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quarta-feira, 10 de abril de 2019

A CORRIDA 1000

Foto: F1i
Ah, a China. Diferente de alguns que acham ruim o palco da milésima corrida ser em um país sem tradição, não se pode mudar o calendário. Diversidade é tudo. Lógico que Silverstone seria histórico, mas o mundo precisa girar. A China também é um palco histórico onde Schumacher venceu pela última vez e está no calendário desde 2004, onde Rubinho foi o responsável pela primeira vitória.

Bom, o intuito do post é relembrar outras corridas com números marcantes. Vamos lá:

CORRIDA N° 100: GP DA ALEMANHA DE 1961


Foto: Reprodução
A primeira corrida da F1 foi em 1950. Portanto, a centésima edição foi realizada 11 anos depois, no antigo traçado de Nurburgring, na Alemanha. Os carros já estavam no famoso formato das "baratinhas" e o bico tubarão da Ferrari. Phil Hill, da equipe italiana, saiu na pole. No entanto, a vitória ficou com Stirling Moss, da Lotus. Wolfgang Von Trips foi o segundo e estava muito perto de ser o primeiro alemão campeão, mas acabou falecendo semanas depois, no GP da Itália, em um acidente que também vitimou 14 espectadores. O título ficou com Hill e a Alemanha finalmente conheceu seu primeiro campeão apenas 33 anos depois.


CORRIDA N° 200: GP DE MÔNACO DE 1971

Foto: Reprodução YouTube
Mais dez anos se passaram e a F1 já era outra, bem mais moderna, se aproximando dos conceitos da indústria aeronáutica. O palco era luxuoso. Na pista, ficou evidenciado o domínio da Tyrell de Jackie Stewart, que fez a pole e venceu com grande autoridade a segunda das seis etapas conquistadas na temporada que lhe deu o segundo título mundial.


CORRIDA N° 300: GP DA ÁFRICA DO SUL DE 1978

Foto: Reprodução
Na terceira etapa da temporada, Niki Lauda (que deixou a Ferrari após o bicampeonato em 1977) fez a pole com a Brabham. No entanto, a corrida foi marcada por muitas quebras nos ponteiros, começando pelo próprio austríaco. Na sequência, Mario Andretti, Riccardo Patrese e Patrick Depailler sentiram o cheiro da vitória, mas diferentes infortúnios os impediram. No final, sobrou para o sueco Ronnie Peterson vencer na última vitória, ultrapassando o francês. Meses depois, a favoritíssima Lotus de Andretti seria campeã, enquanto que o companheiro sueco faleceria no GP da Itália.



CORRIDA N° 400: GP DA ÁUSTRIA DE 1984

Foto: Reprodução


Em 1984, Brabham, Ferrari e McLaren disputavam o título. O brasileiro Nelson Piquet foi o pole, mas a equipe de Woking formada por Niki Lauda e Alain Prost era superior na corrida. Dito e feito. Em Spielberg, o piloto da casa não tomou conhecimento e escalou o pelotão para vencer tranquilamente pela única vez em casa no ano em que conquistou o tricampeonato por meio ponto de vantagem diante de Prost.


CORRIDA N° 500: GP DA AUSTRÁLIA DE 1990

Foto: Reprodução
A corrida 499 foi marcada pelo bicampeonato de Ayrton Senna no famoso "acidente da vingança" com Alain Prost na primeira curva de Suzuka. O brasileiro largou na pole, mas abandonou no final da prova com problemas no câmbio. Piquet, na Benetton, herdou a liderança. Nas voltas finais, foi atacado pela Ferrari de Nigel Mansell, mas o brasileiro deu uma fechada para garantir a vitória que encerrava aquela temporada.


CORRIDA N° 600: GP DA ARGENTINA DE 1997

Foto: Reprodução
Uma das temporadas mais disputadas da história teve como confronto a Williams de Villeneuve contra a Ferrari de Schumacher. Dominando o início de temporada, o canadense foi o pole, enquanto o alemão saiu em terceiro e abandonou na primeira curva em um acidente com Barrichello, ainda na Stewart. Apesar de controlar a prova toda, Villeneuve teve que superar uma pressão da outra Ferrari, de Eddie Irvine, para vencer. Ele seria o campeão no final do ano depois daquela famosa disputa com o alemão.



