segunda-feira, 31 de julho de 2017

VANTAGEM NAS FÉRIAS

Foto: Getty Images
A foto é sugestiva, mas a vida de Vettel (e de Alonso, a estrela mor da F1) esteve longe de ser fácil, com sombra e água fresca. Impossível isso, no calor escaldante húngaro, que exigiu muito preparo físico dos pilotos. Digo, o único lugar com água fresca disponível foi no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo disputado em Budapeste.

Vettel disse que teve problemas com o posicionamento do volante no carro, que pendia o bólido para a esquerda. Pode ser uma explicação. O fato é que, pela primeira vez na temporada, Kimi Raikkonen teve um desempenho consistente na corrida, superando o tetracampeão. Não venceu a corrida por dois motivos: é difícil ultrapassar em Hungaroring e, como segundo piloto da Ferrari, seria desastroso superar Vettel no campeonato.

Sobrou para o finlandês, eleito o piloto do dia (injustamente, diga-se), ser um mero escudeiro do comboio de Seb: não poderia tentar a evitar e conseguiu evitar os ataques de Bottas e Hamilton. O #77, sem ritmo, teve que deixar Lewis passar pois este tentaria atacar Kimi. Como não conseguiu passar, ele cumpriu o trato e devolveu a posição para Bottas na última curva, sob o risco de ser superado por Verstappen. Talvez esses três pontos façam falta no campeonato, mas Hamilton ganhou muito mais do que isso hoje. Foi uma pessoa honrada, digna de um tricampeão.

Foto: Getty Images
Verstappen, aliás, poderia ter atrapalhado ainda mais os planos da Mercedes. Conseguiu pular para o quarto lugar, mas acabou tirando Ricciardo da corrida e punido com dez segundos de punição. O australiano ficou muito irritado e cobrou de Max nas entrevistas, atitude incomum para o sorridente piloto. O holandês se desculpou, mas o clima parece ter ficado quente na Red Bull. Normal, com dois pilotos com potencial de título, uma hora isso ia acontecer.

O piloto do dia foi sim Fernando Alonso, a fênix. Um dos poucos a conseguir fazer uma ultrapassagem, e foi por fora contra o compatriota Carlos Sainz Jr. De quebra, o asturiano aniversariante do final de semana fez a volta mais rápida da corrida! A Liberty precisa urgentemente colocar o espanhol em um carro competitivo ano que vem. Ainda assim, o espanhol é a cara que a F1 tenta passar para o público jovem: memes, diversão e humor. Mas Alonso é muito mais do que isso. Ainda assim, foi demais hoje ele posar ao lado de seu desenho, uma homenagem ao mítico momento que ocorreu em Interlagos, em 2015.

Foto: Marca
Finalmente, um ponto para Vandoorne. Para que os malas parem de encher o saco. O belga tem muito potencial. Se até Alonso está sofrendo, imagina um estreante. Com esses sete pontos, a McLaren deixa a lanterna do Mundial de Construtores: 11 a 5, onde é possível que a Sauber consiga sair do último lugar. 

Diante de uma corrida tão chata, chamou a atenção uma treta pós-corrida: Magnussen jogou Hulkenberg para fora da pista e foi punido com cinco segundos. No paddock, enquanto o dinamarquês concedia entrevista, Hulk quis tirar satisfações, chamando-o de o "mais sujo do grid". A resposta? 


Confira a classificação final do Grande Prêmio da Hungria:


A F1 tira férias no verão europeu e retorna daqui um mês, no Grande Prêmio da Bélgica, em Spa Francorchamps, nos dias 25, 26 e 27 de agosto.

Até!


sábado, 29 de julho de 2017

SUSTOS E REAÇÕES

Foto: GP Update
Fala, galera... Voltando a escrever no sábado, como nos tempos antigos. Dessa vez foi por necessidade, mas também pela importância dos acontecimentos. Vamos lá:

Pole número 48 para Vettel. A Ferrari escondeu o leite até o final para dominar com P1 e P2. Teoricamente, uma pista travada favorece mais a Ferrari. Depois de Hungaroring, em tese, sobrará apenas Suzuka, Cingapura e Malásia para os italianos se sobressaírem. A Red Bull não confirmou as expectativas, com Verstappen e Ricciardo na habitual terceira fila. Aliás, o holandês meteu meio segundo no australiano.

Na segunda fila fica a Mercedes, com ritmo preocupante. Hamilton, maior vencedor do circuito, ainda não se achou no final de semana. Foi superado por Bottas. No total, 6 x 5 para o poleman no ano. Até que o finlandês está equilibrando as coisas. O tricampeão irá largar uma posição a frente de Verstappen, que promete vir agressivo e despreocupado como sempre. Bottas terá a missão de passar Raikkonen na largada e tentar imprimir pressão em Vettel. Do contrário, será um passeio ferrarista amanhã.

Foto: Getty Images
O susto: a ausência confirmada de Felipe Massa. Realmente ele e a Hungria não combinam, muito pelo contrário. Depois do segundo treino livre, ele passou mal, com tontura, dor de cabeça, nos ouvidos e a temperatura corporal acima do normal. Foi para o hospital, fez um check-up e foi liberado. Durante o terceiro treino livre, a sensação estranha continuou e Massa, em conjunto com a equipe, optou por não disputar o grande prêmio.

A bomba ficou para Paul di Resta. Sem pilotar um F1 desde 2013, teve que entrar no FW38 ajustado para Massa. Mal cabendo no cockpit e com dificuldades para sair sozinho do carro, Paul não tinha muito o que fazer. Mesmo inativo todo esse tempo, irá largar em penúltimo. Diante dessas questões, me parece improvável que complete a prova, mas a culpa não é dele. É o que dá para fazer. Que Massa tenha uma boa recuperação e retorne mais forte para a metade final da temporada.

Foto: Getty Images
Outros destaques do treino: McLaren mostrando que o chassi é bom, mas o que falta é motor, assim como a Renault. Force India sofre do mesmo problema que a Williams: a ausência de pressão aerodinâmica.

Kvyat ganhou mais um ponto na carteira e chegou a 10, além de perder três posições por ter atrapalhado a volta rápida de Stroll. Mais dois e fica suspenso. Triste fim do russo na F1.

