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terça-feira, 20 de novembro de 2018

ESPECIAL ALONSO - PARTE 1

Foto: Reprodução

Olá, amigos!

Nesse fim de semana, Fernando Alonso faz no mínimo um “até logo” na F1, pois o espanhol ainda deixou em aberto um possível retorno para a categoria a partir de 2020. Se isso vai acontecer nós não sabemos, mas aproveitamos o final dos quase 17 anos na categoria (2002 ele foi piloto de testes) para relembrar a carreira do bicampeão e considerando um dos maiores pilotos da história. Vamos lá:

HISTÓRIA

Fernando Alonso nasceu no dia 29 de julho de 1981 em Oviedo, capital da região autônoma das Astúrias, no norte da Espanha. A mãe trabalhava numa loja de departamento e o pai era mecânico em uma fábrica de explosivos perto da cidade. José Luis, o pai, era um kartista amador e queria passar sua paixão pela velocidade para os filhos. Ele construiu um kart para Lorena, irmã mais velha de Alonso mas ela não se interessou, ao contrário de Fernando, que com três anos de idade deu suas primeiras arrancadas por aí.


Alonso competiu em competições de kart pela Espanha ajudado pelo pai, que também era mecânico. A família não tinha condições financeiras de apoiar Fernando nas competições, mas as vitórias do jovem kartistas atraíram patrocinadores. Sem grana pra comprar pneus para chuva, Alonso aprendeu a controlar o kart com pneus slicks. O kart foi fundamental para o espanhol lidar com diferentes estilos de pilotagem, uma de suas grandes qualidades na F1.



Alonso foi tetracampeão espanhol de kart de forma consecutiva, além da Copa do Mundo Júnior da modalidade em 1996. No ano seguinte, ele venceu o italiano Inter-A. Em 1998, foi a vez de vencer o Espanhol Inter-A, além de ser vice-campeão europeu na mesma temporada.


Com 17 anos, o compatriota Adrián Campos deu a Alonso a oportunidade de testar uma Minardi. Em três dias de testes no circuito de Albacete, Ferdi igualou os tempos de Marc Gené. Para 1999, Alonso competiu no Euro Open MoviStar. Na segunda etapa, outra vez em Albacete, venceu pela primeira vez. Alonso foi campeão com apenas um ponto de vantagem para Manuel Giao depois de vencer e fazer a volta mais rápida na última corrida. No fim do ano, Alonso fez outro teste pela Minardi e foi um segundo e meio mais rápido do que os outros pilotos que testaram o carro.

Em 2000, o último passo: a Fórmula 3000. Mais jovem do grid, Alonso demorou sete corridas para marcar os primeiros pontos, quando teve duas vitórias e dois segundos lugares, terminando o campeonato em quarto, atrás do brasileiro Bruno Junqueira, do francês Nicolas Minassian e do australiano Mark Webber.

MINARDI (2001)

Foto: Minardi
Alonso foi o terceiro piloto mais jovem da história (na época, é claro) a estrear na F1. Foi também a primeira temporada da Minardi sob a administração de Paul Stoddart. O carro não era nem rápido e tampouco confiável.

Fazendo o que podia, o espanhol chamou a atenção das equipes maiores. A Sauber chegou a cogitar contratá-lo para substituir Kimi Raikkonen, mas preferiu ficar com o brasileiro Felipe Massa.  No entanto, seu empresário Flavio Briatore tinha outros planos. Ele queria colocar o espanhol na Benetton, no lugar de Jenson Button. Com a Renault comprando a equipe inglesa/italiana, Alonso ficou como piloto de testes na temporada seguinte. 

Na última corrida da temporada, no Japão, Alonso foi o 11°, a frente de carros como a Prost de Frentzen e a BAR de Olivier Panis, além das duas Arrows e do então companheiro de equipe, o malaio Alex Yoong. Anos depois, Stoddart classificou a corrida da Fênix como “53 voltas de classificação”. O espanhol ficou atrás na tabela do outro companheiro de equipe que teve na temporada, o brasileiro Tarso Marques. O melhor resultado da temporada foi o décimo lugar na Alemanha, o que hoje lhe daria um ponto na F1.


