terça-feira, 15 de dezembro de 2015

ANÁLISE DA TEMPORADA 2015 - Parte 2

Fala, galera! Então, vamos continuar o resumo do ano da F1. Dessa vez, escreverei sobre a Red Bull, Force India, Toro Rosso e Lotus. Vamos lá!

Foto: Motorsport
RED BULL RACING - Daniel Ricciardo (8° lugar) e Daniil Kvyat (7° lugar) = Nota 7,5
Outro ano prejudicado pela falta de potência do motor Renault. Helmut Marko, Christian Horner e Adrian Newey perderam a paciência com os franceses e protagonizaram momentos de vergonha alheia ao humilhar a Renault durante o ano inteiro. Ok, os franceses não conseguiram trazer melhorias para o motor, mas foi desnecessário tudo isso. O mais grave é que a escuderia austríaca xingou os franceses e alardearam para todos que iriam trocar de fornecedor. Sonharam com a Mercedes, receberam um sonoro não. Negociaram com a Ferrari e exigiram o mesmo motor da equipe italiana, e também receberam não. Desesperados, chegaram até a consultar a Honda, que recusou, pois está em uma parceria exclusiva McLaren. Restou a equipe de energéticos arrependida voltar atrás, se desculpar e manter o motor Renault para o próximo ano, batizado com o nome do novo patrocinador TAG Heuer. Em virtude dessa e outras circunstâncias, a Red Bull passou zerada no ano pela primeira vez desde 2008, mas mostrou que a eficiência aerodinâmica ainda está em dia.

DANIEL RICCIARDO = Nota 7,5 - Dessa vez, sem vitórias. Também é verdade que enfrentou diversos problemas nas classificações e corridas, desperdiçando alguns pontos importantes. Nos pontos, foi derrotado pelo novato companheiro de equipe, uma mancha que incomoda. Ricciardo foi o "Vettel de 2014". Continua um excepcional piloto, refém de um bólido com uma unidade de potência que lhe permita brigar por poles e vitórias. Fez o que pode.

DANIIL KVYAT = Nota 8 - Até Mônaco, parecia que sua cabeça ainda estava na Toro Rosso. Coincidência ou não, seu rendimento cresceu após levar um puxão de orelha público do chefe Helmut Marko. O quarto lugar em Monte Carlo o impulsionou para seu primeiro pódio na carreira, o 2° lugar na Hungria. Contou com os azares de Ricciardo, mas também fez sua parte, andando muito bem e tendo um rendimento constante. A tendência é que a pressão aumente, pois mais cedo ou mais tarde Max Verstappen irá para a equipe taurina, e provavelmente no seu lugar.

Foto: Divulgação

FORCE INDIA - Nico Hulkenberg (10° colocado) e Sérgio Pérez (9° colocado) = Nota 8
Até Silverstone, estava utilizando o carro do ano passado. A escuderia de Vijay Mallya ainda segue com problemas financeiros e, a que tudo indica, irá tornar-se Aston Martin. Entretanto, quando utilizou o carro desse ano, a diferença foi brutal. A regularidade (não tão presente em Nico esse ano, na verdade) dos pilotos e os avanços da equipe permitiram resultados espetaculares, como o terceiro lugar de Pérez na Rússia. No fim do ano, chegou a ser a terceira ou quarta força da F1. Com 7 anos de F1, a Force India se estabeleceu como equipe média, mas busca alçar voos maiores, apesar das dificuldades financeiras. Aston Martin vem aí?

NICO HULKENBERG = Nota 7 - Começou o ano constante como sempre. Todavia, falta um resultado expressivo na F1 para o alemão de 28 anos, vencedor das 24 horas de Le Mans. Nessa temporada, um agravante: Se envolveu em diversos acidentes, incomum para a sua habilidade e potencial. Foi uma de suas temporadas mais fracas na categoria.

SÉRGIO PÉREZ = Nota 9 - Em termos de pilotagem, foi o melhor ano de sua carreira. Mais maduro, teve uma pilotagem constante, com menos erros (vide GP da Hungria). Precisa ser mais veloz nos treinos. Contudo, nas corridas, o que é mais importante, parece sempre funcionar na estratégia dos longos stints, administrando os pneus e parando o mais tarde possível para retornar com pneus novos e atacar nas voltas finais. Foi assim que conseguiu o pódio na Rússia (também graças ao acidente dos finlandeses Raikkonen e Bottas na última volta). Um ano inesquecível para o mexicano, que enfim pode correr no seu país, delírio daqueles que acompanhavam de perto o grande prêmio.

