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quarta-feira, 12 de julho de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #33

Foto: Reprodução
Fala, galera! Hoje vai ser curto e grosso (ou não):

Depois da especulação sobre a chegada de uma equipe chinesa na F1 nos próximos anos, um velho novo boato retorna: a excêntrica Stefan GP. A última tentativa da equipe do empresário Zoran Stefanovic foi em 2010, quando ele comprou chassis desenvolvidos pela Toyota, que se retirou da F1 meses antes, mas rapidamente se viu que a equipe sérvia não chegaria a lugar nenhum.

Pois bem, dessa vez a tentativa parece ser mais séria. Ficou definido que a sede da equipe será em Parma, na Itália. Também já existe o planejamento para a contratação de funcionários. Zoran se encontrou com Ross Brawn na Áustria, no último final de semana, para discutir detalhes da empreitada. A ideia do empresário é entrar na F1 em 2019, dessa vez com a construção dos próprios carros. Entretanto, a FIA ainda não sinalizou quando irá abrir um novo processo seletivo para a chegada de novas equipes.

Basta lembrar que Hispania, Caterham e Manor faliram. Óbvio que seria legal preencher o grid com mais uma ou duas equipes, principalmente aquelas com procedência duvidosa, pilotos folclóricos e gambiarras estilo Super Aguri correndo com a Arrows 2002 adaptada para 2006. Ou não.

Foto: MotorSport
Agora, duas notícias que envolvem a Honda:

Segundo a "Gazzetta dello Sport", dirigentes da McLaren estariam buscando acordo com a Ferrari para o fornecimento de motores para a próxima temporada. Convenhamos, isso seria uma humilhação, dada a rivalidade das duas equipes. Imagina um "McLaren Ferrari" na transmissão, ou "McLaren Fiat", "McLaren Alfa Romeo" ou qualquer coisa do tipo? Lamentável. Creio que seja apenas pressão para a negociação com a Mercedes e um aviso para a Honda. Uma dúvida: não chegou a hora da McLaren produzir seu próprio motor? Dinheiro é o que não falta...

Depois da demissão de Monisha Kaltenborn, a Honda teria desistido do acordo com a Sauber, válido a partir da temporada que vem. O clima de incerteza na equipe suíça seria o motivo dos japoneses voltarem atrás, o que é negado pela Honda. A Sauber não se manifestou. Realmente, investir em uma equipe cujo o Ericsson é a prioridade é complicado. Além do mais, seria o momento em que os japoneses percebem que estão desperdiçando dinheiro em um projeto fracassado e iriam se retirar para, quem sabe, retornar mais forte a partir de 2020? A própria McLaren na Áustria amenizou o clima com a equipe. Seria uma baixada de bola? Como tudo é fofoca, tudo é especulação e perguntas retóricas. Temos que pensar em todas as possibilidades, não é mesmo? O mundo da F1 é mais imprevisível que as corridas, sem dúvida alguma.

A BMW irá ingressar na Fórmula E.

Kvyat e Sainz devem permanecer na Toro Rosso no ano que vem.

Kubica irá participar de outro teste com a Renault em Paul Ricard com o Lotus 2012 e de um treino com o RS17 em Hungaroring. Ele já pilota o modelo 2017 no simulador. A ideia é fazer um comparativo com os tempos de Hulkenberg. Caso o polonês seja aprovado, a última etapa seria a liberação da FIA, certificando-se que Kubica tenha condições físicas de dirigir um F1, mesmo com as limitações impostas pelo acidente de rali, em 2011. Na torcida!

Para finalizar, relembre duas edições do GP da Inglaterra, em Silverstone. Escolho a vitória de Emerson Fittipaldi, a primeira das quatro vitórias brasileiras na Inglaterra, há 45 anos atrás e a vitória de Kimi Raikkonen, campeão mundial uma década atrás. Relembre:




Até!

sábado, 27 de maio de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #30 - Especial Indy

Foto: Divulgação
Fala, galera! Esse post traz um resumão com vídeos e estatísticas da Indy 500, que terá sua 101ª disputada no domingo.