Confira o grid de largada (Hulkenberg trocou o câmbio e perde cinco posições) do Grande Prêmio da Hungria:


Até!

quinta-feira, 27 de julho de 2017

GP DA HUNGRIA - Programação

O Grande Prêmio da Hungria (Magyar Nagydíj, em húngaro) foi disputado pela primeira vez em 1936, no circuito urbano de Népliget, na cidade de Budapeste. Somente em 1986 voltou a ser disputado, quando entrou para o calendário da Fórmula 1, agora no sinuoso e travado circuito de Hungaroring.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:19.071 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:18.773 (RBR, 2010)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton - 5x (2007, 2009, 2012, 2013 e 2016)


KUBICA CADA VEZ MAIS PERTO DO RETORNO

Foto: Getty Images
Cyril Abiteboul confirmou em um comunicado que Robert Kubica irá guiar o carro de 2017 da Renault em uma sessão que irá acontecer na semana que vem em Hungaroring, após o GP da Hungria. O treino será crucial para se saber se o polonês tem condições de guiar um F1 atual. Ele irá pilotar o bólido francês juntamente com Nicholas Lafiti, da F2.

Isso praticamente confirma os planos da escuderia francesa em contar com Kubica para o lugar de Palmer no ano que vem. Outras publicações afirmam que o polonês, caso tenha sucesso no teste da semana que vem, já participe de um treino livre em Spa ou Monza. Vale ressaltar que dessa vez o teste será disputado normalmente com as outras equipes, onde pode ocorrer disputas de posição e ultrapassagem.


Todo mundo está torcendo pelo sucesso de Kubica. Ele é o grande personagem central da silly season e do mercado de pilotos. Tomara que volte em condições de competir com Hulkenberg e que brigue por boas posições.

ASTON MARTIN PODE SER FORNECEDORA DE MOTORES A PARTIR DE 2021

Foto: Getty Images
De acordo com Andy Palmer, presidente do grupo, a montadora estaria disposta a discutir um programa de motores na Fórmula 1, com entrada em 2021. Em entrevista para o "Autosport", Palmer disse que se reuniu com a FIA com o intuito de ampliar a participação da empresa no campeonato. Atualmente, a Aston Martin apenas patrocina a Red Bull.

Diante dos gastos exorbitantes da categoria, Palmer descartou a possibilidade de ingressar como uma montadora, mas que se os custos diminuírem é possível gastar uma boa quantia em um desenvolvimento de motores. As conversas, que estão em um estágio inicial, estão longe de terem um desfecho, mas seguem "um caminho certo". Para que a possibilidade seja real, é necessário baixar os custos irreais da categoria. Palmer aproveitou para negar a possibilidade de parceria com a Cosworth, tradicional fornecedora de motores da F1, afastada desde o fim da parceria com a Williams, em 2011.


Quanto mais montadoras na F1 mais barateada no futuro (assim esperamos), melhor será para o espetáculo. Entretanto, as chances disso acontecerem são mínimas. É muito caro construir uma unidade de potência. Hoje, temos apenas Ferrari e Renault sólidas. A Mercedes, dizem, irá pular fora no final do Pacto de Concórdia de 2020.

A Honda está incerta para o ano que vem. Corrigindo: os franceses também são instáveis e podem abandonar a F1 outra vez a qualquer momento. Com isso, sobra apenas a Ferrari como fornecedora de motores para o futuro. Tenebroso.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 177 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 176 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 154 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 117 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 98 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 57 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 52 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 43 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 29 pontos
10- Nico Hulkenberg (Renault) - 26 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 23 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 18 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
15- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
16- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
17- Fernando Alonso (McLaren) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 330 pontos
2 - Ferrari - 275 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 174 pontos
4 - Force India Mercedes - 95 pontos
5 - Williams Mercedes - 41 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 33 pontos
7 - Haas Ferrari - 29 pontos
8 - Renault - 26 pontos
9 - Sauber Ferrari - 5 pontos
10- McLaren Honda - 2 pontos

TRANSMISSÃO




quarta-feira, 26 de julho de 2017

LEMBRANÇAS HÚNGARAS

Foto: Getty Images
Hoje vai ser jogo rápido. Vamos recordar três corridas que acredito serem relevantes na história do Grande Prêmio da Hungria, no calendário desde 1985.

Começamos em 1997. Atual campeão do mundo, Damon Hill amargava o único assento que lhe restou para aquele ano: na Arrows, uma das piores do grid. Inusitado para um atual campeão ir para o fim do grid. Pois bem, Hill vinha fazendo o que podia, sem muitos resultados. Entretanto, o GP da Hungria de vinte anos atrás pode ser considerado a sua maior atuação na carreira. A surpresa começou no treino: com os compostos resistentes da Bridgestone, largou em terceiro, atrás apenas de Schumacher e Villeneuve, que brigavam pelo título.

Na largada, Hill superou o canadense. Com o superaquecimento dos pneus Goodyear, a Ferrari de Schummy foi presa fácil para o inglês, que assumiu a liderança da prova e disparou, deixando todos incrédulos. Schumacher, Frentzen e Coulthard abandonaram, e Villeneuve não conseguia acompanhar o ritmo de Damon. Estava 35 segundos atrás.

Até que, restando três voltas para o final, o pedal do acelerador da Arrows de Hill. O resultado? Confere aí:


As primeiras três edições da corrida húngara foram vencidas por Nelson Piquet (duas vezes) e Ayrton Senna. Relembre a segunda vitória consecutiva de Piquet em Hungaroring, há três décadas atrás, com Senna em segundo e Prost em terceiro:




Para finalizar, o post deveria conter uma vitória do maior vencedor nessa pista, marca alcançada no ano passado. Há dez anos, Hamilton venceria a primeira das cinco (talvez seis no domingo?) vitórias no traçado húngaro, três vezes com a McLaren e duas pela Mercedes (onde inclusive venceu pela primeira vez com as flechas de prata). 

O que mais chamou atenção nesse final de semana foi um acontecimento histórico: no sábado, durante o Q3, Alonso ficou propositalmente mais tempo nos boxes, com o objetivo de atrasar Hamilton e impedir que o inglês conseguir realizar novas voltas lançadas. Alonso saiu com a pole, mas o espanhol foi punido pela direção de prova em cinco punições, largando em sexto. Hamilton herdou a pole e venceu mas a McLaren não levou os pontos para os construtores, onde depois foi banida em virtude do escândalo de espionagem. Relembre:

Aí foi o início da guerra entre Alonso contra Hamilton e Ron Dennis.


