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domingo, 27 de agosto de 2023

RECORDE EM CASA

 

Foto: Dan Istiene/Getty Images

Nove vitórias seguidas. A consagração em casa. Max Verstappen se igualou, hoje, a Alberto Ascari e Sebastian Vettel. A busca pela décima, já semana que vem, é mais do que possível: é provável. Não há nada que possa impedir Max, nem a mãe natureza.

A corrida começou como se fosse aqueles modos de videogame ou a tal da "chuva artificial", uma das célebres declarações de Bernie Ecclestone. Durante a primeira volta, a chuva veio e começou a mudar tudo. Pérez e Zhou, que fizeram isso no primeiro giro, se deram bem. O mexicano tinha aberto 13 segundos de vantagem em pouquíssimas voltas. Parecia ter a faca e o queijo na mão para reagir.

A pista foi secando. Enquanto isso, Alonso pulou de quinto para segundo no início da corrida, na chuva, para mostrar porque é a Fênix. Estava no páreo. Norris e Russell, candidatos a pódio, sucumbiram aos azares e erros de estratégia das equipes. Muitos optaram por não parar, pois seria uma chuva fraca. Mesmo assim, fez estrago.

Com a pista seca, novas trocas. Antes, o Safety Car causado por Logan Sargeant juntou o grid, o que propiciava táticas diferentes, como Russell indo de duros até o final. Nesse meio tempo, Gasly saiu do meio do grid para as primeiras posições, seguido de Sainz e Albon, em grande fase. Norris, Hamilton e Russell tentavam se recuperar, mas a verdade é que a corrida depois dos quatro primeiros era loteria pura.

Quando as coisas pareciam se acalmar, um temporal nas últimas voltas. Carros aquaplanando. Zhou batendo. É proibido correr na chuva, então mais uma vez tivemos bandeira vermelha no final. O suspense da relargada. Pra quê fazer pneu de chuva se é proibido correr nessas condições? É fazer a gente de palhaço. Podiam ter encerrado a corrida que nada mudaria.

Digo, Russell teve um incidente com Norris e perdeu pontos. Pérez rodou e perdeu a segunda posição para Alonso. Desgraça pouca é bobagem: foi parar para colocar pneu de chuva forte e acelerou demais no pit. Punido. Para quem tinha todas as condições de finalmente reagir, terminar fora do pódio em virtude da punição enquanto Max faz história é de desanimar. A "sorte" do mexicano é que a pressão, por ora, está adiada: Ricciardo teve uma lesão no pulso e pode ser ausência também para as próximas corridas. Oportunidade para Liam Lawson ser um pouco competitivo contra Tsunoda.

Don Alonso voltou ao pódio e parece mais feliz agora do que quando disputava o título. Está desfrutando. Parece aquele de 2005 que fazia os gestos com a mão no carro depois de vencer e gritava "Toma!" quando saía do bólido.

Gasly, com uma ótima estratégia e pulo do gato, conquista o primeiro pódio com a Alpine, que busca se reestruturar depois das mudanças realizadas na pausa do verão europeu. O destaque dos pontos não é mais uma novidade: Alexander Albon é demais para a Williams no momento, mas o que estaria sendo reservado para o tailandês nascido e criado na Inglaterra?

Max Verstappen vai em busca da décima. Chove, seca, tudo vira de cabeça para baixo na corrida, menos a posição dele. É um trabalho invejável. Constante, não erra, é de outra categoria, capitaliza tudo o que tem. Adjetivos e elogios já são repetitivos e chatos. A questão é olhar além: o que será Max Verstappen na história da F1, para delírio dos animados holandeses?

Confira a classificação final do GP da Holanda:


Até!


sexta-feira, 25 de agosto de 2023

MANUTENÇÕES E DÚVIDAS

 

Foto: Lars Baron/Getty Images

A F1 está de volta, depois de um mês de férias! Alguém estava com saudade? É estranho que a corrida de retorno não seja em Spa, como geralmente foi há alguns anos... Enfim, a F1 desembarca na casa de Max Verstappen e promete mais do mesmo, embora Lando Norris tenha sido o cara mais rápido da sexta-feira.

Irei desenvolver mais sobre o assunto na semana que vem, mas ontem a Haas anunciou as permanências de Hulkenberg e Magnussen para 2024. Hulk voltou o mesmo de sempre: rápido, consistente, as vezes consegue bons pontos e está indo para o Q3. Supera Magnussen, que tem muita moral e experiência no time. Se antes o foco do Steiner eram os jovens, agora ele prefere a manutenção dos experientes, em um universo onde não existe mais algum jovem pagante promissor, ou ao menos pagante.

Sobre o treino, o mesmo de sempre. McLaren e Mercedes parecem no páreo pelo segundo posto, enquanto Aston Martin e Ferrari correm por fora.

No TL2, Oscar Piastri e Daniel Ricciardo bateram quase que simultaneamente na mesma curva. Os dois compatriotas, provavelmente Ric pegou no susto após a batida de Oscar e por sorte não aconteceu algo pior. Quer dizer, Ricciardo se queixou na hora de dor na mão esquerda e foi para o centro médico. Caso não tenha condições de disputar a classificação, será substituído pelo jovem Liam Lawson, o que mais se aproxima de um bom piloto na atual academia da Red Bull.

Enfim, não é positivo para o projeto "Red Bull 2025" esse tipo de incidente. As férias + os 7 meses de inatividade podem ter pesado, ou tudo isso é fruto de oportunismo desse que vos escreve.

Rumo a décima vitória seguida ou algo assim, Max Verstappen tem tudo para coroar esse grande momento de domínio da carreira em casa, para delírio dos laranjas. Somos apenas telespectadores de um monólogo que já dura dois anos.

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!


quinta-feira, 24 de agosto de 2023

GP DA HOLANDA: Programação

 O Grande Prêmio da Holanda aconteceu entre 1952 e 1985, com três pausas: 1954, 1956-1957 e 1972. 

Em 2020, estava marcado o retorno do país no calendário da F1, no circuito de Zandvoort. No entanto, em virtude da pandemia do coronavírus, a volta foi confirmada para 2021, marcando o reencontro dos fãs holandeses com a velocidade depois de 36 anos.

