Blog destinado para aqueles que gostam de automobilismo (principalmente F1), mas que não acompanham com tanta intensidade ou que não possuem muito entendimento do assunto. "Blog feito por um aprendiz para aprendizes."
O campeonato de 2008 sempre vai gerar dúvidas e
questionamentos. Esse ano, tudo aumentou com a ação de ingresso de Felipe Massa
na justiça para ser corado campeão mundial daquela temporada.
Neste ano, Bernie Ecclestone admitiu em entrevista que sabia
do escândalo de Cingapura ainda em 2008 e não fez nada para não manchar o
esporte, o que seria não cumprir com o próprio regulamento da FIA da época, que
era presidida por Max Mosley.
Esse inclusive é o argumento da defesa, além das perdas
financeiras por não ser campeão, as oportunidades que se abririam para Massa e
os brasileiros impactados por um compatriota no topo (lembrem que nós só
gostamos de quem vence, certo?), contratos, exposição, etc. Felipe Massa
poderia ter sido uma super estrela, ou simplesmente um “novo Senna”, um novo
vencedor e exemplo para o Brasil.
Pelo que li e foi contextualizado, são argumentos
convincentes, inclusive com a definitiva infração da própria FIA ao lavar as
mãos para o caso. Já passando dos 90, Ecclestone ativou a carta do “não lembro
de ter dito isso”, mas a verdade é que a boca grande dele é que está gerando
esse burburinho.
Mas na prática, é correto mudar alguma coisa? É possível
mudar alguma coisa? Massa foi prejudicado nesses termos, além de uma tramóia
ter tirado uma vitória que ele tinha grandes chances de confirmar. Aí que está.
Tinha grandes chances, não é algo certo. Quem não poderia imaginar que algo
aconteceria tal qual em Hungaroring?
E outra: Hamilton não tem nada a ver com isso e é tão vítima
de uma atitude suja quanto Massa. Os dois tiveram problemas e foram irregulares
naquele ano, por isso a quase igualdade.
Também não é justo e correto usar apenas a lógica de dar os
pontos para Cingapura ou “se o Massa tivesse vencido ele era campeão”. Se o
brasileiro vencesse em Cingapura ou chegasse com uma vantagem mínima para
decidir em Interlagos, certamente o comportamento da McLaren e de Hamilton
seriam diferentes no decorrer do ano após a corrida noturna.
A situação só chegou na catarse porque justamente era
Hamilton que tinha a vantagem e pilotava o suficiente para ser campeão. Mudando
essa estrutura, ele correria com uma outra motivação e estratégia. Ninguém pode
prever o que aconteceria.
Sim, Massa parece ter sido vítima de uma negligência da própria
FIA. Isso é o suficiente para ser considerado campeão ou co-campeão? Hamilton
tem que pagar o pato por algo que ele também foi no mínimo prejudicado? É
possível reescrever a história, colocar um asterisco?
Penso que não, assim como, infelizmente, não será possível
fazer “justiça” para o brasileiro até porque, mesmo assim, um título
reconhecido tardiamente também não mudaria em nada para o destino de todos.
Agora, Inês é morta.
Olá, amigos! Agora vem a segunda parte do especial Fernando
Alonso para vocês. Para ler a primeira parte, clique AQUI.
Vamos lá:
McLAREN (2007):
GUERRA CONTRA HAMILTON E RON DENNIS
Foto: RaceFans
Logo depois de ser bicampeão mundial com a Renault, ver o
maior rival Michael Schumacher se aposentar e ir para a McLaren, era unânime
entre os analistas que a F1 estava vivendo uma nova era, a “era Alonso”.
Ainda em 2006, devido as conquistas com a Renault, o antigo
chefe Flavio Briatore o liberou para fazer o primeiro teste com a equipe de
Woking, em Jerez. Com o MP4-21, guiou por 95 voltas. O escolhido para ser o
companheiro de equipe era um jovem inglês Lewis Hamilton, campeão da GP2 na
temporada anterior e piloto da McLaren/Mercedes desde os tempos de kart. Segundo
publicações, Alonso receberia U$$ 40 milhões anuais. A estreia oficial de
Alonso com o novo carro da equipe foi em Valencia, em janeiro de 2007.
Na abertura da temporada, Alonso não foi páreo para a
Ferrari do estreante Kimi Raikkonen, que venceu. A primeira vitória do espanhol
(e a primeira da McLaren desde 2005) veio logo na corrida seguinte, na Malásia.
Também largando em segundo, Alonso liderou a dobradinha da McLaren.
Semanas
depois, no Bahrein, Alonso teve uma corrida difícil e foi apenas o quinto,
enquanto o jovem Hamilton conquistava mais um pódio, em terceiro. Na Espanha,
em casa, largou em segundo e partiu para cima de Felipe Massa na largada, mas
um toque acabou jogando o espanhol para a brita e o máximo que deu foi chegar
em terceiro.
Em Mônaco, a segunda vitória pela McLaren, onde fez a pole e
a volta mais rápida, permanecendo em terceiro no campeonato. Alonso chegou a
terceira vitória na temporada logo em Nurburgring em uma corrida caótica, cheia
de chuva e mudanças climáticas. Ele passou Felipe Massa no final em um toque e
os dois discutiram após a corrida diante das câmeras do mundo todo.
Spygate e briga com
Hamilton e Ron Dennis:
Foto: Sky Sports
Segundo investigação da FIA, alguns membros da McLaren,
incluindo Alonso, estavam cientes de informações confidenciais da Ferrari. O
projetista-chefe da McLaren, Mike Coughlan, trocou informações com Nigel
Stepney, chefe de mecânicos da Ferrari. Meses antes, a Ferrari declarou ter
descoberto um roubo de dados após denúncia feita por um funcionário de uma
copiadora próxima à sede da McLaren, na Inglaterra, que teria copiado 780
páginas de um material confidencial de propriedade da equipe italiana e
entregue ao projetista britânico.
O arquivo que foi passado de Stepney para Coughlan contava
com dados importantes sobre o funcionamento da escuderia italiana, dados de
telemetria, aerodinâmica e muitas outras informações de seus carros e motores,
como consumo, quilometragem e pneus. A FIA começou a investigar.
Posteriormente, a FIA descobriu entre trocas de mensagens entre
Coughlan, De La Rosa e Alonso que eles sabiam as estratégias da Ferrari nas
corridas da Austrália e Bahrein, apesar do espanhol duvidar da autenticidade
dos dados. Nesse meio tempo, chegou o GP da Hungria.
Atrás do novato da equipe, Alonso exigia ser o piloto número
um. Ou seja, ter regalias. Afinal, era o bicampeão contra o novato inglês. No
entanto, Ron Dennis foi contra e Alonso acusava a McLaren de beneficiar
Hamilton por este ser inglês, uma questão muito semelhante a apontada por
Piquet durante os anos em que foi companheiro de Mansell na Williams, nos anos
1980. No Q3 do treino da Hungria, Alonso parou nos boxes primeiro para trocar
os pneus. Ele ficou mais segundos do que o imaginado e, parado, atrapalhou
Hamilton, que não conseguiu abrir uma nova volta e Alonso ficou com a pole.
Hamilton não tinha concordado com a ideia do espanhol parar antes, o que fez
Alonso se antecipar.
O espanhol foi punido em cinco posições no grid e terminou
apenas em quinto na corrida, fazendo a McLaren perder os 15 pontos do
campeonato de construtores. Hamilton herdou a pole e venceu sem maiores dificuldades.
Durante a reunião pós-treino, Ron Dennis teria cobrado de
Alonso. O espanhol teria respondido que, se não fosse primeiro piloto declarado
da equipe, iria denunciar a McLaren para FIA com o que sabia do caso de
espionagem. Tudo isso foi negado por Dennis posteriormente. McLaren, Ron
Dennis, Hamilton e Alonso foram chamados para dar explicações para a FIA. No
fim das contas, apenas a McLaren foi punida: excluída dos construtores e teve
que pagar multa de U$$ 100 milhões, além de mostrar com antecedência o projeto
do carro de 2008 para FIA, evitando uma nova possível cópia de dados da
Ferrari.
