quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

BARCELONA, DIA 6 - VETTEL BATE

Foto: Reprodução
O título é auto-explicativo.

Primeiro, Carlos Sainz colocou outra vez a McLaren no topo. Usando o pneu C4, fez 1:17.144. No entanto, segundo o relato de quem está lá, os ingleses ainda estão um pouco distantes do segundo pelotão (Alfa Romeo, Renault e Haas), apesar de o MCL34 estar se desenvolvendo visivelmente bem. As 130 voltas são um outro indicativo positivo.

Também explorando a velocidade, a Racing Point de Sérgio Pérez ficou em segundo. Sebastian Vettel, com o C3, fez o terceiro tempo. No entanto, na sessão da manhã, ele passsou reto na curva 3 e bateu na barreira de pneus. Com o carro avariado, Charles Leclerc conseguiu dar apenas uma volta de instalação no fim da tarde. Pior para o monegasco, que perde dois dias fundamentais de treinamentos em virtude de erros no SF90.

Foto: Motorsport

Confiabilidade é a palavra da vez nos testes desse ano. Raikkonen, Grosjean, Verstappen e Kvyat passaram das 100 voltas. No entanto, o destaque assombroso foi da Mercedes. Somando Bottas e Hamilton, foram incríveis 176 voltas! Ah, sem testar os pneus mais macios, apenas as atualizações do W10. Quem também segue no mesmo embalo é a Renault. Claro que os franceses estão em outro estágio, mas a evolução do bólido também é notável.

Apesar de lenta, a Williams também evolui e mostra confiabilidade. O mais difícil vai ser alcançar o resto do pelotão, o que parece improvável. Poderia ser pior: ser lento e com problemas crônicos. Ao menos não existem tantos assim.

Confira a classificação do sexto dia de pré-temporada:


Até!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

BARCELONA, DIA 5 - ATÍPICO

Foto: Getty Images
No primeiro dia da última semana da pré-temporada, alguns carros optaram pela velocidade, outras mantiveram os long runs e algumas já fizeram alguns ajustes visando a estreia na Austrália, a famosa versão B.

É importante frisar que não tem como atualizar o carro em três dias. Portanto, essas novas peças não são consequência dos testes da semana passada.

Pois bem, Lando Norris foi o mais rápido do dia com o pneu supermacio, marcando 1:17.709, apenas seis milésimos mais veloz que Pierre Gasly, da Red Bull, que fez esse tempo com o pneu macio. Entretanto, o que chama a atenção foi mais uma boa sessão de longruns sem problemas com o motor da Honda: 136 voltas.

Com alguns problemas na semana passada e finalmente utilizando a parte traseira do carro de 2019, a Racing Point de Lance Stroll optou por explorar a velocidade, anotando o terceiro tempo com o C5 em 82 voltas. Sebastian Vettel e a Ferrari optaram pelo ritmo de corrida e ficaram em quarto, com o pneu macio. Leclerc, no entanto, andou menos de 30 voltas pela manhã com um problema em sua SF90.

Toro Rosso (Albon) e Alfa Romeo (Giovinazzi) adotaram estratégias semelhantes e vieram logo na sequência, andando quase o mesmo número de voltas (103 e 99, respectivamente). A ex-Sauber é a que parece mais próxima do trio de ferro, enquanto que a satélite da Red Bull espera evoluir e experimentar cada vez mais a potência da Honda em temperaturas mais altas.

Outros bons exemplos de quilometragem hoje foram Haas (Magnussen) e, finalmente, a Williams (Russell), que utilizou o hipermacio para explorar a velocidade. Obviamente, o time de Grove fecha a fila, mas a distância não parece ser tão oceânica assim, apesar de ainda ser uma desvantagem.

A Mercedes é um capítulo a parte. A equipe estreou novas peças no W10, um carro B. Bottas teve problemas na unidade de potência e deu só sete voltas com os médios. Hamilton, na parte da tarde e com tudo solucionado, deu 83 voltas e pareceu apenas testar essas novas peças. Será que o desenvolvimento aerodinâmico dos alemães é um problema nesse início ou até a Austrália tudo estará solucionado ou não terá passado de um simples blefe?