RENAULT (2003-2006): PRIMEIRAS VITÓRIAS E FIM DA ERA SCHUMMI

Foto: MotorSport
Em 2002, Alonso foi apenas piloto de testes da equipe francesa, onde andou 1.642 voltas e mais 52 pela Jaguar em um teste em Silverstone. Como planejado, Briatore sacou Jenson Button e colocou o espanhol para correr junto com o italiano Jarno Trulli. É claro que a imprensa britânica não gostou da decisão. Em entrevista para a F1 Racing, o diretor técnico Mike Gascoyne disse que era a decisão certa a se fazer porque a equipe estava impressionada com o trabalho realizado pelo espanhol como piloto de testes.

E a justificativa fez sentido. Logo na segunda etapa, na Malásia, Alonso sagrou-se o piloto mais jovem da história a ser pole position e também o mais jovem a ir no pódio na mesma corrida, quando foi o terceiro. Foi a primeira vez que um piloto espanhol conseguiu tal façanha na categoria. Na corrida seguinte, no Brasil, Alonso bateu forte depois de não ver as bandeiras amarelas agitadas e os destroços na pista causadas pelo acidente da Jaguar de Mark Webber. 




Na Espanha, corrida da casa, outro feito histórico: segundo lugar. Além disso, Alonso conseguiu a primeira vitória da carreira em uma atuação esplêndida na Hungria, sagrando-se o mais jovem a vencer uma corrida na história da F1. Ele terminou o campeonato em sexto, com 55 pontos e quatro pódios.


Com uma Ferrari dominante em 2004, Alonso não pode fazer muita coisa. Manteve os quatro pódios (Austrália, França, Alemanha e Hungria). Em Mônaco, bateu e jogou a culpa em Ralf Schumacher. Na França, foi pole e quase venceu, se não fosse a extraordinária atuação de Michael Schumacher, vencedor com quatro paradas. Nas últimas três etapas da temporada, Trulli foi demitido e substituído por Jacques Villeneuve. Alonso fez 59 pontos e terminou o campeonato na quarta posição.



Em 2005, outro italiano como companheiro de equipe: Giancarlo Fisichella. Na corrida de abertura, na Austrália, a chuva atrapalhou o treino de Alonso, que ainda assim conseguiu chegar em terceiro. 

Ele venceu as duas corridas seguintes (Malásia e Bahrein) largando da pole e venceu a terceira seguida em uma batalha épica contra Schumacher em Ímola. O espanhol revelou que estava com o motor avariado. O problema só foi descoberto depois do treino e a equipe optou por correr ao invés de trocar o motor e ser penalizado com 10 posições no grid.



A McLaren melhorou e Raikkonen venceu as duas seguintes, na Espanha e em Mônaco. Era o único adversário de Alonso, visto que Ferrari e Williams estavam bem abaixo de seus potenciais. Raikkonen iria vencer pela terceira vez seguida em Nurburgring, mas o estouro da suspensão dianteira-esquerda na última vez fez Alonso herdar uma improvável e importantíssima vitória no campeonato. 


Alonso bateu no Canadá e não disputou a corrida dos Estados Unidos em virtude do Caso Michelin. Na França, fez a terceira pole e venceu pela quinta vez na corrida da casa da equipe. Em Silverstone, outra pole, mas dessa vez o espanhol foi superado pela McLaren de Montoya. Na Alemanha de novo, outra vez Raikkonen liderava até sofrer um problema hidráulico, e lá foi Alonso vencer mais uma.

