sábado, 30 de abril de 2016

MAIS PROBLEMAS PARA SEB

Foto: Divulgação
Quarta corrida na temporada e Sebastian Vettel está utilizando o seu segundo motor (são cinco até o final da temporada). Agora, irá utilizar a segunda caixa de câmbio (que pode ser trocada sem punições depois de seis provas). O SF16-H do alemão parou na reta dos boxes durante o segundo treino livre, após completar dez voltas. O carro foi empurrado pelos comissários da pista e os mecânicos da equipe italiana. Com isso, Seb foi punido com cinco posições no grid. Pela Ferrari ser a segunda força da F1, sua tarefa para brigar por vitória e até pódio com seu companheiro de equipe complicou um pouco. Em um circuito que desgasta pouco os pneus, o tetracampeão terá que conquistar as posições no braço, partindo para cima de seus adversários.

Tivemos mais um domínio da Mercedes nos treinos livres. Entretanto, a distância entre os tempos dos alemães e dos italianos (um segundo) não deve condizer com a realidade. A Ferrari não utilizou muito os pneus supermacios. A vantagem do W07 deve ser de meio segundo, no mínimo. Ou seja: Se nada der errado, mais uma dobradinha das flechas de prata na primeira fila. No TL1, Rosberg meteu sete décimos em Hamilton, que retribuiu a gentileza e foi oito décimos mais rápido no TL2. Nico foi o terceiro, atrás da Ferrari problemática de Vettel. No TL1, Massa superou as Red Bulls e ficou em um bom quinto lugar. No TL2, foi o nono, enquanto Bottas foi o sétimo no TL1 e sexto no TL2. Diante das características da pista, dá para o FW37 sonhar com a terceira fila da largada.

Foto: Divulgação
O que todo mundo estava aguardando para ver era o aeroscreen na Red Bull de Daniel Ricciardo. Trata-se de uma tela aerodinâmica composta por um painel translúcido, sustentado por hastes laterais e uma superior. O australiano fez uma volta inaugural e retornou aos boxes. O aeroscreen da Red Bull é muito mais bonito, agradável e eficiente que o tal halo "havaianas" da Mercedes. Se for para escolher um modelo, que seja esse. Todavia, gostaria que não tivesse tela nenhuma. F1 é um esporte de risco e tenho minhas dúvidas se esses aparatos seriam tão eficientes nos acidentes. Me parece coisa para "família do Bianchi" ver...

Por fim, Felipe Nasr finalmente teve a disposição um novo chassi para seu C35, o terceiro construído pela equipe na temporada. Foi o que bastava para o brasileiro andar bem na frente de seu companheiro de equipe, Sony Ericsson. No TL1, foi o 14°, cinco posições (e quase um segundo) à frente do sueco. No TL2, 19° colocação, enquanto Ericsson foi o lanterna (também nove décimos de vantagem). Não sabemos se o novo chassi proporciona essa disparidade entre o rendimento dos dois carros. Creio que não. Todavia, é bom o brasileiro voltar a pelo menos andar na frente do companheiro. Entretanto, apenas esse chassi não será o suficiente para que a Sauber pontue, e os próprios suíços devem saber disso. Ah, e que a equipe dê igualdade de condições para que seus pilotos disponham do mesmo equipamento e corram de forma justa na pista, né?

Confira os tempos dos dois primeiros treinos livres:



Até!


sexta-feira, 29 de abril de 2016

GP DA RÚSSIA - Programação

A Rússia entrou no calendário da Fórmula 1 pela primeira vez em sua história em 2014, com o GP disputado no circuito urbano de Sochi. A cidade fica às margens do Mar Negro, no sudoeste do país. A estrutura para o circuito se aproveita do que foi construído visando as Olimpíadas de Inverno, realizadas no mesmo ano.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:40.071 (Ferrari, 2015)
Pole Position: Nico Rosberg - 1:37.113 (Mercedes, 2015)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 2x (2014 e 2015)

DEFINIÇÃO DAS REGRAS DOS CARROS PARA 2017

Foto: Getty Images
Na última terça-feira (26), foi realizada uma reunião entre as principais lideranças da F1, no aeroporto de Biggin Hill, no sul de Londres. Foram debatidas as regras sobre as dimensões dos carros e pneus para o ano que vem. Além disso, existe uma grande disputa política entre Bernie Ecclestone e Jean Todt contra as montadoras, principalmente Ferrari e Mercedes.

Os carros serão mais largos e rápidos, muito mais velozes nas curvas. Dizem que será cinco segundos mais rápido que o carro atual. O grande empecilho é a questão dos motores: Ferrari, Mercedes e Renault cobram 22 milhões de euros (R$ 100 milhões) para seus clientes. Todt e Ecclestone desejam baixar esse valor para 12 milhões (R$ 55 milhões). Segundo fontes, as equipes aceitariam apenas a partir de 2018 e com a utilização de apenas três unidades motrizes por temporada (atualmente, são cinco), em um extenso calendário com 21 GPs.

Bernie Ecclestone e Todt simpatizam com a ideia de um fornecedor externo, independente e sem ser um motor híbrido, apenas turbo. O valor dessa unidade motriz custaria a metade dos motores de Ferrari e Mercedes, sendo que o motor turbo teria mais cavalos. Seria interessante observar a disputa entre as diferentes unidades. O que está em jogo é a hegemonia política: Bernie/Todt x Ferrari/Mercedes. Resta saber quem vai levar a melhor.

DICA: Confira o post do Lívio Oricchio, que obtém informações exclusivas e técnicas dos bastidores e outras situações :) 

ESPECULAÇÕES...

Foto: Divulgação

Ao que tudo indica, Max Verstappen será promovido a "equipe-mãe" Red Bull no ano que vem, no lugar de Daniil Kvyat. Para mim, uma grande injustiça. O russo superou o ótimo Ricciardo ano passado e, mesmo enfrentando diversos problemas em seu carro nas duas temporadas em que está na equipe taurina, merece sequência. É um piloto com muito potencial, assim como Max. O holandês é muito jovem e não precisa ser alçado tão precocemente a uma grande equipe que dispõe de dois grandes pilotos. Enfim, não é de hoje que Helmut Marko adora incinerar seus jovens talentos.