Voltando...
Diante desses fatos, ficou evidente que Alonso não tinha
mais clima pra seguir na equipe, mesmo tendo assinado contrato até 2009. O
espanhol venceu pela última vez na Itália e alguns erros custaram o sonho do
tri, como a batida no temporal de Fuji, no Japão. No Brasil, embora tivesse
chances matemáticas, Alonso em nenhum momento esteve em condições de ser
campeão, chegando em terceiro e vendo Kimi Raikkonen conquistar um título
improvável, o que não foi de todo ruim para o espanhol.
Em novembro, saiu o anúncio que McLaren e Alonso romperam o
contrato. Três semanas depois, o espanhol assinou o retorno a Renault por 25
milhões de libras em um contrato de dois anos, apesar de também ter recebido
sondagens da Red Bull, Toyota e Honda. Ele seria companheiro de equipe de
Nelsinho Piquet.
RENAULT (2008-2009):
NOVAS POLÊMICAS
Os dois anos seguintes de Alonso foram repletos de rumores. Nas
primeiras corridas da temporada 2008, a Renault não foi tão competitiva e o
espanhol foi o quarto na Austrália e oitavo na Malásia. Rapidamente surgiram
especulações de Alonso estar insatisfeito e querer deixar a equipe. Mario
Theissen, chefe da BMW Sauber, queria o espanhol no lugar de Nick Heidfeld para
conquistar a primeira vitória da equipe. Em entrevista, Alonso disse que queria
pilotar com eles em 2009 e ir para a Ferrari em 2010. A Toyota também se
interessou. Existia a especulação de uma cláusula de rescisão e de
produtividade que Alonso poderia deixar a Renault e substituir Felipe Massa a
partir de 2010, o que foi negado por Luca di Montezemolo.
No Bahrein, o reencontro entre Hamilton e Alonso. Em um
incidente, a traseira da Renault ficou danificada, enquanto o bico do carro
inglês também. A imprensa acusou Alonso de frear antes da hora, mas a
telemetria dos dois carros desmentiu isso.Em casa, na Espanha, Alonso largou em segundo porque estava com o tanque
vazio, mas o motor estourou na volta 35, quando estava em quinto. Depois de
chegar em sexto na Turquia, o espanhol elogiou a evolução da Renault.
Em Mônaco, chegou em décimo. No Canadá, largando em quarto,
se envolveu em um acidente com Nick Heidfeld na volta 45 e ficou fora. Na
França, de novo largou leve em terceiro, entre as duas Ferrari. Na corrida, foi
sendo superado por todo mundo, inclusive o companheiro de equipe Nelsinho
Piquet, e o espanhol foi o oitavo. Em Silverstone, Alonso foi o sexto. Na
Alemanha, após largar em quinto, envolveu-se em um incidente com a Williams de
Nico Rosberg e terminou em 11°. Na Hungria, largou em sétimo e chegou em
quarto, beneficiado pelos abandonos de Lewis Hamilton e Felipe Massa.
No GP da Europa, Alonso vinha forte durante os treinos, mas
foi somente o 12°. Na largada, foi atingido por outra Williams, dessa vez a de
Kazuki Nakajima, que danificou a asa traseira e o câmbio. Em Spa, o espanhol
erao quinto a corrida toda, quando a
chuva apertou. Alonso apertou no pneu de chuva forte. A pista secou, mas mesmo
assim Alonso conseguiu passar Kubica e Vettel no final para chegar em quarto.
Em Monza, repetiu a colocação, fazendo a Renault empatar com a Toyota nos
construtores.
Cingapuragate:
Foto: Race Fans
Na primeira corrida noturna da história, um problema na
pressão do combustível fez Alonso largar somente na 15°. Parecia uma corrida
sem perspectivas para a Renault outra vez, até Nelsinho Piquet bater no início
da corrida, provocar um Safety Car logo depois da parada de Alonso e contar com
o erro no pitstop de Felipe Massa para o espanhol vencer de forma improvável
pela primeira vez no retorno a Renault. A verdade foi descoberta só no ano
seguinte.
Depois de ser demitido, Nelsinho Piquet denunciou o fato para a FIA. Briatore
foi avisado de que se a Renault não vencesse, a equipe seria fechada na F1.
Ameaçando demitir Piquet, o brasleiro contou que foi coagido a bater de
propósito em Cingapura para ajudar Alonso, que não sabia de nada. Briatore foi
suspenso e Pat Symonds suspenso por cinco anos.
Voltando...
No Japão, com uma estratégia de duas paradas em Fuji, Alonso
voltou a vencer, evidenciando a boa forma. Dessa vez, sem polêmicas. A reta
final da temporada foi muito boa. Na China, chegou em quarto. No Brasil, foi o
segundo, enquanto o arquirrival Hamilton derrotava Massa na disputa do título
mundial. Nas últimas oito corridas, Alonso foi o piloto que mais marcou pontos
na temporada, superando inclusive os dois que disputavam o título. Foi o quinto
colocado no Mundial, com 61 pontos, deixando a Renault em quarto nos
construtores, com 80 pontos. No fim da temporada, renovou por mais dois anos
com a Renault, encerrando as especulações que dominaram a temporada.
O R29 teve desempenho muito ruim nos testes de pré-temporada
e Alonso não esperava um grande ano outra vez. Na abertura da temporada, Alonso
escapou de um acidente e, beneficiado pelo Safety Car causado pelo acidente
entre Kubica e Vettel no fim, conseguiu chegar em quinto. O espanhol não tinha
gostado de como o KERS, grande novidade da temporada, havia funcionado. Na
Malásia, foi o décimo primeiro. Na China, largou em segundo e chegou em nono,
chegando em ambas mais de um minuto atrás de Jenson Button, vencedor com a
surpreendente Brawn GP.
No Bahrein, chegou em oitavo após uma dura batalha após
o carro ficar com pedaços de garrafa quebrada. Tamanho esforço fez Alonso ficar
desidratado e passando mal após a corrida. Na Espanha, brigou o tempo todo com
Webber pelo sexto lugar, mas chegou em quinto após Massa abandonar na última volta.
Em Mônaco, contou com os abandonos de Kovalainen e Vettel para chegar em
sétimo, tendo largado em nono. Lutando bastante com o carro, chegou em décimo na Turquia e
em 12° na Inglaterra. No GP da Alemanha, Alonso perdeu posições na primeira
curva, mas conseguiu chegar na sétima posição.
Praticamente sem combustível, marcou a única pole da
temporada, na Hungria. Alonso liderava a corrida até a parada do pit stop no
primeiro stint, quando colocaram a roda traseira esquerda incorretamente.
Depois, o espanhol abandonou com problemas na bomba de combustível. Em
Valência, chegou em sexto e disse que era o melhor a ser feito. Lá, estreou seu
novo companheiro de equipe, o francês Romain Grosjean.
O problema da Hungria persistiu na Bélgica e fez Alonso
abandonar novamente, apesar dessa vez a origem do problema ter sido o toque com
Adrian Sutil na largada. Na Itália, chegou em quinto, reclamando novamente do
KERS. Um ano depois do escândalo e já com Briatore banido, Alonso conseguiu
dessa vez um bom terceiro lugar, sem suspeitas e o único pódio na temporada. O
espanhol polemizou ao dedicar o resultado ao recém-banido chefe, dizendo que
ele “fazia parte disso tudo”.
No Japão, Alonso perdeu cinco posições da largada ao não
diminuir a velocidade durante a bandeira amarela provocada pelo acidente de
Sebastien Buemi. Sem velocidade e chegando apenas em décimo, Alonso admitiu que
a punição decidiu o rumo da corrida. No Brasil, a corrida durou uma volta,
quando o espanhol não conseguiu escapar do acidente entre a Toyota de Jarno
Trulli e a Force India de Adrian Sutil, danificando o sidepod do carro da
Renault.
Nesse meio tempo, já tinha sido anunciada a ida de Alonso
para a Ferrari, desejo pessoal dos últimos anos, onde seria companheiro de
Felipe Massa. Na corrida final, em Abu Dhabi, foi apenas o 14°. Ele agradeceu
os serviços da Renault e relembrou as conquistas mundiais e de construtores.
