Mostrando postagens com marcador 2003. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2003. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 20 de novembro de 2018

ESPECIAL ALONSO - PARTE 1

Foto: Reprodução

Olá, amigos!

Nesse fim de semana, Fernando Alonso faz no mínimo um “até logo” na F1, pois o espanhol ainda deixou em aberto um possível retorno para a categoria a partir de 2020. Se isso vai acontecer nós não sabemos, mas aproveitamos o final dos quase 17 anos na categoria (2002 ele foi piloto de testes) para relembrar a carreira do bicampeão e considerando um dos maiores pilotos da história. Vamos lá:

HISTÓRIA

Fernando Alonso nasceu no dia 29 de julho de 1981 em Oviedo, capital da região autônoma das Astúrias, no norte da Espanha. A mãe trabalhava numa loja de departamento e o pai era mecânico em uma fábrica de explosivos perto da cidade. José Luis, o pai, era um kartista amador e queria passar sua paixão pela velocidade para os filhos. Ele construiu um kart para Lorena, irmã mais velha de Alonso mas ela não se interessou, ao contrário de Fernando, que com três anos de idade deu suas primeiras arrancadas por aí.


Alonso competiu em competições de kart pela Espanha ajudado pelo pai, que também era mecânico. A família não tinha condições financeiras de apoiar Fernando nas competições, mas as vitórias do jovem kartistas atraíram patrocinadores. Sem grana pra comprar pneus para chuva, Alonso aprendeu a controlar o kart com pneus slicks. O kart foi fundamental para o espanhol lidar com diferentes estilos de pilotagem, uma de suas grandes qualidades na F1.



Alonso foi tetracampeão espanhol de kart de forma consecutiva, além da Copa do Mundo Júnior da modalidade em 1996. No ano seguinte, ele venceu o italiano Inter-A. Em 1998, foi a vez de vencer o Espanhol Inter-A, além de ser vice-campeão europeu na mesma temporada.


Com 17 anos, o compatriota Adrián Campos deu a Alonso a oportunidade de testar uma Minardi. Em três dias de testes no circuito de Albacete, Ferdi igualou os tempos de Marc Gené. Para 1999, Alonso competiu no Euro Open MoviStar. Na segunda etapa, outra vez em Albacete, venceu pela primeira vez. Alonso foi campeão com apenas um ponto de vantagem para Manuel Giao depois de vencer e fazer a volta mais rápida na última corrida. No fim do ano, Alonso fez outro teste pela Minardi e foi um segundo e meio mais rápido do que os outros pilotos que testaram o carro.

Em 2000, o último passo: a Fórmula 3000. Mais jovem do grid, Alonso demorou sete corridas para marcar os primeiros pontos, quando teve duas vitórias e dois segundos lugares, terminando o campeonato em quarto, atrás do brasileiro Bruno Junqueira, do francês Nicolas Minassian e do australiano Mark Webber.

MINARDI (2001)

Foto: Minardi
Alonso foi o terceiro piloto mais jovem da história (na época, é claro) a estrear na F1. Foi também a primeira temporada da Minardi sob a administração de Paul Stoddart. O carro não era nem rápido e tampouco confiável.

Fazendo o que podia, o espanhol chamou a atenção das equipes maiores. A Sauber chegou a cogitar contratá-lo para substituir Kimi Raikkonen, mas preferiu ficar com o brasileiro Felipe Massa.  No entanto, seu empresário Flavio Briatore tinha outros planos. Ele queria colocar o espanhol na Benetton, no lugar de Jenson Button. Com a Renault comprando a equipe inglesa/italiana, Alonso ficou como piloto de testes na temporada seguinte. 

Na última corrida da temporada, no Japão, Alonso foi o 11°, a frente de carros como a Prost de Frentzen e a BAR de Olivier Panis, além das duas Arrows e do então companheiro de equipe, o malaio Alex Yoong. Anos depois, Stoddart classificou a corrida da Fênix como “53 voltas de classificação”. O espanhol ficou atrás na tabela do outro companheiro de equipe que teve na temporada, o brasileiro Tarso Marques. O melhor resultado da temporada foi o décimo lugar na Alemanha, o que hoje lhe daria um ponto na F1.