Começando com os maiores vencedores:  A.J. Foyt (1961, 1964, 1967 e 1977), Al Unser (1970, 1971, 1978 e 1987) e Rick Mears (1979, 1984, 1988 e 1991) são os maiores vencedores da prova.
Logo atrás, está o brasileiro Helio Castroneves (2001, 2002 e 2009), Dario Franchitti (2007, 2010 e 2012), Johnny Rutherford (1974, 1976 e 1980) e Bobby Unser (1968, 1975 e 1981).


Helinho, além de ser o brasileiro que mais venceu a Indy 500, é o único que venceu as duas primeiras edições consecutivamente (como rookie e na sequência) e, na terceira corrida, foi o segundo. Um retrospecto excelente!



Emerson Fittipaldi tem duas vitórias (1989 e 1993); Gil de Ferran (2003) e Tony Kanaan (2013) uma, totalizando sete. Excetuando os EUA, que têm 70 triunfos e desconsiderando o Reino Unido, o Brasil é o país que me venceu as 500 Milhas de Indianapólis.


Alexander Rossi pode repetir um feito e tanto: ser o sexto piloto da história a vencer duas Indy 500 consecutivas. O último foi justamente Hélio Castroneves, o único novato bicampeão em sequência. Outros pilotos que venceram consecutivamente as 500 Milhas: Wilbur Shaw (1939-1940), Mauri Rose (1947-1948), Bill Vukovich (1953-1954) e Al Unser (1970-1971).

Foto: USA Today
Scott Dixon conquistou a sua terceira pole em Indianápolis, mas só venceu em 2008, quando largou na posição de honra pela primeira vez. O recorde é de Rick Mears, com seis. O último pole a vencer foi Hélio Castroneves, em 2009.


O vencedor mais jovem da história das 500 Milhas é Troy Ruttman. Ele tinha 22 anos e 80 dias em 1952. O mais velho é Al Unser, que tinha 47 anos e 360 dias quando venceu em 1987. A.J.Foyt é quem mais participou da Indy 500: 35 vezes.
O vencedor que saiu da pior posição de largada foi a 28°, com Ray Harroun (1911) e Louis Meyer (1936).

Graham Hill é o único que venceu a tríplice coroa do automobilismo: Indy, Le Mans e Mônaco. Ele venceu em Indianápolis em 1965, cinco vezes em Mônaco (1963, 1964, 1965, 1968 e 1969) e uma vez as 24 Horas de Le Mans (1972)

Além de Hill, outros quatro pilotos foram campeões mundiais da Fórmula 1 e vencedores da Indy 500: Jim Clark (1965 na Indy e campeão em 1963 e 1965 na F1), Mario Andretti (1969 na Indy e 1978 na F1), Emerson Fittipaldi (1989 e 1993 na Indy; 1972 e 1974 na F1) e Jacques Villeneuve (1995 na Indy e 1997 na F1). A.J. Foyt venceu Le Mans e Indy.


Além de Graham Hill, Montoya também venceu o GP de Mônaco (2003) e as 500 Milhas (2000 e 2015).

Historicamente, como não poderia deixar de ser, quem larga nas primeiras posições tem grande chance de ganhar a prova. O pole venceu 20 vezes, a última com Hélio Castroneves, em 2009. 11 vencedores da Indy 500 largaram em segundo e terceiro. Alonso, que larga em quinto, pode quebrar um tabu de 21 anos: o último vencedor que largou nessa posição foi Buddy Lazier, em 1996. Nunca o último do grid conseguiu vencer as 500 Milhas de Indianápolis.

Agora, é só aguardar o domingo para que a história continue sendo feita...

Até mais!

Antes, faltou as vitórias de Gil de Ferran (2003), com três brasileiros nas três primeiras posições (Castroneves em segundo e Tony Kanaan em terceiro) e de Tony Kanaan (2013)




terça-feira, 25 de outubro de 2016

REBELDE SEM CAUSA

Foto: Getty Images
Todos sabem do mito de James Hunt, muito mais por suas peripécias fora da pista do que no automobilismo. Considerado o último "playboy, badboy e piloto romântico" da era clássica da F1, mantinha uma rotina longe da ideal de um atleta de alto nível, conceito esse que começou apenas com Senna, na década seguinte em que competia. Sexo, bebidas, drogas, orgias, polêmicas: o combustível de um campeão.

