getty Images

Inacreditável, mas vou escrever esse texto um pouco distante das minhas condições ideais. Chutei o balde.

Cheguei a conclusão que qualquer ponto de vista sobre o fim da temporada é válido. Começamos do começo. Max foi pole enquanto o favoritismo era da Mercedes. A largada seria fundamental porque as duas equipes tinham estratégias diferentes, mas mesmo assim eram os alemães que pareciam estar mais tranquilos.

A largada definiria tudo, e ali Hamilton, com pneu médio, assumiu a liderança. No segundo grande retão, Max mergulhou o carro numa tentativa desesperada mas Lewis continuou na frente e tinha um ritmo muito superior. Mesmo com estratégia diferente, seria muito complicado. Bastava marcar Max para o octa.

Na primeira parte, a Mercedes cumpriu a missão na nova pista, mais rápida porém igualmente chata e torturante. É preciso que alguém pague bilhões para que o campeonato não se decida por lá. Pelo jeito é impossível, porque o autódromo foi renovado até 2030!

Num Safety Car Virtual, Max aproveitou para parar e tentar uma última tentativa. Lewis e a Mercedes não marcaram. Vale destacar o grande momento da corrida que foi a limpa disputa entre Pérez e Hamilton. O mexicano tirou 7 segundos de vantagem do inglês apenas travando-o o quanto pode em uma volta e meia. Foi o escudeiro que se esperava, que foi contratado pra isso. Lá atrás, Bottas fez uma despedida melancólica na Mercedes.

A superioridade mesmo assim era avassaladora. Enquanto isso, a dupla da Alfa Romeo também se despedia antes do fim, junto com Russell. De forma melancólica, Raikkonen abandonou na corrida que valia o campeonato. Parecia um prenúncio e, convenhamos, o jeito mais adequado. Kimi não é dos holofotes.

A briga pelo penúltimo lugar mudou toda a história. Hamilton marchava para o título até que, nas voltas finais, Latifi se enbananou na disputa com Mick Schumacher e bateu. E agora? Mick "defendeu o legado" do pai, enquanto um carro com motor Mercedes batia. Se fosse uma Alpha Tauri, certamente seria investigado.

Aí começa o show da FIA, rasgando protocolos para virar entretenimento hollywoodiano. O correto era parar a corrida (já tinham colocado bandeira vermelha em quase todos, qual a diferença?) para que tudo fosse decidido numa relargada em "igualdade de condições".

Enquanto o final parecia se encaminhar para ser com o Safety Car, igual Interlagos 2012, a Red Bull já tinha parado Max para uma suposta tentativa desesperada. Hamilton e a Mercedes não marcaram, por acreditar que naquela altura não haveria mais corrida e evitariam o máximo possível mais um encontro na pista com Max.

Michael Masi mais uma vez manipulou as regras e ficou no meio do caminho. Às pressas, ficou definido que teria largada na última volta mas não autorizou todos os retardatários a darem a volta necessária. Era a final dos sonhos: empatados e lado a lado na última volta!

Rendida, a Mercedes que venceria sem sustos perde o campeonato de pilotos depois de sete anos. Com pneu mais novo, Max cumpriu a profecia e destronou Lewis Hamilton. Quarto piloto mais jovem da história a virar campeão, o primeiro nascido na Bélgica mas de nacionalidade holandesa. 

Um final emocionante, histórico mas também manipulado. Se falou tanto na questão sobre acidentes na pista que novamente a FIA na primeira aparição 'definiu' o campeonato. O acidente do Latifi era pra ter paralisado bem antes ou ter terminado a corrida, o meio do caminho facilitou um título que é sim muito merecido.

Desde a estreia precoce, Max parecia estar destinado a ser campeão. O talento e a agressividade não eram comuns para os olhos treinados. Mesmo ainda com o temperamento inconsequente, o holandês mostrou coragem e estrela pra vencer um heptacampeão em mais de 20 corridas. Um grande esforço mental e físico. Ainda precisando aprimorar, Max é um justo campeão mundial! 

Uma bela volta por cima da Honda, que voltou sendo piada com a McLaren e agora sai de cena campeã mundial, o que não acontecia desde o tri de Ayrton Senna em 1991.

Quinto título de pilotos para a Red Bull. A Mercedes fica com uma sensação agridoce, pois venceu pela oitava vez os construtores mas viu a hegemonia ir embora. Hoje, o azar foi para os alemães. Desde o Brasil, a Mercedes mostrou-se imbatível, mas hoje as circunstâncias trabalharam contra. Como certo time, talvez os alemães tenham despertado tarde demais e não poderia mais errar. Foi o Glock inverso, um castigo digno de filme e agora também em uma decisão por título.

Foto: Getty Images

Outros destaques: Sainz, que superou Charles Leclerc e terminou o ano no pódio; Uma grande reação da Ferrari na reta final. Também sabe-se lá como, a dupla da Alpha Tauri foi muito bem e Tsunoda foi o quarto! Circunstancial, que isso sirva como confiança, porque o japonês já entra com a corda no pescoço.

Um campeonato espetacular dentro da pista terminou com um final épico e que beira o inacreditável. Ao longo da temporada, os dois times foram prejudicados e cada um tem as corridas para lamentar o resultado. Hamilton pode lembrar do erro em Baku e o acidente em Monza, por exemplo. Agora é tarde.

Tomara que o regulamento de 2022 consiga fazer com que as outras equipes se aproximem das outras duas. Com mudanças de pilotos, certamente Alonso e Leclerc mereciam um equipamento muito competitivo.

Max Verstappen, um campeão inacreditável, diante das circunstâncias. O roteiro do "Red Bull x Mercedes" já está definido.

Confira os 10 primeiros do GP de Abu Dhabi:


Até!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

GP DE ABU DHABI: Programação + Treinos de sexta

 O Grande Prêmio de Abu Dhabi acontece sobre o crepúsculo. Inicia-se de dia e encerra-se à noite. Mistura um traçado de rua com retas longas e curvas "em cotovelo", típicas do arquiteto da F1, Hermann Tilke. Foi disputado pela primeira vez em 2009 e vencido por Sebastian Vettel.