Até!

terça-feira, 25 de julho de 2017

O FUTURO DO AUTOMOBILISMO

Foto: Reprodução/Red Bull
Pela primeira vez, me recusei a escrever um texto para o blog. O motivo? Minha total contrariedade a decisão que a FIA tomou na semana passada, ao regularizar o Halo para a próxima temporada. Fiquei muito decepcionado. Passaram-se alguns dias e o sentimento é o mesmo. Entretanto, acho que agora consigo despejar essa raiva de forma um pouco mais racional, eu acho.

A FIA argumenta que, após o dispositivo passar por rigorosos testes de impacto, a decisão foi confirmada pelo Halo ter passado com êxito em todos eles. Além do mais, a medida não poderia entrar esse ano porque as equipes precisariam ainda testar minimamente. Niki Lauda foi contra, as equipes também. A Associação de Pilotos, liderada pelo ex-piloto Alexander Wurz, apoiou.

Foto: Reprodução
Automobilismo sempre foi e sempre será um esporte de risco. Por mais que a tecnologia se desenvolva, andar a 300 km/h sempre será perigoso. O motivo para o Halo entrar na F1 é simples: uma espécie de resposta a morte de Jules Bianchi. Acontece que o piloto francês faleceu não pela F1 ser insegura, mas sim por um erro humano, uma irresponsabilidade atroz da direção de prova do GP do Japão que deixou um trator na pista. O Halo em nada evitaria que Jules tivesse falecido, assim como não teria contribuído em evitar que uma mola atingisse Felipe Massa na Hungria, em 2009.

O Screen talvez fosse mais seguro que o Halo. Apesar de Vettel reclamar de tontura com aquele vidro, ele poderia ser transparente e melhorar. O Halo tem aquela "tira de Havaianas" que além de prejudicar a visão do piloto pode causar sérios danos em casos de capotamento ou batidas. Em todo caso, a FIA diz que isso não é problema.

Colocar uma proteção no cockpit por conta de uma morte que não tem nada a ver com a insegurança de um carro de F1 é uma decisão retrógada e arbitrária. Nenhum fã gostou. A maioria dos pilotos se posicionaram contra. Isso não é F1. Isso não é explorar os riscos onde não é qualquer ser humano que tenha coragem para encarar um carro de corrida.

Foto: Reprodução

Talvez o esporte a motor não seja mais isso. Com o advento das redes sociais, e-sports, youtubers e novas formas de entretenimento, o carro ficou para trás. Além de caro, é um esporte de nicho, visto como um poluente. Não a toa muitas montadoras estão migrando para a Fórmula E e em breve os carros deixarão de ser à gasolina.

Categorias como F1, Indy, Nascar, WEC, entre outras, devem estar com essa geração como sendo a última que respira o automobilismo dos tempos antigos. A próxima não deve se interessar por carros. Decisões como essa da FIA podem afastar ainda mais pessoas que gostam do automobilismo, do perigo e do arrojo. Uma pena, mas vejo o esporte a motor se definhando, com custos altíssimos, fora da realidade e buscando à forceps atrair o público jovem nas redes sociais.

Mas acho que isso é assunto para outro post, talvez.

Por enquanto é isso.

Até!

terça-feira, 18 de julho de 2017

A QUESTÃO TORO ROSSO

Foto: Sky Sports
Desde o caso de Sebastian Vettel, a Red Bull ficou conhecida como a equipe que aposta nos jovens pilotos que futuramente serão estrelas. Entretanto, historicamente não é bem assim.

Os únicos bem-sucedidos dessa história toda foram o alemão tetracampeão, Daniel Ricciardo, que continua na equipe e o fenômeno Max Verstappen. De resto...

Voltemos ao passado: 2006 e 2007 - Scott Speed e Vitantonio Liuzzi. O americano era visto como uma promessa, enquanto o italiano tinha a fama de ser um grande kartista. Desde o início, o ambiente na equipe de Faenza é tumultuado entre os pilotos e os dirigentes. Resultado: Speed foi demitido no meio da temporada de 2007 e Liuzzi também não durou muito na equipe, apenas duas temporadas.

Foto: F1Fanatic
2008 - A equipe trouxe o Sebastien Bourdais, multicampeão da Indy para ser companheiro de equipe de Vettel. Foi demitido por SMS. Foi o último não-piloto da academia dos taurinos a pilotar na equipe de Faenza.

2009 até 2011 - Buemi e Alguersuari travaram uma intensa disputa, sempre com a Toro Rosso semeando um ambiente tenso e hostil. No fim das contas, nenhum dos dois subiu para a Fórmula 1 e a carreira dos dois na categoria acabou por ali. Hoje, Buemi brilha no Endurance e na Fórmula E, enquanto Alguersuari se aposentou, alegando problemas cardíacos e virou DJ.

2012 até 2014 - Vergne e Ricciardo travaram duras disputas. Diante da saída de Webber, finalmente uma vaga para a equipe mãe estava disponível. Melhor para o compatriota de Mark. Vergne, piloto competente, ficou a ver navios e também teve sua passagem pela F1 encerrada, substituído por Kvyat e Sainz.

Foto: Reprodução Red Bull/Getty Images
Hoje, a situação é a mesma. Sainz e Kvyat se batem na pista. O ambiente interno é horrível. Sainz sabe que não irá subir para a Red Bull e tenta sair desesperadamente da equipe, que nega.

Kvyat foi rebaixado da Red Bull depois de uma série de barbeiragens e parece que nunca mais irá se recuperar. Desde então, virou um piloto errático e com um desempenho muito inferior ao companheiro espanhol. Hoje, está atrás até de Wehrlein no campeonato, que pilota o pior carro da categoria, a Sauber.

Diante dos fatos e números, é indefensável a sua permanência na F1. Palavra de quem torce demais pelo russo e que, na época, considerou injusta a troca no ano passado. Com Sainz batendo o pé, está na hora da Red Bull apostar em novos talentos.

A questão é essa: Pierre Gasly foi campeão da GP2 ano passado e não subiu. Os desempenhos nos testes indicam que ele foi mais lento que Kvyat. Será que ele vai ter o mesmo fim de Antônio Félix da Costa, português que tinha tudo para estar na F1 e foi "puxado o tapete" na última hora?

A Red Bull não tem substitutos para Sainz e Kvyat. A "nova" F1 é mais difícil para os novatos, e não é todo dia que surge um Vettel, um Ricciardo e um Verstappen. Pelo contrário. A história prova que a Red Bull é uma grande trituradora de carreiras, embora também seja responsável por muitos pilotos ingressarem na categoria sem investir milhões.

