Mostrando postagens com marcador silverstone. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador silverstone. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 10 de julho de 2023

FÓRMULA VERSTAPPEN

 

Foto: Getty Images

Tirando Max, até que a F1 está bem interessante, com grandes disputas e alternâncias, menos pelo primeiro lugar. Um universo paralelo.

Começando que, novamente, aquele que deveria fazer alguma frente sequer finge. Outra vez Checo Pérez ficou pelo caminho e conseguiu ser eliminado no Q1 no sábado. Nem mesmo a corrida de recuperação tímida, com o Safety Car, o defende. Só o patrocínio de Carlos Slim e o sucesso estrondoso de Max que colocam essas questões para segundo plano.

A grande novidade do final de semana. Será que o desempenho da McLaren é fruto do acaso do finde ou podemos ver o time de Woking consistente nas próximas semanas? Piastri recebeu as atualizações e também brilhou. O azar do Safety Car tirou o que seria o primeiro pódio do jovem australiano.

Norris é realidade. Só precisa de um carro para fazer o que faz. Assumiu a ponta largando melhor e depois fez o que era possível. No fim, o que poderia ser um erro de conservadorismo da McLaren ao escolher os pneus duros para a parte final se mostrou um acerto graças a garra e qualidade dos pilotos, que resistiram com maestria aos ataques da dupla da Mercedes.

Norris e Piastri, cada vez mais ambientado com a categoria, com o equipamento certo, podem fazer muitas coisas na F1. Depende da McLaren agora transformar isso em algo raro ou recorrente. Como é bom ver o talento prosperando.

A Mercedes segue no mesmo ritmo, mas em corrida ainda está bem. Hoje, teve sorte e competência para ganhar posições no Safety Car e conseguir mais um pódio para Hamilton - o 195° da carreira - azar de Russell, uma tônica no ano. Ainda falta algo a mais para as ex-flechas de prata. O caminho é longo e surgem muitos adversários. Uma hora é Aston, outra McLaren, depois Ferrari... só falta a Alpine chegar.

A Ferrari foi a de sempre: azar e incompetência na estratégia. Tiraram Leclerc e Sainz de bons pontos para ficarem em nono e décimo. Só três. É impressionante a falta de leitura, timing e consequentemente sorte para esses caras. Não tem como não enlouquecer sendo torcedor ou algum membro do cavalinho rampante.

A Aston Martin parou e as adversárias cresceram. Sozinha com Alonso, alguns bons pontos também graças a estratégia e a sorte do Safety Car e só. Talvez uma nova atualização para depois das férias seja necessária para voltar a sonhar com pódios. Muitos já falam em projeto 2024...

Albon é uma realidade. A veloz Williams foi consistente o final de semana inteiro, então não foi surpresa mais pontos para o tailandês nascido e criado na Inglaterra. Quase que ele passa Alonso e ainda deixou as Ferrari para trás. No mínimo, está cavando um retorno para alguma equipe melhor estruturada.

Alpine longe do potencial e a bagunça de sempre, Haas com problemas e as Alf(ph)as jogadas às traças: Tauri e Romeo. 

A Fórmula 1 sem Verstappen seria algo muito bacana. As forças mudam conforme as corridas e as atualizações fazem com que todos consigam brigar, ou ao menos sonhar e surpreender. Menos para vencer, é claro. Aí, Max continua na viagem solitária rumo ao tri campeonato.

Confira a classificação do GP da Inglaterra:


Até!

sexta-feira, 7 de julho de 2023

NINGUÉM

 

Foto: Andrej Isakovic/AFP

E segue a jornada solitária de Max Verstappen rumo ao tricampeonato. Sem adversários, o máximo que o holandês é ameaçado são nos treinos. Aparentemente, a Ferrari vem forte como a segunda força, mas sabemos que na corrida a história é outra.

A Aston Martin parece estar um pouco mais atrás, enquanto a Mercedes é uma incógnita. O velho truque de esconder o jogo na sexta para brilhar no domingo. Ou será que as novas atualizações não estão rendendo o esperado? Mistério...

Quem surpreende, ao menos nos tempos, é a Williams. Claro, sexta-feira e tudo mais, mas o time de Alexander Albon está em ascensão desde o Canadá. Quem sabe o efeito GP 800 da equipe de Grove não seja um impulso importante?

Ademais, até aqui o grande fato do final de semana é que Silverstone está sendo palco também da gravação de cenas de um filme de Fórmula 1 que será estrelado por Brad Pitt e tem a supervisão de Lewis Hamilton.

O personagem de Pitt é um piloto aposentado que volta para a categoria para ser tutor de um jovem talento. Um carro desenvolvido pela Mercedes e Carlin e com dublês está correndo pela pista no final de semana e em outras localidades para desenvolver o filme, sem título e tampouco com data de lançamento definida.

E assim a F1 segue. Quem sabe, com o perdão do clichê, não possamos ter uma corrida de cinema? Ou ao menos uma equipe diferente vencendo?

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!


quinta-feira, 6 de julho de 2023

GP DA INGLATERRA: Programação

 O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.

Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:27.097 (Red Bull, 2020)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:24.303 (Mercedes, 2020)
Último vencedor: Carlos Sainz Jr (Ferrari)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2016, 2017, 2019, 2020 e 2021) - 8x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 229 pontos
2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 148 pontos
3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 131 pontos
4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 106 pontos
5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 82 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 72 pontos
7 - George Russell (Mercedes) - 72 pontos
8 - Lance Stroll (Aston Martin) - 44 pontos
9 - Esteban Ocon (Alpine) - 31 pontos
10- Lando Norris (McLaren) - 24 pontos
11- Pierre Gasly (Alpine) - 16 pontos
12- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos
13- Alexander Albon (Williams) - 7 pontos
14- Oscar Piastri (McLaren) - 5 pontos
15- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 5 pontos
16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos
17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos
18- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Red Bull RBPT - 377 pontos
2 - Mercedes - 178 pontos
3 - Aston Martin Mercedes - 175 pontos
4 - Ferrari - 154 pontos
5 - Alpine Renault - 47 pontos
6 - McLaren Mercedes - 29 pontos
7 - Haas Ferrari - 11 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 9 pontos
9 - Williams Mercedes - 7 pontos
10- Alpha Tauri RBPT - 2 pontos

JÁ PREOCUPADOS PARA 2026

Foto: Getty Images

Embora a Red Bull esteja no topo da cadeia alimentar da F1 e provavelmente vá manter esse status ao menos até 2025, os taurinos já estão preocupados com 2026, quando o novo regulamento de motores e o novo Pacto de Concórdia (ainda não assinado pelas equipes) entrarão em vigor.

A avaliação é feita a partir dos dados do simulador. De acordo com trecho da reportagem do Grande Prêmio, "de 2026 em diante, as unidades de potência terão a parte elétrica ampliada, na mesma proporção que o motor a combustão interna (ICE). Além disso, serão PUs preparadas para funcionarem com combustível 100% sustentável — uma evolução natural no setor automobilístico frente às questões ambientais". 

O que preocupa Max Verstappen e Christian Horner, no entanto, é o excesso de potência nos novos motores em detrimento da aerodinâmica.

“Talvez seja preciso prestar atenção com urgência antes que seja tarde demais. Analisar a relação entre poder de combustão e energia elétrica para ter certeza de que não estamos criando um Frankenstein técnico que vai exigir que o chassi compense com aerodinâmica móvel para reduzir o arrasto em tal nível que afete a corrida”, disse Horner.

Max Verstappen foi além:

“Também tenho conversado sobre isso com a equipe e vi dados no simulador. Para mim, parece bem terrível. Se você estiver de pé embaixo na reta em Monza, não sei, uns 400, 500m antes do final da reta, terá de reduzir a velocidade porque é mais rápido. Eu não acho que esse é o caminho a seguir. Mas, claro, essa é provavelmente uma das piores pistas.