CORRIDA N° 700: GP DO BRASIL DE 2003

Foto: Getty Images


Uma das maiores corridas da história da Fórmula 1 também em um número emblemático. Essa você já conhece: início da temporada de 2003 com muito equilíbrio entre Ferrari, McLaren e Williams. Rubinho foi pole e largou com pneu de chuva, apesar de estar nublado. Foi perdendo posições na largada mas depois com o retorno da chuva acabou assumindo a ponta. Enquanto isso, na curva seguinte ao S do Senna, muitos carros batiam forte por ali, incluindo Schumacher, Montoya, Button, Wilson... Rubinho vinha para vencer até que uma pane seca pôs fim ao seu sonho de ganhar em casa. Depois, com a dupla da McLaren na frente, Raikkonen errou, Coulthard parou e de mansinho Fisichella assumiu a liderança com a Jordan. Webber e Alonso bateram forte na subida do Café, o que interrompeu definitivamente a corrida. Um erro foi feito e a vitória foi dada para Raikkonen, o que só foi desfeito de fato na corrida seguinte, em Ímola. A última vitória da Jordan.




CORRIDA N° 800: GP DE CINGAPURA DE 2008

Foto: Divulgação
Outra corrida histórica e que vocês já sabem a história. Primeira corrida em Cingapura, primeira corrida noturna e a disputa entre Massa e Hamilton. O brasileiro largou na frente e liderava tranquilo até que Nelsinho Piquet bateu de propósito e provocou um Safety Car para beneficiar Alonso. Na parada, a mangueira de combustível ficou e o brasileiro se ferrou. Alonso venceu pela primeira vez no retorno a Renault e no ano seguinte ficou comprovada a farsa.




CORRIDA N° 900: GP DO BAHREIN DE 2014

Foto: AUSmotive.com
Esse eu também já falei e não faz muito tempo. No início da era híbrida, Rosberg e Hamilton duelavam pelo topo. A corrida ficou marcada pela disputa dos dois, onde o inglês segurou até o fim para vencer, com Sérgio Pérez surpreendendo com a Force India e fechando em terceiro.



Bem, essas foram as corridas do 100 até o 900. Vejamos como será a milésima e espero estar por aí na 1100, 1200... até!




quarta-feira, 29 de agosto de 2018

OUTRAS HISTÓRIAS DE MONZA

Foto: Getty Images
Depois de publicar um material especial sobre a corrida pós-morte de Enzo Ferrari, o post de hoje relembra outras corridas marcantes realizadas em Monza. Sem mais delongas:

1983. Alain Prost (Renault), René Arnoux (Ferrari) e Nelson Piquet (Brabham) chegaram na Itália brigando pelo título. Enquanto isso, os preparativos para a adoção do motor turbo na temporada seguinte já estava sendo feitos. Fora da jogada, a McLaren TAG-Porsche, de Niki Lauda e John Watson, começava os testes.

Na pole, um italiano, mas não era a Ferrari. Com a Brabham, Riccardo Patrese superou os franceses Patrick Tambay e Arnoux. Piquet era o quarto e Prost largava em quinto. Na largada, Piquet pula para a segunda posição e herda a liderança logo na segunda volta depois do motor de Patrese estourar. Líder do campeonato, Prost teve um problema elétrico em sua Renault e abandonou na 35a volta.

No fim das contas, Piquet venceu, com a Ferrari de Arnoux em segundo e a Renault de Eddie Cheever em terceiro. Faltando duas etapas para o fim do campeonato, Prost liderava com 51, Arnoux tinha 49 e Piquet 46. O resto da história vocês já conhecem...


Pulamos dez anos no tempo. A grande expectativa da época era saber quando Prost iria se tetra e se iria continuar na categoria depois disso. Um bom indício disso foi a pole, com Damon Hill fechando a fila da Williams. Alesi (Ferrari) e Senna (McLaren) na segunda fila.

Na largada, Senna, Hill e Berger se tocam, o que causa um incidente mais grave que envolve cinco carros: a Sauber de J.J. Lehto, a Jordan de Marco Apicella e Rubens Barrichello e as Footwork de Aguri Suzuki e Derek Warwick. Tentando se recuperar, Senna tenta passar a Ligier de Martin Brundle, bate e faz os dois abandonarem.

Prost se encaminhava para uma vitória tranquila quando teve um problema no motor, na volta 48, e abandonou. Enquanto isso, Damon Hill fez uma corrida espetacular de recuperação e venceu com incríveis 40 segundos de vantagem para o segundo colocado, Jean Alesi. Mais incrível ainda foi ter colocado uma volta do terceiro em diante. Michael Andretti conquistou seu melhor resultado na F1, mas foi demitido da McLaren. Um jovem finlandês de nome Mika Hakkinen o substituiu.