Ele foi o nono colocado no Mundial, marcando todos os 26 pontos da Renault,
oitava colocada nos construtores.
Em breve, a terceira parte do Especial Alonso. Até!
O Grande Prêmio de Cingapura de 2008 tinha diversos motivos para entrar na história da F1. O primeiro, o mais simples: o primeiro a ser realizado nas ruas da cidade-estado. O segundo: a primeira corrida noturna da história do Mundial. A terceira: O GP número 800 da F1. Convenhamos que nenhuma (ou quase) delas foi lembrada.
Hamilton e Massa disputavam ponto a ponto o campeonato. Vantagem do inglês por um ponto. Entretanto, o brasileiro simplesmente voou no Q3 pra largar na pole, seis décimos mais veloz que o inglês. Raikkonen, Kubica e Kovalainen completaram os cinco primeiros. Rubens Barrichello foi só o décimo oitavo.
28 de setembro de 2008. Na largada, Massa mantém a primeira disposição e abre boa vantagem pra Hamilton. A corrida transcorre normalmente, até que o inesperado acontece.
Alonso, que só largou em 15°, para na volta 12, muito cedo segundo as projeções, para colocar os pneus duros. Voltou na distante última posição. Duas voltas depois, seu companheiro de equipe, Nelsinho Piquet, rodou e bateu de traseira. Safety Car.
Foto: Getty Images
Todo mundo nos boxes. O líder Massa se prepara paro o pit stop padrão. Na época, ainda era possível reabastecer e existia aquela mangueira. Pois bem, a parada é realizada, mas o sistema da Ferrari acaba acionando o sinal que libera Massa a sair dos pits, mas aí o grande problema: a mangueira ainda estava na bomba de combustível. E assim ele saiu...
Foto: Gazeta Press
Massa voltou em último. Com a corrida completamente modificada, Rosberg assumiu a ponta e Alonso, que parecia fora de jogo, pulou entre os ponteiros porque havia parado voltas antes. Com o desenrolar da prova, a maioria dos pilotos fez duas paradas, menos o espanhol.
Líder desde a 34a volta, a Fênix rumou para a vitória com uma fraquíssima Renault na primeira corrida noturna da história, o GP n° 800 da F1. Rosberg, ainda na Williams, foi o segundo e Hamilton conseguiu ficar em terceiro. Massa foi só o 13°e viu a vantagem aumentar para 7 pontos. Esses e outros erros da Ferrari e do brasileiro custaram o título daquela temporada. Golpe de sorte ou genialidade? Alonso tirou o coelho da cartola.
Bem, na verdade não. Um ano depois, quando foi demitido da Renault, Nelsinho Piquet e o pai revelaram para Reginaldo Leme que a batida do brasileiro foi proposital, em uma armação de Flávio Briatore e Pat Symonds. Uma bomba mundial. De novo Alonso estava envolvido, mesmo que de maneira indireta.
A investigação da FIA confirmou a versão brasileira. Briatore fez aquilo porque os franceses ameaçaram abandonar a categoria no fim do ano caso aquele carro ruim não ganhasse até o final da temporada (apesar de tudo, Alonso ganhou em Fuji, semanas depois). Briatore foi banido da F1 e Symonds suspenso por cinco anos. Voltou a trabalhar na Williams, justamente com Felipe Massa.
Alonso e Nelsinho foram inocentados. O espanhol não sabia da jogada, apesar das suspeitas existirem até hoje. O brasileiro perambula por várias categorias e foi campeão da Fórmula E em 2015. Alonso ficou mais um ano na Renault e encontrou Massa na Ferrari.
Além das questões históricas já citadas no primeiro parágrafo, a primeira corrida em Cingapura sempre será a mais lembrada: a corrida da marmelada, da entregada. Uma vergonha mundial. A Ferrari e Massa tentaram reverter o resultado, mas isso não aconteceu.
O mais incrível é que esse episódio já faz dez anos e um dos pivôs, indiretos, se despede desse palco nesse final de semana. Qualquer toque no muro, desde então, virou motivo para desconfiança.
Cingapura, dez anos. Corrida noturna, modernidade, circuito de rua, Safety Car, Cingapuragate, acidentes (o do ano passado também já entrou para a história). Como as coisas passam rápido. Impossível não lembrar. Estava assistindo na casa de um colega de escola, fazendo um trabalho. No fim do dia, o Inter goleou por 4 a 1 no Gre-Nal. Que dia, amigos.
No post de hoje, quatro histórias de corridas disputadas em Hockenheim. O Grande Prêmio da Alemanha volta ao calendário depois de dois anos fora, envolto em diversos problemas financeiros entre o circuito de Nurburgring. Diante da nova política da Liberty Media em valorizar os palcos históricos da Europa, a tendência é que os alemães não irão ficar de fora tão cedo do circo, justamente de onde são a atual tetracampeã do mundo de construtores e o piloto que busca o penta. Vamos lá:
Na temporada onde a McLaren destroçou as rivais (saudades, né?), Hockenheim mais uma vez foi palco da disputa Senna x Prost. Por falar nisso, duas semanas antes, o circuito teve o show de Michael Jackson em sua Bad Tour.
Na pista, o mesmo de sempre: o MP4/4 passando por cima de todos. Senna na pole e Prost em segundo. O francês tinha seis pontos de vantagem no campeonato (54 a 48), com quatro vitórias de cada um em oito etapas no ano. Na largada, o brasileiro se manteve na frente, enquanto o francês foi superado pela Ferrari de Gerhard Berger e a Benetton de Alessandro Nannini. Nelson Piquet, com a Lotus, acabou acertando a barreira de pneus logo na largada e abandonou.
Depois de doze voltas, Prost voltou a segunda posição e assim ficou definido: vitória tranquila de Senna, a quinta no ano e a décima primeira na carreira, diminuindo para apenas três pontos a desvantagem para o francês. Berger e Alboreto chegaram em terceiro e quarto para a Ferrari, Ivan Capelli com a March e Thierry Boutsen com a Benetton fecharam o top 6. Maurício Gugelmin foi o oitavo.
Pulamos dez anos. A McLaren seguia com o melhor carro, mas dessa vez tinha a ameaça de Schumacher com a Ferrari. Bem, na Alemanha isso não foi o caso. Hakkinen e Coulthard fizeram a dobradinha tanto no treino quanto na corrida, assim como Villeneuve pela Williams fechando o pódio. Damon Hill marcou seus primeiros três pontos com a Jordan em quarto, seguido pelos irmãos Michael e Ralf Schumacher fechando o top 6. Mika abriu 16 pontos de vantagem para Schumacher, consolidando a liderança da McLaren nos construtores. Rubinho, na Stewart, e Pedro Paulo Diniz, na Arrows, abandonaram logo no início da prova.
Cinco anos depois, uma nova disputa acirrada pelo título. Schumacher se recuperava de um início ruim, enquanto Raikkonen mantinha regularidade com a McLaren. No meio da temporada europeia, surgiu uma nova força: Juan Pablo Montoya e sua Williams. Ele fez a pole e venceu com mais de um minuto de vantagem em relação ao segundo colocado David Coulthard, com Jarno Trulli completando o pódio. Com pneu traseiro esquerdo furado faltando três voltas, Schumacher foi só o sétimo, chegando atrás de Cristiano da Matta. Raikkonen e Barrichello bateram na largada. Com o resultado, o colombiano assumiu a segunda posição do campeonato, seis pontos atrás do alemão.
Dez anos atrás. Outra disputa acirradíssima entre Ferrari e McLaren. Lewis Hamilton e Felipe Massa, ponto a ponto. Na Alemanha, Hamilton não teve dificuldades para fazer a pole e vencer. Nelsinho Piquet, que largou em 17°, aproveitou um Safety Car na pista para fazer uma parada a menos e chegar num surpreendente segundo lugar com a Renault, levando Felipe Massa com ele para o pódio. Foi a última vez que dois brasileiros estiveram no pódio. Isso não acontecia desde 1991, na Bélgica, quando Senna venceu e Piquet ficou em terceiro. Barrichello, na Honda, bateu e abandonou.