Para mim, o problema é que parece que vai ser uma competição de motores a combustão, então quem tiver o motor mais forte terá grandes benefícios. Essa não deveria ser a intenção da Fórmula 1, pois aí vai começar uma guerra massiva de desenvolvimento de novo e será muito caro encontrar alguns cavalos de potência aqui e ali.

Além disso, os carros provavelmente terão muito menos arrasto, então será ainda mais difícil ultrapassar na reta. Você tem a aerodinâmica ativa, que não pode controlar, e o sistema vai controlar isso para você — o que acho que vai atrapalhar muito a pilotagem, pois prefiro controlar sozinho.

Além disso, o peso do carro está aumentando novamente. Então, sim, temos de olhar seriamente para isso, porque 2026 não está tão longe. No momento, para mim, parece bem ruim com os números que já noto pelos dados. Portanto, não é algo que me deixe muito animado no momento”, afirmou.

Bom, pode ser algum elemento de pressão diante de algumas tentativas, ainda embrionárias, que supostamente não deram certo para o lado da Red Bull, mas aí é muita especulação e ainda falta muito tempo para isso. O que eu gostaria de destacar, no entanto, é os caras já estarem tão focados no médio longo-prazo. Tudo para não perder uma hegemonia que foi reconquistada depois de muitos anos de erros e acertos. Interessante.

LONGE DOS 100%

Foto: Getty Images

A fase não é boa para Sérgio Pérez, dentro e fora das pistas. As eliminações recorrentes no Q2 nas últimas corridas deixam o piloto e a equipe em alerta para o futuro. Embora tenha contrato até 2024, há a sombra de Daniel Ricciardo caso Checo não se recupere imediatamente.

Na Áustria, no caso, parece que uma coisa levou a outra. O mexicano declarou não estar se sentindo bem clinicamente e está preocupado com isso, pois acredita que não vai se recuperar a tempo para o GP da Inglaterra.

Checo foi liberado das atividades de imprensa da quinta-feira passada (29), com mal-estar. Os problemas físicos, clínicos e a pressão deixam Pérez numa situação de muito sacrifício e desgaste.

“Tem sido um fim de semana muito difícil para mim pessoalmente, fisicamente. Tenho estado muito, muito fraco. Eu estava doente na quinta-feira. Portanto, não foi um fim de semana fácil. Não dormia direito durante o fim de semana.

É um esporte muito exigente, dentro e fora do carro. Tenho estado muito doente e, por isso, espero poder recuperar dentro de alguns dias, porque Silverstone é outra corrida muito dura, muito exigente. Realmente preciso de tempo. Estou muito longe de 100% no momento", afirmou.

Se 100% e no ápice físico, técnico e clínico já é difícil suportar as responsabilidades da Red Bull, imagina debilitado e pressionado. Ao que parece, o calvário de Checo não vai terminar tão cedo, a não ser que surja um ato de heroísmo em Silverstone. Ou que os remédios e repouso façam feito. Melhoras, Checo.

TRANSMISSÃO:
07/07 - Treino Livre 1: 8h30 (Band Sports)
07/07 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
08/07 - Treino Livre 3: 7h30 (Band Sports)
08/07 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
09/07 - Corrida: 11h (Band)




domingo, 3 de julho de 2022

MAIS SORTE QUE JUÍZO

 

Foto: Mark Thompson/Getty Images

A corrida de hoje em Silverstone mostrou que nem sempre quem vence faz uma boa corrida ou apenas o suficiente para ganhar. Claro, é óbvio que fez o suficiente se recebeu a bandeirada primeiro, mas isso também está ligado a outras circunstâncias que só o contexto faz questão de lembrar. Para os livros de história, não, até porque ela é contada pelos vencedores.

Talvez isso soe chato ou ranzinza, mas tudo bem. O importante é que finalmente Carlos Sainz venceu a primeira na carreira, justamente no final de semana onde fez também a primeira pole. Depois de bater na trave com a McLaren e em algumas etapas desse ano, o espanhol fez o hino do país voltar a tocar na F1 depois de nove anos, novamente com a Ferrari, onde Alonso triunfou pela última vez. Finalmente Sainz entregou o resultado que se esperava, embora as circunstâncias tenham sido bem distintas.

Começando pela largada e o forte acidente que interrompeu a corrida em uma hora. Gasly foi prensado por Russell, tocou no inglês, que tocou no carro de Zhou que capotou, quicou na brita passou por cima da proteção de pneus. Se não fosse a grade, acertaria o público e poderíamos ter uma tragédia.

Claro que foi assustador, mas não achei que haveria algum perigo. O Halo pode ter feito (ou fez) sua parte, mas capotamento é algo que sempre existiu na F1 e nem sempre dá para colocar tudo na conta desse artefato. Do contrário, muita gente teria morrido nos anos 1990 e 2000. O santantônio sim é uma invenção mais importante, mas esse assunto de segurança é cansativo e já escrevi sobre, então deixa pra lá.

O acidente que poderia ter sido mais grave foi o do Albon. Com o incidente acontecendo na curva, todo mundo freou. Vettel bateu em Albon, que bateu no guard rail e foi para o meio da pista, batendo e sido batido de frente, em T. A sorte é que os carros haviam diminuído a velocidade, mas se fosse igual na F2, em 2019... Por sorte e pela tecnologia, Albon e Zhou estão bem e devem participar da corrida da semana que vem.

Com a largada anulada, que tinha Verstappen na frente e Hamilton em terceiro, veio aí a primeira sorte de Sainz. Com a segunda largada, foi agressivo e cresceu para cima de Max, fechando-o. Foi o único mérito do espanhol hoje. Pérez foi tocado por Leclerc enquanto tentava se aproveitar da briga na frente e teve o bico danificado, precisando parar e ir para o fim do pelotão. 

Como sempre, o ritmo da Red Bull era superior e Sainz sentiu a pressão. Errou sozinho e facilitou o trabalho de Max, que parecia caminhar para mais uma vitória no ano. No entanto, passou por uma zebra e danificou o carro e furou um dos pneus. Desde então, não teve mais ritmo e praticamente se arrastou na pista, nos padrões Red Bull, claro. Sem os taurinos na briga, isso era uma ótima notícia para o campeonato.

A Ferrari tinha a faca e o queijo na mão para finalmente fazer outra dobradinha e recolocar Charles Leclerc de volta a briga pelo campeonato. No entanto, a Ferrari resolveu não ser totalmente Ferrari. A bagunça e a burrice estiveram lá, mas em nenhum momento eles intercederam a favor de quem briga pelo título. Leclerc, também com o carro danificado, ainda assim era mais rápido que Sainz. Enquanto isso, Hamilton chegava de mansinho e sonhava com uma vitória apoteótica em casa outra vez. A Mercedes tem ritmo com os pneus usados e é o grande trunfo da segunda metade do campeonato. A vitória dos alemães está mais próxima do que imaginávamos.

Quando a Ferrari finalmente se livrou de Sainz e priorizou Leclerc, Hamilton tinha uma boa situação na corrida, mas a Mercedes também não ajudou. Foi muito conservadora na troca de pneus. Os duros não tiravam tanta diferença, apesar de Hamilton ter uma óbvia vantagem para as últimas vantagens. Tudo parecia dar certo em linhas tortas, até que um problema no carro de Ocon, sobrevivente da primeira largada, mudou a corrida.

O Safety Car trouxe Pérez de volta para a briga e poderia prejudicar ainda mais Max, que era o nono e estava brigando com a Haas pelos pontos. Faltando poucas voltas, o gabarito era colocar os pneus macios e virar sprint race. Loucura total. Mas a Ferrari, ah a Ferrari... o principal piloto do time permaneceu na pista com os pneus duros. Por quê? A McLaren de Norris demorou a parar e Vettel e Magnussen também não trocaram pneus. Os dois últimos foram presas fáceis.

