terça-feira, 19 de dezembro de 2017

FIQUE DE OLHO: LANDO NORRIS

Foto: This Is F1
Olá! O texto de hoje será sobre um jovem piloto reserva da McLaren que vem impressionando a todos com suas performances em outras categorias e também na F1 e tem tudo para ser um dos grandes astros da categoria num futuro próximo: trata-se de Lando Norris, de apenas 18 anos.

Nascido em Bristol no dia 13 de novembro de 1999 (!), o jovem Lando começou a andar de kart aos sete anos. Logo em sua estreia em um grande evento nacional, acabou marcando a pole position. Em 2013, aos 14 anos, foi o campeão do Campeonato Mundial de Kart, no Bahrein.


No ano seguinte, estreou na Ginetta Junior Championship, categoria de acesso a BTCC (campeonato de carros de Turismo do Reino Unido), onde acabou em terceiro na classificação geral e vencedor como Novato do Ano logo em seu primeiro ano fora do kart. Em 2015, Norris assinou contrato com a Carlin para correr na então nova MSA Formula Series, onde foi campeão com impressionantes oito vitórias, dez poles e 15 pódios em 30 corridas. Ele também correu em algumas oportunidades na Fórmula 4 alemã (8 corridas, 1 vitória e 6 pódios) e italiana ( 9 corridas e 1 pódio) pela equipe Mücke Motorsport. 

Campeão da MSA Formula Series em 2015. Foto: FIA Fórmula 4
Em 2016, Norris começou o ano correndo pela M2 Competition na Toyota Racing Series, na Nova Zelândia. Foi campeão com seis vitórias, inclusive no badalado GP da Nova Zelândia, na corrida 3. Lando também participou da Fórmula Renault 2.0 Europeia e NEC Series pela Josef Kaufmann Racing, onde acabou campeão nas duas, com seis vitórias e 11 pódios. Além disso, Norris participou de algumas corridas da Fórmula 3 Britânica, onde venceu quatro corridas em 11 disputadas e terminou em oitavo. Para coroar a temporada, o britânico participou da última etapa da Fórmula 3 Europeia e do conceituado GP de Macau, onde foi o décimo primeiro  com a Carlin.

Com um currículo tão grande em pouco tempo de carreira, era natural chamar a atenção das grandes equipes. Em fevereiro desse ano, Lando foi contratado pela McLaren para ser piloto de sua academia. Nesse ano, correndo pela Carlin desde o início na Fórmula 3 Europeia, Lando Norris sagrou-se campeão com nove vitórias, oito poles e incríveis 20 pódios em 30 corridas. Lando também correu as últimas duas corridas da F2 pela Campos Racing e ficou em segundo no GP de Macau.

Campeão da World Series em 2016. Foto: The Chequered Flag
Para o ano que vem, estava previsto que o britânico corresse pela Prema na F2, a melhor equipe da base. Entretanto, o acordo foi vetado nada mais nada menos do que por Lawrence Stroll, acionista da equipe. Natural que o papai cortasse as asas de quem mostra genuíno talento para não ameaçar os caminhos do filho Lance. Bom, acontece que agora Lando é apadrinhado da McLaren, que lhe arranjou um lugar na Carlin e terá o brasileiro Sérgio Sette Câmara como companheiro de equipe.

O que chamou a atenção da F1 foi que, durante testes de inverno na Hungria, o jovem Lando foi um dos mais rápidos da pista, superando inclusive Stoffel Vandoorne, piloto da equipe de Woking.

Se o garoto continuar conquistando títulos e confirmando as expectativas que foram depositadas depois de vencer quase tudo na base e ter a McLaren como forte apoiadora, é questão de tempo para que o britânico chegue à F1. “Basta” vencer a F2, onde desde já é um dos favoritos, e torcer para a sorte e para o timing. Vai que Alonso se irrite de vez e a parceria com a Renault resulte em fracasso ou Vandoorne sucumba a pressão em sua segunda temporada?

Lando impressionou nos testes pela McLaren na Hungria, em junho. Foto: XP8 Images

Bom, fatalmente Lando chegará a F1 se nada der errado. A questão é quando. Fique de olho. O menino é uma promessa e se você piscar, lá estará ele alinhando no grid com a McLaren em um futuro nada distante.

