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quinta-feira, 2 de setembro de 2021

RITO DE PASSAGEM - Parte 4

 

Foto: Getty Images

Olá, eu sou de novo.

O que você fazia em 2001? Como você era, onde você estava?

Eu já contei essa história antes. Era apenas uma criança que morava em Canoas e começava a me desenvolver. Escola, ainda no ensino fundamental, futebol, futsal, videogame, recortar papéis para brincar de corridas, pedir miniaturas de presente pro Coelhinho da Páscoa e receber de resposta que ele só dá chocolates, essas coisas. Eminem ainda não fazia parte do meu universo. Ainda.

Nessa época, um finlandês que havia pulado muitas categorias estreava na F1. Esse não é um post pra contar detalhadamente a história de Kimi Raikkonen, todos vocês já conhecem e pretendo revisitá-la em breve, é claro, mas não hoje.

O que quero dizer é: é ou foi uma jornada e tanto. O que o mundo, eu mesmo e as coisas ao meu redor mudaram: cidades, hábitos, estudos, descobertas, altos e baixos, viagens, etc. O que quase não mudou: em boa parte dos domingos lá estava ele na minha TV, junto com Alonso, Schumacher e outros heróis.

A aposentadoria do Schummi e de Rubinho deixaram uma lacuna. Talvez longe do auge, Raikkonen e Alonso já não eram mais jovens meninos. nem eu. Saí da escola, entrei na faculdade, me formei, virei adulto, entramos na pandemia e eles continuam lá. Alonso permanece ainda, virou o grande símbolo e o último dos moicanos, aquele que, junto com Slim Shady é claro, me conecta a infância, onde tudo começou e me moldou para o que eu faço na vida até hoje. 

Entre idas e vindas, o estilo "tô nem aí" no fundo é apenas uma coisa simples: eu quero correr até quando for possível. Deveria ser um lema em nossas vidas, mas infelizmente não é assim que a banda toca.

Em tudo que fiz, a presença dele nos domingos, como se fosse um amigo ou alguém próximo, estava lá. Aproveitar a jornada. Ao mesmo tempo que parece ser até o fim o meu gosto por acompanhar determinadas coisas, parecia natural que pilotos e personagens fossem a mesma coisa, só que aí vem o tempo.

Notícias como a de hoje são obviamente esperadas. O boato publicado ontem fez sentido. Uma parte se confirmou. A lição que fica é: o tempo é imbatível e tudo vira um passado que, infelizmente, fica cada vez mais distante.

Ao mesmo tempo que temos noção disso, precisamos entender e valorizar o futuro. Ainda teremos algumas corridas para acompanhar o campeão mundial e que disputou mais GPs na história. Um resto do presente como eu conheci. Nem tudo é tão desesperador, agora Alonso vai estar sozinho definitivamente, assim como Kimi segurou a bola nos últimos anos. Ver Schumacher, Button, Barrichello e Massa saindo de cena foi o caminho tão natural quanto sair da escola, entrar na faculdade, ir em festas, ter encontros, virar adulto, começar a narrar e locutar, etc. 

O tempo é imbatível e insuperável e me lembra, cada vez mais incisivo, uma mensagem simples: estou ficando velho. Estamos ficando velhos. O presente vira um passado distante e precisamos sempre olhar em frente, por mais que agora olhar para trás seja doloroso porque isso está apenas na nossa memória ou nos vídeos quando nossa cabeça começar a falhar.

Estamos ficando velhos.

Até!

terça-feira, 20 de outubro de 2020

CORRIDA PORTUGUESA COM CERTEZA!

 

Foto: Getty Images

25 anos longe do calendário da F1, no mínimo duas gerações de fãs não são familiares ao tempo onde Portugal recebia anualmente um Grande Prêmio. Então, no post de hoje, vamos relembrar algumas corridas marcantes nesse circuito.

Começando, é claro, por 1985. Quem não sabe que foi em Estoril que Ayrton Senna fez sua primeira pole e venceu de baixo de um dilúvio bem no feriado de Tiradentes e no dia que morreu Tancredo Neves, o então presidente que iria tomar posse após a ditadura militar? Relembre:


1990: Na antepenúltima etapa da temporada, a disputa era entre Senna na McLaren contra Prost na Ferrari. No entanto, o paddock tinha algumas informações quentes: o surpreendente Jean Alesi, na Tyrrell, optou por assinar com a Ferrari. O francês chegou a estar alinhado com a poderosa Williams. Os italianos também ofereceram contrato de um ano para Alessandro Nannini, mas este recusou.

Nigel Mansell, desgostoso com o tratamento na Ferrari, tinha anunciado aposentadoria para o final do ano. No entanto, informações davam conta de que o inglês assinaria com a Williams por duas temporadas. Quis também o destino que Mansell conquistasse a única vitória na temporada em Estoril. A corrida acabou dez voltas mais cedo depois do acidente entre Alex Caffi (Arrows) e Aguri Suzuki (Larrousse). Senna chegou a frente de Prost e deu um passo importante para conquistar o bicampeonato.



1992: mais uma vez o extra-pista foi marcante em Estoril. Naquele final de semana, foi confirmado o retorno de Alain Prost para a F1 na poderosa Williams, assim como o acerto da ida de Nigel Mansell para a Indy, na equipe Newman-Haas. Campeão na Hungria, o Leão venceu pela nona vez na temporada, um recorde até então.



1993: de volta a F1, Prost tinha o "carro de outro planeta", em mais uma temporada hegemônica da Williams. Naquele final de semana, mais bombas: Michael Andretti tinha saído da McLaren e voltado para o CART, nos Estados Unidos. Para o seu lugar, estreou um certo Mika Hakkinen como companheiro de equipe de Ayrton Senna... o brasileiro, por sua vez, anunciou para os jornalistas brasileiros que não continuaria na McLaren em 1994 e afirmou que Prost estava se aposentando. Dito e feito: o francês falou pouco depois e confirmou a decisão.

Na pista, Prost sacramentou o tetracampeonato mundial com um segundo lugar, atrás de Michael Schumacher, que venceu pela Benetton. Na época, o francês foi apenas o segundo piloto da história a atingir quatro conquistas ou mais.

Foto: AutoRacing




1995: a penúltima vez em Estoril, um pouco depois que nasci, tinha Schumacher cada vez mais perto do bicampeonato com a Benetton, mas a Williams tentava incomodar. David Coulthard largou na pole e venceu pela primeira vez na carreira antes de partir para a McLaren. A corrida também foi marcada pelo acidente na largada entre Katayama (Tyrrell), Luca Badoer (Minardi), Roberto Pupo Moreno, Pedro Paulo Diniz (ambos da Forti Corse) e Andrea Montermini (Pacific).



Essa são algumas das lembranças do Grande Prêmio de Portugal, de volta ao calendário, de forma excepcional, neste 2020 inédito no também novo circuito de Algarve, em Portimão. 

Até!

terça-feira, 30 de junho de 2020

RELEMBRANDO OSTERREICHRING

Foto: AutoSport
Finalmente é semana de corrida. De novo. Dessa vez sem cancelamentos. Como tudo agora será atípico até o final do ano, a F1 começa definitivamente a jornada de 2020 na Áustria, com duas corridas no Red Bull Ring.