Após três temporadas na Hesketh e um campeonato de destaque no ano anterior, com uma vitória no Grande Prêmio da Holanda. A inesperada saída de Emerson Fittipaldi para a sua própria equipe, a Copersucar, abriu uma vaga na McLaren, preenchida por Hunt. O destino lhe sorriu. O grande favorito ao título era Niki Lauda, que defendia o título. Nas primeiras nove etapas da temporada, cinco vitórias para o austríaco e duas para o britânico. 52 a 28 na tabela. Eis que o acidente quase fatal de Lauda muda tudo. Sem a Ferrari dominante, Hunt aproveitou para capitalizar pontos e engatar quatro vitórias em seis etapas. Com o retorno de Lauda na Itália, o campeão tinha conseguido marcar pontos e chegou a etapa final, no recém-inaugurado circuito de Fuji, com três pontos de vantagem a Hunt.

Foto: Formula One Art & Genius
Com Mario Andretti na pole, Hunt em segundo e Lauda em terceiro, caía uma chuva torrencial no Japão. Depois de mais de três horas e meia de adiamento, a corrida começou ainda com condições impraticáveis (imagina isso na F1 de hoje?). Lauda, afirmando que não havia condições de disputar a prova, abandonou logo na primeira volta em que foi dada a largada. Diferentemente do mito que foi contado durante décadas, não foi por medo de se acidentar novamente. E isso mudou tudo.

Lauda abandonando o GP do Japão de 1976. Foto: Arquivo
Hunt assumiu a ponta. Entretanto, com a pista seca, o britânico teve dificuldade de manter a ponta, sendo superado por Patrick Depailler e Mario Andretti. O quarto lugar bastava para ser campeão. Clay Regazzoni foi instruído pela Ferrari a atacar o Hunt, que foi chamado pelos boxes para trocar os pneus dianteiros. Todavia, a parada dura 31 segundos, e parecia que o título tinha ido para o espaço! Faltando apenas quatro voltas para o final e em sexto, Hunt caçou os seus adversários (entenderam? Hãn?  Hãn?). O britânico passou Jones e, no final, de forma surpreendente, Regazzoni "deixou" a McLaren passar. Era a sua última corrida na equipe italiana e muito se especula que isso tenha sido uma manobra de protesto contra o tratamento que recebeu do Cavalinho Rampante durante aquela temporada. Hunt chega milagrosamente em terceiro! Ainda alucinado,achou que tinha perdido o título e, quando saiu do carro, partiu para cima do chefão da equipe Teddy Mayer. Depois de tudo esclarecido, foi só festa (como sempre).

Foto: Arquivo


Para Hunt, um título era o suficiente. Ele correu mais três temporadas e se aposentou em 1979. Nos anos 1980, virou comentarista da F1 e era uma celebridade inglesa. Dizem que perdeu quase todo o dinheiro que conquistou na F1. No dia 15 de junho de 1993, faleceu aos 45 anos, vítima de parada cardíaca em sua residência localizada em Wimbledon, na Grande Londres.

Um personagem icônico da F1, em todos os sentidos. Espero que vocês já tenham visto "Rush", filme lançado em 2013 que conta toda a história dessa temporada, dirigida por Ron Howard. Não percam tempo!

Foto: F1
Até!

quinta-feira, 21 de julho de 2016

GP DA HUNGRIA - Programação

O Grande Prêmio da Hungria (Magyar Nagydíj, em húngaro) foi disputado pela primeira vez em 1936, no circuito urbano de Népliget, na cidade de Budapeste. Somente em 1986 voltou a ser disputado, quando entrou para o calendário da Fórmula 1, agora no sinuoso e travado circuito de Hungaroring.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:19.071 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:18.773 (RBR, 2010)
Último vencedor: Sebastian Vettel (Ferrari)
Maior vencedor: Michael Schumacher (1994, 1998, 2001 e 2004) e Lewis Hamilton (2007, 2009, 2012 e 2013) - 4x

FITTIPALDI CONSEGUE SUSPENSÃO DA PENHORA DE CARROS E TROFÉUS

Foto: Grande Prêmio
De acordo com as informações do UOL Esporte, os objetos devem retornar ao Museu Fittipaldi, local onde originalmente ficavam os pertences. A Copersucar Fittipaldi de 1977 e a Penske de 1989 estavam no galpão do banco ABC, empresa que iniciou o processo judicial. 