Na Hungria, Alonso largou só em sexto e terminou apenas em 11° depois de se envolver em um acidente com Ralf Schumacher. Na reta final, Alonso terminou em segundo em três provas consecutivas. Raikkonen venceu na Turquia e na Bélgica e terminou em quarto na Itália, reduzindo a vantagem de Alonso em apenas um ponto.

O título veio com um terceiro lugar em Interlagos. Alonso sagrou-se o mais jovem campeão da história da F1, o primeiro da Espanha e terminou com a Era Schumacher. Após a corrida, ele declarou: “eu quero dedicar este campeonato a minha família e a todos os meus amigos próximos que me apoiaram durante a minha carreira. A Espanha não é um país que tenha a cultura da F1e nós tivemos que lutar sozinhos, cada passo do nosso caminho, para fazer isso acontecer. Um obrigado muito especial também para a minha equipe –eles são os melhores na F1 e nós fizemos isso juntos. Eu vou dizer que sou campeão, mas nós somos todos campeões – e eles merecem isso.” Em entrevista anos depois, Alonso disse que essa foi sua grande corrida da carreira: “Foi um sonho se tornando realidade e um dia muito emocionante. Nas últimas voltas, eu pensava estar ouvindo barulhos do motor –de todos os lugares! Mas estava tudo ok. Eu posso lembrar do meu alívio quando cruzei a linha de chegada”.



Nas etapas finais, no Japão e na China, Alonso e Renault sagraram-se ainda campeões de construtores. O espanhol foi terceiro em Suzuka e venceu em Shangai.

Em 2006, defendendo o título, Alonso já começou vencendo no Bahrein, superando Schumacher e saindo da quarta posição. Na Malásia, ficou em segundo, atrás de Fisichella. Na Austrália, venceu após superar a Honda de Jenson Button. Largando em uma posição ruim em San Marino, Alonso recebeu o troco de Schumacher em Ímola e foi superado também no GP da Europa, mesmo largando na pole. O troco veio justamente na Espanha, onde venceu pela primeira vez. Em Mônaco, herdou a pole de Schumacher, punido em 10 posições depois de parar deliberadamente o carro depois completar sua volta no Qualyfing e também venceu.

Alonso chegou a quatro vitórias seguidas ao vencer em Silverstone e no Canadá, as duas largando da pole position. Alonso foi o primeiro piloto da história a terminar as nove primeiras corridas da temporada em primeiro ou segundo, sendo igualado depois por Sebastian Vettel em 2011. 

Schumacher respondeu em Indianápolis, quando venceu e o espanhol terminou em quinto. Nova vitória do alemão na França, com Alonso em segundo. O espanhol ficou em quinto na Alemanha e a vantagem para o heptacampeão era de 11 pontos.

Na Hungria, Alonso foi penalizado no Qualyfing e só largou em 15°, Schummy ficou em 11° pelo mesmo motivo. Na corrida, Alonso se encaminhava para uma vitória épica na chuva quando uma porca da roda soltou de seu carro após o pit stop. Schumacher fez apenas um ponto depois que Robert Kubica foi desclassificado.

Alonso foi o segundo na Turquia, onde Felipe Massa venceu pela primeira vez na carreira. Na Itália, uma corrida desastrosa. Um furo na parte de trás da carroceria fez Alonso largar apenas em quinto. No entanto, o espanhol foi punido por ter atrapalhado Felipe Massa e caiu para décimo. Um problema no motor o fez abandonar e com a vitória de Schummy a vantagem caiu para apenas dois pontos.

Na China, Alonso fez a pole na chuva mas ficou em segundo. Com a vitória de Schumacher, o campeonato estava empatado, com o alemão na frente pelo número de vitórias. No Japão, a Ferrari largou na pole, mais de um segundo a frente das Renault, que ficaram em quinto e sexto. No entanto, na corrida, Alonso pulou para segundo e venceu após Schumacher abandonar com um problema no motor. Com 10 pontos de vantagem, bastava um oitavo lugar no Brasil para ser bicampeão.