RENAULT (2003-2006): PRIMEIRAS VITÓRIAS E FIM DA ERA SCHUMMI

Foto: MotorSport
Em 2002, Alonso foi apenas piloto de testes da equipe francesa, onde andou 1.642 voltas e mais 52 pela Jaguar em um teste em Silverstone. Como planejado, Briatore sacou Jenson Button e colocou o espanhol para correr junto com o italiano Jarno Trulli. É claro que a imprensa britânica não gostou da decisão. Em entrevista para a F1 Racing, o diretor técnico Mike Gascoyne disse que era a decisão certa a se fazer porque a equipe estava impressionada com o trabalho realizado pelo espanhol como piloto de testes.

E a justificativa fez sentido. Logo na segunda etapa, na Malásia, Alonso sagrou-se o piloto mais jovem da história a ser pole position e também o mais jovem a ir no pódio na mesma corrida, quando foi o terceiro. Foi a primeira vez que um piloto espanhol conseguiu tal façanha na categoria. Na corrida seguinte, no Brasil, Alonso bateu forte depois de não ver as bandeiras amarelas agitadas e os destroços na pista causadas pelo acidente da Jaguar de Mark Webber. 




Na Espanha, corrida da casa, outro feito histórico: segundo lugar. Além disso, Alonso conseguiu a primeira vitória da carreira em uma atuação esplêndida na Hungria, sagrando-se o mais jovem a vencer uma corrida na história da F1. Ele terminou o campeonato em sexto, com 55 pontos e quatro pódios.


Com uma Ferrari dominante em 2004, Alonso não pode fazer muita coisa. Manteve os quatro pódios (Austrália, França, Alemanha e Hungria). Em Mônaco, bateu e jogou a culpa em Ralf Schumacher. Na França, foi pole e quase venceu, se não fosse a extraordinária atuação de Michael Schumacher, vencedor com quatro paradas. Nas últimas três etapas da temporada, Trulli foi demitido e substituído por Jacques Villeneuve. Alonso fez 59 pontos e terminou o campeonato na quarta posição.



Em 2005, outro italiano como companheiro de equipe: Giancarlo Fisichella. Na corrida de abertura, na Austrália, a chuva atrapalhou o treino de Alonso, que ainda assim conseguiu chegar em terceiro. 

Ele venceu as duas corridas seguintes (Malásia e Bahrein) largando da pole e venceu a terceira seguida em uma batalha épica contra Schumacher em Ímola. O espanhol revelou que estava com o motor avariado. O problema só foi descoberto depois do treino e a equipe optou por correr ao invés de trocar o motor e ser penalizado com 10 posições no grid.



A McLaren melhorou e Raikkonen venceu as duas seguintes, na Espanha e em Mônaco. Era o único adversário de Alonso, visto que Ferrari e Williams estavam bem abaixo de seus potenciais. Raikkonen iria vencer pela terceira vez seguida em Nurburgring, mas o estouro da suspensão dianteira-esquerda na última vez fez Alonso herdar uma improvável e importantíssima vitória no campeonato. 


Alonso bateu no Canadá e não disputou a corrida dos Estados Unidos em virtude do Caso Michelin. Na França, fez a terceira pole e venceu pela quinta vez na corrida da casa da equipe. Em Silverstone, outra pole, mas dessa vez o espanhol foi superado pela McLaren de Montoya. Na Alemanha de novo, outra vez Raikkonen liderava até sofrer um problema hidráulico, e lá foi Alonso vencer mais uma.

Na Hungria, Alonso largou só em sexto e terminou apenas em 11° depois de se envolver em um acidente com Ralf Schumacher. Na reta final, Alonso terminou em segundo em três provas consecutivas. Raikkonen venceu na Turquia e na Bélgica e terminou em quarto na Itália, reduzindo a vantagem de Alonso em apenas um ponto.