Até!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

ANÁLISE FINAL DA TEMPORADA 2017 - Parte 2

Foto: Getty Images
Fala, galera! Segunda e última parte da análise final da temporada 2017 da F1. Agora, vamos ver como foi o ano das equipes restantes: Renault, Toro Rosso, Haas, McLaren e Sauber.

RENAULT

Foto: Motorsport
Nico Hulkenberg: Nota 7,5

Hulk tem sido mais do mesmo: acumulador de pontos. Estreando em um carro inferior ao que estava, chegou a capengar em alguns momentos e praticamente conduziu sozinho a equipe francesa durante os construtores até a chegada de Sainz nas etapas finais. Será um embate interessante entre a juventude espanhola e a experiência alemã em um ambiente francês. A essa altura da carreira, a única coisa que Nico sonha é com um pódio na categoria. Até Stroll conseguiu logo na estreia... seria uma grande sacanagem do destino sair da F1 assim depois de tanto tempo na categoria. Um novo Nick Heidfeld.

Jolyon Palmer: Nota 5,5

Fazia hora extra na F1 nesse ano. Entretanto, sempre fico mal quando um piloto é desligado da equipe antes do final da temporada. Palmer conseguiu essa proeza depois de apenas pontuar em Cingapura e sendo inútil aos franceses na disputa direta com a Toro Rosso pelo sexto lugar nos construtores. Sempre mais lento que Hulk (perdendo em todos os treinos) e cometendo inúmeros erros, claramente se mostrou insuficiente para estar na F1. Que seja feliz em outras categorias.

TORO ROSSO
Foto: Getty Images
Carlos Sainz: Nota 7,5 (correu pela Renault as quatro etapas finais)

Um piloto em constante evolução, entregando o máximo que pôde com uma Toro Rosso que sofre há anos com a falta de melhorias do carro durante o decorrer do ano. Diante de uma forte concorrência na Red Bull, bateu o pé e conseguiu ser emprestado para a Renault ainda esse ano, onde terá um grande duelo contra Hulkenberg. Para a equipe satélite dos taurinos, resta a dúvida: o que será deles com dois pilotos inexperientes e com o fraquíssimo motor Honda? Oremos, já dizia Cláudio Cabral.

Daniil Kvyat – Nota 5

Em dois anos a carreira do russo foi do topo para o pré-sal. As atuações lamentáveis continuaram e não restou outra alternativa para Helmut Marko a não ser demiti-lo por duas oportunidades, agora definitivamente. Confesso que é uma coisa que me intriga até hoje o que aconteceu nesse meio tempo: uma queda técnica, psicológica, as duas. As respostas parecem ao mesmo tempo óbvias e misteriosas. Bom, o melhor para a mente desse jovem russo é respirar outros ares, porque a F1 detonou com seu psicológico.

Pierre Gasly e Brendon Hartley – Sem nota. Disputaram poucas corridas para ser feita uma mínima avaliação.

HAAS

Foto: Essaar
Romain Grosjean – Nota 6,5

O segundo ano da Haas na F1 seria naturalmente complicado. Ainda sem a verba da FIA e com o crescimento das concorrentes, restou superar apenas a McLaren e a Sauber. Depois de um início espetacular na equipe ano passado, Grosjean caiu bruscamente de rendimento. Com um problema aparentemente “incorrigível” nos freios desde então, o francês sofre para conseguir bons resultados. Ainda assim, fez mais pontos que o estreante no time Kevin Magnussen. O francês é um dos raros exemplos atuais da categoria de um piloto mediano que se mantém no circo sem precisar de um forte apoiador, e assim será, batendo, reclamando dos freios e conseguindo raras boas corridas pela frente.

Kevin Magnussen – Nota 6

Ficou mais em evidência por mandar o Hulkenberg o chupar do que qualquer outra coisa. Erros e acidentes evitáveis. Para um piloto que pintou tão bem e cheio de cartaz na McLaren, não foi nada bem. É até compreensível, sendo novo na equipe. Entretanto, não vai confirmar o status de promessa que tinha até quatro anos. Tanto ele quanto Grosjean precisam fazer mais para se manter na Haas nos próximos anos, até porque a Ferrari não vai hesitar em colocar Giovinazzi ou outro piloto da academia da Ferrari.