Com o resultado, Hamilton assumia a liderança do campeonato com 58 pontos, deixando Massa com 54, Raikkonen 51 e Kubica 48. Foi o único pódio de Nelsinho na F1, que no ano seguinte acabou demitido depois do escândalo do Cingapuragate.
Foto: Getty Images
Conclusão: saudades quando os brasileiros, a McLaren e a Williams brigavam lá na frente.
Seis meses de se aposentar pela segunda vez da F1, Felipe Massa está de volta! Não, não é para a F1, mas sim para a Fórmula E. O brasileiro assinou contrato com a Venturi e irá disputar a categoria a partir da próxima temporada, que começa no final desse ano.
A F-E já era um caminho natural apontado pelo próprio piloto quando tinha saído da F1 em 2016. Antes de retornar às pressas para a Williams, Massa chegou a fazer testes pela Jaguar. No entanto, o que chama a atenção é a equipe que o brasileiro assinou. Em quatro temporadas na F-E, a Venturi foi para o pódio apenas três vezes. É uma equipe mediana. Existe a especulação de que seria comprada pela Mercedes, que estreia na F-E somente na temporada 2019/2020.
Enquanto não sabemos o que é verdade, Massa vai se divertir nessa nova jornada da carreira. Correu de Stock Car no início do ano e é presidente da Comissão de Kart da FIA. Vai precisar se adaptar a uma nova categoria, com novas regras e um novo funcionamento completamente diferente daquilo que viveu nos últimos 16 anos. Na Venturi, em tese, a missão será mais árdua, mas não podemos sofrer por antecipação.
Nessa nova temporada, a F-E irá estrear o seu novo carro, de aparência "futurista". No final de semana, será disputada a nona etapa, em Berlim. Jean Éric Vergne, da Tcheetah, é o líder com 147 pontos, seguido por Sam Bird (Virgin), com 116 pontos e Félix Rosenqvist (Mahindra), com 86 pontos. Atual campeão, Lucas Di Grassi (Audi) é o quinto (57 pontos) e Nelsinho Piquet (Jaguar) é o sétimo, com 45 pontos.
Como o tempo passa! O agora noturno GP do Bahrein completa 14 anos no calendário da F1 (em 2011, a edição não aconteceu em virtude dos conflitos da Primavera Árabe na região) e em duas oportunidades foi a abertura da temporada (2006 e 2010). Tradicionalmente a terceira etapa do ano, o circuito barenita é pelo segundo ano seguido a segunda etapa do ano.
O post de hoje é simples: relembrar como foi a corrida no circuito há dez anos atrás.
Depois de Lewis Hamilton vencer na Austrália e Kimi Raikkonen ganhar na Malásia, Felipe Massa chegava pressionado: 14 pontos atrás do inglês, zerado na temporada e com um abandono muito criticado em Kuala Lumpur, quando rodou sozinho enquanto era líder após ter feito uma pole fácil. Os italianos, passionais que só eles, o encheram de críticas.
No Bahrein, onde havia vencido no ano anterior, Massa era novamente favorito. Era proibido errar. Entretanto, mais um imprevisto: Robert Kubica surpreendeu e fez a primeira pole da carreira com uma BMW Sauber que estava ainda melhor do que a de 2007. Coube a Massa largar em segundo, seguido de Hamilton e Raikkonen na segunda fila, respectivamente. Barrichello, penando na Honda, era o 12°. Estreante, Nelsinho Piquet largou em 14°
Na largada, a especialidade da casa: Massa pulou para a ponta tranquilamente e liderou do início ao fim, deixando Kubica em segundo e Raikkonen em terceiro. Hamilton largou muito mal e caiu para nono. Na volta seguinte, ao tentar passar Nelsinho, bateu na traseira do brasileiro e perdeu a asa dianteira, caindo para as últimas posições. Na terceira volta, Raikkonen passou Kubica e a Ferrari assim seguiu sua primeira dobradinha da temporada até o final da corrida. Mostrando a força da BMW, Heidfeld ultrapassou Kovalainen e se posicionou em quarto.
No fim das contas, a corrida terminou assim. Hamilton foi apenas o décimo terceiro. Foi a sexta vitória da carreira de Felipe Massa, a segunda no Bahrein. Na ocasião, Raikkonen saiu do Bahrein líder do campeonato com 19 pontos, seguido de Heidfeld com 16, Kubica e Hamilton com 14 e Kovalainen 11.
Início de temporada é assim: muitas vezes, é tudo diferente do que vai acontecer lá no final. Creio que deve se repetir o que aconteceu em 2017: a consistência da Ferrari vai fazer com que a Mercedes assuma a ponta definitivamente no final do campeonato.
Com atraso, o blog, que estava devendo muitos posts sobre a Fórmula E, irá fazer o registro do merecido título de Lucas Di Grassi na categoria ontem, em Montreal.
Em virtude da incompatibilidade de acompanhar as corridas, infelizmente não pude escrever quase nada ultimamente. Por sorte, o destino sorriu para mim e consegui acompanhar as etapas derradeiras do final de semana.
Muitos irão comentar, com razão, que Di Grassi foi campeão somente graças a preferência do rival Buemi em priorizar os eventos no Mundial de Endurance, ausentando-se das etapas de Nova York. É verdade. Entretanto, o brasileiro não tem nada a ver com isso.
Aliás, Di Grassi chegou a correr com a perna fraturada em algumas etapas, o que causou sua ausência nas 24 Horas de Le Mans. Sempre consistente, brigou pelo título nas três temporadas. Bateu na trave ano passado e esse ano foi coroado com a maior conquista da carreira desde a vitória em Macau, quando superou Sebastian Vettel e Robert Kubica, por exemplo.
Foto: Divulgação
O brasileiro teve sempre como característica ser constante e frio, um acumulador de pontos. Tanto é que foi campeão com "apenas" duas vitórias, enquanto Buemi teve seis. A e.Dams é o melhor carro da categoria desde o começo e perdeu duas chances com o suíço que, diante de tudo ir desmoronando na semana derradeira, começou a discutir com outros pilotos, querendo saber quem havia batido em seu carro na corrida 1, quando ficou em quarto, mas foi desclassificado.
Na primeira temporada, Buemi, Di Grassi e Nelsinho Piquet brigaram pelo título. Três anos depois, um título para cada, dois para o Brasil em três temporadas. Nada mal! Isso prova que a F1 não é tudo e existem muito mais opções para os pilotos (e mais baratas, principalmente) em suas carreiras.
A Fórmula E é o futuro. Com a Jaguar e no futuro a Mercedes, Porsche e BMW, a categoria tem tudo para crescer (pretendo fazer um post sobre isso em breve). Para os mais céticos e tradicionalistas, não é interessante ver um carro elétrico em um circuito de rua. Por enquanto, não há condições desses carros correrem em autódromos. Não há potência suficiente. No futuro, a ideia é que os carros durem a prova toda. Atualmente, os pilotos trocam de carro durante a corrida, pois a bateria não dura todo o tempo necessário.
Diante da modernidade e da questão ecológica e até financeira sobre a funcionalidade de carros sem gasolina, a Fórmula E deve substituir, no futuro nem tão distante, a Fórmula 1 no quesito tecnologia e pioneirismo. Por isso o interesse das grandes montadoras. Tomara que as corridas continuem animadas, agitadas e emocionantes. Até aqui, a Fórmula E é um grande acerto, para o desespero dos tradicionalistas.
Espero que, no futuro, também consiga olhar com mais atenção para a categoria. Ela ficará mais interessante, sem dúvida alguma!
A última vitória brasileira em Le Mans havia sido em 2009, com Jaime Melo Jr. No entanto, esse tabu acabou hoje. Daniel Serra, a bordo da Aston Martin Racing juntamente com Jonny Adam e Darren Turner, na classe LMGTE-Pro. A batalha não foi fácil e foi apenas resolvida nas voltas finais. A disputa estava acirrada com o Corvette de Jan Magnussen, Antonio Garcia e Jordan Taylor.