Mesmo assim teve tempo para um acidente espetacular. Christian Fittipaldi tentou ultrapassar o Pierluigi Martini, parceiro de Minardi. O italiano freou na reta e fez o carro do brasileiro decolar e dar um loop. Pra sua sorte, acabou caindo de frente sem grandes sustos.

Foto: Motorsport


1998. Disputa acirrada de Michael Schumacher e Mika Hakkinen. O alemão largou na pole com a surpreendente Williams de Jacques Villeneuve alinhando em segundo. A dupla da McLaren ficou na segunda fila. A corrida foi um passeio de Schumacher, que venceu sem dificuldades. Dessa vez, teve dobradinha ferrarista em Monza, pra delírio dos tifosi. Eddie Irvine foi o segundo e Ralf Schumacher, com a Jordan, chegou em terceiro. Pela primeira vez dois irmãos estavam em um pódio na F1.


Finalmente. 2008. Enquanto Hamilton, Massa e até Kubica duelavam pelo título, um temporal em Monza fez tudo mudar. Grandes surpresas e a história sendo feita. Um tal de Sebastian Vettel fez sua primeira pole na carreira, a primeira e até hoje única da Toro Rosso e o mais jovem da história a conseguir tal feito. Heikki Kovalainen (McLaren) ficou em segundo e uma surpreendente segunda fila formada por Mark Webber (Red Bull) e Sebastien Bourdais (Toro Rosso). Massa foi o sexto e Hamilton somente o 15°.

A largada com Safety Car fez Vettel disparar na frente. Hamilton, Alonso e Kubica optaram por fazer uma parada mais longa, ganhando posições. Lewis chegou a ser o segundo, mas a pista secou e os três foram obrigados a fazer um novo pit stop. No fim das contas, Vettel dominou o fim de semana todo e venceu pela primeira vez na carreira e até então o mais jovem da história a conseguir tal feito, bem como o responsável pela única vitória da Toro Rosso até aqui. Kovalainen foi o segundo e Kubica (BMW Sauber) o terceiro, com Alonso (Renault) em quarto, Heidfeld (BMW Sauber) em quinto, Massa em sexto e Hamilton em sétimo.

A vantagem do inglês para o brasileiro caiu para um ponto (78 a 77), e Cingapura prometia ser uma corrida histórica, a primeira realizada à noite. Bem, foi histórica, né?



Menção honrosa para 2003: depois de ter sido dominado na Hungria (levando uma volta do vencedor Alonso), a Ferrari reagiu e começou a caminhada do hexa de Schumi em Monza. Largado na pole, manteve a posição para vencer e seguir na liderança do campeonato. Montoya foi o segundo e Rubinho o terceiro, com Raikkonen em quarto. Faltando duas etapas para o fim, três pilotos de três equipes diferentes disputavam o título, uma raridade naqueles anos de Era Schumi.




Espero que tenham gostado.

Até!

quarta-feira, 26 de julho de 2017

LEMBRANÇAS HÚNGARAS

Foto: Getty Images
Hoje vai ser jogo rápido. Vamos recordar três corridas que acredito serem relevantes na história do Grande Prêmio da Hungria, no calendário desde 1985.

Começamos em 1997. Atual campeão do mundo, Damon Hill amargava o único assento que lhe restou para aquele ano: na Arrows, uma das piores do grid. Inusitado para um atual campeão ir para o fim do grid. Pois bem, Hill vinha fazendo o que podia, sem muitos resultados. Entretanto, o GP da Hungria de vinte anos atrás pode ser considerado a sua maior atuação na carreira. A surpresa começou no treino: com os compostos resistentes da Bridgestone, largou em terceiro, atrás apenas de Schumacher e Villeneuve, que brigavam pelo título.

Na largada, Hill superou o canadense. Com o superaquecimento dos pneus Goodyear, a Ferrari de Schummy foi presa fácil para o inglês, que assumiu a liderança da prova e disparou, deixando todos incrédulos. Schumacher, Frentzen e Coulthard abandonaram, e Villeneuve não conseguia acompanhar o ritmo de Damon. Estava 35 segundos atrás.