É um alento para quem, há três meses, via o mundo cair após a veiculação da reportagem da TV Record. Na ocasião, a emissora afirmou que o ex-piloto deve cerca de R$ 27 milhões a Justiça, com muitos credores entrando na Justiça para reaver o dinheiro devido.

Boa parte das dívidas se deu quando Emerson foi um dos organizadores das 6 Horas de São Paulo do Mundial de Endurance (WEC), em Interlagos, nos anos de 2012, 2013 e 2014. Em virtude disso, a FIA retirou o circuito do calendário. Tomara que Emerson consiga resolver seus problemas financeiros.

HARYANTO PODE SE DESPEDIR DA MANOR APÓS GP DA HUNGRIA

Foto: Motorsport
A informação é da revista italiana Motorsport.it. Segundo informações, o prazo que a Manor deu para que os patrocinadores do indonésio paguem o valor de 7 milhões de euros (R$ 24 milhões). Os potenciais substitutos de Haryanto seriam Alexander Rossi, que recentemente venceu as 500 milhas de Indianapólis e mantém contrato com a equipe, e o britânico Will Stevens. Ambos formavam a dupla da Manor no final da temporada passada.

Segundo o agente de Haryanto, Piers Hunniset, o indonésio deve ser substituído no GP da Alemanha (na semana que vem) e admitiu que não tem certeza sobre como "essa história vai terminar". A Manor não se manifestou oficialmente. Equipe pequena precisa de dinheiro. Sem dinheiro, sem equipe. A frase vale tanto para a Manor quanto para Haryanto.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 168 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 167 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 106 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 100 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 98 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 90 pontos
7 - Valtteri Bottas (Williams) - 54 pontos
8 - Sérgio Pérez (Force India) - 47 pontos
9 - Felipe Massa (Williams) - 38 pontos
10- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
11- Nico Hulkenberg (Force India) - 26 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 26 pontos
13- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 23 pontos
14- Fernando Alonso (McLaren) - 18 pontos
15- Jenson Button (McLaren) - 13 pontos
16- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto
18- Pascal Wehrlein (Manor) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 335 pontos
2 - Ferrari - 204 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 190 pontos
4 - Williams Mercedes - 92 pontos
5 - Force India Mercedes - 73 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 49 pontos
7 - McLaren Honda - 32 pontos
8 - Haas Ferrari - 28 pontos
9 - Renault - 6 pontos
10- Manor Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO








quarta-feira, 8 de junho de 2016

JEJUNS

Foto: F1Fanatic
13 de setembro de 2009. 2460 dias atrás. Essa foi a última vez que o Brasil venceu uma corrida de F1. Detalhe: Button e Raikkonen seguem na F1, e o vencedor foi Rubens Barrichello, que saiu da categoria já faz cinco anos. Vitória com a Brawn GP, que virou Mercedes...

Essa marca negativa superou o hiato brasileiro entre 7 de novembro de 1993 (vitória de Senna em Adelaide, Austrália) e 30 de julho de 2000 (vitória de Rubinho em Hockenheim, Alemanha). O país é o terceiro mais vencedor da história da categoria (101 triunfos), atrás do Reino Unido (248 vitórias) e Alemanha (163 vitórias). A perspectiva não é nada animadora.

Massa e Nasr não estão garantidos na F1 em 2017. Mesmo se permanecerem, dificilmente vencerão, pois suas equipes (ou possíveis escuderias) não oferecem carro para a vitória (salvo raras corridas malucas). O Felipe mais velho está nos seus últimos anos de F1 e dentro de alguns anos deve sair do circo. O caso do "Senna ao contrário" (rsrsrsrs) também é complexo. Sem equipamento, precisa impressionar os chefes de equipes como Renault e Williams para seguir na F1, por exemplo. Não é nada fácil. E o futuro?