Faltando menos de cinco minutos para o fim, Adam e Taylor estavam a menos de um segundo de distância. O Aston Martin tentou passar, mas o Corvette defendeu bem a posição. Entretanto, na volta final, Taylor não resistiu a forte pressão e acabou ultrapassado por Adam, que conduziu a Aston Martin a vitória. Daniel Serra encerra um jejum brasileiro logo em sua primeira participação na tradicional prova, na edição que mais teve brasileiros: oito (seria nove, caso Di Grassi estivesse presente).
O incidente causou um furo no pneu do Corvette, que se arrastou na pista nas últimas voltas, o que possibilitou uma dobradinha brasileira: a Ganassi Ford GT #67, com Pipo Derani, Andy Priaulx e Harry Tincknell. Um dos estreantes em Le Mans, Tony Kanaan, que substituiu de última hora Sébastien Bourdais, foi o sexto na categoria, 23° no geral, também pela Ganassi, juntamente com Dirk Müller e Joey Hand.
Foto: Porsche Motorsport
Na classficação geral, foi uma prova dramática, repleta de reviravoltas e emoções. Como de praxe, a Toyota, que largou na pole, teve um problema na embreagem e abandonou. A liderança caiu no colo da Porsche 919 Hybrid #1. Todavia, uma falha no óleo logo na manhã de domingo estragou os planos dos alemães. A corrida teve, por algumas horas, o inimaginável: um LMP2, de Jackie Chan (!!!!) na liderança.
Na primeira parte da prova, o Porsche #2, encabeçado por Timo Bernhard, Earl Bamber e Nick Tandy teve um problema híbrido e ficou durante um bom tempo nos boxes, voltando na 57a e última posição. Com o carro no modo classificação e em um ritmo espetacular, rapidamente acabou tirando a vantagem em relação aos restantes e, contando com a sorte dos abandonos das Toyotas e da outra Porsche, acabou ultrapassando na hora final o Oreca-Gibson #38 do chinês Ho-Pin Tung para vencer as 24 Horas, o 19° triunfo dos alemães em 85 edições de Le Mans.
A corrida foi tão caótica e imprevisível que apenas dois dos seis carros da LMP2 terminaram as 24 Horas. A Toyota TS050 Hybrid #8, de Sébastien Buemi, Kazuki Nakajima e Anthony Davidson, com problemas durante a noite, terminou em oitavo na classificação geral, sem qualquer chance de brigar na ponta. É meio constrangedor ter apenas duas montadoras disputando a classe principal. Saudades da Audi...
Quem se deu bem foram os carros da LMP2, que mostraram o seu valor. Beneficiada pela série de quebras da LMP1, a equipe de Jackie Chan com Tung, Oliver Janis e Thomas Laurent venceu na categoria e ficou em segundo na classificação geral. A Rebellion teve um final frustrante. Após liderar boa parte da prova, o carro de André Negrão, aniversariante do dia, teve uma falha no freio e abandonou, possibilitando a Nelsinho Piquet, Mathias Beche e David Heinemeier-Hansson um pódio improvável no geral. Mais um pódio em categoria diferente para Nelsinho. Impressionante!
Foto: Reprodução/FIA
Rubens Barrichello, estreante em Le Mans aos 45 anos, foi o 12° na LMP2, 14° na classificação geral. A Racing Team Nederland, com o chassi Dallara em fase de desenvolvimento e inferior aos Oreca, teve em sua companhia Jan Lammers e Frits Van Eerd. O Oreca-Gibson #13 da Rebellion Racing de Bruno Senna foi apenas o 15° (17° no geral). Apesar de liderar no início, o carro sofreu com problemas no câmbio na segunda metade da prova, o que explica a queda de rendimento.
Por fim, na LGTE-Am, vitória fácil da Ferrari 458 Italia da JMW Motorsport, formada por Robert Smith, Will Stevens (ele mesmo, ex-F1!) e Dries Vanthoor. Largando na pole, o Corvette #50 do brasileiro Fernando Rees, pole position pela Larbre Compétition, foi apenas o 15° na classe.
Por hoje é isso. Durante a semana, teremos mais posts para abordarmos o primeiro Grande Prêmio do Azerbaijão de F1. Até!
Depois de mais de três meses, essa sessão tão querida está de volta! Vamos dar uma pausa na F1 para falar de duas categorias que eu infelizmente não consegui falar tanto ultimamente. Bora lá!
* MOTO GP: A foto diz tudo. Marc Márquez é o tricampeão mais jovem da categoria. A vitória em Motegi, na casa da Honda, mais os abandonos de Rossi e Lorenzo permitiram o título antecipado faltando três provas para o final do campeonato. A festa foi completa! Apesar de Rossi sair na pole, ele foi logo ultrapassado pelo líder e Lorenzo na largada. Faltando 17 voltas para o fim, o italiano caiu sozinho.
A Formiga Atômica fez um campeonato perfeito. Márquez amadureceu muito e aprendeu a segurar o ímpeto. A idade está chegando para o Doutor? Ele caiu muitas vezes esse ano... Normal, ele é um supercampeão e nada do que ele fez será esquecido. A questão é que não há ninguém para competir com Márquez no futuro. Ele vai reinar soberano. Pedrosa e Lorenzo também não conseguem acompanhar o compatriota. Uma esperança é o Maverick Viñales (que chegou em terceiro). Andrea Dovizioso foi o segundo. A próxima prova da MotoGP é nessa semana, em Philip Island, na Austrália.
P.S: A narração de Guto Nejaim e comentários de Fausto Macieira está aqui! Espetacular!
Foto: Reprodução
A Fórmula E 2016/2017 começou há duas semanas, no mesmo dia do GP do Japão. Não pude acompanhar. Buemi aproveitou a entrada do Safety Car e começou com vitória a busca pelo bicampeonato. Lucas di Grassi largou em último, se envolveu em um acidente na primeira volta e ainda assim chegou em segundo, beneficiado por ter trocado de carro na hora certa. Nick Heidfeld foi o terceiro.
Nelsinho Piquet foi o pole e se encaminhava para uma vitória, mas para não bater no carro do estreante Jose Maria López, passou reto na chicane e encostou na barreira de proteção dos pneus, perdendo tempo. Terminou em 11°. Confira os melhores momentos da corrida:
A próxima etapa será em Marrakesh, Marrocos, no dia 12 de Novembro. Até!
Era a quinta tentativa da Toyota em vencer Le Mans desde o retorno ao WEC. Tudo estava encaminhado para a vitória. Os japoneses estavam sorridentes. A vantagem sob o Porsche estava muito confortável após um pit stop extra dos alemães. A essa altura, já haviam sido disputados 23 horas e 54 minutos de prova. Faltava uma volta...
Bem, o carro #5 começou a se arrastar na reta dos boxes... Ninguém entendia nada. Nakajima, os mecânicos, o público, a imprensa... E o carro parou. E a vantagem de mais de um minuto foi se esvaindo, até que finalmente a Porsche de Neel Jani, que dividiu o carro com Marc Lieb e Romain Dumas passou e rumou para a vitória. Foi a 18a vitória dos alemães, a segunda consecutiva.
Depois do apagão, Nakajima conseguiu fazer o carro nipônico funcionar e terminou a volta, chegando em segundo, certo? Não. A direção de prova deu o carro como não classificado. No regulamento, está escrito que os carros precisam terminar a prova até seis minutos depois do vencedor, e o #5 completou a volta 11 minutos depois. O segundo lugar ficou com a Toyota de Stéphane Sarrazin, Kamui Kobayashi e Mike Conway. O terceiro lugar ficou com a Audi do brasileiro Lucas di Grassi, Loic Duval e Oliver Jarvis.
Nakajima inconsolável. Foto: Rodrigo França
O trio Nelsinho, Nick Heidfeld e Nicolas Prost venceu com a Rebellion a categoria de equipe independente.
Na LMP2, a Signatech Alpine venceu fácil, com Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e Stéphane Richelmi. Os brasileiros Ozz Negri, Bruno Senna e Pipo Derani ficaram em nono, décimo e 16°, respectivamente.
