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domingo, 18 de junho de 2023

NÚMEROS E MAIS NÚMEROS

 

Foto: Getty Images

Faça chuva, nublado ou sol, nada vai impedir que Max Verstappen continue vencendo e dominando na F1. Ele consegue superar até a mãe natureza, em um final de semana repleto de desafios logísticos, respondidos com números que impressionam pela precocidade.

No sábado, Max já superou o número de poles de pares como Niki Lauda e Nelson Piquet - observem o que o futuro tricampeão está fazendo. No domingo, Verstappen chegou a vitória número 41, igualando Ayrton Senna e o centésimo triunfo da Red Bull. O primeiro veio em 2009, quatro anos depois da estreia na categoria, quando comprou a Jaguar.

Mesmo com a Red Bull longe do domínio acachapante das outras corridas, Max ainda assim controlou com relativa tranquilidade Alonso e Hamilton. Os dois foram beneficiados pela punição ao então segundo colocado no grid de largada, Nico Hulkenberg, provando que até no sábado o alemão virgem de pódios na F1 não tem mais sorte.

Hamilton passou Alonso na largada, mas o ritmo da Aston Martin fez a Fênix recuperar a posição. Lewis até tentou uma pressão no final, prontamente neutralizada pelo bicampeão. E os três primeiros terminaram assim, em uma corrida longe de grandes emoções.

Um dos pódios mais épicos da história. Assim vai ser quando os três estiverem no topo. Já são 12 títulos (contando o inevitável tri de Max), centenas de poles, vitórias e pódios. Que coisa maravilhosa. Só falta que os alemães e o time do bilionário Lawrence consigam se aproximar um pouquinho em ritmo e velocidade, porque Max está numa fase tão esplendorosa que nem mesmo quebras ou eventuais erros podem ser admitidos, mesmo sabendo que, no final do dia, Verstappen é humano.

A Ferrari acertou na estratégia. O Safety Car causado pela batida de Russell no muro (hoje foi o famoso "dia de crescimento" de George) fez com que os italianos apostassem na durabilidade dos pneus e o trenzinho no grid para ganhar posições importantes, perdidas por inúmeros fatores no sábado (a Ferrari, como sempre e o desastrado Sainz, atrapalhando todo mundo).

Pérez foi outra decepção e precisa lutar bravamente para, dessa vez, ser vice-campeão. A queda de rendimento e ausência de reação não chega a surpreender quem acompanha o mexicano, mas frustra desperdiçar tantas oportunidades no carro mais dominante que dirigiu. Essa pressão de achar que seria páreo para Max claramente pode ser um fator a mais nas causas dessa decadência, olhando por uma particularidade oportunista, obviamente.

Alexander Albon foi o cara do dia. Já tinha brilhado no sábado ao levar a Williams ao Q3. Dessa vez, graças a estratégia, defendeu bravamente os ataques de Ocon e garante pontos fundamentais para a equipe. Uma volta para o time satélite cairia bem no futuro, não? Considerando que De Vries talvez nem termine o ano...

Russell, além de perder pontos importantes para os construtores, ainda teve azar de, mesmo depois de escalar o grid novamente, ter um problema e abandonar. Mesmo assim, a Mercedes parece ser a segunda força porque é a única que possui carro e dupla de pilotos confiáveis (apesar de hoje). A Ferrari é a Ferrari e a outra é Alonso Martin.

Ocon, Stroll e Bottas pontuaram. O filho do dono também constrange por estar tão distante de Alonso, mesmo envelhecido. Também não surpreende. Norris teve uma punição sobre "atitude antidesportiva" e perdeu pontinhos preciosos para a McLaren, que saiu zerada.

No chato GP do Canadá, que teve de quase tudo e mesmo assim não teve como deter Max Verstappen, o que fica é a imagem do pódio. Os três melhores pilotos do grid onde devem estar. E o holandês segue colecionando números, números e mais números.

Confira a classificação final do GP do Canadá:


Até!

sexta-feira, 16 de junho de 2023

AS CÂMERAS DE MONTREAL

 

Foto: Jared C.Tilton/Getty Images

Coisas que não deveriam acontecer em uma etapa da Fórmula 1, mas acontece: basicamente não houve TL1 porque as câmeras internas do circuito pararam de funcionar. Inacreditável. Ah, se isso acontece no Brasil... seria no mínimo de “várzea” e “coisa de país subdesenvolvido” para baixo.

A solução foi antecipar o início do TL2 e, como consequência, aumentar a duração para o antigo formato, de uma hora e meia. Muitos carros trouxeram novas atualizações, então basicamente esse foram os únicos 90 minutos disponíveis para testes. É o caso da Aston Martin.

A sessão foi frenética, onde todas as equipes fizeram praticamente tudo: voltas rápidas e stints. Muito tráfego e dinamismo. Assim como no TL1, a Alpine parece apresentar problemas: os dois pilotos abandonaram a sessão, assim como Nico Hulkenberg. Ocon e o alemão causaram rápidas bandeiras vermelhas no TL2, o que tirou mais alguns minutos de ação de todos.

No final, ainda, veio a chuva, faltando cinco minutos. Dizem que o tempo pode ficar instável no final de semana, o que deixaria tudo ainda mais embaralhado.

Muita expectativa para saber se a Mercedes continuará competitiva. Tudo indica que sim, embora as declarações estratégicas sejam de calma para causar alguma surpresa. Se fazendo de morto para, enfim... Terminaram na frente o TL2, com dobradinha de Hamilton e Russell.

A Ferrari é veloz nas voltas rápidas, mas tem sérios problemas de ritmo. A Aston Martin continua tímida diante do crescimento das Mercedes. Claro, talvez uma sessão única dividida em vários afazeres não seja a melhor métrica do momento. Diante das circunstâncias, o TL3 também será de suma importância para que seja feita uma análise mais apurada.

Tomara que a Mercedes blefe além deles mesmos para que assim haja uma competição com Max Verstappen porque, do contrário, vai ser difícil. A Aston Martin ainda não está pronta e capaz de dar o próximo passo.

Confira os tempos dos treinos livres:

 




Até!

quinta-feira, 15 de junho de 2023

GP DO CANADÁ: Programação

 O Grande Prêmio do Canadá foi disputado pela primeira vez em 1967, sendo disputado até 2008 nos circuitos de Mosport Park, Mont-Tremblant e Montreal (atual), retornando a categoria em 2010.

Em virtude da pandemia do Covid-19, a corrida não foi realizada em 2020 e 2021, retornando em 2022.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Valtteri Bottas - 1:13.078 (Mercedes, 2019)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:10.240 (Ferrari, 2019)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Michael Schumacher (1994, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004) e Lewis Hamilton (2007, 2010, 2012, 2015, 2016, 2017 e 2019) - 7x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 170 pontos
2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 117 pontos
3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 99 pontos
4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 87 pontos
5 - George Russell (Mercedes) - 65 pontos
6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 58 pontos
7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 42 pontos
8 - Lance Stroll (Aston Martin) - 35 pontos
9 - Esteban Ocon (Alpine) - 25 pontos
10- Pierre Gasly (Alpine) - 15 pontos
11- Lando Norris (McLaren) - 12 pontos
12- Nico Hulkenberg (Haas) - 6 pontos
13- Oscar Piastri (McLaren) - 5 pontos
14- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 4 pontos
15- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos
16- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos
17- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos
18- Alexander Albon (Williams) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Red Bull RBPT - 287 pontos
2 - Mercedes - 152 pontos
3 - Aston Martin Mercedes - 134 pontos
4 - Ferrari - 100 pontos
5 - Alpine Renault - 40 pontos
6 - McLaren Mercedes - 17 pontos
7 - Haas Ferrari - 8 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 8 pontos
9 - Alpha Tauri RBPT - 2 pontos
10- Williams Mercedes - 1 ponto

IMAGINA SE...