Até que, restando três voltas para o final, o pedal do acelerador da Arrows de Hill. O resultado? Confere aí:


As primeiras três edições da corrida húngara foram vencidas por Nelson Piquet (duas vezes) e Ayrton Senna. Relembre a segunda vitória consecutiva de Piquet em Hungaroring, há três décadas atrás, com Senna em segundo e Prost em terceiro:




Para finalizar, o post deveria conter uma vitória do maior vencedor nessa pista, marca alcançada no ano passado. Há dez anos, Hamilton venceria a primeira das cinco (talvez seis no domingo?) vitórias no traçado húngaro, três vezes com a McLaren e duas pela Mercedes (onde inclusive venceu pela primeira vez com as flechas de prata). 

O que mais chamou atenção nesse final de semana foi um acontecimento histórico: no sábado, durante o Q3, Alonso ficou propositalmente mais tempo nos boxes, com o objetivo de atrasar Hamilton e impedir que o inglês conseguir realizar novas voltas lançadas. Alonso saiu com a pole, mas o espanhol foi punido pela direção de prova em cinco punições, largando em sexto. Hamilton herdou a pole e venceu mas a McLaren não levou os pontos para os construtores, onde depois foi banida em virtude do escândalo de espionagem. Relembre:

Aí foi o início da guerra entre Alonso contra Hamilton e Ron Dennis.


Até!

quarta-feira, 7 de junho de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #31

Foto: Getty Images
Fala, galera! Mais uma semana de corrida com algumas notícias e boatos fresquinhos. Vamos lá:

TRANSFERINDO A RESPONSABILIDADE - Com Hamilton 25 pontos atrás de Vettel, aliado a vitória dominante da Ferrari em Mônaco enquanto a Mercedes conquistou um tímido quarto e sétimo lugares, Toto Wolff parece estar colocando o favoritismo do Mundial para os italianos. Em entrevista, ele afirmou que "infelizmente, a Mercedes não tem o melhor carro". Creio que é blefe. Sim, é fato que a Ferrari foi muito melhor na última prova, mas o mérito de Vettel está na regularidade, tanto é que Hamilton e Bottas fizeram mais pole-positions. A diferença é o ritmo de corrida. Sem dúvida alguma, o momento é favorável para os vermelhos. Veremos como as flechas de prata irão reagir.

MASSA 2018? - A aposentadoria repentina de Rosberg permitiu a Massa e, consequentemente, ao Brasil continuar com um representante na F1. Com o papel de ser o "tutor"do jovem Lance Stroll, o brasileiro é o único que pontuou pela equipe até agora (20 pontos), o que justifica o sexto lugar da Williams, atrás de Force India (já distante) e Toro Rosso, com Haas e Renault apenas seis pontos atrás. Se seguir essa lógica, existe a chance da equipe da Grove terminar o ano em oitavo, até porque Stroll não demonstra nenhum sinal de que evoluiu até aqui.

Sentindo-se relaxado e tranquilo, Massa declarou que, se sentir que está na direção certa, pretende continuar na F1 por mais uma temporada. Pois bem, a Williams precisa optar entre se sujeitar ao dinheiro de um bilionário e não ter ambições ou ganhar menos e ter dois pilotos jovens, motivados e capazes de levar o time para a frente. Claramente, a escolha foi pelo primeiro, mas até quando isso vai valer a pena? Massa, que não tem nada a ver com isso, agradece. O Brasil também.

Foto: Jorge Sá
DE VOLTA? - Há 20 anos fora do circo, corre o rumor na imprensa europeia de que Portugal negocia o retorno para a F1. Segundo a revista "Autosport", representantes do autódromo de Algarve, construído em 2008, estão conversando com pessoas ligadas a F1. Isso seria um pedido do próprio governo português, com o apoio do prefeito da cidade de Portimão, sede do autódromo. A publicação frisa que as conversas estão em um estágio inicial, longe e sem previsão de alguma definição, seja positiva ou negativa para o desfecho do negócio.

Nos anos 1980 e 1990, o circuito de Estoril recebeu a F1 e saiu do calendário por apresentar estrutura defasada e falta de segurança. Vale lembrar que a Liberty Media deseja recolocar circuitos e praças tradicionais na categoria. França e Alemanha, por exemplo, estarão de volta ano que vem. Com a possibilidade de negociar um preço mais acessível do que nos tempos de Bernie, podemos esperar que talvez, nos próximos anos, o retorno dos gajos na F1. O último resquício foi com Tiago Monteiro em 2006, pela Midland. Antes disso, conquistou o único pódio português na F1 pela Jordan em Indianápolis, no inesquecível GP de seis carros.