Foto: Getty Images

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Lewis Hamilton - 1:39.283 (Mercedes, 2014)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:34.779 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Lewis Hamilton (2011, 2014, 2016, 2018 e 2019) - 5x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 369,5 pontos

2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 369,5 pontos

3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 218 pontos

4 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 190 pontos

5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 158 pontos

6 - Lando Norris (McLaren) - 154 pontos

7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 149,5 pontos

8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 115 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 100 pontos

10- Fernando Alonso (Alpine) - 77 pontos

11- Esteban Ocon (Alpine) - 72 pontos 

12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 43 pontos

13- Lance Stroll (Aston Martin) - 34 pontos

14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 20 pontos

15- George Russell (Williams) - 16 pontos

16- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 10 pontos

17- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos

18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 3 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 587,5 pontos

2 - Red Bull Honda - 559,5 pontos

3 - Ferrari - 307,5 pontos

4 - McLaren Mercedes - 269 pontos

5 - Alpine Renault - 149 pontos

6 - Alpha Tauri Honda - 120 pontos

7 - Aston Martin Mercedes - 77 pontos

8 - Williams Mercedes - 23 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 13 pontos


SEM FINAL FEIO

Foto: Getty Images

Lewis Hamilton e Max Verstappen se estranharam nas pistas o ano inteiro. Em Abu Dhabi, empatados, vão decidir o título da temporada 2021. 

Toto Wolff, chefão da Mercedes, teme que o que está acontecendo durante a temporada se repita na decisão: uma batida entre os dois podendo decidir o título, e isso ele não quer.

“Eu espero que a corrida de domingo tenha tido repercussões suficientes para que todos aprendam e se adaptem para a corrida final, em Abu Dhabi. Acho que uma pilotagem similar — se os comissários decidirem que foi além do limite — poderia ser novamente penalizada em Abu Dhabi e terminaria em uma situação muito feia para todos”, disse.

"Acho que no Brasil, eu disse que estaríamos criando um precedente caso a manobra não fosse investigada. Isso pode terminar muito mal para o campeonato. E vocês viram incidentes domingo que foram parecidos com o Brasil em velocidade menor, e não queremos ter isso em Abu Dhabi. O carro mais rápido, com o piloto mais rápido, deveria ganhar o campeonato. E não por tirarem um ao outro", completou.

A tentativa de pano quente foi estabelecida. Os ânimos estão exaltados e todos têm culpa no cartório. É claro que não é do interesse de todos, principalmente de quem vende, que o título termine com toques assintosos igual aconteceu no passado. No entanto, isso não pode ser apenas no discurso, e sim com ações. Veremos até sábado como isso vai acontecer.

MARCADO PELA FIA
Foto: Getty Images

Postura unilateral. Assim define Helmut Marko sobre as decisões da FIA envolvendo Max Verstappen e Lewis Hamilton. O todo-poderoso da Red Bull se mostrou incomodado com as avaliações e punições impostas ao piloto da equipe no último domingo, na Arábia Saudita.

No total, Max teve 10s de punição pela batida de Hamilton na hora de devolver a posição, 5s por voltar a pista por fora e mais 20s pelo brake test, após a corrida.

Marko nega o brake test:

"Primeiro, podemos rebater esse suposto brake test com o qual Hamilton estava tão irritado. Quase nunca vi algo tão estranho. Não há nenhuma mudança na pressão dos freios nos nossos dados. Hamilton apenas calculou mal. Aí recebemos uma punição e os pneus de Max ficaram danificados com dois grandes cortes”, respondeu para a emissora alemã Sky.

Depois, Marko esbravejou contra, segundo ele, o rigor da FIA em julgar Max e não fazer o mesmo com Hamilton.

"Isso não pode continuar assim. Assim que Max mostra os dentes, ele recebe uma punição, mas se Hamilton o coloca para fora da pista, aparentemente não tem nada de errado. Não pode continuar assim. Isso é inaceitável”, frisou para a austríaca ServusTV.

Enquanto Toto Wolff usa a imprensa para acalmar os ânimos, pois supostamente está em vantagem para a decisão, Marko e a Red Bull são inflamados o ano todo. Afinal, são os desafiantes, e a pressão está nas costas. 

A famosa "pressão na arbitragem". Vale tudo, nessas horas, o racional fica de lado. Cada um tem seu direito e que arque com as consequências. A FIA é que precisa controlar o que não foi capaz de controlar durante nove meses.

TRANSMISSÃO:
10/12 - Treino Livre 1: 6h30 (Band Sports)
10/12 - Treino Livre 2: 10h (Band Sports)
11/12 - Treino Livre 3: 7h (Band Sports)
11/12 - Classificação: 10h (Band e Band Sports)
12/12 - Corrida: 10h (Band)

Foto: Getty Images

Em virtude da agenda apertada e muitos compromissos no mesmo período de tempo, hoje tive que fazer um dois em um, justamente no momento mais importante da temporada. Acontece.

Pelo que vi, a Mercedes tem a clara vantagem em Abu Dhabi, na pista que ficou 10 segundos mais curta e promete ao menos não ser tão chata quanto é sempre. A Red Bull aposta no ritmo de corrida e, francamente, no acaso. Os austríacos, se estiverem fingindo muito bem, tem apenas como esperança tirar o coelho da cartola.

A grande questão é evitar que Max e Lewis se encontrem na pista, por mais que a FIA faça ameaças a quem ousar subir o tom na disputa. Dizem até que a Mercedes pretende colocar um novo motor para Hamilton, imbatível, sair de trás sem sustos. Nada é garantido.

A Alpine segue muito bem nesse final de temporada, enquanto Alpha Tauri, Ferrari e McLaren brigam pelo resto. A queda do time de Woking foi preocupante, mas agora tudo é o novo regulamento.

Diante de todo drama entre Lewis e Max, esquecemos que esse é o último final de semana de Kimi Raikkonen como piloto de F1. Definitivamente. Talvez seja até assim que ele quiera: sem alarde, deixando o finlandês em paz como ele gosta de frisar sempre no rádio.

Um final de semana histórico se aproxima na F1. Muito drama que, esperamos, seja também na pista, sem artificialidades ou intervenções grotescas, nem algo muito Hollywoodiano ou Netflixesco. Apenas uma corrida, nada mais nada menos que isso. E que vença o melhor!

Confira a classificação dos treinos livres:







Até!

domingo, 5 de dezembro de 2021

A ANTI-CORRIDA

 

Foto: Getty Images

Em um campeonato disputado curva a curva, qualquer detalhe vai fazer a diferença. No entanto, o que vimos hoje na Arábia Saudita a partir da batida de Mick Schumacher, inaugura uma situação que confesso nunca ter visto em um ambiente como a F1: a catimba e a pressão, como se fosse um jogo de Libertadores. Só faltou ter briga mesmo.

Começando pelo vício nas bandeiras vermelhas, acionada quatro voltas depois do acidente. A Mercedes, que parou, ficou no prejuízo e a Red Bull se deu bem porque Max continuou na pista e herdou a primeira posição. Todavia, a Mercedes também foi malandra: segurou o grid atrás do Safety Car para conseguir fazer a parada com segurança. 

O circuito da Arábia Saudita queimou minha língua: essa imprevisibilidade de um circuito de rua realmente aconteceu, somado ao fato de ser desconhecido de todos. Existem notórios problemas de administração, fruto da inexperiência em sediar um evento como esse, mas o ponto é que hoje o problema foi muito maior.