O título veio com um terceiro lugar em Interlagos. Alonso sagrou-se o mais jovem campeão da história da F1, o primeiro da Espanha e terminou com a Era Schumacher. Após a corrida, ele declarou: “eu quero dedicar este campeonato a minha família e a todos os meus amigos próximos que me apoiaram durante a minha carreira. A Espanha não é um país que tenha a cultura da F1e nós tivemos que lutar sozinhos, cada passo do nosso caminho, para fazer isso acontecer. Um obrigado muito especial também para a minha equipe –eles são os melhores na F1 e nós fizemos isso juntos. Eu vou dizer que sou campeão, mas nós somos todos campeões – e eles merecem isso.” Em entrevista anos depois, Alonso disse que essa foi sua grande corrida da carreira: “Foi um sonho se tornando realidade e um dia muito emocionante. Nas últimas voltas, eu pensava estar ouvindo barulhos do motor –de todos os lugares! Mas estava tudo ok. Eu posso lembrar do meu alívio quando cruzei a linha de chegada”.



Nas etapas finais, no Japão e na China, Alonso e Renault sagraram-se ainda campeões de construtores. O espanhol foi terceiro em Suzuka e venceu em Shangai.

Em 2006, defendendo o título, Alonso já começou vencendo no Bahrein, superando Schumacher e saindo da quarta posição. Na Malásia, ficou em segundo, atrás de Fisichella. Na Austrália, venceu após superar a Honda de Jenson Button. Largando em uma posição ruim em San Marino, Alonso recebeu o troco de Schumacher em Ímola e foi superado também no GP da Europa, mesmo largando na pole. O troco veio justamente na Espanha, onde venceu pela primeira vez. Em Mônaco, herdou a pole de Schumacher, punido em 10 posições depois de parar deliberadamente o carro depois completar sua volta no Qualyfing e também venceu.

Alonso chegou a quatro vitórias seguidas ao vencer em Silverstone e no Canadá, as duas largando da pole position. Alonso foi o primeiro piloto da história a terminar as nove primeiras corridas da temporada em primeiro ou segundo, sendo igualado depois por Sebastian Vettel em 2011. 

Schumacher respondeu em Indianápolis, quando venceu e o espanhol terminou em quinto. Nova vitória do alemão na França, com Alonso em segundo. O espanhol ficou em quinto na Alemanha e a vantagem para o heptacampeão era de 11 pontos.

Na Hungria, Alonso foi penalizado no Qualyfing e só largou em 15°, Schummy ficou em 11° pelo mesmo motivo. Na corrida, Alonso se encaminhava para uma vitória épica na chuva quando uma porca da roda soltou de seu carro após o pit stop. Schumacher fez apenas um ponto depois que Robert Kubica foi desclassificado.

Alonso foi o segundo na Turquia, onde Felipe Massa venceu pela primeira vez na carreira. Na Itália, uma corrida desastrosa. Um furo na parte de trás da carroceria fez Alonso largar apenas em quinto. No entanto, o espanhol foi punido por ter atrapalhado Felipe Massa e caiu para décimo. Um problema no motor o fez abandonar e com a vitória de Schummy a vantagem caiu para apenas dois pontos.

Na China, Alonso fez a pole na chuva mas ficou em segundo. Com a vitória de Schumacher, o campeonato estava empatado, com o alemão na frente pelo número de vitórias. No Japão, a Ferrari largou na pole, mais de um segundo a frente das Renault, que ficaram em quinto e sexto. No entanto, na corrida, Alonso pulou para segundo e venceu após Schumacher abandonar com um problema no motor. Com 10 pontos de vantagem, bastava um oitavo lugar no Brasil para ser bicampeão.



Massa venceu em Interlagos e Alonso foi o segundo, Schumacher o quarto. Alonso bicampeão mundial, outra vez no Brasil. O espanhol sagrou-se o mais jovem bicampeão da história e a Renault também venceu os construtores por 5 pontos. Desde 2005 Alonso já tinha acertado com a McLaren para a temporada de 2007, onde, sem o recém-aposentado Michael Schumacher, prometia ser o novo dono da F1.


Até que surgiu um certo Lewis Hamilton... mas isso é assunto para o próximo post. Até mais!

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

VÍDEOS E CURTINHAS #35: BATALHAS E OUTRAS LEMBRANÇAS

Foto: Reprodução
Fazia tempo que o "Vídeos e Curtinhas" não aparecia, então decidi repaginar: nesse post, vou contar quatro corridas disputadas no Japão nas últimas décadas:

Vou começar com uma que vocês já conhecem: 1988. Senna larga com um problema no motor e cai para 14°. O brasileiro recupera as posições uma a uma até reassumir a liderança, vencer e sagrar-se campeão mundial pela primeira vez.