Pouca gente sabe, no entanto, que o curto e veloz autódromo sediado na região de Zeltweg, na cidade de Spielberg, já foi um circuito muito maior, mais perigoso e igualmente veloz, e é neste post que iremos relembrar algumas corridas em Osterreichring.

A Áustria entrou no calendário da F1 em 1970. Com curvas velozes, subidas, descidas e áreas de escape com barrancos e plantações com guard rails, a pista foi se tornando cada vez mais perigosa com o passar dos anos, a medida que os carros também ficavam naturalmente mais velozes.

1975. Durante o warm-up, o americano Mark Donohue, da Penske, sofreu um forte acidente. O pneu estourou e o carro atravessou o guard rail e as telas de proteção, caindo em um barranco. Ele bateu de cabeça em um poste. Apesar de ser retirado consciente, o americano começou a passar mal e foi para o hospital, onde morreu de hemorragia cerebral.


Os perigos de Osterreiching estavam claros. Dois dias antes, na curva Rindt, o brasileiro Wilson Fittipaldi quebrou o punho num acidente no treino livre, guiando a Copersucar.

Durante o resgate de Donohue, o temporal começou e a corrida foi atrasada em 45 minutos. O piloto local, Niki Lauda, precisava apenas de um ponto para ser campeão em casa e largava na pole. No entanto, com o forte temporal, foi perdendo rendimento conforme a chuva aumentava.

Isso propiciou ao italiano Vittorio Brambilla, que largava em oitavo com a March, ultrapassar todo mundo e assumir a liderança, seguido pela Hesketh de James Hunt e Tom Pryce, na Shadow. A corrida foi encerrada na volta 29 em virtude da forte chuva. A primeira e única vitória do italiano na F1, que bateu depois de tirar as mãos do volante para comemorar. Lauda, em sexto, fez meio ponto porque a corrida teve menos de um terço de duração, adiando o primeiro título para a corrida seguinte.

Foto: Reprodução



1980. Os perigos de Osterreichring mais uma vez se mostravam presentes. A Arrows de Jochen Mass bateu nos treinos livres e o alemão, com lesões no pescoço, foi vetado da corrida.


Apesar dos motores velozes, a Renault sofria com a falta de confiabilidade. Mesmo assim, fez a primeira fila com Jabouille e Arnoux, seguido pela dupla da Williams, Alan Jones e Carlos Reutemann.

Na largada, Jones até saltou a frente, mas os franceses reagiram. Com uma parada ruim, Arnoux ficou fora da jogada e o francês Jabouille conseguiu a segunda vitória na carreira, a primeira no ano, seguido pela dupla da Williams no pódio.


Essa corrida marcou a estreia de um certo Nigel Mansell na F1, a bordo de uma Lotus.

Foto: Reddit
Em 1985, o mais marcante foi mais uma capotagem espetacular de Andrea De Cesaris, o que foi suficiente para que fosse demitido da Ligier. Na pista, Alain Prost teve uma vitória tranquila, seguido por Ayrton Senna e Michele Alboreto no pódio.


1987. Uma pista com alta velocidade média, carros mais velozes e muitos problemas de segurança. A bruxa estava solta. Nos treinos, a McLaren de Stefan Johansson bateu em um cervo que invadiu a pista. O piloto ficou bem, já o animal... Piquet também se acidentou ao se chocar com a AGS de Pascal Fabre.

A largada teve que ser feita três vezes: na primeira, Martin Brundle (Zakspeed) bateu sozinho, mas Jonathan Palmer (Tyrrell), Philippe Streiff (Tyrrell) e Piercarlo Ghinzani (Zakspeed) se chocaram num incidente à parte. Na segunda tentativa, Nigel Mansell largou mal, e quem estava atrás não pôde desviar na apertada reta dos boxes: Eddie Cheever (Arrows), Riccardo Patrese (Brabham), Johansson, Alex Caffi (Osella), Ivan Capelli (March), Fabre, Philippe Alliot (Larrousse), Brundle e Christian Danner (Zakspeed) bateram, o que bloqueou totalmente a pista.

Caos na largada do GP da Áustria de 1987. Foto: Getty Images


Mansell se recuperou da largada e conseguiu vencer Nelson Piquet na batalha interna das duas Williams. Antes de ir para o pódio, ele bateu de cabeça numa passarela e ficou com um galo na cabeça. Coisas de Mansell.

Essa foi a última corrida no veloz circuito. Ele foi retirado do calendário devido a falta de segurança. Em dez anos, a pista foi modificada tanto nas estruturas quanto no traçado e agora é como nós conhecemos atualmente: o antigo A1 Ring, agora Red Bull Ring. Que a F1 se inspire nos causos austríacos do passado e proporcione uma grande corrida para os fâs depois de 7 meses ausente.

Até!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

A CORRIDA 1000

Foto: F1i
Ah, a China. Diferente de alguns que acham ruim o palco da milésima corrida ser em um país sem tradição, não se pode mudar o calendário. Diversidade é tudo. Lógico que Silverstone seria histórico, mas o mundo precisa girar. A China também é um palco histórico onde Schumacher venceu pela última vez e está no calendário desde 2004, onde Rubinho foi o responsável pela primeira vitória.

Bom, o intuito do post é relembrar outras corridas com números marcantes. Vamos lá:

CORRIDA N° 100: GP DA ALEMANHA DE 1961


Foto: Reprodução
A primeira corrida da F1 foi em 1950. Portanto, a centésima edição foi realizada 11 anos depois, no antigo traçado de Nurburgring, na Alemanha. Os carros já estavam no famoso formato das "baratinhas" e o bico tubarão da Ferrari. Phil Hill, da equipe italiana, saiu na pole. No entanto, a vitória ficou com Stirling Moss, da Lotus. Wolfgang Von Trips foi o segundo e estava muito perto de ser o primeiro alemão campeão, mas acabou falecendo semanas depois, no GP da Itália, em um acidente que também vitimou 14 espectadores. O título ficou com Hill e a Alemanha finalmente conheceu seu primeiro campeão apenas 33 anos depois.


CORRIDA N° 200: GP DE MÔNACO DE 1971

Foto: Reprodução YouTube
Mais dez anos se passaram e a F1 já era outra, bem mais moderna, se aproximando dos conceitos da indústria aeronáutica. O palco era luxuoso. Na pista, ficou evidenciado o domínio da Tyrell de Jackie Stewart, que fez a pole e venceu com grande autoridade a segunda das seis etapas conquistadas na temporada que lhe deu o segundo título mundial.


CORRIDA N° 300: GP DA ÁFRICA DO SUL DE 1978

Foto: Reprodução
Na terceira etapa da temporada, Niki Lauda (que deixou a Ferrari após o bicampeonato em 1977) fez a pole com a Brabham. No entanto, a corrida foi marcada por muitas quebras nos ponteiros, começando pelo próprio austríaco. Na sequência, Mario Andretti, Riccardo Patrese e Patrick Depailler sentiram o cheiro da vitória, mas diferentes infortúnios os impediram. No final, sobrou para o sueco Ronnie Peterson vencer na última vitória, ultrapassando o francês. Meses depois, a favoritíssima Lotus de Andretti seria campeã, enquanto que o companheiro sueco faleceria no GP da Itália.