Na relargada, Hamilton pulou na frente e foi no limite. Verstappen teve que fazer a curva por fora e ganhou tempo. Dali em diante foi um show de horrores: Red Bull e Mercedes barganhando punições e quando isso aconteceria. Parecia House Of Cards. Não que isso seja inédito, apenas definitivamente explícito, mas a FIA não tem mais pulso nas decisões e está atrapalhando o campeonato.

Quando é para punir e quando não é? Max foi penalizado. Na sequência, relargou melhor porque teve outro acidente, envolvendo Perez, Leclerc, Mazepin e Russell, e ficou na frente. Max só estava ali porque a FIA decidiu por uma bandeira vermelha estapafúrdia que mudou os rumos da corrida.

Hamilton, com muito mais carro, seguiu pressionando e tentando passar. Max é muito mais Senna/Schumacher. Ele não mede as consequências e joga com a vantagem do regulamento. Outra vez, ganhou vantagem na curva e, quando ia fazer a troca de posição, sabe-se lá porque freou no meio da reta e Hamilton raspou nele. A Mercedes não foi notificada e a Red Bull sim, instruindo o holandês a fazer isso.

Na outra tentativa, Max foi malandro e deixou passar na zona de DRS, mas não teve jeito. O foguete Mercedes cresceu na hora certa e, contra tudo e todos, Lewis Hamilton venceu, com Verstappen em segundo. Empatados em pontos, a diferença é que Max tem mais vitórias. Tudo igual para Abu Dhabi.

Verstappen não é vilão. Sempre foi inconsequente e Hamilton agora joga o jogo. No entanto, foi o holandês quem parou no hospital nessa temporada. Não há mocinhos e cada um está passando do limite porque a FIA simplesmente não tem mais controle de nada desde a morte de Charlie Whiting. Virou uma verdadeira briga no grito. Além disso, a Mercedes parece melhor e, na chata Abu Dhabi, o campeonato pode ser decidido no sábado.

Bottas, em uma corrida de recuperação, completou o pódio nos metros finais, uma crueldade com Ocon. No caos, destaques para as recuperações de Ricciardo, da Ferrari em altos e baixos, os pontos importantes de Gasly e a atuação valente de Giovinazzi, conquistando provavelmente os últimos dois pontos da carreira na F1.

Tsunoda segue involuindo a cada etapa, mostrando que a permanência na Alpha Tauri é mais falta de opção do que necessariamente convicção em alguma coisa. É a crueldade em exigir tanto de alguém que mal completou 20 anos. Na pista rápida e traiçoeira, que constantemente teve Safety Car Virtual pelas batidas e os detritos nas pistas, chamou a atenção a disputa entre Vettel e Raikkonen, que pode ser o último grande momento do finlandês na carreira.

Em um circuito tão traiçoeiro e catimbado pelas circunstâncias do campeonato, o que vimos hoje foi uma corrida tumultuada por pilotos, equipes e a direção de prova. No jargão do futebol, a FIA, que seria o árbitro, perdeu o controle da situação e desbancou para um clima tenso, de confusão e muito disse me disse. 

Hamilton e Verstappen estão iguais. Assim, qualquer coisa vai fazer a diferença, inclusive gritar mais alto ou sabe se lá o que. A FIA, que uma hora quer deixar todo mundo correr pelo bem da F1, aplica punições e se justifica em regras e interpretações que só confundem pilotos, equipes, imprensa e fãs.

Outra coisa confusa: a FIA comprovou que Verstappen fez um brake test e puniu com 20 segundos no tempo final, o que não mudou em nada na posição de chegada.

Confira a classificação final do GP da Arábia Saudita!




sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

COMEÇANDO A DECISÃO

 

Foto: Mark Thompson/Getty Images

A segunda pista desconhecida consecutiva dessa reta final da temporada mostra como o simulador pode ser uma coisa e a realidade outra. Apesar de extensa, o circuito de rua da Arábia é rápido e estreito, muito semelhante com Baku. Poucos pontos de ultrapassagem e não vai perdoar quem errar. Charles Leclerc que o diga, pois arrebentou o carro no último instante do TL2 e talvez nem treine amanhã.

No início da semana, tinha sugerido que a Honda e a Red Bull pudessem trocar o motor de Max para que o holandês possa ter mais igualdade na disputa com Hamilton. Observando as particularidades da pista, talvez essa não seja a decisão mais sensata. Com pouco espaço e quase nenhum ponto de ultrapassagem, qualquer incidente certamente terá bandeira vermelha ou Safety Car, um risco muito grande.

Isso deixa a Red Bull numa situação complicada. É evidente que todos estão conhecendo a pista e longe de estar na confiança plena para guiar nessas condições, inclusive os protagonistas, mas outra vez a Mercedes parece levar vantagem com o novo e potente motor. Hamilton pode empatar ou praticamente fazer isso para a decisão em Abu Dhabi, jogando toda a bomba para os taurinos. 

Gasly, Alpine e Ferrari parecem continuar mantendo o bom ritmo e vão brigar pelos pontos. A McLaren murchou de vez depois da Rússia. E é assim que a F1 segue até o início do novo regulamento, da nova era da categoria em 2022.

Como já vimos diversas vezes no ano, o sábado e o domingo não correspondem a sexta e muitas surpresas aconteceram. Agora, um erro, problema ou deslize pode ser fatal para conhecermos o novo campeão talvez até domingo, embora seja improvável e apenas Max Verstappen tenha essa possibilidade.

É a F1 começando a grande decisão do campeonato mais equilibrado desde 2014. 

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

GP DA ARÁBIA SAUDITA: Programação

 O Grande Prêmio da Arábia Saudita acontece pela primeira vez na história em 2021, em um circuito de rua da capital Jidá, com 27 curvas e 6.175 km de extensão, o segundo maior da temporada.

Foto: Wikipédia

CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 351,5 pontos

2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 343,5 pontos

3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 203 pontos

4 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 190 pontos

5 - Lando Norris (McLaren) - 153 pontos

6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 152 pontos

7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 145,5 pontos

8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 105 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 92 pontos

10- Fernando Alonso (Alpine) - 77 pontos

11- Esteban Ocon (Alpine) - 60 pontos

12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 43 pontos

13- Lance Stroll (Aston Martin) - 34 pontos

14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 20 pontos

15- George Russell (Williams) - 16 pontos

16- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 10 pontos

17- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos

18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 546,5 pontos

2 - Red Bull Honda - 541,5 pontos

3 - Ferrari - 297,5 pontos

4 - McLaren Mercedes - 258 pontos

5 - Alpine Renault - 137 pontos

6 - Alpha Tauri Honda - 112 pontos

7 - Aston Martin Mercedes - 77 pontos

8 - Williams Mercedes - 23 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 11 pontos


EFEITO ZHOU (MAS JÁ?)

