Mostrando postagens com marcador austin. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador austin. Mostrar todas as postagens

domingo, 22 de outubro de 2023

ASSOALHOS

 

Foto: Chris Grayten/Getty Images

Da série "corridas que não vi": campeonato decidido, trabalhando no jogo do Inter (histórico, aliás...). Bom, li que Verstappen venceu, mesmo largando em sexto. Foi melhor na estratégia dos pit stops e mais agressivo nas ultrapassagens, enquanto Norris e Leclerc abriram alas para ele.

Só Hamilton que tentou lutar e se aproximou de Max, mas sem ser o suficiente para vencer. 15 vitórias no ano e 50 na carreira. Impressionante. 

Bom, estou assistindo o VT da corrida agora. Está na largada. Antes de começar a escrever, li que Hamilton e Leclerc foram desclassificados por irregularidades no assoalho dos carros. 

Segundo o GE, "Hamilton e Leclerc infringiram o artigo 3.5.9.e do regulamento técnico da F1. O texto faz referência à espessura da prancha de madeira no assoalho, que deve ser de pelo menos 10 mm, com tolerância a partir de 9 mm." 

Assim, Norris e Sainz completaram o pódio e, entre outras coisas, permitiu que Logan Sargeant pontuasse pela primeira vez na F1. Logo em casa. Que reviravolta.

Enfim, li que McLaren e Mercedes poderiam ter feito estratégias mais ousadas para ganhar e que Hamilton foi prejudicado na estratégia e também em um pit stop. Piastri abandonou, assim Ocon. Destaque também para os bons pontos de Tsunoda e Stroll e o abandono de Alonso. É um fim de ano difícil para a Fênix, que flertou com as vitórias, mas a Aston Martin termina 2023 bem melancólica.

Bom, assistindo ou não, com estratégias, ritmos diferentes e até menos brilhantismo, ainda assim ninguém quer competir com Max Verstappen. E Norris segue flertando com as vitórias, mas sem vencer de fato. Ainda acho que Piastri vai romper o lacre antes dele.

Confira a classificação atualizada do GP dos EUA:

1 - Max Verstappen (RBR)

2 - Lando Norris (McLaren) +10s730

3 - Carlos Sainz (Ferrari) +15s134

4 - Sergio Pérez (RBR) +18s460

5 - George Russell (Mercedes) +24s999

6 - Pierre Gasly (Alpine) +47s996

7 - Lance Stroll (Aston Martin) +48s696

8 - Yuki Tsunoda (AlphaTauri) +1m14s385*

9 - Alexander Albon (Williams) +1m26s714

10- Logan Sargeant (Williams) +1m27s998

11- Nico Hulkenberg (Haas) +1m29s904

12- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) +1m38s904

13- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) +1 volta

14- Kevin Magnussen (Haas) +1 volta

15- Daniel Ricciardo (AlphaTauri) +1 volta

Fernando Alonso (Aston Martin) - ABANDONOU

Oscar Piastri (McLaren) - ABANDONOU

Esteban Ocon (Alpine) - ABANDONOU

Lewis Hamilton (Mercedes) - DESCLASSIFICADO

Charles Leclerc (Ferrari) - DESCLASSIFICADO

Até!

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

CUMPRINDO TABELA

 

Foto: Mark Thompson/Getty Images

Com o campeonato decidido, difícil encontrar alguma motivação para seguir assistindo a F1 em 2023. Há algumas questões que podem ser interessantes, vamos lá: Max Verstappen vai ganhar tudo até o fim do ano? Alguém vai parar Max e a Red Bull? Teremos alguma surpresa?

Bom, na classificação de agora há pouco, podemos perceber a decadência da Aston Martin. Don Alonso eliminado no Q1, assim como Lance Stroll, como sempre. Isso que as atualizações foram feitas, mas aparentemente não deram resultado... talvez o foco seja 2024 mesmo, mas é o caminho totalmente inverso que a McLaren fez, por exemplo.

Lando Norris ficou no quase de novo. A pole foi de Charles Leclerc, graças a mais um "limite de pista", que tirou a pole de Max Verstappen. Ao menos dessa vez a questão foi resolvida rapidamente e sem constrangimento para os envolvidos. Só isso para brecar a Red Bull.

Ferrari e McLaren muito rápidas, assim como a Mercedes tem boas perspectivas. A Alpine pode incomodar também. Importante lembrar do retorno de Daniel Ricciardo. Tanto tempo parado e agora se recuperando de lesão, vai ser difícil fazer alguma avaliação imediata nesse final de temporada. É evoluir fisicamente e fazer alguns pontos se possível, afinal Liam Lawson conseguiu passando por cima das dificuldades do pior carro do grid.

Nesse clima de fim de feira, vamos ver o que acontece domingo. Com Max largando em quinto, a expectativa é que algumas voltas sejam competitivas até que o tricampeão chegue ao topo. Vamos curtir. Amanhã tem mais uma inesquecível sprint, praticamente no mesmo horário do UFC 294. Imperdível, é claro.

Confira o grid de largada:


Até!

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

GP DOS EUA: Programação

 O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).

Em 2020, em virtude do coronavírus, a etapa foi cancelada, retornando para o calendário em 2021.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Charles Leclerc - 1:36.069 (Ferrari, 2019)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:32.029 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 6x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 433 pontos (CAMPEÃO)

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 224 pontos

3 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 194 pontos

4 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 183 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 153 pontos

6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 145 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 136 pontos

8 - George Russell (Mercedes) - 132 pontos

9 - Oscar Piastri (McLaren) - 83 pontos

10- Lance Stroll (Aston Martin) - 47 pontos

11- Pierre Gasly (Alpine) - 46 pontos

12- Esteban Ocon (Alpine) - 44 pontos

13- Alexander Albon (Williams) - 23 pontos

14- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 10 pontos

15- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos

16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 6 pontos

17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 3 pontos

18- Kevin Magnussen (Haas) - 3 pontos

19- Liam Lawson (Alpha Tauri) - 2 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 657 pontos (CAMPEÃ)

2 - Mercedes - 326 pontos

3 - Ferrari - 298 pontos

4 - Aston Martin Mercedes - 230 pontos

5 - McLaren Mercedes - 219 pontos

6 - Alpine Renault - 90 pontos

7 - Williams Mercedes - 23 pontos

8 - Alfa Romeo Ferrari - 16 pontos

9 - Haas Ferrari - 12 pontos

10- Alpha Tauri RBPT - 5 pontos

FIA GARANTE MOTOR PARA ANDRETTI

Foto: Indycar

Aprovada a candidatura dos americanos pela FIA, o passo seguinte é convencer as dez equipes e assinar o novo Pacto de Concórdia. O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, afirmou que as equipes não podem vetar a Andretti e que vai ajudar os americanos a assinarem com um fornecedor de motor enquanto a General Motors, parceira da Andretti, não estiver pronta para a F1, já em 2025.

Havia um pré-acordo dos americanos com a Renault, mas expirou em março e agora os franceses não têm interesse na parceria. Por regulamento, a FIA pode designar um fornecedor para a Andretti caso os americanos não consigam algum acordo. E duas seriam as possibilidades:

“Não é segredo, e estou certo de que é Alpine ou Honda, um deles venceria porque são as regras. Estou otimista com a GM chegando com a unidade de potência. Muito otimista, não apenas otimista. Nos últimos 20 meses, ter duas grandes OEMs (fabricantes de equipamentos originais, da sigla em inglês), Audi e Andretti/GM, e ter uma unidade de potência da Audi — e estamos na direção certa para ter uma da Cadillac —, é uma conquista", disse.

Essa guerra política parece ter um lado mais forte: a FIA, é claro. O desafio para a Andretti é não chegar tão atrasada na F1. É lógico que os primeiros anos, sem testes e pouco dinheiro, serão muito complicados. Lembram da Haas? Então, é melhor que Michael e companhia estejam preparados. Se a entrada já parece algo desgastante e difícil, permanecer na F1 sendo minimamente competitiva vai ser mais complicado ainda.