Confira aqui todo o drama da Toyota e a vitória da Porsche:
Confira a classificação completa das 24 Horas de Le Mans:
Esse post era para sair há uns 10 dias atrás... Infelizmente, por diversos problemas, só pude fazer agora. Vamos lá:
VIROU PASSEIO: Depois de perder por um pontinho o campeonato na primeira temporada, Sebastien Buemi fez barba, cabelo e bigode: Pole, vitória e melhor volta: No total, conquistou 100% dos pontos disponíveis (30 pontos) e pinta como favorito para o título na 2a temporada. Lucas di Grassi foi o segundo e Nick Heidfeld o terceiro (finalmente!). Nelsinho Piquet terá muitas dificuldades. Com o pior carro da FE, a China Racing, o Brasileiro largou em último e abandonou. Bruno Senna também não pontuou. A bizarrice é que a equipe do Trulli não conseguiu chegar na China e, portanto, não largou. Confira a classificação do campeonato após a primeira etapa:
A próxima etapa é em Putrajaya, na Malásia, nesse final de semana.
E VAMOS PARA A GRANDE TRETA DO MOMENTO:
Líder do campeonato, Valentino Rossi brigava com o atual bicampeão da MotoGP ,Marc Márquez, pela terceira posição no GP da Malásia. Enquanto isso, o adversário do Italiano, Jorge Lorenzo chegava em 2° e diminuiu a vantagem para o Doctor para sete pontos (312 a 305). Márquez tentou passar o italiano e caiu após um toque (aparentemente um chute na moto da Repsol). Imediatamente, a direção de prova anunciou que iria avaliar acidente após a corrida, ouvindo os dois pilotos. Após a cerimônia do pódio, que contou com Rossi no terceiro lugar, o italiano e representantes da Yamaha se reuniram com Márquez e integrantes da Honda para avaliar o choque.
O italiano foi considerado culpado pelo acidente e recebeu três pontos de punição. Como já tinha um ponto por uma infração anterior, o italiano vai largar em último na Comunidade Valenciana. Foi o estopim de uma guerra que começou na coletiva da quinta-feira, quando Rossi acusou Lorenzo e Márquez de fazerem um complô espanhol para evitar o seu possível oitavo título.
Logo depois, virou uma guerra entre Italianos e Espanhóis. A imprensa dos dois países se acusando e defendendo os seus pilotos. Até os políticos se envolveram na situação. Segundo o jornal Marca, da Espanha, além de esportistas - como o zagueiro Materazzi - atores, pilotos e ex-pilotos, até políticos entraram na discussão. O primeiro ministro da Itália, Matteo Renzi, que está no Peru, chegou a ligar para Valentino para transmitir o seu apoio ao piloto.
Além disso, Giovanni Malagò, presidente do Comitê Olímpico Italiano foi mais além e afirmou que o Mundial estaria sendo adulterado.
Por outro lado, o presidente da Espanha, Mariano Rajoy Brey também já havia entrado na polêmica entre os pilotos e publicou em sua conta no Twitter uma mensagem de apoio a Marc Márquez dizendo que "Tanto no esporte quando na política, não vale tudo", de forma crítica a Valentino Rossi.
Agora, inimigos!
A confusão é tamanha que dois humoristas de uma espécie de "CQC Italiano" foram para a Espanha entregar um troféu em forma de genitália para Márquez na casa do Espanhol e foram barrados, com os equipamentos danificados. O bicampeão também acusa de ser agredido... Só para vocês terem uma noção...
Foto: Divulgação
Rossi chegou a afirmar que não correria a prova final, neste domingo, em Valência, mas voltou atrás. Ele enviou um pedido de apelação no Tribunal Arbitral do Esporte. O recurso será julgado na sexta-feira. Jorge Lorenzo entrou com um pedido para participar do caso, o que foi negado.
Então, muita coisa vai rolar nessa prova final em Valência, território de Márquez, Lorenzo e Dani Pedrosa. A Espanha contra Valentino Rossi! Quem levará a melhor: Jorge Lorenzo, buscando o tri, ou Valentino Rossi, buscando o octa? DESCUBRA no domingo!!
A Fórmula E terminou do jeito que começou! Espetacular! Fantástica! Emocionante até o último metro! No estreito traçado montado em Londres, a primeira temporada da F-E tem título Brasileiro!!!! Roteiro digno de cinema. Bora recapitular os acontecimentos do final de semana.
SÁBADO:
Buemi largou na pole e venceu com tranquilidade. Di Grassi largou em 3°, mas chegou em 4°. Nelsinho foi o quinto. Os rivais brasileiros se enfrentaram na pista, onde Nelsinho tentou a ultrapassagem e Di Grassi o "fechou", causando polêmica e acirrando ainda mais a animosidade entre os dois concorrentes ao título. O Suíço Buemi não tem nada a ver com isso e ganhou fácil. Encostou em Piquet e diminuiu as chances de Di Grassi ser campeão. A decisão ficou para o dia seguinte.
DOMINGO:
Buemi novamente largou melhor que os outros dois candidatos ao título: Sexto lugar. A essa altura, Di Grassi tinha chances mínimas: 11°. Piquet se complicou: 15°. Entretanto, os três largaram bem. Buemi ultrapassou Bruno Senna (melhor corrida dele na F-E!) e era o quinto, Di Grassi foi para o nono lugar e Piquet em 12°, atrás do companheiro de equipe Oliver Turvey. Naquele instante, Buemi era o campeão. Di Grassi pressionava Salvador Durán, enquanto Piquet poupava energia para tentar ganhar posições nas "fastest laps" enquanto o resto do grid ia para os pit stops.
Após a parada, Buemi manteve-se na quinta posição, Di Grassi passou Durán e era o sétimo:Nelsinho ganhou 2 posições, pulando para décimo. Nos primeiros metros após sair dos boxes, o Suíço, com os pneus 'frios', acabou rodando e perdeu o lugar para o Bruno Senna. Mal sabia ele que isso custou seu campeonato. Na rabeira do grid, Fabio Leimer bateu e o Safety Car entrou. A corrida mudou.
Enquanto isso, a China Racing fez o jogo de equipe e Piquet ultrapassou Turvey, pulando para nono. Logo em seguida, passou com extrema habilidade Salvador Durán e foi para o oitavo lugar. Era o suficiente. Com esse resultado, sagrava-se campeão.
Buemi pressionava Senna de todos os jeitos e maneiras, desesperado. Tentava fazer a volta mais rápida, o que daria pontos extras e poderia lhe dar a taça. Tocou, balançou, tentou, fez de tudo. Não deu. Senna segurou a taça de Piquet. Que ironia... Di Grassi veio logo em seguida e Piquet guiou com cuidado (afinal, a frente estava seu desafeto...) até o fim.
Foto: Divulgação/FIA
Na briga pela vitória, o Francês Stephanie Sarrazin, da Venturi, cruzou em primeiro. Seria sua primeira vitória na categoria. Seria. Ele foi punido por ultrapassar o "limite de potência", sendo acrescentado 45 segundos ao seu tempo final de corrida. Com isso, foi para o último lugar. Obviamente, todos ganharam uma posição. Suspense. Havia a suspeita de que, com a mudança, o rumo do campeonato fosse outro. Nananinanão. Sam Bird (Virgin) conquistou sua segunda vitória na F-E, seguido de D'Ambrosio e Loic Duval, ambos da Dragon Racing. Nelsinho CAMPEÃO.
O título cair nas mãos da China Racing foi uma tremenda surpresa. Desde o início, a e.DAMS (que se sagrou campeã dos construtores), a Audi Abt de Di Grassi (que foi piloto de desenvolvimento da Fórmula E antes da categoria estrear) e a Virgin eram as favoritas. No final, o Brasileiro que chegou "de última hora" foi crescendo, principalmente nesse ano, até ficar com a taça.
Em sua temporada inaugural, cheia de dúvidas e desconfiança por parte dos fãs de automobilismo, a Fórmula E termina com o saldo muito positivo. Emocioanante, imprevisível e cheia de alternativas, é uma baita categoria para ser acompanhada, além dos conceitos de motor elétrico e a ligação com o meio ambiente, um conceito tão polêmico. Por outro lado, os fãs mais tradicionais, adeptos do "som do motor", da potência e alta velocidade se frustra, pois a F-E não é nada disso. Gosto dos dois, do som ensurdecedor do carro de um motor V10 ou V8 passando na reta e do "motorzinho futurista" da F-E (e dos V6 turbo da F1), desde que se saiba diferenciar as categorias e que ELAS NÃO COMPETEM ENTRE SI, embora tenham o mesmo nome e sejam homologadas pela FIA.