Cinco anos depois: com Prost tetracampeão mundial, prestes a se aposentar e Senna já acertado com a Williams, a corrida de Suzuka teve apenas um caráter amistoso. Largando em segundo, o brasileiro venceu sem maiores dificuldades pela quadragésima (e penúltima) vez na carreira. Prost ficou em segundo e Mika Hakkinen, que substituiu Michael Andretti no fim daquela temporada, conquistou seu primeiro pódio na categoria. A corrida também ficou marcada pelos primeiros pontos de Rubens Barrichello, quinto colocado com a Jordan, e também de Eddie Irvine, que marcou um pontinho logo na estreia. No entanto, a estreia do irlandês ficou conhecida por outro motivo: irritado com as fechadas como retardatário, Senna deu um soco em Irvine, por este lhe responder de forma irônica e debochada.



1998: vinte anos atrás, a F1 chegava outra vez no Japão para uma disputa de título, dessa vez entre Mika Hakkinen e Michael Schumacher. O finlandês tinha quatro pontos de vantagem sobre Schumi (90 a 86) e valia para ambos o fim do jejum das equipes: a Ferrari desde 1979 sem ganhar, enquanto a McLaren havia conquistado o título pela última vez em 1991. Schumacher deu uma esperança aos tifosi ao largar na pole, mas depois de perder a liderança na largada para o finlandês, o sonho acabou na volta 31, com pneu furado. Primeiro título de Hakkinen, o segundo da Finlândia na categoria.



2003: mais uma decisão entre Ferrari e McLaren. O experiente Michael Schumacher tinha nove pontos de vantagem contra o jovem Kimi Raikkonen (92 a 83). Kimi precisava ganhar, enquanto Schumi não podia pontuar. Largando em oitavo, o finlandês apostou em uma estratégia de uma parada. Schumacher, em 14°, fez uma corrida horrorosa, com vários erros e acidentes com o irmão Ralf e Takuma Sato. Mesmo assim, chegou em oitavo, o que bastava para ser hexa e maior campeão da história da F1.



2008: a décima sexta etapa do Mundial foi realizada outra vez em Fuji e tinha Lewis Hamilton e Felipe Massa como protagonistas na disputa pelo título. O inglês largou na pole, seguido de Raikkonen, Kolavainen e Alonso, recém vencedor do ainda não polêmico GP de Cingapura. Massa foi só o quinto. Hamilton largou bisonhamente e caiu para terceiro. Ao tentar recuperar a segunda posição contra Alonso, saiu da pista e foi o décimo segundo. Em outra disputa, dessa vez com Massa, o brasileiro jogou o carro contra o inglês. No fim das contas, a péssima jornada de Hamilton acabou em 12°. Massa foi o sétimo e tirou dois pontos da vantagem do inglês. Alonso, novamente com um carro incapaz, conseguiu vencer pela segunda vez na temporada. 



2013: depois da arrancada pós-férias de verão, Sebastian Vettel engatou incríveis nove vitórias consecutivas para ser tetracampeão mundial. No Japão, largou em segundo. Com Webber na frente, quem crescia na corrida era Grosjean, com a Lotus que sabia como ninguém administrar os pneus. No entanto, o francês ficou preso atrás do australiano. Bastou Vettel passar ambos para encaminhar o por enquanto último título mundial até o momento.

Foto: Agência AP
Espero que tenham gostado desse "Vídeos e Curtinhas" repaginado.
Até!

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

OUTRAS HISTÓRIAS DE MONZA

Foto: Getty Images
Depois de publicar um material especial sobre a corrida pós-morte de Enzo Ferrari, o post de hoje relembra outras corridas marcantes realizadas em Monza. Sem mais delongas:

1983. Alain Prost (Renault), René Arnoux (Ferrari) e Nelson Piquet (Brabham) chegaram na Itália brigando pelo título. Enquanto isso, os preparativos para a adoção do motor turbo na temporada seguinte já estava sendo feitos. Fora da jogada, a McLaren TAG-Porsche, de Niki Lauda e John Watson, começava os testes.