A ÚNICA ESCOLHA

Foto: Divulgação

No meio do imbróglio entre a opção de renovar com Alonso ou promover Oscar Piastri, a Alpine ficou sem as duas opções. Todo mundo lembra do drama do ano passado: os franceses queriam promover o australiano e enrolaram Alonso. 

Sem garantias de subir para o time, Piastri não queria ficar outro ano sem estar no grid e foi negociar com a McLaren, que iria se livrar do compatriota Daniel Ricciardo. O resto é história. E o agora empresário Mark Webber falou sobre essa decisão:

"Foi a única escolha que tivemos. Não foi muito reconfortante para nós no ano passado saber onde ele poderia acabar. Fiquei extremamente nervoso e frustrado por ele não ter corrido em 2022. Vemos o que perdemos. Ter um cara assim sem correr era uma farsa e estava me matando por dentro. A McLaren foi brilhante desde o início. Os acionistas, o tempo todo para garantir que ficariam com ele. Agora eles têm dois pilotos fenomenais", disse.

Ficou evidente a decisão arriscada de mudar de ares. Claro, Piastri chegaria com uma pressão muito granda ao "trair" a equipe que pavimentou o caminho desde a base. No entanto, os franceses se enrolaram com o excesso de opções e indefinições e Oscar aproveitou a chance que tinha. O tempo mostrou que o campeão da F3 em 2020 e da F2 em 2021 estava certo. Uma virada de chave na carreira.

TRANSMISSÃO:
20/10 - Treino Livre 1: 14h30 (Band Sports)
20/10 - Classificação: 18h (Band Sports)
21/10 - Classificação Sprint: 14h30 (Band Sports)
21/10 - Sprint: 19h (Band e Band Sports)
22/10 - Corrida: 16h (Band)



quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

VÁ LÁ...

 

Foto: Getty Images

A F1 insiste em virar notícia em meio a Copa, embora hoje não tenha jogos. A questão foi a confirmação dos lugares onde agora vão ter seis (!) corridas de classificação, o dobro em relação ao que foi implementado em 2021 e nesse ano.

Não sei de onde tiraram que o público adorou, mas a FIA e a Liberty insistem que também é uma decisão econômica deixar o final de semana mais "atrativo" na sexta também. Bem, não quero repetir minha opinião, mas a corrida classificatória só deixa tudo morno no sábado. Ninguém vai dar a vida para não ter o domingo prejudicado.

Enfim, hoje a FIA anunciou os seis circuitos que foram agraciados com esse formato xodó dos americanos. O Brasil continua com as corridas classificatórias pelo terceiro ano consecutivo, provavelmente impulsionado pelo fenômeno Magnussen. Convenhamos, no Brasil qualquer coisa pode dar certo. Interlagos tem uma aura diferente.

Os outros cinco lugares são: Áustria, que já teve em 2021, e outras estreias: Spa, Austin, Baku e Catar. 

Além de Interlagos, Spielberg é outro circuito rápido e curto. Austin é um local já tradicional, um autódromo estruturado. Achei interessante a escolha de Spa, a meca da F1, e também Baku, corrida de rua onde o caos costuma acontecer todos os dias e na interrogação Catar, que volta definitivamente ao calendário depois de sediar a atual Copa.

A escolha das corridas classificatórias pode fazer a diferença numa eventual disputa de campeonato. Afinal, na reta final do certame, teremos três de quatro corridas em sequência com esse modelo: EUA, Brasil e Catar, onde só o México está de fora. Esse formato pode mudar a disputa do título, afinal são abordagens completamente distintas no final de semana entre o formato tradicional e o estipulado pelo showbiz americano.

1/4 das corridas ou quase isso terão essa fórmula. Diante de tantos e intermináveis GPs hoje em dia, é um número razoável. Se ele veio pra ficar ou ser ainda mais expandido, infelizmente, ao menos a escolha das corridas foi bem feita. Vá lá, pelo menos tenho mais boa vontade com esse formato. Espero que seja mais suportável também, na prática.

Até!

domingo, 23 de outubro de 2022

MAIS SÍMBOLOS

 

Foto: Peter Fox/Getty Images

Mesmo com a temporada praticamente finalizada, Austin proporcionou o show americano que todos esperavam. Desde a maciça presença de celebridades no paddock, de Pharell até Brad Pitt, foi uma típica prova americana, marcada pelas amarelas, Safety Car e emoção até o final.

A Ferrari... mais uma pole. Leclerc, que seria punido, já tinha pipocado. Sobrou para Sainz. O roteiro foi o mesmo: o espanhol larga mal e, como desgraça pouca é bobagem, foi atropelado por Russell. O sonho da Ferrari despedaçado e Verstappen já era líder, seguido das Mercedes. Leclerc e Pérez, punidos, faziam a corrida de recuperação, assim como Alonso.

A Aston Martin teve um grande desempenho, o melhor do ano, sobretudo Vettel: parece que as últimas faíscas do tetracampeão estão sendo mostradas para o público mais jovem, que talvez não tenha visto a forma como ele dominou a categoria no início da década passada.

O primeiro Safety Car foi causado por uma rodada de Bottas, o que ajudou Leclerc a se aproximar do pelotão e brigar pelo pódio. O segundo foi logo após a relargada, quando a Fênix Don Alonso quase voou ao ser bloqueado por Stroll na hora da ultrapassagem.

Mais impressionante que o impacto foi o fato da nossa Fênix continuar na pista, trocar os pneus e a asa dianteira e ainda assim chegar em sétimo. O eterno rival Vettel foi combativo, chegou a liderar a corrida, teve uma parada horrível e mesmo assim, brigando e mostrando o talento que ainda tem, foi o oitavo.

Parecia mais uma corrida tranquila para Verstappen vencer e igualar o recorde de 13 vitórias numa temporada, algo impressionante mas nem tanto, considerando o número de corridas que temos por ano. Eis que a perfeita Red Bull, que vivia um final de semana difícil, resolve fazer um desafio digno daqueles modos da F1 da Codemasters.

Fazer uma parada ruim e, em menos de 20 voltas, ultrapassar os rivais e vencer. A Red Bull teve problemas na troca de pneus e Max caiu para terceiro. A chance de Hamilton vencer a primeira no ano e manter o impressionante recorde de ganhar em todos os anos da carreira era real. Max custou a se livrar de Leclerc e foi à caça de Lewis. A velha rivalidade reacendida.

Com os pneus médios, Max tirou a vantagem, degradando menos os compostos. Lewis lutou, mas não tinha jeito. Estava escrito. Era o destino e o outro símbolo. Vitória de Max Verstappen.

Se o holandês foi campeão na terra da Honda, a Red Bull, graças ao quarto lugar de Pérez e o abandono de Sainz, conquistou os construtores depois de nove anos justamente na semana onde morreu o dono da empresa, Dietrich Mateschitz, figura fundamental do automobilismo moderno e que será explorado pelo blog em um momento mais oportuno. Era o destino, inexorável.

Verstappen, cada vez mais avassalador, assim como a Red Bull. Mesmo errando, parece fácil. Uma humilhação contra os rivais. Um momento mágico que precisa ser aproveitado. Afinal, com essa violação no teto orçamentário, não sabemos as consequências para o futuro competitivo do time.

Com os títulos definidos, Verstappen pode ir atrás dos recordes e também ser altruísta: ajudar Pérez a vencer no México. Seria histórico e incrível e estarei torcendo para isso, à distância, porque não pretendo estar sóbrio daqui uma semana, nesse horário.

Leclerc fechou o pódio. Norris fez outra corrida brilhante de recuperação, chegando em sexto, atrás de Norris. Magnussen, com uma parada só, se arrastou, mas conseguiu os pontos. Tsunoda fechou o top 10.