Sem representantes na GP2 e na GP3, os jovens brasileiros poderão demorar alguns anos para ingressar na F1, isso se conseguirem. Teoricamente, o "ficha 1" é o jovem Sérgio Sette Câmara, que disputa a F3 europeia e é piloto da academia da Red Bull. Além dele, Pedro Piquet também disputa pela primeira vez a categoria depois do bicampeonato da F3 Brasil. Os outros dois jovens são Pietro Fittipaldi e Vitor Baptista (Fórmula V8 - Antiga Renault 3.5). Para impressionar empresários e equipes em geral, é preciso mostrar resultado desde o kart. Para mostrar o resultado, além de possuir bom capital familiar, é preciso o apoio de empresários e patrocinadores. Bem, aí está o problema.

Rubinho, vencendo pela primeira vez, em Hockeinheim, 2000. Foto: Flatout
Evidente que boa parte do público brasileiro deixou de assistir a F1 após a morte de Senna e a Era Schumacher. O velho saudosismo de sempre: "Era bom naquele tempo que os carros não faziam tanta diferença, tinha mais ultrapassagem, emoção, blá blá blá". Bobagem. Deixaram de ver porque o Brasil deixou de ganhar. Barrichello era um jovem piloto que foi alçado pela mídia leiga como a salvação da pátria. Com menos audiência e interesse, menos investimentos. Menos resultados. Menos pilotos ingressando nas categorias europeias. Menos pilotos chegavam as principais categorias do automobilismo europeu e mundial. E o resultado é esse, de forma geral e simples. Claro que a economia mudou e os custos e gastos são outros, mas também não houve nenhum esforço, tanto da iniciativa privada quanto da iniciativa pública (a última tentativa foi do próprio Massa, com a Fórmula Futuro em 2011 e 2012).

A única categoria de monoposto brasileira é a F3 Brasil, que é inferior aos certames europeus, mais estruturados e endinheirados. Com menos rodagem, os brasileiros sofrem para alcançar o ritmo competitivo inicial de outros certames da Europa. A pressão pelo resultado imediato afeta o desempenho, e muitos patrocinadores não seguem adiante. Tanto é que apenas o peso de alguns sobrenomes acabam convencendo as marcas a continuarem acreditando. O principal causa disso tudo é a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), onde o Lívio Oricchio escreveu um artigo brilhante e completo, explicando tudo o que eu jamais poderia escrever (LEIA AQUI).

Conclusão: O problema é estrutural. Enquanto o Brasil não oferecer mínimas condições de desenvolvimento do esporte a motor no país, será cada vez escasso o número de pilotos nas competições mundiais. Sem ingressar na F1, o jejum vai só aumentar... Hoje, são 2460 dias. Amanhã, 2461, e contando, contando...

OUTROS JEJUNS:

Foto: Bandeira Verde
Outros países tradicionais na F1 passam por uma seca até pior que a do Brasil. É o caso da França. A última vitória foi há 20 anos, no caótico e histórico GP de Mônaco de 1996. Olivier Panis, pilotando a francesa Ligier, venceu uma prova que apenas quatro carros completaram (além dele, Coulthard, Herbert e Frentzen). Apesar de ter Grosjean, os franceses perderam seu melhor talento, Jules Bianchi, que praticamente iria para a Ferrari no futuro não tão distante. Sobrou Grosjean na Haas, embora também não se descarte uma possível ida para a equipe do cavalinho rampante. Ah, e tem Vergne, sem equipe desde 2014. Relembre:



Foto: GP Expert
Embora os Italianos praticamente só deem atenção para a Ferrari, a última vez que um piloto italiano venceu foi na Malásia, dia 19 de março de 2006. Desde então ele e Trulli se aposentaram e nenhum piloto do país ingressou na F1 (a não ser Badoer como tampão da Ferrari em 2009 após o acidente de Massa). A grande esperança é Rafaelle Marciello, que está na GP2. Relembre a comemoração do Fisico:



Por enquanto é isso, até!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

A LENDA EM CRISE

Foto: Novo Jornal
Semana passada, estava lendo em um fórum uma discussão sobre o Emmo. Eis que, no meio da conversa, surgem links da Justiça de São Paulo com milhares de ações contra o ex-campeão da F1 e da Indy. A informação era que Fittipaldi estava com sérias dificuldades financeiras, o que me causou, primeiramente, estranhamento. Sendo a figura pública que é, imaginei que seria muito bem resolvido financeiramente. Apoia seus filhos e netos no automobilismo europeu e americano, além de frequentemente postar merchandising em suas redes sociais.

Pois bem, dias depois o que era um dado curioso de um fórum estourou como uma surpresa (nem tanto assim no paddock, diga-se de passagem): Uma longa reportagem foi exibida no "Domingo Espetacular", da Record, detalhando os problemas financeiros de Emerson Fittipaldi.

Nessa semana passada, todos os seus objetos foram penhorados pela justiça, incluindo o carro em que Emmo venceu as 500 milhas de Indianapólis em 1989, que foi retirado do escritório do ex-piloto, na Avenida Rebouças, em São Paulo. Além do carro, foram levados todos os troféus conquistados durante a carreira, que irão servir como pagamento das dívidas.

Emmo possui dez empresas (sendo que muitas nem existem mais). Há pedidos de há pedidos de penhora, duplicatas e hipotecas que somam dívidas avaliadas em R$ 27 milhões. Os credores entraram na Justiça exigindo o pagamento pelas prestações de serviços.

Foto: Arquivo
Os carros penhorados chegaram a ir para o Autódromo de Interlagos, mas atualmente estão em um galpão que pertence a um dos bancos que pediu a penhora dos bens, conforme apurou o GRANDE PRÊMIO.

A Justiça também chegou às fazendas de laranja do ex-piloto em Araraquara, interior de São Paulo. Por estar largada e abandonada, as frutas não puderam ser penhoradas. Em dezembro, foram penhorados R$ 393 mil de suas contas bancárias. Em outras 26 contas, foram encontrados apenas R$ 256,13. Outro pedido de bloqueio foi feito em março do ano passado. Na ocasião, a Justiça reteve R$ 8.500 de uma dívida de mais de R$ 2,6 milhões.

Segundo a Record, Emerson começou a se endividar na década de 1970, quando criou a Copersucar e teria recuperado parte desse valor quando correu na Indy nos anos 1980 e 1990. O alvo da Justiça agora são os bens que estão no exterior e devem ser repatriados para quitação. Apesar dos problemas financeiros, Fittipaldi teria comprado uma casa no valor de R$ 16 milhões em Miami, situado num condomínio residencial de luxo, segundo reportagem do UOL.

Foto: Grande Prêmio
Segundo apuração do GRANDE PRÊMIO, a situação financeira de Fittipaldi voltou a piorar quando o ex-piloto passou a organizar as Provas do Mundial de Endurance sediadas em Interlagos entre 2012 e 2014. Na época, os fãs e a FIA criticaram as obras e a estrutura do circuito para a realização da prova, sendo um dos motivos da saída do circuito de Interlagos do calendário da WEC. Émerson ficou devendo a grande parte das empresas contratadas, de cathering, informática e assessoria de imprensa.

Difícil comentar sobre o tema. Emmo foi uma lenda nas pistas e isso jamais será apagado e esquecido. Agora, sua imagem pública fora das pistas pode ser seriamente manchada e, a esta altura do campeonato, difícil de ser limpa. Enfim, que a Justiça tome as providências que deve tomar e que Fittipaldi consiga quitar suas dívidas e dar a volta por cima.