Nico Rosberg ainda não renovou com a Mercedes. Seu contrato encerra-se no fim da temporada. Diante da (improvável) incerteza na permanência da equipe, os alemães já estariam buscando alternativas. Uma delas é Valtteri Bottas, da Williams, e empresariado por Toto Wolff, chefão da escuderia alemã. Como sempre, saiu uma notícia na imprensa espanhola ligando Alonso a Mercedes... Vou soltar um spoiler: Rosberg vai renovar com os alemães.

Lembrando que Raikkonen, Button e Massa também terão seus contratos encerrando no final do ano e o futuro dos três é um grande ponto de interrogação. Indícios apontam que Raikkonen irá se aposentar. Já o britânico e o brasileiro... Certamente isso será um tema de um post no meio ou fim da temporada.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 75 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 39 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 36 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 33 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 28 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 22 pontos
7 - Daniil Kvyat (Red Bull) - 21 pontos
8 - Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
9 - Max Verstappen (Toro Rosso) - 13 pontos
10- Valtteri Bottas (Williams) - 7 pontos
11- Nico Hulkenberg (Force India) - 6 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 4 pontos
13- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 114 pontos
2 - Ferrari - 61 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 57 pontos
4 - Williams Mercedes - 29 pontos
5 - Haas Ferrari - 18 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 17 pontos
7 - Force India Mercedes - 6 pontos
8 - McLaren Honda - 1 ponto

TRANSMISSÃO



segunda-feira, 18 de abril de 2016

DESPONTANDO PARA A GLÓRIA

Foto: Blog do Fábio Seixas
Diante da catarse política que vive o país, esperei para fazer o texto logo depois da votação. Enfim, vou para o que interessa:

O GP da China foi espetacular, talvez o mais movimentado dos últimos anos. Todavia, faltou a disputa pela vitória. Nico Rosberg dominou alheio, de ponta a ponta, as confusões que praticamente todos os pilotos enfrentaram na pista. O alemão alcançou marcas importantes: Sexta vitória consecutiva - Perde apenas para Ascari, Schumacher (7) e Vettel (9), podendo superá-los (?), a 17a vitória na carreira - Agora é o piloto não-campeão (até quando?) com maior número de vitórias na categoria, superando Stirling Moss; Outra, mais animadora: Sempre que um piloto começou a temporada vencendo as primeiras três corridas, ele sagrou-se campeão.

Nico abre uma considerável vantagem para Hamilton: 75 a 39. Já são 36 pontos (ou mais que uma corrida). Faltam 18 corridas, mas o sinal de alerta do tricampeão já está quase no vermelho. Rosberg não desperdiçou as oportunidades que apareceram e agora pode tanto aumentar a distância quanto administrar moderadamente. Contudo, o inglês pode (e deve) reagir, para o bem do campeonato.

Na largada, Ricciardo pulou para a ponta. Na disputa das Ferraris, a Red Bull de Kvyat foi mais esperta e passou ambos. Vettel, para não "bater" no russo, acertou a Ferrari de Raikkonen, que rodou, e o alemão perdeu diversas posições. Largando em último e no meio da confusão, Hamilton acertou Nasr e perdeu o bico, precisando ir para os boxes reparar os danos. No fim da segunda volta, o pneu do líder Ricciardo estourou, forçando o RB12 ir aos boxes e acionar o Safety Car.

Foto: Divulgação
O grid embaralhou tudo, o que proporcionou belas disputas e muitas ultrapassagens. Mesmo na madrugada, não foi uma corrida sonolenta e, apesar do horário, todos que assistiram estavam bem acordados. No fim das contas, As Ferraris e Ricciardo se recuperaram. Vettel foi o segundo e o russo conquistou seu segundo pódio na carreira ao chegar em terceiro, desencantando na temporada. Kvyat parece demorar a pegar no tranco, mas quando vai bem... Após a corrida, o alemão tentou enquadrar o jovem russo pelo incidente da primeira curva, que respondia sorrindo as acusações. Vettel errou. Kvyat foi mais esperto e passou os dois sem nenhum problema. Isso é corrida. Ricciardo escalou o pelotão e terminou em quarto, evidenciando a ascensão da Red Bull. Mesmo sem um motor potente, o chassi do RB12 projetado por Adrian Newey está mostrando resultados muito bons. Os franceses prometem um novo pacote para o GP do Canadá. Quando os austríacos disporem de um motor competitivo, certamente irão brigar pelo título nas próximas temporadas.

O grande "pega" da corrida foi protagonizado por Felipe Massa e Lewis Hamilton. O brasileiro, que chegou a ser segundo após a parada dos demais carros após a entrada do Safety Car, apostou em duas paradas, utilizando os pneus macios e médios. Com o desgaste dos compostos e os carros de trás virando mais rápido por usarem pneus mais novos e macios (ou supermacios), Massa foi despencando até a 5° posição, quando passou a ser atacado pelo inglês, que parou cinco vezes. Com ambos utilizando os pneus médios, Hamilton forçava e não conseguia ultrapassar. Raikkonen e Ricciaardo, vieram de trás e ultrapassaram ambos (estavam com pneus melhores). Hamilton não foi bem. Não fez a melhor estratégia, errou demais ao tentar passar Massa que desgastou rapidamente os pneus médios e perdeu pontos importantes na briga pelo título. O brasileiro da Williams fez uma ótima prova e conquistou um bom resultado, vista a condição do carro no momento, que alterna entre a quarta e a quinta força junto com a Toro Rosso. Mais importante: Massa está 100% na temporada a frente de Bottas (22 a 7 no campeonato). O finlandês teve uma corrida apática e foi o décimo.