Foto: Wikipédia


ESTATÍSTICAS:

Pole Position: Max Verstappen - 1:08.885 (Red Bull, 2021)

Volta mais rápida: Lewis Hamilton - 1:11.097 (Mercedes, 2021)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Jim Clark - 4x (1963, 1964, 1965 e 1967)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 314 pontos

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 189 pontos

3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 149 pontos

4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 148 pontos

5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 99 pontos

6 - George Russell (Mercedes) - 99 pontos

7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 92 pontos

8 - Lando Norris (McLaren) - 69 pontos

9 - Lance Stroll (Aston Martin) - 47 pontos

10- Esteban Ocon (Alpine) - 35 pontos

11- Oscar Piastri (McLaren) - 34 pontos

12- Pierre Gasly (Alpine) - 22 pontos

13- Alexander Albon (Williams) - 11 pontos

14- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos

15- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 5 pontos

16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos

17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 3 pontos

18- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 503 pontos

2 - Mercedes - 247 pontos

3 - Aston Martin Mercedes - 196 pontos

4 - Ferrari - 191 pontos

5 - McLaren Mercedes - 103 pontos

6 - Alpine Renault - 57 pontos

7 - Williams Mercedes - 11 pontos

8 - Haas Ferrari - 11 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 9 pontos

10- Alpha Tauri RBPT - 3 pontos


ARREPENDIMENTOS

Foto: Getty Images

Na parte final da carreira, é normal que Fernando Alonso seja questionado sobre a jornada. Os caminhos e polêmicas do bicampeão são bem conhecidos por todos, mas, resumindo, a Fênix se arrepende de não ter curtido tanto a F1 e, se pudesse, voltaria no tempo para ser campeão pela Ferrari - ele teve duas oportunidades e bateu na trave nas duas, em Abu Dhabi 2010 e Interlagos 2012.

“Em 2010 e 2012, estávamos a algumas voltas de conquistar o campeonato. Isso provavelmente poderia ter mudado como muitas coisas aconteceram e a história por trás delas”, afirmou para o podcast High Performance.

Alonso, então, disse que sente arrependimento de não ter desfrutado da experiência como um piloto da F1 durante toda a trajetória, muito possivelmente pelo foco em brigar pelo título e toda a pressão e estressa que isso resulta.

“Mas acho que deveria ter curtido mais. Se tivesse a oportunidade de reviver minha vida, talvez não mudaria minhas escolhas de equipes, decisões ou esse título [perdido] com a Ferrari. O que mudaria é viver um pouco mais esses momentos e ter mais memórias", disse.

Um exemplo que corrobora tudo isso é o espanhol ter afirmado que se lembra "muito pouco" das tardes e noites que viveu no Brasil, quando foi bicampeão mundial em 2005 e 2006. Isso, segundo Alonso, o deixa "um pouco triste".

Uma coisa um tanto quanto tocante, vindo de alguém que tem uma das carreiras mais longevas da história da categoria, senão a maior. No início é tudo deslumbre e depois Alonso travou guerras para ser bicampeão com a Renault e desbancar Schumacher, o período turbulento na McLaren, o retorno para a Renault e as batalhas perdidas na Ferrari contra a Red Bull de Sebastian Vettel. Tudo isso tira o prazer do momento e coloca o foco no resultado. 

O processo é desgastante e estressante, e talvez Alonso só tenha entendido o outro lado do paddock quando deixou de ser protagonista, fruto das escolhas equivocadas, o período sabático e o retorno para a categoria. Ao enxergar que o fim é inevitável, vimos outra faceta da Fênix polêmica. Interessante essa reflexão.

GOSTO, MAS NEM TANTO


Praticamente tricampeão, sequência de vitórias inquestionável e sem adversários a curto prazo. Max Verstappen está vivendo o sonho que poucos pilotos conseguiram alcançar na história da categoria, mas nem tudo são flores.

Pensando no futuro da categoria, o futuro tri vem reiteradamente reclamando em entrevistas sobre o número de corridas, a fórmula dos treinos e a própria motivação. Desta vez, ele falou para o jornal holandês De Telegraaf.

“Estou preocupado com o esporte que sempre gostei. Ainda gosto, mas até certo ponto. Não é que seja totalmente contra mudanças, como algumas pessoas afirmam. Mas elas devem beneficiar a Fórmula 1. Por que você precisa mudar as coisas quando estão indo bem? Acho que uma classificação tradicional é um ótimo formato, não precisa girar tudo em torno do dinheiro”, começou.

Depois, Max voltou a reclamar do aumento do calendário e da exaustão que isso traz, não só para as corridas, mas também ser cada vez mais exigido para ações promocionais. Afinal, Max é um dos pilotos mais populares do grid, o cara do momento e está num time que sempre foi conhecido por ter uma estratégia de marketing agressiva para fincar o nome nos esportes onde está. 

"As pessoas podem pensar, ‘bem, ele ganha muito dinheiro, do que esse cara está reclamando?’ Mas se trata de bem-estar, de como você vivencia as coisas e não de quanto recebe. Sinto que tenho de fazer muitas coisas e abrir mão de outras [que gosto de fazer], então às vezes penso, ‘ainda vale a pena?'

 É mais sobre todas as coisas extras que tenho de fazer. As quintas-feiras em um fim de semana de corrida podem ser muito longas, dependendo de onde estamos, e fora há muito trabalho no simulador. Por exemplo, perco mais de um mês por ano com marketing. Em certo momento, você simplesmente não sente mais vontade de fazer tudo isso”, disse.

Por fim, mesmo com contrato até 2028, Verstappen disse novamente que não descarta sair da F1 antes do fim do vínculo com a Red Bull, caso ele sinta que a equipe não esteja competitiva com o novo regulamento que será implementado a partir de 2026.

“As coisas teriam de estar realmente ruins para isso acontecer. Não espero que a equipe recue tanto, com tantas pessoas incríveis que temos. Mas neste esporte é sempre possível que você não seja tão competitivo. Depende das perspectivas, mas sim, não me vejo competindo no meio do pelotão por três anos. Então, preferia ficar em casa ou fazer algo diferente. Mas novamente, não espero que isso aconteça”, finalizou.

O único que se aposentou no auge e sem olhar para trás foi Khabib Nurmagomedov. De resto, nunca acredito nessas conversas, principalmente de quem está no topo e sabe que não vai ser incomodado. Só ver como Hamilton mudou as declarações após ter a Red Bull no cangote, a longevidade de Alonso, o retorno de Schumacher, etc. Os grandes pilotos não desacostumam nunca da competição, do vício de competir e vencer. Por enquanto, apenas acho que tudo isso é conversa de quem está cansado de não ser desafiado.

TRANSMISSÃO:
25/08 - Treino Livre 1: 7h30 (Band Sports)
25/08 - Treino Livre 2: 11h (Band Sports)
26/08 - Treino Livre 3: 6h30 (Band Sports)
26/08 - Classificação: 10h (Band e Band Sports)
27/08 - Corrida: 10h (Band)






domingo, 4 de setembro de 2022

DE TODOS OS JEITOS

 

Foto: Getty Images

Zandvoort tem a característica de ser um circuito estreito, onde a estratégia, a posição e a largada fazem a diferença, além do imponderável. Foi uma boa corrida tática que teve contornos de quase emoção no final. Ao menos houve suspense por algum instante.

Verstappen saiu com boa vantagem para Leclerc, que seguia o caminho. Com menos ritmo, Sainz era pressionado por Hamilton. A Mercedes reagiu. Bom ritmo. O problema, vocês já sabem: falta a velocidade de reta, o motor potente.

A Ferrari sentiu o drama e antecipou a parada do espanhol. O problema é que, como sempre, há um erro grotesco dos italianos, que esqueceram o pneu traseiro esquerdo de Sainz e o tirou das primeiras posições. Com os pneus médios, as Mercedes alongaram o stint. 

