terça-feira, 18 de abril de 2017

ATRASADOS

Foto: Zumbio
A polêmica de Verstappen está longe de acabar. Até agora, a frase "ele é brasileiro, não adianta discutir" não foi explicada pelo polêmico holandês. O que ele quis dizer com isso? A maioria entendeu como uma ofensa ao caráter do brasileiro ou até mesmo as habilidades de Felipe, único representante do país na F1. Não importa. Digo, importa. Os HUEBR, putos da cara, invadiram as redes sociais de Max com ofensas, que se desculpou hoje.

Cheguei a ler que a frase foi proferida em tom de brincadeira, aos risos, mas transformada em muito mais sério do que deveria. Esse tipo de comentário é complicado de se fazer, principalmente quando esse alguém é uma pessoa pública, de muitos fãs e que representa uma marca de penetração mundial, como é a Red Bull em diversos segmentos. Por isso, também, que internamente o rebelde holandês levou um leve "puxão de orelhas".

Não vou me estender no debate sociológico de quem acredita que isso resume o pensamento de um europeu do primeiro mundo sobre alguém do terceiro mundo. Especificamente, Max vive em sua "bolha", nascido e criado para guiar karts e monopostos, alienado a todos os aspectos de vivência e conhecimento de outras línguas, lugares e pessoais. O que prefiro escrever é que não é a primeira vez e não será a última em que o adolescente irá proferir uma declaração infeliz. Desde os tempos de Toro Rosso, Max mostra sua personalidade, com frases fortes e rusgas com outros pilotos, tudo isso com 18 anos. É natural que, com o passar da idade, ele ficará ainda mais indomável. Todo o talento e arrojo, motivos de admiração de muitos (sempre tem que ter a comparação com o Senna) pode o transformar em vilão e figura antipática dentre os próprios torcedores. Lembram do que ele falou ao Villeneuve?

Como disse o Massa, Max terá que vir ao Brasil no fim do ano. Muitos talvez o perdoem, mas certamente também haverá uma série de manifestações negativas em solo tupiniquim. Como superar? Talvez com outra atuação espetacular em Interlagos.

Foto: Daily Star
A VOLTA DOS QUE JÁ FORAM - Não será em 2017 que experimentarei o estranho gosto amargo de ver Button e Massa fora do grid. O campeão mundial de 2009 terá seu retorno de uma corrida só para substituir Alonso em Mônaco, ocupado com a disputa da Indy 500. Com isso, irá participar em 18 temporadas consecutivas na F1. A legítima prova de despedida, sem responsabilidade por resultados e sabendo que nada do que acontecer é sua responsabilidade. O retorno inesperado de Button mostra que as coisas mudaram, mas não ficaram tão diferentes.

Foto: Autosport
Como é lindo ver um Fittipaldi vencendo pela Lotus! Pietro foi perfeito: duas vitórias e duas poles na primeira rodada dupla da Fórmula V8, em Silverstone. A categoria fez o "esquenta" da primeira etapa do Mundial de Endurance (WEC). "Não há palavras suficientes para agradecer a Lotus, o meu engenheiro e todos os mecânicos, que fizeram um trabalho fantástico. Sair daqui líder é incrível e já estou ansioso para a próxima etapa, em Spa-Francorchamps", afirmou o brasileiro. Com 100% de aproveitamento, Fittipaldi tem 24 pontos de vantagem a Alfonso Celis Jr (Fortec Motorsports), vice-líder do campeonato e piloto de testes da Force India. Rene Binder, companheiro de Pietro, é o terceiro, dois pontos atrás de Celis Jr. A próxima temporada é em Spa Francorchamps, nos dias 5 e 6 de maio.

Que todos (inclusive o próprio staff) tenham muita calma com Pietro e toda a garotada que ainda está começando nas categorias de baixo na Europa. O segredo é seguir com os pés no chão e aproveitar as oportunidades. Assim, quem sabe, o Brasil não volte a ter um piloto na F1 nos próximos anos?

Até!

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