Massa venceu em Interlagos e Alonso foi o segundo, Schumacher o quarto. Alonso bicampeão mundial, outra vez no Brasil. O espanhol sagrou-se o mais jovem bicampeão da história e a Renault também venceu os construtores por 5 pontos. Desde 2005 Alonso já tinha acertado com a McLaren para a temporada de 2007, onde, sem o recém-aposentado Michael Schumacher, prometia ser o novo dono da F1.


Até que surgiu um certo Lewis Hamilton... mas isso é assunto para o próximo post. Até mais!

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

DESPEDIDAS EM INTERLAGOS

Foto: O Dia
Desde 2004 que o Grande Prêmio do Brasil passou a ser disputado no final da temporada, sendo muitas vezes a última etapa. Pegando como mote a segunda despedida de Felipe Massa (ressaltando que a despedida, nesse caso, é do circuito; a oficial será em Abu Dhabi), listamos alguns pilotos que fizeram sua última corrida por aqui. Alguns realmente se despedindo e outros forçados a saírem. Bom, vamos lá:

2008 - DAVID COULTHARD


Na F1 desde 1994 e com passagens por Williams e McLaren, David Coulthard encerrava sua carreira no Brasil, onde venceu em 2001. Com uma pintura especial toda de branco, o escocês foi homenageado por todos os pilotos. Entretanto, como é de se esperar nessas ocasiões comemorativas, a última corrida de Coulthard pela F1 durou poucas curvas. Ele se envolveu em um acidente logo na primeira volta e abandonou, acompanhando de camarote a emocionante disputa de Lewis Hamilton e Felipe Massa. Acredito que até por conta disso poucas pessoas lembrem dessa ocasião.


2006 - MICHAEL SCHUMACHER (1a DESPEDIDA)

Foto: Wikipédia Commons
O maior piloto da história da categoria queria se despedir da F1 com o octacampeonato. Entretanto, a situação ficou quase impossível depois do motor Ferrari ter estourado em Suzuka e a vitória ter caído nas mãos de Alonso, que abriu 10 pontos de vantagem e precisava de apenas um para ser bicampeão. Schumacher precisava desafiar o impossível: vencer e torcer para que o espanhol não pontuasse. Não aconteceu, mas Schummi deu um show. Com o pneu traseiro esquerdo furado logo no início da corrida, o alemão caiu para as últimas posições, o que proporcionou seus então últimos pegas na carreira, chegando em quarto lugar. O Brasil teve a honra de ser o palco da última corrida de um gênio da esporte, mas isso virou fato secundário diante do êxtase da torcida com a vitória de Felipe Massa, que quebrava um jejum de 13 anos sem vitórias de um brasileiro em Interlagos.




2011 - RUBENS BARRICHELLO

Foto: F1Fanatic
A despedida que não teve cara de... despedida. Rubens Barrichello até colocou o verde e amarelo no capacete, mas ainda acreditava que continuaria mais uma temporada na F1. O piloto com mais corridas na história da categoria brigava com o compatriota Bruno Senna pela vaga da Williams, e até então o panorama estava indefinido. No palco onde conquistou três poles e teve a vitória tirada em 2003 por um erro incrível da Ferrari (pane seca), Rubinho não tinha muito o que fazer com aquela Williams. Com o bicampeonato de Sebastian Vettel definido desde o Japão, a F1 encerrou a temporada de 2011 com Vettel na pole e Rubinho em 12°. Entretanto, o brasileiro terminou a sua última corrida na F1 em 14° e apenas em 2012 foi anunciada a contratação de Bruno Senna, o que encerrou uma era significativa na F1. Uma pena que Rubinho não teve a despedida que merecia, enquanto Massa terá duas.