Ter uma equipe satélite, hoje, parece não ter sentido para a Red Bull. A Toro Rosso virou uma equipe desorganizada, sem rumo e sem lógica na categoria. Mais uma notícia horrível para uma categoria capenga que anda fortemente combalida. É o futuro do automobilismo...

Até!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

SORTE E AZAR

Foto: Getty Images
Será que o cenário mudou de vez? Bem, não é surpresa o domínio de Hamilton em Silverstone. Terceiro Grand Chelem na temporada (!!!), a apenas um de igualar o recordista Jim Clark. Por falar nele, Hamilton o igualou como maior vencedor do GP da Inglaterra, junto com Alain Prost: cinco conquistas, quatro consecutivas. Poderiam ter sido cinco, caso o pneu dianteiro direito não tivesse estourado enquanto liderava, em 2013.

Deu tudo certo para Hamilton. Vitória tranquila, fim de semana dominante e, para ajudar ainda mais, finalmente Vettel teve que lidar com um infortúnio. Na volta final, seu pneu estourou, muito em conta do desgaste provocado pela briga com Bottas e o exigente traçado de Silverstone. A vantagem que era de 20 pontos caiu para apenas um. Faltando uma corrida para as férias de verão européia, a Mercedes soluciona problemas e a Ferrari não consegue acompanhar o ritmo. Se continuar assim, Hamilton será líder do campeonato já agora, o que era impensável até então, diante do equilíbrio entre as equipes e a consistência de Vettel.

Foto: Getty Images
Bottas saiu em nono e conseguiu imprimir uma boa corrida de recuperação. Com sorte, conseguiu a segunda posição, pois Raikkonen também teve que parar faltando duas voltas, sofrendo com desgaste dos pneus. Sortudo depois do problema do câmbio. O fato é que Bottas vem realizando um trabalho melhor que a encomenda, o que provavelmente irá culminar na sua renovação de contrato com as flechas de prata. Entretanto, não parece provável que será uma ameaça direta a Hamilton como Rosberg era, salvo "azares" do inglês, mas tudo é possível na F1. Ele está na briga.

Finalmente Verstappen completou uma corrida. Estávamos com saudades de uma bela exibição sua. Parece ser impossível ultrapassá-lo na pista. Duro e atrevido nas defesas de posição, hoje ele evitou os ataques de Vettel no início da corrida, o que culminou numa estratégia de undercut dos italianos para se livrar do holandês, que fez Vettel espalhar, dentro do limite das regras. Só os boxes são capazes de pará-lo (e os problemas da Red Bull também). O piloto do dia foi Ricciardo. Saindo de penúltimo, fez um show de ultrapassagens no pelotão, restando apenas o quinto lugar. Que desperdício esses dois pilotos não terem condições de brigar pelo título... Merecem e muito!

Foto: Getty Images
Raikkonen foi superior a Vettel durante todo o fim de semana. Primeira vez na temporada que isso acontece. Não estava feliz ao chegar em terceiro, pois tinha o segundo lugar garantido. Falta regularidade para não tão IceMan. Hulkenberg é um acumulador de pontos. Todos os da Renault foram de sua autoria. Grande sexto lugar. Palmer: quando não é mau desempenho ou barbeiragem, o carro tem problemas antes da largada. Complicado.

Foto: Getty Images
Ah, a Toro Rosso: como sempre, problemática internamente e entre os pilotos. Kvyat barbeirou outra vez, agora tirando Sainz da corrida. O espanhol tenta de todas as formas sair da Toro Rosso, mas Helmut Marko e Christian Horner parecem ser irredutíveis. É a velha máxima: ou eu saio ou serei "saído", dado o modus operandi da equipe de Faenza. Torci por Kvyat e achei um absurdo seu rebaixamento ano passado, mas agora é indefensável. Ele está a três pontos na carteira de ser banido por uma corrida. Está atrás do Wehrlein na tabela, que corre com a pior equipe do campeonato. Não dá mais. Não é possível que a Academia da Red Bull não tenha um ou dois pilotos para entrar na F1. Gasly é tão fraco assim?

Force India sem incidentes fez o que pode, dessa vez com Ocon superando Pérez. Outra vez Massa fez uma grande largada e um péssimo qualyfing. Um pontinho é um grande feito do brasileiro. A "evolução" de Stroll parece ter parado. Foi o penúltimo (16°) entre aqueles que completaram a prova. Faltou pouco para Vandoorne marcar os primeiros pontos na temporada. Alonso abandonou, o que é um pleonasmo.

Foto: Getty Images
Confira a classificação final do GP da Inglaterra:


Até!

sexta-feira, 14 de julho de 2017

MERCEDES COMEÇA A SOBRAR

Foto: Getty Images
Se no início da temporada a Ferrari conseguia ser mais rápida nos treinos, conseguir poles e equilibrar as ações, a Mercedes reagiu e passou a ser, de fato, o melhor carro. Desde que as atualizações do W08 foram efetuadas no Canadá, o desempenho das flechas de prata cresceu, embora alguns problemas tenham evitado que Hamilton marcasse mais pontos no Mundial.

Hoje, Bottas foi o mais rápido nos dois treinos livres. Entretanto, essa semana foi a vez dele de ter que trocar o câmbio e, portanto, ser penalizado com cinco posições no grid de largada. Bom para Vettel, que apesar dos pesares, tem totais condições de largar na primeira fila.

O alemão, aliás, testou o Shield, aparato de segurança feito pela FIA para a prevenção de acidentes na cabeça, visando a diminuição de casos graves como o de Massa e de Jules Bianchi. É um "treco" muito feio. Além do mais, tenho minhas dúvidas se isso não atrapalharia mais do que ajudaria no momento em que um piloto saísse de um carro capotado, por exemplo. Sem contar que Bianchi morreu por uma irresponsabilidade da direção de prova japonesa, que colocou um trator na pista durante a chuva. Tomara que essa porcaria e nem o Halo, que é pior, sejam aprovados. Seria o fim da F1 como categoria de monopostos.

Foto: Getty Images
Diferentemente do primeiro treino, a Ferrari ficou à frente da Red Bull no segundo, evidenciando a relação de forças da F1. Massa foi bem e tem chances de largar em sétimo ou até em sexto, dependendo da colocação de Bottas no treino amanhã. A McLaren tem um ótimo chassi. Alonso trocou todo o sistema de unidade híbrida e vai largar em último. Normal.