Foto: Getty Images

Antes de assinar com a Red Bull e estrear na F1 com 17 anos na Toro Rosso, Max Verstappen já era uma grande promessa do automobilismo e a Mercedes estava de olho no holandês. Diversas reuniões foram realizadas no escritório de Toto Wolff, em Brackley, e também na casa do chefão da equipe alemã, em Viana. O resultado todos já sabemos, mas foi feito o questionamento para Toto: algum arrependimento?

"Certamente, mas não era uma opção na época. Tínhamos dois pilotos com que estava extremamente feliz em Nico e Lewis. Quando Nico saiu, Valtteri era a opção. Max não estava disponível”, disse para a ESPN.

O que pesou na decisão de Max foi o fato dele ter a Toro Rosso, equipe B da Red Bull, para estrear imediatamente na F1, enquanto a Mercedes, apesar de influências e ceder motores para outros times, não tem uma equipe B, de fato.

A ESPN americana também perguntou se, caso tudo desse certo, como seria ter Verstappen e Hamilton nas flechas de prata.

“Se Max e Lewis funcionariam juntos? Talvez não. Lewis é um cara da Mercedes desde sempre, então é difícil responder uma pergunta que nunca me fiz. Tudo acontece por um motivo. Mas eu tinha dois pilotos nos assentos, nenhum acordo com equipe júnior, então era claro que a opção com a Toro Rosso era o que eles precisavam. E fizeram bem”, concluiu.

Realmente, difícil de imaginar. Muitos poréns. Pensando hoje em dia, Verstappen "demorou" para maturar enquanto piloto, apesar de jovem. Era muito inconstante e, enfrentar cru assim um campeão como Hamilton, provavelmente não daria certo. Isso só reforça o quão grandioso Lewis foi quando chegou na categoria, quando encarou um certo bicampeão Fernando Alonso, polêmicas a parte. Uma pena que uma dupla, nesses moldes, é impossível.

RENOVAÇÃO A CAMINHO

Foto: Reprodução/Mercedes

Após o GP da Espanha, Hamilton falou que o acordo de renovação estava bem próximo. Agora, é a vez de Toto Wolff afirmar que as partes estão próximas de um desfecho positivo, e isso pode acontecer antes mesmo do GP do Canadá, no final da semana.

"Ainda estamos conversando, ouvimos essa pergunta basicamente em todo fim de semana de corrida.Temos um relacionamento tão bom que tememos o momento em que vamos precisar falar sobre dinheiro. Então, isso vai acontecer em breve. Acho que estamos falando mais de dias do que de semanas", disse.

O chefão foi além:

"Estamos nos esforçando muito. Vou vê-lo hoje e talvez a gente converse sobre isso. Entramos juntos na equipe em 2013, dez anos já se passaram, e, de uma relação profissional, passamos para a amizade. Tem sido um momento maravilhoso.

Do ponto de vista da equipe, Lewis e Mercedes dão retorno há muito tempo. Ele nunca correu por nenhuma marca além da Mercedes. Lewis é a personalidade mais importante do esporte. Ele é tão multifacetado, não apenas nas corridas, mas também fora das pistas, então precisamos mantê-lo no esporte o maior tempo possível”, concluiu.

Lewis Hamilton é uma marca, o grande embaixador do esporte para furar a bolha dos fãs mais hardcore. A F1 precisa agradecer todos os dias que ele ainda se mantenha motivado e ávido pelo sucesso depois de 2021. 
Claro, quando se está no topo, é fácil querer falar sobre aposentadoria porque não existem desafios. No entanto, bastou estar do outro lado da moeda depois de muito tempo que o Sir voltou a ter a garra do menino que enfrentou Fernando Alonso na McLaren. E os resultados mostram: Hamilton ainda pode fazer muito na Mercedes e na F1.

TRANSMISSÃO:
16/06 - Treino Livre 1: 14h30 (Band Sports)
16/06 - Treino Livre 2: 18h (Band Sports)
17/06 - Treino Livre 3: 13h30 (Band Sports)
17/06 - Classificação: 17h (Band e Band Sports)
18/06 - Corrida: 15h (Band)


domingo, 19 de junho de 2022

NÃO TEM PRA NINGUÉM

 

Foto: Clive Rose/Getty Images

Montreal vai entrando naquele hall de pistas que nós temos boa memória afetiva mas a verdade é que só há realmente corridas inesquecíveis quando chove, igual Interlagos. Estava tudo muito bem encaminhado, embora a chuva de sábado tenha embaralhado tudo.

Na primeira fila depois de dez anos, Alonso mostra porque ainda tem lenha pra queimar. Hoje, no entanto, foi traído por uma estratégia simplesmente patética da Alpine, que escreverei sobre nas linhas seguintes. 

Sem Leclerc, punido pelas trocas, Verstappen estava sozinho na frente, e assim o fez. Embora o Safety Car patético provocado por Tsunoda (foi só eu elogiar...) tenha colocado Sainz de volta para a briga, na hora H é que vemos que falta algo para o espanhol. Não esboçou tentativas e segue sem vencer na categoria. Pelo carro que tem, é questão de tempo para isso acontecer, mas a temporada deixa claro que não é nele que a Ferrari precisa apostar as fichas para algo além.

Max chega a mais uma vitória na temporada e se consolida como o favoritaço para o bi. Não há concorrência. Hoje, Pérez teve problemas no motor e nem pontuou, ainda que a batida de sábado não tenha pegado bem.

Parece que quando quer desistir de fato, Hamilton consegue alguma resposta. Desiludido na sexta, Lewis teve a melhor performance da temporada para voltar ao pódio, o segundo em 2022. Superar Russell é complicado e o inglês, que só não largou mais na frente porque quis arriscar de slick no sábado, segue um reloginho: quarto lugar e mais um top 5. Leclerc, lá de trás, ao menos pontuou.

Saindo de trás, Ocon foi o sexto, seguido da dupla da Alfa Romeo: Bottas e Zhou, que pontua pela segunda vez no ano. Conseguiu prosperar diante do caos da classificação. O chinês é bom, está em temporada de adaptação.

Alonso e Alpine. Superaram a Ferrari na estratégia mais burra e sem sentido do ano. Não pararam o espanhol nos VSCs, alongando o stint. Ok, o pódio já estava fora de cogitação. No entanto, no Safety Car, pararam o espanhol de novo. Ou seja: fez duas paradas com um stint curtíssimo. Jogaram a corrida fora. Para piorar, sem ritmo com os pneus médios, fez o possível, o impossível e o não-permitido para evitar a passagem de Bottas. Conseguiu na pista, mas levou cinco segundos de punição por zig zaguear na frente do finlandês e Alonso foi apenas o nono. Um crime o que fizeram com a fênix!

A Haas parecia ter um GP promissor, largando na terceira fila. De novo, Magnussen tocou com Hamilton e ficou para trás. Mick, já caindo no grid, teve problemas e segue zerado. Não aproveitar essas situações com um orçamento tão curto é quase um crime.

Stroll conseguiu um pontinho e fechou o top 10 graças a acertada estratégia de uma parada só. Albon lutou, mas não foi o suficiente. McLaren sai zerada com uma corrida ruim de Ricciardo e problemas com Norris.

Max Verstappen mostra que não tem pra ninguém. Sem competição graças a um ritmo de corrida quase perfeito, os taurinos já podem começar a pensar que é questão de tempo para conquistar o bicampeonato, embora falte mais da metade da temporada. A Ferrari vai reagir? A Red Bull vai decair? Para voltarmos a ter um campeonato, essas duas coisas precisam acontecer, sem exceções. Me parece difícil.

Confira a classificação final do GP do Canadá:


Até!

sexta-feira, 17 de junho de 2022

O ARRASTO

Foto: Lars Baron/F1

 Visando a segurança, a FIA anunciou que vai aumentar o arrasto dos carros diante do efeito porpoising estar causando problemas físicos nos pilotos. Isso foi algo que talvez não tenha sido planejado na hora que o novo regulamento foi feito.

Claro que a Red Bull, até com razão, chiou diante da mudança no meio do campeonato, pois o carro é um dos que menos sofre esse efeito. Na realidade, o efeito dessa intervenção é justamente o contrário: as diferenças tendem a aumentar, pois, por questão de segurança, as equipes vão ter que fazer concessões nos carros, o que deixa o desempenho um pouco de lado nesse quesito.