Foto: Voando Baixo
No fim do grid, o calvário da Sauber será longo e agoniante. Depois do toque com Hamilton, Nasr desapareceu da transmissão. Com sérios problemas de chassi (o brasileiro "acusa" a equipe de dar a Ericsson o melhor carro; o Sueco traz mais grana para a equipe que Nasr), foi apenas o 20°, somente a frente de Haryanto e Palmer, enquanto que Ericsson foi o 16°. É preocupante o fato de Nasr estar perdendo com frequência de um companheiro de equipe não tão talentoso assim. Se com um carro ruim é difícil de chamar a atenção das outras equipes, imagina perder sem contestações para a Ericsson... Isso não vai ajudar o brasileiro na busca por outras equipes no ano que vem (dizem que a Renault estaria interessada, mas não saiu nada concreto). O C35 precisa de uma mudança estrutural urgente no chassi, ou que seja disponibilizado ao brasileiro o mesmo equipamento de Ericsson pois, aparentemente, o carro do Sueco é a versão mais atualizada do problemático bólido suíço.

Confira a classificação final do GP da China:


A próxima corrida será o Grande Prêmio da Rússia, em Sochi, nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio. Até lá!

sábado, 16 de abril de 2016

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Foto: AP
Os treinos livres serviram para colocar mais pulga atrás da orelha das equipes do que propriamente sanar dúvidas e definir estratégias de corrida. Tudo isso em virtude dos problemas que Felipe Massa e Magnussen enfrentaram nos pneu traseiro esquerdo de seus carros (Massa teve esse problema duas vezes), o que acendeu o alerta para as equipes e a fornecedora de pneus, a Pirelli.

O Safety Car Virtual não permitiu muitas voltas dos carros no 1° treino livre. Mesmo assim, o desempenho da Ferrari no 2° treino também é um fator que aumenta o suspense para o qualyfing de logo mais. Na parte da manhã, a Mercedes foi a mais rápida, com Rosberg na frente, seguido de Hamilton, com pneus macios. O alemão se encaminha para a mais uma vitória, pois o inglês largará, na melhor das hipóteses, em sexto.

Foto: Divulgação
Os primeiros dois estouros foram com o brasileiro. Na primeira vez, a direção de prova acionou o Safety Car Virtual para limpar a pista. Pouco depois, novo estouro do pneu traseiro esquerdo do FW37. Na sequência, foi a vez do pneu de Magnussen explodir. O paddock ficou tenso. Será que é um problema estrutural dos pneus da Pirelli? Muita gente lembrou de Indianapólis 2005, quando os carros com pneu Michelin ficaram de fora da corrida por um problema no pneu. Correram apenas as equipes com pneu Bridgestone (No caso, Ferrari, Jordan e Minardi).

Foto: Getty Images
No fim, foram desvendados os mistérios: No caso da Williams, a explosão aconteceu em virtude do mal acerto no carro, fazendo com que o duto encostasse na roda. Já na Renault. a causa foi uma falha na suspensão que fez com que o pneu raspasse no assoalho do carro. 

No TL2, dobradinha da Ferrari: Raikkonen em primeiro, Vettel em segundo. Massa, que não anotou tempo no TL1, foi apenas o 14°. Dessa vez é Bottas quem utiliza o novo bico do FW37. Felipe Nasr segue sofrendo e andando atrás de Ericsson. A briga com a Manor vai ser dura. O brasileiro chegou a ser o último no treino da tarde (Magnussen e Gutiérrez não fizeram tempo).

As equipes ainda não sabem qual estratégia utilizar: Os pneus supermacios duram pouco. Os macios também. Os duros não tem bom rendimento. Resta saber como vai ser o comportamento no qualyfing. É certo que, em alguns casos, deverá se sacrificar a posição de largada por uma maior durabilidade de pneus na corrida. Parar no início pode comprometer a corrida, que deverá ser movimentada só pelo fato de Hamilton largar, no mínimo, na terceira fila. Ah, o treino promete: Está caindo o mundo na China! Promessa de emoção!

Confira os tempos dos dois primeiros treinos livres:




quinta-feira, 14 de abril de 2016

GP DA CHINA - Programação

O Circuito Internacional de Shanghai teve sua primeira corrida em 2004, vencida por Rubens Barrichello. É o autódromo mais caro da história. A sua construção custou cerca de 240 milhões de dólares.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:32.238 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:33.706 (RBR, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 4x (2008, 2011, 2014 e 2015)

SONHANDO COM O PÓDIO
Foto: Globoesporte.com
Apesar do seu retrospecto não ser dos melhores, Felipe Massa está confiante para a próxima corrida no Autódromo de Xangai. O brasileiro conta com algumas "cartas na manga": Primeiro, o fanatismo dos fãs locais: "Acho que Xangai é uma bela pista, e é sempre fantástico voltar à China. Tenho muitos fãs lá e sempre curto vê-los. “Nós temos muita gente esperando no hotel o dia todo, então é realmente incrível estar com todos eles. Estou muito ansioso por isso. Os fãs sempre dão muito muitos presentes para mim e minha família, o que é sensacional”,  disse o piloto em prévia divulgada pela Williams nesta segunda-feira (11). 

Outro fator que pode ser positivo para Massa (depende da Williams e suas estratégias) é o circuito ser favorável ao motor Mercedes, em virtude das longas retas. O circuito possui 5451 km de extensão, sendo que em 51% o trajeto é feito em aceleração total. "“Tive boas corridas lá, inclusive no ano passado, quando terminei em quinto. Estou ansioso em ter outra boa corrida e, talvez, ainda terminar no pódio”, afirmou. O melhor resultado do brasileiro foi um 2° lugar em 2008. Ano passado, foi o 5°.

SAUBER CONFIRMADA NA CHINA (ATÉ QUANDO?)

Foto: Motorsport
É repetido de forma exaustiva que a equipe suíça enfrenta sérias dificuldades financeiras, tanto é que a chefe Monisha Kalterborn não foi ao Bahrein para negociar e buscar novos investidores para a equipe (dizem que a Ferrari quer comprar a Sauber e transformá-la em Alfa Romeo; até o dono da Tetrapak, que é sueco, foi especulado como interessado em adquirir a escuderia). 

Enfim, o que Felipe Nasr mais deseja é não enfrentar tantos problemas no seu c35. “Espero que a equipe possa ter conseguido resolver os problemas que tive com o C35 no Bahrein. O objetivo, claramente, é ser mais competitivo. Estou ansioso pela chegada do GP da China para ver se as caraterísticas da pista se adaptam bem ao nosso carro”, comentou.