Leclerc foi presa, mas deu trabalho. Mostrou talento e jogou duro até com Sainz, que se aproveitou e se livrou na ponta, ainda que com dificuldades. Com os pneus novos, Pérez foi espetacular na briga com Hamilton e passou os dois. No entanto, o tempo que perdeu na disputa o tirou da briga pela vitória. Leclerc também, graças a burrice da Ferrari, perdeu o lugar no pódio para Hamilton, que teve o terceiro no ano e o décimo terceiro em Silverstone, sendo dez seguidos. Foi feito para Silverstone. 

De novo, Sainz teve mais sorte que juízo. Parecia que a Ferrari queria dar a ele a primeira vitória de uma vez, independente do contexto, para não desmotivá-lo. Apenas não entendi acabarem com Leclerc. Com Max lá atrás, era a chance de encostar no campeonato, e a oportunidade foi desperdiçada de novo. Ainda no fim, Max brigou com unhas e dentes pelo sétimo lugar e finalmente Mick Schumacher marcou os primeiros pontos da carreira. Emocionalmente na questão da nostalgia. Tomara que isso dê a confiança necessária para o alemão continuar trabalhando na Haas, onde a batata dele já estava começando a queimar.

Don Alonso, sem problemas, consegue um grande quinto lugar. Se tivesse mais carro e/ou potência, poderia ter se beneficiado da briga que acompanhou na parte final da prova. Norris andou em quarto a corrida toda mas um erro da McLaren o fez perder duas posições, ainda assim está bem. E Daniel Ricciardo? Mesmo numa corrida maluca, conseguiu ser o 13° de 14 carros que completaram a prova. Infelizmente, parece não ter mais solução. É constrangedor.

Vettel consegue mais dois pontos para a Aston Martin e Magnussen fechou o top 10. Cruel para Latifi, que teve um final de semana mágico para seus padrões e ainda assim não pontuou. Fui inventar de elogiar Tsunoda e ele acabou com a corrida dele e de Gasly. Certamente deve ter aquela conversa bacana e instrutiva com Helmut Marko...

O que nós queríamos, de certa forma, aconteceu: mais emoção e imprevisibilidade. Com Max fora do caminho, era a chance da Ferrari voltar a briga pelo título com Leclerc. O que vimos, no entanto, não deixou de ser imprevisível: os italianos priorizaram o segundo piloto que, com mais sorte que juízo, venceu a primeira na carreira. Que isso também sirva para dar mais confiança ao pressionado espanhol, mas é uma sacanagem tremenda com Leclerc, que luta sozinho contra três equipes, aparentemente.

Confira a classificação final do GP da Inglaterra:


Até!

sexta-feira, 1 de julho de 2022

PONTO DE REFERÊNCIA

 

Foto: Dan Mullan/F1 via Getty Images

Silverstone, onde tudo começou. Como a maioria das equipes ficam na Inglaterra, a pista além da carga histórica tem o simbolismo das grandes atualizações dos carros, a última antes do verão europeu. Pode ser um ponto de referência para corrigir rumos, evoluir ou simplesmente se dar conta de que o ano está perdido e é melhor priorizar a próxima temporada.

Em uma temporada onde tudo é novo e incipiente no regulamento, qualquer sessão de testes é importante para dar rodagem. Quando chove, não é o ideal, tanto para os pilotos quanto para os fãs. Na primeira sessão, a chuva fez os carros andarem muito pouco, quase nada. Uma sessão perdida. Com isso, o segundo treino livre e o treino de amanhã ganham muita importância para testar as voltas rápidas e o ritmo de corrida dos carros.

Diante da hierarquia que já sabemos, as coisas não mudaram muito. Ferrari foi mais rápida com Sainz. A Red Bull não se encontrou tanto. A McLaren de Norris tenta reagir na temporada. Hamilton, com voltas rápidas, foi bem e a Mercedes pode estar em ascensão, mesmo que não tão rápida quanto todos imaginam.

No bloco intermediário, Alpine, Aston Martin e Alpha Tauri batalham pelos últimos pontos.

Em Silverstone, em um clima de consternação diante das barbaridades ditas por Nelson Piquet e que pretendo escrever sobre nos próximos dias, é o palco onde Hamilton está em casa e tem oito vitórias. Carinho e apoio não vão faltar, mas isso não vai ser o suficiente nas pistas e, infelizmente, nesse combate ao racismo que a sociedade perde com frequência. 

Que Silverstone seja um ponto de referência em várias frentes na temporada da F1, dentro e fora das pistas, na postura de todos que fazem parte desse lugar que, embora seja chamado de circo, não é palco para palhaçadas e outras coisas piores.

Confira os tempos dos treinos livres:




Até!


quinta-feira, 30 de junho de 2022

GP DA INGLATERRA: Programação

  Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.

Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:27.097 (Red Bull, 2020)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:24.303 (Mercedes, 2020)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2016, 2017, 2019, 2020 e 2021) - 8x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 175 pontos

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 129 pontos

3 - Charles Leclerc (Ferrari) - 126 pontos

4 - George Russell (Mercedes) - 111 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 102 pontos

6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 77 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 50 pontos

8 - Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 46 pontos

9 - Esteban Ocon (Alpine) - 39 pontos

10- Fernando Alonso (Alpine) - 18 pontos

11- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 16 pontos

12- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos

13- Daniel Ricciardo (McLaren) - 15 pontos

14- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 13 pontos

15- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 11 pontos

16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 5 pontos

17- Alexander Albon (Williams) - 3 pontos

18- Lance Stroll (Aston Martin) - 3 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 304 pontos

2 - Ferrari - 228 pontos

3 - Mercedes - 188 pontos

4 - McLaren Mercedes - 65 pontos

5 - Alpine Renault - 57 pontos

6 - Alfa Romeo Ferrari - 51 pontos

7 - Alpha Tauri RBPT - 27 pontos

8 - Aston Martin Mercedes - 16 pontos

9 - Haas Ferrari - 15 pontos

10- Williams Mercedes - 3 pontos


DE PORTAS E BRAÇOS ABERTOS

Foto: Getty Images

Sebastian Vettel tem contrato com a Aston Martin até 2023. No entanto, não deixou claro se pretende continuar na categoria. Tudo depende da motivação e do que a Aston Martin pode oferecer ao piloto, que também é um dos acionistas do time.

Se depender da vontade da equipe, o tetracampeão fica até quando quiser, se ele manter a motivação mesmo sabendo que talvez não consiga mais brigar por campeonatos.

O chefão, Mike Krack, está mais do que disposto em manter essa parceria:

“Sempre fomos claro no sentido de que se ele quiser continuar, queremos que ele continue por muito tempo. Estamos conversando. Temos uma ótima relação, não botamos nenhum limite de tempo", disse para a Autosport.

Um dos trunfos da montadora é mostrar para Vettel que a equipe está evoluindo, apesar do início ruim e do time estar aquém dos investimentos que faz. A corrida do Canadá foi um alento, e Krack acredita que Silverstone pode ser mais um passo em direção ao topo do grid.

“Nós sempre dissemos que queremos melhorar o carro, e acho que Barcelona foi o primeiro passo. Queremos mostrar a ele que demos outro passo à frente e, aí, podemos conversar mais. Talvez em Silverstone eu consiga e o desejo dele de ficar cresça ainda mais”, completou.

É tudo questão mental e motivacional. Vettel não precisa provar mais nada e está evoluindo na temporada. Precisa de carro que a Aston Martin não o deu em nenhum momento. Como o outro lado do box é intocável, é bom Krack pensar bem. Se Vettel não estiver mais a vontade com a categoria, vai ser necessário um piloto líder e experiente. Onde encontrá-lo? Eu tenho uma pista, mas no momento é tudo especulação e suposição. Tomara que Vettel continue na F1.