Entre os dois, a Renault, que segue evoluindo bem. Juntos, foram incríveis 157 voltas! (80 de Hulkenberg e 77 de Ricciardo). A confiabilidade e os longruns foram a prioridade, afinal, o tempo alto e com o pneu macio denunciam isso.

Não é comum Ferrari e Mercedes falharem. Sendo tão atípico assim, não deixa de ser um alento para o resto, principalmente a Red Bull, que se mostra muito empolgada e satisfeita com o carro e o encaixe da Honda, restando apenas saber o quão potente e confiável está esse motor em temperaturas mais elevadas, clima de praticamente todas as etapas do Mundial.

Até!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

BARCELONA, DIA 4 - QUILOMETRAGEM

Foto: Getty Images
No último dia de testes da primeira semana, algumas equipes optaram pela quilometragem, enquanto outros começaram aos poucos a sentir a velocidade do carro. Utilizando o composto mais macio de todos, Nico Hulkenberg fechou o dia na liderança e fez o melhor tempo até aqui. Com o composto mais macio e provavelmente mais leve, é bom frisar.

Alexander Albon fez o segundo tempo com a Toro Rosso e Ricciardo fechou em terceiro, todos com o pneu C5. O tailandês conseguiu andar 136 voltas. Finalmente a Mercedes resolveu sair do casulo e andou mais rápido. No entanto, pareciam estar pesados. Bottas foi o quarto e Hamilton ficou em quinto, utilizando o pneu C4. A própria cúpula alemã admite que neste momento eles estão inferiores a Ferrari. Jogo de cena ou realmente vai acontecer uma remobilização a partir da semana que vem?

Diferente dos outros dias, a Ferrari optou pelos long runs. Leclerc andou 138 voltas e fez o sexto tempo com o C3. A impressão geral é que a Ferrari está alguns passos acima dos demais e um pouco superior a Mercedes.

Lando Norris também utilizou o pneu C4 para fazer o sétimo tempo, mas as 132 voltas indicam que o foco da McLaren foi a confiabilidade e o ritmo de corrida no MCL35. A dupla Grosjean e Magnussen seguiu o mesmo caminho, assim como Giovinazzi (Alfa Romeo) e Gasly (Red Bull). Apesar da injeção financeira, a Racing Point faz um começo tímido e com vários contratempos. No entanto, historicamente o organizado ex-time indiano cresce com o decorrer da temporada. Stroll sequer usou os compostos mais macios.

A Williams conseguiu dar algumas voltas com seus dois pilotos, mas  há muito trabalho a fazer. George Russell e Robert Kubica fecharam os testes.

A Renault apresentou problemas no início mas está mostrando evolução. Me parece não ser o suficiente para encostar nas três gigantes e ainda periga estar perdendo espaço para a ascensão da boa Alfa Romeo. Na frente, a Ferrari parece estar melhor, mas ainda há testes na semana que vem e muito trabalho a ser realizado até a estreia, na Austrália. Quem parece que não vai sair do lugar é a Williams, cada vez mais afundada na lanterna. A confiabilidade da Honda é um grande aspecto, resta saber como os motores nipônicos irão se portar em temperaturas maiores.

Até!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

BARCELONA, DIA 3 - AS MANCHETES!

Foto: Getty Images
Aos poucos as equipes começam a explorar os limites de velocidade dos carros. Com a confiabilidade ok para todos nesse primeiro momento, agora é hora de acelerar um pouco mais.

Com pneus macios, temperatura maior e tanque vazio, Daniil Kvyat fez o melhor tempo do dia: 1:17.704. Mais do que isso, a Honda comemora incríveis 137 voltas sem nenhum problema. Juntando com as 109 voltas de Verstappen, quinto colocado, são 246 voltas em um dia só! Ainda não sabemos em que estágio está a potência dos nipônicos e nem como esse motor vai se comportar em temperaturas mais elevadas, mas isso é um sinal de que houve um mínimo avanço, e isso é satisfatório.