Ano passado, o brasileiro foi o oitavo e o Marcus Ericsson o décimo. Provavelmente a Sauber não vai repetir esse feito. A briga é com a Manor pelo posto de 10° melhor equipe do grid. Nada pode ser pior que o desempenho da equipe nas duas primeiras corridas da temporada. Será?

UPDATE: Hamilton trocou a caixa de câmbio e vai perder cinco posições no grid de largada. Em tese, ficou ainda mais fácil para Rosberg.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 50 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 33 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 24 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 18 pontos
5 - Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
6 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 15 pontos
7 - Felipe Massa (Williams) - 14 pontos
8 - Max Verstappen (Toro Rosso) - 9 pontos
9 - Daniil Kvyat (Red Bull) - 6 pontos
10- Valtteri Bottas (Williams) - 6 pontos
11- Nico Hulkenberg (Force India) - 6 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 2 pontos
13- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 83 pontos
2 - Ferrari - 33 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 30 pontos
4 - Williams Mercedes - 20 pontos
5 - Haas Ferrari - 18 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 11 pontos
7 - Force India Mercedes - 6 pontos
8 - McLaren Honda - 1 ponto

TRANSMISSÃO



quarta-feira, 13 de abril de 2016

VÍDEOS E CURTINHAS #21

Foto: Telegraph
Fala, galera! O bicho tá pegando na faculdade, por isso o post será bem curtinho mesmo (prometo!). Sem mais delongas, vamos lá:

VOLTA AS ORIGENS = Foi oficializado o retorno do treino classificatório nos moldes antigos, que vigoram na F1 desde 2006 (Q1, Q2 e Q3). No Q1, serão 18 minutos de sessão e os 6 mais lentos serão eliminados. No Q2, 15 minutos e mais 6 fora. No Q3, os 10 carros restantes tem 12 minutos para brigar pela pole position. O problema da F1 não está no treino classificatório. Na categoria, tem que prevalecer o melhor. A disputa não pode virar um falso entretenimento, baseado em sorte. Que tratem de mudar o regulamento e buscar o equilíbrio entre as equipes, principalmente na parte financeira para que todos saiam ganhando: F1, equipes, pilotos e o público.

Foto: Motorsport
"EU ANTI-SOCIAL?" - Sebastian Vettel tem um comportamento diferente dos outros pilotos. Em relação a Lewis Hamilton, os dois são totalmente opostos: Enquanto o inglês "ostenta" nas redes sociais fotos em pontos turísticos, com rappers, carrões e o mundo da fama e glamour, Seb sequer possui redes sociais e não gosta de selfies. "Essa geração que constantemente tira selfies está longe de mim”, afirmou Vettel ao PS Welt, suplemento do diário alemão ‘Die Welt’, no último fim de semana.

Geralmente, os pilotos que estão na Ferrari ganham muito mais fama e exposição em relação a quem pilota por outras equipes. Apesar de ter muitos fãs nas redes sociais desde os tempos do tetracampeão na Red Bull e agora conquistar o exigente coração tifosi, Seb se vê mais no estilo "povão", "gente como a gente". “Sou uma pessoa normal como qualquer outra. Não sou melhor só porque posso guiar mais rápido que outra pessoa. Não salvei a vida de ninguém, não sou um herói", comentou o alemão.

Com certeza é um motivo para um post futuro (talvez): Pode um atleta ficar completamente desconectado das redes sociais? (Ainda mais no caso do alemão, que é talentoso, popular e carismático). Óbvio que ninguém precisa saber o que os pilotos fazem durante as 24 horas do dia, mas o mínimo de interação é sempre muito bem-vinda: Promoção de camisas, bonés, brindes, perguntas e respostas no Twitter, chat com os fãs, etc, o piloto só tem a ganhar com isso. Será que Vettel precisa repensar seu estilo ou é justamente seu jeito simples, do povo e que não tá nem aí para selfies e redes sociais que lhe confere um perfil diferenciado e, por isso, com mais seguidores dos fãs? Repito, seria um bom debate. Preciso de um tempo para pensar e responder essa pergunta, hahaha

DIRETO DO BLOG DO CORRADI -  Nico Rosberg é o não-campeão com maior sequência de vitórias na história da F1 e, se vencer na China, irá superar Lewis Hamilton e se igualar a uma das sequências de Schumacher. Interessante.


RELEMBRAR É VIVER - Dois vídeos para refrescar a memória do pessoal no GP da China. Vamos começar com a primeira corrida no autódromo, em 2004, vencida nada mais nada menos por Rubens Barrichello, a sua última vitória pela Ferrari!



Kimi Raikkonen venceu e começou a reação que lhe deu o título em 2007, mas o GP da China daquele ano ficou marcado pela lambança do jovem Lewis Hamilton, que poderia até ser campeão nessa corrida. Relembre!


Por enquanto é isso, até a próxima!



segunda-feira, 11 de abril de 2016

O PANAMA PAPERS E A F1


Edward Snowden afirmou que é o maior vazamento da história, e não é a toa. No último dia 3, o jornal alemão Sueddeustche Zeitung divulgou, distribuindo mundialmente pelo mundo pelas organizações de imprensa que possuem parceria com o ICIJ (International Consortium of Investigative Journalists) mais de 11,5 milhões de documentos com dados financeiros de mais de 200 mil companhias. Esses documentos estão ligados ao escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca.

Essa empresa trabalho junto a alguns dos maiores bancos do mundo na administração de ativos offshore de clientes. Mas o que são offshores São empresas localizadas legalmente em um país diferente da sua origem, por isso comumente utilizadas para acordos dos famosos "paraísos fiscais" (ou refúgio fiscal...)

A grande questão é a fama de criação em paraísos fiscais dessas empresas justamente para a fuga de seus associados das cargas de tributação de seu país de origem, sendo essa a única função da empresa. Ou seja: A Mossack Fonseca atua, desde os anos 1970, para que empresários soneguem impostos.