O que vimos em Montreal foi um incomum domínio da Red Bull nas voltas rápidas. Verstappen liderou os dois treinos, com a Ferrari um pouco atrás. As surpresas positivas foram Aston Martin e Alpine, rápidas e incomodando a Mercedes, que segue com dificuldades claras perante o porpoising e pior: pela primeira vez, os alemães estão batendo cabeça, sem saber como reagir a isso.

Haas e Alfa Romeo, depois do primeiro momento, parecem relegadas ao bloco da Williams, entre os mais lento. Normal, há menos peças, dinheiro e é um trabalho que precisa ser desenvolvido. Bottas mal andou, por exemplo.

Em meio as naturais mudanças de regulamento, é possível que alguma coisa aconteça no médio-prazo. Enquanto isso, infelizmente, perde o campeonato. Com a Ferrari precisando resolver seus problemas internos, tudo parece apontar para um domínio da Red Bull, a não ser que o imponderável (a chuva?) apareça e aconteça em Montreal.

Confira os tempos dos treinos livres:






quinta-feira, 16 de junho de 2022

GP DO CANADÁ: Programação

 O Grande Prêmio do Canadá foi disputado pela primeira vez em 1967, sendo disputado até 2008 nos circuitos de Mosport Park, Mont-Tremblant e Montreal (atual), retornando a categoria em 2010.


ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Valtteri Bottas - 1:13.078 (Mercedes, 2019)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:10.240 (Ferrari, 2019)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher (1994, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004) e Lewis Hamilton (2007, 2010, 2012, 2015, 2016, 2017 e 2019) - 7x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 150 pontos
2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 129 pontos
3 - Charles Leclerc (Ferrari) - 116 pontos
4 - George Russell (Mercedes) - 99 pontos
5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 83 pontos
6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 62 pontos
7 - Lando Norris (McLaren) - 50 pontos
8 - Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 40 pontos
9 - Esteban Ocon (Alpine) - 31 pontos
10- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 16 pontos
11- Fernando Alonso (Alpine) - 16 pontos
12- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos
13- Daniel Ricciardo (McLaren) - 15 pontos
14- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 13 pontos
15- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 11 pontos
16- Alexander Albon (Williams) - 3 pontos
17- Lance Stroll (Aston Martin) - 2 pontos
18- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Red Bull RBPT - 279 pontos
2 - Ferrari - 199 pontos
3 - Mercedes - 161 pontos
4 - McLaren Mercedes - 65 pontos
5 - Alpine Renault - 47 pontos
6 - Alfa Romeo Ferrari - 41 pontos
7 - Alpha Tauri RBPT - 27 pontos
8 - Haas Ferrari - 15 pontos
9 - Aston Martin Mercedes - 15 pontos
10- Williams Mercedes - 3 pontos

APOIO DO CHEFE

Foto: McLaren 

Criticado publicamente pelo CEO Zak Brown, que cogita até rescindir com o australiano no final do ano, Daniel Ricciardo tem um importante aliado na equipe: o chefe Andreas Seidl.

Após chegar na frente de Norris na corrida do Azerbaijão, Seidl disse que sua missão é proteger a McLaren do mundo exterior. E complementou: nunca viu alguém andar melhor depois de cobranças públicas.

"Nos últimos 20 anos, não vi nenhum piloto se tornar mais rápido após ser criticado publicamente", disse.

Apesar das críticas, Ricciardo tem contrato até 2023. Mesmo assim, há muita especulação sobre o parceiro de Lando Norris. Pierre Gasly e Pato O'Ward são alguns dos candidatos.

Justamente pelo contrato longo, Seidl tem calma para assimilar os processos e fazer o que precisa ser feito para que a McLaren continue evoluindo:

“Temos um contrato com Daniel para o próximo ano e é por isso que estamos calmos, trabalhando duro e tentando encontrar as porcentagens que ele tem perdido nesse momento”, concluiu.

O curioso é que Zak Brown é quem manda na equipe, e Seidl vai contra as palavras dele. Obviamente, não seria inteligente endossar o discurso. Que tipo de motivação teria Ricciardo para continuar? O endosso precisa de resultados consistentes. Ricciardo deu a resposta domingo, mas ainda assim precisa fazer muito mais para justificar o valor que recebe. Não é barato e está bem abaixo das expectativas.

CONTINENTE VOLTANDO?

Foto: Kyalami Circuit

O site RacingNews365 publicou que o chefão da F1, Stefano Domenicali, viajou para Joanesburgo afim de negociar o retorno do GP da África do Sul. A última vez que o continente africano recebeu uma corrida de F1 foi em Kyalami, em 1993.

E é justamente o antigo circuito que é visto como favorito a receber de volta a F1. As datas do GP poderiam ser entre março/abril ou outubro/novembro. Paul Ricard e Spa Francorchamps têm contratos até o fim do ano, e dizem que a chance de não renovarem é bastante alta. O circuito sul-africano seria um candidato para substituí-los, acrescentando o continente que falta no circo da F1.

Há dois impeditivos para algum anúncio imediato: ainda não há garantias que a corrida seja sustentável financeiramente (ou seja, o apoio da iniciativa privada, pois o governo sul-africano não vai investir). 
A outra questão é que o autódromo de Kyalami precisa de reformas para receber a F1. Para sediar uma etapa, o circuito precisa estar no grau 1. Atualmente, Kyalami é grau 2.

Essa definição será feita até agosto, quando a FIA publica o calendário provisório de 2023. Caso tudo dê certo, os sul-africanos precisariam correr contra o tempo. Do contrário, também seriam grandes as chances do acordo iniciar-se em 2024.

Pelo amor de Deus: seria muito legal a África voltar a ter uma corrida, mas em hipótese alguma algo ou alguém pode substituir Spa! Que tirem Paul Ricard e outros circuitos chatíssimos para retornarem com Sepang e Mugello! Certamente, seria uma grande realização da F1 entrar na África, tornando definitivamente a F1 mundial nesse contexto e acessível para o mundo inteiro além do grande engajamento que já tem nas redes sociais.

TRANSMISSÃO:
17/06 - Treino Livre 1: 15h (Band Sports)
17/06 - Treino Livre 2: 18h (Band Sports)
18/06 - Treino Livre 3: 14h (Band Sports)
18/06 - Classificação: 17h (Band e Band Sports)
19/06 - Corrida: 15h (Band)




quinta-feira, 29 de abril de 2021

GP DE PORTUGAL: Programação

 O Grande Prêmio de Portugal foi disputado em duas fases: primeiro entre 1958 e 1960 em Boavista e Monsanto e entre 1984 e 1996 em Estoril. Em virtude da pandemia, a corrida retorna para solo português, agora sendo realizada pela primeira vez no Autódromo Internacional do Algarve.

Em 2021, a corrida novamente entra de última hora no calendário em virtude de alterações decorrentes da pandemia do Coronavírus.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:16.652 (Mercedes, 2020)

Volta mais rápida: Lewis Hamilton - 1:18.750 (Mercedes, 2020)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Alain Prost (1984, 1987 e 1988) e Nigel Mansell (1986, 1990 e 1992) - 3x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 44 pontos

2 - Max Verstappen (Red Bull) - 43 pontos

3 - Lando Norris (McLaren) - 27 pontos

4 - Charles Leclerc (Ferrari) - 20 pontos

5 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 16 pontos

6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 14 pontos

7 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 14 pontos

8 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 10 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos

10- Lance Stroll (Aston Martin) - 5 pontos

11- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos

12- Esteban Ocon (Alpine) - 2 pontos

13- Fernando Alonso (Alpine) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 60 pontos

2 - Red Bull Honda - 53 pontos

3 - McLaren Mercedes - 41 pontos

4 - Ferrari - 34 pontos

5 - Alpha Tauri Honda - 8 pontos

6 - Aston Martin Mercedes - 5 pontos

7 - Alpine Renault - 3 pontos


TAPA BURACO (DE NOVO)

Foto: Getty Images

O Canadá vive uma nova onda de coronavírus e, com a F1 querendo mais dinheiro do governo canadense como compensação a ausência de público, o cancelamento do GP é uma questão de tempo, o que aconteceu nesta quarta-feira (28).