Foto: Divulgação/Alpine

O primeiro chinês contratado como titular na F1 ainda nem estreou mas o impacto parece ser positivo. 

É o que garante o chefão da Alfa Romeo, Frederic Vasseur.

Em entrevista para o Motorsport Magazin, Vasseur contou que a tratativa fracassada com a Andretti postergou a decisão da equipe, a útlima a confirmar a dupla de pilotos para 2022. 

Vasseur também disse que o anúncio de Zhou já está abrindo grandes possibilidades comerciais de patrocínio para a Alfa Romeo em um volume surpreendente:

"Acho que é uma grande oportunidade para a companhia. Nas últimas semanas, mais patrocinadores nos procuraram do que nos últimos 25 anos. Para a companhia, para todos os patrocínios (inclusive os atuais), é uma grande oportunidade e vamos nesta direção. Acho que existe muita confusão de onde vai vir o orçamento, mas acho uma grande oportunidade para nós, para a companhia, outras equipes e a F1 em geral. Pode funcionar para mim se Zhou performar na pista, é sempre sobre equilíbrio. Veja o que ele está fazendo na F2 agora. Estou convencido que pode fazer o mesmo na F1”, disse.

É o chinês viável. Certamente traz grande visibilidade em um mercado muito rico e populoso. Mas, vou reiterar: Zhou não é apenas um pagante. Ele está na F1 por méritos.

WORLD TOUR
Foto: Getty Images

O sucesso global da F1 faz com que cada vez mais países e cidades se interessem em sediar uma etapa no Mundial. No entanto, a categoria parece ter atingido um limite de calendário e logística em 23 etapas.

Para agradar todo mundo, a F1 pretende nos próximos anos fazer um rodízio entre algumas sedes e tem alguns planos: uma terceira corrida nos EUA, uma segunda etapa na China e a inclusão de uma corrida no continente africano.

Vamos por partes. A Liberty Media quer uma terceira corrida nos Estados Unidos, que já tem Austin e a partir do ano que vem vai ter Miami. Um retorno para a África também é estudado, mais especificamente para o Marrocos, onde a F1 correu pela única vez em 1958.

“A partir de hoje, o mercado americano estaria pronto para isso. Estamos em contato com a África. Estamos a considerar uma terceira corrida nos Estados Unidos e em outros países do Extremo Oriente”, disse Stefano Domenicali para a revista alemã Auto Motor und Sport.

Nem tudo são flores. Dificuldades econômicas afastam cada vez mais a Alemanha, um dos polos mais importantes da indústria automobilística, de retornar. No momento, não há condições de bancar a taxa anual da Liberty Media, entre 25 e 30 milhões de dólares.

“Acredite em mim: gostaria de ver a Alemanha em uma situação estável conosco por muito tempo. Especialmente quando você leva em conta o interesse dos alemães pelo automobilismo. Lamento porque, pessoalmente, creio, e por toda a indústria do automobilismo, que eles não estão dando a resposta certa para os fãs. Vou trabalhar muito para ver o que pode ser feito, junto com as fábricas e os nossos parceiros”, declarou.

A China, que retorna ao calendário em 2023 e renovou até 2025, já tinha acenado antes da pandemia interesse em disputar outra prova. O anúncio de Guanyu Zhou já disparou sondagens na Alfa Romeo e será novamente palco de negociações para a Liberty Media.

“Posso dizer que já recebemos o interesse de outra cidade para fazer um GP na China. Não estaremos lá no ano que vem, não por nossa causa, mas por causa da pandemia. É por isso que estendemos o contrato este ano imediatamente por mais três para garantir que haja esse entendimento para estarmos lá. E tenho certeza que o efeito de Zhou estar no mundo da F1, o primeiro piloto chinês da F1, vai ter um grande impacto. Esta é uma área onde devemos estar presentes, com certeza”, sinalizou.

Os pilotos são fundamentais para alguns mercados, assim como a tradição: nesse quesito, se encaixam Japão e Brasi, o retorno da Holanda graças a Max Verstappen e a paixão do México impulsionada por Sérgio Pérez. É a F1 sendo disputada a tapa. Se pudesse, apenas pediria uma coisa: que não deixem as corridas tradicionais para trás. Volta Malásia, volta Alemanha!

TRANSMISSÃO:
03/12 - Treino Livre 1: 10h30 (Band Sports)
03/12 - Treino Livre 2: 14h (Band Sports)
04/12 - Treino Livre 3: 11h (Band Sports)
04/12 - Classificação: 14h (Band e Band Sports)
05/12 - Corrida: 14h30 (Band)


terça-feira, 30 de novembro de 2021

A DÚVIDA ENERGÉTICA

 

Foto: Divulgação/Red Bull

Max Verstappen pode ser campeão mundial no domingo. Não é o cenário mais provável, mas a possibilidade existe. No entanto, o crescimento da Mercedes nas duas últimas etapas, sobretudo com o novo motor colocado no carro de Lewis Hamilton acende um sinal de alerta: o que fazer nessas duas corridas finais? Qual estratégia tomar?

É uma pergunta difícil de ser respondida. A Mercedes disse que Hamilton usou o motor da Turquia no Catar, onde ganhou sem grandes sustos. O novo motor do Brasil será utilizado agora, na Arábia Saudita e em Abu Dhabi. A cartada final. A Red Bull, por sua vez, não fez trocas, mas poderia ter feito.

A informação é que a Honda gostaria de ter trocado já no Catar para também correr com potência máxima, tal qual Hamilton. A Red Bull não quis e o fato da punição ter sido praticamente na hora da corrida também contribuiu para que nada fosse feito.

A Arábia Saudita tem um circuito de 6 km, de rua, desconhecido, onde tudo pode acontecer, inclusive vários Safety Cars. Isso ajudaria Max em um contexto de troca de motor e largar lá de trás. No entanto, volto a repetir: é uma posição difícil. Apesar da vantagem de Max ser mínima, é complicado arriscar qualquer coisa. 

O que fica evidente é o seguinte: Yas Marina é uma procissão. Arábia Saudita é uma incógnita. Nesse contexto onde algo precisa ser feito para competir com o novo motor da Mercedes, parece mais lógico Max, mesmo com a vantagem, arriscar no incerto e no inesperado das ruas da capital árabe. Até porque ninguém sabe qual equipe vai se sobressair.

É claro que existe o risco da Red Bull se adaptar melhor ao circuito, trocar o motor e perder uma possível vitória certa que lhe garantia o título. Outra vez, repito: arriscar no incerto parece mais certo (com o perdão da escrita) do que em Abu Dhabi, onde todos já sabem o que vai acontecer e há pouquíssimas variações de estratégia.