CORRIDA N° 400: GP DA ÁUSTRIA DE 1984

Foto: Reprodução


Em 1984, Brabham, Ferrari e McLaren disputavam o título. O brasileiro Nelson Piquet foi o pole, mas a equipe de Woking formada por Niki Lauda e Alain Prost era superior na corrida. Dito e feito. Em Spielberg, o piloto da casa não tomou conhecimento e escalou o pelotão para vencer tranquilamente pela única vez em casa no ano em que conquistou o tricampeonato por meio ponto de vantagem diante de Prost.


CORRIDA N° 500: GP DA AUSTRÁLIA DE 1990

Foto: Reprodução
A corrida 499 foi marcada pelo bicampeonato de Ayrton Senna no famoso "acidente da vingança" com Alain Prost na primeira curva de Suzuka. O brasileiro largou na pole, mas abandonou no final da prova com problemas no câmbio. Piquet, na Benetton, herdou a liderança. Nas voltas finais, foi atacado pela Ferrari de Nigel Mansell, mas o brasileiro deu uma fechada para garantir a vitória que encerrava aquela temporada.


CORRIDA N° 600: GP DA ARGENTINA DE 1997

Foto: Reprodução
Uma das temporadas mais disputadas da história teve como confronto a Williams de Villeneuve contra a Ferrari de Schumacher. Dominando o início de temporada, o canadense foi o pole, enquanto o alemão saiu em terceiro e abandonou na primeira curva em um acidente com Barrichello, ainda na Stewart. Apesar de controlar a prova toda, Villeneuve teve que superar uma pressão da outra Ferrari, de Eddie Irvine, para vencer. Ele seria o campeão no final do ano depois daquela famosa disputa com o alemão.



CORRIDA N° 700: GP DO BRASIL DE 2003

Foto: Getty Images


Uma das maiores corridas da história da Fórmula 1 também em um número emblemático. Essa você já conhece: início da temporada de 2003 com muito equilíbrio entre Ferrari, McLaren e Williams. Rubinho foi pole e largou com pneu de chuva, apesar de estar nublado. Foi perdendo posições na largada mas depois com o retorno da chuva acabou assumindo a ponta. Enquanto isso, na curva seguinte ao S do Senna, muitos carros batiam forte por ali, incluindo Schumacher, Montoya, Button, Wilson... Rubinho vinha para vencer até que uma pane seca pôs fim ao seu sonho de ganhar em casa. Depois, com a dupla da McLaren na frente, Raikkonen errou, Coulthard parou e de mansinho Fisichella assumiu a liderança com a Jordan. Webber e Alonso bateram forte na subida do Café, o que interrompeu definitivamente a corrida. Um erro foi feito e a vitória foi dada para Raikkonen, o que só foi desfeito de fato na corrida seguinte, em Ímola. A última vitória da Jordan.




CORRIDA N° 800: GP DE CINGAPURA DE 2008

Foto: Divulgação
Outra corrida histórica e que vocês já sabem a história. Primeira corrida em Cingapura, primeira corrida noturna e a disputa entre Massa e Hamilton. O brasileiro largou na frente e liderava tranquilo até que Nelsinho Piquet bateu de propósito e provocou um Safety Car para beneficiar Alonso. Na parada, a mangueira de combustível ficou e o brasileiro se ferrou. Alonso venceu pela primeira vez no retorno a Renault e no ano seguinte ficou comprovada a farsa.




CORRIDA N° 900: GP DO BAHREIN DE 2014

Foto: AUSmotive.com
Esse eu também já falei e não faz muito tempo. No início da era híbrida, Rosberg e Hamilton duelavam pelo topo. A corrida ficou marcada pela disputa dos dois, onde o inglês segurou até o fim para vencer, com Sérgio Pérez surpreendendo com a Force India e fechando em terceiro.



Bem, essas foram as corridas do 100 até o 900. Vejamos como será a milésima e espero estar por aí na 1100, 1200... até!




terça-feira, 28 de agosto de 2018

RITO DE PASSAGEM - Parte 3

Foto: Reprodução/Fernando Alonso.eu

Acabo de completar 23 anos. Meu pai e meu irmão vieram aqui, comemos pizza. Ganhei dois livros de presente.  A princípio, são muito interessantes: “A elite do atraso”, do Jessé de Souza, e um do Mário Sérgio Cortella cujo nome não lembro agora e está muito escuro e tarde para eu levantar e ver. A velha preguiça. Quase dois anos depois, estou aqui de volta para fazer um balanço de como as coisas estão.

Ao contrário do que esperava, Kimi e Alonso seguem. Ou, não tão contrário assim, pode ser suas últimas temporadas. Alonso já disse que se despede no fim do ano. O ponto central do texto. Quando comecei a escrever, tudo se motivava em perceber como as saídas de Button e Massa (essa só, de fato, no ano passado) mostravam que a F1 e a minha vida estavam caminhando para um novo momento.

Tinha acabado de me mudar de residência. Primeiros dois meses, mas já pareciam mais. Agora, são mais de dois anos. Parece mais do que já. Aqui, concluí os semestres que faltavam. Me formei. Uma etapa concluída. Parecia o fim da fase de estudos e de um destino guiado desde pequeno. Quis o destino, minhas decisões e a consequência delas que voltasse para a sala de aula. Curso técnico. Necessário o DRT para trabalhar. Comecei uma nova língua, estou tentando aprender a falar em italiano. Inglês parecia mais fácil no início, mas vamos lá.

A saída de Alonso é mais um passo rumo ao final definitivo de um capítulo da minha vida: o do estudo acadêmico,acompanhado desde Canoas até agora. Sem ele e Raikkonen, eu e a F1 estaremos começando um novo ciclo e procurando por novos desafios, assim como a fênix.

Bom, talvez o curso técnico seja o último suspiro, tal qual as permanências de Raikkonen e Alonso na categoria. Quem diria que o IceMan seria o veterano mais longevo dos quatro, olhando lá de trás? Quem diria que ainda estaria estudando e com um ano mais corrido do que o anterior?

Foto: Reprodução/Twitter
Assim como na F1, não sei o que virá em diante. O simples e óbvio é dizer que uma hora ou outra estarei empregado em algum lugar. Assim espero. O que será da F1? Já temos Halo, um monte de modernidades e coisas artificiais, mas cadê as verdadeiras mudanças? O equilíbrio financeiro, a gestão responsável e o crescimento de quem está lá atrás? E os novos pilotos? Vamos seguir acompanhando Vettel e Hamilton empilhando títulos até cansarem? Aliás, os dois se encaminham para serem não só os mais vencedores como também os mais longevos.


Estranho perceber que o primeiro negro da F1 e aquele que parecia o Justin Bieber representam o que eu enxergava em Schumacher na infância. Bom, dessa vez são dois grandes campeões na mesma geração, dois entre os maiores de todos os tempos. Saudosismo em excesso? São as transformações da vida.

Assim como Raikkonen, Vettel e Hamilton, talvez continue estudando ou encontrando alternativas para seguir minha vida e minha carreira (?). Estamos sem respostas e sim com muitas dúvidas, incertezas, inseguranças, inquietações e ao mesmo tempo animação e ansiedade em descobrir o desconhecido. Resta para eu e a F1 buscarmos essas respostas aos nossos anseios, lembrando o passado que nos acompanha mas também buscando o que vai nos sustentar lá na frente
.
Talvez pela primeira vez em muito tempo que nós estejamos tão incertos. O que vai ser de nós em 2021? Hora de percorrer (ou continuar) o caminho que me levará a essa resposta. Prometo não demorar a voltar. Quando sentir as coisas igual eu estou sentindo agora, estarei pronto para descrever tudo isso.