Foto: Getty Images
Quem marcou presença foi Billy Monger, o piloto que sofreu um grave acidente na F3 britânica que culminou na amputação de suas duas pernas. Hamilton mostrou o paddock e Billy acompanhou o treino nos boxes da Mercedes, interagindo com Toto Wolff. Billy também conversou com outros pilotos, como Carlos Sainz Jr.

Algumas curtinhas para finalizar: Cyril Abiteboul, chefão da Renault, já admite que Kubica é um dos candidatos da Renault para substituir Palmer em 2018. Se antes o discurso era de negação para frear a empolgação geral, dessa vez Abiteboul, ainda com os pés no chão, disse que o polonês está cumprindo os objetivos da Renault nos testes, tanto com o carro de 2012 quanto nos simuladores. Falta somente a aprovação da FIA para atestar que Kubica tem condições físicas de retornar a categoria depois de sete anos. História fantástica que todos torcem por um final feliz.

A Sauber anunciou Frederic Vasseur, ex-Renault, como novo chefe de equipe, substituindo Monisha Kalterborn, demitida nas últimas semanas. Vasseur é muito bem sucedido com equipes de categoria de base, como a ART na GP2, onde foi campeão com Rosberg, Hamilton e Hulkenberg. Agora, terá o desafio de pegar uma equipe endividada, com investidores suecos e tentar melhorar a situação desportiva da Sauber. Enquanto isso, Wehrlein segue mais veloz que Ericsson...

Confira a classificação dos treinos livres para o GP da Inglaterra:




quinta-feira, 13 de julho de 2017

GP DA INGLATERRA - Programação

O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.
Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Fernando Alonso - 1:30.874 (Ferrari, 2010)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:29.287 (Mercedes, 2016)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Jim Clark (1962, 1963, 1964, 1965, 1967) e Alain Prost (1983, 1985, 1989, 1990 e 1993) - 5x

HAMILTON ELOGIA TEMPORADA DE BOTTAS: "MELHOR QUE A MINHA"

Foto: This Is F1
Os comentários foram feitos pelo tricampeão após a vitória do finlandês no GP da Áustria. Agora, Lewis tem apenas 15 pontos de vantagem para Valtteri no campeonato (151 a 136). Portanto, é justo dizer que Bottas está na briga pelo título. Hamilton destacou a consistência do #77 durante a temporada e disse que o desempenho dele é superior ao próprio
.
"Valtteri fez um trabalho fantástico e mereceu vencer. Quando você olha os resultados, vê que ele possui apenas um abandono. No geral, ele vem tendo uma temporada melhor, eu diria. Ao menos até agora", destacou. O tricampeão também ressaltou que nunca considerou que Bottas estivesse fora da briga pelo título. "Ele sempre esteve na luta. Acho que vocês [jornalistas] é que talvez tenham sugerido que ele estava fora. Eu sempre o considerei na briga e agora o cenário mostra que ele realmente está", ressaltou.

De fato, Bottas faz um trabalho melhor do que se imaginava. A tendência era que Hamilton o vencesse com facilidade como nos tempos de Kovalainen na McLaren, mas não é o que tem sido. Pelo contrário. Bottas vem mostrando desempenho para ser campeão mundial. Basta continuar sendo constante e se aproveitando da briga de Hamilton e Vettel para roubar pontos de ambos. Carro ele tem para isso.

A declaração de Hamilton também pode ser interpretada da seguinte forma: "ele está melhor que eu, mas mesmo assim está atrás", valorizando seu desempenho. Não tenho dúvidas que Hamilton irá terminar o campeonato à frente de Bottas. Entretanto, diante de infortúnios do inglês e méritos do finlandês, a briga está mais equilibrada do que o imaginado. Até quando?

SILVERSTONE COM OS DIAS CONTADOS

Foto: Hauraton
O BRDC (Associação Britânica de Pilotos), entidade que controla o autódromo, acionou uma cláusula contratual que permite o fim do acordo atual com a F1 após a realização do GP da Inglaterra de 2019. O motivo é a tentativa de um novo acordo que seja financeiramente viável para a administração do autódromo.

John Grant, presidente do BRDC, afirma que "Tivemos prejuízo de £ 2.8 milhões (R$ 11.7 milhões) em 2015 e de £ 4.8 milhões (R$ 20.1 milhões) em 2016, e esperamos algo parecido neste ano. Chegamos ao ponto em que não podemos deixar nossa paixão pelo esporte guiar nossas cabeças. Isso não só arriscaria o futuro de Silverstone e do BRDC, como também do automobilismo britânico, que depende de nós”.

O contrato atual de Silverstone com a categoria prevê o pagamento de uma taxa que cresce em todos os anos. Em 2010, o autódromo precisou pagar £ 11.5 milhões (R$ 48.3 milhões) para receber a F1. Em 2026, último ano do contrato atual, este valor chegaria aos £ 25 milhões (R$ 105 milhões). O desejo do BRDC é firmar um novo contrato com a Liberty Media, que agora administra a F1.

Silverstone recebeu a primeira corrida da F1, em 1950, além de outras 50 edições. Creio que não é do interesse da Liberty Media perder um circuito histórico justamente agora que movimentou peças para o retorno das corridas de Alemanha e França. Entretanto, se os valores forem inviáveis, não há o que fazer. Herança da Era Bernie. É preciso baratear os custos. Com exceção das corridas da Ásia e Oriente Médio, os circuitos tradicionais estão sempre ameaçados. Isso é um assinte para a F1. Que a Liberty resolva isso, apesar do atual traçado de Silverstone ser uma porcaria. O antigo era muito melhor.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 171 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 151 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 136 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 107 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 83 pontos
6 - Sérgio Pérez (Force India) - 50 pontos
7 - Max Verstappen (Red Bull) - 45 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 39 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 29 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 22 pontos
11- Lance Stroll (Williams) - 18 pontos
12- Nico Hulkenberg (Renault) - 18 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 18 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
15- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
16- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
17- Fernando Alonso (McLaren) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 287 pontos
2 - Ferrari - 254 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 152 pontos
4 - Force India Mercedes - 89 pontos
5 - Williams Mercedes - 40 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 33 pontos
7 - Haas Ferrari - 29 pontos
8 - Renault - 18 pontos
9 - Sauber Ferrari - 5 pontos
10- McLaren Honda - 2 pontos

TRANSMISSÃO


quarta-feira, 12 de julho de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #33

Foto: Reprodução
Fala, galera! Hoje vai ser curto e grosso (ou não):

Depois da especulação sobre a chegada de uma equipe chinesa na F1 nos próximos anos, um velho novo boato retorna: a excêntrica Stefan GP. A última tentativa da equipe do empresário Zoran Stefanovic foi em 2010, quando ele comprou chassis desenvolvidos pela Toyota, que se retirou da F1 meses antes, mas rapidamente se viu que a equipe sérvia não chegaria a lugar nenhum.