O que a Red Bull deveria fazer? Arriscar na Arábia Saudita, é claro, na minha humilde opinião. É a dúvida energética, causada pela pressão da Mercedes. Tanto a ação quanto a omissão podem decidir o campeonato e culminar ou ceifar todo um árduo trabalho do ano inteiro. Só nos resta aguardar pela resposta da Red Bull e da Honda.

Até!

domingo, 21 de novembro de 2021

MANO A MANO

 


A inconsistência das regras e critérios da FIA nos permite escrever que é tudo sob o prisma da política ou então da lei da compensação. Verstappen jogou Hamilton para fora da pista em Interlagos. Como o inglês passou e venceu, não haveria grandes punições. 

Com uma bandeira amarela no Q3 de sábado originada pelo furo no pneu de Gasly, Verstappen e Bottas foram punidos com cinco e três posições no grid, respectivamente. Algo que foi comunicado apenas uma hora antes do grid ser formado. Um absurdo.

Por incrível que pareça, a decisão foi definitiva para Bottas, pois Verstappen em poucas voltas retomou a segunda posição original. A julgar pelo ritmo de corrida de Hamilton, nem a largada faria diferença. Max poderia ter assumido a ponta, mas certamente não venceria. O finlandês, na sina de fim de contrato, se livrou do pelotão com dificuldade, mas o azar o persegue. Um furo no pneu acabou com as pretensões de Bottas e viu a Red Bull se reaproximar na briga pelos construtores.

Pérez, de sábado ruim, escalou o grid e vinha para fazer o pódio esperado. No entanto, o temor de um pneu furado fez o mexicano perder o pódio. Olhando agora, não pareceu uma decisão inteligente. No entanto, se o pneu do carro austríaco furasse, certamente estaríamos cobrando algo da Red Bull.

Em um certo momento, a corrida virou uma disputa de classificação para quem fizesse a volta mais rápida, pois a corrida estava decidida. E a classificação vira uma corrida inútil... Coisas da FIA. Só o que falta o campeonato ser decidido por um critério tão artificial.

Hamilton venceu sem dificuldades. Agora, são apenas oito pontos de desvantagem para Max. Praticamente um empate técnico. Duas corridas, uma delas na desconhecida Arábia Saudita. Lewis usou o motor da Turquia. A Mercedes parece ter dado a cartada final e com efeito. Para a Red Bull, apenas administrar os danos não vai ser suficiente. 

O que fazer? Trocar motor na Arábia ou na decisão em Abu Dhabi? É complicado, são muitas variáveis... Ainda assim, é possível que Max seja campeão daqui duas semanas: basta chegar em segundo e Hamilton não pontuar. Difícil, não impossível.

O texto na verdade é uma ode a Don Fernando Alonso Díaz. Quando comecei a escrever no blog, o espanhol das Astúrias já tinha feito o que era até então seu último pódio na categoria, na Hungria, em 2014. A Alpine teve um excelente final de semana. Alonso largou em terceiro e manteve o ritmo. A sorte ajudou: Bottas abandonou, Norris teve furo no pneu e Pérez parou. Estava escrito. Aos 40 anos, Alonso chegou ao pódio número 98 na carreira e mostra que, mesmo dois anos parado, ainda é excepcional, fora da curva, um outlier.

Ocon foi o quinto. A Aston Martin teve uma grande recuperação com Stroll e Vettel nos pontos. A Ferrari, muito abaixo, conseguiu pontuar. Norris, o azarado e Ricciardo, novamente muito abaixo, confirmam a queda da McLaren na reta final. É preocupante o australiano estar tão abaixo. É de se pensar se continua valendo a pena pagar tanto por tão pouco resultado...

Gasly também teve uma corrida esquisita, com erros de estratégia e desperdiçou uma boa oportunidade de pontos importantes para a Alpha Tauri. Afinal de contas, é tudo sobre Don Alonso, a Fênix: quando subiu ao pódio pela última vez, Hamilton tinha "só" um título: agora, pode estar a duas semanas do octa.

Hamilton e Verstappen, mais do que nunca, estão mano a mano, na pista e na tabela. A Red Bull tem uma vantagem mínima, mas a verdade é que Arábia Saudita e Abu Dhabi serão mata-mata, ida e volta, sem gol fora, prorrogação ou pênaltis. Quem estiver melhor, será campeão. Em caso de empate, vantagem para a Red Bull que tem mais vitórias. Uma pausa dramática no calendário é tudo que precisamos para recuperar o fôlego da grandiosidade que se aproxima de todos nós. Salut!

Confira a classificação final do GP do Catar:


Até!


sexta-feira, 19 de novembro de 2021

JORNADA NO DESCONHECIDO

Foto: Clive Mason/Getty Images

 A F1 desembarca pela primeira vez no Catar e talvez a única em Lusail, o circuito onde desde 2004 a MotoGP está por lá. Daqui duas semanas, supostamente teremos a Arábia Saudita (supostamente porque dizem que a pista ainda não está pronta). Ou seja: na reta final do campeonato mais equilibrado da década, a F1 entra em territórios desconhecidos. Ninguém sabe o que vai acontecer.

Por justamente ninguém conhecer o circuito ou ter qualquer base de referência, os tempos dos treinos livres são incógnitas. Geralmente o TL2 começa a se aproximar da referência de sábado, e Bottas foi o mais veloz. Mas sei lá. O desenho do circuito me lembrou Sakhir, por ser no deserto e de noite, mas é impossível falar qualquer coisa.

É um tiro no escuro mesmo com a iluminação potente do autódromo. O que dá para destacar é o bom ritmo da Alpha Tauri. Favoritismos? Ninguém sabe. Apesar de ser contra Catar e Arábia Saudita por vários motivos, nesse fim de ano apenas uma defesa é aceitável: o ineditismo vai causar suspense até o final.

Pode ser que nessa jornada no desconhecido nós possamos conhecer o campeão já. Mas um passo de cada vez. Não sabemos o que vai acontecer dentro de três semanas. E isso, senhoras e senhores, confesso que me deixa um pouco mais animado, mesmo não gostando do que vá acontecer na pista. O suspense e a expectativa é que jogam a favor.

Confira a classificação dos treinos livres:


Até!

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

GP DO CATAR: Programação

 O Grande Prêmio do Catar vai acontecer pela primeira vez na história. O circuito substitui a Austrália, impossibilitada mais uma vez de sediar a F1 em virtude do Covid.

Nesta edição, a corrida será disputada no Autódromo Internacional de Lusail, palco da MotoGP. No entanto, quando o país retornar em definitivo para o calendário, em 2023, será sediado em um circuito específico que ainda será construído.