A Alpine de Alonso começou a render melhor quando apostou nos pneus duros. A Mercedes percebeu o movimento e arriscou apenas uma parada. Os pneus duros faziam as flechas de prata dispararem e certamente seriam o único adversário para Max. A Ferrari ficou para trás. 

Seria um final de corrida interessante. Na estratégia diferente, a Mercedes tinha a chance concreta de brigar sim por uma vitória em 2022. Até que Tsunoda e a Alpha Tauri agiram. A equipe satélite da Red Bull...

O japonês reclamou de problemas nos pneus, depois ele estava sem cinto de segurança e abandonou com problemas no diferencial. Tudo isso em três voltas. Primeiro, parou na pista. Depois, foi para os boxes e só depois parou na pista em uma posição que permitiu um Safety Car Virtual.

Foi o suficiente para todo mundo equiparar as estratégias e acabar, ao menos nisso, com a possibilidade dos alemães. Quando tudo parecia decidido, numa pista de poucas possibilidades, um instante de emoção.

Bottas teve um problema e parou na reta. Safety Car. Todo mundo para, a princípio. O melhor pneu macio disponível para cada um. A Mercedes não para. Hamilton e Russell na frente. Uma dobradinha improvável. Obviamente, seria muito difícil segurar Max com pneus novinhos em folha. Talvez sacrificar Russell para dar um respiro a Hamilton. Improvável? Mas seria uma tentativa.

A Mercedes optou pelo mais errado. Russell parou. Hamilton não. Em condições normais, não haveria a chance da briga. Tal qual Abu Dhabi, mas sem Michael Masi, Lewis ficou a mercê da Red Bull. Não deu nem para o cheiro. A ira do Sir no rádio é justificada. De uma possível vitória, terminou fora do pódio porque também perdeu posições para Russell e Leclerc, segundo e terceiro, respectivamente.

Olhando para o copo cheio, como fez Toto Wolff, é que os alemães tiveram ritmo para vencer. Difícil pensar nisso para Monza, na próxima semana, mas a Mercedes não vai fugir dessa montanha-russa até o fim do ano, tentando não ficar no zero.

A Ferrari perde terreno, o que é natural, assim como os erros. Quando todos os carros passaram pelo pit lane durante o Safety Car, Sainz saiu de forma segura. Todo o esforço ao "retornar" para a corrida foi em vão. Com uma punição de cinco segundos acrescida ao tempo final da prova onde estava todo mundo próximo outra vez graças ao SC, o espanhol foi só o oitavo. Hamilton só não teve problemas porque Pérez, com o pneu médio, não conseguiu abrir caminho e foi o quinto.

Mesmo largando lá atrás e inferior a adversária McLaren, a Alpine reagiu com Don Alonso cada vez melhor, em sexto, superando Norris, sétimo. Ocon foi o nono e Stroll o décimo. Ricciardo mostra a cada corrida porque está ficando cada vez mais distante da F1. É constrangedor, se compararmos com Lando.

Hannah Schmitz, a estrategista da Red Bull, lembra muito Ross Brawn no auge dele e de Schumacher. De todos os jeitos, não importa como, a vitória saía. Com emoção, sem emoção, com e sem percalços. Dez vitórias de Max no ano, para delírio da torcida "Libertadores" holandesa. Já são 30 vitórias na carreira e o holandês, se duvidar, não está nem no auge!

Cingapura ou Japão: não foge daí o bicampeonato de Max Verstappen.

Confira a classificação final do GP da Holanda:


Até!

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

O VEREDITO

 

Foto: Dan Mullan/Getty Images

Zandvoort promete muito mais pela energia da fanática torcida de Max Verstappen do que propriamente pela pista. O tom de várias alternativas ao longo dos treinos pode ser um diferencial para que a corrida tenha algum suspense.

Tudo isso porque Russell liderou a primeira sessão e Leclerc a segunda. Na primeira, o campeão Max Verstappen teve problemas no carro. As três equipes, em volta rápida, estão muito próximas. Há, até aqui, um certo equilíbrio, o que é uma boa notícia para Ferrari e Mercedes. Pode ser que o atropelo da Red Bull em Spa tenha sido mais circunstancial do que qualquer outra coisa.

Tudo isso promete uma classificação que, embora tenha perdido importância com o passar do tempo e os stints de corrida, talvez possam fazer a diferença na Holanda, principalmente por ser um circuito mais travado e com menos espaços para ultrapassagens. A posição de largada pode ser uma vantagem para definir a estratégia e o ritmo. É inegável que não saberemos o que pode acontecer em Zandvoort no sábado e no domingo. Está tudo nebuloso, apesar do sol e céu de brigadeiro no litoral holandês.

A notícia do dia, no entanto, foi o Tribunal que analisou os contratos ter confirmado ganho de causa para Oscar Piastri na McLaren. Agora, ele se junta a Lando Norris para 2023. Para a McLaren ter pago Ricciardo para sair do time, parecia um ganho de causa evidente.

E a Alpine, que ficou se fazendo entre Alonso e Piastri, conseguiu a proeza de perder os dois talentos. Muito se fala também da falta de lealdade do australiano com a montadora que o bancou desde sempre. Pode ser verdade, mas isso só aconteceu pela falta de garantias dos franceses para os dois pilotos. Agora, vão ter que ir para o mercado.

O candidato viável é óbvio: Pierre Gasly. No limbo com a Red Bull, é francês e, com a grana da indenização que a Alpine vai receber, isso não vai ser problema para buscar um acordo com Helmut Marko e companhia. Modéstia a parte, era pedra cantada isso aí. Tô antecipando esse movimento há um ano. A questão é o contexto. Não imaginaria que isso aconteceria em virtude do amadorismo da Renault.

Piastri tem um desafio. Norris é o dono da McLaren e apadrinhado pelo chefe/dono Zak Brown. O sarrafo é alto. Terá um ano de adaptação, mas a pressão agora é imensa: contratado a peso de ouro, vai ter que provar que todo o hype conquistado com muito talento na base é real. Uma disputa jurídica com uma montadora nunca é bom, e até mesmo Toto Wolff e Christian Horner se manifestaram contrários.

Tão cedo, pode ser a única chance de um jovem tão talentoso e prestigioso. Bem, foi ele mesmo que buscou esse caos. Que a pista responda os anseios de todos.

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!


quinta-feira, 1 de setembro de 2022

GP DA HOLANDA: Programação

 O Grande Prêmio da Holanda aconteceu entre 1952 e 1985, com três pausas: 1954, 1956-1957 e 1972. 