Os documentos vazados datam de 1977 até o final do ano passado, e diversos nomes da cultura, política e esporte estão inclusos nele, como por exemplo Lionel Messi, Gianni Infantino (atual presidente da FIFA), os presidentes da Rússia,Vladimir Putin, e Argentina,  Maurício Macri, o diretor de cinema espanhol Pedro Almodóvar e diversos políticos do Brasil, além de pilotos, ex-pilotos e dirigentes da F1 (o que fica explícito no título do texto, né? Hahaha)

Foto: Flatout
Começamos pelo ex-presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo. A ICIJ encontrou documentos de 2007 que mostram contratos assinados em 2007 pelo italiano como advogado do grupo de advocacia Lenville. A suspeita é de que trata-se de uma sociedade na qual Montezemelo opera uma conta na Suíça. Ele negou as acusações.

Foto: FOM
Jarno Trulli: O ex-piloto italiano, com 252 GPs e uma vitória (em Mônaco 2004) aparece como acionista da Baker Street S.A (???), sociedade registrada nas Ilhas Seichelles.

Foto: Encicloédia F1
Nico Rosberg: O atual líder do campeonato, segundo a emissora pública alemã NDR e o Jornal "Bild", teria se beneficiado de uma empresa de fachada nas Ilhas Virgens Britânicas, relacionado a renovação de seu contrato com a Mercedes. O acordo seria entre a equipe alemã e uma empresa intitulada Ambitious Group Limited. A assessoria de imprensa do piloto não se manifestou, enquanto seu advogado afirmou ao "L'Équipe" que isso é um assunto privado. A Daimler, empresa dona da Mercedes, mencionou a confidencialidade de seus negócios para negar que a empresa está registrada sob sua propriedade ou mesmo da Mercedes. A empresa alemã afirma que não vê indícios de que nenhuma das partes praticou alguma atividade ilegal.

Foto: Renan Prates
 Felipe Massa e Rubens Barrichello: A informação é do blog do Fernando Rodrigues, do UOL. No caso de ambos, a Mossack Fonseca apenas reteve as cópias de contratos envolvendo direito de imagem. As operações foram legais e nenhum dos dois foram donos de companhias da Mossack. O advogado de Massa esclareceu a situação: Segundo ele, não houve qualquer irregularidade e que devido ao fato do piloto não morar no Brasil desde 2002, ele estaria desobrigado em relação ao pagamento de impostos no país. Barrichello ainda não se pronunciou.


Enfim, essa é a ponta do iceberg. Agora é aguardar a divulgação de novos documentos...

sexta-feira, 8 de abril de 2016

A LENDA EM CRISE

Foto: Novo Jornal
Semana passada, estava lendo em um fórum uma discussão sobre o Emmo. Eis que, no meio da conversa, surgem links da Justiça de São Paulo com milhares de ações contra o ex-campeão da F1 e da Indy. A informação era que Fittipaldi estava com sérias dificuldades financeiras, o que me causou, primeiramente, estranhamento. Sendo a figura pública que é, imaginei que seria muito bem resolvido financeiramente. Apoia seus filhos e netos no automobilismo europeu e americano, além de frequentemente postar merchandising em suas redes sociais.

Pois bem, dias depois o que era um dado curioso de um fórum estourou como uma surpresa (nem tanto assim no paddock, diga-se de passagem): Uma longa reportagem foi exibida no "Domingo Espetacular", da Record, detalhando os problemas financeiros de Emerson Fittipaldi.

Nessa semana passada, todos os seus objetos foram penhorados pela justiça, incluindo o carro em que Emmo venceu as 500 milhas de Indianapólis em 1989, que foi retirado do escritório do ex-piloto, na Avenida Rebouças, em São Paulo. Além do carro, foram levados todos os troféus conquistados durante a carreira, que irão servir como pagamento das dívidas.

Emmo possui dez empresas (sendo que muitas nem existem mais). Há pedidos de há pedidos de penhora, duplicatas e hipotecas que somam dívidas avaliadas em R$ 27 milhões. Os credores entraram na Justiça exigindo o pagamento pelas prestações de serviços.

Foto: Arquivo
Os carros penhorados chegaram a ir para o Autódromo de Interlagos, mas atualmente estão em um galpão que pertence a um dos bancos que pediu a penhora dos bens, conforme apurou o GRANDE PRÊMIO.

A Justiça também chegou às fazendas de laranja do ex-piloto em Araraquara, interior de São Paulo. Por estar largada e abandonada, as frutas não puderam ser penhoradas. Em dezembro, foram penhorados R$ 393 mil de suas contas bancárias. Em outras 26 contas, foram encontrados apenas R$ 256,13. Outro pedido de bloqueio foi feito em março do ano passado. Na ocasião, a Justiça reteve R$ 8.500 de uma dívida de mais de R$ 2,6 milhões.

Segundo a Record, Emerson começou a se endividar na década de 1970, quando criou a Copersucar e teria recuperado parte desse valor quando correu na Indy nos anos 1980 e 1990. O alvo da Justiça agora são os bens que estão no exterior e devem ser repatriados para quitação. Apesar dos problemas financeiros, Fittipaldi teria comprado uma casa no valor de R$ 16 milhões em Miami, situado num condomínio residencial de luxo, segundo reportagem do UOL.

Foto: Grande Prêmio
Segundo apuração do GRANDE PRÊMIO, a situação financeira de Fittipaldi voltou a piorar quando o ex-piloto passou a organizar as Provas do Mundial de Endurance sediadas em Interlagos entre 2012 e 2014. Na época, os fãs e a FIA criticaram as obras e a estrutura do circuito para a realização da prova, sendo um dos motivos da saída do circuito de Interlagos do calendário da WEC. Émerson ficou devendo a grande parte das empresas contratadas, de cathering, informática e assessoria de imprensa.

Difícil comentar sobre o tema. Emmo foi uma lenda nas pistas e isso jamais será apagado e esquecido. Agora, sua imagem pública fora das pistas pode ser seriamente manchada e, a esta altura do campeonato, difícil de ser limpa. Enfim, que a Justiça tome as providências que deve tomar e que Fittipaldi consiga quitar suas dívidas e dar a volta por cima.