Foto: Wikipédia

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 332,5 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 318,5 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 203 pontos
4 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 178 pontos
5 - Lando Norris (McLaren) - 151 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 148 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 139,5 pontos
8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 105 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 92 pontos
10- Fernando Alonso (Alpine) - 62 pontos
11- Esteban Ocon (Alpine) - 50 pontos
12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 42 pontos 
13- Lance Stroll (Aston Martin) - 26 pontos
14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 20 pontos
15- George Russell (Williams) - 16 pontos
16- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 10 pontos
17- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 521,5 pontos
2 - Red Bull Honda - 510,5 pontos
3 - Ferrari - 287,5 pontos
4 - McLaren Mercedes - 256 pontos
5 - Alpine Renault - 112 pontos
6 - Alpha Tauri Honda - 112 pontos
7 - Aston Martin Mercedes - 68 pontos
8 - Williams Mercedes - 23 pontos
9 - Alfa Romeo Ferrari - 11 pontos

FAKE NEWS

Foto: Reprodução/McLaren

Na última semana, a revista britânica Autocar afirmou que a Audi tinha interesse em comprar o grupo McLaren. Semanas antes, a revista alemã Auto Motor und Sport reportou que os alemães queriam fazer uma parceria com o time de Woking, visando o eventual novo regulamento de motores de 2026. As informações foram veementemente negadas pela equipe inglesa:

“O Grupo McLaren está ciente de uma reportagem na imprensa informando de que ele foi vendido para a Audi. Isso é totalmente impreciso, e a McLaren está buscando remover a história.

A estratégia de tecnologia da McLaren sempre envolveu conversas e colaboração contínuas com parceiros e fornecedores relevantes, incluindo outras montadoras, no entanto, não houve nenhuma mudança na estrutura de propriedade do Grupo McLaren”, diz a nota.

A Porsche e a Audi tem interesse em finalmente entrar na F1, desde que seja aprovada o novo regulamento de motores, que será votado pela FIA no dia 15 de dezembro. A McLaren, que teve dificuldades financeiras durante o período mais complicado da pandemia, vem apresentando melhoras nas finanças, o que esfriou um suposto interesse em vender uma parte ou o todo do Grupo McLaren.

Final de temporada é isso aí: até 2026 ganha relevância nessa eterna brincadeira de Audi e Porsche na F1, igual o álbum "Detox" do Dr. Dre. Lendas urbanas.

PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO

Foto: F2

A Alpine anunciou na manhã de terça que o australiano Oscar Piastri, campeão da F3 e atual líder da F2, será o piloto reserva da equipe a partir do ano que vem. Em tese, caso aconteça alguma coisa com Fernando Alonso ou Esteban Ocon, Piastri seria o ficha um para substituí-los.

A trajetória do australiano é quase meteórica. Em 2019, Piastri venceu a Fórmula Renault Eurocup e foi contratado para a academia da escuderia francesa. Em 2020, na estreia, foi campeão da F3 na Prema. Esse ano, repetindo o sucesso pela mesma equipe, lidera a F2 sendo um estreante, faltando duas rodadas triplas na Arábia Saudita e em Abu Dhabi para terminar o campeonato.

“A função de piloto reserva é o próximo passo em direção ao meu objetivo de um assento para 2023, o que é muito emocionante. Eu provei meu valor nas categorias de base nos últimos anos e sinto que estou pronto para a Fórmula 1 agora. Junto com a experiência na pista nos fins de semana de corrida, vamos montar um programa de testes substancial para continuar me desenvolvendo. Sou muito grato à Alpine pelo apoio”, disse.

“O talento natural de Oscar é evidente, por isso estamos muito orgulhosos e privilegiados por tê-lo como parte de nossa equipe como nosso piloto reserva no próximo ano. Oscar não só tem as habilidades na pista, mas também demonstrado maturidade e compostura que o fazem realmente se destacar dos demais”, comentou Laurent Rossi, diretor executivo da Alpine.

É um prêmio de consolação. O problema do grid com poucos carros é esse. Se Oscar Piastri for campeão da F2, o talento dele será punido com um ano de ostracismo, pois ele não pode defender o título na categoria. Além de piloto reserva no simulador, sobraria para o australiano a Super Fórmula, Endurance, Fórmula E ou qualquer outra coisa. É por isso que é necessário mais equipes na F1, para que mais talentos possam ter espaço e se desenvolver.


TRANSMISSÃO:
19/11 - Treino Livre 1: 7h30 (Band Sports)
19/11 - Treino Livre 2: 11h (Band Sports)
20/11 - Treino Livre 3: 8h (Band Sports)
20/11 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
21/11 - Corrida: 11h (Band)

domingo, 14 de novembro de 2021

AINDA HÁ ESPERANÇA

 

Foto: Reuters/Ricardo Moraes

A Mercedes apostou todas as fichas na recuperação em Interlagos, diante de um risco que ficou muito maior depois de mais um erro da equipe no sábado, ao infringir o regulamento com a flexão da asa traseira. Se a missão de Hamilton parecia indigesta com a punição no domingo, largar em último no sábado parecia sacramentar o campeonato.

Não foi o caso. Com o novo motor, Hamilton sobrou. Parecia guiar no modo fácil, passando todo mundo como se fosse nada. Chegou em quinto, largaria em décimo hoje. Sem problemas. Sem grandes dificuldades e com o auxílio do Safety Car no começo da prova, Hamilton marchou para vencer de forma inesquecível em Interlagos. Em 14 aparições em Interlagos, de longe essa foi a mais impressionante.

A disputa com Verstappen foi dura, como era de se esperar. Usando todos os artifícios legais possíveis, Max tentou provocar e tirar Hamilton do prumo. Um choque interessaria para o holandês. No entanto, hoje não tinha como segurar. A Mercedes #44 estava imparável, venceu, recebeu a bandeirada de Rebeca Andrade e fez a volta da vitória com a bandeira brasileira, referência pelo ídolo Senna e por se sentir tão bem querido no país, arriscaria dizer melhor do que na própria Inglaterra.

O pódio teve presença brasileira de um dos funcionários que cuidam das estratégias da equipe, o xará mineiro Leonardo Silva. A festa estava completa, misturando a nostalgia com apreciar o momento histórico e lindo que vive a F1 em 2021, de modo até inesperado. Hamilton era o cara da casa. Max, mesmo com ligações no país, genro de Nelson Piquet, foi tratado como um inimigo, vaiado pelos brasileiros fãs de Lewis e, claro, sem excluir a questão política e extra-pista dos dois.

Bottas comprometeu mais uma vez os planos da Mercedes mas teve sorte em parar no momento que teve o VSC para ficar no pódio. A Mercedes reage e retoma uma folguinha na liderança de construtores, ao mesmo tempo em que diminui o mínimo possível para Max. Controle de danos, numa pista onde o favoritismo era da Red Bull. Favoritismos geralmente não dão certo nesse 2021 eletrizante.