Até.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

OS REIS DA INGLATERRA

Foto: AP
Esse post é praticamente um vídeos e curtinhas sem esse título porque achei o de cima melhor, mas o intuito é o mesmo. Aí vai!

No país onde foi realizada a primeira corrida da história da F1, hoje temos um triplo empate entre os três maiores vencedores do Grande Prêmio da Inglaterra. Até hoje, ele foi realizado em três circuitos diferentes: Silverstone, Brands Hatch e Aintree.

Jim Clark é o único que venceu nos três locais. O primeiro triunfo foi em Aintree, em 1962, guiando a Lotus. Ele acabou vencendo mais três vezes seguidas com a mesma equipe (em 1963 Silverstone, 1964 Brands Hatch e 1965 Silverstone outra vez), voltando a ganhar em Silverstone em 1967.



Foto: Motorsport
Entre os anos 1980 e 1990, Alain Prost conseguiu a proeza de igualar o recorde de Clark, vencendo com quatro equipes diferentes (Renault, McLaren, Ferrari e Williams) em 1983, 1985, 1989, 1990 e 1993, respectivamente.

Relembre a vitória de 1989 na McLaren, quando conquistou o tricampeonato, com direito a rodada do então companheiro de equipe e desafeto Ayrton Senna:


Foto: F1
Quinze anos depois da quinta vitória de Prost, um outro britânico começava em Silverstone uma trajetória de sucesso. Largando em quarto, Lewis Hamilton deu um show em casa, levando a torcida ao delírio para vencer pela primeira vez na Inglaterra, colocando mais de um minuto de vantagem para Nick Heidfeld e Rubens Barrichello, que completaram o pódio. Relembre:


Depois disso, Hamilton venceu as quatro últimas edições, correndo pela Mercedes.

Até!

terça-feira, 5 de setembro de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #34

Foto: Divulgação
Definido o futuro de Alonso: o Real Madrid. Ok... o piloto foi homenageado como membro do clube honorário da equipe espanhola. Os feitos do asturiano foram destacados pelo presidente Florentino Pérez. Don Alonso visitou o vestiário e o gramado do Estádio Santiago Bernabéu.

Enquanto isso, na F1... Flavio Briatore garantiu que em 2018 a McLaren irá usar o motor Renault. É uma nomenclatura muito estranha, além da parceria, é claro. Nada que supere o McLaren Peugeot de 1995, que foi um tremendo fracasso. Mesmo que a Honda deposite muita grana, a sua saída seria o único estimulo para a permanência de Alonso. Veja só que ironia: a Honda exigiu Alonso para retornar a F1 com a parceria pela McLaren, agora é o espanhol que exige a saída dos japoneses para permanecer na equipe inglesa.

Eu não assisto Game of Thrones. Com isso, tampouco sei quem são os personagens e as piadas que poderiam ser feitas com esse fato. A questão é que Kit Harington, o "Jon Snow" e "Sor Davos Seaworth" (Liam Cunnigham) estiveram presentes no GP da Itália e andaram de carona no F1 de dois lugares - uma Minardi de 2005 adaptada, isso sim o mais interessante de tudo, com seu mítico motor V10. Confira!


Hoje faz 27 anos do falecimento de Jochen Rindt. O austríaco, companheiro de equipe de Emerson Fittipaldi, foi o único campeão mundial póstumo da história da categoria. Ele tinha 28 anos e faleceu em um acidente no treino classificatório do GP da Itália, utilizando o carro que seria guiado por Fittipaldi. Confira um vídeo especial sobre a carreira desse grande piloto:


Por enquanto é isso, até!

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

PIQUET, 65

Foto: MotorSport
Hoje Nelson Piquet completa 65 anos. Um dos maiores pilotos da história não só do Brasil mas de todo o automobilismo. Dispensa apresentações. O post de hoje é um tributo com três vitórias inesquecíveis de Nelson. Vamos lá:

1980 - Na época, o Brasil estava há cinco anos sem vitórias. A última havia sido por Emerson Fittipaldi em 1975. Depois que fundou a Copersucar, o país vivia vacas magras. Entretanto, o jovem Nelson Piquet, aos 23 anos e na terceira temporada na F1, venceu pela primeira vez na categoria no dia 30 de março de 1980, no Grande Prêmio dos Estados Unidos-Oeste, em Long Beach. Largando na pole, liderou de ponta a ponta e venceu facilmente. Emerson Fittipaldi foi o terceiro em seu último pódio na F1. Nessa corrida, Clay Regazzoni se envolveu em um acidente com John Watson e ficou paraplégico. Tudo isso com a narração de Galvão Bueno pela Bandeirantes!


1983 - Na abertura da temporada onde seria bicampeão, Piquet largou em quarto em sua casa, Jacarepaguá. Apesar de Keke Rosberg dominar os treinos, o brasileiro deu show na corrida, onde ultrapassou o finlandês, Prost e Patrick Tambay e na sexta volta já liderava, de onde não saiu mais. Nessa corrida teve pela primeira vez a execução do Tema da Vitória para o triunfo de um piloto brasileiro.


1990 - Na corrida 500 da F1, o bicampeonato de Senna já havia sido definido no Japão, onde Piquet havia vencido com a histórica dobradinha com Roberto Pupo Moreno pela Benetton. O tricampeão também venceu a última prova daquela temporada em mais uma disputa com Nigel Mansell. Senna, pole e líder por 61 voltas até rodar e abandonar. Piquet assumiu a liderança e era atacado pelo inglês. Na última volta, pressionado, o brasileiro aproveitou a retardatária Brabham para ficar com um carro de distância sobre Mansell na última curva e ficou na parte limpa. O inglês, na parte suja, tentou passar, mas Piquet fechou a porta, forçando Mansell a ter que tirar o pé e evitar uma batida. Piquet terminou em terceiro naquele Mundial.



Por enquanto é isso, pessoal. Em breve a parte 2 da análise parcial da temporada. Até mais!



quarta-feira, 12 de julho de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #33

Foto: Reprodução
Fala, galera! Hoje vai ser curto e grosso (ou não):

Depois da especulação sobre a chegada de uma equipe chinesa na F1 nos próximos anos, um velho novo boato retorna: a excêntrica Stefan GP. A última tentativa da equipe do empresário Zoran Stefanovic foi em 2010, quando ele comprou chassis desenvolvidos pela Toyota, que se retirou da F1 meses antes, mas rapidamente se viu que a equipe sérvia não chegaria a lugar nenhum.

Pois bem, dessa vez a tentativa parece ser mais séria. Ficou definido que a sede da equipe será em Parma, na Itália. Também já existe o planejamento para a contratação de funcionários. Zoran se encontrou com Ross Brawn na Áustria, no último final de semana, para discutir detalhes da empreitada. A ideia do empresário é entrar na F1 em 2019, dessa vez com a construção dos próprios carros. Entretanto, a FIA ainda não sinalizou quando irá abrir um novo processo seletivo para a chegada de novas equipes.

Basta lembrar que Hispania, Caterham e Manor faliram. Óbvio que seria legal preencher o grid com mais uma ou duas equipes, principalmente aquelas com procedência duvidosa, pilotos folclóricos e gambiarras estilo Super Aguri correndo com a Arrows 2002 adaptada para 2006. Ou não.