Pois bem, dessa vez a tentativa parece ser mais séria. Ficou definido que a sede da equipe será em Parma, na Itália. Também já existe o planejamento para a contratação de funcionários. Zoran se encontrou com Ross Brawn na Áustria, no último final de semana, para discutir detalhes da empreitada. A ideia do empresário é entrar na F1 em 2019, dessa vez com a construção dos próprios carros. Entretanto, a FIA ainda não sinalizou quando irá abrir um novo processo seletivo para a chegada de novas equipes.

Basta lembrar que Hispania, Caterham e Manor faliram. Óbvio que seria legal preencher o grid com mais uma ou duas equipes, principalmente aquelas com procedência duvidosa, pilotos folclóricos e gambiarras estilo Super Aguri correndo com a Arrows 2002 adaptada para 2006. Ou não.

Foto: MotorSport
Agora, duas notícias que envolvem a Honda:

Segundo a "Gazzetta dello Sport", dirigentes da McLaren estariam buscando acordo com a Ferrari para o fornecimento de motores para a próxima temporada. Convenhamos, isso seria uma humilhação, dada a rivalidade das duas equipes. Imagina um "McLaren Ferrari" na transmissão, ou "McLaren Fiat", "McLaren Alfa Romeo" ou qualquer coisa do tipo? Lamentável. Creio que seja apenas pressão para a negociação com a Mercedes e um aviso para a Honda. Uma dúvida: não chegou a hora da McLaren produzir seu próprio motor? Dinheiro é o que não falta...

Depois da demissão de Monisha Kaltenborn, a Honda teria desistido do acordo com a Sauber, válido a partir da temporada que vem. O clima de incerteza na equipe suíça seria o motivo dos japoneses voltarem atrás, o que é negado pela Honda. A Sauber não se manifestou. Realmente, investir em uma equipe cujo o Ericsson é a prioridade é complicado. Além do mais, seria o momento em que os japoneses percebem que estão desperdiçando dinheiro em um projeto fracassado e iriam se retirar para, quem sabe, retornar mais forte a partir de 2020? A própria McLaren na Áustria amenizou o clima com a equipe. Seria uma baixada de bola? Como tudo é fofoca, tudo é especulação e perguntas retóricas. Temos que pensar em todas as possibilidades, não é mesmo? O mundo da F1 é mais imprevisível que as corridas, sem dúvida alguma.

A BMW irá ingressar na Fórmula E.

Kvyat e Sainz devem permanecer na Toro Rosso no ano que vem.

Kubica irá participar de outro teste com a Renault em Paul Ricard com o Lotus 2012 e de um treino com o RS17 em Hungaroring. Ele já pilota o modelo 2017 no simulador. A ideia é fazer um comparativo com os tempos de Hulkenberg. Caso o polonês seja aprovado, a última etapa seria a liberação da FIA, certificando-se que Kubica tenha condições físicas de dirigir um F1, mesmo com as limitações impostas pelo acidente de rali, em 2011. Na torcida!

Para finalizar, relembre duas edições do GP da Inglaterra, em Silverstone. Escolho a vitória de Emerson Fittipaldi, a primeira das quatro vitórias brasileiras na Inglaterra, há 45 anos atrás e a vitória de Kimi Raikkonen, campeão mundial uma década atrás. Relembre:




Até!

terça-feira, 11 de julho de 2017

A ZICA DE VERSTAPPEN

Foto: AutoSport
Virou cena rotineira. A transmissão mostra Verstappen fora da prova, saindo do carro e mais tarde conversando com Christian Horner. Max abandonou cinco das nove corridas até aqui na temporada. Com apenas um pódio na temporada (na China, segunda etapa do ano), o holandês vê seu companheiro de equipe Ricciardo com cinco pódios (incluindo uma vitória, no Azerbaijão) brilhando.

Com mais um abandono na Áustria, Max foi ultrapassado até pela Force India de Pérez no campeonato (50 a 45). Evidente que isso será rápido, mas mostra o quanto o holandês está lidando com problemas em 2017, seja por culpa da equipe, dele mesmo ou simplesmente azares.

Domingo, por exemplo. Um problema na embreagem ocasionou a péssima largada de Verstappen. Perdendo posições, ficou no bololô da primeira curva, onde foi acertado por Alonso, tocado por Kvyat, em um efeito dominó. O suficiente para que sua corrida não durasse mais que uma volta.

Batida na primeira curva também aconteceu, na Espanha. De resto, Max vem sofrendo com inúmeros problemas no carro. Um grande azar, porque Ricciardo não vem sofrendo com isso até então, muito pelo contrário. Os "teóricos da conspiração" acreditam que não é apenas azar, mas vai acreditar no que esses malucos acham...

De fato, a temporada do holandês é frustrante, pois ele vem batendo Ricciardo nos treinos e todos sabemos que ele tem extrema capacidade, um futuro campeão do mundo. A ânsia pela briga pelas vitórias e títulos é tanta que, segundo os "especulacionistas", Max está insatisfeito com a Red Bull e gostaria de ir para a Ferrari ano que vem, o que é negado por todas as partes.

É óbvio que Verstappen fica na Red Bull para o ano que vem. A expectativa é que no futuro os taurinos briguem pelo título, não só pelas migalhas deixadas por Mercedes e Ferrari. Do contrário, caso os problemas continuem surgindo sem existir soluções, aí sim creio que Max irá optar por outros rumos. Interessados é o que não faltam.

Resta saber se Silverstone será o início de sua reabilitação no ano. Que a metade final da temporada seja completamente diferente que o início. A F1 torce para isso.

Até!

segunda-feira, 10 de julho de 2017

TERCEIRA VIA?

Foto: Getty Images
Um GP da Áustria chatíssimo, resumido na largada e nas voltas finais. Sem muitas emoções, Bottas venceu de ponta a ponta pela segunda vez na carreira. Com 136 pontos no campeonato (15 a menos que Hamilton), é possível pensar em título? Teoricamente sim. Apesar de ser o segundão não-oficial da Mercedes, Bottas tem feito mais do que eu esperava, aproveitando as oportunidades e capitalizando nos erros e problemas de Hamilton, além de roubar pontos de Vettel, ajudando o inglês e a equipe alemã no campeonato.