Em 2020, estava marcado o retorno do país no calendário da F1, no circuito de Zandvoort. No entanto, em virtude da pandemia do coronavírus, a volta foi confirmada para 2021, marcando o reencontro dos fãs holandeses com a velocidade depois de 36 anos.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Pole Position: Max Verstappen - 1:08.885 (Red Bull, 2021)

Volta mais rápida: Lewis Hamilton - 1:11.097 (Mercedes, 2021)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Jim Clark - 4x (1963, 1964, 1965 e 1967)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 294 pontos

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 191 pontos

3 - Charles Leclerc (Ferrari) - 186 pontos

4 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 171 pontos

5 - George Russell (Mercedes) - 170 pontos

6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 146 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 76 pontos

8 - Esteban Ocon (Alpine) - 64 pontos

9 - Fernando Alonso (Alpine) - 51 pontos

10- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 46 pontos

11- Kevin Magnussen (Haas) - 22 pontos

12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 20 pontos

13- Daniel Ricciardo (McLaren) - 19 pontos

14- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 18 pontos

15- Mick Schumacher (Haas) - 12 pontos

16- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 11 pontos

17- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 5 pontos

18- Alexander Albon (Williams) - 4 pontos

19- Lance Stroll (Aston Martin) - 4 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 475 pontos

2 - Ferrari - 357 pontos

3 - Mercedes - 316 pontos

4 - Alpine Renault - 115 pontos

5 - McLaren Mercedes - 95 pontos

6 - Alfa Romeo Ferrari - 51 pontos

7 - Haas Ferrari - 34 pontos

8 - Alpha Tauri RBPT - 29 pontos

9 - Aston Martin Mercedes - 24 pontos

10- Williams Mercedes - 4 pontos


NOVO ALVO

Foto: Getty Images

A Alpine espera o desfecho do caso Piastri para definir o parceiro de Esteban Ocon para 2023. Segundo a Sky Sports, há um candidato destacado caso o Tribunal dê ganho de causa para o australiano: Pierre Gasly.

Além de ser francês, Gasly está num limbo na Alpha Tauri e sem perspectivas de subir para a Red Bull outra vez. Com uma compensação financeira, a Alpha Tauri poderia concordar em liberar o piloto, caso consiga encontrar um substituto (talvez dois) para o francês, pois Tsunoda ainda não confirmado no time.

Inclusive, segundo a publicação inglesa, Gasly está no topo das prioridades até mesmo em relação a Piastri, outrora o filho pródigo da Alpine.

Ocon e Gasly, uma possível dupla francesa numa equipe francesa, seria um sinal de que as animosidades que os dois pilotos têm desde a infância estão mais frias, a ponto de poderem conviver juntos no mesmo teto.

Novo alvo entre aspas, né? Modéstia a parte, eu cantei a pedra aqui há alguns bons meses. Realmente, é a melhor opção para os dois, dentro do contexto que vivem. Alpine e Gasly ganhariam muito. A Alpha Tauri eu não sei, mas pagando bem, tem mais liberdade para continuar o que faz de melhor: revelar pilotos.

NA TORCIDA

Foto: Getty Images

Os amigos e ex-companheiros têm preferências para o ano que vem. No entanto, ao que parece, as expectativas para que os desejos se realizem sejam bem distintas.

Começando por Valtteri Bottas. O finlandês quer que Guanyu Zhou continue na Alfa Romeo para o ano que vem.

“Definitivamente vou torcer por sua continuidade, já que este é apenas seu primeiro ano e, claro, vai conseguir dar um bom passo (de evolução) em 2023. Esse é o meu sentimento. Não acho que ele está se preocupando muito com isso — está apenas focado em terminar esta rodada tripla, conseguir alguns bons pontos e, talvez depois, sentar com a equipe para conversar”, disse.

Bottas também não negou que tenha planos para permanecer por bastante tempo na equipe. No final de 2023, a parceria Sauber e Alfa Romeo termina. A chegada da Audi será somente em 2026. Bottas não descarta continuar no time até a chegada dos alemães.

“Até o momento, o que eu sinto é: “por que não?”. Estou realmente curtindo aqui, sinto que ainda posso pilotar rapidamente e, no futuro, não vejo motivo para isso não acontecer. Ainda tenho muito a dar ao esporte. Obviamente você nunca sabe como vai se sentir daqui 2 ou 3 anos, mas por agora estou realmente aproveitando a Fórmula 1 — e como o esporte está em alta no momento, a atmosfera em cada fim de semana é ótima. Estou em um time bom e o equilíbrio entre vida-trabalho está realmente ótimo para mim no momento, então consigo me enxergar aqui a longo prazo”, finalizou.

Hamilton tem outra torcida: com Russell garantido na Mercedes por longos anos, o Sir quer o retorno da África do Sul no calendário, o que não acontece desde 1993. A questão é que isso parece improvável, ao menos para 2023. A renovação da Bélgica por mais uma temporada parece ser um entrave, diante de um calendário já inchado e cheio de pretendente.
Ainda, de acordo com o portal holandês Racing News 365, as negociações com a F1 pararam pela falta de apoio do governo local. Muitas promessas e poucas garantias até aqui, como por exemplo quem pagaria os US$ 15 milhões necessários para que o autódromo receba o certificado de grau 1 da FIA e esteja apto a receber a categoria.

Nada disso desanima Hamilton, que acompanha as tratativas dos bastidores por perto.

 “Tenho me esforçado bastante para termos um GP por lá. Estou feliz pelas conversas que estão acontecendo, e Stefano tem feito um trabalho incrível para que isso aconteça.

Ainda tenho esperanças de haver um corrida lá no próximo ano, nunca diga nunca, contanto que tenhamos a corrida no calendário. Precisamos ter um GP por lá”, disse.

Zhou merece permanecer. Jovens precisam de tempo de adaptação, ainda mais que não há muitos testes disponíveis. Sobre Kyalami: a ideia é boa, mas precisa ser desenvolvida. Uma corrida na África é muito bom, o problema é que provavelmente vão tirar algum circuito relevante porque é proibido mexer nas aberrações arábes, americanas ou Zandvoort, por exemplo. Vamos ver.

TRANSMISSÃO:
02/09 - Treino Livre 1: 7h30 (Band Sports)
02/09 - Treino Livre 2: 11h (Band Sports)
03/09 - Treino Livre 3: 7h (Band Sports)
03/09 - Classificação: 10h (Band e Band Sports)
04/09 - Corrida: 10h (Band)



domingo, 5 de setembro de 2021

OVAÇÃO LARANJA

 

Foto: Getty Images

Basicamente choveu no lugar errado. Tirando o caráter de estreia e todo o clima de festa preparada para celebrar Max Verstappen, vencedor incontestável do GP da Holanda e com direito a hino acapella no pódio, Zandvoort não encaixa com a F1 atual. Circuito curto e estreito, onde nem mesmo a largada ou erros que causassem acidentes salvou, até porque não houve.

As únicas ultrapassagens eram de carros muito desiguais ou com diferenças de pneus gritante. É o caso de Pérez, que largou lá no fim do grid e conseguiu o nono lugar. A tour de despedida de Kimi Raikkonen ganha desfalques importantes. O finlandês está com covid e também vai ficar ausente de Monza, outro palco histórico que, assim como Spa, o Iceman não teve direito a uma última dança. Em seu lugar, Robert Kubica. Ao menos se mantém o caráter nostálgico da situação.

Dentro da pista, além do inconteste Max, tivemos dois destaques formidáveis: Pierre Gasly, num estrondoso quarto lugar com a Alpha Tauri e Don Alonso, a Fênix Fernando. Numa pista onde não há possibilidade de ultrapassar, ele levou uma Alpine que largou em nono para chegar em sexto. Rolou até um "Esteban is faster than you" reclamado pelo francês mas ele precisa respeitar o Don das Astúrias. Uma pena que Gasly não tenha alternativas. A esta altura, ficar na Alpha Tauri é um desperdício de tempo.