Cheio de simbolismos e significados, a Red Bull hoje potencializou todo o trabalho iniciado por Mateschitz timidamente nos anos 1990, estabelecido nos anos 2000 e confirmado como força respeitável e da alta hierarquia nos anos 2010. Verstappen é, certamente, uma das consequências das ideias aplicadas desse bilionário austríaco. 

Mais símbolos para um ano espetacular da Red Bull em todos os aspectos.

Confira a classificação final do GP dos EUA:


Até!

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

SEGUNDO PLANO

 

Foto: Jared C. Tilton/ Getty Images

Nesse fim de festa que virou a F1 2023, há apenas um ritmo de espera quase torturante para definir coisas não tão importantes. Faltam duas vagas do grid para serem preenchidas e a disputa dos construtores está quase matematicamente selada.

Esse horário esquisito. É publicar o texto e curtir a sexta. Inventaram de colocar mais 30 minutos no segundo treino livre para testar os pneus Pirelli de 2023. Amanhã tem UFC e domingo Roma x Napoli. Com o campeonato decidido, a corrida fica em segundo plano, até mesmo para a F1.

Em Austin, as equipes optaram por alguns testes de novatos obrigatórios. A Ferrari lançou Robert Shwartzman, russo nascido em Israel, um dos grandes prejudicados pela guerra. A Williams colocou o piloto da casa, Logan Sargeant. Já estão pensando em 2023? A McLaren fez uma escolha surpreendente: o espanhol Alex Palou, campeão da Indy ano passado e pivô de polêmica contratual inclusive com os ingleses por lá, pegou a vaga de Ricciardo. Ah, também tivemos Theo Pourchaire na Alfa Romeo.

O interessante é que o campeão da F2, Felipe Drugovich, só participa dos testes em Abu Dhabi, em novembro.

Na Haas, não houve um novato, mas agiu como se fosse um. Bancado pela Ferrari, Giovinazzi durou cinco minutos: bateu sozinho e deu mais prejuízo para o time de Gene. É a Ferrari quem vai escolher o piloto pela parceria que possuem, mas Gunther e Gene já devem estar preocupados com os candidatos que só batem, ainda mais Giovinazzi, experiente, mas que infelizmente nunca confirmou o potencial da F2 na F1.

Sainz foi o mais rápido do TL1, com Verstappen em segundo e reclamando de algumas coisas.

A segunda sessão foi basicamente testar os pneus Pirelli de 2023, mais lentos, além dos tradicionais stints de corrida, visando domingo. A mesma coisa de sempre: Ferrari e Red Bull acima do resto. Resta saber se o ritmo de férias e ressaca dos taurinos e do holandês vai deixar brechar para os italianos garantirem o vice-campeonato de pilotos e construtores. Leclerc briga com Pérez pela medalha de prata. Leclerc foi o mais rápido, um dos poucos a também usar os pneus atuais.

Austin vai ter shows, espetáculos, aquela coisa americana da Liberty e recorde de público. No externo, um sucesso absoluto. No interno, não há grandes emoções. Todo mundo está com a cabeça em outro lugar. É um circuito legal de pilotar, seja assistindo pelo on board ou jogando pelo videogame, mas não tem corridas memoráveis.

Até março de 2023, a F1 fica em segundo plano, mas precisamos terminar isso, porque somos loucos, viciados, desocupados e masoquistas.

Confira o tempo dos treinos livres do GP dos EUA:




Até!

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

GP DOS EUA: Programação

 O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).

Em 2020, em virtude do coronavírus, a etapa foi cancelada, retornando para o calendário em 2021.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Charles Leclerc - 1:36.069 (Ferrari, 2019)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:32.029 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 6x


CAMPEONATO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 366 pontos (CAMPEÃO)

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 253 pontos

3 - Charles Leclerc (Ferrari) - 252 pontos

4 - George Russell (Mercedes) - 207 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 202 pontos

6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 180 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 101 pontos

8 - Esteban Ocon (Alpine) - 78 pontos

9 - Fernando Alonso (Alpine) - 65 pontos

10- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 46 pontos

11- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 32 pontos

12- Daniel Ricciardo (McLaren) - 29 pontos

13- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 23 pontos

14- Kevin Magnussen (Haas) - 22 pontos

15- Lance Stroll (Aston Martin) - 13 pontos

16- Mick Schumacher (Haas) - 12 pontos

17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 11 pontos

18- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 6 pontos

19- Alexander Albon (Williams) - 4 pontos

20- Nicholas Latifi (Williams) - 2 pontos

21- Nyck De Vries (Williams) - 2 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 619 pontos

2 - Ferrari - 454 pontos

3 - Mercedes - 387 pontos

4 - Alpine Renault - 143 pontos

5 - McLaren Mercedes - 130 pontos

6 - Alfa Romeo Ferrari - 52 pontos

7 - Aston Martin Mercedes - 45 pontos

8 - Haas Ferrari - 34 pontos

9 - Alpha Tauri RBPT - 34 pontos

10- Williams Mercedes - 8 pontos


TRÊS NÃO É DEMAIS?

Foto: Divulgação


A F1 desembarca em Austin e comemora 10 anos do Circuito das Américas no calendário, que sinalizou o retorno da categoria para a terra do Tio Sam depois de cinco anos ausente.

Neste ano, tivemos a estreia do GP de Miami e, no ano que vem, chega Las Vegas. Três corridas no mesmo país é inédito na F1. Já é o suficiente no calendário, certo? Bem, Gunther Steiner não pensa assim.

O americano, chefe da americana Haas, ainda vê condições do país receber mais etapas da F1 no futuro:

“Eu diria que o Circuito das Américas é para os fãs hardcore — eles marcam presença aqui há 10 anos e todos amam. É uma ótima pista, um ótimo evento e uma ótima cidade. Miami é Miami. Tivemos muitas pessoas lá esse ano, mais do que isso, e é outro grande evento. Mas foi completamente diferente, como se fosse um grande festival.

Não sei como será em Las Vegas, mas sei que será grande também. Temos que sempre pensar que os Estados Unidos são um país enorme — e ter três corridas lá ainda não é o suficiente, eu acredito. Sempre há algo para todo mundo lá e cada evento tem algo particular. Dois deles fizeram um bom trabalho e tenho certeza que Las Vegas também fará”, disse o chefão.

Entendo o Gunther puxar sardinha por ser uma equipe americana, tem o lado do patriotismo e tal, mas já chega, né? Dois circuitos de rua apenas pela grife dos lugares já é algo forçado somente porque a Liberty é americana também. A F1 é mundial, não um clubinho dos Estados Unidos. É um absurdo esse calendário inchado centralizar tudo na América ao invés de ser um calendário mundial, de fato. Volta Malásia, volta Mugello!

EM BREVE...

Foto: Getty Images

A Mercedes vive uma situação inédita na era híbrida: coadjuvante de luxo. Sem vitórias, a ainda atual octacampeã de construtores tem como consolação tentar o vicecampeonato da Ferrari, embora seja improvável.

Os alemães, obviamente, olham para frente, sobretudo na relação Hamilton-Russell. Até aqui, o novato George leva vantagem nos pontos. Toto Wolff, o chefe, afirma que Russell será campeão mundial pela Mercedes, embora também acredite que no meio do caminho Hamilton também conquiste mais um título.

“Certamente ele esperava vencer corridas e campeonatos estando em um Mercedes”, disse o dirigente ao canal britânico Channel 4. “Ele errou no timing, mas pelo menos progrediu do meio do pelotão.
Então essa hora vai chegar, ele vai ganhar corridas, ele vai lutar por campeonatos. Sem dúvida, há isso nele. Mas talvez haja outro título de Lewis no meio do caminho”, disse.

Toto destaca o bom relacionamento dos dois no estilo "mestre e aprendiz", mas também ressaltou que os compatriotas ainda não se enfrentaram diretamente por uma vitória ou pelo título, o que torna tudo incerto nesse possível novo contexto no curto/médio-prazo.