RELEMBRE: O GP do Canadá completa 50 anos na F1. Em 1999, a corrida ficou marcada pelos acidentes de Damon Hill, Jacques Villeneuve e Michael Schumacher no muro da última curva, que desde então passou a ser intitulado de "Muro dos Campeões". O vencedor foi Mika Hakkinen, o único campeão que passou ileso nessa corrida.


Outra edição destacada é a de 35 anos atrás. Em 1982, Nelson Piquet venceu. Entretanto, o que ficou marcado foi a morte do piloto Ricardo Paletti. Na largada, a Ferrari de Didier Pironi ficou parada e o Osela do italiano bateu. O forte impacto contra o volante causou lesões no tórax e o piloto ficou preso nas ferragens. Enquanto a equipe médica tentava realizar o resgate, o tanque de combustível do carro explodiu e o carro pegou fogo. Paletti foi resgatado sem vida, mas foi declarado morto no hospital, vítima de hemorragia. Ele tinha 23 anos e fazia sua primeira temporada na F1.




Por enquanto é isso, até mais!

terça-feira, 9 de maio de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #29 - Lembranças

Foto: Alchetron
Semana de Grande Prêmio da Espanha, mais uma vez no dia das mães. Hora de relembrar alguns acontecimentos importantes dessa semana no mundo da F1.

Começando pela lembrança dos 35 anos sem Gilles Villeneuve. Para muitos, um gênio. Para outros, um porra louca superestimado por suas ousadias e barbeiragens na pista. Para fugir do clichê de postar a disputa do canadense com o Rene Arnoux no GP da França, aqui fica um tributo do excelente Antti Kalhola:


Outro aniversário importante é o da Williams na F1. A equipe de Sir Frank completou 40 anos na categoria com números impressionantes: 114 vitórias com 16 pilotos diferentes, com 7 títulos de pilotos e 9 de construtores (os últimos em 1997). O maior vencedor com a equipe é Nigel Mansell, com 28 triunfos. Abaixo, todos os vencedores pela Williams:

Damon Hill (21), Alan Jones e Jacques Villeneuve (11), Nelson Piquet e Alain Prost (7), Ralf Schumacher (6), Keke Rosberg (5), Riccardo Patrese e Juan Pablo Montoya (4), Carlos Reutemann e Thierry Boutsen (3), Clay Regazzoni, David Coulthard e Heinz Harald Frentzen (1).

E claro, para completar, Pastor Maldonado. Sua única vitória na carreira (e a última da Williams até aqui) vai completar MEIA DÉCADA. Sem dúvida alguma um dos acontecimentos mais improváveis desse esporte em toda a história. Uma atuação impecável do venezuelano, que liderou do início ao fim e segurou o ímpeto de gente como Alonso e Raikkonen. Memorável. Relembrem (como o tempo passa...):

Foto: Getty Images

Sobre o boato da Brabham: ele apareceu algum tempo atrás, sem força, e continuo duvidando da sua possibilidade. Óbvio que seria espetacular que uma escuderia histórica retornasse para a categoria (importante: os donos da marca realmente são os Brabham, diferente do caso da "Lotus" recente), mas não comprando a Force India. Mesmo que os indianos estejam com dificuldades econômicas, eles foram os únicos que não só conseguiram se manter mas também crescer na categoria. 

Que os Brabham comprem o espólio de uma Manor ou Caterham da vida e recomecem sua história do zero, aumentando o grid ao invés de matar com um time tão simpático como o liderado pelo picareta Vijay Mallya.

Foto: Reprodução

Por enquanto, isso é tudo pessoal! Até mais!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

JEJUNS

Foto: F1Fanatic
13 de setembro de 2009. 2460 dias atrás. Essa foi a última vez que o Brasil venceu uma corrida de F1. Detalhe: Button e Raikkonen seguem na F1, e o vencedor foi Rubens Barrichello, que saiu da categoria já faz cinco anos. Vitória com a Brawn GP, que virou Mercedes...

Essa marca negativa superou o hiato brasileiro entre 7 de novembro de 1993 (vitória de Senna em Adelaide, Austrália) e 30 de julho de 2000 (vitória de Rubinho em Hockenheim, Alemanha). O país é o terceiro mais vencedor da história da categoria (101 triunfos), atrás do Reino Unido (248 vitórias) e Alemanha (163 vitórias). A perspectiva não é nada animadora.