Com isso, a organização já correu atrás de mais um circuito tampão. Trata-se de outro velho conhecido: a Turquia, palco da caótica corrida que deu a Lewis Hamilton o heptacampeonato no ano passado.

A corrida está marcada para o dia 13 de junho. O que credenciou os turcos foi o fato da distância em relação ao Azerbaijão, palco da corrida do dia 6 de junho, ser a metade (2000 km) em relação a Nurburgring, outro circuito que estava concorrendo a vaga.

A Turquia foi fantástica no ano passado pela chuva e as zebras que isso proporcionou. Como qualquer circuito atual da F1, no seco é uma incógnita. No entanto, os turcos merecem um voto de confiança. O Canadá, por sua vez, fica de fora de novo, mas ultimamente as corridas em Montreal não foram tão marcantes assim, tirando a polêmica da placa do Vettel, justamente a última edição por lá. Uma boa troca dentro das opções disponíveis.

LÁ VAMOS NÓS... (DE NOVO)

Foto: Red Bull Content

Essa parece uma notícia copiada de qualquer outro post que eu tenha feito nos últimos quase sete anos, mas não. A Red Bull, que vai fabricar o próprio motor a partir do ano que vem, tenta alguma parceria com a Audi para 2025, quando um novo regulamento técnico específico vai entrar em vigor.

Quem diz isso é o próprio Helmut Marko, em entrevista para a Servus TV:

“Nosso plano é construir nosso próprio motor até 2025, mas se a Audi se apresentar nesse ínterim, avaliaremos se a cooperação é possível”, afirmou.

Vale ressaltar que Marko jogou no ar essa possibilidade. A Audi sequer procurou a Red Bull e nem o contrário. Bom, se os alemães jamais entraram na F1, não é agora que isso vai acontecer. Próximo!

TRANSMISSÃO:



sexta-feira, 19 de junho de 2020

ESPECIAL JORDAN: Parte 2


Estamos de volta para a segunda parte do Especial Jordan. Vamos direto para o assunto:

1993: A CHEGADA DE RUBINHO

Porta de entrada do brasileiro na F1 foi pela Jordan. Foto: Getty Images
Foi uma outra temporada ruim para Eddie e companhia. Agora com os motores Hart e a petrolífera sul-africana Sasol , a equipe começou a temporada com Ivan Capelli e o estreante Rubens Barrichello. O italiano durou apenas duas corridas e Rubinho teve outros quatro companheiros de equipe naquele ano: o belga Thierry Boutsen e os italianos Marco Apicella e Emanuele Naspetti. As coisas só melhoraram mesmo no GP do Japão, quando Eddie Irvine, que correu na Jordan na F3000, estreou na equipe principal. Os dois marcaram pontos: Rubinho foi o quinto e Irvine o sexto.

Essa corrida é famosa porque o então estreante Irvine, retardatário, atrapalhou Ayrton Senna enquanto o brasileiro brigava pela vitória contra Damon Hill. Depois da corrida, enfurecido, o tricampeão deu um soco na cara do norte-irlandês depois deste ter empurrado-o.


1994 foi o ano da redenção. A dupla foi mantida mas o ainda jovem Irvine chegou a ser banido por três corridas por direção perigosa, causando diversos acidentes no início do ano, principalmente na corrida de abertura, no Brasil.



 No GP do Pacífico, Rubinho conseguiu o primeiro pódio dele e da Jordan na F1 ao chegar em terceiro, em Aida.

A primeira de muitas "sambadinhas" no pódio. Foto: F1 Photo

Na corrida seguinte, Barrichello teve um forte acidente no treino de sexta do GP de San Marino, o que foi prenúncio do que seria aquele final de semana. Recuperado do trauma, Barrichello passou a ser a “esperança brasileira” de ser a continuação do legado de Ayrton e dos campeões brasileiros, mesmo em uma equipe que não podia lhe dar isso. Além do primeiro pódio, Rubinho também foi o responsável pela primeira pole da Jordan, em Spa Francorchamps.




Novamente a Jordan ficou em quinto lugar nos construtores, agora com 28 pontos. Enquanto Irvine estava suspenso, Aguri Suzuki e De Cesaris o substituíram.

Para 1995, as coisas prometiam ser ainda melhores. A Jordan se aproveitou do rompimento da fracassada parceria entre McLaren e Peugeot para assinar com o motor francês. No entanto, pode-se escrever que a temporada foi decepcionante. Com o sexto lugar nos construtores e 21 pontos, se esperava mais de uma equipe com um motor de fábrica. Além disso, quase metade desses pontos vieram no atípico GP do Canadá, onde Rubinho ficou em segundo e Irvine em terceiro, na única vitória de Jean Alesi (ex-Jordan na F3000) na carreira.

Primeira vitória de Alesi e dupla da Jordan no pódio: única alegria de Eddie em 1995. Foto: Getty Images

Irvine no GP do Brasil de 1995. Foto: Getty Images


E essa foi a segunda parte do Especial Jordan. Até mais!


segunda-feira, 10 de junho de 2019

NA MÃO GRANDE

Foto: AFP
Até quando perde Hamilton ganha e até quando a Ferrari não erra tanto ela não vence. Uma boa corrida no Canadá terminou em um anticlímax lamentável e constrangedor, mas que serviu para movimentar as redes sociais com cenas que com certezas ficarão na memória dos fãs e de todo mundo por muito tempo.

Ainda bem que aconteceu no Canadá e não passou na Globo, do contrário nós aqui do Brasil teríamos perdido o ataque de fúria (justificada, diga-se) de Sebastian Vettel. Iriam cortar o pódio e mostrar alguma reportagem aleatória sobre futebol. Até do VT eles não mostraram o que talvez tenha sido a grande cena da temporada, digna de filme, mas vamos lá.

Depois da parada, Hamilton e a Mercedes estavam mais velozes com os pneus duros e passaram a atacar Vettel. Este, em uma das várias voltas de perseguição, escapou na curva 4 e acabou voltando para a pista com Hamilton do lado do muro, que precisou recolher para não causar um acidente.

Ora bolas, tentar controlar um carro que vem com os pneus sujos de grama e tentar corrigi-lo para a parte suja da pista seria quase impossível de fazer sem que Vettel sofresse um acidente. Além do mais, a ação foi tão rápida que não teria tempo de simplesmente ser proposital e bloquear quem viesse atrás. Uma disputa de corrida, salientada por Lewis Hamilton.

Mas a FIA e seus comissários não viram assim. Depois de muita análise, cinco segundos de punição. A FIA, que não faz nada para mudar os regulamentos e tornar a F1 competitiva, que coloca um instrumento até hoje inútil como o Halo vai acabando com o automobilismo por simplesmente punir disputas mais rígidas em uma corrida, coisas normais, sem a antidesportividade ou até mesmo o mal-caratismo. São os verdadeiros coveiros do esporte estes zé regrinhas, que empurraram para Hamilton a quinta vitória no ano e a ira de quase toda a torcida que passou a vaiá-lo, um símbolo errôneo e injusto de um grave erro dos comissários, estes assim que deveriam ser vaiados, como bem disse Vettel, indignado no pódio.

Foto: Reprodução
Vettel fez o que qualquer ser humano sensato e puto da cara ao terem roubado uma vitória depois de tanto esforço e de tanta coisa que o alemão vem passando no último ano por culpa dele próprio. Primeiro ao não estacionar o carro no local demarcado, depois saiu em disparada pra cima dos comissários e parecia se recusar a ir para o pódio. Foi convencido. Chegou lá e trocou a placa dos carros dele e de Hamilton. Subiu puto da cara, recebeu o troféu e saiu direto. Tinha é que ter quebrado o troféu, ou então a Ferrari bater em retirada e alguém mais passional fazer ameaças do tipo "não vamos correr na França" ou abandonar o campeonato, algo mais dramático.