FONTES:
http://grandepremio.uol.com.br/outras/noticias/campeao-na-f1-e-na-indy-fittipaldi-esta-em-situacao-de-falencia-e-tem-bens-penhorados-revela-tv
http://grandepremio.uol.com.br/outras/noticias/por-tras-da-falencia-ele-ficou-2-anos-para-receber-r-50-mil-de-emerson-fittipaldi-cansado-desistiu
http://esporte.uol.com.br/velocidade/ultimas-noticias/2016/04/05/fittipaldi-comprou-casa-de-mais-de-r-16-mi-nos-eua-e-netos-buscam-a-f-1.htm


Reportagem do "Domingo Espetacular", exibida pela TV Record no dia 3 de abril

segunda-feira, 4 de abril de 2016

TÃO DEIXANDO O NICO SONHAR

Foto: EFE
18 vitórias na carreira. Quinta vitória consecutiva, a segunda na temporada. Será que o jogo virou? É inegável que o momento é de Nico Rosberg, 100% na F1 em 2016.

Outra vez, Nico contou com mais uma péssima largada de Lewis Hamilton. Assumiu a ponta logo na primeira curva. Hamilton, outra vez, teve "azar". Ao invés de perder apenas a posição para seu companheiro de equipe, foi tocado por Bottas e quase rodou. Seu carro chegou a ficar de lado. Sua Mercedes ficou com o assoalho do carro danificado, o que comprometeu na tentativa de se reaproximar de Rosberg e Raikkonen. Daí em diante, o terceiro lugar era o máximo a se fazer. A distância entre os dois já é de 17 pontos (o pessoal vai me dizer, com razão, que em 2014 começou com 25...), o que não é confortável para o inglês tri-campeão. Precisa reagir logo e se acertar depressa com o novo sistema de largada.

Foto: Reprodução/VK
Segunda corrida e já é o segundo motor da Ferrari que vai para o brejo. Dessa vez, o agraciado da vez foi Sebastian Vettel. O motor do SF16-H estourou durante a volta de aquecimento e o alemão sequer largou, assim como Jolyon Palmer. Definitivamente, não foi um bom fim de semana para Vettel, que já havia sofrido com problemas no carro no TL2. Coube a Raikkonen conseguir um bom segundo lugar para a Ferrari e mostrar que os italianos são capazes de tentar um enfrentamento com as Mercedes. O incidente de Hamilton também contribuiu para que o finlandês não fosse atacado durante a prova. Foi o 81° pódio do IceMan na carreira (já repararam que Kimi só pega pódio em países que não tem o champagne na cerimônia?), que segue à risca o papel de piloto 1B da Ferrari.

A Williams é um capítulo à parte. Ao final da primeira volta, Massa estava em segundo e Bottas em terceiro. Diante dos acontecimentos, parecia que ia tudo dar certo para a equipe de Grove. Parecia. Voltas depois, Bottas foi punido pelo incidente com Hamilton e despencou na classificação. Enquanto todo mundo optou por três paradas e utilização dos pneus macios e supermacios, a Williams foi na contramão e apostou em duas paradas de pneus médios, para ficar mais tempo na pista e poupar uma parada, tentando segurar o pessoal que viria de trás com pneus novos e mais rápidos. Na prática foi um desastre. Massa foi superado por todo mundo e conseguiu terminar em oitavo. Só não foi superado por Bottas pela punição que sofreu o finlandês. É incrível como a Williams erra quase todas as suas "estratégias". Quem sempre se ferra são os pilotos, mas agora há o agravante: O rendimento da equipe é fraco. Red Bull, Toro Rosso e até a Haas (por enquanto) estão dando melhores que o time de Frank Williams.

Foto: Divulgação
Além de Rosberg, os outros protagonistas dessa corrida: Grosjean, de novo. Não é novidade nenhuma que o francês é um piloto completamente diferente daquele que surgiu na categoria em 2009 e retornou em 2012. Depois de inúmeros erros e críticas, Grosjean amadureceu e atingiu o ápice em sua pilotagem. Em duas corridas com a novata Haas, dois resultados espetaculares: Dessa vez, foi o quinto. O modelo de gestão da Haas parece ser muito acertado: Conseguiu o que pôde da Ferrari e fabricou seu próprio chassi Dallara. Inimaginável estar tão bem assim logo de cara, mas não podemos nos empolgar muito.

O outro é o cara que confirmou as ótimas expectativas que cercam o seu nome: Stoffel Vandoorne! A McLaren de Button abandonou logo no início, então sobrou apenas o belga na pista, que se mostrou muito combativo e competitivo. Brigando a corrida inteira no pelotão intermediário, foi seguro e preciso para garantir a décima posição e estrear na F1 pontuando. Com essa McLaren aí, é um baita feito! Ainda se considerarmos que Button e Alonso estão zerados... Quem sabe Vandoorne não esteja de volta na China, caso Alonso não se recupere?

Menção honrosa para Pascal Wehrlein: Pela primeira vez a Manor brigou "de verdade" por posições Deu passão na Sauber e Force India, terminando à frente deles num bom 13° lugar. Mais um alemão promissor na F1. Futuro piloto da Mercedes?

Foto: Getty Images
Além da Williams, é incrível a decadência de Force India e Sauber. O caso dos suíços não é surpresa nenhuma, a falta de grana é recorrente há muito tempo. Circula uma informação de que a Alfa Romeo ia comprar a equipe, mas não acredito muito. Outros jornalistas do paddock afirmam que a Sauber sequer irá para a China, tamanho os problemas financeiros (pior do que Lotus, Caterham e Marussia?). Nasr ficou apenas na frente do Haryanto e foi superado por Ericsson, o que está virando rotina e não deveria ser. O brasileiro precisa se impor para tentar buscar uma vaga em uma equipe melhor no ano que vem.

E a Force India, será que é o fogo de palha da temporada? Pelos testes da Espanha, parecia que iria brigar com Williams e Red Bull. Não é o que estamos vendo. Pérez e Hulkenberg foram péssimos. Será, também, um indício da crise financeira do dono da equipe, Vijay Mallya? A conferir.