Foto: MotorSport
Agora, duas notícias que envolvem a Honda:

Segundo a "Gazzetta dello Sport", dirigentes da McLaren estariam buscando acordo com a Ferrari para o fornecimento de motores para a próxima temporada. Convenhamos, isso seria uma humilhação, dada a rivalidade das duas equipes. Imagina um "McLaren Ferrari" na transmissão, ou "McLaren Fiat", "McLaren Alfa Romeo" ou qualquer coisa do tipo? Lamentável. Creio que seja apenas pressão para a negociação com a Mercedes e um aviso para a Honda. Uma dúvida: não chegou a hora da McLaren produzir seu próprio motor? Dinheiro é o que não falta...

Depois da demissão de Monisha Kaltenborn, a Honda teria desistido do acordo com a Sauber, válido a partir da temporada que vem. O clima de incerteza na equipe suíça seria o motivo dos japoneses voltarem atrás, o que é negado pela Honda. A Sauber não se manifestou. Realmente, investir em uma equipe cujo o Ericsson é a prioridade é complicado. Além do mais, seria o momento em que os japoneses percebem que estão desperdiçando dinheiro em um projeto fracassado e iriam se retirar para, quem sabe, retornar mais forte a partir de 2020? A própria McLaren na Áustria amenizou o clima com a equipe. Seria uma baixada de bola? Como tudo é fofoca, tudo é especulação e perguntas retóricas. Temos que pensar em todas as possibilidades, não é mesmo? O mundo da F1 é mais imprevisível que as corridas, sem dúvida alguma.

A BMW irá ingressar na Fórmula E.

Kvyat e Sainz devem permanecer na Toro Rosso no ano que vem.

Kubica irá participar de outro teste com a Renault em Paul Ricard com o Lotus 2012 e de um treino com o RS17 em Hungaroring. Ele já pilota o modelo 2017 no simulador. A ideia é fazer um comparativo com os tempos de Hulkenberg. Caso o polonês seja aprovado, a última etapa seria a liberação da FIA, certificando-se que Kubica tenha condições físicas de dirigir um F1, mesmo com as limitações impostas pelo acidente de rali, em 2011. Na torcida!

Para finalizar, relembre duas edições do GP da Inglaterra, em Silverstone. Escolho a vitória de Emerson Fittipaldi, a primeira das quatro vitórias brasileiras na Inglaterra, há 45 anos atrás e a vitória de Kimi Raikkonen, campeão mundial uma década atrás. Relembre:




Até!

terça-feira, 18 de abril de 2017

ATRASADOS

Foto: Zumbio
A polêmica de Verstappen está longe de acabar. Até agora, a frase "ele é brasileiro, não adianta discutir" não foi explicada pelo polêmico holandês. O que ele quis dizer com isso? A maioria entendeu como uma ofensa ao caráter do brasileiro ou até mesmo as habilidades de Felipe, único representante do país na F1. Não importa. Digo, importa. Os HUEBR, putos da cara, invadiram as redes sociais de Max com ofensas, que se desculpou hoje.

Cheguei a ler que a frase foi proferida em tom de brincadeira, aos risos, mas transformada em muito mais sério do que deveria. Esse tipo de comentário é complicado de se fazer, principalmente quando esse alguém é uma pessoa pública, de muitos fãs e que representa uma marca de penetração mundial, como é a Red Bull em diversos segmentos. Por isso, também, que internamente o rebelde holandês levou um leve "puxão de orelhas".

Não vou me estender no debate sociológico de quem acredita que isso resume o pensamento de um europeu do primeiro mundo sobre alguém do terceiro mundo. Especificamente, Max vive em sua "bolha", nascido e criado para guiar karts e monopostos, alienado a todos os aspectos de vivência e conhecimento de outras línguas, lugares e pessoais. O que prefiro escrever é que não é a primeira vez e não será a última em que o adolescente irá proferir uma declaração infeliz. Desde os tempos de Toro Rosso, Max mostra sua personalidade, com frases fortes e rusgas com outros pilotos, tudo isso com 18 anos. É natural que, com o passar da idade, ele ficará ainda mais indomável. Todo o talento e arrojo, motivos de admiração de muitos (sempre tem que ter a comparação com o Senna) pode o transformar em vilão e figura antipática dentre os próprios torcedores. Lembram do que ele falou ao Villeneuve?

Como disse o Massa, Max terá que vir ao Brasil no fim do ano. Muitos talvez o perdoem, mas certamente também haverá uma série de manifestações negativas em solo tupiniquim. Como superar? Talvez com outra atuação espetacular em Interlagos.

Foto: Daily Star
A VOLTA DOS QUE JÁ FORAM - Não será em 2017 que experimentarei o estranho gosto amargo de ver Button e Massa fora do grid. O campeão mundial de 2009 terá seu retorno de uma corrida só para substituir Alonso em Mônaco, ocupado com a disputa da Indy 500. Com isso, irá participar em 18 temporadas consecutivas na F1. A legítima prova de despedida, sem responsabilidade por resultados e sabendo que nada do que acontecer é sua responsabilidade. O retorno inesperado de Button mostra que as coisas mudaram, mas não ficaram tão diferentes.

Foto: Autosport
Como é lindo ver um Fittipaldi vencendo pela Lotus! Pietro foi perfeito: duas vitórias e duas poles na primeira rodada dupla da Fórmula V8, em Silverstone. A categoria fez o "esquenta" da primeira etapa do Mundial de Endurance (WEC). "Não há palavras suficientes para agradecer a Lotus, o meu engenheiro e todos os mecânicos, que fizeram um trabalho fantástico. Sair daqui líder é incrível e já estou ansioso para a próxima etapa, em Spa-Francorchamps", afirmou o brasileiro. Com 100% de aproveitamento, Fittipaldi tem 24 pontos de vantagem a Alfonso Celis Jr (Fortec Motorsports), vice-líder do campeonato e piloto de testes da Force India. Rene Binder, companheiro de Pietro, é o terceiro, dois pontos atrás de Celis Jr. A próxima temporada é em Spa Francorchamps, nos dias 5 e 6 de maio.

Que todos (inclusive o próprio staff) tenham muita calma com Pietro e toda a garotada que ainda está começando nas categorias de baixo na Europa. O segredo é seguir com os pés no chão e aproveitar as oportunidades. Assim, quem sabe, o Brasil não volte a ter um piloto na F1 nos próximos anos?

Até!

terça-feira, 21 de março de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #27 - O ÚLTIMO INÍCIO?

Foto: Wikipédia
Desde 1996 a Austrália abre a temporada da F1 (exceção 2006 e 2010, quando o circo começou no Bahrein). É, sem dúvida nenhuma, uma das corridas com maior ansiedade e expectativa, obviamente por ser a primeira do calendário. É o momento em que deixamos de ficar órfãos de fotos e vídeos amadores da pré-temporada para apreciar a primeira amostragem dos novos carros.

Esse ano tem um componente especial: a radical mudança de regulamento. Os primeiros resultados da pré-temporada indicam a Ferrari mais próxima ou até superior a Mercedes, a Red Bull envolta de mistérios, a Williams com um projeto bem nascido e a vergonha da McLaren em mais um ano que promete ser caótico.