Bem, a equipe vai recorrer da decisão, embora isso seja praticamente impossível pelo regulamento. Enfim, a derrota da Ferrari é mais dolorosa ainda por não saber qual será a outra oportunidade que o SF70 vai ter de vencer, pois geralmente quando a chance aparece a equipe faz questão de se auto-sabotar.

Leclerc foi apagado mas completou o pódio. Bottas em um fim de semana ruim ainda foi o quarto. Verstappen teve o domingo prejudicado pelo erro de estratégia do sábado e ainda assim foi o quinto. As Renault finalmente estrearam na temporada e Ricciardo fez sua melhor atuação no ano, segurando Bottas o quanto pode e defendendo/arriscando ultrapassagens como pode, seguido por Hulkenberg. Pierre Gasly deve estar guiando uma Toro Rosso pintada de Red Bull. Não é possível ser tão mais lento que Verstappen, ficar preso em Stroll quase todo o tempo e sequer esboçar uma aproximação com as Renault. Ou o francês não tá pronto pra equipe ou Max é que está atingindo a plenitude de sua forma, ou talvez as duas coisas.

Stroll só funciona em algumas corridas, e o Canadá é uma delas. Mais dois pontos na conta do riquinho. Kvyat conseguiu um bom décimo lugar ao passar no final um exaurido Carlos Sainz, que andou quase 65 com o mesmo pneu. Norris, se não tivesse um problema na roda traseira direita, certamente deveria ter pontuado. A McLaren e sua dupla evoluem a cada GP, e isso é formidável.

Robert Kubica segue em uma outra categoria atrás da Williams, fechada em seu mundo paralelo em relação as não tão competitivas desta semana (Alfa Romeo e Haas).

Hamilton abre 30 pontos de vantagem para Bottas e além de ser um grande piloto, é muito sortudo: duas vitórias que caem no seu colo em diferentes circunstâncias. E assim o inglês se aproxima do hexa e do recorde de Schumacher... agora faltam só 13 vitórias...

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Canadá:


sexta-feira, 7 de junho de 2019

MAIS SOFRIMENTO

Foto: Getty Images
A Mercedes parece vir para mais um final de semana mágico, para tirar leite de pedra. No primeiro treino, inexplicavelmente meteram oito décimos na concorrência. No segundo treino, Hamilton quis tirar mais do que podia e bateu, danificando a suspensão após completamente somente seis voltas.

A Ferrari, sempre favorita, reagiu com Charles Leclerc. Verstappen também está bastante competitivo, assim como Racing Point, Haas, Renault e McLaren parecem de novo em uma briga encarniçada pelos pontos.

Tá, isso seria um texto escrito por Toto Wolff. A realidade é que deve ser mais um massacre alemão, que estreia um novo motor lá em Montreal. Ou seja, dá nem pro cheiro. Ninguém aguenta mais.

O mais emocionante do final de semana sempre é saber quem vai pro Q2 e pro Q3 do resto, assim como a briga pelos últimos pontos. A Renault precisa reagir. A McLaren está bem, Racing Point e Haas são instáveis e a Alfa Romeo só tem um piloto só. Giovinazzi vai se tornando um novo Vandoorne. Bateu hoje no TL1 e segue com a vaga ameaçada, a questão é por quem.

Até sabemos o que vai acontecer no Canadá, mas vamos fingir que não. Confira os tempos dos treinos livres:



Até!


GP DO CANADÁ - PROGRAMAÇÃO

O Grande Prêmio do Canadá foi disputado pela primeira vez em 1967, sendo disputado até 2008 nos circuitos de Mosport Park, Mont-Tremblant e Montreal (atual), retornando a categoria em 2010.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Rubens Barrichello - 1:13.622 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:10.764 (Ferrari, 2018)
Último vencedor: Sebastian Vettel (Ferrari)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 7x (1994, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004)

EMPOLGOU

Foto: Racefans
Atual quarto colocado do campeonato de construtores e, portanto, "melhor do resto", a McLaren parece estar aos poucos se reencontrando com sua própria história. Claro que ainda está bem distante das três principais equipes, mas o chefe Zak Brown vê a equipe num bom caminho de reestruturação interna nesta temporada:

“Se você olhar para coisas como os testes de inverno, eu fiquei muito feliz por ver que fomos a primeira equipe na pista em sete dos oito dias”, disse Brown. “Quando tivemos problemas, voltamos para ser a próxima equipe na pista. Tivemos pits bons pra valer e também tivemos avanços técnicos. Isso é tudo uma questão de trabalho em equipe e foco. É uma vibe muito positiva”, avaliou.

“A principal coisa que percebi é que todo mundo tem noção clara de seu papel, todo mundo está motivado, todo mundo está trabalhando bem em grupo. É por isso que você vê coisas como bons pits e bom preparo. Andreas (Seidl, diretor-geral) só vai trazer um novo nível de clareza aos papeis, às responsabilidades e ao foco”, destacou.

“Se você olhar para a Mercedes vencendo cada corrida, é verdade que eles estão com um ótimo orçamento, mas eles também são uma equipe fenomenalmente bem administrada. Eles conseguem fazer [bons] pits, eles fazem acontecer. Eles não parecem ter fins de semana ruins, é uma equipe ótima. É o que estou começando a ver aqui. O Andreas vai ajudar isso a ser ainda melhor”, apontou.


Deu uma leve empolgada o senhor Zak Brown, mas é compreensível. Depois do vexame na Indy, o ótimo sexto lugar do Sainz em Mônaco é um alento. Nesta temporada, ele e Norris estão indo constantemente para o Q3 e somando bons pontos. Não é a McLaren que nos acostumamos a ver, mas com certeza já é melhor do que vimos ultimamente, o que convenhamos, não é muito difícil de superar.

SILLY SEASON JÁ COMEÇOU

Foto: Inside Racing
Temporada dominada pela Mercedes, corridas chatas, alguns pilotos devendo e tudo mais. Diante de toda essa chatice, a temporada de especulações começou mais cedo do que geralmente se inicia, ali no verão europeu. Uma dessas notícias é que a Red Bull está insatisfeita com o desempenho de Pierre Gasly e pensa em substituí-lo por Nico Hulkenberg no ano que vem, o que foi prontamente negado pelo consultor Helmut Marko.

“Esses rumores são tão absurdos que eu ou nós não queremos nem comentá-los mais. É completamente sem sentido. Foi isso que eu disse a Gasly, que até mesmo me ligou”, disse, em entrevista à publicação alemã ‘Auto Bild’.

Outros tantos absurdos que estão sendo especulados seriam uma insatisfação do staff de Charles Leclerc com os erros da Ferrari e também uma possível aposentadoria de Vettel no final do ano, o que já foi rechaçado pelo alemão. Seu hipotético substituto? Fernando Alonso.

Enfim, difícil opinar tanto chute travestido de informação, então esta sessão basicamente serve para mostrar que certamente as negociações e tratativas podem estar começando mais cedo do que o esperado, visto o domínio mais avassalador do que nunca das Mercedes. Fiquemos atentos.
CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 137 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 120 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 82 pontos
4 - Max Verstappen (Red Bull) - 78 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 57 pontos
6 - Pierre Gasly (Red Bull) - 32 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 18 pontos
8 - Kevin Magnussen (Haas) - 14 pontos
9 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 13 pontos
10- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 13 pontos
11- Lando Norris (McLaren) - 12 pontos
12- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 9 pontos
13- Daniel Ricciardo (Renault) - 8 pontos
14- Alexander Albon (Toro Rosso) - 7 pontos
15- Nico Hulkenberg (Renault) - 6 pontos
16- Lance Stroll (Racing Point) - 4 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 257 pontos
2 - Ferrari - 139 pontos
3 - Red Bull Honda - 110 pontos
4 - McLaren Renault - 30 pontos
5 - Racing Point Mercedes - 17 pontos
6 - Haas Ferrari - 16 pontos
7 - Toro Rosso Honda - 16 pontos
8 - Renault - 14 pontos
9 - Alfa Romeo Ferrari - 13 pontos

TRANSMISSÃO:





terça-feira, 12 de junho de 2018

QUASE MAIS DO MESMO

Foto: Getty Images
Novidade: mais uma corrida sofrível. E no Canadá. Tudo bem que o circuito de Montreal é um daqueles que na maioria dos casos só presta quando chove, mas a F1 desse ano tá transformando tudo em uma procissão impossível de se acompanhar sem dar uns cochilos. Se não fosse o Safety Car nas primeiras corridas, teria sido tudo horrível. Hoje, é uma temporada meio horrível.