"GRANDE FUTURO"

Foto: XPB Images/ P A Images

Após a melhor atuação na temporada com um oitavo lugar no GP do Canadá, Guanyu Zhou ganhou um pouco de holofote. Após o ponto na estreia, o chinês passou algumas corridas apagado e abandonou em outras, enquanto Bottas lidera o time.

No entanto, a avaliação do chinês até aqui tem sido extremamente positiva, tanto do chefe Frederic Vasseur quanto de Xevi Pujolar, chefe de engenharia de pista.

“Ele está construindo os próprios fins de semana de maneira progressiva. Mesmo na corrida, absorve todas as informações que damos a ele e está usando isso para performar o que precisamos quanto aos pneus – não somente na corrida, na classificação também.

Acho que ele está também tendo essa abordagem sem cometer erros. Se você consegue evitar incidentes, então ajuda muito em construir essa confiança – corrida a corrida – e essa tem sido sua qualidade também. Se continuar assim, tem um grande futuro na Fórmula 1”, disse Pujolar.

Frederic Vasseur, por sua vez, estava preocupado com a sequência de corridas desconhecidas para Zhou: correu pela primeira vez no Azerbaijão e no Canadá e Mônaco é sempre difícil. O chefe acredita que a tendência é o chinês melhorar o desempenho nos circuitos europeus que ele conhece dos tempos da F2.

“Estava um pouco preocupado com a sequência em Mônaco, Baku e Montreal, porque são os três circuitos mais difíceis para um novato na primeira parte da temporada. Mas, no Azerbaijão, ele foi muito bem. Teve um pouco de azar na classificação, porque não conseguiu encaixar uma boa volta com a bandeira amarela. Mas, no fim, a performance ‘esteve lá’ na corrida. Ele sempre teve uma boa administração do carro e dos pneus.

Você tem que separar o desempenho do carros dos pilotos e seus resultados. Penso que em Baku, por exemplo, Zhou teve ótimo ritmo – estava disputando posições com Vettel antes do abandono. A performance ‘estava lá’, mas se você não tem confiabilidade no carro, não irá marcar pontos. Estou convencido de que, assim que voltarmos às pistas que ele já conhece, vai ter um desempenho ainda melhor. Mas estou mais do que feliz com o trabalho feito por ele até aqui”, disse Vasseur.

Zhou é um bom piloto. Quem viu a F2 sabe. Assim como Tsunoda no ano passado, é óbvio que vai encontrar dificuldades no ano de estreia. São categorias diferentes e sem tempo para fazer testes. O aprendizado é a cada corrida ou erro. Há má vontade por Zhou ser asiático e trazer muito dinheiro, mas a tendência é que com o tempo ele se aproxime de Bottas e ajude ainda mais a Alfa Romeo, tornando-se assim o chinês viável da F1.

TRANSMISSÃO:
01/07 - Treino Livre 1: 9h (Band Sports)
01/07 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
02/07 - Treino Livre 3: 8h (Band Sports)
02/07 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
03/07 - Corrida: 11h (Band)



domingo, 18 de julho de 2021

CRIME E RECOMPENSA

Foto: Getty Images

A corrida classificatória foi uma bizarrice que eu já esperava. Poucas voltas e não havia sentido arriscar para perder quase tudo no domingo. Pérez errou e Sainz se tocou com Russell, o que comprometeu o domingo deles. Toda a bonita festa de Hamilton na sexta se esvaiu quando Verstappen passou na primeira curva e conquistou o direito de ser o pole, mas sem ser o mais rápido numa volta lançada do jeito tradicional, que é o normal. Pra mim, nada tira o fato de que o pole de fato e de direito foi Lewis Hamilton.

Vamos para hoje. Ontem, os dois até duelaram bastante para quem tem muito a perder - no caso ambos, dependendo do ponto de vista. Hoje, Hamilton largou melhor e pressionou Verstappen que, sempre duro, rechaçou as investidas até chegar na antiga reta principal. Naquele instante, Hamilton estava ficando 40 pontos atrás de Max. É um ponto da virada. O inglês, experiente, foi passivo até demais nas disputas contra o holandês até a ocasião. Até a ocasião. Max, como sempre, não arrefeceu. 

Os dois pagaram pra ver. No fim das contas, Hamilton jogou Verstappen para o muro, lembrando Schumacher em 1999. Por sorte da evolução da segurança nos carros, o impacto de 51G não quebrou nada em Max além do carro. O holandês foi para o hospital tonto e com dores nos ombros.

Para a sorte de Hamilton, o "delito" não teve grandes consequências: o carro não ficou tão danificado e sem grandes prejuízos, ainda teve mais um detalhe: a bandeira vermelha, que permitiu trocar as peças necessárias e os pneus. Mudou toda a corrida. Uma batida de 51G que levou um piloto para o hospital não pode ser interpretada do mesmo jeito que uma espalhada ou o incidente de sábado de Russell e Sainz, certo? Para a FIA, é a mesma coisa. Aliás, Russell foi mais penalizado que Hamilton pelo incidente. O inglês teve "10 segundos de punição" o que, pilotando uma Mercedes, não quer dizer nada. 

O recado da FIA foi claro: pode levar o amiguinho para o hospital que você terá apenas 10 segundos de prejuízo. Abriu um precedente que pode ser perigoso. Apesar das dificuldades de aproximação, Lewis conseguiu superar Leclerc na antepenúltima volta para vencer pela oitava vez em Silverstone. Além de mandar o rival para o hospital, diminuiu a desvantagem para apenas oito pontos no campeonato e quatro nos construtores, pois Pérez teve um final de semana bisonho e se limitou a tirar um ponto de Hamilton pela volta mais rápida. O crime recompensou.

Corrida extraordinária de Charles Leclerc. O monegasco, no entanto, é uma mistura de Chris Amon e Jean Alesi que deu certo. Ele consegue ser extremamente veloz e tirar o melhor do carro mesmo quando ele está longe de ser competitivo, mas ainda assim tem um azar impressionante. Às vezes bate, às vezes tem problemas no motor e perde corridas nas voltas finais. Foi por pouco que a Ferrari não fez a Itália fazer a festa na Inglaterra mais uma vez. Espero que os italianos entreguem para Leclerc e o regular Sainz, com uma boa corrida de recuperação, um carro capaz de competir mais vezes no alto em 2022.

Outro piloto extremamente regular e que mais uma vez foi prejudicado pela própria equipe foi Lando Norris. Mais um pit stop ruim tirou o pódio em casa, perdendo a posição para Bottas. O finlandês está mais consistente nas últimas semanas, no momento mais difícil da Mercedes na temporada. Se é o suficiente para permanecer? Talvez não, embora Russell siga zerado. Lando segue batendo em Ricciardo, que chegou logo atrás mas ainda assim bem distante do jovem inglês. Uma diferença quase constrangedora.

Don Alonso foi o destaque do final de semana. A corrida classificatória serviu para mostrar que o talento não vai embora mesmo com a idade. Largando com os macios, passou seis e largou lá na frente e hoje chegou em sétimo, segurando Aston Martin e Alpha Tauri. Stroll e Ocon se recuperaram, Raikkonen se envolveu em confusão outra vez e Vettel voltou a rodar, enquanto Tsunoda apareceu do nada no top 10 e só descobri porque olhei a classificação com mais cuidado depois de algumas horas.

Lewis Hamilton mostra para quem só o conhece do Instagram e do Netflix o porquê de ser heptacampeão. Talento ele tem de sobra, mas todo campeão toma atitudes questionáveis, é territorialista e as vezes defende o espaço com atitudes morais questionáveis. O Hamilton que expulsou o bicampeão Alonso da McLaren, fez um 2011 pífio e brigou com Rosberg mostrou hoje que Max precisa respeitá-lo, por bem ou por mal. 