Foto: AutoSport
SCUDERIA TORO ROSSO - Max Verstappen (12° colocado) e Carlos Sainz Jr (15° colocado) = Nota 7,5
Chegou a andar na frente da matriz Red Bull. Com dois pilotos jovens, ousados e inexperientes, chamou a atenção da mídia e dos fãs (principalmente Verstappinho). Com o frágil motor Renault e diversos problemas mecânicos, além dos acidentes (principalmente de Sainz), não podem fazer muita coisa. Agora, a expectativa é pelo motor 2015 da Ferrari para o ano que vem. Com mais experiência e um bólido mais rápido, Max e Sainz podem brigar com mais frequência pelos pontos.

MAX VERSTAPPEN = Nota 9 - Achei ele um pouco superestimado pela mídia e fãs. De fato, é. É um talento nato, com grande potencial, mas muita calma. Se envolveu em uma bobagem em Mônaco e foi crucificado injustamente por conta da idade (à época, com 17; agora, com 18). Na segunda metade da temporada, cresceu: Pontuou em oito corridas consecutivas. Mostrou ser muito agressivo e arrojado, buscando ultrapassagens em pontos que geralmente os pilotos não arriscam. Ele não é assim. Max é diferente. Se trilhar um caminho sólido, pode tornar-se campeão mundial. Sua vantagem é sua juventude muito precoce, o que lhe permite muitos anos na F1.

CARLOS SAINZ = Nota 7 - Os números não mostram muito bem a diferença entre ele e o seu companheiro de equipe holandês. Verstappen é melhor que Sainz, de fato, mas não é uma diferença muito grande. Sainz largou na frente mais vezes que Verstappinho, porém se envolveu em mais acidentes e teve mais problemas no carro, o que obviamente o prejudicou na comparação com o companheiro prodígio. O espanhol não pode fazer muita coisa, impossibilitado pelos problemas já citados acima, mas certamente vai precisar mostrar mais ano que vem, pois sabemos como a Toro Rosso adora incinerar seus jovens pilotos (Buemi, Alguersuari e Vergne que o digam).


LOTUS F1 TEAM - Romain Grosjean (11° colocado) e Pastor Maldonado (14° colocado) = Nota 7
Com problemas financeiros desde 2013, a Lotus agora é moda do passado. Devido as dívidas, os mecânicos foram diversas vezes impedidos de entrar nos boxes da equipe. Bernie Ecclestone teve que constantemente intervir e pagar as pendências, enquanto os funcionários comiam nos boxes das outras equipes. Dentro da pista, Maldonado se envolveu em diversos acidentes e problemas e Grosjean atingiu uma maturidade impensável para quem era o "maníaco da primeira curva" em 2012. O pódio na Bélgica coroou o seu trabalho. Agora, com o retorno da Renault, investimentos pesados serão realizados a médio-prazo e, quem sabe, os franceses voltam aos tempos de glória da década passada.

ROMAIN GROSJEAN = Nota 7,5 - De saída para a Haas, Grosjean sempre teve menos quilometragem nos treinos em relação a Maldonado, pois frequentemente cedeu o carro em uma das sessões de sexta para o futuro titular, Jolyon Palmer. Guiou muito bem e conquistou um pódio improvável diante dos inúmeros problemas da Lotus. Agora, a aventura é na nova equipe americana, já almejando a vaga de 2017 da Ferrari. O francês amadureceu e evoluiu muito.

PASTOR MALDONADO = Nota 6 - É quase improvável que termine as corridas. Proporciona momentos de puro entretenimento ao bater e se envolver em acidentes com outros pilotos. Foi atropelado por Grosjean nos treinos. É um piloto rápido, mas que nunca está com a cabeça no lugar, por isso está sempre propenso a inúmeros erros e presepadas. Entretanto, está garantido no ano que vem, sempre bancado pela grana da PDVSA. Maldonado é um showman às avessas, mas poderia ter mais atuações memoráveis como a da Espanha em 2012 ao invés de ser chacota nas redes sociais.

Amanhã tem novidade no blog! Te liga! Fui!

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