2012 - MICHAEL SCHUMACHER (2a DESPEDIDA)

Foto: SkySports
O retorno em 2010 obviamente fez com que Schumacher tivesse que aposentar outra vez. Isso foi em 2012, de novo em solo brasileiro. Não foi igual a primeira. Schummi manteve seu status de lenda, mas sua segunda passagem pela categoria decepcionou aqueles que esperavam algo parecido de seus tempos na Ferrari. Apenas um pódio e muitos acidentes. Enfim, a questão não é essa. Agora pela Mercedes, Schummi fez uma boa corrida. Largando em 13°, resistiu aos eventos caóticos da corrida e terminou em sétimo, atrás de Sebastian Vettel, tricampeão mundial em uma disputa emocionante com Fernando Alonso. O fim definitivo de Schumacher na F1.



2013 - MARK WEBBER

Foto: Red Bull
Vencedor em 2009 e em 2011, Mark Webber vinha de quatro anos belicosos na Red Bull e com Sebastian Vettel. O australiano viu o alemão o vencer com extrema facilidade (principalmente em 2011 e 2013). A corrida derradeira de Mark até que terminou bem: segundo lugar na dobradinha da Red Bull e a nona vitória seguida de Vettel. O que mais chamou a atenção foi que Webber fez a volta de desaceleração até os boxes sem o capacete, desfrutando de seu último momento na F1 com o vento batendo no rosto.



Bônus: na mesma corrida, Felipe Massa se despediu da Ferrari depois de sete anos. O brasileiro seguiu para a Williams, sua última equipe. Como o Felipe se despede em Interlagos, hein?

Foto: F1Fanatic


Essa foi a minha lista. Faltou alguém? Comente!

Até mais!

terça-feira, 23 de maio de 2017

UMA SINGELA HOMENAGEM

Foto: Reprodução
A situação já era quase irreversível e foi confirmada hoje. Campeão da Moto GP em 2006, o americano Nicki Hayden morreu aos 35 anos. Na quarta-feira passada, ele foi atropelado enquanto andava de bicicleta em Riccione, na Itália. Ele estava internado em Cesena, no Hospital Maurizio Bufalini.

O piloto, que corria no Mundial de Superbike, treinava em grupo com outros ciclistas quando foi acertado por um carro. O impacto fez com que Hayden girasse pelo capô, quebrando o para-brisas, para depois ir ao chão. Ele sofreu um grave hematoma cerebral, além de uma fratura exposta na perna.

O americano correu na MotoGP entre 2003 e 2015, na Honda, Ducati e Aspar. Em sua única temporada na Superbike, terminou o campeonato em quinto lugar. Nesse ano, era o 13°.

Ele não tem filhos, mas deixa a noiva, Jackie, os pais Earl e Rose, além de dois irmãos e duas irmãs: Roger Lee, Tommy, Jenny e Kathleen.

Para homenagear o campeão, nada como alguns clipes para exaltar a sua brilhante carreira. Vá com Deus, Hayden!
#RideOnKentuckyKid




Confira a batalha que Hayden travou com Valentino Rossi em 2006 para sagrar-se campeão do mundo:



Até!

terça-feira, 21 de março de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #27 - O ÚLTIMO INÍCIO?

Foto: Wikipédia
Desde 1996 a Austrália abre a temporada da F1 (exceção 2006 e 2010, quando o circo começou no Bahrein). É, sem dúvida nenhuma, uma das corridas com maior ansiedade e expectativa, obviamente por ser a primeira do calendário. É o momento em que deixamos de ficar órfãos de fotos e vídeos amadores da pré-temporada para apreciar a primeira amostragem dos novos carros.

Esse ano tem um componente especial: a radical mudança de regulamento. Os primeiros resultados da pré-temporada indicam a Ferrari mais próxima ou até superior a Mercedes, a Red Bull envolta de mistérios, a Williams com um projeto bem nascido e a vergonha da McLaren em mais um ano que promete ser caótico.