Culpa da aerodinâmica, dos gastos e dos jogos de interesses. Tudo isso contribui para um espetáculo insosso, pífio e patético. Como atrair audiência se não acontece absolutamente nada? Nem sequer uma tentativa, uma perseguição, porque a aerodinâmica não permite carros próximos.

Os únicos momentos dignos de alguma escrita foram o acidente da largada e a bandeirada fail que poderia ter prejudicado a corrida. Hartley é um imã de acidentes. Pressionado na Toro Rosso, duvido que chegue até o final da temporada. Só fica lá porque não há opções melhores e os italianos receberam uma recusa da McLaren diante da possibilidade de pegar Lando Norris por empréstimo. Bom, o neozelandês já está no lucro: voltou pra categoria quando ninguém esperava e tem amplo mercado depois que levar o provável pé na bunda pela segunda vez dos taurinos. Stroll é isso aí. Nervoso no volante, não tem condições de estar na F1. A culpa maior é de quem se vende pra ele, literalmente. A Williams.

A tal modelo ativista quase avacalha a corrida porque não soube a hora de dar a bandeirada. Ela diz que só seguiu ordens. Que várzea. A Liberty, que deseja tanto aproximar a F1 de seus fãs, poderia fazer uma promoção para algum fã local dar a bandeirada do que botar alguém ali que está claramente cagando e andando pro evento e provavelmente sequer conhece a categoria e os pilotos. Não é com Halo e corridas medonhas igual essa que vai ter esse boom... por falar em Halo, o Hartley bateu a cabeça ali no acidente e foi pro hospital. Vão colocar um halo pro halo? Ele salva vidas, dizem.

Diante de todo esse cenário catastrófico, uma coisa boa: o campeonato está mais equilibrado do que nunca. Em uma corrida, a Mercedes domina. Na outra, a Ferrari. Depois, a Red Bull. Domingo, Vettel passeou e assumiu a liderança, um ponto a frente de Hamilton, que não teve um bom dia, justo no circuito onde já venceu seis vezes! Se não fosse a inconfiável Red Bull/Renault, Ricciardo poderia estar no páreo. Raikkonen mais uma vez patético e mais uma vez terá o contrato renovado, ao que tudo indica.

Leclerc pontuando de novo com a Sauber. Regular e veloz, com erros naturais de jovem estreante. Muito provável que esteja no lugar de Grosjean na Haas ano que vem. Alonso abandonou no seu GP 300. Diz ele que vai tomar uma decisão importante depois das férias de verão na Europa. Não duvido uma migração para Indy, pois a McLaren busca participar da próxima temporada.

Ademais, sabemos que as corridas serão uma porcaria, mas a disputa do campeonato está equilibrada, só não diria emocionante porque emoção não há nas disputas. Resta saber o que o retorno de Paul Ricard reserva. É uma incógnita para todo mundo, depois de tanto tempo fora.

Só espero que não seja mais do mesmo. Está todo mundo de saco cheio disso.

Até!

quinta-feira, 7 de junho de 2018

GP DO CANADÁ - Programação

O Grande Prêmio do Canadá foi disputado pela primeira vez em 1967, sendo disputado até 2008 nos circuitos de Mosport Park, Mont-Tremblant e Montreal (atual), retornando a categoria em 2010.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Rubens Barrichello - 1:13.622 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:11.459 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 7x (1994, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004)

TRÊS NOMES DE COMPOSTOS... E OLHE LÁ

Foto: Sky Sports
A Pirelli anunciou que a partir do ano a nomenclatura dos pneus da F1 vai ter alterações. Ao contrário dos inúmeros tipos apresentados esse ano, a situação vai ser resumida: voltam a ser os tradicionais macios, médios e duros, onde em cada corrida será esclarecido qual é a rigidez do composto.

“Entendemos que para alguns espectadores é difícil identificar os sete compostos que temos no leque. O importante é que não percamos a mensagem de que não estamos indo para diferentes corridas com o mesmo composto. Então, ficamos felizes em chamá-los de duro, médio e macio, definir três cores e utilizar as mesmas cores e os mesmos nomes em todas as corridas”, afirmou Mario Isola, diretor da Pirelli, em um evento de mídia em Londres.

A ideia é fazer com que os pneus também tenham melhora significativa dentro da pista, sendo a diferença de compostos visível a todos, forçando novas estratégias de consumo e desgaste para as equipes. “Idealmente, devemos ter seis compostos, mas com melhor espaço [entre eles]. Este ano uma das questões é que macio, super e ultra estão muito semelhantes, então, no próximo ano, estamos trabalhando em diferentes compostos para ter uma lacuna maior”, explicou Isola.

O objetivo é evitar com que todas as equipes façam a mesma estratégia de uma ou duas paradas, cabendo a Pirelli traçar estratégias para fazer pneus que permitam essa variabilidade de opções para as equipes e os pilotos.


Voltando para os nomes, quanto mais simples melhor. Antigamente (dez anos atrás já é antigamente!) eram os macios e os duros, os slicks, os intermediários e os de chuva. Agora, acrescente o tal pneu médio e tá pronto. Façam três cores diferentes para cada composto mais a diferenciação natural dos pneus intermediários e de chuva e tá feita a festa. Às vezes, os fãs só precisam de algo simples para entender o todo ao invés de nomes e opções que o deixam mais confuso e menos atraído as questões técnicas da já desafiadora F1.


SAUBER TEM NOVO ACIONISTA MAJORITÁRIO

Foto: Divulgação
Dois anos atrás, a Longbow Finance comprou as ações que pertenciam a Peter Sauber. Na terça-feira (05), Pascal Picci, presidente da Sauber, anunciou que a Islero Investments é a nova acionista majoritária da companhia.

Segundo o semanário suíço "Handelszeitung", uma delegação da equipe vai para Maranello se reunir com a Ferrari, o que seria mais um indício da aquisição definitiva da Sauber pela Alfa Romeo, marca que pertence a Ferrari. Hoje, a parceria é comercial. Entretanto, os laços com os italianos estão cada vez maiores. Além da contratação do talentoso Charles Leclerc, que pertence a Ferrari, ultimamente a Sauber contratou Simone Resta, que estava na Ferrari, para ser designer-chefe da equipe.

A Islero Investments é uma empresa sediada em Hinwil, mesma cidade da Sauber. Seus administradores são membros da equipe, como por exemplo o próprio presidente Pascal Picci e Frederic Vasseur, atual chefe de equipe. Isso, aliado a parceria com  a Ferrari e o controle majoritário do grupo de Picci indicam que em breve a Alfa Romeo vai adquirir a Sauber, embora isso seja negado pelo presidente da Sauber.


Sozinha, a Sauber quase faliu. Se não tem teto orçamentário, a solução é se aliar aos grandes. A F1 virou uma grande DTM, repleta de equipes satélites. Posso escrever sobre isso com mais calma nos próximos dias. Repito: não é o ideal, mas é o que tem para hoje.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 110 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 96 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 72 pontos
4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 68 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 60 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 35 pontos
7 - Fernando Alonso (McLaren) - 32 pontos
8 - Nico Hulkenberg (Renault) - 26 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 20 pontos
10- Kevin Magnussen (Haas) - 19 pontos
11- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 18 pontos
12- Sérgio Pérez (Force India) - 17 pontos
13- Esteban Ocon (Force India) - 9 pontos
14- Charles Leclerc (Sauber) - 9 pontos
15- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
16- Lance Stroll (Williams) - 4 pontos
17- Marcus Ericsson (Sauber) - 2 pontos
18- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 178 pontos
2 - Ferrari - 156 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 107 pontos
4 - Renault - 46 pontos
5 - McLaren Renault - 40 pontos
6 - Force India Mercedes - 26 pontos
7 - Toro Rosso Honda - 19 pontos
8 - Haas Ferrari - 19 pontos
9 - Sauber Ferrari - 11 pontos
10- Williams Mercedes - 4 pontos

TRANSMISSÃO



Atenção: hoje começarei uma viagem e só irei retornar na semana que vem. Prometo, na medida do possível, abastecer o blog com a análise da corrida e outros pensamentos aleatórios sobre a categoria.