"Eu descreveria o relacionamento como respeito. O respeito do novato por saber que seu companheiro de equipe é o maior piloto de todos os tempos — assim como Michael [Schumacher] — e o respeito de Lewis, que se vê [em George]”, continuou. “Em termos de talento, idade e crescimento — por mais estranho que pareça, porque seu companheiro de equipe é seu primeiro adversário —, Lewis orienta George, e George aceita o papel de um jovem leão”, finalizou.

É a melhor dupla do grid. Se completam. Nesse ano, a Mercedes deixou a desejar. Russell está maturando, acostumando a andar entre os ponteiros. Se a Mercedes fazer o que realmente faz, as chances dos dois brigarem e conquistarem algo é, de fato, enorme.

O mais interessante nesse processo é saber como seria a relação interna do time. George seria mais um Valtteri ou um Nico?

TRANSMISSÃO:
21/10 - Treino Livre 1: 16h (Band Sports)
21/10 - Treino Livre 2: 19h (Band Sports)
22/10 - Treino Livre 3: 16h (Band Sports)
22/10 - Classificação: 19h (Band e Band Sports)
23/10 - Corrida: 16h (Band)


domingo, 24 de outubro de 2021

OS PEQUENOS DETALHES

 

Foto: Getty Images

Austin é um circuito previsível, sem grandes mudanças ou surpresas em ritmo de corrida. O que acontece no sábado, geralmente se repete no domingo. A surpresa foi justamente na véspera. A Mercedes, que parecia melhor acertada na sexta, sofreu mais um duro baque. Numa pista que teria a vantagem, Max foi pole e Hamilton estaria sozinho contra ele e Pérez, pois Bottas largaria atrás diante de mais uma punição.

Nada disso desanimou Hamilton, que precisava ser agressivo na largada e foi, assumindo a liderança. A Mercedes, com os pneus médios, tinha um ritmo melhor, mas Max não desgarrou. Em dois contra um, a Mercedes cometeu mais um erro de avaliação. Na F1 atual, é preciso se antecipar ao adversário e ao desgaste. A Red Bull fez isso. Max parou e os taurinos se deram ao luxo de fazer uma estratégia diferente com Pérez. A Mercedes alongou os stints de Hamilton imaginando no desgaste para dar o bote final.

Quase deu certo, mas não deu. Favorita, os alemães perdem pontos chaves no território dos Estados Unidos, lotado com 400 mil pessoas no final de semana e a presença de Shaquille O'Neal num carro típico texano caipira conversível. Max, ao ceder a tentação de não perder a posição a qualquer custo na primeira curva, teve a frieza e o ritmo necessário para abrir 12 pontos na tabela.

Pérez teve o melhor final de semana na equipe desde Baku. Sempre próximo de Max nos treinos, sucumbiu na corrida pela desidratação de não ter o sistema de hidratação funcionando. Ainda assim, sua presença por perto foi importante para a Red Bull estar confortável na estratégia e, além disso, alegrou os latinos presentes no autódromo. Se o mexicano crescer na reta final, Max ganha um aliado importantíssimo para a conquista do título.

Bottas, sem ritmo, foi o sexto. A briga de McLaren e Ferrari pelo terceiro lugar dos construtores está interessante. Leclerc em um soberbo quarto lugar. Ricciardo reagindo em quinto. Sainz na frente de Norris. Vale dinheiro e uma nostalgia desses dois tipos que outrora foram os protagonistas do Mundial. 

A briga da corrida foi de Alonso com as Alfa Romeo. Primeiro com Raikkonen, sem sucesso, e depois com Giovinazzi. Teve rádio, toque pra lá e pra cá, pedaço de carro saindo, tudo o que gostamos. E fica aquele clima de despedida, né? Pode ter sido a última grande disputa de Kimi Raikkonen com Fernando Alonso, duas entidades da F1. 

Quem foi bem e evoluiu foi Tsunoda. Sendo arrojado nas disputas, hoje foi o responsável pelos pontos da equipe, em virtude do abandono de Gasly. Vettel, largando lá atrás por ter trocado tudo, teve o esforço recompensado com um pontinho.

A Red Bull, novamente, vence onde "não deveria", seguindo a lógica dos últimos anos. A lógica de 2021 está bem diferente até aqui, portanto é bom que eu pare de contar com o ovo antes da galinha. 

São nos pequenos detalhes que o título vai se decidir. No momento, eles estão pendendo para a Red Bull.

Confira a classificação final do GP dos EUA:


Até!

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

O FIEL DA BALANÇA

 

Foto:Reprodução/F1

Depois de dois anos, a F1 desembarca nas Américas. Começando por Austin, no Texas. Uma pista que favorece a Mercedes e o primeiro treino livre provou isso, com dobradinha dos carros pretos, liderado por Bottas. Soube-se, após a sessão, que o finlandês vai trocar o motor a combustão e tem cinco posições de punição no grid. É carta fora do baralho, mas pode incomodar. O finlandês, com o futuro definido, está mais leve e pode ser muito útil na reta final.

No segundo treino, quem se deu melhor foi Sérgio Pérez. A Mercedes está com mais potência no motor e tem o favoritismo para retomar a liderança do mundial de pilotos. O mexicano parece bem, com mais possibilidades de ajudar Max do que em toda a temporada, ainda mais agora que Bottas larga mais atrás. Será o impulso da torcida latina um diferencial?

Ainda na segunda sessão, Hamilton e Verstappen brigaram por espaço. Espremido, o holandês não gostou. Ele, que reclama das rivalidades forjadas da série da Netflix e que não vai participar para o ano que vem. Justo Max, que pode ser o cara a quebrar a hegemonia de Hamilton e da Mercedes. Bom, como nunca vi a série da Netflix, não posso opinar, mas que a rivalidade de Max e Lewis é real, é. Aliás, mais do que real.

Dizem que Hamilton pode ser punido por mais uma troca de componentes, o que seria mais um vacilo da Mercedes na temporada. A conferir.

A Ferrari parece bem, assim como Gasly e as McLaren. Os cinco vão brigar pelo resto das posições, como sempre. O destaque do treino foi o inferno astral de Alonso. Na primeira sessão, mal foi pra pista e parou. Na segunda, rodou feio e quase bateu forte com a traseira. Mick e Pérez se estranharam no TL1 e Mazepin quase atropelou uma Aston Martin no TL2.

Apesar da Mercedes estar aparentemente melhor novamente em Austin e ter o favoritismo, o fiel da balança do campeonato pode estar nos escudeiros, Bottas e Pérez. Como sempre escrevo: em um campeonato tão disputado, tudo pode fazer a diferença, e sempre a próxima corrida vai ser mais decisiva, porque são menos pontos em jogo com o passar do tempo.

Confira os tempos dos treinos livres:




Até!

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

GP DOS EUA: Programação

 O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).

No ano passado, em virtude do coronavírus, a etapa foi cancelada, retornando este ano para o calendário.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Charles Leclerc - 1:36.069 (Ferrari, 2019)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:32.029 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Valtteri Bottas (Mercedes)

Maior vencedor: Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 6x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 262,5 pontos

2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 256,5 pontos

3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 177 pontos

4 - Lando Norris (McLaren) - 145 pontos

5 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 135 pontos

6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 116,5 pontos

7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 116 pontos

8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 95 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 74 pontos

10- Fernando Alonso (Alpine) - 58 pontos

11- Esteban Ocon (Alpine) - 46 pontos

12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 35 pontos

13- Lance Stroll (Aston Martin) - 26 pontos

14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 18 pontos

15- George Russell (Williams) - 16 pontos

16- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos

17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 6 pontos

18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 433,5 pontos

2 - Red Bull Honda - 397,5 pontos

3 - McLaren Mercedes - 240 pontos

4 - Ferrari - 232,5 pontos

5 - Alpine Renault - 104 pontos

6 - Alpha Tauri Honda - 92 pontos

7 - Aston Martin Mercedes - 61 pontos

8 - Williams Mercedes - 23 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 7 pontos


HÁ FALHAS

Foto: Getty Images


Depois de atingir certa supremacia na temporada, a Red Bull acendeu um grande alerta vermelho na Turquia. Mesmo com os 2° e 3° lugares, os austríacos em nenhum momento brigaram com a Mercedes de Bottas pela vitória. Por isso, são necessários correções e reparos.