Foto: Pinterest
Esses jovens rapazotes são o tema do post. Kimi Raikkonen e Alonso estreavam na F1 há incríveis 16 anos. Com a aposentadoria de Button, os dois passaram a ser os mais antigos do grid na categoria (considerando que o finlandês ficou duas temporadas ausente, em 2010 e 2011, assim como Massa em 2003). Com isso, a fênix tem mais GPs disputados.

Kimi na Sauber, com 21 anos e Alonso na Minardi, com 19 eram os novatos estreantes daquela época. Peter Sauber teve que prometer desempenho do finlandês para a FIA lhe conceder a superlicença, pois Raikkonen "pulou" a F3000 e chegou direto na F1, a exemplo de Max Verstappen. Alonso sempre foi uma aposta de Briatore e acabou "emprestado" a Minardi para pegar experiência, tendo como companheiro de equipe o brasileiro Tarso Marques e também o malaio pagante Alex Yoong mais para o fim do ano.

Confira (ou relembre) como foi a estreia dos jovens no longínquo GP da Austrália de 2001, que também tinha como destaque a chegada de Juan Pablo Montoya a categoria, depois de muito sucesso na Indy. A corrida, no YouTube, pode ser conferida clicando aqui . O resto, vocês sabem o que aconteceu...


Os dois também já venceram em Albert Park. Alonso foi o primeiro, em 2006 (ano do bi), onde Raikkonen foi o segundo, na terceira etapa da temporada. Recentemente, o retrospecto do espanhol não é dos melhores: não correu em 2015, quando se recuperava de uma lesão sofrida num acidente na pré-temporada e ano passado acabou se envolvendo em um acidente cinematográfico com a Haas de Estebán Gutiérrez, o que impediu sua participação na corrida seguinte, no Bahrein. Relembre:




Já o IceMan, por sua vez, conquistou duas vitórias em solo australiano. A primeira foi em 2007, ano do título, justamente na estreia pela Ferrari. Sua segunda e até então última vitória na carreira foi em 2013, ainda pela Lotus.





O blog relembra a trajetória dos dois pilotos porque existem grandes possibilidades de ambos se aposentarem no fim da temporada. Com Alonso cada vez mais desgostoso com os problemas da McLaren Honda e Raikkonen já com 38 anos, pode ser que seja o último ínicio de temporada dos dois, juntamente com Massa, a tríade mais longeva da atual F1 que deve se retirar no fim de 2017, representando o fim de uma era na F1 (como eu escrevi no ano passado, clicando aqui). É melhor aproveitar e desfrutar dessas lendas!

OFF TOPIC: Não postei nada sobre a nova cor da Force India. O carro rosa é lindo, embora pareça uma bala de morango. Gostei que a F1 está ficando menos monocromática, com predominância de preto e cinza. Viva o laranja da McLaren, o rosa dos indianos, o vermelho Ferrari, o azul Sauber, o branco Williams, etc. Só faltou a Renault manter o amarelo que remete a Jordan mas enfim, variedade de cores sempre é muito bem vinda para os olhos do espectador.

Foto: Divulgação
Até!





quinta-feira, 11 de agosto de 2016

TROCA ESPERADA

Foto: Race Department
O que a imprensa europeia estava especulando nas últimas semanas se confirmou: Diante da falta de pagamento integral do acordo entre Manor e seus patrocinadores, a equipe finalizou o contrato com o indonésio Rio Haryanto. Em comunicado, a escuderia ressaltou o trabalho do piloto e disse ter convidado o indonésio para ser piloto reserva e pilotar em algumas sessões de treinos livres durante a segunda parte da temporada.

Ao contrário do que muitos pregavam e especulavam, o escolhido para seu lugar não foi Stoffel Vandoorne. Esteban Ocon, francês de 19 anos e piloto reserva tanto da Renault quanto da Mercedes foi anunciado hoje como piloto da Manor até o final do ano. Apesar de jovem, o currículo do francês é robusto: Em 2014, conquistou a F3 Europeia e ano passado foi campeão da GP2. Nos últimos treinos livres, esteve frequentemente treinando pela Renault, além de ter participado dos testes de Silverstone com os pneus de 2017 tanto pela equipe francesa quanto pela equipe alemã.

É uma ótima notícia para a F1. Dois pilotos com talento incrível na mesma equipe. Embora não seja uma de ponta, é ótimo para analisar de perto o verdadeiro talento e potencial dos dois. Em tese, Wehrlein deve levar vantagem pelo fato de já estar habituado ao bólido da Manor, enquanto o francês terá que se adaptar a um carro mais lento e difícil de guiar. Tudo isso com a pressão de ser um estreante em meio a temporada e com grandes perspectivas de ser titular da Renault no ano que vem.

O desafio é muito interessante para Wehrlein. O mundo da F1 poderá ver qual o real talento do alemão. Durante a temporada, largou algumas vezes atrás de Haryanto, considerado "bração", lento e batedor. Evidente que na corrida sobrou e conseguiu até então um ponto histórico para si e a equipe. Com certeza Ocon irá elevar o level de competitividade na equipe, forçando Wehrlein a dar mais de si para provar sua capacidade de pilotagem. Num futuro não tão distante, os dois poderão estar brigando pelo título por Renault e Mercedes (ou ambos nas Flechas de Prata), por quê não? Ah, Ricciardo também começou assim. Estreou em 2011 na Hispania (pior carro do grid) no lugar de Karthikeyan. No ano seguinte, subiu para a Toro Rosso e hoje está na Red Bull. É um caminho que Ocon certamente tentará se espelhar.

Sobre Haryanto: Não fará falta na F1, mas não deixou uma impressão negativa. O fato de muitos alardearem sobre a falta de qualidade do indonésio deu a impressão para os fãs que ele seria um "novo Yuji Ide". Preconceito por ser asiático? Não sei. Pelo que o acompanhei na GP2, era um piloto mediano, não tão bom mas nem tão ruim. Ao menos representou seu país (inédito na categoria) por algumas corridas e, quem sabe, não possa retornar em breve? Equipes pobres sempre necessitam de pilotos pagantes, e na hora do desespero...

Para completar: Ontem fez 30 anos da icônica ultrapassagem de Nelson Piquet sobre Ayrton Senna no GP da Hungria. Nunca é demais acompanhar essa belíssima ultrapassagem. Até!


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

ANÁLISE DA TEMPORADA 2015 - Parte 2

Fala, galera! Então, vamos continuar o resumo do ano da F1. Dessa vez, escreverei sobre a Red Bull, Force India, Toro Rosso e Lotus. Vamos lá!

Foto: Motorsport
RED BULL RACING - Daniel Ricciardo (8° lugar) e Daniil Kvyat (7° lugar) = Nota 7,5
Outro ano prejudicado pela falta de potência do motor Renault. Helmut Marko, Christian Horner e Adrian Newey perderam a paciência com os franceses e protagonizaram momentos de vergonha alheia ao humilhar a Renault durante o ano inteiro. Ok, os franceses não conseguiram trazer melhorias para o motor, mas foi desnecessário tudo isso. O mais grave é que a escuderia austríaca xingou os franceses e alardearam para todos que iriam trocar de fornecedor. Sonharam com a Mercedes, receberam um sonoro não. Negociaram com a Ferrari e exigiram o mesmo motor da equipe italiana, e também receberam não. Desesperados, chegaram até a consultar a Honda, que recusou, pois está em uma parceria exclusiva McLaren. Restou a equipe de energéticos arrependida voltar atrás, se desculpar e manter o motor Renault para o próximo ano, batizado com o nome do novo patrocinador TAG Heuer. Em virtude dessa e outras circunstâncias, a Red Bull passou zerada no ano pela primeira vez desde 2008, mas mostrou que a eficiência aerodinâmica ainda está em dia.