Apenas 60 milésimos veio a Alfa Romeo de Kimi Raikkonen, com 138 voltas completadas. A Alfa parece ser a quarta força atual. Sim, ao menos até aqui. Com toda a estrutura da Ferrari mais os dois pilotos da Academia (um ex-campeão e o outro "novato"), os italianos (?) podem continuar o salto de qualidade que iniciaram ano passado.

Depois de dois dias com alguns problemas, a Renault começou a dar mostras de seu potencial. Pela parte da tarde, Daniel Ricciardo deu 80 voltas e foi o terceiro, enquanto Nico Hulkenberg andou de manhã e foi o sexto. Líder dos dois primeiros dias, a Ferrari manteve a velocidade mas dessa vez se preocupou com os long runs. Sebastian Vettel foi o quarto e completou 134 voltas.

Também pela manhã, Pietro Fittipaldi deu quase 50 voltas e foi o oitavo, apenas dois décimos mais lento que o titular Romain Grosjean, que ficou com o carro depois do almoço. Apesar de ter andado mais, o francês teve alguns problemas eletrônicas e será o responsável por guiar o bólido americano o dia todo. Pietro está mostrando uma boa evolução e foi elogiado publicamente pelo chefe Gunther Steiner.

Foto: Getty Images
Se antes a McLaren preferiu o destaque das primeiras posições com pneus macios, dessa vez Sainz ficou em nono, priorizando o ritmo de corrida com um MCL35 que busca solucionar os problemas de chassi das últimas temporadas. A Racing Point, turbinada com os milhões da família Stroll, começa o ano bem comedida. No entanto, diante da competência em produzir muito com tão pouco, é provável que tudo esteja correndo bem. Pérez foi o décimo. Fechando o grid, a Mercedes. De campeã à rabeira?

Claro que não. Os alemães sempre usam os primeiros dias para fazer um amplo teste de funcionamento do bólido. Velocidade? Só na semana que vem. Os alemães parecem tranquilos, apesar de aparentemente preocupados com a precoce demonstração de força da Ferrari.

Esqueci da Williams. George Russell deu 23 voltas na parte da tarde e ficou uns 5 segundos atrás do pessoal. O time de Grove usando os testes como shakedown, basicamente. Velocidade? Potência? Confiabilidade? Isso só vai ser plenamente testado na Austrália mesmo, com muito atraso, dúvidas e preocupações. O FW42 já nasce sem grandes expectativas e o futuro não parece muito promissor. Será que Kubica terá a capacidade de outrora para ajudar o jovem campeão da F2 do ano passado a reestruturar aos poucos uma equipe que já foi sinônimo de organização e vitórias?

Amanhã (ou daqui a pouco) começa o último dia de testes dessa semana. Até mais!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

BARCELONA, DIA 2 - NADA MUDOU

Foto: Getty Images
No segundo dia de testes em Barcelona, mudaram apenas alguns pilotos. Na Ferrari, por exemplo, Charles Leclerc fez sua estreia sendo o mais rápido da sessão, fazendo 1:18.247 com os pneus macios (amarelos), andando 157 voltas.

Em segundo, outra McLaren e outra estreia. Lando Norris voou no fim para fazer o segundo tempo (1:18.553, pneu supermacio) e boas 104 voltas com o novo MCL35. Para quem mal andou nos últimos anos com a Honda o início é promissor, mas muita calma nessa hora.

Magnussen fez o terceiro tempo com os pneus macios, seguido pelo estreante Alexander Albon e sua Toro Rosso Honda que andou incríveis 132 voltas sem maiores problemas. O tailandês chegou a rodar algumas vezes mas faz parte do processo, afinal foi sua primeira experiência com um carro de Fórmula 1 de forma oficial.

Giovinazzi foi o quinto (supermacios), seguido por Bottas, Pierre Gasly (que chegou a bater) e a dupla da Renault. Na parte da tarde, Ricciardo teve um problema com a asa traseira, que arrebentou e fez o australiano rodar e perder o resto da sessão. Atrás dos franceses, Lewis Hamilton. Outra vez, Renault e Mercedes parecem preocupados em checar o funcionamento do carro ao invés da verdadeira velocidade dos novos bólidos.