Confira a classificação final do GP do Bahrein:


A próxima prova será o Grande Prêmio da China, nos dias 15, 16 e 17 de abril. Até!

sábado, 2 de abril de 2016

SONÍFERO DO BAHREIN

Foto: AFP
O péssimo e entediante sistema de classificação foi mantido para o Bahrein. Resolveram dar uma segunda (e última, todos esperamos) chance. Mais um treino ridículo, onde os carros ficaram mais tempo nos boxes do que na pista. Como sempre, o trio dominante larga na frente: Hamilton, Rosberg e Vettel.

Difícil escrever muita coisa sobre o que ocorreu. Graças a SporTV resolvar passar entrevistas e muitos minutos de comerciais, a transmissão começou já no fim do Q1. Nasr já era o primeiro eliminado. Após o treino, o brasileiro afirmou que muitas coisas precisam mudar no C35. Sem dinheiro, vai ser complicado. A Sauber se encaminha para ser o pior carro do grid. E, novamente, Nasr foi superado por Ericsson (17°). Preocupante.

Foto: Reprodução

Depois veio Haryanto e a dupla da Renault (lembrando que Magnussen larga dos boxes). A surpresa negativa do Q1 foi Sérgio Pérez. O mexicano não começou bem a temporada e dessa vez larga em 18°. A grande novidade do Q1 foi o alemão Pascal Wehrlein, que conseguiu a proeza de colocar a Manor em 16° e quase se classificar para o Q2. Se o alemão mantiver esses desempenhos, não demorará muito a ser chamado pela equipe-mãe nas próximas temporadas. O Q1 foi finalizado faltando três minutos para acabar o tempo. As câmeras focavam nos pilotos prestes a serem eliminados, e todos já estavam fora do carro se pesando. Constrangedor.

Chegou o Q2. Kyvat novamente foi vítima dessa fórmula e não conseguiu um bom tempo, largando em 15°. Depois, vieram Jenson Button, Gutiérrez, Vandoorne (botando tempo no campeão do mundo, logo no seu primeiro qualyfing!), Sainz, Verstappen e Grosjean (excelente outra vez; a Haas conseguiu ir para o Q2). Apenas Hulkenberg conseguiu se safar da eliminação e se classificou para o Q3. Outra vez, constrangedores três minutos sem ninguém na pista. A Williams inventou de colocar seus dois carros na pista só para que a TV pudesse transmitir algo dentro da pista... Olha o nível.

Foto: Getty Images

Q3: Ao menos Mercedes e Ferrari usaram dois jogos de pneus supermacios para "batalhar" pela pole. Antes disso, Ricciardo, Bottas, Massa e Hulk completaram o top 8. O brasileiro da Williams estreou o novo bico que promete um aumento de perfomance no FW38. Todavia, a peça só chegou no TL3, e não foi possível obter o melhor acerto aerodinâmico. Bottas foi dois milésimos mais rápido. Nada que desanime Massa, que fez o possível, mas a Williams precisa de mais para superar Red Bull e até a Toro Rosso.

Hamilton foi pela primeira vez no fim de semana mais rápido que Rosberg e garantiu sua 51a pole da carreira. Resta saber se a dupla da Mercedes terá uma largada tão ruim quanto na Austrália. O público torce para isso, desejando uma corrida mais movimentada e emocionante.

Confira o grid de largada do Grande Prêmio do Bahrein:




A ESTREIA MAIS AGUARDADA

Foto: Pinterest
A ausência de Fernando Alonso permite a F1 uma correção, mesmo que seja por uma corrida, de uma grande injustiça. Para mim, o grande fato do final de semana é a estreia de Stoffel Vandoorne na F1. Não é de hoje que ele vem chamando a atenção do paddock.

Mas afinal, quem é esse belga tão badalado quanto a seleção de futebol do seu país? Pois bem, ele completou 24 anos semana passada (mais precisamente no dia 26 de março) e nasceu em Courtrai (Ou Kortrijk), na região flamenca, na província de Flandres Ocidental. Começou no kart aos seis anos, sagrando-se campeão belga em 2002 e vice-campeão mundial da categoria em 2009.

Em 2010, estreou nos monopostos, na Fórmula 4 Francesa 1.6, ganhando o título na primeira temporada. No ano seguinte, disputou duas categorias simultaneamente: A Fórmula Renault 2.0 Eurocup (onde foi campeão em 2012) e a Fórmula Renault 2.0 NEC. Em 2013, foi vice-campeão da Fórmula Renault 3.5, perdendo a taça para seu ex-companheiro de "academia da McLaren" e atual piloto da Renault, Kevin Magnussen, além de ser contratado pela McLaren como membro da academia de desenvolvimento de jovens pilotos.

Em 2014, virou piloto de testes e estreou na GP2, na ART Grand Prix, indo muito bem. Logo na estreia, venceu a corrida do Bahrein. Durante a temporada, fez quatro poles consecutivas e venceu mais três vezes (em Hungaroring, Monza e Abu Dhabi), totalizando seis pódios no ano. Mesmo sendo novato, foi o vice-campeão da temporada, perdendo para Jolyon Palmer, hoje companheiro de Magnussen na Renault.

2015 foi o ano de consagração de Vandoorne. Com incríveis sete vitórias, quatro poles e 16 pódios em 21 corridas, o belga sagrou-se campeão antecipadamente em Sochi, com mais de 100 pontos de vantagem para o segundo colocado Alexander Rossi. Como o campeão da GP2 não pode correr na categoria no ano seguinte e a vaga na McLaren não veio, restou a Vandoorne "exilar-se" na Super Fórmula, do Japão, nesta temporada.

Foto: McLaren
Repetindo: Mesmo que seja só por essa corrida e considerando o fato do MP4-31 não ser um carro equilibrado, vale muito a pena acompanhar o desempenho de Vandoorne. Desde a estreia de Hamilton na F1, em 2007, na própria McLaren, que eu não tinha tantas expectativas sobre um piloto.

Ano passado, Nasr e Max Verstappen estrearam na categoria, mas era diferente. Nasr é um ótimo piloto e a expectativa era o fato de um brasileiro chegar na categoria com ótimas credenciais. Verstappinho chegou carregado de desconfiança e o que mais chamou atenção no holandês foi a precocidade, muito mais que o talento demonstrado até então. Vettel também estreou na F1 em 2007, substituindo um piloto gravemente acidentado (foi nos EUA, após Kubica capotar cinematograficamente no Canadá). Pouco depois, o alemão foi para a Toro Rosso e o resto nós já sabemos....