Para isso, a ajuda do "mago" Adrian Newey é fundamental. No entanto, o projetista esteve ausente do circo por um motivo: um acidente de bicicleta. Após realizar cirurgias, Newey ao trabalho aos poucos mesmo sem estar 100% para ajudar a identificar os problemas do carro taurino.

Segundo o consultor Helmut Marko, Newey já identificou problemas no acerto do carro na última etapa e pretende se reunir com Max Verstappen nas próximas semanas para discutir soluções para o time.

“Ele ainda não está completamente recuperado, mas está pronto para trabalhar e imediatamente reconheceu as dificuldades que tivemos em termos de set-up. Teremos uma reunião com o Verstappen nas próximas semanas em Milton Keynes para que possamos voltar ao topo em termos de chassi”, disse.

O retorno de Newey é importantíssimo para as pretensões da Red Bull. A Mercedes retoma como o melhor carro até a final, então qualquer mudança de acerto pode definir o campeonato. Os taurinos precisam ser certeiros porque não há mais tempo. Newey vai ter que ser mais Adrian Newey do que nunca para a Red Bull voltar a conquistar títulos na Fórmula 1.


"DOIS ANOS DE TORTURA"

Foto: Getty Images

Assim descreve Lawrence Stroll sobre o período em que ele e o filho estiveram na Williams, onde começaram na Fórmula 1.

No primeiro ano, a equipe britânica conseguiu resultados razoáveis, ficando em quinto lugar, onde Stroll fez pódio no Azerbaijão e largou na primeira fila na Itália, quando Felipe Massa era o companheiro de equipe.

No ano seguinte, a decadência: último lugar nos construtores e a presença do russo Sergey Sirotkin no lugar do brasileiro. Foi nesse ano que o bilionário canadense sentiu as dificuldades e aproveitou para comprar primeiro a Force India, que virou Racing Point, e agora é a Aston Martin.

“Começamos com a Williams, sabe, dois anos de tortura. Especialmente quando você está acostumado a vencer, quando treina de duas a três horas por dia, toma cuidado com o que come e sabe que o melhor que você vai fazer é 18º em um bom fim de semana", disse para o podcast Beyond The Grid.

Por ser o pai de Lance, Lawrence sabe que o filho tem a desconfiança dos fãs e da imprensa, mas acredita que o canadense está fazendo um bom trabalho, agora que está numa equipe melhor. E também ressaltou que qualquer piloto na situação de Stroll na Williams não faria muito diferente.

“É desafiador, então dar um carro a ele no ano passado foi muito, muito importante. Muito importante por tudo que ele trabalhou. Todos nós sabemos que você só é tão bom quanto o carro. Você pode colocar qualquer campeão em um carro que é 18º no grid e ele será 18º ou 17º. Ele, certamente, não será primeiro", concluiu.

Alguns azares e o Covid, realmente a Williams em 2018 já vivia um processo de quase falência. Tortura é um termo forte, diria mais a frustração mesmo. Stroll, bilionário, não rasgaria dinheiro para ficar em último. Agora, com uma marca mundialmente conhecida sendo construída na F1, certamente Stroll, com mais experiência e sem pressão de resultados, vai desenvolver o trabalho e eventualmente conquistar alguns resultados, onde muitos vão ressaltar o talento e esquecer todo o lastro financeiro e o caminho seguido por Lance desde a infância.


TRANSMISSÃO:

22/10 - Treino Livre 1: 13h30 (Band Sports)

22/10 - Treino Livre 2: 17h (Band Sports)

23/10 - Treino Livre 3: 15h (Band Sports)

23/10 - Classificação: 18h (Band e Band Sports)

24/10 - Corrida: 16h (Band)



sexta-feira, 24 de julho de 2020

IDAS E VINDAS

Foto: Getty Images
O que era uma obviedade agora tornou-se oficial: em 2020, a Fórmula 1 não vem para as Américas. Brasil, Estados Unidos, México e Canadá terão que esperar por 2021.

O caso dos três primeiros é óbvio: os casos e óbitos decorrentes do coronavírus não estão perto de diminuir, e uma longa viagem com o risco de exposição a doença assusta o circo. O Canadá, em situação diferente, não valeria a pena para as equipes viajar apenas para uma corrida no continente - o que inclui equipamentos, motorhomes, etc.

O futuro do Grande Prêmio do Brasil é uma incógnita. 2020 é o último ano de contrato com Interlagos e um acordo parece distante. O pior: o tal autódromo de Deodoro, que tomara que nem saía do papel, é o favorito, mas alguém realmente acha que esse monstrengo não vai levar no mínimo alguns bons anos para ficar pronto?

Perder Interlagos, um dos circuitos mais tradicionais da história, presente na categoria desde 1972, é um crime. Alguém precisa avisar isso para o bigodudo. Além disso, o traçado permitiu ao longo da história momentos inesquecíveis. Alguns milhões de dólares não podem ser suficientes para acabar com essa história em um dos mercados mais valiosos e com mais espectadores do esporte. O país não se resume ao Rio de Janeiro.

Bom, a FIA já definiu suas substitutas, e teremos retornos e novidades. Ímola e Nurburgring, ausentes desde 2006 e 2013 respectivamente, estão de volta para o GP da Emilia Romagna e GP do Eifel. Com isso, a Itália, que no início do ano era o epicentro do covid, vai terminar 2020 realizando três corridas. No circuito italiano, uma novidade: apenas dois dias de atividades (sábado e domingo, com um só treino livre).

Foto: Getty Images
A grande novidade é a estreia do Autódromo de Algarve em Portimão, Portugal. O país volta a receber a F1 depois de 24 anos, mas agora não em Estoril. Ele foi reformado em 2008 e chegou a receber, na época, testes privados de Toyota, Honda e a McLaren de Lewis Hamilton, na foto acima.

Como escrevi anteriormente, uma coisa boa disso tudo são esses circuitos "diferentes" retornando e/ou estreando na F1, dando lugar a outros lugares chatos e sem graça na mesma ordem que estamos acostumados. Infelizmente, dessa vez, Interlagos vai fazer falta e o Brasil, que não tem perspectivas de um piloto retornar a categoria, agora vive com a incerteza se vai sediar alguma corrida no curto/médio-prazo.

Nas próximas semanas, a FIA também deve anunciar duas corridas no Bahrein e a etapa final, em Abu Dhabi. E para 2020 está bom demais. Entre idas e vindas, o Brasil perde e a F1... bem, não sei se ganha. Ao menos serão paisagens e traçados diferentes para acompanharmos pela TV.

Até!

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

HEXA PROTOCOLAR

Foto: Getty Images
Agora é oficial: Lewis Hamilton é o segundo homem da história a conquistar mais de cinco títulos na F1. Falta um para igualar Schumacher e oito vitórias para empatar nas 91 do alemão. O triunfo com duas etapas de antecedência foi chegando de mansinho, aliando o auge da forma do inglês, a dominância da Mercedes e a incompetência dos demais.

Em Austin, foi montado o palco que a Liberty queria: título nos Estados Unidos, com vários astros e tudo mais. Apesar de evidente, esperava mais efusividade, apesar das circunstâncias parecem ser apenas protocolares, de quem quer ganhar mas que aquilo já virou normalidade, não existe mais a emoção da primeira, da segunda ou de um longo jejum. É como se fosse o Grêmio ganhando grenal atualmente.