A Mercedes bateu cabeça na hora de tentar pegar Max. Antecipou parada e forçou a reação da Red Bull. Na segunda vez, Hamilton parou mais cedo e voltou no meio do tráfego. Max colocou os pneus duros e disparou para a vitória. Bottas teve o stint sacrificado para tentar segurar o holandês e depois, bizarramente, parou para fazer a volta mais rápida, tirando o ponto de Hamilton, que precisou fazer a mesma tática para minimizar os danos. Agora, Max tem apenas três pontos de vantagem no campeonato, o que define um empate técnico.

A Ferrari se comportou como uma boa terceira força, enquanto as McLaren ficaram para trás e Ricciardo segue tendo dificuldades. Também está cada vez mais difícil para Tsunoda, mas é normal, apenas 20 anos e ainda um estreante. Na Haas, é questão de tempo para que Mazepin e Schumacher se espalhem pela pista. Gunther Steiner, amarrado pelo dinheiro de um e a hierarquia do outro, segue sem saber o que fazer.

Podia ter chovido hoje. Zandvoort tem apenas a força comercial de Max para se sustentar no grid. Com os carros atuais, vai ser uma Mônaco versão circuito. Uma pena. Os fãs mereciam mais, mas aparentemente eles não ligam, desde que Max siga vencendo no local. E assim, agora, a Red Bull tem oito vitórias na temporada contra apenas quatro da Mercedes. Hamilton venceu uma das últimas nove, quando mandou Max para o hospital. A Mercedes segue em dificuldades, mas o que valeu nesse domingo foi o ovação do mar laranja.

Confira a classificação final do GP da Holanda:


Até!

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

TUDO INCERTO

 

Foto: Getty Images

36 anos depois, a F1 está de volta a Zandvoort. Muita coisa mudou desde então e a pista, embora esteja obviamente modernizada para os padrões atuais, ainda remete aquele tempo.

É uma pista bem estreita, curta e veloz. Lembra Mugello. Com as áreas de escape com brita, qualquer erro será fatal. No entanto, é um circuito travado, o que reforça a importância da classificação. Fazer uma boa sessão é meio caminho andado. 

Um dos problemas ficaram expostos hoje. Como é tudo bem reduzido, é uma dificuldade enorme para retirar um carro da pista. Pode ser um problema na classificação e na corrida. Além disso, o caráter excepcional de estreia deixa tudo incerto: como ninguém conhece o traçado, todos precisam de muita quilometragem para adaptação.

No entanto, as duas sessões foram bem atribuladas. Na primeira parte, Vettel teve pane e demoraram 25 minutos para tirar a Aston Martin do traçado. Na segunda sessão, Hamilton teve pane no início e Mazepin rodou, parando na brita. Não houve tanto prejuízo em relação a primeira parte mas ainda assim é considerável.

É evidente que o favoritismo e a briga serão entre Mercedes e Red Bull. A corrida de Max vai ter um efeito catártico. 70 mil pessoas na cidade que fica de frente para o mar. Hamilton, antes de ter problemas, foi o mais rápido. Todavia, na segunda sessão ficou tudo mais incerto, equilibrado e surpreendente: dobradinha da Ferrari com Leclerc na frente e a Alpine muito bem, sobretudo Esteban Ocon.

A beleza de um circuito inédito ou muito afastado é que existe o benefício da dúvida e muita expectativa, o que aumenta a ansiedade. Zandvoort promete ser um circuito bem travado mas cheio de incidentes, pois ainda é da moda antiga. O resultado disso? Apenas no domingo, mas se não cair uma gota d´água na pista, é claro.

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!


quinta-feira, 2 de setembro de 2021

GP DA HOLANDA: Programação

 O Grande Prêmio da Holanda aconteceu entre 1952 e 1985, com três pausas: 1954, 1956-1957 e 1972. 

Em 2020, estava marcado o retorno do país no calendário da F1, no circuito de Zandvoort. No entanto, em virtude da pandemia do coronavírus, a volta foi confirmada para 2021, marcando o reencontro dos fãs holandeses com a velocidade depois de 36 anos.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Pole Position: Nelson Piquet - 1:11.074 (Brabham, 1985)
Volta mais rápida: Alain Prost - 1:16.538 (McLaren, 1985)
Último vencedor: Niki Lauda (McLaren)
Maior vencedor: Jim Clark - 4x (1963, 1964, 1965 e 1967)

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 202,5 pontos
2 - Max Verstappen (Red Bull) - 199,5 pontos
3 - Lando Norris (McLaren) - 113 pontos
4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 108 pontos
5 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 104 pontos
6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 83,5 pontos
7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 82 pontos
8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 56 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 54 pontos
10- Esteban Ocon (Alpine) - 42 pontos
11- Fernando Alonso (Alpine) - 38 pontos
12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 35 pontos
13- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 18 pontos
14- Lance Stroll (Aston Martin) - 18 pontos
15- George Russell (Williams) - 13 pontos
16- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos
17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 2 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 310,5 pontos
2 - Red Bull Honda - 303,5 pontos
3 - McLaren Mercedes - 169 pontos
4 - Ferrari - 165,5 pontos
5 - Alpine Renault - 80 pontos
6 - Alpha Tauri Honda - 72 pontos
7 - Aston Martin Mercedes - 53 pontos
8 - Williams Mercedes - 20 pontos
9 - Alfa Romeo Ferrari - 3 pontos

SEGUE O SONHO

Foto: Reprodução/Alpine

De forma surpreendente, Fernando Alonso anunciou a permanência na Alpine em 2022. Surpreendente porque, quando da notícia do retorno do espanhol à F1, os termos eram um contrato de dois anos, por isso a estranheza. Enfim, apesar de estar mais confirmado do que nunca na categoria, Don Alonso ainda olha para o sonho de vencer a Indy 500 e ser o segundo piloto da história a conquistar a Tríplice Coroa do Automobilismo.

“Não [desisti]. Acho que agora meu foco principal é o projeto na F1, principalmente com as novas regras e todo o trabalho que teremos que fazer no ano que vem. No futuro, verei as possibilidades. 

No momento, estou me divertindo nesse retorno. Acho que estou tendo um desempenho favorável. Baku, Silverstone e Hungria foram bons. Espero mostrar um pouco mais agora na segunda parte da temporada e no próximo ano. Mas, com certeza, de todos os desafios que tenho fora da Fórmula 1, ainda não completei a Indy 500. Está na minha lista de desejos", disse para o site RacingNews365.com.

O motivo do contrato e da permanência é simples: Alonso e Alpine apostam todas as fichas para o novo regulamento da F1 que entra em vigor no ano que vem.

"Na minha cabeça, estava tudo planejado para correr em 2022 com o novo regulamento. É a razão pela qual voltei à F1 também. Por isso, é preciso ter também confiança na equipe e fazer boas corridas nessa primeira parte da temporada.

