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terça-feira, 21 de novembro de 2017

CELEBRAÇÃO E DECEPÇÃO

Foto: Getty Images
O fim de semana foi de fortes emoções para o automobilismo brasileiro. Tudo começou na sexta-feira, quando Pietro Fittipaldi garantiu o título da Fórmula V8, no Bahrein. O neto de Emerson Fittipaldi tinha dez pontos de vantagem para o vice-líder e rival Matevos Isaakyan. Na classificação, Pietro fez o segundo tempo, mas foi punido por passar do limite de velocidade nos boxes e foi punido perdendo dois lugares, largando em quarto, enquanto o rival largou na pole. Entretanto, logo na volta de apresentação Isaakyan deixou o carro morrer, largando dos boxes.

Na largada, Pietro pulou para o segundo lugar e de lá não saiu, garantindo o título. Isaakyan foi o décimo. O brasileiro se junta a nomes como Fernando Alonso, Robert Kubica, Marc Gené, Kevin Magnussen e Heikki Kovalainen como campeões da categoria. A diferença fundamental é que antigamente a Fórmula V8 tinha apoio da Renault (era denominado World Series) e, portanto, era uma categoria mais valorizada. Pietro fez sua obrigação, tinha o melhor carro e encarou uma Fórmula V8 praticamente sucateada. Essa pode ser a última edição da categoria, que não existirá em 2018 por não ter inscrições suficientes.

Apesar disso, Pietro garantiu a Superlicença da FIA, necessária para chegar a F1. No entanto, o próximo passo do neto de Emerson rumo à F1 deve ser a F3 ou a F2, categorias mais competitivas e com desafios mais elevados, onde certamente deverá ser colocado à prova se Pietro terá condições de chegar à F1 nos próximos anos. Enfim, parabéns para o brasileiro!

Foto: Dutch Photo Agency
No dia seguinte, também no Bahrein, um Senna voltou a ser campeão mundial. Válido pela categoria LMP2 do Mundial de Endurance, o carro #31 da equipe Rebellion composto por Bruno Senna, Nicolas Prost e Julien Canal venceu a etapa final da temporada. A vitória veio com muito sofrimento, pois o carro #38 da Jackie Chan Racing pressionou nas voltas finais. O Rebellion #13 de Nelsinho Piquet e seus companheiros ficou em terceiro.

Por outro lado, na LMP1, a vitória foi do trio da Toyota composto de Anthony Davidson, Kazuki Nakajima e Sebastién Buemi. A corrida do Bahrein marcou a despedida da Porsche do Mundial. O trio já campeão Brendon Hartley (que agora ficará em definitivo na Toro Rosso), Timo Bernhard e Earl Bember ficou em segundo, seguido do também trio da marca alemã Neel Jani, Nick Tandy e André Lotterer.

Muito bom ver Bruno Senna e o Brasil vencendo um título mundial homologado pela FIA, 26 anos depois. Mais simbólico ainda com Nicolas Prost como companheiro de equipe. Quem imaginaria?

Foto: Divulgação

Se Bruno Senna e Pietro Fittipaldi viveram dias de glória no Bahrein, os brasileiros em Macau viveram um pesadelo. Sérgio Sette Câmara quase fez história. Largando em terceiro, assumiu a liderança na terceira volta, após a relargada. Durante toda a corrida, o brasileiro foi atacado pelo austríaco Ferdinand Habsburg nas últimas curvas da última volta. Na última curva, o descendente da família real austríaca tentou uma manobra na última curva e os dois carros perderam o equilíbrio e colidiram na barreira de pneus. Habsburg conseguiu se arrastar para terminar em quarto, enquanto o brasileiro ficou pelo caminho e terminou em 13°.

A vitória caiu no colo do inglês Daniel Ticktum. Ele largou em oitavo e nas voltas finais fez uma bela ultrapassagem, passando dois carros de uma só vez na curva Lisboa para assumir a terceira posição. Lando Norris, agora piloto reserva da McLaren, foi o segundo e o estoniano Ralf Aron ficou em terceiro. Pedro Piquet, o outro brasileiro que participou da prova, fez uma corrida discreta e terminou em sexto. Confira:


Logo na primeira volta da etapa da Copa do Mundo de FIA GT, com carros de turismo, o piloto espanhol Daniel Juncadella perdeu o controle de sua Mercedes em uma das várias curvas apertadas do traçado e bateu. O pessoal que vinha atrás não conseguiu desviar e o que aconteceu? Os carros foram batendo e se empilhando, causando um Big One inacreditável e paralisando a prova. O único que conseguiu escapar foi Rafaelle Marciello. A batida envolveu 11 carros. A corrida foi vencida por Edoardo Mortara, da Mercedes, com o brasileiro Augusto Farfus em segundo e Rafaelle Marciello em terceiro. Veja o acidente:



Convenhamos que botar um monte de carro de Turismo em um circuito estreito como Macau não é uma boa ideia... mas que vale pelo espetáculo, entretenimento e principalmente para quem gosta de acidentes. Ainda bem que ninguém se feriu gravemente.