Stroll, estreando na Racing Point, ficou com o penúltimo tempo. A grande novidade do dia foi a estreia de Pietro Fittipaldi na Haas. O brasileiro, que é piloto reserva, deu 13 voltas e ficou com o último tempo. Marca importante para Pietro, que volta a pista amanhã, dividindo o carro com Magnussen.

A Ferrari não está somente mais leve. Não faz sentido. O carro parece ser bom. O melhor? Calma, é muito cedo. O que deu para perceber é que os conceitos aerodinâmicos dos italianos são distintos ao W10 dos alemães, que ainda não se preocupou em acelerar para valer. A Honda vem sobrevivendo bem neste início. A temporada de experiência com a Toro Rosso ano passado pode estar fazendo diferença. Agora, falta o mais importante: potência, além de mais provas de confiabilidade, principalmente em etapas com temperaturas mais elevadas que os testes de inverno na Europa.

A Renault começa com alguns infortúnios, mas a principal preocupação é a Williams, que só deve estrear nos testes durante a tarde, bem mais atrasada que as demais tanto nos tempos quanto na montagem. São quilometragens que vão fazer muita falta para quem almeja parar de fechar o grid.

Aguardamos os próximos dias.

Até!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

BARCELONA, DIA 1 - FERRARI NA PONTA

Foto: Divulgação
Finalmente começaram os primeiros testes da Fórmula 1, conhecidos por não significarem muita coisa, apenas para que os fãs matem a saudade, as equipes comecem a testar os novos equipamentos e também para que nós possamos nos (re)acostumar com novas cores e designs de alguns carros.

Às vésperas do início da sessão, a Alfa Romeo e a Red Bull apresentam suas cores originais para a temporada. O resultado? Mais do mesmo. A equipe satélite da Ferrari manteve o mesmo modelo do ano passado, apenas com o logo um pouco maior.

Foto: Divulgação
A Red Bull, por sua vez, é a mesma de sempre.

Foto: Divulgação
O treino teve apenas alguns incidentes, como a rodada de Kimi Raikkonen e rápidos infortúnios com a Haas de Grosjean (problemas na pressão de combustível) e a McLaren de Carlos Sainz.

De resto, podemos destacar que a Ferrari foi a mais rápida do dia com alguma vantagem em relação aos demais. Vettel foi o mais veloz e andou incríveis 169 voltas durante o dia, mostrando que o SF90 está suportando bem esses primeiros momentos na confiabilidade. O alemão fez esse tempo com o pneu C3 (o famoso macio, de linha amarela).

Carlos Sainz colocou a McLaren em segundo. No entanto, o tempo foi marcado com o pneu C4 (o supermacio ou algo do tipo, o segundo mais macio que a Pirelli disponibilixa). Não dá para ter muita consideração sobre, apenas testar as mudanças aerodinâmicas do MCL35.

Grosjean com a Haas conseguiu um bom terceiro tempo. A grande notícia do dia foi o primeiro teste oficial da Red Bull com a Honda, cercada de expectativas e desconfianças. Surpreendendo muita gente, a confiabilidade do conjunto nesse primeiro dia foi positivo. Max Verstappen conseguiu andar boas 128 voltas e terminou em quarto. Kimi Raikkonen foi o quinto com a promissora Alfa Romeo C38, seguido pela Toro Rosso de Daniil Kvyat. Pérez foi o sétimo, mas chamou a atenção porque a Racing Point andou apenas 30 voltas sem aparentar algum problema, a própria equipe não comunicou algo.

Fechando os tempos, Renault e Mercedes optaram por utilizar os dois pilotos, cada um em cada turno. Usando os compostos mais duros, Bottas e Hamilton andaram juntos 160 voltas, enquanto as Renault de Hulkenberg e Ricciardo. O alemão estranhou um pouco o novo R.S.14, mas já vimos que as duas equipes estão mais preocupadas em se certificar se as coisas estão em ordem para depois explorar a velocidade dos novos carros. Muita calma nessa hora.