Do jeito que o holandês é esquentado, hoje pode ter sido o início de uma rivalidade de fato. Certamente a batida de hoje não acaba em Silverstone. É bom lembrar aos apressados que estamos apenas na décima de 23 corridas. Falta muita coisa. O campeonato está mais aberto do que nunca e, hoje, a recompensa voltou a estar com o inglês.

Confira a classificação final do GP da Inglaterra:


Até!


sexta-feira, 16 de julho de 2021

QUASE TUDO DIFERENTE

 

Foto: Getty Images

Silverstone é a primeira pista desde 2019 que volta a ter a capacidade máxima de torcedores no autódromo. Isso, por si só, já representa muito na F1 e no contexto onde vivemos. Além disso, temos outras diferenças notáveis e, por que não, históricas nesse final de semana.

Começando por um qualyfing na sexta-feira de tarde, lembrando os tempos antigos quando os tempos de sexta e sábado decidiam a pole position. Dessa vez, vale o direito de largar na frente na Sprint Race. 

Se vimos a Red Bull passeando no primeiro treino livre, a Mercedes ressurge das cinzas e "surpreende" com Hamilton e Bottas em ritmo muito forte. Esconderam bem o jogo. No entanto, é bom lembrar que Silverstone é um reduto da Mercedes desde antes mesmo da era híbrida, então seria natural um certo predomínio. O contrário, por exemplo, poderia significar grandes preocupações para o desenrolar da temporada.

Onde quase tudo é diferente, vimos Ricciardo bem, Norris mais tímido, George Russell mais uma vez roubando a cena e grandes interrogações para amanhã. Teremos um warm-up antes da corrida classificatória e, aí sim, nossos anseios serão saciados: vai ter briga ou vai todo mundo se preservar para domingo?

A julgar pela comemoração efusiva de Lewis Hamilton, a tarde de hoje serviu para recuperar a motivação e a confiança, mostrando sim que o octa ainda é possível. Sempre é bom lembrar: são 23 corridas no ano e estamos indo para a décima, somente. 

Confira o grid de largada da Sprint Race amanhã:


Até!

quinta-feira, 15 de julho de 2021

GP DA INGLATERRA: Programação

 O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.

Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:27.097 (Red Bull, 2020)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:24.303 (Mercedes, 2020)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2016, 2017, 2019 e 2020) - 7x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 182 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 150 pontos
3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 104 pontos
4 - Lando Norris (McLaren) - 101 pontos
5 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 92 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 62 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 60 pontos
8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 40 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 39 pontos
10- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 30 pontos
11- Fernando Alonso (Alpine) - 20 pontos
12- Lance Stroll (Aston Martin) - 14 pontos
13- Esteban Ocon (Alpine) - 12 pontos
14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 9 pontos
15- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 1 ponto
16- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Red Bull Honda - 286 pontos
2 - Mercedes - 242 pontos
3 - McLaren Mercedes - 141 pontos
4 - Ferrari - 122 pontos
5 - Alpha Tauri Honda - 48 pontos
6 - Aston Martin Mercedes - 44 pontos
7 - Alpine Renault - 32 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos

O ACORDO É IMINENTE, MAS MARKO ESTÁ DE OLHO

Foto: Autoracing

Existe a possibilidade de George Russell ser oficializado como parceiro de Lewis Hamilton na Mercedes em 2022. George já fala em tom de despedida e, mesmo que Bottas seja publicamente defendido e elogiado por Hamilton, a mudança é iminente. 

Apesar disso, caso a Mercedes opte pela renovação do finlandês, não está descartada uma investida da Red Bull em Russell para ser companheiro de Max Verstappen. É o que disse simplesmente Helmut Marko, o homem forte dos taurinos.

"O Russell certamente é alguém que vale ser considerado, dadas as performances que ele vem tendo na Williams nesses últimos tempos. Só que a Mercedes deixar o Russell ir embora… seria um erro enorme. Sinceramente, não consigo imaginar”, disse.

É evidente que isso é uma chance remotíssima, mas mostra uma certa pressão da Red Bull, nem que seja só publicamente para deixar aquele clima. Caso tudo se confirme, Sérgio Pérez segue sendo o favorito para continuar como o fiel escudeiro de Max na equipe.

É claro que, se pensarmos mais a sério nessa hipótese, Russell não seria contratado para ser um xerife na área, pelo contrário. Será que valeria a pena? Bem, qualquer coisa é melhor que permanecer na Williams por mais um ano, certo?


SÓ NO FIM DO ANO

Foto: Alfa Romeo

É o que diz Frederic Vasseur, chefão da Alfa Romeo, sobre o futuro de seus dois pilotos, principalmente o Homem de Gelo Kimi Raikkonen. O contrato dele e de Antonio Giovinazzi vão até o final da temporada, mas Vasseur diz não ter pressa para resolver a situação. Pelo contrário: ele quer que os dois estejam sob pressão para entregar resultados e, assim, "definir" o próprio futuro na escuderia.

"Estamos trabalhando em conjunto. Tivemos muitas corridas em sequência nos últimos dois ou três meses. Creio que discutiremos isso na parte final da temporada, não antes disso.

Manter nosso sistema sob pressão é sempre algo positivo. Não quero me comprometer por um período de tempo longo, não quero dizer ‘pessoal, agora vocês podem relaxar e blá blá blá’. Temos de manter todos sob pressão. Fórmula 1 é sobre pressão e temos que manter assim", falou.

Vasseur também afirmou que a F1 é um dominó, então vai esperar a definição das equipes de maior hierarquia para depois sim poder pensar melhor no que fazer com a Alfa Romeo.

"Além disso, não sabemos o que pode acontecer nas categorias de base, no topo do grid e tudo mais. Então não quero ter esse comprometimento hoje. Sabemos que o grid começa a ser definido pelo topo. O Sr. Toto Wolff tomará sua decisão, aí o Sr. Horner, e uma hora chegará em nós.

Mas não, estamos sem pressa para tomar esse tipo de decisão. As coisas estão em andamento, com certeza, temos essa questão sobre o Kimi, mas Antonio está melhorando e queremos mantê-lo assim até o fim da temporada”, concluiu para a revista Autosport.

Existem burburinhos de que a Alfa Romeo estaria atrás de Bottas, caso esse realmente não fique na Mercedes. Além do mais, Giovinazzi é uma imposição da Ferrari. O futuro dele depende dos italianos e uma composição com a parceira ex-Sauber. A Raikkonen, certamente não será imposto nada: um campeão mundial e que mais vezes correu na F1 é o senhor do próprio destino. O que ele quiser, está feito. E deveria ser assim. 

Agora, se a Alfa Romeo resolver trocar dois pilotos às vésperas de um novo regulamento, certamente será um grande problema arranjar dois pilotos que se completem e novatos no time. Por isso mesmo é uma situação improvável. Vasseur mantém o suspense, mas não acredito em grandes reviravoltas até o fim do ano.

TRANSMISSÃO:
16/07 - Treino Livre 1: 10h30 (Band Sports)
16/07 - Classificação: 14h (Band Sports)
17/07 - Treino Livre 2: 8h (Band Sports)
17/07 - Corrida Classificatória: 12h30 (Band e Band Sports)
18/07 - Corrida: 11h (Band)


terça-feira, 13 de julho de 2021

SOBRE A CORRIDA CLASSIFICATÓRIA

 

Foto: Motorsport 

Neste final de semana, a F1 estreia em Silverstone, onde tudo começou, o novo formato de corrida classificatória. A tendência é que, além da corrida britânica, esse procedimento também seja realizado em Monza, outro palco histórico e também ou em Suzuka, Interlagos ou Abu Dhabi, para formato de testes e reações de público e dos protagonistas do espetáculo.