DANIEL RICCIARDO = Nota 7,5 - Dessa vez, sem vitórias. Também é verdade que enfrentou diversos problemas nas classificações e corridas, desperdiçando alguns pontos importantes. Nos pontos, foi derrotado pelo novato companheiro de equipe, uma mancha que incomoda. Ricciardo foi o "Vettel de 2014". Continua um excepcional piloto, refém de um bólido com uma unidade de potência que lhe permita brigar por poles e vitórias. Fez o que pode.

DANIIL KVYAT = Nota 8 - Até Mônaco, parecia que sua cabeça ainda estava na Toro Rosso. Coincidência ou não, seu rendimento cresceu após levar um puxão de orelha público do chefe Helmut Marko. O quarto lugar em Monte Carlo o impulsionou para seu primeiro pódio na carreira, o 2° lugar na Hungria. Contou com os azares de Ricciardo, mas também fez sua parte, andando muito bem e tendo um rendimento constante. A tendência é que a pressão aumente, pois mais cedo ou mais tarde Max Verstappen irá para a equipe taurina, e provavelmente no seu lugar.

Foto: Divulgação

FORCE INDIA - Nico Hulkenberg (10° colocado) e Sérgio Pérez (9° colocado) = Nota 8
Até Silverstone, estava utilizando o carro do ano passado. A escuderia de Vijay Mallya ainda segue com problemas financeiros e, a que tudo indica, irá tornar-se Aston Martin. Entretanto, quando utilizou o carro desse ano, a diferença foi brutal. A regularidade (não tão presente em Nico esse ano, na verdade) dos pilotos e os avanços da equipe permitiram resultados espetaculares, como o terceiro lugar de Pérez na Rússia. No fim do ano, chegou a ser a terceira ou quarta força da F1. Com 7 anos de F1, a Force India se estabeleceu como equipe média, mas busca alçar voos maiores, apesar das dificuldades financeiras. Aston Martin vem aí?

NICO HULKENBERG = Nota 7 - Começou o ano constante como sempre. Todavia, falta um resultado expressivo na F1 para o alemão de 28 anos, vencedor das 24 horas de Le Mans. Nessa temporada, um agravante: Se envolveu em diversos acidentes, incomum para a sua habilidade e potencial. Foi uma de suas temporadas mais fracas na categoria.

SÉRGIO PÉREZ = Nota 9 - Em termos de pilotagem, foi o melhor ano de sua carreira. Mais maduro, teve uma pilotagem constante, com menos erros (vide GP da Hungria). Precisa ser mais veloz nos treinos. Contudo, nas corridas, o que é mais importante, parece sempre funcionar na estratégia dos longos stints, administrando os pneus e parando o mais tarde possível para retornar com pneus novos e atacar nas voltas finais. Foi assim que conseguiu o pódio na Rússia (também graças ao acidente dos finlandeses Raikkonen e Bottas na última volta). Um ano inesquecível para o mexicano, que enfim pode correr no seu país, delírio daqueles que acompanhavam de perto o grande prêmio.

Foto: AutoSport
SCUDERIA TORO ROSSO - Max Verstappen (12° colocado) e Carlos Sainz Jr (15° colocado) = Nota 7,5
Chegou a andar na frente da matriz Red Bull. Com dois pilotos jovens, ousados e inexperientes, chamou a atenção da mídia e dos fãs (principalmente Verstappinho). Com o frágil motor Renault e diversos problemas mecânicos, além dos acidentes (principalmente de Sainz), não podem fazer muita coisa. Agora, a expectativa é pelo motor 2015 da Ferrari para o ano que vem. Com mais experiência e um bólido mais rápido, Max e Sainz podem brigar com mais frequência pelos pontos.

MAX VERSTAPPEN = Nota 9 - Achei ele um pouco superestimado pela mídia e fãs. De fato, é. É um talento nato, com grande potencial, mas muita calma. Se envolveu em uma bobagem em Mônaco e foi crucificado injustamente por conta da idade (à época, com 17; agora, com 18). Na segunda metade da temporada, cresceu: Pontuou em oito corridas consecutivas. Mostrou ser muito agressivo e arrojado, buscando ultrapassagens em pontos que geralmente os pilotos não arriscam. Ele não é assim. Max é diferente. Se trilhar um caminho sólido, pode tornar-se campeão mundial. Sua vantagem é sua juventude muito precoce, o que lhe permite muitos anos na F1.

CARLOS SAINZ = Nota 7 - Os números não mostram muito bem a diferença entre ele e o seu companheiro de equipe holandês. Verstappen é melhor que Sainz, de fato, mas não é uma diferença muito grande. Sainz largou na frente mais vezes que Verstappinho, porém se envolveu em mais acidentes e teve mais problemas no carro, o que obviamente o prejudicou na comparação com o companheiro prodígio. O espanhol não pode fazer muita coisa, impossibilitado pelos problemas já citados acima, mas certamente vai precisar mostrar mais ano que vem, pois sabemos como a Toro Rosso adora incinerar seus jovens pilotos (Buemi, Alguersuari e Vergne que o digam).


LOTUS F1 TEAM - Romain Grosjean (11° colocado) e Pastor Maldonado (14° colocado) = Nota 7
Com problemas financeiros desde 2013, a Lotus agora é moda do passado. Devido as dívidas, os mecânicos foram diversas vezes impedidos de entrar nos boxes da equipe. Bernie Ecclestone teve que constantemente intervir e pagar as pendências, enquanto os funcionários comiam nos boxes das outras equipes. Dentro da pista, Maldonado se envolveu em diversos acidentes e problemas e Grosjean atingiu uma maturidade impensável para quem era o "maníaco da primeira curva" em 2012. O pódio na Bélgica coroou o seu trabalho. Agora, com o retorno da Renault, investimentos pesados serão realizados a médio-prazo e, quem sabe, os franceses voltam aos tempos de glória da década passada.

ROMAIN GROSJEAN = Nota 7,5 - De saída para a Haas, Grosjean sempre teve menos quilometragem nos treinos em relação a Maldonado, pois frequentemente cedeu o carro em uma das sessões de sexta para o futuro titular, Jolyon Palmer. Guiou muito bem e conquistou um pódio improvável diante dos inúmeros problemas da Lotus. Agora, a aventura é na nova equipe americana, já almejando a vaga de 2017 da Ferrari. O francês amadureceu e evoluiu muito.

PASTOR MALDONADO = Nota 6 - É quase improvável que termine as corridas. Proporciona momentos de puro entretenimento ao bater e se envolver em acidentes com outros pilotos. Foi atropelado por Grosjean nos treinos. É um piloto rápido, mas que nunca está com a cabeça no lugar, por isso está sempre propenso a inúmeros erros e presepadas. Entretanto, está garantido no ano que vem, sempre bancado pela grana da PDVSA. Maldonado é um showman às avessas, mas poderia ter mais atuações memoráveis como a da Espanha em 2012 ao invés de ser chacota nas redes sociais.