Meu contrato era 1+1 [com cláusula de renovação para mais um ano], então a certa altura tivemos que concordar para 2022. Estou muito feliz com a equipe, muito feliz com essa volta. E a Alpine, aparentemente, está feliz com meu trabalho até agora”, concluiu.

Alonso não é mais um garoto, mas é bom ver que ainda tem muitas ambições, independente da categoria. As últimas tentativas na Indy foram traumáticas e muito longe do esperado. Normal uma nova chance para tentar ganhar e também limpar a imagem do bicampeão. No entanto, como escrevi no retorno do espanhol à categoria, pouco me importa seu desempenho: o importante é desfrutá-lo.

DEFINIDO

Foto: Getty Images

A dupla da Mercedes para 2022 está certa. O anúncio oficial? Talvez na semana que vem, no GP da Itália. É o que disse Toto Wolff, ainda no sábado, quando perguntado pelos repórteres:

“Se fosse uma decisão fácil, teríamos tomado antes, porque sabemos o que temos com Valtteri e sabemos o que temos com George. Os dois merecem nossos cuidados, merecem a maior atenção possível, porque são parte da família e temos enorme consideração por eles.

Existem prós e contras, como com qualquer formação de dupla de pilotos e, no fim das contas, não existe uma discussão perfeita. Temos de gerenciar as coisas bem com quem quer que seja o piloto que não estará na Mercedes no ano que vem, além de garantir que sigamos com um programa de pilotos forte. Por outro lado, temos de lidar com qualquer que seja a situação interna que temos”, disse.

E mais: a própria Mercedes admitiu que a atuação de George Russell, quase pole e segundo lugar com a Williams, não influenciaria nada na decisão. Ou seja: não posso acreditar que o inglês faça tudo isso e não seja promovido. O que Russell teria que fazer para ir para a Mercedes se ficar em segundo com a Williams em Spa, no temporal, não é suficiente. Fica tudo para semana que vem.

TRANSMISSÃO:
03/09 - Treino Livre 1: 6h (Band Sports)
03/09 - Treino Livre 2: 10h (Band Sports)
04/09 - Treino Livre 3: 7h (Band Sports)
04/09 - Classificação: 10h (Band e Band Sports)
05/09 - Corrida: 10h (Band)



quarta-feira, 15 de maio de 2019

EFEITO MAX

Foto: Getty Images
E os boatos se confirmaram. A FIA anunciou que a partir do ano que vem teremos o retorno do GP da Holanda, em Zandvoort, depois de 35 anos de ausência. O contrato é de três anos.

O atual traçado tem 4.307 metros, 14 curvas e três retas. Segundo meus cálculos, terá em torno de 72 voltas, quase a mesma duração do GP do Brasil. O antigo traçado, que sediou a corrida de 1952 até 1985, já não existe mais. Atualmente, acontecem corridas de monopostos da base e carros de turismo.

Como disse o finado Charlie Whiting no ano passado, ainda serão necessários alguns ajustes no complexo, seja na pista, na estrutura do paddock ou em ambos. Pelo que eu vi da onboard do Max Verstappen dois anos atrás, é uma pista travada e estreita. Pista travada e estreita significa mais uma procissão... mas convenhamos, qual corrida não é chata hoje na Fórmula 1?

Uma parte do quebra-cabeça foi montada, a entrada da Holanda. Isso significa a saída da Espanha? A Liberty não confirmou nada, mas é isso que está sendo especulado nas últimas semanas. Nos próximos meses, as peças de Itália, Inglaterra, Alemanha e México deverão se mexer.

Zandvoort fica a 25 km de Amsterdã e tem uma bela praia. Realizada no verão europeu, com certeza será um sucesso de público, tanto pelo fanatismo dos holandeses com Max Verstappen, o que se tornou praxe no mundo inteiro, como pelas atrações da cidade de 15 mil habitantes no norte holandês.

Explorar mercados e aproveitar o embalo esportivo é fundamental para que a Liberty consiga o que quer: dinheiro e engajamento. Nisto eles são bons, não há dúvida. Agora, só falta o principal: aliar isso a um ótimo espetáculo esportivo.

Confira o onboard de Max Verstappen no seu quintal, em 2017. Gostou do "novo" circuito da Fórmula 1?

Até!




quarta-feira, 8 de maio de 2019

FIM DE CICLOS?

Foto: Divulgação
Estamos apenas na quinta etapa do ano, mas as coisas estão muito quentes no que se refere as negociações envolvendo Liberty Media e as organizadoras dos circuitos que querem entrar e/ou permanecer na categoria.

Começando pelo que está confirmado: no ano que vem, será realizado o primeiro Grande Prêmio do Vietnã, nas ruas da capital Hanoi. Já começaram as obras e a tendência é que seja realizada em outubro de 2020. Vendo o on-board de como ficaria, ela me lembra bastante uma mistura de Valência com Cingapura.


Vamos para a (extensa) lista de indefinições: começando pela próxima corrida, na Espanha. Segundo os organizadores, a questão é uma só, e quase unânime entre os negociantes de todos os GPs: diminuir a taxa anual paga a Liberty Media. Os valores foram assinados ainda sob a gestão Bernie Ecclestone, que pegava cada centavo e tornou essa indústria insustentável, principalmente para os países europeus, não abastecidos por donos e bilionários sheiks do Oriente Médio. Ah, um fator que pode ser muito importante também é a provável diminuição pela procura de ingressos em virtude da saída de Fernando Alonso da categoria.

Pro lugar da Espanha, pode chegar o retorno do GP da Holanda, em Zandvoort, afastada da categoria desde 1985. Claro que o motivo é evidente: aproveitar o efeito Max Verstappen que enche as corridas próximas da localidade holandesa, principalmente em Spa Francochamps. O falecido Charlie Whiting chegou a realizar vistorias e acreditava que apenas alguns ajustes devem ser feitos para tudo ficar pronto. Algumas publicações da imprensa europeia já cravam que a corrida holandesa irá substituir o circuito espanhol a partir do ano que vem.

Como sempre, Inglaterra e Itália todo ano tem drama e todo ano renovam, até que um dia isso não aconteça. Presentes desde os primórdios da categoria, o diretor de Silverstone já sinalizou que existem negociações, mas nada perto de algum desfecho. Por outro lado, como sempre dramático, o GP em Monza tem um "acordo provisório" para renovação até 2024. O empecilho financeiro é a grande questão para ser superada, pra variar.

A Alemanha praticamente participa uma vez a cada dois anos da categoria. Com Nurburgring falida há alguns anos, Hockenheim segue o mesmo caminho de dificuldades financeiras. Para esta temporada, a Mercedes ajudou com os custos. No entanto, diante dos cortes que estão fazendo, parece improvável que esse tipo de aporte seja realizado no ano que vem. Um país ioiô na F1 mesmo conquistando 12 títulos de pilotos e 5 de equipes nos últimos 25 anos, os custos são altíssimos. O promotor da corrida disse que houve maior procura de ingressos para assistir a F2, que tem Mick Schumacher, do que para a própria F1.