Essa é uma medida que tenta deixar o formato do final de semana mais interessante. Assim como a tal da Superliga identificou no futebol, é muito difícil deixar os jovens presos vendo duas horas de corrida. O formato enfadonho e consolidado dos finais de semana da F1 é chato, repetitivo e muitas vezes descartável. Só malucos que nem eu que se prestam a assistir treino livre na sexta, por exemplo. Mais dinâmico e proporcionando mais "emoção", a F1 jura que a corrida classificatória vai aumentar a importância do espetáculo ao invés de tirar o peso da corrida de domingo.

Como isso vai funcionar? Na sexta-feira, ao invés do segundo treino livre, teremos uma classificação para a corrida classificatória. Ali serão definidas as posições de largada. No sábado, um terceiro treino livre, que na prática será um warm-up para a corrida classificatória que acontece no sábado, às 10h.

A corrida classificatória vai ter a duração de 100 km ao invés dos 300 km tradicionais de uma corrida, o que dá aproximadamente 30 ou 40 minutos. O resultado dessa "corrida" define o grid para domingo. O vencedor será o pole position para as estatísticas oficiais e vai somar três pontos, o segundo dois e o terceiro um.

A FIA acredita que será um sucesso, pois confia no instituto natural de competição dos pilotos, que dariam o máximo até se fosse uma corrida com carrinhos de supermercado. Lewis Hamilton, por outro lado, não acha que será emocionante, pelo contrário: prevê procissões porque ninguém seria idiota de forçar numa corrida de aquecimento e jogar o final de semana fora.

E, pra mim, Hamilton está coberto de razão. Corridas classificatórias e grids invertidos funcionam na categoria de base, é pra isso que serve. A F1 é grande demais para fazer testes como se fosse um Mario Kart. Isso é uma verdadeira cortina de fumaça para a falta de competitividade na categoria que tenta ser sanada com o novo regulamento em 2022. 

Sinceramente, torço para que dê errado e a F1 volte a pensar em soluções para tornar a categoria naturalmente atrativa, sem essas ações repletas de falsas emoções. Por outro lado, vai ser no mínimo divertido ver como funciona esse sistema. Quando eu era pequeno, gostava de montar o próprio grid no jogo da F1 2001, lá no PlayStation. Não é a mesma coisa, mas é como se Ross Brawn e Domenicali controlassem o próprio jogo da Codemasters ou o antigo GP4.

Só a prática para matar essa curiosidade no sábado e as consequências para domingo.

Até!

quarta-feira, 17 de março de 2021

DEBAIXO DO TAPETE

 

Foto: Getty Images

A Fórmula 1 se vê em uma encruzilhada onde as opções se esgotaram. Numa tentativa de obter alguma competitividade e emoção ao domínio da Mercedes, a FIA resolveu partir para a solução mais artificial possível: a tal corrida classificatória.

Depois de tentarem outra ideia mais imbecil ainda, o grid invertido, as equipes cederam para a elaboração dessas corridas de classificação no sábado. Para isso, os treinos livres agora tem duração de uma hora. Essas corridas, a princípio, irão acontecer em circuitos tradicionais como Silverstone (já confirmado), Suzuka, Monza e Interlagos.

A classificação seria na sexta e, no sábado, uma corrida de 100 km seria realizada. A ordem de chegada dessa prova seria o grid de largada para a corrida principal, do domingo. Apenas os três primeiros vão receber pontos, pelo que deu para entender.

A pergunta que fica é: como manter o foco no principal se vai existir uma corrida inútil antes, como se um grid bagunçado por infortúnios fosse o suficiente para gerar "emoção" na corrida? As pessoas não têm mais paciência para assistir duas horas de corrida e preferem uma mais curta, é isso? É o fim dos tempos, em nome de uma pseudo-emoção.

Sem competência para lidar com soluções reais que permitam uma emoção e equilíbrio instantâneos, a F1 penaliza quem faz um trabalho competente há anos em troca da sorte, de rolar os dados para agradar não se sabe quem. Por quê não fazer isso numa corrida extra-temporada, sem interferir na competição?

Com as equipes cada vez mais falidas num esporte cada vez mais fechado a um clubinho de bilionários, agravado pelo covid, a F1 varre a sujeira para debaixo do tapete, fingindo que a casa está limpa e organizada. 

Até!

domingo, 9 de agosto de 2020

NO CONCEITO

 

Foto: Getty Images

A Mercedes é, nas CNTP, um segundo mais rápido que as demais. Para isso ser superado, é necessário que se crie alguma coisa diferente, seja um Safety Car, a chuva ou outra coisa. Na semana passada, os pneus em temperaturas quentes foram um pista que novamente se confirmou hoje.

Dessa vez não teve estouro, mas ficou claro que as Mercedes e sua cópia possuem maiores dificuldades de durabilidade com a temperatura da pista mais quente. Além disso, é claro, é preciso pensar diferente, ter uma estratégia. Foi isso que a Red Bull.

Com compostos mais duros depois da semana passada, os taurinos começaram a vencer a corrida no treino de sábado, quando escolheram a ousada tática de largar com os duros. Com os médios, as Mercedes rapidamente perderam terreno e Max passou a liderar, tomando as rédeas da prova.

A Mercedes tentou mudar de nível mas Max decidiu quando fez a segunda parada no mesmo instante que Bottas. Mesmo atrás, passou logo depois de sair dos pits e, com os pneus duros durando mais, venceu uma corrida calcada na estratégia.

Como desgraça pouca é bobagem, o pole Bottas ainda viu Hamilton esticar o stint, parar depois e com o pneus mais novo passou sem dificuldades o finlandês. Até quando não ganha Hamilton se dá bem, pois agora tem 33 pontos de vantagem no campeonato, começando a decidir o campeonato.

Se Max e a Red Bull merecem os louros pela estratégia e pilotagem, quem também precisa ser destacado é a “jovem fênix” Charles Leclerc. Também na estratégia, com um parada a menos, conseguiu um quarto lugar mágico para a realidade da Ferrari. Dizem que o carro é tão ruim que os pneus nem desgastam muito...

O capítulo Vettel x Ferrari ganhou mais um litígio evidente, um bate-boca público na transmissão. Vettel não se ajuda ao rodar na largada e ainda ter a sorte de sair ileso, mas o ritmo é muito fraco. Longe de pontuar, definitivamente foi relegado não só como um segundo piloto, mas também a uma figura incômoda na estrutura italiana. Como já escrevi, seria melhor um divórcio imediato do que esse constrangimento.

A opção que sobrou para o alemão hoje foi lastimável. Provando que é um carro veloz no treino e nem tanto na corrida, conseguiram hoje a proeza de parar Hulkenberg no final para que Stroll chegasse a frente. Repetindo: Hulk, que até semana passada tava sentado no sofá de casa, bastou duas semanas para ser mais rápido que o filho do pai. A simpatia e pobreza da Force India vira a antipatia da Racing Point/Aston Martin, uma empresa familiar. Não seria uma boa para Vettel servir apenas de escada para o garotão que é muito fraco. Trocaram o quinto e o sexto lugares por um sexto e sétimo pois Albon, em recuperação, conseguiu ainda dez pontos.

Largando de trás, Ocon também fez uma parada e conseguiu bons pontos, superando Ricciardo, que teve uma tarde infeliz. Norris e Kvyat completaram o top 10, com o russo também saindo de trás. Sainz também não foi bem.

Hamilton encaminha o título e mesmo sem a vitória sai com a sensação de lucro. Saiu atrás e superou Bottas. Na Fórmula Mercedes, o imponderável e as oportunidades precisam ser aproveitadas, e hoje Max Verstappen conseguiu, no conceito de estratégia, em inglês strategy...

Confira a classificação final do Grande Prêmio dos 70 anos da Fórmula 1:


sexta-feira, 7 de agosto de 2020

CRIME E CASTIGO?