Um pulo espetacular o deixou em terceiro na primeira parte da prova. Com Bottas e Verstappen optando por duas paradas, Hamilton foi até o limite para fazer apenas uma e ir com os duros até o final. Segurou Bottas o quanto pode e conseguiu um segundo lugar que era mais que o suficiente para ser campeão, coroando o domínio alemão com a vitória do finlandês. Max fez o que era possível e foi o terceiro.

Foi uma corrida um tanto quanto melancólica, o começo das férias. Austin não ajuda muito. Apesar de ser bonito e tal, é difícil ter corridas boas por lá. Podiam voltar com Indianápolis. Sem muitas emoções, alguns destaques:

- O ritmo inexistente de corrida da Ferrari. Vettel foi passado por todo mundo e abandonou com problemas na suspensão traseira. Leclerc tomou um minuto dos ponteiros. Inexplicável. Será que depois de toda aquela balela dos motores veio uma queda daquelas, igual ano passado. Apenas coincidência?
- As boas corridas no duelo entre Daniel Ricciardo e Lando Norris, os amigos. A McLaren é a quarta força da F1 e o australiano faz o que pode com o irregular carro francês. Apesar do toque na primeira curva, Albon parou tantas vezes pra fazer várias ultrapassagens e fechar em quinto. Poderia ter sido quarto colocado.

Foto: Getty Images
- Corrida de recuperação é o que fizeram Hulkenberg e Pérez. Um optou por uma parada, foi com os duros o quanto pode e depois passou todo mundo. O mexicano, largando dos boxes, conseguiu salvar um pontinho. Pilota demais o Checo! Raikkonen, que também estava no fundão, quase beliscou o dele também.

De resto, a mesma melancolia de quem não pontua e/ou abandona. Em duas semanas, veremos o grande circo já em clima de fim de festa para mais um Grande Prêmio do Brasil.

Hamilton, como de costume, escreve mais uma página para a história da categoria. Já são tantas e consecutivamente que parecemos já cansados. Só iremos perceber a grandiosidade disso tudo quando acabar. Enquanto isso, tentamos aproveitar o máximo, apesar de farto do domínio dele e da Mercedes de Toto Wolff.

Confira a classificação final do GP dos Estados Unidos:


Até!

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

HABEMUS REGULAMENTO

Foto: Reprodução
Depois de muita discussão e especulações, a FIA, FOM e Liberty Media finalmente divulgaram para o público de forma oficial as diretrizes aerodinâmicas e econômicas da F1 a partir de 2021. A imagem acima é, mais ou menos, como serão os bólidos, que tem como grande objetivo permitir mais disputas na pista e menos turbulências geradas pela pressão aerodinâmica.

Alguns tópicos dissecados pela Liberty e aprovados pela FIA, em comunicado oficial divulgado ontem (31):

"Com a aprovação submetida ao Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a publicação do novo regulamento determina os novos rumos da principal categoria do esporte a motor, dissecados pela Liberty Media em alguns tópicos:

- Carros mais aptos a batalhar na pista

- Uma competição mais equilibrada na pista

- Um esporte no qual o sucesso é determinado mais pela forma como uma equipe gasta seu dinheiro, não quanto gasta - incluindo, pela primeira vez, um teto de custo totalmente aplicável (US$ 175 milhões por temporada) nas regras da FIA.

- Um esporte que é um negócio melhor para os participantes e mais atraente para novos participantes em potencial.

- Um esporte que continua a ser a principal competição de corridas de automóveis do mundo e a vitrine perfeita de tecnologia de ponta."

Bem, as rodas da Pirelli terão aro 18 (em substituição ao aro 13), com um apêndice em cima, além de "taparem" a calota. As asas traseira e dianteira serão mais simples, com o intuito de reduzir a turbulência gerada ao carro de trás. Com isso, a FIA aposta que, com a diminuição do ar "sujo"gerado pelo carro da frente (que varia entre 40% e 50% de pressão aerodinâmica, que impede andar próximo, não gerando disputas), seja possível mais brigas na pista sem o uso artificial do DRS, perdendo apenas 10% de pressão aerodinâmica.

Para isso, a FIA também vai impedir que as equipes façam evoluções nos carros, como a incrementação de apêndices e coisas afins, que supostamente aumentariam a pressão aerodinâmica e o ar "sujo" gerado para os carros de trás, além do lado estético, que é ver um carro mais "limpo".

No final de semana de corrida, as coletivas de quinta serão transferidas para a sexta de manhã, momentos antes do primeiro treino livre.

Bem, todas as revoluções da F1 tiveram como objetivo a eficiência máxima dos carros e o ápice em tecnologia e desenvolvimento. Desta vez, porém, vemos a preocupação de que haja simplesmente disputa, nem que isso torne os carros mais lentos. O mais importante dessa questão é o teto orçamentário: será que vai ser devidamente respeitado? Será que vai surtir o efeito desejado, que é o de trazer mais equipes com menos custos e supostamente equilibrar tudo? Depois de um tempo, o certo vira incerto e o otimismo vira ceticismo. É o meu sentimento. Pior do que está não fica.

Foto: Getty Images
Nos treinos livres, a grande novidade foi o fato de as equipes puderem testar os pneus da próxima temporada. Entre isso, a estratégia de corrida e a velocidade pura, tivemos resultados distintos. Pela manhã, Verstappen foi o mais veloz, com a Mercedes apenas fazendo acertos de prova. No segundo treino, quando andou pra valer, o virtual hexa Hamilton foi o mais rápido. Diante de muito equilíbrio, quem conseguir esquentar melhor os pneus na fria Austin vai levar vantagem em um circuito cheio de ondulações, que causou diversas escapadas, rodadas e até batidas de Grosjean, de cara pro chefe.

Em um final de semana histórico pelo segundo homem a conquistar seis títulos, o novo regulamento da "nova Fórmula 1" pode ser outro marco definitivo, ou apenas mais um retumbante fracasso que, como sabemos, só o tempo irá nos responder.

Confira a classificação dos treinos livres de sexta em Austin:






GP DOS ESTADOS UNIDOS - PROGRAMAÇÃO

O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Lewis Hamilton - 1:37.392 (Mercedes, 2018)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:32.237 (Mercedes, 2018)
Último vencedor: Kimi Raikkonen (Ferrari)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 6x

MAGNUSSEN E GROSJEAN NUM CARRO DA NASCAR

Foto: Getty Images

Corrida em casa é momento para grandes anúncios e ações de marketing. A Haas anunciou que seus dois pilotos irão pilotar um carro da Nascar no Circuito das Américas, em Austin. Mas não é qualquer carro. É o #14 do tricampeão Tony Stewart, aposentado desde 2016. Será uma experiência e tanto.
O carro vai ter um assento extra para que tanto K-Mag quanto Romain possam sentar e aprender do lado de Stewart. Os dois pilotos da F1 nunca pilotaram um carro da categoria americana:

“Um stock car praticamente não tem downforce, então não faço nem ideia de como vai ser. Nunca pilotei um Nascar antes. Tenho certeza de que vai ser muito diferente do outro carro que costumo pilotar no Circuito das Américas. Vai ser uma experiência muito interessante. Um carro da Nascar é algo icônico e sempre estive curioso para testar. Claro que ele funciona melhor em um oval, mas eles também correm em mistos. Vai ser interessante ter um pouco de diversão”, disse o dinamarquês.

“Acho que só precisamos frear um pouco mais cedo do que de costume num carro de F1”, continuou Grosjean. “Veremos como o motor responde ao uso do acelerador. Mal posso esperar. O barulho vai ser ótimo. Acho que vai ser uma boa experiência, além de que ter o Tony Stewart nos ajudando e dando conselhos vai ser incrível”, destacou Grosjean.