Fim de semana realmente atribulado para o automobilismo brasileiro, com festa e frustração.

Voltamos com algum post a qualquer momento. 

Até!


terça-feira, 18 de abril de 2017

ATRASADOS

Foto: Zumbio
A polêmica de Verstappen está longe de acabar. Até agora, a frase "ele é brasileiro, não adianta discutir" não foi explicada pelo polêmico holandês. O que ele quis dizer com isso? A maioria entendeu como uma ofensa ao caráter do brasileiro ou até mesmo as habilidades de Felipe, único representante do país na F1. Não importa. Digo, importa. Os HUEBR, putos da cara, invadiram as redes sociais de Max com ofensas, que se desculpou hoje.

Cheguei a ler que a frase foi proferida em tom de brincadeira, aos risos, mas transformada em muito mais sério do que deveria. Esse tipo de comentário é complicado de se fazer, principalmente quando esse alguém é uma pessoa pública, de muitos fãs e que representa uma marca de penetração mundial, como é a Red Bull em diversos segmentos. Por isso, também, que internamente o rebelde holandês levou um leve "puxão de orelhas".

Não vou me estender no debate sociológico de quem acredita que isso resume o pensamento de um europeu do primeiro mundo sobre alguém do terceiro mundo. Especificamente, Max vive em sua "bolha", nascido e criado para guiar karts e monopostos, alienado a todos os aspectos de vivência e conhecimento de outras línguas, lugares e pessoais. O que prefiro escrever é que não é a primeira vez e não será a última em que o adolescente irá proferir uma declaração infeliz. Desde os tempos de Toro Rosso, Max mostra sua personalidade, com frases fortes e rusgas com outros pilotos, tudo isso com 18 anos. É natural que, com o passar da idade, ele ficará ainda mais indomável. Todo o talento e arrojo, motivos de admiração de muitos (sempre tem que ter a comparação com o Senna) pode o transformar em vilão e figura antipática dentre os próprios torcedores. Lembram do que ele falou ao Villeneuve?

Como disse o Massa, Max terá que vir ao Brasil no fim do ano. Muitos talvez o perdoem, mas certamente também haverá uma série de manifestações negativas em solo tupiniquim. Como superar? Talvez com outra atuação espetacular em Interlagos.

Foto: Daily Star
A VOLTA DOS QUE JÁ FORAM - Não será em 2017 que experimentarei o estranho gosto amargo de ver Button e Massa fora do grid. O campeão mundial de 2009 terá seu retorno de uma corrida só para substituir Alonso em Mônaco, ocupado com a disputa da Indy 500. Com isso, irá participar em 18 temporadas consecutivas na F1. A legítima prova de despedida, sem responsabilidade por resultados e sabendo que nada do que acontecer é sua responsabilidade. O retorno inesperado de Button mostra que as coisas mudaram, mas não ficaram tão diferentes.

Foto: Autosport
Como é lindo ver um Fittipaldi vencendo pela Lotus! Pietro foi perfeito: duas vitórias e duas poles na primeira rodada dupla da Fórmula V8, em Silverstone. A categoria fez o "esquenta" da primeira etapa do Mundial de Endurance (WEC). "Não há palavras suficientes para agradecer a Lotus, o meu engenheiro e todos os mecânicos, que fizeram um trabalho fantástico. Sair daqui líder é incrível e já estou ansioso para a próxima etapa, em Spa-Francorchamps", afirmou o brasileiro. Com 100% de aproveitamento, Fittipaldi tem 24 pontos de vantagem a Alfonso Celis Jr (Fortec Motorsports), vice-líder do campeonato e piloto de testes da Force India. Rene Binder, companheiro de Pietro, é o terceiro, dois pontos atrás de Celis Jr. A próxima temporada é em Spa Francorchamps, nos dias 5 e 6 de maio.

Que todos (inclusive o próprio staff) tenham muita calma com Pietro e toda a garotada que ainda está começando nas categorias de baixo na Europa. O segredo é seguir com os pés no chão e aproveitar as oportunidades. Assim, quem sabe, o Brasil não volte a ter um piloto na F1 nos próximos anos?

Até!