McLAREN

Foto: Red Bull
Fernando Alonso – Nota 7

Com um motor Honda lamentável, Alonso começou seu plano de conquistar as três principais provas do automobilismo.Foi bem na Indy 500, mas acabou sendo novamente traído pelo motor nipônico. Na F1, sem muito o que fazer, tentou pontuar nas corridas que a McLaren poderia se dar melhor: nos circuitos travados. Entretanto, é inegável admitir que os japoneses evoluíram minimamente seus motores, permitindo bons pontos no Brasil e em Abu Dhabi. O chassi do carro é excelente e evoluiu bastante também, provando que “apenas” falta um motor minimamente competitivo para brigar por melhores posições e até pódios, quem sabe. Com uma nova injeção de ânimo, é a última cartada da Fênix para buscar o tão sonhado (e mais distante do que nunca) tricampeonato.

Stoffel Vandoorne – Nota 7

Tiveram a audácia de criticá-lo na primeira metade do ano, com carro horrível. Já estavam dizendo que era só uma promessa que não ia dar em nada. Tenham um pouco de paciência. Vandoorne melhorou demais no segundo semestre e só foi ultrapassado por Alonso na pontuação na corrida de São Paulo. Diante de um companheiro de equipe tão competitivo e faminto por novas glórias, o desafio do belga ano que vem é se manter próximo de Alonso, com uma provável McLaren mais estruturada, que tenha mais condições de brigar pelo top 10 sem os inúmeros problemas de potência da ex-parceira Honda.

SAUBER

Foto: Motorsport
Pascal Wehrlein – Nota 7

Um ambiente competitivo e cercado de egos, dinheiro e interesses com certeza não é um mundo justo. Pascal sabe bem disso. Em um ano, vai de especulado à Mercedes a chutado da F1. Se pontuar com a Manor e a Sauber não bastam, o que será suficiente para mantê-lo em uma equipe? Ser saco de pancadas? Aí é que entra os interesses e o dinheiro, além da falta de carros. Pascal talvez não seja um superpiloto, mas com toda a certeza ele deveria estar entre os 20. Uma grande injustiça, uma ausência difícil de engolir e que espero que seja corrigida imediatamente.

Marcus Ericsson – Nota 5

Foda-se o resultado, o que vale é ter o patrocinador como (ainda) dono da agora Alfa Romeo Sauber. O bom é que fica a impressão de que será o último ano do sueco, pois a Ferrari deve assumir aos poucos todo o controle da equipe suíça outra vez. Nada pessoa, mas alguém que perdeu para todos os companheiros de equipe em 2014 simplesmente não deveria estar na F1. Ericsson é apenas insuficiente, não bate nem comete tantos erros. É sem sal, sem graça, nem é notado na transmissão. Entretanto, tudo isso será coroado com mais um ano sendo sem sal, sem graça... O bom é que, ao que tudo indica, será a última vez.

Bom, esses foram os meus dois centavos sobre o que aconteceu na F1 nesse ano. Nas próximas semanas teremos outros materiais até o fim do ano. Grande abraço!

Até!


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

ANÁLISE FINAL DA TEMPORADA 2017 - Parte 1

Foto: Getty Images
Com o fim da temporada, chegou o tradicional momento de avaliarmos como foram as equipes e os pilotos.  Nessa primeira parte, começo com as cinco primeiras equipes colocadas no Mundial: Mercedes, Ferrari, Red Bull, Force India e Williams.

MERCEDES

Foto: Autoweek
Lewis Hamilton: Nota 10

Foi a temporada mais cerebral do mais novo tetracampeão da praça. Ainda com a velocidade constante, Hamilton soube administrar melhor os momentos de dificuldade com sua Mercedes do que em relação a outros anos, onde foi campeão (ou não, vide 2007 e ano passado). A primeira metade do ano foi complicada, com alguns problemas de temperatura de pneus e a ascensão inesperada da Ferrari. Entretanto, a segunda metade foi soberba, com poles, vitórias, recordes e a prova de que Lewis soube administrar os momentos de dificuldade, como na Malásia. A temporada mais completa de Lewis, que vem em busca do penta cada vez mais maduro e preparado para lidar com os contratempos que aparecem.