A Ferrari confirma o posto de terceira força com dois pilotos extremamente regulares. Tomara que os italianos acertem a mão nesse novo regulamento. Leclerc merece um carro competitivo. Se deixarem, Sainz come pelas beiradas. Gasly mostra que corre sozinho na Alpha Tauri, enquanto Tsunoda mostra que só está na equipe de Faenza porque ainda não há opções viáveis da Academia de pilotos para subir.

A Alpine conquista pontos importantes e a McLaren teve uma queda nessa reta final, evidenciada a partir da perda traumática da vitória de Norris na Rússia. Ricciardo segue abaixo e, mesmo vencendo, fez uma temporada decepcionante. Vettel foi combativo e merecia o ponto, que não conseguiu.

Na corrida onde apostou todas as fichas, Hamilton vence apesar da Mercedes e segue vivo na briga pelo octa. Nas três etapas finais, duas são desconhecidas da F1 e a última é na chatíssima Abu Dhabi. Tudo está indefinido. Hamilton está com motor novo. Max vai fazer mais uma troca? E aí?

Como é bom ter Interlagos de volta. É um clima e uma corrida histórica, diferente. Somos muito apaixonados. Como é bom uma temporada excelente, fazendo que com nichos das bolhas comentem sobre a corrida. A Netflix também tem um papel fundamental e escreverei sobre isso em breve.

Aproveito o espaço para também homenagear Il Dottore Valentino Rossi, lenda da motovelocidade que se aposentou hoje. É, sem dúvida, um dos maiores esportistas do século. 

Ainda há esperança para Hamilton. Com corridas desconhecidas no Oriente Médio, tudo é ponto de interrogação. O problema é esse: lamentável a F1 encerrar a temporada só pelo dinheiro dos xeques em circuitos medonhos, mas fazer o quê...

Confira a classificação final do GP de São Paulo:


Até!

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

TODAS AS FICHAS

 

Foto: Getty Images

Ah, Interlagos... é um final de semana sempre diferente. Hoje, mais do que nunca, bateu a vontade de estar ali. Um dia quem sabe... tentarei no ano que vem.

Bom, sobre a sexta-feira, tivemos confirmações importantes. Por questão de estratégia, a Mercedes trocou mais uma vez o motor de Hamilton e o inglês tem uma punição de cinco posições no grid. A equipe já tinha trocado há menos de um mês, na Turquia, mas a justificativa agora é outra: sabe-se lá o porquê, o motor de Hamilton vai perder potência até o final do ano.

Com a corrida sprint e a liberdade na escolha da estratégia, o Brasil foi escolhido para fazer a última troca, a última cartada. E aí seja o que a F1 quiser. O resultado prático foi visto hoje: Hamilton foi o mais rápido nos dois treinos e larga na frente amanhã na corrida classificatória. As temperaturas baixas em São Paulo e, claro, o novo componente explicam esse resultado até "fácil" conquistado pelo inglês hoje.

Se passar ileso pela largada, Hamilton ao menos diminui um pouco a vantagem no campeonato e, na corrida, não deve ter tantos problemas para brigar pelas primeiras posições, considerando a diferença de motores. Para Max Verstappen, a reta final deve ser feita com muito cuidado, administrando a vantagem e encrespando apenas quando necessário. É uma vantagem confortável demais para ser desperdiçada faltando tão pouco tempo.

Repetindo o México, Gasly e as Ferrari aparecem muito bem, superando as McLaren. Alpine um pouco na frente da Aston Martin na briga pelos últimos pontos e eras isso. Difícil afirmar que sábado vai ser decisivo para alguma coisa no final de semana ou para o campeonato, desde que todo mundo passe ileso na primeira volta. Do contrário, uma chata sprint race pode ser decisiva... Vamos ver se Interlagos ajuda a tornar esse formato em algo interessante.

Confira os tempos do treino livre e da classificação:



Até!

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

GP DE SÃO PAULO: Programação

 O Grande Prêmio do Brasil é disputado desde 1972 (1973 na F1), sendo realizado em Interlagos (1972-1977, 1979, 1980, 1990-2019, 2021-atualmente) e já foi sediado em Jacarepaguá (1978, 1981-1989).

Após o cancelamento do Grande Prêmio do Brasil de 2020 em decorrência da Pandemia de COVID-19 e uma série de incertezas sobre a permanência do evento em Interlagos, o então governador do estado de São Paulo confirmou, em novembro de 2020, a renovação do contrato com a Fórmula 1 até 2025.

 Entretanto, a corrida realizada em Interlagos passou a ser oficialmente designada de Grande Prêmio de São Paulo, em virtude do acordo mal-sucedido entre a Rio Motorsports e a F1 para a construção do Autódromo de Deodoro, que não vai mais acontecer, mas que a empresa adquiriu o direito do nome "Grande Prêmio do Brasil" pelos próximos anos.


ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Valtteri Bottas - 1:10.540 (Mercedes, 2018)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:07.281 (Mercedes, 2018)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Alain Prost - 6x ( 1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 312,5 pontos

2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 293,5 pontos

3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 185 pontos

4 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 165 pontos

5 - Lando Norris (McLaren) - 150 pontos

6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 138 pontos

7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 130,5 pontos

8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 105 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 86 pontos

10- Fernando Alonso (Alpine) - 60 pontos

11- Esteban Ocon (Alpine) - 46 pontos

12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 42 pontos

13- Lance Stroll (Aston Martin) - 26 pontos

14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 20 pontos

15- George Russell (Williams) - 16 pontos

16- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 10 pontos

17- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos

18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 478,5 pontos

2 - Red Bull Honda - 477,5 pontos

3 - Ferrari - 268,5 pontos

4 - McLaren Mercedes - 255 pontos

5 - Alpine Renault - 106 pontos

6 - Alpha Tauri Honda - 106 pontos

7 - Aston Martin Mercedes - 68 pontos

8 - Williams Mercedes - 23 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 11 pontos

VAI SUCUMBIR

Foto: Reprodução/Alpine

Experiente em batalhas valendo o título e grande entusiasta dos jogos mentais, a opinião de Fernando Alonso nunca pode ser desconsiderada. Após mais uma vitória de Max Verstappen, no México, o asturiano declarou que Hamilton não vai aguentar a pressão do holandês na disputa do título por um motivo simples: Max não é Bottas.

“Se eu acho que Lewis vai sucumbir à pressão? Sim, graças ao Max. 100%. Quando Lewis só tem de lutar com seu companheiro de equipe Valtteri Bottas pelo título, está tudo ótimo. Agora, ele sente alguma pressão e tem problemas”, disse para o jornal holandês De Telegraaf.