Massa e Nasr não estão garantidos na F1 em 2017. Mesmo se permanecerem, dificilmente vencerão, pois suas equipes (ou possíveis escuderias) não oferecem carro para a vitória (salvo raras corridas malucas). O Felipe mais velho está nos seus últimos anos de F1 e dentro de alguns anos deve sair do circo. O caso do "Senna ao contrário" (rsrsrsrs) também é complexo. Sem equipamento, precisa impressionar os chefes de equipes como Renault e Williams para seguir na F1, por exemplo. Não é nada fácil. E o futuro?

Sem representantes na GP2 e na GP3, os jovens brasileiros poderão demorar alguns anos para ingressar na F1, isso se conseguirem. Teoricamente, o "ficha 1" é o jovem Sérgio Sette Câmara, que disputa a F3 europeia e é piloto da academia da Red Bull. Além dele, Pedro Piquet também disputa pela primeira vez a categoria depois do bicampeonato da F3 Brasil. Os outros dois jovens são Pietro Fittipaldi e Vitor Baptista (Fórmula V8 - Antiga Renault 3.5). Para impressionar empresários e equipes em geral, é preciso mostrar resultado desde o kart. Para mostrar o resultado, além de possuir bom capital familiar, é preciso o apoio de empresários e patrocinadores. Bem, aí está o problema.

Rubinho, vencendo pela primeira vez, em Hockeinheim, 2000. Foto: Flatout
Evidente que boa parte do público brasileiro deixou de assistir a F1 após a morte de Senna e a Era Schumacher. O velho saudosismo de sempre: "Era bom naquele tempo que os carros não faziam tanta diferença, tinha mais ultrapassagem, emoção, blá blá blá". Bobagem. Deixaram de ver porque o Brasil deixou de ganhar. Barrichello era um jovem piloto que foi alçado pela mídia leiga como a salvação da pátria. Com menos audiência e interesse, menos investimentos. Menos resultados. Menos pilotos ingressando nas categorias europeias. Menos pilotos chegavam as principais categorias do automobilismo europeu e mundial. E o resultado é esse, de forma geral e simples. Claro que a economia mudou e os custos e gastos são outros, mas também não houve nenhum esforço, tanto da iniciativa privada quanto da iniciativa pública (a última tentativa foi do próprio Massa, com a Fórmula Futuro em 2011 e 2012).

A única categoria de monoposto brasileira é a F3 Brasil, que é inferior aos certames europeus, mais estruturados e endinheirados. Com menos rodagem, os brasileiros sofrem para alcançar o ritmo competitivo inicial de outros certames da Europa. A pressão pelo resultado imediato afeta o desempenho, e muitos patrocinadores não seguem adiante. Tanto é que apenas o peso de alguns sobrenomes acabam convencendo as marcas a continuarem acreditando. O principal causa disso tudo é a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), onde o Lívio Oricchio escreveu um artigo brilhante e completo, explicando tudo o que eu jamais poderia escrever (LEIA AQUI).

Conclusão: O problema é estrutural. Enquanto o Brasil não oferecer mínimas condições de desenvolvimento do esporte a motor no país, será cada vez escasso o número de pilotos nas competições mundiais. Sem ingressar na F1, o jejum vai só aumentar... Hoje, são 2460 dias. Amanhã, 2461, e contando, contando...

OUTROS JEJUNS:

Foto: Bandeira Verde
Outros países tradicionais na F1 passam por uma seca até pior que a do Brasil. É o caso da França. A última vitória foi há 20 anos, no caótico e histórico GP de Mônaco de 1996. Olivier Panis, pilotando a francesa Ligier, venceu uma prova que apenas quatro carros completaram (além dele, Coulthard, Herbert e Frentzen). Apesar de ter Grosjean, os franceses perderam seu melhor talento, Jules Bianchi, que praticamente iria para a Ferrari no futuro não tão distante. Sobrou Grosjean na Haas, embora também não se descarte uma possível ida para a equipe do cavalinho rampante. Ah, e tem Vergne, sem equipe desde 2014. Relembre:



Foto: GP Expert
Embora os Italianos praticamente só deem atenção para a Ferrari, a última vez que um piloto italiano venceu foi na Malásia, dia 19 de março de 2006. Desde então ele e Trulli se aposentaram e nenhum piloto do país ingressou na F1 (a não ser Badoer como tampão da Ferrari em 2009 após o acidente de Massa). A grande esperança é Rafaelle Marciello, que está na GP2. Relembre a comemoração do Fisico:



Por enquanto é isso, até!