Foto: Pinterest
Esses jovens rapazotes são o tema do post. Kimi Raikkonen e Alonso estreavam na F1 há incríveis 16 anos. Com a aposentadoria de Button, os dois passaram a ser os mais antigos do grid na categoria (considerando que o finlandês ficou duas temporadas ausente, em 2010 e 2011, assim como Massa em 2003). Com isso, a fênix tem mais GPs disputados.

Kimi na Sauber, com 21 anos e Alonso na Minardi, com 19 eram os novatos estreantes daquela época. Peter Sauber teve que prometer desempenho do finlandês para a FIA lhe conceder a superlicença, pois Raikkonen "pulou" a F3000 e chegou direto na F1, a exemplo de Max Verstappen. Alonso sempre foi uma aposta de Briatore e acabou "emprestado" a Minardi para pegar experiência, tendo como companheiro de equipe o brasileiro Tarso Marques e também o malaio pagante Alex Yoong mais para o fim do ano.

Confira (ou relembre) como foi a estreia dos jovens no longínquo GP da Austrália de 2001, que também tinha como destaque a chegada de Juan Pablo Montoya a categoria, depois de muito sucesso na Indy. A corrida, no YouTube, pode ser conferida clicando aqui . O resto, vocês sabem o que aconteceu...


Os dois também já venceram em Albert Park. Alonso foi o primeiro, em 2006 (ano do bi), onde Raikkonen foi o segundo, na terceira etapa da temporada. Recentemente, o retrospecto do espanhol não é dos melhores: não correu em 2015, quando se recuperava de uma lesão sofrida num acidente na pré-temporada e ano passado acabou se envolvendo em um acidente cinematográfico com a Haas de Estebán Gutiérrez, o que impediu sua participação na corrida seguinte, no Bahrein. Relembre:




Já o IceMan, por sua vez, conquistou duas vitórias em solo australiano. A primeira foi em 2007, ano do título, justamente na estreia pela Ferrari. Sua segunda e até então última vitória na carreira foi em 2013, ainda pela Lotus.





O blog relembra a trajetória dos dois pilotos porque existem grandes possibilidades de ambos se aposentarem no fim da temporada. Com Alonso cada vez mais desgostoso com os problemas da McLaren Honda e Raikkonen já com 38 anos, pode ser que seja o último ínicio de temporada dos dois, juntamente com Massa, a tríade mais longeva da atual F1 que deve se retirar no fim de 2017, representando o fim de uma era na F1 (como eu escrevi no ano passado, clicando aqui). É melhor aproveitar e desfrutar dessas lendas!

OFF TOPIC: Não postei nada sobre a nova cor da Force India. O carro rosa é lindo, embora pareça uma bala de morango. Gostei que a F1 está ficando menos monocromática, com predominância de preto e cinza. Viva o laranja da McLaren, o rosa dos indianos, o vermelho Ferrari, o azul Sauber, o branco Williams, etc. Só faltou a Renault manter o amarelo que remete a Jordan mas enfim, variedade de cores sempre é muito bem vinda para os olhos do espectador.

Foto: Divulgação
Até!





quinta-feira, 24 de novembro de 2016

ESPECIAL BUTTON - Parte 3

Foto: F1 Fanatic
E aí, galera! Parte 3 do Especial Jenson Button chegando! Nesse post, escreverei sobre sua trajetória na equipe Honda, na sua pior fase da carreira, onde Jenson esteve muito perto de sair da F1... Enfim, sem mais delongas, vamos começar!

Honda (2006-2008): O momento mais difícil da carreira

Foto: Pinterest
A Honda fez bons tempos na pré-temporada, o que animou Button, beneficiado pelos recursos extras da equipe japonesa.

A primeira parte da temporada 2006 foi difícil: No Bahrein, foi o quarto. Na Malásia, ele terminou em terceiro. Na Austrália, Button fez a pole. Entretanto, foi ultrapassado por Alonso logo na largada e por Raikkonen após a saída do Safety Car. Ele estava em quinto quando o motor estourou na última volta. Em Silverstone, corrida da casa, decepção: largou em 19°, depois de perder tempo com o carro sendo pesado e não conseguindo voltar para a pista a tempo. Na corrida, abandonou na volta 8, depois de rodar devido a um vazamento de óleo de motor.