Foto: Divulgação
A Williams anunciou que vai ficar de fora também da próxima sessão de treinos, que começa daqui a pouco. Talvez participem dos dois últimos dias. Para quem fez uma temporada vexatória, perder dois dias de testes fundamentais é praticamente estar condenada a rabeira do grid mais uma vez. Equipe Rokit decolando de novo...

Até!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

GIGANTES EM MOMENTOS OPOSTOS

Foto: McLaren
Queria começar o texto chamando a McLaren de "ex-grande", mas isso seria contraditório com o título do texto. Agora não sei como começar. Pois bem, ingleses mantiveram o laranja e acrescentaram um pouco mais de azul no MCL35.

A beleza do carro é a única coisa boa do time nesses últimos anos. Para tentar mudar essa situação em 2019, Peter Prodromou resolveu dividir as funções com outros importantes membros da McLaren, como Andrea Stella, o recém-contratado Pat Fry e o futuro contratado James Key. Assim, o time de Woking almeja voltar, aos poucos, ao protagonismo de outrora.

O carro é bonito. Comparado com o resto, é um dos mais, sem dúvida. O problema vai ser aparecer com frequência na transmissão lá na frente. Sainz é superestimado assim como Lando Norris, que na F2 fracassou e terminou em terceiro. Tem dinheiro e costas quentes, isso é o suficiente. Mais um ano desafiador para a McLaren, que pode ter no anúncio do carro o grande momento de esperança na temporada.

Foto: Divulgação
Não tem como mexer na Ferrari. No entanto, os italianos adotaram um carro mais "rubro-negro", talvez para disfarçar o patrocínio da Philip Morris e a proibição das tabagistas. O SF90 vai tentar quebrar o jejum de 12 anos sem título dos italianos. No evento oficial, a iluminação deixava o carro meio laranja, um vermelho alaranjado, algo assim... parece feio, mas nessa imagem de divulgação eu achei bonito. Estou confuso.

Sem o fiel escudeiro Kimi Raikkonen, a Ferrari cumpre a palavra do falecido Marchionne e coloca um monegasco faminto pelo sucesso, alguém que certamente vai evitar ao máximo ser apenas mais um trabalhando em prol de Sebastian Vettel, até porque o alemão não fez nas últimas temporadas um desempenho que mereça tal regalia. A disputa de um tetracampeão fortemente pressionado e contra a parede diante de um dos maiores talentos que surgiam na F1 na última década é um dos grandes atrativos dessa temporada. Quem ganha: nós, o público, ou a Ferrari? É improvável que seja os dois, mas não se pode duvidar de nada...

A Ferrari rubro-negra e a McLaren laranja papaia com toque azul piscina, juntamente com a Mercedes, são os bólidos mais bonitos até aqui, onde a beleza e a criatividade passaram longe. No aguardo das equipes restantes.

Até!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

SEM NOVIDADES - PARTE 2

Foto: Divulgação
Na terça-feira, só a Renault apresentou o carro, que na verdade é igual o do ano passado. Então, decidi esperar pelo dia seguinte, que estaria cheio de anúncios e esperança de modificações.

Foto: Divulgação
A Mercedes apresentou o W10 e ele está mais cinza, remetendo aos primeiros modelos da montadora no início da década. Um carro elegante e mais limpo, muito bonito mesmo. Claro que carro vencedor já é bonito por natureza, mas esse é assim mesmo se fracassar, o que é improvável. As flechas de prata também aproveitaram para realizar o primeiro shakedown da temporada.

Foto: Divulgação
A agora Racing Point também não mudou muito, a não ser uma pequena camada de azul e uns detalhes em branco, além do novo nome: Sport Pesa Racing Point Team. Que coisa horrível. O nome. O carro até que não é feio e nem bonito, muito pelo contrário. Parece Guaraná Jesus, Babbaloo ou 7 Belo.