Incrível perceber que os três principais pólos tradicionais da F1 pode estar de saída, talvez quatro (considerando que a corrida na Espanha sempre foi tradicional, mesmo quando só De La Rosa e Alonso passaram a disputar a categoria no início dos anos 2000 enquanto a grande paixão é a Moto GP)

O México, país que mais recebe público desde o retorno para a categoria em 2015, também está com um pé fora. Sem mais o apoio do governo federal, que cortou gastos, a tendência é que mesmo sendo um sucesso de público e carisma os mexicanos voltem a ficar ausentes, pra tristeza de Checo Pérez. Outro mercado importantíssimo na América Latina e no "espalhamento" da popularidade da categoria pelo mundo.

Pra fechar, parece que o tal GP de Miami ficou em stand-by. Os organizadores recuaram após os protestos das associações de moradores das áreas onde ficaria o circuito nos três dias de competição e vão tentar renegociar um novo traçado. Essa é a que menos importa. Ninguém se importa com mais corridas nos Estados Unidos e nem os americanos ficam empolgados com a categoria europeia.

Provavelmente nem todas fiquem fora, o que seria uma loucura. Trata-se apenas de uma questão de barganha, embora Alemanha, México e Espanha parecem, pelos relatos, distantes. Isso vai de encontro ao que disse Christian Horner, chefão da Red Bull, sobre o possível aumento do calendário para 23 etapas. Hoje, são 21 etapas. Com a inclusão de Vietnã e talvez Holanda, seriam 23. No entanto, sem Alemanha, Espanha e México, cairia pra 20, talvez 19, se a Inglaterra também der pra trás.

São todos circuitos importantíssimos em termos de negócios e marketing, alguns nem são grandes traçados e por isso não fariam falta (né, Espanha?). No entanto, a maioria é da fatia europeia, que basicamente sustenta o negócio. Diante do impasse nas negociações do novo Pacto de Concórdia e da cada vez maior dificuldade de negociar os caríssimos termos das taxas assinadas ainda por Bernie Ecclestone, não é exagero dizer que o futuro da categoria está ameaçado no médio/longo-prazo, principalmente também pela questão do uso dos combustíveis fósseis cada vez diminuírem em acordos das montadores e dos países.

O futuro é realmente sombrio ou mais uma vez estamos sendo assustados pelos boatos e ameaças de negociações de barganha? Abre o olho, bigodudo, Ross Brawn e Jean Todt.

Até!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O PIONEIRO

Foto: Autoweek
Previamente, escrevi nos primeiros parágrafos desse texto que iria começar o ano escrevendo sobre a decadência da Williams, mas o anúncio havia demorado tanto que seria "forçado" a começar com esse. No entanto, os britânicos trataram de confirmar Sirotkin no dia seguinte, me fazendo perder alguns minutos escrevendo sobre linhas que a partir de então seriam inúteis.

Feito esse registro e sem inspiração para começar o texto de outra forma, vamos ao que interessa.

Daniel Sexton Gurney. Ou simplesmente Dan Gurney. Nascido em Port Jefferson (Ohio) em 13 de abril de 1931, ele faleceu no último domingo (14) aos 86 anos, vítima de complicações relacionadas a pneumonia. Qual a importância dele para o automobilismo? Tentarei explicar.

Antes da velocidade, Gurney serviu por dois anos no exército americano, atuando como mecânico de artilharia  durante a Guerra das Coreias (1950-1953). Sua estreia no automobilismo ocorreu em 1957 quando terminou em segundo a corrida inaugural de Riverside, superando estrelas consolidadas da época como Masten Gregory e Phil Hill (campeão da F1 quatro anos depois, em 1961). 

A primeira corrida. Foto: Pinterest
Gurney chamou a atenção de Luigi Chinetti, importador americano da Ferrari, que deu um assento para o americano em Le Mans no ano seguinte. Em parceria com o compatriota Bruce Kessler, a Ferrari estava na quinta posição na classificação geral até Dan entregar a direção para Bruce, que sofreu um acidente. Essa e outras performances impressionantes lhe renderam um teste para ser piloto da Ferrari na F1, onde fez sua temporada de estreia em 1959.

Nas quatro corridas que disputou naquela temporada, acabou conseguindo dois pódios. Em 1960, seis abandonos em sete corridas a bordo de um BRM. No Grande Prêmio da Holanda, seu acidente mais grave: uma falha no sistema de freio lhe custou um braço quebrado,  a morte de um torcedor e o início de uma longa relação de desconfiança com os engenheiros. O incidente também causou uma mudança no seu modo de pilotar: a tendência em utilizar os freios com maior prudência do que os outros pilotos significava que eles duravam mais tempo, o que lhe ajudava em corridas de longa duração. 

Gurney guiando a Testa Rossa em Goodwood, em 1959. Foto: Classic Cars

Acidente na Holanda, em 1960. Foto: F1 History
Gurney também era conhecido por um estilo de condução fluido. Em raras ocasiões, quando o carro enfrentava problemas mecânicos e sentiu que não havia nada a perder, Dan passava a adotar um estilo mais arrojado e arriscado. Para muitos especialistas da época,  eram nessas circunstâncias que o americano apresentava o seu melhor desempenho nas pistas. Um exemplo disso foi quando um pneu furado fez Gurney ficar duas voltas atrás do pelotão na etapa de Riverside na Indy em 1967. Ele tirou a vantagem e venceu com uma ultrapassagem na última volta contra Bobby Unser.

Foto: Pinterest

Com novas regras entrando em vigor para a temporada de 1961, Gurney e Jo Bonnier foram companheiros de equipe na primeira temporada da Porsche na F1, chegando três vezes na segunda posição. Dan quase venceu a corrida de Reims, mas sua relutância em bloquear Giancarlo Baghetti (piloto da Ferrari) permitiu que o italiano o ultrapassasse poucos metros antes da linha de chegada.

No ano seguinte, com uma Porsche melhorada (motor de 8 cilindros), Gurney venceu pela primeira vez na F1, no Grande Prêmio da França, disputado em Rouen-Les-Essarts, a única vitória da montadora na história da categoria. Uma semana depois, ele venceu novamente em uma corrida fora de temporada na casa dos alemães, em Stuttgart. Foi a última temporada da Porsche na categoria. Foi na equipe alemã que Dan conheceu Evi Butz, executiva de relações públicas da montadora. Eles se casaram anos depois.

O único a vencer pela Porsche na F1. Foto: Getty Images

Dan também foi o primeiro piloto contratado por Jack Brabham para correr com ele pela Brabham Racing Organisation. Enquanto Jack foi o responsável pela primeira vitória de seu carro em uma corrida que não valia para o campeonato, coube a Gurney a honra de ser o primeiro a vencer pela Brabham em uma etapa válida para o Mundial em 1964, outra vez em Rouen. Ao todo, Gurvey venceu duas vezes (as duas em 1964) e conquistou 10 pódios (sendo cinco consecutivos em 1965) pela Brabham antes de deixar a escuderia e começar a sua própria equipe. Com a vitória no Grande Prêmio da Bélgica de 1967, Gurney foi o primeiro piloto da história a vencer por três equipes diferentes: Porsche, Brabham e a All-American Racers, de sua propriedade.