Valtteri Bottas: Nota 8,5

Primeira metade surpreendente. Segunda metade surpreendente também, mas de forma negativa. O finlandês contratado às pressas após a aposentadoria repentina de Nico Rosberg conseguiu fazer mais do que eu imaginava no início do campeonato. Duas poles e duas vitórias, além de andar perto de Hamilton. Um começo promissor, dada as circunstâncias. Entretanto, enquanto Lewis cresceu na reta final, Valtteri decaiu bastante, levando quase cinco décimos do companheiro e incapaz de andar na frente de Vettel na maioria das oportunidades. Confesso que esperava que ele andasse assim o ano todo. O #77 começa o ano mais pressionado do que nunca. Com contrato até o fim da temporada, não faltam alternativas para lhe substituir caso os resultados não apareçam. É bom o Bottas da primeira parte do campeonato voltar. Do contrário, a Williams está de braços abertos outra vez.

FERRARI

Foto: F1 Technical
Sebastian Vettel:  Nota 9

Em termos de pilotagem, talvez tenha sido também a melhor temporada de Vettel, digna de um tetracampeão. Entretanto, o descontrole emocional e erros da equipe na reta final acabaram lhe custando a briga pelo penta no fim do campeonato. Seb fez o que pode. Liderou o campeonato até setembro. Depois, com a evolução da Mercedes, involução da Ferrari e as falhas de confiabilidade, ficou difícil. Depois de um 2016 difícil, o #5 voltou a extrair o máximo que poderia da Ferrari. Fica a esperança para que os italianos sigam evoluindo para o ano que vem. Agora, o desafio é fazer com que o grupo de engenheiros italianos melhore o projeto que começou nas mãos de James Allison, hoje na rival Mercedes.

Kimi Raikkonen: Nota 7,5

Já faz um bom tempo que Raikkonen não deveria estar na F1, ou ao menos em uma equipe grande. Ele claramente não entrega resultados e está sempre aquém do que o carro pode oferecer. Bom, apesar de ser meio contraditório, a verdade é que Kimi até que foi melhor do que em relação ao ano passado, obviamente porque o carro é melhor também. Poderia ter vencido duas corridas: Mônaco (onde foi pole) e Hungria, mas teve que se contentar com o segundo lugar porque a prioridade é Vettel, o que é lógico e compreensível a essa altura da carreira. Nada parece fazer diferença para Raikkonen. Como cada ano que passa eu escrevo que o próximo ano será o seu último, veremos se a Ferrari irá sair da zona de conforto e irá investir em alguém que também tem condições de vencer corridas. O problema é se Vettel irá gostar disso. Bom, o modus operandi dos italianos justificam a quinta temporada de Kimi nesse seu retorno à Ferrari, e se não for ele será outro segundão inexpressivo...

RED BULL

Foto: Red Bull
Daniel Ricciardo: Nota 8

O sorridente australiano é um acumulador de pontos. Não desperdiça nenhuma oportunidade. Foi assim que venceu em Baku. Se na primeira metade ele aplicou uma verdadeira surra em Max na pontuação, a segunda metade foi diferente. O feitiço virou contra o feiticeiro. Sofrendo com a confiabilidade do motor Renault, Ricciardo perdeu inclusive o quarto lugar no campeonato para Raikkonen e teve mais problemas do que Max na temporada. Aliás, Ricciardo teve que ver Verstappen vencer duas vezes com relativa tranquilidade, além de ter perdido nos qualyfings. Diante de um conjunto que ainda não está pronto para brigar pelo título e com um companheiro de equipe jovem, faminto por glórias e com muita moral na Red Bull, Ricciardo terá um ano decisivo pela frente para analisar suas opções. Se com Vettel na Ferrari as portas da Scuderia não chegam a se abrir, resta apenas uma cavada na Mercedes caso deseje deixar os taurinos. Vamos ver até quando o sorrisão fica em seu rosto.