Alonso ainda completou afirmando que está gostando da disputa intensa dos dois, mas que ninguém no momento é capaz de acompanhar o ritmo, nível e intensidade de Max.

“Eles estão em seu nível máximo todo fim de semana. Mas seja no clima úmido, seco ou com muito vento: a maneira como Max entrou na Red Bull e está bem lá, não acho que alguém seja capaz de fazer isso”, completou.

Bom, Alonso não conseguiu se dar bem nesse tipo de estratégia com o ainda novato Lewis lá atrás. É uma velha rivalidade. O próprio Max tem um quê de Alonso do passado: o jovem pronto pra desbancar um heptacampeão e começar a própria era na categoria. Talvez por isso a simpatia, também.

QUEM SERÁ?

Foto: Reprodução/Alfa Romeo

A Autosprint informa: Antonio Giovinazzi vai deixar a Alfa Romeo. A questão já está definida. Segundo a publicação italiana, a equipe suíça pretende revelar o parceiro de Valtteri Bottas no dia 16 de novembro, mais conhecido como terça que vem.

Diferentemente do que foi publicado semanas antes, Colton Herta está fora de cogitação. A negociação com a Andretti fracassou. Quem são os candidatos, então?

Segundo a Autosprint, o favorito é o chinês Guanyou Zhou, da academia da Renault/Alpine, apoiado por diversos patrocinadores. Nyck De Vries, apontado como favorito meses atrás, continua no páreo, assim como o jovem Théo Pourchaire, francês que faz parte da Academia de Pilotos da Sauber e Oscar Piastri, atual líder da F2 e também integrante da academia da Renault/Alpine.

Pelos nomes especulados, são todos jovens para a F1 e com experiência na F2/GP2. De Vries também é campeão da Fórmula E. Giovinazzi não confirmou em nenhum momento na F1 aquele piloto que despontou tão bem na GP2 em 2016. Uma pena. 

É mais um daqueles casos clássicos de quem vai bem na base e nem tanto no profissional. Infelizmente é do jogo. Zhou tem a força da China por trás. Todos são nomes talentosos e empolgantes, dado o contexto da Alfa Romeo. Será uma boa escolha, se tudo isso se confirmar.

TRANSMISSÃO:
12/11 - Treino Livre 1: 12h30 (Band Sports)
12/11 - Classificação: 16h (Band Sports)
13/11 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
13/11 - Corrida Classificatória: 16h30 (Band e Band Sports)
14/11 - Corrida: 14h (Band)

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

NA HORA CERTA

 

Foto: Getty Images

Sérgio Pérez era um dos personagens da semana por questões óbvias. Era o herói local e tinha grandes chances de fazer história, brigando pelo pódio ou uma vitória improvável. E conseguiu. 372 mil mexicanos estiveram no Hermanos Rodríguez juntando os três dias e foram recompensados. Pérez é o primeiro mexicano a ficar entre os três primeiros na corrida da casa. 

Um feito e tanto, que nos relembra o período onde tínhamos pilotos mas só aceitávamos a vitória. O terceiro lugar de Rubinho em 2004 foi como uma derrota, enquanto que o último pódio com Massa, em 2015, foi bacana.

Como escrevi há algumas semanas, o fiel da balança na briga pelo campeonato seria o desempenho de Pérez e Bottas. O finlandês foi pole e está mais regular. No entanto, o mexicano que começou bem, venceu e depois voltou a instabilidade, agora voltou a ter um desempenho ascendente, fazendo o que se espera de um piloto da Red Bull: incomodar a Mercedes, principalmente Hamilton, coisa que ele fez ontem.

A vitória no México de certa forma garantiu a renovação bem cedo, além do fato de a Red Bull estar muito longe de ter um jovem piloto na academia apto para ser alçado a equipe principal. Tsunoda parece ter permanecido na Alpha Tauri pelo mesmo motivo e com aviso prévio, então as circunstâncias também ajudam.

Além do mais, 2022 é ano de novo regulamento, e a experiência de alguém que está na categoria há mais de dez anos é muito bem vinda. Pérez cresceu na hora, para a alegria do povo mexicano e desse humilde jornalista, que sempre foi fã do Checo desde os tempos de Sauber quando usou um capacete em homenagem ao Chapolin.

Até!

domingo, 7 de novembro de 2021

LARGADA PARA O TÍTULO

 

Foto: Getty Images

A corrida de Hermanos Rodríguez seria decidida na largada, e assim foi. No sábado, a Mercedes tirou um coelho da cartola e a Red Bull se atrapalhou. O troco veio antes mesmo da primeira curva.

A reta longa na largada podia permitir o vácuo e isso que aconteceu. Max Verstappen se livrou das duas Mercedes. Bottas, o pole, no meio do caminho foi acertado por Ricciardo e os dois ficaram próximos praticamente a corrida inteira. O finlandês só serviu, depois de muitas tentativas, para roubar o ponto de volta mais rápida de Max. Corrida definida.

Dali em diante, Max só teve a tranquilidade para vencer pela 9a vez no ano e abrir 19 pontos de vantagem para Hamilton. O inglês sofreu, fez o que pode e conseguiu reduzir os danos, ficando em segundo. Pérez queria a dobradinha mas ainda assim conseguiu um feito histórico: o primeiro mexicano na história a fazer pódio no país. Nem os Hermanos Rodríguez conseguiram tal feito. Festa dele, da torcida e principalmente do pai, acompanhado do neto. Uma linda cena que coroou toda a festa e ânimo do público mexicano durante o final de semana. O público merecia um circuito mais emocionante, aliás.

Foto: Getty Images

De resto, a corrida não teve emoções, mas sim destaques. Gasly, mostrando a força da Honda em um ótimo quarto lugar. A Ferrari, cada vez mais sólida com Leclerc e Sainz, ultrapassando a McLaren nos construtores e em queda livre, que somou apenas um ponto. Além deles, os veteranos em uma grande tarde: Vettel, Raikkonen e Alonso no top 10. Sempre bom frisar que pode ser os últimos pontos do IceMan na carreira, agora faltando quatro etapas para o fim.

Em Interlagos, a vantagem também é da Red Bull, mesmo com menor altitude em relação ao México. O retrospecto de Hamilton também não é bom, mesmo se sentindo em casa. Semana que vem, nós podemos estar testemunhando a continuação do trajeto de Max Verstappen rumo ao título. Em linhas racionais, parece cada vez mais difícil evitá-lo. É possível acreditar somente, é claro, no imponderável: um acidente, um problema no carro, uma troca no motor que Max provavelmente vai fazer até o fim...

No México, Max começou de fato a largada rumo ao título inédito.

Confira a classificação final do GP do México:


Até!