“É difícil acreditar que já se vão três anos desde a última vez que pilotei um stock car, só que ver algumas das corridas em mistos, principalmente no roval de Charlotte, certamente aumentou meu interesse”, contou Stewart. “Esse vai ser um bom jeito de matar a vontade. Nunca estive no COTA. Tudo que sei é o que vi na TV e no iRacing. Eu gosto [do traçado]. Mesmo depois de duas décadas na Nascar, ainda há coisas novas para se experimentar. Nunca pilotei nessa pista, enquanto o Kevin e o Romain nunca nem andaram em um stock car. Vamos descobrir juntos”, disse Tony Stewart.

Vai ser uma experiência marcante para os três. Tony vai matar as saudades e conhecer o Circuito das Américas, enquanto que os dois europeus vão experimentar um carro que praticamente só anda em oval. Já no aguardo dos vídeos desse encontro. É o grande momento da Haas no ano, sem dúvidas.

ALBON CONTINUA IMPRESSIONANDO A RED BULL

Foto: Getty Images
Em seis corridas, 58 pontos contra 39 do bicho-papão Max Verstappen. Esse é o retrospecto de Alexander Albon depois que foi promovido para a Red Bull, e isso sem ter a disposição muito tempo de simulador e tampouco pré-temporada. A própria cúpula dos taurinos admite: não esperava tanto assim do tailandês nascido e criado em Londres.

“Ele impressionou a equipe com sua performance desde o dia em que chegou. O melhor é que ele evolui a cada fim de semana, cada vez é um piloto mais forte. Alex, além disso, conseguiu somar mais pontos que Max desde as férias de verão, algo que ninguém esperava, considerando que é sua primeira temporada na F1. Cada dia ele está mais forte e vem impressionando a todos com sua atitude e aplicação", disse o chefão Christian Horner.


Albon pontuou em todas as corridas até aqui, tendo como melhor resultado um quarto lugar no GP do Japão. Se o temor de colocá-lo diante de Max sem a preparação adequada havia sentido pelo risco de queimar mais um jovem, o tailandês mostra que tem muita qualidade, colocando suas características da F2: crescer na reta final, administrar bem os pneus e ultrapassagens cirúrgicas. Em pouco tempo, já deu para perceber que é muito mais piloto que Gasly, que não mostrou nem perto disso em muito mais etapas. Está aí o "segundão" de Verstappen para a sequência, mas um segundão que aproveita toda e qualquer bobagem que Max fizer.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 363 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 289 pontos
3 - Charles Leclerc (Ferrari) - 236 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 230 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 220 pontos
6 - Pierre Gasly (Toro Rosso) - 77 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 76 pontos
8 - Alexander Albon (Red Bull) - 74 pontos
9 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 43 pontos
10- Daniel Ricciardo (Renault) - 38 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 35 pontos
12- Lando Norris (McLaren) - 35 pontos
13- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 34 pontos
14- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 31 pontos
15- Lance Stroll (Racing Point) - 21 pontos
16- Kevin Magnussen (Haas) - 20 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 8 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 4 pontos
19- Robert Kubica (Williams) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 652 pontos
2 - Ferrari - 466 pontos
3 - Red Bull Honda - 341 pontos
4 - McLaren Renault - 111 pontos
5 - Renault - 73 pontos
6 - Toro Rosso Honda - 64 pontos
7 - Racing Point Mercedes - 64 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 35 pontos
9 - Haas Ferrari - 28 pontos
10- Williams Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO:



segunda-feira, 22 de outubro de 2018

O CANTO DO CISNE

Foto: EFE
5 anos, 7 meses e 4 dias. 2044 dias. 113 corridas. Finalmente o tabu acabou e Kimi Raikkonen voltou a vencer na F1. Bwoah!

A corrida não foi chata, como o bordão do finlandês pode dar a impressão. Pelo contrário. Foi emocionante do início ao fim. Kimi já começou a corrida na frente, quando largou melhor e foi agressivo ao deixar Hamilton para trás.

Já tradição, Vettel se precipitou de novo e bateu em Ricciardo numa tentativa de ultrapassagem. Rodou e caiu para as últimas posições. Mais uma vez, o alemão teve que remar o grid para corrigir as cagadas. O psicológico está em frangalhos.

Ricciardo parece que só serviu para esse incidente com Vettel e depois sua Red Bull apagou. É difícil acreditar que seja só coincidência que seus abandonos em massa se originaram após o anúncio da transferência para a Renault. Mesmo que não seja, o australiano parece estar preparado para o que lhe avizinha com os franceses para as próximas duas temporadas...

O VSC fez a Mercedes se atrapalhar. Seja lá por quê, a equipe chamou Hamilton para os boxes logo na volta 11. Apesar de ter voltado em terceiro, teria que fazer outra parada em uma corrida que todo mundo faria um pit stop apenas. Austin, para Lewis, se resumiu em correr contra o tempo.

Verstappen saiu de 18° para ficar em segundo, uma corrida extraordinária. Em um mundo paralelo de "ses", se largasse mais à frente poderia vencer, pois chegou a atacar Kimi em certo momento. Em outro mundo de "ses", era para Vettel vencer facilmente essa prova, não fosse mais um surto psicológico que culminou em um erro grotesco de avaliação e mais pontos perdidos no campeonato.

Até Hamilton poderia ter vencido se a Mercedes tivesse feito a segunda parada mais cedo ou mantivesse a estratégia de uma parada só. No fim das contas, apesar de Vettel fazer de tudo para que o campeonato terminasse hoje, os alemães queriam mais emoção.

Faltando cinco voltas, não se sabia qual seria o desfecho do campeonato. Hamilton tentou atacar Verstappen, mas o inglês não é bobo nem nada e recolheu antes que o pior acontecesse. O holandês, enquanto for franco-atirador, vai continuar com essa postura na disputa pelas posições. Que pilotaço! Vettel atacou Bottas que, sem pneus, espalhou e facilitou o trabalho do alemão,que apesar dos pesares ainda conseguiu ser o quarto colocado em uma corrida que dava pra vencer.

Foto: Getty Images
O piloto do dia foi Verstappen, mas o grande personagem foi Kimi Raikkonen, sem dúvidas. Fazia tempo que ele perseguia essa vitória, a primeira no retorno à Ferrari. Por mais que o finlandês seja mais decepção do que alegria nos últimos anos, é inegável ver que nessas duas temporadas mais recentes ele cresceu de produção, juntamente com o conjunto da Ferrari. É muito bom ver alguém das antigas vencendo depois de tanto tempo, é aquela sensação nostálgica que fica no ar. Afinal, quando Kimi começou, eu morava em Canoas ainda! Assim como Alonso, mas isso eu já explorei em outros textos por aqui...

Alguns números interessantes dessa vitória de Kimi Raikkonen (créditos para Fábio Ribeiro Brandão):

- Kimi torna-se o piloto que teve a maior diferença de tempo entre a primeira vitória (GP da Malásia de 2003) e a última: 5691 dias; o recordista era Michael Schumacher, com 5145 dias (GP da Bélgica 1992 - GP da China de 2006)

- Kimi agora é o finlandês com mais vitórias na categoria, ultrapassando Mika Hakkinen: agora tem 21 conquistas;

- Raikkonen agora também é o piloto que tem a maior diferença entre a primeira e a última vitória pela mesma equipe (GP da Austrália de 2007) e a de hoje: 4235 dias; o recordista era Gerhard Berger, com 3941 dias (GP do México de 1986 - GP da Alemanha de 1997, com a Benetton)

- Raikkonen agora é o piloto que tem a maior diferença entre uma vitória e outra: 113 corridas

- Kimi Raikkonen é o único piloto da era moderna a vencer com os motores V6, V8 e V10.

Outra coincidência: considerando que dificilmente Raikkonen vai conseguir alguma coisa com a Sauber nos próximos dois anos, essa pode ter sido sua última vitória na categoria. Hakkinen, em 2001, venceu pela última vez também em solo americano.