Para completar: O último grande título Brasileiro no Automobilismo havia sido com Tony Kanaan, na Indy de 2004. Confira a classificação da corrida e do campeonato:
Foto: Divulgação
CLASSIFICAÇÃO FINAL DO CAMPEONATO:
1.N. Piquet Jr 144
2.S. Buemi 143
3.L. di Grassi 133
4.J. D’Ambrosio 113
5.S. Bird 103
6.N. Prost 89
7.JE Vergne 70
8.A. Felix da Costa 51
9.L. Duval 42
10.B. Senna 40
Neste final de semana encerra-se a primeira temporada da Fórmula E. Será realizada uma rodada dupla em Londres, com uma corrida no sábado e outra no domingo. Não tem pontuação dobrada. Em ambas, o vencedor leva 25 pontos, como em todas as outras etapas.
Obviamente, a FOX Sports transmitirá as duas provas e treinos. A qualificação será às 8h e a corrida às 11h30 nos dois dias. Fique atento.
Três candidatos ao título: Nelsinho Piquet, o líder (China Racing - 128 pontos), Lucas Di Grassi, o vice-líder (Audi Abt - 111 pontos) e Sebastien Buemi (e.DAMS - 105 pontos). Logicamente que pela vantagem em relação aos demais, Nelsinho é o favorito. O fato de apenas depender de si é uma pressão a menos para correr as 2 provas, ao contrário de seus concorrentes, que precisarão vencer as corridas e torcer para uma combinação de resultados que possam ajudá-los.
Será o capítulo final da antiga rivalidade Brasileira (ao menos nessa FE) entre Di Grassi e Piquet, que começou em Mônaco, com troca de acusações sobre um atrapalhar o outro no treino classificatório. O kissuco ferveu em Berlim, quando Di Grassi venceu e foi desclassificado. Acabou disparando contra tudo e todos. Piquet respondeu. Ambos ficaram trocando acusações e ironias em entrevistas para diversos veículos de comunicação. Certamente trouxe mais atenção para a categoria emergente, de corridas emocionantes, imprevisíveis e muitíssimo bem disputadas, cheia de alternativas. Muito bom rever pilotos renegados da F1 brilhando em outras categorias, mostrando que o automobilismo não se resume só a Fórmula 1. E os próximos anos prometem ser muito melhores, com o desenvolvimento das tecnologias e a busca constante por melhorias, o que certamente deixará a competição muito melhor, mais organizada, disputada e com a expectativa de crescer cada vez mais.
Todas as edições de Le Mans são históricas. Nesse ano, não foi diferente. Cerca de 260 mil torcedores testemunharam a vitória do Porsche 919 (não vencia há 17 anos!), pilotado por Nico Hulkenberg (não subia no pódio desde a GP2, em 2009), o britânico Nick Tandy e o neozelandês Earl Barber. A Porsche quebra a sequência da Audi, que desde 2000 venceu 14 edições da prova e coroou, particularmente, o talento de Hulk. Desde que foi campeão da GP2 há 6 anos, as coisas não deram muito certo na F1. Passagens rápidas por Williams e Sauber, trocas frequentes de equipe, falta de equipamento para brigar na frente, decisões equivocadas na carreira... Os resultados não condizem com o talento do Alemão. Entretanto, no WEC foi diferente. Uma vitória logo na estreia, logo na mítica Le Mans.
Após o resultado, muitos analistas praticamente exigem a presença de Hulkenberg em uma equipe grande da Fórmula 1 em 2016 (Ferrari e Williams, por exemplo). Muita calma. Embora seja um resultado excelente, na prática a situação não mudou quase nada. Com 29 anos, "o cavalo encilhado" parece já ter passado. Suas chances em uma equipe top ainda são remotíssimas. Porém, a vitória em Le Mans claramente abre ainda mais a alternativa do talentoso Alemão em seguir no Endurance em uma temporada completa já no ano que vem, porquê não? Quando Hulk se cansar da F1 e da falta de perspectiva, tenho certeza que as portas estarão escancaradas. Curiosidade: A Porsche tentou levar Alonso para ser parceiro de Hulk, mas a McLaren vetou. Azar do Espanhol. Outra curiosidade: A última vitória de um piloto que estava fixo na temporada de F1 foi Didier Pironi, em 1978!
Completando o serviço, no segundo lugar ficou outro carro da Porsche: O trio composto pelo alemão Timo Bernhard, o ex-F1 Mark Webber e o neozelandês Brandon Hartley. A Audi ficou na terceira colocação, com carro guiado pelo suíço Marcel Fässler, o alemão André Lotterer e o francês Benoit Treluyer. Na quarta posição ficou o Audi do Brasileiro Lucas di Grassi, juntamente com o francês Loic Duval e o britânico Olivier Jardi. Duval, por sinal, se envolveu em um acidente logo nas primeiras horas de prova, comprometendo a briga pela vitória, mas o trabalho árduo dos mecâncos da Audi proporcionou uma excelente corrida de recuperação. Confira:
Mais cedo, o Porsche 911 RSR #92, dos Franceses Patrick Pilet e Fredéric Makowiecki, juntamente com o Alemão Wolf Henzler pegou fogo. O óleo deixado na pista provocou a rodada do R-One-AER #13, da Rebellion Racing, do trio Alexandre Imperatori, Dominik Kraihamer e o Alemão Daniel Abt, da F-E, que conseguiram retornar a corrida.
Na LMP2, a vitória ficou com o trio Matthew Howson, Richard Bradley, Nicolas Lapierre com um Oreca 05 Nissan. O brasileiro Pipo Derani ficou em quinto, no time formado com Gustavo Yacaman e Ricardo Gonzalez a bordo de um Ligier JS P2 - Nissan. Nos carros de turismo, Na LMP2, Oliver Gavin, Tommy Milner e Jordan Taylor venceram na GTE-Pro, com um Chevrolet Corvette C7R. O brasileiro Fernando Rees ficou em sexto, com os companheiros Alex MacDowall e Richie Stanaway no Aston Martin Vantage V8. Na GTE-Am deu Victor Shaytar, Andrea Bertolini e Aleksey Basov com a Ferrari i 458 Italia. A próxima edição das 24 horas de Le Mans serão nos dias 18 e 19 de junho de 2016.
NELSINHO NA INDY LIGHTS
O sempre versátil Nelsinho Piquet correu em mais uma categoria diferente na carreira. Dessa vez, na Indy Lights (espécie de categoria de acesso da Fórmula Indy) em Toronto, substituindo Max Chilton, que estava em Le Mans. E o Brasileiro fez bonito: Foi o pole position. Entretanto, sua corrida durou 13 voltas. Ele estava sendo atacado fortemente por RC Enerson que, na tentativa de ultrapassá-lo na reta, acabou acertando a traseira e literalmente decolou circuito afora. Nelsinho conseguiu ir para os boxes, mas não pode seguir na prova. Confira o acidente:
Bom, ontem não fiz o post por motivos de: Fiquei frustrado por ter assistido só alguns minutos do TL2 (antes da chuva) e acabei dormindo, além de ter feito outras coisas depois... Enfim.
Como o título diz, Lewis Hamilton #44 fez sua pole número 44 na carreira. Com mais uma, iguala Vettel e se tornará o terceiro maior poleman da história, atrás de Schumi (68) e Senna (65). O Britânico teve dificuldades ontem e hoje, quando rodou e bateu ontem e no treino da manhã de hoje não conseguiu completar muitas voltas. Apesar disso, sobrou em relação a Rosberg (3 décimos mais rápido). Entretanto, nada está garantido para amanhã. Historicamente, o pole position do GP canadense não costuma vencer tanto (ano passado o vencedor foi Ricciardo, lembram?). Logo, nada está decidido. Atrás da dupla da Mercedes, está a dupla finlandesa: Raikkonen em 3° (primeira vez que largará na frente de Vettel) e Bottas em 4°.