 

Foto: Getty Images

A grande notícia do dia foi que a FIA aceitou as reclamações da Renault sobre a irregularidade dos dutos de freio da Racing Point e decidiu punir a equipe de Lawrence Stroll com a perda de 15 pontos no campeonato e uma multa de R$ 2,5 milhões. A decisão ainda cabe recurso.

No entanto, mesmo assim, o time rosa ainda vai poder utilizar os dutos de freio que adquiriu da Mercedes, segundo eles, antes da proibição. Ou seja: o crime compensa. Não há castigo. A punição é tirar os pontos que seriam equivalentes a um terceiro lugar numa corrida. Que precedente... mas se fizeram um acordo às escondidas com a Ferrari, isso não é nada inédito ou surpreendente.

A outra notícia é que Nico Hulkenberg está mantido para a corrida dessa semana. Pérez segue positivado com o covid. Tomara que dessa vez o rapaz consiga largar, já teve azar demais na carreira.

Na pista, tudo deve ser uma repetição da semana passada mas sem os pneus estourados. Disputas? Que disputas? Bom, vamos continuar aguardando o imponderável surgir. É o que restou.

Confira a classificação dos treinos livres para o GP dos 70 anos da Fórmula 1:



quinta-feira, 6 de agosto de 2020

GP DOS 70 ANOS: Programação

O Grande Prêmio dos 70 anos da Fórmula 1 é uma edição comemorativa dos 70 anos de existência da categoria. A corrida será realizada em Silverstone, palco onde tudo começou.

Foto: Getty Images

APENAS CHEFE

Foto: Getty Images
  
A Ferrari, em sua eterna reestruturação, continua com mudanças. Antes chefe e diretor técnico, Mattia Binotto deixou a segunda função, focando apenas na primeira.

Há duas semanas, a escuderia anunciou a criação do "Departamento de Performance", comandado por Enrico Cardile e com a presença de Rory Bryne, projetista nos tempos de Schumacher e que mais uma vez está de volta.

“Não sou mais diretor-técnico. Sou apenas o chefe da Ferrari”, disse Binotto à emissora alemã RTL.
Apesar das projeções pessimistas do presidente John Elkann de que a Ferrari só vai voltar a vencer em dois ou três anos, o agora apenas chefe garante que está todo mundo trabalhando duro para que esse mau momento seja superado o mais rápido possível.

A cada corrida, medidas são tomadas pelos passionais italianos. Mattia Binotto é apenas chefe agora, e por enquanto, mas não deveria. A parte técnica combina mais como a de alguém que toma decisões. Não parece ter o perfil para esse tipo de cargo.

CERCO FECHANDO?

Foto: Getty Images


As contínuas denúncias da Renault sobre a possível irregularidade dos dutos de freio da Racing Point podem ganhar um novo e importante capítulo.

Segundo Michael Schmidt, da Auto Motor und Sport, ex-funcionários da equipe rosa levaram informações para os franceses.

Obviamente, se isso for verdadeiro, essas pessoas certamente serão ouvidas no tribunal durante o julgamento. 

A Racing Point alega que adquiriu partes dos freios da Mercedes antes da FIA avisar que os dutos deveriam ser produzidos pelos próprios times.

“Durante uma visita a nossa fábrica, a FIA revisou toda a documentação sobre os nossos dutos de freio. No mesmo dia, compararam o desenho com o da Mercedes e fizeram seus comentários”, disse Andy Green, diretor-técnico da equipe.

No entanto, Nikolas Tombazis, diretor-técnico da entidade, negou a inspeção. Green respondeu que Tombazis não estava na inspeção e, depois do encontro, enviou para a FIA mais informações sobre os dutos de freio.

“Não se trata de esconder o desenho. Eles comentaram que a solução era igual à da Mercedes, e explicamos que isso é porque compramos dutos de ar de 2019, quando ainda era legal. Nossos advogados estão lidando com esse problema há algumas semanas e mandamos mais documentos para a FIA durante o fim de semana”, explicou.

Dependendo do que decidirem, talvez a dinâmica das forças no pelotão intermediário muda tudo. Além das punições, um carro enfraquecido com um piloto fraco, um com covid e outro fora de ritmo pode ser fatal para as pretensões esportivas e financeiras da Racing Point em 2020 além de, é claro, ser um aviso bem entendível para as demais equipes não tentarem tal "malandragem".

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 88 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 58 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 52 pontos
4 - Lando Norris (McLaren) - 36 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 33 pontos
6 - Alexander Albon (Red Bull) - 26 pontos
7 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 22 pontos
8 - Lance Stroll (Racing Point) - 20 pontos
9 - Daniel Ricciardo (Renault) - 20 pontos
10- Carlos Sainz Jr (McLaren) - 15 pontos
11- Esteban Ocon (Renault) - 12 pontos
12- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 12 pontos
13- Sebastian Vettel (Ferrari) - 10 pontos
14- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 2 pontos
15- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 1 ponto
16- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 146 pontos
2 - Red Bull Honda - 78 pontos
3 - McLaren Renault - 51 pontos
4 - Ferrari - 43 pontos
5 - Racing Point Mercedes - 42 pontos
6 - Renault - 32 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 13 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos
9 - Haas Ferrari - 1 ponto

TRANSMISSÃO:







domingo, 2 de agosto de 2020

O QUE FICA PARA A ETERNIDADE


Foto: Getty Images

A Mercedes é um carro muito superior aos demais, que também pioraram, tirando a cópia rosa. A corrida depois dos Safety Car causados pela batida de Albon e Magnussen e o erro de Kvyat, em uma batida e tapa no câmera, estava um saco. Nada de interessante, tudo definido. Até que surge o imponderável, como quem não quer nada.

Não basta perder três corridas seguidas e se afastar do sonho do título. O pneu dianteiro esquerdo de Bottas estoura, e não basta estourar, tem que ser logo após ele ter cruzado os boxes, percorrendo uma volta inteira com três rodas. 18 pontos jogados no lixo. Na sequência, o sortudo da vez foi Carlos Sainz, que vinha herdando um ótimo quarto lugar. Parece que é uma espécie de ritual para se acostumar com a Ferrari a partir do ano que vem.

Depois, quem diria, a outra Mercedes também teve um estouro no dianteiro esquerdo, repetindo as corridas de 2013 e 2017, onde o tal pneu é bastante exigido pelas curvas. Dessa vez, isso se acentuou com a alta temperatura da pista, maior que o normal, realizada no verão na Inglaterra e também pelo fato de todos terem parado cedo após o Safety Car e seguido até o final.

O que fica para eternidade é que Hamilton, mesmo colocando um segundo por volta nos concorrentes e com uma vantagem de 40 segundos para Verstappen, venceu guiando por meia volta um carro com apenas três pneus funcionando. O requinte de crueldade para a Red Bull é que, após o problema em Bottas, Max parou. Do contrário, teria vencido. No entanto, é fácil cornetar a decisão só agora. Mesmo que Bottas tenha aberto um precedente, seria impensável imaginar acontecer a mesma coisa com Lewis segundos depois. Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

Foto: Getty Images

No terceiro lugar, mais um aproveitamento especial de Charles Leclerc. Em uma Ferrari em crise e capengando, ele aproveita as chances que têm e consegue dois pódios em quatro corridas. Enquanto isso, Vettel sofreu para marcar um mísero pontinho... não sei até que ponto os italianos já largaram de vez a mão com o alemão para priorizar o monegasco, futuro e presente ferrarista.

Na melhor corrida do ano, a Renault consegue ótimos 20 pontos com Ricciardo e Ocon, quase um pódio. A corrida foi melhor que o imaginado para a McLaren, uma pena o azar com o espanhol. A batata de Albon começa a assar, igual Kvyat, o acidentado. A questão da Red Bull número 2 é um problema histórico. Gasly, por outro lado, conseguiu pontos importantes em uma boa atuação com a Alpha Tauri.