Com sorte e competência, é um milagre o fato de Vettel ser líder do campeonato e com 20 pontos de vantagem para Hamilton. O feito é maior quando é constatado que o alemão está correndo sozinho contra as flechas de prata. Raikkonen é quinto em um campeonato de quatro carros. Em duas corridas onde provavelmente não só perderia a liderança, Seb consegue superar Lewis diante das polêmicas, azares e problemas de câmbio do tricampeão. Até quando irá durar essa "sorte e azar" dos dois?

Foto: Reprodução
Ricciardo merece ser campeão só pelo carisma, mas o australiano bebedor de champagne pelo sapato pilota demais. Outra vez beneficiado pelas circunstâncias, teve competência em ultrapassar Raikkonen na largada e segurar Hamilton nas voltas finais. Mais um merecido pódio para o aussie, que tem incríveis 62 pontos de vantagem para seu companheiro de equipe (107 a 45).

Quinto abandono nas últimas sete corridas. A zica de Verstappen não para. Ao ficar para trás depois de largar mal, foi vítima do "boliche" causado por Kvyat, que bateu em Alonso, que por sua vez tocou no carro do holandês. Os dois abandonaram a prova. É inexplicável. Max foi ultrapassado por Pérez no campeonato. Isso dá uma noção de seu desempenho esse ano, onde evidentemente ele não é o culpado. Deve ser mais frustrante e irritante ainda ver o companheiro de equipe se destacando na frente e conquistando pódios que poderiam ter sido de Verstappen, pois na maioria das vezes em que abandonou ele estava a frente do australiano.

O novo motor Ferrari impulsionou a Haas no seu melhor fim de semana do ano, coroado com o sexto lugar de Romain Grosjean. Poderia ter sido melhor se Magnussen não tivesse tanto azar, com problemas no treino e na corrida. O dinamarquês certamente estaria na frente do francês, o que tem sido uma tônica nessa temporada. Mas o "se" não existe, então...

Foto: Getty Images
O fim de semana da Williams estava sendo horrível até sábado. No domingo, deu tudo certo. Massa e Stroll largaram bem e aproveitaram os incidentes da corrida para conquistar nono e décimo lugares, respectivamente. Era o que dava para ser feito, apesar de Massa chegar a atacar Ocon em alguns momentos. Stroll estava levando sufoco de Magnussen até a Haas do dinamarquês abandonar. O canadense pontua pela terceira vez seguida. De fato está evoluindo: parou de bater e aproveita os abandonos dos outros para pontuar. É isso aí.

Renault: sabemos que a situação está tensa quando Palmer termina a frente de Hulkenberg. Os franceses sonham com Alonso e Kubica... 

Vandoorne segue zerado, aumentando a pressão em cima do belga. Ainda acredito que a cobrança é desmedida, mas é mais um obstáculo para Stoffel superar.

A Toro Rosso vive um sério problema: Sainz está desesperado querendo sair; Kvyat parece não ter mais solução. Mais uma barbeiragem para a conta. O pior de tudo é que, aparentemente, Pierre Gasly é pior que o russo. O que fazer? Sem pilotos da academia da Red Bull para abastecer a equipe, a Toro Rosso está perdida.

Confira a classificação do GP da Áustria:


A próxima corrida será o Grande Prêmio da Inglaterra na semana que vem, nos dias 14, 15 e 16 de julho.

Até!

sábado, 8 de julho de 2017

DURO GOLPE

Foto: Getty Images
Líder das duas sessões de treinos até aqui, Lewis Hamilton não terá a oportunidade de conquistar sua 67a pole position na Áustria e a possibilidade de igualar o recorde de Michael Schumacher em casa, em Silverstone. Tudo porque a Mercedes irá trocar sua caixa de câmbio em menos de seis corridas, como consta o regulamento. Com isso, o tricampeão irá largar, no máximo, em sexto.

Caminho mais livre para Vettel. O alemão parece estar com sorte e se beneficiando de tudo. Hamilton, saindo de trás, com certeza irá proporcionar uma grande e disputada corrida domingo. Certamente os dois rivais irão se reencontrar no circuito de Spielberg, e aí só Deus sabe o que vai acontecer.

Entre eles (ou não), tem Bottas. Ele briga com o alemão pela pole. As Red Bull estão andando bem outra vez. Verstappen espera completar uma corrida na temporada. A situação tá difícil. Raikkonen está muito abaixo dos demais. A Ferrari B não consegue roubar pontos de Lewis, ao contrário do compatriota da Mercedes, que vez ou outra faz frente a Vettel.

Foto: Reprodução
É cedo dizer, mas aparentemente a atualização de motor da Honda deu mais potência para a McLaren. Aliado ao bom chassi da equipe, permitiu que Vandoorne e Alonso ficassem entre os dez primeiros no TL1. Animador, desde que o carro não quebre, é claro.

Sainz x Red Bull: cada um olha o lado que convém. Sem perspectiva de ser alçado a equipe-mãe nos próximos anos, o piloto espanhol disse que quer trocar de equipe ano que vem. Christian Horner respondeu forte, chamando Sainz de ingrato, e que sem a Red Bull ele jamais estaria na F1. Verdade, assim como Sainz também quer o melhor para a sua carreira e, em seu entendimento, o melhor seria que os taurinos lhe dessem asas para outras equipes, buscando um protagonismo que não terá na própria Red Bull. O programa de pilotos da equipe não tem ninguém para substituir a fraca temporada de Kvyat, imagina substituir dois de uma vez só? Esse é o drama de Helmut Marko e Horner.

As atualizações da Williams não deram certo, por enquanto. Mesmo em circuito de alta, os tempos de Massa e Stroll não foram bons. É de praxe os ingleses esconderem o jogo nos primeiros treinos, mas não sei até que ponto o rendimento fraco até aqui é apenas um despiste ou não. Só amanhã para sabermos.

Confira a classificação dos treinos livres do GP da Áustria:



Até!


sexta-feira, 7 de julho de 2017

GP DA ÁUSTRIA - Programação

O circo da Fórmula 1 voltou a Áustria em 2014, após a Red Bull comprar e reformular o complexo que abriga o circuito, rebatizando-o de Red Bull Ring. A prova não acontecia no país desde 2003.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:08.337 (Ferrari, 2003)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:07.922 (Mercedes, 2016)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Alain Prost - 3x (1983, 1985 e 1986)

ALONSO DEFENDE VANDOORNE: "DIFÍCIL PARA TODOS NÓS"

Foto: F1Fanatic
O belga, juntamente com Ericsson e Palmer (sem contar Giovinazzi e Button), é um dos três que ainda não pontuou na temporada. Badalado pelas conquistas nas categorias de base (destaque para o título avassalador da GP2 em 2015, com o melhor aproveitamento da história da categoria), o comentário do paddock é de que Vandoorne está abaixo de seu potencial. Muitos já duvidam se ele é tudo isso.