Na pole, um italiano, mas não era a Ferrari. Com a Brabham, Riccardo Patrese superou os franceses Patrick Tambay e Arnoux. Piquet era o quarto e Prost largava em quinto. Na largada, Piquet pula para a segunda posição e herda a liderança logo na segunda volta depois do motor de Patrese estourar. Líder do campeonato, Prost teve um problema elétrico em sua Renault e abandonou na 35a volta.

No fim das contas, Piquet venceu, com a Ferrari de Arnoux em segundo e a Renault de Eddie Cheever em terceiro. Faltando duas etapas para o fim do campeonato, Prost liderava com 51, Arnoux tinha 49 e Piquet 46. O resto da história vocês já conhecem...


Pulamos dez anos no tempo. A grande expectativa da época era saber quando Prost iria se tetra e se iria continuar na categoria depois disso. Um bom indício disso foi a pole, com Damon Hill fechando a fila da Williams. Alesi (Ferrari) e Senna (McLaren) na segunda fila.

Na largada, Senna, Hill e Berger se tocam, o que causa um incidente mais grave que envolve cinco carros: a Sauber de J.J. Lehto, a Jordan de Marco Apicella e Rubens Barrichello e as Footwork de Aguri Suzuki e Derek Warwick. Tentando se recuperar, Senna tenta passar a Ligier de Martin Brundle, bate e faz os dois abandonarem.

Prost se encaminhava para uma vitória tranquila quando teve um problema no motor, na volta 48, e abandonou. Enquanto isso, Damon Hill fez uma corrida espetacular de recuperação e venceu com incríveis 40 segundos de vantagem para o segundo colocado, Jean Alesi. Mais incrível ainda foi ter colocado uma volta do terceiro em diante. Michael Andretti conquistou seu melhor resultado na F1, mas foi demitido da McLaren. Um jovem finlandês de nome Mika Hakkinen o substituiu.

Mesmo assim teve tempo para um acidente espetacular. Christian Fittipaldi tentou ultrapassar o Pierluigi Martini, parceiro de Minardi. O italiano freou na reta e fez o carro do brasileiro decolar e dar um loop. Pra sua sorte, acabou caindo de frente sem grandes sustos.

Foto: Motorsport


1998. Disputa acirrada de Michael Schumacher e Mika Hakkinen. O alemão largou na pole com a surpreendente Williams de Jacques Villeneuve alinhando em segundo. A dupla da McLaren ficou na segunda fila. A corrida foi um passeio de Schumacher, que venceu sem dificuldades. Dessa vez, teve dobradinha ferrarista em Monza, pra delírio dos tifosi. Eddie Irvine foi o segundo e Ralf Schumacher, com a Jordan, chegou em terceiro. Pela primeira vez dois irmãos estavam em um pódio na F1.


Finalmente. 2008. Enquanto Hamilton, Massa e até Kubica duelavam pelo título, um temporal em Monza fez tudo mudar. Grandes surpresas e a história sendo feita. Um tal de Sebastian Vettel fez sua primeira pole na carreira, a primeira e até hoje única da Toro Rosso e o mais jovem da história a conseguir tal feito. Heikki Kovalainen (McLaren) ficou em segundo e uma surpreendente segunda fila formada por Mark Webber (Red Bull) e Sebastien Bourdais (Toro Rosso). Massa foi o sexto e Hamilton somente o 15°.

A largada com Safety Car fez Vettel disparar na frente. Hamilton, Alonso e Kubica optaram por fazer uma parada mais longa, ganhando posições. Lewis chegou a ser o segundo, mas a pista secou e os três foram obrigados a fazer um novo pit stop. No fim das contas, Vettel dominou o fim de semana todo e venceu pela primeira vez na carreira e até então o mais jovem da história a conseguir tal feito, bem como o responsável pela única vitória da Toro Rosso até aqui. Kovalainen foi o segundo e Kubica (BMW Sauber) o terceiro, com Alonso (Renault) em quarto, Heidfeld (BMW Sauber) em quinto, Massa em sexto e Hamilton em sétimo.