Foto: Getty Images
Hoje, a estreia em um fim de semana de corrida da Fórmula 1. Depois de horas de viagem do Japão até o circuito de Sakhir, seu desempenho foi bom. No Q1, foi o 18°, nove décimos mais lento que Button (o 14°). Foram 25 voltas, utilizando pneus médios e macios.

No Q2, uma boa melhora: 11°, sete décimos atrás de Button, que ficou com a surpreendente e irreal terceira posição. 30 voltas, alternando com os pneus macios e os supermacios.

Agora, é aguardar para o qualyfing e a corrida e ver o que o belga é capaz de fazer com essa McLaren que evolui em pequenos passos, mas antes isso do que nada.

Ah, Rosberg foi dominante nos dois treinos e a Mercedes meteu 1s5 na Ferrari. A pergunta do momento é: Será que teremos um campeonato?

Massa foi discreto: 10° no TL2, e o novo bico do carro ainda não foi utilizado; talvez fique para amanhã. Até quando Massa tem "sorte", ele tem "azar". Eita, Smedley...

O calvário da Sauber vai durar o ano inteiro, e parece que vai piorar com o passar do tempo. Nasr foi o penúltimo, apenas na frente de Rio Haryanto. Tempos difíceis... Confira os tempos dos dois treinos livres:








sexta-feira, 1 de abril de 2016

GP DO BAHREIN - Programação

Um dos mais recentes GPs da Fórmula 1 (começou a ser construído em 2002) o Grande Prêmio do Bahrein começou ser disputado em 2004. Desde 2014, a corrida é realizada de noite, "imitando" Cingapura.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Pole Position: Michael Schumacher - 1:30.139 (Ferrari, 2004)
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:30.252 (Ferrari, 2004)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Fernando Alonso - 3x (2005, 2006 e 2010)

35% DAS AÇÕES DA F1 VALEM R$ 31 BILHÕES? BERNIE PRESTES A SELAR ACORDO

Foto: Huffpost

A informação é do tabloide The Sun. Segundo Bernie Ecclestone, a CVC já definiu o valor de venda, que equivale a 6 bilhões de libras. Todavia, Bernie não disse quem são os interessados, mas que o acordo está supostamente concluído.

No ano passado, rumores apontavam que o dono do Miami Dolphins (time da NFL), Stephen Ross, e um grupo de investimentos do Catar estavam interessados em comprar os 35% das ações da F1 que pertencem a Bernie por um valor de R$ 33 bilhões. Não é a primeira vez que O Poderoso Chefão da F1 mostra estar insatisfeito com os rumos da categoria. Será que, dessa vez, é o fim da linha de verdade para um dos maiores (senão o maior) dirigente da história da F1?


MAGNUSSEN VÊ RENAULT AINDA DISTANTE DO Q3

Foto: F1Fanatic
A tão aguardada reestreia da Renault como equipe da F1 foi dentro do esperado. Palmer ficou em 11° e Magnussen em 12°. O piloto dinamarquês afirmou que o RS16 é um bom carro, mas não suficiente para ganhar corridas, ir para o pódio ou passar para o Q3 da classificação. "É uma boa base e boa estrutura de carro. É algo que podemos continuar trabalhando em cima. Não precisamos mudar algo, não precisamos de nova filosofia. É o que temos, é bom e dá para trabalhar em cima", falou.

Cyril Abiteboul e outros chefões da Renault já afirmaram que a prioridade é 2017. Não é para menos. A Renault 2016 é a Lotus pintada de amarelo e com um motor francês. Será um ano de transição. Palmer precisa aproveitar para ganhar experiência e impressionar e Magnussen deve ser o "líder" da equipe e bater seu companheiro novato. É fundamental ganhar alguns pontos, evoluir a potência do motor para que nos próximos anos a Renault volte a ser uma equipe de ponta e, quem sabe, sonhar com mais títulos mundiais e de construtores.

ALONSO ESTÁ FORA DA CORRIDA

Foto: AP
O forte acidente na Austrália ainda causa sequelas ao bicampeão. O espanhol não foi aprovado nos exames médicos realizados pela FIA e, portanto, não está apto a correr neste final de semana. Na coletiva de imprensa da manhã, Alonso revelou que sofreu uma lesão chamada pneumotórax (vazamento de ar entre o pulmão e a parede torácica), além de fraturas nas costelas, que poderiam resultar em perfuração do pulmão devido as grandes forças exercidas no corpo de um piloto no carro durante a corrida.

A presença do Espanhol no GP da China, daqui duas semanas, ainda é incerta. Alonso terá que realizar novos exames daqui dez dias e passar pela avaliação da FIA. No seu lugar, foi chamado o belga Stoffel Vandoorne, promessa belga da F1, campeão da GP2 do ano passado. É chato quando um piloto do calibre de Alonso esteja fora da corrida por motivos de saúde (novamente; ano passado, não correu na Austrália em virtude do misterioso acidente na pré-temporada, em fevereiro), mas é um desperdício quando Vandoorne está "exilado" na Super Fórmula do Japão enquanto Palmer, Ericsson e Haryanto estejam na F1. Agora é observar a estreia da promessa, que não será nada fácil, dadas as circunstâncias e também pelo motivo do MP4-31 não ser um bom carro.

CLASSIFICAÇÃO: 
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 25 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 18 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 15 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 12 pontos
5 - Felipe Massa (Williams) - 10 pontos
6 - Romain Grosjean (Haas) - 8 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Force India) - 6 pontos
8 - Valtteri Bottas (Williams) - 4 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 2 pontos
10- Max Verstappen (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 43 pontos
2 - Ferrari - 15 pontos
3 - Williams Mercedes - 14 pontos
4 - Red Bull TAG Heuer - 12 pontos
5 - Haas Ferrari - 8 pontos
6 - Force India Merecedes - 6 pontos
7 - Toro Rosso Ferrari - 3 pontos

TRANSMISSÃO

Foto: Arte Globoesporte.com