FONTES:
http://grandepremio.uol.com.br/outras/noticias/campeao-na-f1-e-na-indy-fittipaldi-esta-em-situacao-de-falencia-e-tem-bens-penhorados-revela-tv
http://grandepremio.uol.com.br/outras/noticias/por-tras-da-falencia-ele-ficou-2-anos-para-receber-r-50-mil-de-emerson-fittipaldi-cansado-desistiu
http://esporte.uol.com.br/velocidade/ultimas-noticias/2016/04/05/fittipaldi-comprou-casa-de-mais-de-r-16-mi-nos-eua-e-netos-buscam-a-f-1.htm


Reportagem do "Domingo Espetacular", exibida pela TV Record no dia 3 de abril

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

VÍDEOS E CURTINHAS #15

Foto: Divulgação
Pois bem...

Semana passada, tivemos a confirmação de que Grosjean irá mesmo para a Haas ser o primeiro piloto da equipe americana ano que vem. É grande também a especulação que ele ficará apenas essa temporada na Haas e que em 2017 substitua Kimi Raikkonen na Ferrari. Seu companheiro de equipe deve ser Esteban Gutiérrez, piloto reserva da Ferrari, que possui parceria técnica com Haas, praticamente uma equipe B dos italianos.

No lugar do francês, a Renault/Lotus cogita colocar Jolyeon Palmer, campeão da GP2 ano passado, como companheiro de equipe de Pastor Maldonado. Dupla insossa, não acham?

A Manor, surpreendendo a todos, anunciou que vai correr com o motor Mercedes ano que vem. Má notícia para a McLaren, que pode ser superada pelos nanicos e para a Red Bull, que estava negociando com os alemães (Nos próximos dias, abordarei mais essa questão). Com isso, crescem os rumores de que Pascal Wehrlein, piloto reserva da Mercedes, seja um dos pilotos da Manor ano que vem.

Foto: Divulgação

Por falar em McLaren, Jenson Button, o interminável. Mais um ano de contrato, confirmado por Ron Dennis. O campeão de 2009 estava dividido e até desmotivado com a péssima temporada do pessoal de Woking, mas seguirá como parceiro de Alonso para 2016, onde eles e os japoneses da Honda tentarão não repetir o fiasco dessa temporada. Quem diria, mas ainda veremos os "velhinhos" na próxima temporada - Alonso, Button, Massa e Kimi - Talvez metade desses se aposente ano que vem, hahaha

A Toro Rosso teria fechado acordo com a Ferrari para o ano que vem. Segundo o F1 Today.net, os Italianos disponibilizariam a versão 2015 da unidade de potência do cavalinho rampante para o pessoal de Frank Tost. Pode não ser grande coisa, mas certamente a equipe satélite da Red Bull andaria na frente de Lotus, Sauber, McLaren, Haas e Manor mesmo assim. Nada mal, pois eles têm apenas a responsabilidade de abastecer a mãe Red Bull com jovens talentos.

RELEMBRAR É VIVER: Há 41 anos, Emerson Fittipaldi era bicampeão do mundo em seu primeiro ano na McLaren. Foi o primeiro título de Woking nos pilotos e nos construtores. O título foi comemorado nos EUA, após Emmo contar com o abandono de seus rivais Clay Regazzoni, da Ferrari, e Jody Scheckter, da Tyrell. Confira a reportagem especial da Globo no ano passado, quando foi comemorado os 40 anos da conquista:


E há 30 anos, Nigel Mansell, então com 32, vencia pela primeira vez na carreira, no GP da Europa. Entretanto, corrida ficou marcada pelo pega entre Senna, na Lotus e Keke Rosberg, na Williams. O Finlandês vinha pressionando o brasileiro até que ia ultrapassá-lo, mas Senna fechou a porta e fez Keke rodar, fazendo com que Piquet, na Brabham, batesse na Williams que estava a sua frente, abandonando a prova. Irritado, Rosberg foi para os boxes e ficou 1 minuto atrás de Senna. Prestes a levar uma volta do brasileiro, ele simplesmente não deixou a Lotus passar, e Mansell aproveitou o embalo para ultrapassar Senna e disparar na frente. Não satisfeito, Keke prendeu Senna mais um tempinho, deixando caminho livre para Mansell finalmente brilhar na F1. Essa corrida também marcou o primeiro título de Alain Prost na carreira. Veja!