Amanhã tem novidade no blog! Te liga! Fui!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

GP DE ABU DHABI - Programação

O Grande Prêmio de Abu Dhabi acontece sobre o crepúsculo. Inicia-se de dia e encerra-se à noite. Mistura um traçado de rua com retas longas e curvas "em cotovelo", típicas do arquiteto da F1, Hermann Tilke. Foi disputado pela primeira vez em 2009 e vencido por Sebastian Vettel.

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:40.279 (RBR, 2009)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:38.481 (RBR, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Sebastian Vettel - 3x (2009, 2010 e 2013)

MANOR COM FUTURO INCERTO. DE NOVO.

Foto: MotorSport

Mais um período de transformação. Com a saída de John Booth, Graeme Lowdon e Bob Bell, a Manor Marussia vive novamente um período de incertezas na F1. Apesar do acordo para a utilização de motores Mercedes para o ano que vem, a equipe novamente apresenta problemas financeiros. Mesmo assim, não diminuiu em nada a vontade dos pilotos em permanecer na escuderia na próxima temporada.

Will Stevens afirmou que a troca no comando da equipe não afeta o processo de renovação contratual e que deseja continuar na Manor em 2016:Estamos ainda conversando e não há nada de concreto neste momento, mas espero resolver tudo o mais rápido possível. Acho que estamos indo na direção correta, entretanto", disse. Na verdade, por ora, o meu foco está na corrida final do campeonato, porque queremos terminar bem a temporada", seguiu.

Alexander Rossi seguiu no mesmo discurso: Ainda não temos nada, mas eu estou satisfeito com o meu desempenho. Tudo isso tem sido importante e uma boa experiência para o futuro. Eu fiz o máximo que deu aqui. A equipe foi incrível, mas temos de esperar e ver o que acontece no futuro. Espero permanecer aqui", declarou. Esses problemas financeiros afastaram, por ora, Pascal Wehrlein, piloto reserva da Mercedes, da Manor. Candidato a essas duas vagas não faltam. Quem aparecer com mais grana, leva. Isso se a equipe sobreviver. Todavia, depois do ano passado, eu acredito em tudo.

GERARD LÓPEZ DIZ QUE COMPRA DA LOTUS PELA RENAULT ESTÁ PRATICAMENTE CERTA

Foto: Motor Diesel

O empresário de Luxemburgo reafirmou na Sky Sports que o negócio, arrastado há alguns meses, está concluído. Ele ainda aproveitou para dizer que, caso a Renault recue e cancele o negócio, isso não significa que a Lotus vai acabar. "Eles me pediram para permanecer na equipe, então quando o acordo acontecer, eu ainda vou estar aqui."

Pastor Maldonado e Jolyon Palmer já foram anunciados como pilotos da equipe de Enstone para 2016. Uma dupla ruim, aliada aos problemas financeiros da Lotus e o pífio motor Renault, tem tudo para não dar certo, ao menos em curto prazo. Entretanto, "vamos aguardar", já dizia o poeta.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 363 pontos - CAMPEÃO
2 - Nico Rosberg (Mercedes) - 297 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 266 pontos
4 - Valtteri Bottas (Williams) - 136 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 135 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 117 pontos
7 - Daniil Kvyat (Red Bull) - 94 pontos
8 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 84 pontos
9 - Sérgio Pérez (Force India) - 68 pontos
10- Nico Hulkenberg (Force India) - 52 pontos
11- Max Verstappen (Toro Rosso) - 49 pontos
12- Romain Grosjean (Lotus) - 49 pontos
13- Felipe Nasr (Sauber) - 27 pontos
14- Pastor Maldonado (Lotus) - 27 pontos
15- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 18 pontos
16- Jenson Button (McLaren) - 16 pontos
17- Fernando Alonso (McLaren) - 11 pontos
18- Marcus Ericsson (Sauber) - 9 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 660 pontos (CAMPEÃO)
2 - Ferrari - 407 pontos
3 - Williams Mercedes - 257 pontos
4 - Red Bull Renault - 178 pontos
5 - Force India Mercedes - 120 pontos
6 - Lotus Mercedes - 73 pontos
7 - Toro Rosso Renault - 66 pontos
8 - Sauber Ferrari - 36 pontos
9 - McLaren Honda - 27 pontos

TRANSMISSÃO

Foto: Arte Globoesporte.com

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

VIROU PASSEIO

Foto: Reprodução
E Hamilton segue sem vencer no Brasil. Nico Rosberg dominou do início ao fim e venceu o GP do Brasil pelo segundo ano consecutivo, o oitavo triunfo alemão em solo brasileiro (4 de Schumacher + 2 de Vettel). O tricampeão até tentou imprimir ritmo para pressionar o alemão, mas sem sucesso. Nico sobrou, pelo segundo ano consecutivo, em Interlagos e garantiu matematicamente o vice-campeonato. Para completar o pódio padrão da temporada 2015, Sebastian Vettel. Raikkonen foi o quarto e Bottas, largando bem, foi o quinto. Os dois finlandeses disputam em Abu Dhabi para ver quem vai terminar o campeonato em quarto. Hulk novamente foi bem, em sexto, e Kvyat parece que irá vencer Ricciardo na disputa interna da Red Bull. Grosjean, Verstappen e Maldonado completaram o top 10.

A corrida foi um porre. Sem chuva e sem competitividade, foram raríssimos os momentos de "emoção" na prova.  As Mercedes saíram em disparada e a Ferrari estava consolidada em 3° e 4°, Bottas em 5°... Sobraram algumas disputam no pelotão intermediário entre Pérez, Nasr, Ricciardo e as Lotus. O destaque mesmo foi Verstappen, que passou duas vezes no S do Senna, deixando o carro por dentro na saída do S. É, sem dúvida, um grande talento a ser lapidado!

Foto: Getty Images
O destaque negativo do fim de semana foi Felipe Massa. Mais lento que Bottas desde a sexta-feira, ficou preso ao oitavo lugar, um resultado ruim, dado o seu histórico no circuito e as condições que seu carro oferece para andar ao menos em 5° ou 6°, no momento. Mas piorou: O Brasileiro foi desclassificado da prova por irregularidades na pressão e temperatura do pneu traseiro direito, após uma inspeção que é realizada pela FIA e a Pirelli minutos antes da corrida.  Os comissários identificaram que o pneu traseiro direito do carro do brasileiro estava com 137ºC de temperatura, 27ºC acima da medida permitida de 110ºC, e com pressão 0.1psi libras por polegada quadrada absoluta, abaixo do mínimo de 20.5psi, limites estabelecidos pela Pirelli. Uma corrida para esquecer. Diferentemente do habitual, Massa começou muito bem o ano e está terminando a temporada com uma queda de rendimento. Será o 6° colocado no Mundial de Pilotos.

Felipe Nasr foi combativo e fez o que pode. Tentou chegar a zona de pontuação apostando em apenas duas paradas, mas perdeu rendimento devido ao desgaste dos pneus no final da prova e terminou em 13° (agora 12°). Para Nasr, o desafio é a Sauber oferecer um carro melhor para que o Brasileiro possa pontuar mais em 2016 e chamar a atenção de alguma equipe grande em 2017.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Brasil:

A última etapa da Fórmula 1 2015 será o Grande Prêmio de Abu Dhabi, nos dias 27, 28 e 29 de novembro. Até lá!