No Canadá, Button largou na frente de Rubinho pela primeira vez desde Ímola, mas terminou a corrida em nono. Ele abandonou na primeira volta o GP dos Estados Unidos em um acidente com vários pilotos e também na França, devido a uma falha no motor. Na Alemanha, Jenson largou em quarto e na corrida chegou a ficar em terceiro, mas terminou na quarta posição.


Hungria: A primeira vitória da carreira

Foto: F1 Experts
Foto: Julianne Cesaroli
Foto: Motorsport
Ah, o caótico Grande Prêmio da Hungria de 2006... A 113a corrida de Button na F1. Ele largou em 14°, punido em dez posições por trocar o motor. Diante da forte chuva, a corrida teve seu rumo alterado, e Button foi passando todo mundo até chegar a quarta posição logo na décima volta. Aproveitando os abandonos dos líderes Alonso, que estava atrás de Button (embora o britânico precisasse fazer mais um pitstop) e Raikkonen, Button finalmente venceu pela primeira vez na F1 com 30 segundos de vantagem para o segundo colocado Pedro de la Rosa (!!!) da McLaren, que substituía o demitido Montoya. Heidfeld, de BMW Sauber, completou o insólito e improvável pódio. Jenson superou o feito de Nigel Mansell em 1989, quando ele venceu na Hungria largando em 12°. Foi a primeira vitória britânica na F1 desde Coulthard em Março de 2003 e a primeira inglesa desde Johnny Herbert, no GP da Europa de 1999.

 

Na parte final da temporada, Button chegou ou em quarto ou em quinto, exceção da corrida final no Brasil, onde foi terceiro, corrida que coroou a primeira vitória de Massa em Interlagos e o bicampeonato de Fernando Alonso. Nas últimas seis etapas do campeonato, Button somou 35 pontos, o melhor do final do ano.






Foto: Wikipédia
Button não participou dos testes de inverno de 2007 em virtude de fraturas na costela em uma corrida de kart no final de 2006. Antes do campeonato, havia uma expectativa muito grande na Honda brigar pelo título, dado o desempenho do ano anterior. Damon Hill disse: "se Button quer ser campeão, precisa estar em um carro a altura".  Alan Henry, do The Guardian, escreveu: "Button irá vencer algumas corridas, mas não é um postulante ao título". A previsão foi extremamente errada, pois a Honda RA107 mostrou-se um carro muito ruim, decepcionando a todos.

Na Austrália, Button largou apenas em 14° após lidar com alguns problemas no carro. A corrida não foi muito melhor, tendo que pagar uma penalidade de stop and go por passar da velocidade limite nos boxes. As duas corridas seguintes também foram horríveis. Na Malásia, foi o 12°, atrás de Rubinho, e no Bahrein sequer completou uma volta após colidir com a Red Bull de Coulthard na curva 4. No GP da França, Jenson foi o oitavo, marcando o primeiro ponto da equipe no ano. Após o Grande Prêmio da Inglaterra, foi anunciada sua renovação por mais uma temporada na equipe.

Sua posição de principal piloto britânico da F1 foi tomada pelo então estreante Lewis Hamilton, da McLaren, que estava muito próximo de tornar-se campeão mundial logo em seu ano estreia. Nigel Mansell criticou Jenson, afirmando que ele deveria ter vencido mais corridas e que seu desempenho estava abaixo do esperado. Nick Fry respondeu Mansell, dizendo que a fama de "festeiro" de Button era de 5 anos atrás. Button disse que foi um ano frustrante, apesar de lampejos de bom desempenho nas corridas chuvosas, mas que não foram convertidas em pontos.