Gostaria de salientar o grande trabalho da Lotus. Desde os treinos de sexta se mostrou forte, e o resultado é a sua dupla de pilotos largando na terceira fila (Grosjean em 5° e Maldonator em 6°). O motor Mercedes certamente é o diferencial em relação ao ano passado, mas é nítida a evolução da equipe em comparação a temporada passada. Agora é ver se os dois (principalmente Maldonado, ainda zerado no ano) conseguem transformar esse desempenho em muitos pontos para o pessoal de Enstone.
Massa e Vettel. Azarados. Problemas na perda de potência do motor fizeram ambos ficarem fora do treino ainda no Q1. Para piorar, o tetracampeão ainda foi punido por ultrapassar uma Manor em bandeira vermelha durante o TL3, largando em 18°. Com isso, o Brasileiro vai largar em 15°, beneficiado pelas punições de Vettel e Verstappen (5 posições pelo GP de Mônaco + 10 posições por trocar o motor pela quinta vez na temporada).
Button irá largar dos boxes outra vez, a exemplo do Bahrein. Um problema no ERS ainda no TL3 o impediu de fazer o classificatório. Alonso não conseguiu nada melhor que o 13° lugar. Era previsível que a McLaren ia sofrer no veloz circuito de Montreal, mesmo com alterações na potência do motor Honda. Logo atrás da fênix está Felipe Nasr. O novato cometeu seu primeiro erro na F1. No TL3, acabou acionando o botão da asa móvel ao invés do rádio e acabou batendo na reta que antecede a curva final do circuito enquanto aquecia os pneus. Graças ao esforço dos mecânicos, conseguiu treinar, mas não pode fazer muita coisa. Sem dinheiro, a Sauber vai ficando para atrás, e não há muita perspectiva quanto a isso. Resta ter "sorte" e aproveitar as oportunidades que aparecerem. Confira o grid de largada:
Se na Fórmula 1 o sábado dos brasileiros não foi muito bom, pode-se dizer que foi o contrário na Fórmula E. No ePrix de Moscou, disputado na manhã de ontem, tivemos dobradinha brasileira: Vitória de Nelsinho Piquet, com Lucas di Grassi em 2° e Sebastien Buemi em 3° (com uma ultrapassagem polêmica e digo mais, irregular sobre Vergne na última volta). Os três candidatos ao título no pódio. Atualização: O Suíço foi punido por uma saída irregular dos boxes e caiu para a nona posição. Com isso, Heidfeld (finalmente!) foi o terceiro e Di Grassi recuperou a vice-liderança do campeonato.
A vitória de Nelsinho começou a ser construída na primeira curva, quando ultrapassou o pole Vergne e não perdeu mais a liderança. Ele conseguiu abrir vantagem para Di Grassi, que ficou preso atrás do Francês e só o ultrapassou na estratégia dos boxes. No final, Nelsinho administrou tranquilamente e venceu a segunda corrida na temporada, aumentando a vantagem no campeonato para os seus concorrentes. Agora, ficou tudo para a rodada dupla de Londres, palco final da Fórmula E. Bruno Senna não foi bem mais uma vez e foi somente o 16°. Confira a classificação da corrida:
REPETIÇÃO: Rosberg erra tomada de curva e não consegue melhorar seu tempo no Q3.
NOVIDADE: Dessa vez, não foi o suficiente para evitar a pole de Lewis Hamilton, que já estava na frente no momento do acontecido, no fim do treino. É a quadragésima terceira vez (primeira em Mônaco) que o bicampeão e britânico mais bem pago da história largará na posição de honra.
REPETIÇÃO: 17 poles consecutivas da Mercedes igualam o recorde da McLaren Honda. Outra repetição é a dobradinha das flechas de prata na primeira fila. No Principado, é difícil que não termine assim. A não ser, lógico, que o sobrenatural aconteça amanhã.
NOVIDADE: Red Bulls fizeram o melhor treino do ano. Já que o circuito não exige um motor potente, a aerodinâmica do RB11-B. Ricciardo em 4° e Kvyat em 5°, reagindo após duras críticas de Helmut Marko a equipe.
REPETIÇÃO: Vettel, como sempre, largando na frente do Iceman. 3° e 6°, respectivamente. O Alemão é o único que não largou atrás de seu companheiro de equipe.
NOVIDADE: Bottas foi eliminado logo no Q1. Largará em 16°. Pelo que disse Massa na sexta-feira, era previsível. Por falar no Brasileiro, ele não foi tão melhor assim, mas não levou "bottada": 12°. Pela Sauber, Nasr larga em 14° e Ericsson em 17°. Nasr herdou 2 posições, a de Sainz (Toro Rosso), que não parou no local da pesagem do carro após o Q1 e vai largar em último e Grosjean, que perdeu 5 posições por trocar o câmbio e é o 15°.
REPETIÇÃO: Problemas na McLaren de Alonso. Pane no Q2 faz o espanhol soberbo largar em 13°. Button larga em 10° (melhor posição da equipe de Woking na temporada). Grandes chances da McLaren marcar seus primeiros pontos no ano.
NOVIDADE: Maldonado e Pérez no Q3. Grande qualyfing de ambos. Agora, é ver se conseguem manter o ritmo na corrida e se livrar dos acidentes.
Confira o grid de largada:
1 Lewis Hamilton (ING / Mercedes) 1m15s098
2 Nico Rosberg (ALE / Mercedes) 1m15s440 0s342
3 Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) 1m15s849 0s751
4 Daniel Ricciardo (AUS / RBR-Renault) 1m16s041 0s943
5 Daniil Kvyat (RUS / RBR-Renault) 1m16s182 1s084
6 Kimi Raikkonen (FIN / Ferrari) 1m16s427 1s329
7 Sergio Perez (MEX / Force India-Mercedes) 1m16s808 1s710
8 Pastor Maldonado (VEN / Lotus-Mercedes) 1m16s946 1s848
9 Max Verstappen (HOL / STR-Renault) 1m16s957 1s859
10 Jenson Button (ING / McLaren-Honda) 1m17s093
11 Nico Hulkenberg (ALE / Force India-Mercedes) 1m17s193
12 Felipe Massa (BRA / Williams-Mercedes) 1m17s278
pitlane Carlos Sainz (ESP / STR-Renault) 1m16s931 1s833 **
ENQUANTO ISSO, NA FÓRMULA E...
Foto: AP
Lucas di Grassi venceu o eP em Berlim. 300 metros depois da bandeirada, seu carro apagou após uma pane elétrica. Horas depois, a FIA anunciou que o Brasileiro estava desclassificado da prova. Motivo: "Mudança em desacordo com as regras nas aletas das asas frontais, em que foi colocada uma estrutura de metal para reforçá-las" (Fonte: Grande Prêmio). Com isso, Jérome D'Ambrosio herdou a primeira posição (e primeira vitória na F-E), com Buemi da e.Dams em segundo e Loic Duval, companheiro do belga D'Ambrosio em terceiro.
Com a mudança do resultado, também houve mudança na classificação do campeonato. Nelsinho Piquet, que foi o 5° (agora 4°), assumiu a liderança do campeonato, com 103 pontos, seguido por Buemi com 101 e Di Grassi, estagnado com 93 pontos. O Brasileiro, no Twitter, ficou fulo da vida e disse que vai "chutar a bunda" de ambos na pista... A rivalidade fica cada vez mais intensa na Fórmula E nessa reta final de campeonato.
NA GP2...
REPETIÇÃO: Vandoorne venceu mais uma, a primeira prova de Monte Carlo, na quinta feira.
NOVIDADE: O neozelandês (não é Mitch Evans!) Richie Stenaway venceu a corrida 2, na manhã de ontem. Marciello foi o 2° e Sergey Sirotkin o 3°. O belga, líder do campeonato, foi o 8°. André Negrão foi o 21° e 17°, respectivamente. Vandoorne é o favorito a ser campeão da GP2 logo em sua segunda temporada na categoria e se credencia como possível piloto da McLaren no futuro, disputando vaga com Kevin Magnussen.