Com Haas e Alfa Romeo enfiados na rabeira, Raikkonen terminou em último. Parece uma turnê de despedida, e bem melancólica por sinal. Na Racing Point, falta piloto, e Hulkenberg é muito azarado, impressionante. Nem largar com um carro bom ele pôde.

Corrida chata, Mercedes inalcançáveis e vantagem absurda. Isso tudo é verdade mas, para sempre, essa vai ser a corrida onde Hamilton venceu se arrastando no final, mesmo que tudo da linha anterior seja corretamente citado. Afinal, é o diferente, o espetáculo e o heroico é que ficam para a eternidade e assim a história é desenhada para cunho popular. Os números? Esses sim são inquestionáveis: 91 poles e 87 vitórias. A caminho de ser o maior da história. Lewis Hamilton, aquele que já está na eternidade.

Ah, e convenhamos: duas corridas seguidas nessa Silverstone... só com uma chuva de leve na causa, do contrário... haja pneu estourado para dar emoção. Isso também fica para a eternidade.

Confira a classificação final do GP da Inglaterra:


Até!

sexta-feira, 31 de julho de 2020

NOVO E VELHO NORMAL


Foto: Getty Images

Hoje foi o dia que o novo e o velho se juntaram na quente Silverstone para os treinos livres do GP da Inglaterra. Como todos sabem, Sérgio Pérez está ausente desta e da próxima etapa porque contraiu o Covid, provavelmente por ter embarcado para o México para visitar a mãe, que está hospitalizada. O novo normal.

Para o lugar do mexicano, uma "novidade": Nico Hulkenberg, que estava ausente desde dezembro e não é estranho a casa, pois pilotou pela Force India por quatro temporadas. Ou seja, conhece o pessoal. Não deixa de ser irônico que, em meio a guerra Renault-Racing Point, o time do Stroll pai tenha contratado o ex-piloto da Renault, que inclusive deu detalhes técnicos interessantes sobre as diferenças dos carros das duas equipes.

Foto: Getty Images

Complementando essa sensação de novo e velho, quem liderou o TL2 foi Lance Stroll. Os carros andaram pouco e muitos optaram pelos stints com pneus duros é verdade, mas isso mostra o quão incompetente é a Fórmula 1 em fazer o canadense ter reais chances de pódio, diria eu uma obrigação, ainda mais com o alemão fora de forma e avoado do lado ao invés do competente Pérez.

No primeiro treino, Verstappen foi o mais veloz. As Mercedes estão escondendo o jogo e Albon bateu forte. Errou de novo. Quando um piloto Red Bull começa a fazer isso, é sinal de que as coisas podem piorar muito em breve... pior do que bater, é encarar Helmut Marko na sequência. Vettel mal treinou, com problemas, mas aparentemente a Ferrari parece um pouco competitiva, ao contrário da McLaren, que responde as dúvidas da pré-temporada, distorcida por Lando Norris na Áustria.

Nesse final de semana, o que pode fazer a diferença para embaralhar tudo é o calor em Silverstone. Além disso, fica a novidade pelo "retorno" de Hulk a ex-Force India e a expectativa que os rosas consigam um pódio, embora não tenham pilotos para isso. Ah, sem contar com Hamilton se aproximando dos recordes de Schummi, mas isso deixou de ser novidade há muito tempo.

Confira os tempos dos treinos livres para o GP da Inglaterra:




Até!

quinta-feira, 30 de julho de 2020

GP DA INGLATERRA: Programação

O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.
Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Lewis Hamilton - 1:27.369 (Mercedes, 2019)
Pole Position: Valtteri Bottas - 1:25.093 (Mercedes, 2019)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2016, 2017 e 2019) - 6x

TOTO WOLFF QUER REAÇÃO... DOS RIVAIS

Foto: Getty Images

O sétimo campeonato consecutivo de pilotos parece encher a paciência dos fãs da Fórmula 1 e causam estranhamento até para a Mercedes. Toto Wolff, chefão da equipe, admite surpresa com um domínio avassalador há tanto tempo, mas diz que a culpa da "chatice" da F1 não é da Mercedes, superior as demais, e sim das rivais, incapazes de reagir:

"Não há uma única célula em nós que acredita que o campeonato já acabou. Isso é algo que realmente pode te surpreender. Por outro lado, o domínio de uma única equipe, seja nós, seja a Red Bull na década passada, seja a Ferrari nos anos 2000, sempre é estranho para o campeonato. Mas não cabe à equipe que deu esses passos adiante ser vista como responsável pelo campeonato ser previsível”, disse.

“Nós estamos ansiosos para correr contra nossos competidores. Queremos correr contra Ferrari e Red Bull, contra novos desafiantes como a Racing Point, enquanto McLaren e Renault precisam voltar à dianteira Eu adoraria ter uma concorrência forte, com resultados imprevisíveis desde o TL1, mas é muito difícil para nós mudar a divisão de forças. Temos um objetivo chave, que é terminar cada fim de semana fazer o melhor uso de nossa habilidade, somar muitos pontos e lutar pelo campeonato. Não há mais o que possamos fazer”, destacou.

Faz sentido. Um campeonato sem concorrência perde emoção e valor até mesmo para os vencedores. Basta notar como as Mercedes basicamente só aparecem na transmissão na largada e na linha de chegada. Viram coadjuvantes graças a ampla superioridade e a falta de oposição, por mais estranho que isso possa parecer. 

Por outro lado, isso também é da boca para fora. O sonho de qualquer organização é vencer sem correr riscos ou sustos, e já faz quase uma década que Hamilton e Mercedes estão conseguindo esse feito. O único que ameaçou Hamilton foi alguém que era da própria equipe (Rosberg), então isso mostra a diferença de nível entre as flechas de prata e o resto.

MAIS UM PRETENDENTE

Foto: Getty Images


A situação excepcional de 2020 está permitindo a vários países a oportunidade de voltar a calendário da F1, nem que seja apenas por essa vez, em virtude dos cancelamentos de diversas etapas espalhadas pelo globo.

Agora, depois das recentes adições de Portimão, Ímola e Nurburgring, a Turquia surge como interessada. O autódromo de Istambul, que ficou no circo de 2005 a 2011 e foi palco da primeira vitória de Felipe Massa na categoria e o acidente entre Vettel e Webber, conta com a ajuda do governo turco para essa empreitada.

“Com apoio do presidente da República da Turquia, esforços estão em andamento para incluir o país no calendário de corridas de 2020 e organizar uma etapa da Fórmula 1 no Istambul Park”, publicou uma página ligada à presidência.

O país saiu da F1 porque o circuito enfrentou problemas financeiros e chegou até a virar uma concessionária de carros usados. Nesse momento, vale tudo. Quanto mais, melhor. A FIA e a Liberty que se virem para encaixar em alguma data próxima a alguma localidade também próxima da Turquia. No entanto, agora passam a faltar datas em 2020, considerando que em breve teremos as confirmações da corrida dupla no Bahrein e uma em Abu Dhabi.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 63 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) -  58 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 33 pontos
4 - Lando Norris (McLaren) - 26 pontos
5 - Alexander Albon (Red Bull) - 22 pontos
6 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 22 pontos
7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 18 pontos
8 - Lance Stroll (Racing Point) - 18 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 15 pontos
10- Sebastian Vettel (Ferrari) - 9 pontos
11- Daniel Ricciardo (Renault) - 8 pontos
12- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos
13- Esteban Ocon (Renault) - 4 pontos
14- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 2 pontos
15- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 1 ponto
16- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 121 pontos
2 - Red Bull Honda - 55 pontos
3 - McLaren Renault - 41 pontos
4 - Racing Point Mercedes - 40 pontos
5 - Ferrari - 27 pontos
6 - Renault - 12 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 7 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 2 pontos
9 - Haas Ferrari - 1 ponto

TRANSMISSÃO

Foto: Globoesporte.com