Max Verstappen: Nota 8

O texto é o oposto de Daniel. Isso poderia ser o suficiente, mas como gosto de ocupar linhas, vamos lá. Trata-se de um cara que será campeão mundial, uma hora ou outra. Verstappen teve alguns abandonos que não foram sua culpa, mas houve falhas que sua inexperiência e inconsequência lhe custaram bons pontos. É fácil fazer isso quando se trata de um franco atirador sem estar no melhor carro e/ou sem disputar o título. Para os próximos anos, essas disputas duras (e muitas vezes desproporcionais) na pista podem lhe custar um campeonato, ainda mais se tratando de Daniel Ricciardo como companheiro de equipe. Seu próximo passo para evoluir como piloto é esse. A partir daí, será questão de tempo para que a F1 coroe esse holandês como campeão do mundo.

FORCE INDIA

Foto: Motorsport
Sérgio Pérez: Nota 7,5

Faltou o pódio anual que o mexicano tira da cartola. Todavia, a consistência esteve lá, assim como atitudes deploráveis na disputa interna contra o novato Esteban Ocon. Dinheiro de Carlos Slim versus imposição da Mercedes. Algo era necessário para se impor na liderança da equipe, agora sem Hulkenberg. Os dois passaram do ponto, mas a questão fica pior para Pérez, por ser mais experiente. Deveria ter evitado alguns toques. A crítica é que se mostrou muitas vezes passivo em disputas com outros carros. Com francês mais experiente e habituado a equipe, a batalha interna de Pérez será mais dura no próximo ano. Se ir para a Ferrari é algo quase impossível a essa altura da carreira, o importante é carimbar outra vez o casco do possível futuro piloto da Mercedes.

Esteban Ocon: Nota 7,5

Consistência incrível. Não pontuou em apenas duas vezes. Foi combativo e mostra credenciais de ser um excepcional piloto para as próximas temporadas. Nunca é demais lembrar que já venceu Max Verstappen na World Series em 2014. Espero que tenha aprendido com os erros na disputa com Pérez. A agressividade excessiva pode lhe afastar de uma provável vaga na Mercedes para 2019, talvez. Uma pena que a Force India não tenha mais receitas. Com a competência que possui, ambos os pilotos teriam condições de surpreender ainda mais.

WILLIAMS

Foto: LAT Images
Felipe Massa: Nota 7

Quase perdeu para Stroll. Um resumo simplista e maldoso poderia ser assim. Entretanto, não condiz com a realidade. O brasileiro enfrentou diversos problemas durante a temporada em corridas que estava bem melhor que o canadense e a pontuação final no campeonato é enganosa, dando a entender que foi uma disputa equilibrada. Não. Massa foi mais azarado e até preterido em alguns casos em detrimento do riquinho dono da equipe. Todavia, isso não muda o fato de que a Williams precisa urgentemente de pilotos melhores em sua equipe, e não sei se terá com Robert Kubica com uma mão só em condições questionáveis. Bem, Massa fez o seu papel para alguém que foi chamado de volta. Que seja feliz em seus projetos pessoais.

Lance Stroll: Nota 7

Apesar de não ter credenciais para a F1 e sobretudo para a Williams, não dá para negar que o guri tem sorte. Em menos de dez corridas um pódio inesperado em Baku. Em Monza, no molhado, largou em segundo. São questões pontuais, mas acontecem, e é importante aproveitá-las. Entretanto, o que se viu foi um piloto que queimou etapas para estar na principal categoria do automobilismo e não se mostrou pronto para atingir um nível mínimo de boa pilotagem. É inegável dizer que evoluiu durante a temporada, até porque seria impossível piorar, apesar de algumas corridas vexatórias e constrangedoras. Bom, no fundo a culpa não é de Stroll, mas de quem se sujeita a isso. Pagando bem que mal tem, não é verdade? Não, mas para a Williams sim.

Bom, essa foi a primeira parte da minha importantíssima análise. Concordam? Sim? Não? Sim e não? Comente. A qualquer momento volto com a parte dois dos meus sensatos dois centavos sobre a F1 em 2017. Até!