Mostrando postagens com marcador osterreichring. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador osterreichring. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 30 de junho de 2020

RELEMBRANDO OSTERREICHRING

Foto: AutoSport
Finalmente é semana de corrida. De novo. Dessa vez sem cancelamentos. Como tudo agora será atípico até o final do ano, a F1 começa definitivamente a jornada de 2020 na Áustria, com duas corridas no Red Bull Ring.

Pouca gente sabe, no entanto, que o curto e veloz autódromo sediado na região de Zeltweg, na cidade de Spielberg, já foi um circuito muito maior, mais perigoso e igualmente veloz, e é neste post que iremos relembrar algumas corridas em Osterreichring.

A Áustria entrou no calendário da F1 em 1970. Com curvas velozes, subidas, descidas e áreas de escape com barrancos e plantações com guard rails, a pista foi se tornando cada vez mais perigosa com o passar dos anos, a medida que os carros também ficavam naturalmente mais velozes.

1975. Durante o warm-up, o americano Mark Donohue, da Penske, sofreu um forte acidente. O pneu estourou e o carro atravessou o guard rail e as telas de proteção, caindo em um barranco. Ele bateu de cabeça em um poste. Apesar de ser retirado consciente, o americano começou a passar mal e foi para o hospital, onde morreu de hemorragia cerebral.


Os perigos de Osterreiching estavam claros. Dois dias antes, na curva Rindt, o brasileiro Wilson Fittipaldi quebrou o punho num acidente no treino livre, guiando a Copersucar.

Durante o resgate de Donohue, o temporal começou e a corrida foi atrasada em 45 minutos. O piloto local, Niki Lauda, precisava apenas de um ponto para ser campeão em casa e largava na pole. No entanto, com o forte temporal, foi perdendo rendimento conforme a chuva aumentava.

Isso propiciou ao italiano Vittorio Brambilla, que largava em oitavo com a March, ultrapassar todo mundo e assumir a liderança, seguido pela Hesketh de James Hunt e Tom Pryce, na Shadow. A corrida foi encerrada na volta 29 em virtude da forte chuva. A primeira e única vitória do italiano na F1, que bateu depois de tirar as mãos do volante para comemorar. Lauda, em sexto, fez meio ponto porque a corrida teve menos de um terço de duração, adiando o primeiro título para a corrida seguinte.

Foto: Reprodução



1980. Os perigos de Osterreichring mais uma vez se mostravam presentes. A Arrows de Jochen Mass bateu nos treinos livres e o alemão, com lesões no pescoço, foi vetado da corrida.


Apesar dos motores velozes, a Renault sofria com a falta de confiabilidade. Mesmo assim, fez a primeira fila com Jabouille e Arnoux, seguido pela dupla da Williams, Alan Jones e Carlos Reutemann.

Na largada, Jones até saltou a frente, mas os franceses reagiram. Com uma parada ruim, Arnoux ficou fora da jogada e o francês Jabouille conseguiu a segunda vitória na carreira, a primeira no ano, seguido pela dupla da Williams no pódio.


Essa corrida marcou a estreia de um certo Nigel Mansell na F1, a bordo de uma Lotus.

Foto: Reddit
Em 1985, o mais marcante foi mais uma capotagem espetacular de Andrea De Cesaris, o que foi suficiente para que fosse demitido da Ligier. Na pista, Alain Prost teve uma vitória tranquila, seguido por Ayrton Senna e Michele Alboreto no pódio.


1987. Uma pista com alta velocidade média, carros mais velozes e muitos problemas de segurança. A bruxa estava solta. Nos treinos, a McLaren de Stefan Johansson bateu em um cervo que invadiu a pista. O piloto ficou bem, já o animal... Piquet também se acidentou ao se chocar com a AGS de Pascal Fabre.