A vantagem do inglês para o brasileiro caiu para um ponto (78 a 77), e Cingapura prometia ser uma corrida histórica, a primeira realizada à noite. Bem, foi histórica, né?



Menção honrosa para 2003: depois de ter sido dominado na Hungria (levando uma volta do vencedor Alonso), a Ferrari reagiu e começou a caminhada do hexa de Schumi em Monza. Largado na pole, manteve a posição para vencer e seguir na liderança do campeonato. Montoya foi o segundo e Rubinho o terceiro, com Raikkonen em quarto. Faltando duas etapas para o fim, três pilotos de três equipes diferentes disputavam o título, uma raridade naqueles anos de Era Schumi.




Espero que tenham gostado.

Até!

terça-feira, 17 de julho de 2018

HISTÓRIAS DE HOCKENHEIM

Foto: Instituto Ayrton Senna
No post de hoje, quatro histórias de corridas disputadas em Hockenheim. O Grande Prêmio da Alemanha volta ao calendário depois de dois anos fora, envolto em diversos problemas financeiros entre o circuito de Nurburgring. Diante da nova política da Liberty Media em valorizar os palcos históricos da Europa, a tendência é que os alemães não irão ficar de fora tão cedo do circo, justamente de onde são a atual tetracampeã do mundo de construtores e o piloto que busca o penta. Vamos lá:

Na temporada onde a McLaren destroçou as rivais (saudades, né?), Hockenheim mais uma vez foi palco da disputa Senna x Prost. Por falar nisso, duas semanas antes, o circuito teve o show de Michael Jackson em sua Bad Tour.

Na pista, o mesmo de sempre: o MP4/4 passando por cima de todos. Senna na pole e Prost em segundo. O francês tinha seis pontos de vantagem no campeonato (54 a 48), com quatro vitórias de cada um em oito etapas no ano. Na largada, o brasileiro se manteve na frente, enquanto o francês foi superado pela Ferrari de Gerhard Berger e a Benetton de Alessandro Nannini. Nelson Piquet, com a Lotus, acabou acertando a barreira de pneus logo na largada e abandonou.

Depois de doze voltas, Prost voltou a segunda posição e assim ficou definido: vitória tranquila de Senna, a quinta no ano e a décima primeira na carreira, diminuindo para apenas três pontos a desvantagem para o francês. Berger e Alboreto chegaram em terceiro e quarto para a Ferrari, Ivan Capelli com a March e Thierry Boutsen com a Benetton fecharam o top 6. Maurício Gugelmin foi o oitavo.


Pulamos dez anos. A McLaren seguia com o melhor carro, mas dessa vez tinha a ameaça de Schumacher com a Ferrari. Bem, na Alemanha isso não foi o caso. Hakkinen e Coulthard fizeram a dobradinha tanto no treino quanto na corrida, assim como Villeneuve pela Williams fechando o pódio. Damon Hill marcou seus primeiros três pontos com a Jordan em quarto, seguido pelos irmãos Michael e Ralf Schumacher fechando o top 6. Mika abriu 16 pontos de vantagem para Schumacher, consolidando a liderança da McLaren nos construtores. Rubinho, na Stewart, e Pedro Paulo Diniz, na Arrows, abandonaram logo no início da prova.


Cinco anos depois, uma nova disputa acirrada pelo título. Schumacher se recuperava de um início ruim, enquanto Raikkonen mantinha regularidade com a McLaren. No meio da temporada europeia, surgiu uma nova força: Juan Pablo Montoya e sua Williams. Ele fez a pole e venceu com mais de um minuto de vantagem em relação ao segundo colocado David Coulthard, com Jarno Trulli completando o pódio. Com pneu traseiro esquerdo furado faltando três voltas, Schumacher foi só o sétimo, chegando atrás de Cristiano da Matta. Raikkonen e Barrichello bateram na largada. Com o resultado, o colombiano assumiu a segunda posição do campeonato, seis pontos atrás do alemão.