Foto: Reprodução
A Red Bull sempre faz carros com design diferente para a pré-temporada e depois volta ao normal quando a temporada começa. Esse monte de risco certamente é para tentar esconder as novidades aerodinâmicas promovidas pelo novo regulamento, de onde a equipe aposta que Newey e o motor Honda (?) possam ser responsáveis pelo pulo do gato. A equipe taurina também já fez o shakedown.

Se os carros são os mesmos, o shakedown é um tópico interessante para se abordar. Cada equipe pode rodar 100 km para testar os componentes do carro e fazer takes comerciais, mas usando pneus Pirelli de demonstração, ou seja, nada semelhantes com os da atual temporada.

Renault e Williams, por exemplo, já sinalizaram que não irão conseguir fazer isso. O processo é importante para ver se os equipamentos estão em ordem e evitar imprevistos nos testes que começam na próxima segunda-feira, em Barcelona. Ou seja: os dois estão atrasados no desenvolvimento. É o preço que se paga por ser uma equipe pobre (Williams) e pelas mudanças do regulamento serem feitas de última hora (Renault). A Mercedes, por exemplo, trabalha no W10 há 16 meses. Há bem menos chances de dar errado do que em relação aos demais. Isso explica o domínio dos alemães.

Amanhã é o dia da McLaren, sempre misteriosa e repleta de expectativas sobre a cor de seus bólidos. Atualmente, esse é o único grande momento da temporada dessa equipe de Woking. Aguardemos.

Até!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

SEM NOVIDADES

Foto: Divulgação
"Trabalhando" durante a madrugada na publicação de um projeto (em breve! "me perguntem o quê é?") até agora, acabei esquecendo do post de hoje, que está saindo na calada da manhã.

Na verdade é um paradoxo porque não há nada novo, tampouco uma produção histórica, um quadro. Essa Toro Rosso aí, é desse ano ou do ano passado? Dos dois. É isso aí o STR14. Não é feio, pelo contrário, mas é igual, não faz diferença nenhuma.

Foto: Reprodução
E a Williams? Sem Martini e o dinheiro dos Stroll, o ano vai ser difícil. Bom, o time de Claire tenta reparar isso com a chegada de Kubica e do novo patrocinador, a tal da ROKiT (empresa chinesa de smartphones). Sem o patrocínio da mítica marca de bebidas, os ingleses tiveram que mudar o layout, ou nem tanto.

Tirando os detalhes característicos da Martini e o logo da empresa chinesa, fica a impressão que a Williams está tão pobre que não teve dinheiro pra terminar a pintura azul que começou, deixando aquele branco no resto. Bisonho. Espero eu que isso seja obra de pré-temporada apenas. Em todo o caso, é cara de carro que vai fechar o grid e isso diz tudo o que virou a Williams, de subserviente do petróleo venezuelano até virar capacho e levar pé na bunda de um riquinho canadense.

Sono ou mal humor? Tá mais pra primeira opção. Aguardo carros bonitos e minimamente diferentes dos que foram apresentados até agora.

Até!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

DE CARA NOVA?

Foto: Reprodução
Aos poucos a Fórmula 1 volta a rotina. Chegamos ao momento onde as equipes anunciam os carros da temporada. Algumas fazem mistério e lançam uma pintura provisória para divulgar somente na Austrália, na abertura da temporada. Algumas não mudam muito, outras, pelo contrário, mudam radicalmente.

É o caso da Haas. Agora patrocinado pela Rich Energy (empresa de energéticos), a equipe anunciou que agora começa uma "Nova Era". O VF-19 vem preto e dourado para combinar com o novo patrocínio. É claro que a primeira lembrança é a icônica Lotus de Ronnie Peterson, Emerson Fitipaldi, Mario Andretti, Ayrton Senna, entre outros. 

A própria Haas, que mantém Magnussen e Grosjean de titulares, admitiu que a troca de cores era justamente para imitar a antiga Lotus, que chegou a voltar para o circo no início da década, obviamente sem ligações com a antiga administração de Colin Chapman.