A largada teve que ser feita três vezes: na primeira, Martin Brundle (Zakspeed) bateu sozinho, mas Jonathan Palmer (Tyrrell), Philippe Streiff (Tyrrell) e Piercarlo Ghinzani (Zakspeed) se chocaram num incidente à parte. Na segunda tentativa, Nigel Mansell largou mal, e quem estava atrás não pôde desviar na apertada reta dos boxes: Eddie Cheever (Arrows), Riccardo Patrese (Brabham), Johansson, Alex Caffi (Osella), Ivan Capelli (March), Fabre, Philippe Alliot (Larrousse), Brundle e Christian Danner (Zakspeed) bateram, o que bloqueou totalmente a pista.

Caos na largada do GP da Áustria de 1987. Foto: Getty Images


Mansell se recuperou da largada e conseguiu vencer Nelson Piquet na batalha interna das duas Williams. Antes de ir para o pódio, ele bateu de cabeça numa passarela e ficou com um galo na cabeça. Coisas de Mansell.

Essa foi a última corrida no veloz circuito. Ele foi retirado do calendário devido a falta de segurança. Em dez anos, a pista foi modificada tanto nas estruturas quanto no traçado e agora é como nós conhecemos atualmente: o antigo A1 Ring, agora Red Bull Ring. Que a F1 se inspire nos causos austríacos do passado e proporcione uma grande corrida para os fâs depois de 7 meses ausente.

Até!

quarta-feira, 26 de junho de 2019

A ÚNICA

Foto: Motorsport
11 anos e um dia antes de eu nascer, foi realizado o Grande Prêmio da Áustria no circuito de Osterreichring. A corrida teve alguns fatos históricos, o primeiro deles: era a corrida número 400 da categoria. Além disso, foi a primeira corrida da história onde todas as equipes usaram o motor turbo.

Para completar, foi nesta etapa que estreou pela ATS um jovem de 25 anos que se destacava na Fórmula 2. Seu nome? Gerhard Berger. Ele se juntava a Niki Lauda e Jo Gartner e foram os representantes da casa na corrida. Vale lembrar que foi na Áustria, 13 anos antes, que Niki estreou na categoria.

Ayrton Senna, na Toleman, se virava o quanto podia, e lá já começaram a pipocar as primeiras informações de que poderia assinar com a Lotus para a temporada seguinte.

Com o motor mais potente, Nelson Piquet fez mais uma pole position naquele ano. Na primeira fila também largou Alain Prost com a McLaren, seguidos de Elio de Angelis (Lotus) e Niki Lauda (McLaren). Senna foi o décimo.

Na largada, Prost saiu-se melhor que Piquet e assumiu a liderança. Com De Angelis parado no grid, quem se aproveitou disso tudo foi Senna, que pulou para a quarta posição. No entanto, a bandeira vermelha foi agitada devido a um mau procedimento de largada, e tudo teve que ser refeito. Piquet manteve a ponta com Prost em segundo, mas Lauda largou muito mal e caiu para nono. Em nove voltas, no entanto, já estava em terceiro.

Em quarto, o motor de De Angelis foi-se embora e ficou uma mancha de óleo na pista. Na volta seguinte, a McLaren de Prost escorregou ali e bateu. Fim de prova para o francês. A esta altura, Senna já era o terceiro, atrás apenas de Piquet e Lauda, beneficiado também com os abandonos de Keke Rosberg e Derek Warwick, ambos da Williams.

Senna e Patrick Tambay também ficaram pelo caminho. Com os pneus desgastados, restou a Piquet apenas poupar o equipamento, e assim Niki Lauda o ultrapassou e disparou na ponta para vencer pela primeira e única vez em casa. A Ferrari de Michele Alboreto fechou o pódio. Com a outra Brabham, Teo Fabi foi o quarto, seguido pela dupla da Arrows: Thierry Boutsen e Marc Surer fecharam o top 6.

Foto: Getty Images

Com a vitória e o abandono de Prost, Lauda assumiu a liderança do campeonato, com 48 pontos, 4,5 a mais que o francês. Com 91,5 pontos e 62 de vantagem a vice-líder Ferrari, a McLaren TAG Porsche dominou aquela temporada de forma assustadora, o que culminou com o tri de Lauda por meio ponto, mas isso você já sabe.

Post para relembrar mais um pouco do grande Niki, que recentemente nos deixou. 35 anos da sua única vitória em casa.

Até!