Foto: Wikipédia
O Honda RA108 continuou com desempenho muito fraco, e Button pontuou apenas na Espanha, quando foi o sexto. Na Inglaterra, circuito da casa, Jenson abandonou e perdeu a chance de se destacar no chuvoso grande prêmio, que teve seu companheiro de equipe Rubinho no pódio. No fim do ano, a Honda anunciou que estava deixando a F1 em virtude da crise financeira mundial. O futuro do piloto dependia de alguém comprar a ex-equipe Honda.

E parecia o fim da trajetória de Jenson Button na F1, com apenas uma vitória e muitas polêmicas e críticas... um talento que não se confirmava por diversas circunstâncias. Eis que o destino agiu e... Bem, você sabe o que aconteceu. Se não sabe, acompanhe em breve a penúltima parte do Especial Jenson Button!

Até!

terça-feira, 8 de novembro de 2016

ESPECIAL MASSA EM INTERLAGOS - Ferrari

Foto: AFP
Fala galera, hoje vai ser curto e grosso! O histórico de Felipe Massa em Interlagos, agora pela Ferrari:

2006 - Quase todo mundo lembra: macacão verde-amarelo, última corrida do ano... Massa quebrou o jejum de 13 anos sem vitórias brasileiras em Interlagos dominando o fim de semana inteiro de ponta a ponta. A corrida também ficou marcada pela primeira aposentadoria de Schumacher,que chegou em quarto, e o bicampeonato de Fernando Alonso, que ficou em segundo.


2007 - Outra vez, o Brasil decidindo tudo. Dessa vez, três pilotos brigavam pelo título: Hamilton, o estreante favorito, Alonso, brigado com a McLaren e Kimi Raikkonen, o azarão. Massa de novo dominou nos treinos e se encaminhava para mais uma vitória, mas precisou fazer jogo de equipe para que o finlandês vencesse e se sagrasse campeão do mundo graças aos erros inacreditáveis de Hamilton.



2008 - A mais clássica de todas: Massa dominou Interlagos pelo terceiro ano seguido e venceu a prova. Para ser campeão, dependia de um sexto lugar de Hamilton, que acontecia até a última curva, quando passou a Toyota de Glock em um GP maluco, com chuva apertando no final e o alemão com pneu de pista seca segurando até quase o fim.



2010 - Após não disputar a edição do ano anterior em virtude do acidente na Hungria, Massa largou em nono após um treino tumultuado. Sem repetir o desempenho dos anos anteriores, foi apenas o 15°. A corrida foi vencida por Vettel, que levou a decisão para Abu Dhabi, onde sagrou-se campeão mundial pela primeira vez.


2011 - Com o bicampeonato de Vettel já decidido, a corrida do Brasil foi apenas para decidir o vice-campeonato, que ficou com Button. Massa largou em sétimo e terminou em quinto. Foi a última corrida de Rubens Barrichello na F1, terminando em 14°.


2012 - O Brasil voltou a decidir o título. O confronto? Vettel x Alonso. O alemão se envolveu em um incidente na largada e foi tocado pela Williams de Bruno Senna, precisando fazer uma épica corrida de recuperação em uma corrida maluca, com chuva, Safety Car e acidentes, coroando o tricampeonato de Sebastian Vettel. Foi também a despedida definitiva de Michael Schumacher da F1. Massa poderia ter chegado em segundo, mas abriu para Alonso, chegando em terceiro, conquistando seu quarto pódio no Brasil. A corrida acabou com o Safety Car passando após o acidente de Paul di Resta. Foi a última vitória de Button e da McLaren até então.




Foto: F1 Fanatic

2013 - A despedida de Massa da Ferrari depois de oito temporadas como titular da equipe. Com homenagem e capacete especial, Vettel engatou a nona vitória seguida em prova que foi a despedida de Webber da F1. Largou em nono e chegou em sétimo.



Por enquanto é isso, amanhã tem o histórico do brasileiro na Williams! Até mais!