Coincidência ou não, o neto de Emmo é o piloto reserva da equipe, o suficiente para o saudosismo nacional criar ligações e relembrar a época de ouro do automobilismo nacional na F1.

Sendo sincero, o carro é bonito. No entanto, uma pintura que remete a Lotus acaba com a identidade própria que uma equipe precisa construir para ser relevante. É evidente que ao olhar para esse carro nos lembraremos da Lotus ao invés de nos referirmos a "Haas".

Foto: Reprodução
A Haas foi a primeira e na próxima semana o restante das equipes vão apresentar seus novos carros. A McLaren faz gracinhas para no final ser um carro sem graça, que deixe o laranja papaia. Ferrari é sempre igual, a Mercedes também tá se insinuando, a Red Bull com a Honda dizem que vai ficar mais branco, Williams sem Martini, a agora Alfa Romeo... Muitas dúvidas que só serão respondidas agora ou efetivamente na semana do GP da Austrália. Confira a programação para não perder nada:

11 de fevereiro - Toro Rosso e Williams
12 de fevereiro - Renault
13 de fevereiro - Red Bull, Mercedes e Racing Point
14 de fevereiro - McLaren
15 de fevereiro - Ferrari
18 de fevereiro - Alfa Romeo

Gostaram da pintura da Haas?

Até!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

O REINÍCIO E O FIM

Bruno Giacomelli, Alfa Romeo 179, de 1980. Foto: LAT Images
Fala, galera!

Na semana passada, foi anunciado que a Sauber Alfa Romeo F1 se tornou a Alfa Romeo Racing, administrada pela Sauber Motorsport.

Ou seja, o que isso significa? Que a equipe será chamada de Alfa Romeo e que a Sauber está deixando a F1, onde esteve desde 1993. De 2006 até 2010 a Sauber foi comprada pela BMW, mas o sobrenome continuava ali. Agora, não mais.

A mudança de nomenclatura não muda profissionais. Pelo contrário, até faz sentido porque desde o ano passado a Ferrari mandou várias pessoas para a ex-Sauber, como por exemplo Simone Resta.

Também na prática, a Ferrari oficializa sua terceira equipe na F1. A Haas já é satélite e agora a Alfa Romeo vira de fato a "Ferrari B", o que já era antes com o nome Sauber, tanto hoje quanto no passado, na parceria com a antiga Sauber Petronas no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000.

Sendo satélite e auxiliada pela Ferrari, a agora Alfa Romeo terá dinheiro e estrutura pra se desenvolver. No ano passado já houve uma evolução, também graças a Leclerc. Agora, a tendência é que as coisas melhorem cada vez mais, com a experiência de Kimi Raikkonen e a qualidade do jovem Antonio Giovinazzi.

No entanto, se a Ferrari largar o brinquedo, não me parece que Peter Sauber possa salvar sua equipe outra vez, assim como quando a BMW largou o negócio em 2010. Caso esse receio se confirme, a possibilidade da F1 perder mais um time é enorme.

Relembrando a história da Alfa Romeo: a empresa criada em 1910 foi a primeira a vencer na Fórmula 1, no longínquo GP da Inglaterra em 1950. O time conquistou o bicampeonato com Juan Manuel Fangio e se retirou da categoria.

O retorno se deu em 1962 como fornecedora de motores de equipes como McLaren, March, LDS e Coopero até 1978,  Sem apresentar bons resultados. Em 1979, volta a ser equipe, mas nem de longe conseguiu repetir os resultados dos anos 1950. O único pódio foi o terceiro lugar no GP da Itália de 1984, com Riccardo Patrese. Nos dois últimos anos da Alfa Romeo, ela foi patrocinada pela Benetton, que virou equipe em 1986.

A Alfa Romeo seguiu como construtor até 1988, quando tentou ajudar a Osella, que chegou a desenvolver e ser o nome do motor, mas também foi um grande fracasso.

Em 2016, escrevi sobre a história de Peter Sauber, que se confunde com a própria equipe, quando ele se retirou do comando da escuderia. Relembre:

PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3

Até!