Não é, definitivamente, o caso de Fernando Alonso. O bicampeão, de saída iminente da equipe, disse que a temporada está sendo difícil para todos, especialmente para Stoffel, que nunca correu em várias corridas do circo da F1. Eric Boullier, o chefe, fez uma análise de que o desempenho do belga está abaixo do esperado.

“É difícil e frustrante para ele porque ele não conhece a maioria das pistas, tem de aprender os circuitos e toda a F1”, afirmou o espanhol. “E isso não é possível porque você não pode treinar. Então, nos primeiros treinos, se o carro quebra, aí você tem de ir direto para a classificação sem preparo algum”, salientou.

Então, Vandoorne não tem um pai com um caminhão de dinheiro para bater e fazer o que quiser, embora esteja em uma equipe historicamente gigante. É injusta e desproporcional as cobranças sobre o belga. A busca pelo imediatismo irrita. O que pode, sim, cobrá-lo são os incidentes na Espanha e em Mônaco, onde teve a grande chance de marcar muitos pontos e bateu tolamente.


Lembrem-se que seu companheiro de equipe tem apenas dois pontos no campeonato arrancados à forceps na corrida passada e dispõe dos melhores equipamentos para ser testados, ajustados e aprovados. Não é certo colocar Vandoorne na mesma prateleira que Ericsson e Palmer, por exemplo. Um tempo para Vandoorne.

KUBICA: 80 OU 90% DE CHANCES DE VOLTAR À F1

Foto: F1Fanatic
Se Cyril Abiteboul, chefe da Renault, resolveu esfriar os ânimos dos fãs, o polonês voador resolveu esquentá-los outra vez. Durante o final de semana passada ele guiou outra vez um Lotus 2012 pintado de Renault no tradicional Festival Goodwood, na Inglaterra. Lá, ele revelou ao site "Auto Express" que suas chances de retornar a categoria aumentaram bastante. O motivo?

Segundo a BBC, o polonês foi chamado para outro teste, em data e local não definidos. "Se você me perguntasse o quão realisticamente eu estava pensando que uma volta à F1 fosse possível antes (do teste), eu daria 10% ou no máximo 20% de chances. Porque o relógio está correndo, não só o da classificação, mas também estou ficando velho. Hoje, como sou realista, tenho meus pés no chão, então colocaria as chances em 80% ou 90%", revelou.

Anteriormente, já havia sido veiculado que Kubica havia sido mais veloz que o russo Sergey Sirotkin, piloto de testes da equipe francesa. Outras informações apontam que o polonês, em testes nos simuladores da equipe, está andando no mesmo ritmo de Hulkenberg, o líder da Renault.

Palmer está fora do baralho. Como já disse antes, a conta não fecha. Hulk, Kubica e Alonso, um vai ficar de fora.

Meu temor é que o pessoal fique decepcionado caso o desempenho de Kubica seja decepcionante. É preciso lembrar que ele praticamente tem apenas um braço. É sempre bom desconfiar das outras informações. Na "nova F1", o retorno de Kubica depois de tantos anos afasatado pelo seu acidente e do jeito que foi seria um baita enredo para a categoria e também para o público médio. Uma história de suor, talento e superação.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 153 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 139 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 111 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 92 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 73 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 45 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 44 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 35 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 29 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 20 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 18 pontos
12- Lance Stroll (Williams) - 17 pontos
13- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
14- Romain Grosjean (Haas) - 10 pontos
15- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
16- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
17- Fernando Alonso (McLaren) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 250 pontos
2 - Ferrari - 226 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 137 pontos
4 - Force India Mercedes - 79 pontos
5 - Williams Mercedes - 37 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 33 pontos
7 - Haas Ferrari - 21 pontos
8 - Renault - 18 pontos
9 - Sauber Ferrari - 5 pontos
10- McLaren Honda - 2 pontos

TRANSMISSÃO


quarta-feira, 5 de julho de 2017

RECOMENDAÇÕES

Foto: Reprodução
Olá! O post de hoje será sobre o lançamento de dois documentários essencialmente interessantes e indispensáveis para nós, amantes do automobilismo, principalmente da F1. Nesse fim de semestre onde estou acamado, vale e muito a dica. Vamos lá:

McLaren - O homem por trás do volante: O documentário sobre o piloto neozelandês Bruce McLaren, que fundou a equipe homônima, foi lançado em DVD faz quase um mês. O longa, dirigido por Roger Donaldson, apresenta passagens sobre a vida do piloto, sua carreira na F1 e a fundação da equipe McLaren, onde competiu e é hoje uma das maiores equipes da categoria.

O documentário está disponível nas lojas, na internet e nos serviços on demand das TVs por assinatura. Confira!


Foto: Reprodução
No mês que vem, será a vez da Williams lançar seu documentário. Dirigido por Morgan Matthews, o filme irá contar a trajetória de 40 anos da equipe na F1, com imagens "inéditas e lendárias" de grandes figuras da equipe, incluindo entrevistas exclusivas com Jackie Stewart, Alan Jones, Nigel Mansell e Nelson Piquet. Não se sabe se o documentário será exibido no Brasil. Preferem passar filme de super-heróis...

De acordo com o anúncio da equipe, o documentário "é um retrato honesto, autêntico e incrivelmente revelador de uma das histórias mais extraordinárias no automobilismo."

Williams terá sua estreia mundial na terça-feira que vem, dia 11 e chegará aos cinemas europeus no dia 4 de agosto.

Muito ansioso! Confesso que já deveria ter assistido ao do McLaren mas a preguiça me consome... parece de propósito as duas equipes terem lançados documentários no mesmo ano em um curto espaço de tempo entre os dois. Fantástico!

É a chance de mostrar a história e a paixão por trás das equipes, através das pessoas, que muitas vezes ficaram perdidas no tempo, diante da modernidade e que nós precisamos entender e resgatar esse sentimento para a atual F1.

Diante dessa filosofada sem sentido, confesso, me despeço. E assistam! Me cobrem para vê-los também!

Até!