Vitória de novo em Rouen, em 1964. Foto: Flat Out


A popularidade de Gurney fez com que a revista americana Car and Driver promovesse a ideia dele concorrer à presidência dos EUA em 1964. A “campanha” foi abortada quando se “descobriu” que Gurney era jovem demais para se candidatar a presidente (tinha 33 anos na época). Entretanto, amigos e fãs ressuscitavam essa ideia a cada quatro anos como brincadeira.

Foto: All American Racers

Adesivo da "campanha". Foto: All American Racers

Dan desenvolveu uma moto chamada “Alligator”, que tinha o assento em uma posição extremamente baixa. Enquanto ele não conseguiu o objetivo de obter o design  licenciado para a fabricação e venda por um fabricante importante de motos, a produção inicial de 36 unidades rapidamente esgotou. Hoje, são itens premiados de colecionadores.

Foto: OddBike
O pioneirismo de Dan Gurney consiste em ser o primeiro piloto da história a vencer na F1 (4 vezes), na Nascar (1963) e na Fórmula Indy (1967). Além disso, Gurney venceu as 24 Horas de Le Mans junto com A.J. Foyt. Não bastasse mais uma vitória em corridas de longa duração (havia vencido as 12 Horas de Sebring em 1959), um gesto do americano entrou para a história.

O segundo a vencer com seu próprio carro. Bélgica, 1967



A vitória em Le Mans, com a parceria de A.J. Foyt. Foto: Pinterest

Tal qual Bellini, capitão do primeiro título mundial da Seleção Brasileira em 1958 que foi o primeiro a erguer a taça como comemoração, Dan Gurney foi o primeiro piloto a estourar o champanhe no pódio. Um gesto simples e banal que, todos sabemos, virou costume do automobilismo.  Além disso, durante sua passagem pela Indy,  Dan foi o primeiro a colocar uma simples extensão de ângulo reto sobre a borda direita superior da asa traseira. O dispositivo, nomeado Gurney flap, aumenta a pressão aerodinâmica e, se bem projetado, impõe apenas um aumento na aerodinâmica.



Um gesto para a história. Foto: Marshall Pruett


Finalizando a série de pioneirismo, Dan foi o primeiro piloto a utilizar um capacete cobrindo toda a face nas corridas de Grande Prêmio, na etapa da Alemanha do mundial de F1 de 1968.

Foto: F1 History

Excetuando as 500 Milhas de Indianápolis disputadas entre 1950 e 1960 e que faziam parte do calendário da F1, Gurney é o segundo americano com mais vitórias na categoria, perdendo apenas para o campeão mundial de 1978 Mario Andretti. No entanto, Dan é o americano com mais pódios (19).

Foto: Motor.es

Pequenos gestos e conquistas que eternizaram Dan Gurvey na história do automobilismo mundial. Um verdadeiro racer, cujo legado é enorme. Sua história e paixão pela velocidade inspiram milhares de jovens pilotos, que nunca se esquecerão de Gurney, mesmo sem saber quem ele é. Basta estourar a champanhe no pódio.

terça-feira, 18 de abril de 2017

ATRASADOS

Foto: Zumbio
A polêmica de Verstappen está longe de acabar. Até agora, a frase "ele é brasileiro, não adianta discutir" não foi explicada pelo polêmico holandês. O que ele quis dizer com isso? A maioria entendeu como uma ofensa ao caráter do brasileiro ou até mesmo as habilidades de Felipe, único representante do país na F1. Não importa. Digo, importa. Os HUEBR, putos da cara, invadiram as redes sociais de Max com ofensas, que se desculpou hoje.

Cheguei a ler que a frase foi proferida em tom de brincadeira, aos risos, mas transformada em muito mais sério do que deveria. Esse tipo de comentário é complicado de se fazer, principalmente quando esse alguém é uma pessoa pública, de muitos fãs e que representa uma marca de penetração mundial, como é a Red Bull em diversos segmentos. Por isso, também, que internamente o rebelde holandês levou um leve "puxão de orelhas".

Não vou me estender no debate sociológico de quem acredita que isso resume o pensamento de um europeu do primeiro mundo sobre alguém do terceiro mundo. Especificamente, Max vive em sua "bolha", nascido e criado para guiar karts e monopostos, alienado a todos os aspectos de vivência e conhecimento de outras línguas, lugares e pessoais. O que prefiro escrever é que não é a primeira vez e não será a última em que o adolescente irá proferir uma declaração infeliz. Desde os tempos de Toro Rosso, Max mostra sua personalidade, com frases fortes e rusgas com outros pilotos, tudo isso com 18 anos. É natural que, com o passar da idade, ele ficará ainda mais indomável. Todo o talento e arrojo, motivos de admiração de muitos (sempre tem que ter a comparação com o Senna) pode o transformar em vilão e figura antipática dentre os próprios torcedores. Lembram do que ele falou ao Villeneuve?

Como disse o Massa, Max terá que vir ao Brasil no fim do ano. Muitos talvez o perdoem, mas certamente também haverá uma série de manifestações negativas em solo tupiniquim. Como superar? Talvez com outra atuação espetacular em Interlagos.

Foto: Daily Star
A VOLTA DOS QUE JÁ FORAM - Não será em 2017 que experimentarei o estranho gosto amargo de ver Button e Massa fora do grid. O campeão mundial de 2009 terá seu retorno de uma corrida só para substituir Alonso em Mônaco, ocupado com a disputa da Indy 500. Com isso, irá participar em 18 temporadas consecutivas na F1. A legítima prova de despedida, sem responsabilidade por resultados e sabendo que nada do que acontecer é sua responsabilidade. O retorno inesperado de Button mostra que as coisas mudaram, mas não ficaram tão diferentes.

Foto: Autosport
Como é lindo ver um Fittipaldi vencendo pela Lotus! Pietro foi perfeito: duas vitórias e duas poles na primeira rodada dupla da Fórmula V8, em Silverstone. A categoria fez o "esquenta" da primeira etapa do Mundial de Endurance (WEC). "Não há palavras suficientes para agradecer a Lotus, o meu engenheiro e todos os mecânicos, que fizeram um trabalho fantástico. Sair daqui líder é incrível e já estou ansioso para a próxima etapa, em Spa-Francorchamps", afirmou o brasileiro. Com 100% de aproveitamento, Fittipaldi tem 24 pontos de vantagem a Alfonso Celis Jr (Fortec Motorsports), vice-líder do campeonato e piloto de testes da Force India. Rene Binder, companheiro de Pietro, é o terceiro, dois pontos atrás de Celis Jr. A próxima temporada é em Spa Francorchamps, nos dias 5 e 6 de maio.

Que todos (inclusive o próprio staff) tenham muita calma com Pietro e toda a garotada que ainda está começando nas categorias de baixo na Europa. O segredo é seguir com os pés no chão e aproveitar as oportunidades. Assim, quem sabe, o Brasil não volte a ter um piloto na F1 nos próximos anos?

Até!