Até mais!


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

CASOS DE FAMÍLIA

Foto: LAT Images
Episódio de hoje: quero passar meu companheiro de equipe mas ele quer me matar.

Rápida cronologia:

Canadá - Mais rápido, Ocon pede para que a equipe mande Pérez dar passagem e seguir ganhando posições. O mexicano recusou. Vettel vinha atrás dos dois e os ultrapassou. Pérez, aparentemente, não foi tão agressivo na defesa de posição do que em relação ao seu colega de equipe.

Baku - O primeiro atrito. Na disputa por posições, Ocon passa Pérez e "prensa" o mexicano. Os dois se deram mal. Diante de uma corrida tão tumultuada, a Force India perdeu uma grande chance de vencer pela primeira vez na história da categoria, além de jogar um pódio quase certo.

Foto: Motorsport
Bélgica - Pérez bate de leve em Ocon na largada, na subida da Eau Rouge. Mais tarde, o francês tenta passar o mexicano, que "prensa" o #31 quase no muro. Ocon não tira o pé e bate no mexicano, que teve o pneu furado. Parece ter sido o limite.

Declarações de Ocon acusaram seu "parceiro" de tentar lhe matar. Pouco depois, recuou, alegando que aquilo foi dito no calor do momento. Iriam ter uma conversa de "homem para homem". Pérez se desculpou pelo primeiro toque mas ficou chateado com a declaração de Ocon. A Force India deu um basta: eles não irão mais se encontrar na pista, e há maneiras de fazer isso acontecer.

Foto: Reprodução/Sky Sports
O comportamento de Pérez dentro e fora das pistas sempre foi motivo de críticas, desde os tempos de Sauber. Na McLaren, foi taxado de arrogante pelos mecânicos e conseguiu até tirar do sério o polido Button. Na Force India, não teve grandes tumultos com Hulkenberg, mas fica claro como ele não aceita perder, principalmente para um novato na equipe e que completou seu primeiro ano na categoria justamente na semana passada. Por enquanto, está na frente: 56 a 47.

Ocon é mais um daqueles pilotos que serão protagonistas do futuro da F1. Bancado pela Mercedes, não tem medo de ir para cima e já está aprendendo as consequências disso desde cedo: os abandonos, perdas de pontos e puxões de orelha. Por ter mais talento natural, provavelmente deve assumir uma posição de destaque dentro da própria equipe indiana antes de migrar para a Mercedes. Junto com Verstappen, é o mais agressivo na pista quando o assunto é ultrapassagens. Imagina os dois dividindo uma curva.

Pérez dificilmente irá arranjar algo melhor. Mesmo que tenha dinheiro, seus atos de insubordinação o afastam da Ferrari, por exemplo. Talvez ele mesmo saiba disso. Não deixou boa impressão na McLaren que, como vimos, começava a sua derrocada. Dificilmente os indianos irão conseguir domar suas feras: os dois acham que mandam por motivos diferentes (dinheiro e talento). A Bélgica não foi a última vez que os dois disputaram posição.

Isso obrigaria a Vijay Mallya e seus pares a tomarem uma atitude: o cantinho da disciplina (alô, Super Nanny).

Fiquem atentos aos próximos episódios dessa crise de relacionamento que chama a atenção na F1. Voltamos a qualquer momento para uma nova lavação de roupa suja.

Até!

terça-feira, 1 de agosto de 2017

FINALMENTE, DI GRASSI!

Foto: Divulgação
Com atraso, o blog, que estava devendo muitos posts sobre a Fórmula E, irá fazer o registro do merecido título de Lucas Di Grassi na categoria ontem, em Montreal.

Em virtude da incompatibilidade de acompanhar as corridas, infelizmente não pude escrever quase nada ultimamente. Por sorte, o destino sorriu para mim e consegui acompanhar as etapas derradeiras do final de semana.

Muitos irão comentar, com razão, que Di Grassi foi campeão somente graças a preferência do rival Buemi em priorizar os eventos no Mundial de Endurance, ausentando-se das etapas de Nova York. É verdade. Entretanto, o brasileiro não tem nada a ver com isso.

Aliás, Di Grassi chegou a correr com a perna fraturada em algumas etapas, o que causou sua ausência nas 24 Horas de Le Mans. Sempre consistente, brigou pelo título nas três temporadas. Bateu na trave ano passado e esse ano foi coroado com a maior conquista da carreira desde a vitória em Macau, quando superou Sebastian Vettel e Robert Kubica, por exemplo.

Foto: Divulgação
O brasileiro teve sempre como característica ser constante e frio, um acumulador de pontos. Tanto é que foi campeão com "apenas" duas vitórias, enquanto Buemi teve seis. A e.Dams é o melhor carro da categoria desde o começo e perdeu duas chances com o suíço que, diante de tudo ir desmoronando na semana derradeira, começou a discutir com outros pilotos, querendo saber quem havia batido em seu carro na corrida 1, quando ficou em quarto, mas foi desclassificado.


Na primeira temporada, Buemi, Di Grassi e Nelsinho Piquet brigaram pelo título. Três anos depois, um título para cada, dois para o Brasil em três temporadas. Nada mal! Isso prova que a F1 não é tudo e existem muito mais opções para os pilotos (e mais baratas, principalmente) em suas carreiras.

A Fórmula E é o futuro. Com a Jaguar e no futuro a Mercedes, Porsche e BMW, a categoria tem tudo para crescer (pretendo fazer um post sobre isso em breve). Para os mais céticos e tradicionalistas, não é interessante ver um carro elétrico em um circuito de rua. Por enquanto, não há condições desses carros correrem em autódromos. Não há potência suficiente. No futuro, a ideia é que os carros durem a prova toda. Atualmente, os pilotos trocam de carro durante a corrida, pois a bateria não dura todo o tempo necessário.

Diante da modernidade e da questão ecológica e até financeira sobre a funcionalidade de carros sem gasolina, a Fórmula E deve substituir, no futuro nem tão distante, a Fórmula 1 no quesito tecnologia e pioneirismo. Por isso o interesse das grandes montadoras. Tomara que as corridas continuem animadas, agitadas e emocionantes. Até aqui, a Fórmula E é um grande acerto, para o desespero dos tradicionalistas.

Espero que, no futuro, também consiga olhar com mais atenção para a categoria. Ela ficará mais interessante, sem dúvida alguma!

Até!

terça-feira, 13 de junho de 2017

CULHÃO E DESOBEDIÊNCIA

Foto: F1Fanatic

O que chamou a atenção na corrida do último final de semana foi a disputa caseira na Force India entre Sérgio Pérez e Esteban Ocon. Os dois formam uma das melhoras duplas da F1, onde ambos aproveitam quase todas as oportunidades para marcar o máximo de pontos possíveis (não pontuaram apenas em Mônaco), consolidando o quarto lugar da equipe nos construtores, com 71 pontos. A Toro Rosso, quinta colocada, tem apenas 22.

Muito já foi debatido sobre Pérez não ter carro para atacar Ricciardo, enquanto Ocon, com pneus mais novos, poderia tentar beliscar um pódio para equipe, o que seria o primeiro da carreira. Pérez bateu o pé, mesmo diante da insistência do francês no rádio. Pérez é o líder da equipe, está na sua quarta temporada na Force India e a sétima na F1. Ocon ainda não completou um ano na categoria, uma ascensão relativamente rápida. Como líder, Pérez não quis dar o braço a torcer e ceder o lugar para o novato. Se é mais rápido, que me ultrapasse na pista então.