Horas depois da corrida, Esteban Ocon e Kevin Magnussen foram desclassificados por irregularidades no fluxo de combustível, nos casos de ambos os carros, acima do limite estipulado por regulamento, que é de 105 kg por corrida. Então, o que aconteceu foi o seguinte:

Bottas foi o quinto, seguido por Nico Hulkenberg (o melhor do resto), Carlos Sainz e Sérgio Pérez; Brendon Hartley e Marcus Ericsson herdaram as posições e entraram na zona de pontuação.

Na largada, Alonso foi atropelado por Stroll; o espanhol disse que não tem condições de correr com "esses pilotos", mas não descartou um retorno à F1 em 2020;

Grosjean foi outro que atropelou Leclerc e depois abandonou. Como prêmio, ganha uma renovação, enquanto Ocon vai ter que se arrastar na Williams, isso se tudo der certo. Até DNF ele ganha, que fase...

Bom, é isso. Vettel queria terminar o campeonato hoje, mas Raikkonen, Verstappen e a Mercedes não. O Iceman pode ter feito seu "canto do cisne". Fica para o México, onde Lewis depende só de um sexto lugar para festejar outra vez com mensagens do Neymar e festa do DJ Hardwell no pódio.

Até!


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

NADA A DECLARAR

Foto: Getty Images
Justo quando posso acompanhar os treinos livres, cai um temporal em Austin (como sempre) e praticamente não há sessão no dia. Apenas no final que o pessoal se arriscou a dar umas voltinhas e Hamilton sobrou nos dois treinos. Logo na primeira tentativa, marcou 1:48, um segundo e meio mais veloz que o resto. Se no seco a vantagem é gigante, na chuva então...

O que seria um fator complicador para Vettel, dada a fase do alemão, é capaz de provar que tudo que é ruim pode piorar. O alemão conseguiu ser punido por não diminuir a velocidade durante uma bandeira vermelha no TL1 e vai perder três posições de largada. A punição foi a mesma em Ocon na última corrida e o próprio alemão atrapalhou Sainz no treino classificatório da Áustria.

É pra fechar o caixão. Vettel vem cometendo uma série impressionante e inaceitável de erros pra quem é tetracampeão mundial. Ele e Arrivabene são, no momento, os caras mais pressionados da F1.

Escrito isso, é mais do que provável que teremos a consagração do terceiro pentacampeão da história da F1 nesse final de semana. Não perca!

Ah, segundo a Globo, Sérgio Sette Câmara deve ser anunciado como piloto reserva da McLaren para o ano que vem na semana do GP do Brasil. Acordo importante, mesmo que ache improvável que os britânicos substituem Sainz, o primeiro piloto, e tampouco o queridinho Lando Norris. Ainda assim, é melhor do que nada e coroa uma boa temporada na F2, apesar dos acidentes, dos azares e de alguns erros da Carlin.

Confira a classificação dos treinos livres para o GP dos Estados Unidos:






GP DOS EUA - PROGRAMAÇÃO

O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).


ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:37.766 (Ferrari, 2017)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:33.108 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 6x

NOVO RUMO

Foto: Crash.net
Stoffel Vandoorne não vai ter muito tempo para digerir a saída da F1. Hoje, o belga foi anunciado como piloto da HWE para a temporada 2018/2019 da Fórmula E. Ele será companheiro de equipe de Gary Paffett, o eterno piloto de testes da McLaren. Aliás, a HWA é representante da Mercedes e é responsável pela transição da DTM para os bólidos elétricos. O apoio legal será apenas na temporada seguinte. Agora, a HWE vai correr com o equipamento da venturi.

"A HWA é uma equipe com uma história de tanto sucesso no automobilismo. Todo mundo que eu encontrei até aqui pareceu apaixonado por corridas. Além disso, é ótimo trabalhar ao lado de alguém tão experiente quanto o Gary Paffett. Tenho certeza de que vamos nos beneficiar um do outro ao longo da temporada. Somos todos novatos nesse campeonato e não tenho dúvida de que vai ser uma curva de aprendizado íngreme. Não vai ser fácil. Meu objetivo é ser competitivo no campeonato o mais cedo possível e deixar uma boa impressão", falou.

O belga já está em Valencia, onde estão realizados testes de pré-temporada. Vandoorne terá apenas uma "folga" após o final da temporada da Fórmula 1, que encerra-se dia 25 de novembro. A Fórmula E já começa três semanas depois, no dia 15 de dezembro, na Arábia Saudita.


Ver um cara tão vencedor e talentoso nas categorias de base ser chutado tão cedo da F1 e parar logo na FE é como ver aquela promessa do seu time jogando em time pequeno tão jovem. Não é nem um empréstimo, mas sim uma reversão de expectativa. Vandoorne é uma eterna promessa? Não sei, espero que não. Enfim, que seja feliz na FE e recupere a confiança, tão abalada por essa gestão desastrosa da McLaren.

NOVO RUMO - PARTE 2

Foto: Divulgação
Sonhando com um retorno à F1 após romper com a Mercedes, Pascal Wehrlein parece ter retrocedido e preferiu algo mais concreto: a Fórmula E. Ele foi anunciado pela Mahindra, juntamente com o experiente belga Jérome D'Ambrosio. A equipe indiana substituiu os dois pilotos, que eram Nick Heidfeld e Felix Rosenqvist. O alemão, inclusive, já deu as primeiras voltas com o carro nos testes de pré-temporada da categoria em Valencia. Com o novo modelo Gen2, todos estão passando por adaptações, mas é claro que os novatos na categoria (incluindo Vandoorne e Massa) irão sofrer mais. Em 35 voltas, o alemão fez o 13° tempo.

"Fico muito feliz por fazer parte da Mahindra”, disse Wehrlein ao ser anunciado. “É uma equipe pequena, mas com grandes ambições, e eu tenho essas mesmas ambições. Quero alcançar os melhores resultados possíveis e tenho a sensação de que essa equipe é o ambiente certo para mim. Fico ansioso pela temporada”, continuou.


Bom, a Toro Rosso é o único lugar no qual o alemão poderia ser contratado, diante da ruptura com a Mercedes. Na Williams, a questão é mais complicada. Talvez o rompimento com os alemães seja o fim definitivo do sonho de Pascal em retornar à F1. Vai seguir o mesmo caminho de Vandoorne. Ocon que se cuide. Não há mais vagas na Fórmula E. Ou é Williams ou esquentar banco por um ano. É muito preocupante ver três jovens talentos sendo exilados da categoria por motivos diferentes. Sorte para Pascal e Vandoorne. A Fórmula E vai mesclando conhecidos veteranos com "eternas promessas". Sei lá, só consigo imaginar isso como um Bellator do automobilismo, ou então a MLS. No mínimo interessante.

CLASSIFICAÇÃO:

1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 331 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 264 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 207 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 196 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 173 pontos
6 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 146 pontos
7 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 53 pontos *
8 - Kevin Magnussen (Haas) - 53 pontos
9 - Nico Hulkenberg (Renault) - 53 pontos
10- Fernando Alonso (McLaren) - 50 pontos
11- Esteban Ocon (Racing Point) - 49 pontos *
12- Carlos Sainz Jr (Renault) - 39 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 31 pontos
14- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 28 pontos
15- Charles Leclerc (Sauber) - 21 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
17- Lance Stroll (Williams) - 6 pontos
18- Marcus Ericsson (Sauber) - 6 pontos
19- Brendon Harley (Toro Rosso) - 2 pontos
20- Sergey Sirotkin (Williams) - 1 ponto

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 538 pontos
2 - Ferrari - 460 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 319 pontos
4 - Renault - 92 pontos
5 - Haas Ferrari - 84 pontos
6 - McLaren Renault - 58 pontos
7 - Racing Point Force India Mercedes - 43 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 30 pontos
9 - Sauber Ferrari - 27 pontos
10- Williams Mercedes - 7 pontos

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

TRANSMISSÃO