Foto: GP Update

O que não faltou foi tentativa. Ocon insistia, mas Pérez se defendeu de forma bastante contundente. Ocon teve que recolher para evitar o desastre que seria se os dois colidissem no final da prova. Resultado: Ricciardo fugiu e Vettel chegou, passando os dois. Detalhe: o alemão ultrapassou facilmente o mexicano, o que deve ter irritado demais Ocon.

Pelo entretenimento, Pérez ganhou pontos. Não se rendeu ao jogo de equipe e proporcionou um belo espetáculo. Conseguiu sustentar a posição e mostrar a força do piloto mais experiente e dono do pedaço interno da equipe. Por outro lado, faltou espírito de equipe e pulso firme da Force India. Óbvio que, diante das circunstâncias, não tinha como obrigar Pérez a deixar Ocon passar. Na cabeça do mexicano, uma atitude dessas significaria a perda de espaço no ambiente interno e o fortalecimento de Ocon. Vale lembrar que a Red Bull, em 2015, adotou estratégia semelhante: Ricciado passou Kvyat para tentar o pódio. Não conseguiu, e no final os dois retornaram as posições originais, sem drama e sem a "clara demonstração de quem manda na equipe".

Foto: F1Fanatic


Ao mesmo tempo em que sua "rebeldia" custou a manutenção do status quo na Force India, Pérez pode ter fechado as portas para as equipes de ponta, que costumam utilizar desses artifícios, definindo claramente o piloto 1 e o piloto 2 (ou 1A e 1B, como preferirem). A Ferrari pode não ter visto com bons olhos a falta de envolvimento com o espírito coletivo. Imagina se o mexicano não deixa Vettel passar? Numa situação dessas, poderia até ser demitido na hora pelos italianos.

O que se pode concluir desse caso é que: Ocon sai fortalecido pela grande corrida que fez. Pérez pode ter vencido ontem, mas as consequências tanto na Force India quanto no futuro da sua carreira em uma equipe maior podem correr riscos. Há também a possibilidade de seu ato ser considerado como de extrema personalidade, de quem não irá se rebaixar para atingir seus objetivos. A guerra interna está só começando.

Aguardemos os próximos capítulos. Até!

segunda-feira, 12 de junho de 2017

FIM DE SEMANA PERFEITO

Foto: Getty Images
Antes da corrida, seria difícil imaginar que Lewis Hamilton teria vida tão fácil como a que ele teve hoje em Montreal. A sexta vitória em solo canadense (faltando uma para igualar Schumacher) teve o seu segundo Grand Chelem na temporada (quando é pole position,liderando todas as voltas e fazendo a volta mais rápida), a quarta na carreira e serviu para diminuir a vantagem em relação a Vettel para 12 pontos, embora poderia ter sido menos se não fosse uma grande recuperação do líder do campeonato. A segunda colocação caiu no colo de Bottas, sendo a primeira dobradinha das flechas de prata no ano.

Uma largada fantástica fez Verstappen pular de quinto para segundo. Na primeira, ao ultrapassar por fora, acabou danificando o aerofólio direito da asa dianteira de Vettel, que precisou parar logo em seguida. Na segunda curva, Sainz quase jogou Grosjean para fora da pista. O francês tocou na Toro Rosso do espanhol que saiu rodando pista adentro até acertar Massa, que nada tinha a ver com a história e estava fazendo a curva. O fim de semana começou e terminou péssimo para Sainz que, diante da barbeiragem, foi punido com três posições na largada da próxima corrida, no Azerbaijão. Para o brasileiro, fica a frustração. Ele tinha carro para brigar até pelo pódio hoje. Certamente esses pontos farão falta.

Um rápido adendo para a outra Toro Rosso: Kvyat ficou na volta de apresentação e saiu depois. Pela regra, sairia em último. Entretanto, o russo se posicionou na posição original e foi justamente punido. Como que o piloto não sabe o bê-a-bá, tampouco a equipe o avisar disso? O russo brigava pelos pontos quando teve que abandonar no fim, com problemas no motor.

Pouco depois, a Red Bull de Verstappen teve mais um problema no motor. Uma pane forçou o abandono do holandês, que se irritou muito. Também pudera: ele começava a abrir distância para Bottas, que assumiu a segunda posição até o fim da corrida, com Ricciardo em terceiro, onde também ficou até o final. Vettel parou nos boxes e começou a escalada pelo pelotão, conseguindo chegar em quarto. Raikkonen, por sua vez, teve outro desempenho pífio, sendo apenas o sétimo, incapaz de incomodar as Force India quando pode até sofrer problemas no carro que o limitaram a essa posição.

Foto: Motorsport
Começou a guerra interna na Force India. Esteban Ocon fazia uma grande corrida. Chegou a ser segundo, quando parou depois de todo mundo e voltou em quinto. Com pneus mais novos, era mais rápido que Pérez e Ricciardo. Sem pneus, o mexicano não conseguia atacar o australiano. Ocon insistiu no rádio em fazer com quê o mexicano lhe cedesse a posição para brigar pelo pódio. Caso desse errado, voltaria tudo ao normal. Pérez, líder do time, não topou. Com isso, o francês tentou atacá-lo, sem sucesso. Sem condições de pressionar Ricciardo, as Force India bateram cabeça. Quem agradeceu foi Vettel, que ultrapassou os dois e garantiu o quarto lugar em uma brilhante corrida de recuperação, diminuindo o prejuízo que poderia ter. Certamente, se tivesse mais algumas voltas, estaria no pódio. Aliás foi a primeira vez que não esteve nessa temporada. Que regularidade!

Voltando ao assunto Force India: faltou experiência e jogo de cintura. Se as posições estivessem invertidas, será que o procedimento seria feito? Existem duas visões: 1) Pérez está certo. Não acatou uma ordem de equipe e defendeu o seu, na pista e na marra. 2) Sua desobediência pode ser prejudicial em equipes grandes e hierarquizadas (leia-se Ferrari), assim como evitou uma grande chance de pódio da equipe indiana hoje. Dois grandes pilotos no mesmo ambiente, sem regras... a briga na Force India vai esquentar bastante. O francês sai fortalecido com a melhor corrida da carreira, mostrando para a Mercedes que possui totais condições de guiar as flechas de prata.

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Hulkenberg consegue mais quatro pontos para a Renault, um grande resultado. Lance Stroll finalmente saiu do zero. Posou como "herói nacional" e foi bastante elogiado, como se a atuação de hoje fosse um "agora vai". Ridículo. Largando em 17° e com o abandono de vários carros melhores, seu mérito foi permanecer na pista sem grandes incidentes. A Williams periga perder a quinta posição dos construtores no fim do ano (já é sexta) diante da falta de contribuição do canadense nos pontos. Se hoje ele foi nono, não é absurdo afirmar que Massa certamente brigaria com as Force India pelo pódio. Ah se a Williams tivesse dois pilotos ao invés de um semi-aposentado e um novato ruim...

Um piloto tipo Alonso. Ele fez milagre o quanto pode, 69 voltas. Faltava uma e meia quando o motor Honda pediu arrego. Levar passão de Stroll é o fim. Resignado e talvez convencido pelo futuro, resta o espanhol entreter a galera com o seu drama tragicômico. Ele foi para os braços do povo, no meio da massa! Uma coisa é inegável: a imagem de Alonso melhorou significativamente desde o seu retorno a McLaren. Desde então, muitos haters viraram fãs e admiradores de sua postura carismática e divertida. Só fala um carro que corresponda ao seu talento. Na F1, acho difícil. Quem sabe na Indy, talvez? Ele participou da transmissão americana e parece estar bem à vontade por lá...

Para finalizar: Professor Xavier entrou na onda do Shoey! Fantástico (e nojento)! Ricciardo e Alonso, os dois mais simpáticos da F1 atual.

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Confira a classificação final do Grande Prêmio do Canadá:


A próxima corrida será no inédito Grande Prêmio do Azerbaijão, nas ruas de Baku (ano passado, o evento era intitulado Grande Prêmio da Europa), nos dias 23, 24 e 25 de junho. 

Até!