Dez anos atrás. Outra disputa acirradíssima entre Ferrari e McLaren. Lewis Hamilton e Felipe Massa, ponto a ponto. Na Alemanha, Hamilton não teve dificuldades para fazer a pole e vencer. Nelsinho Piquet, que largou em 17°, aproveitou um Safety Car na pista para fazer uma parada a menos e chegar num surpreendente segundo lugar com a Renault, levando Felipe Massa com ele para o pódio. Foi a última vez que dois brasileiros estiveram no pódio. Isso não acontecia desde 1991, na Bélgica, quando Senna venceu e Piquet ficou em terceiro. Barrichello, na Honda, bateu e abandonou.

Com o resultado, Hamilton assumia a liderança do campeonato com 58 pontos, deixando Massa com 54, Raikkonen 51 e Kubica 48. Foi o único pódio de Nelsinho na F1, que no ano seguinte acabou demitido depois do escândalo do Cingapuragate.

Foto: Getty Images


Conclusão: saudades quando os brasileiros, a McLaren e a Williams brigavam lá na frente.

Até!

quarta-feira, 27 de junho de 2018

SHOW ANTES DO TERCEIRO HIATO

Foto: Getty Images
Depois de ter se beneficiado de ordens de equipes nas últimas duas edições e sofrido muitas críticas, muita coisa tinha mudado para Michael Schumacher naquele fim de semana de maio, quinze anos atrás.

A começar pelo fato de, diferentemente dos anos anteriores, quando estava sobrando no campeonato, dessa vez Schumi estava atrás. Depois de um péssimo início e uma reação que iniciou em Ímola, o alemão estava na vice-liderança do campeonato, atrás de um ainda jovem Kimi Raikkonen, que tinha vencido na Malásia e sendo bastante regular durante o campeonato.

A reação começou no sábado. Schumacher foi o último a entrar na pista, naquele antigo sistema de classificação. Em uma volta espetacular, superou Kimi e foi o pole. Montoya foi o terceiro, com um surpreendente Nick Heidfeld em quarto com a Sauber e Rubinho em quinto. Ainda na Jaguar, Pizzonia foi o oitavo, enquanto Cristiano da Matta foi o 13° com a Toyota.


No domingo, Schumacher fazia de tudo para disparar na ponta. Mais leve que Raikkonen e Montoya, que estavam em seu encalce, o alemão foi o primeiro a parar nos boxes. Parecia mais uma parada normal, mas algo estava estranho. A bomba de combustível (quando ainda podia reabastecer) ficou presa, derramando combustível na parte quente do carro, o que causou um princípio de incêndio. Doze segundos depois e com tudo solucionado, Schummy saiu com sua Ferrari em terceiro. Agora, precisava fazer uma corrida de recuperação no travado circuito de A1 Ring.

Logo na volta seguinte, Raikkonen foi para os boxes. Montoya, o outro rival, abandonou com problemas de motor em sua Williams. Caminho aberto para o alemão finalmente vencer com seus próprios méritos em solo austríaco. O sempre regular Raikkonen ficou em segundo e Barrichello, vencedor moral de 2002, fechou em terceiro. Button (BAR), Coulthard (McLaren), Ralf Schumacher (Williams), Webber (Jaguar) e Trulli (Toyota) fecharam o top-8 que pontuava. Na época, a pontuação era 10-8-6-5-4-3-2-1.

Apesar da terceira vitória seguida, Schumacher ainda pagava pelo péssimo início. A regularidade de Kimi manteve o finlandês na liderança do campeonato com 40 pontos, agora apenas dois a frente do então pentacampeão.

Diante de um campeonato tão equilibrado, essa vitória e a quebra de Montoya foram fundamentais para a conquista do sexto título de Schumacher, que se avizinhava não tão fácil - o que acabou se confirmando. Depois disso, a Áustria só retornou à F1 em 2014, quando Massa fez sua última pole da carreira. O resto é história.




Até!


quinta-feira, 28 de setembro de 2017

RETROSPECTIVA SEPANG

Foto: Bandeira Verde
Fala, galera! Como será a última corrida da F1 na Malásia, o blog resolveu listar as corridas mais significativas que aconteceram em Sepang para que você possa acompanhar. Vamos lá!

Foto: Lemyr Martins
Essa corrida eu publiquei no ano passado. A primeira vez da Malásia na F1 foi em 1999, na penúltima etapa do campeonato. Ela marcou o retorno de Michael Schumacher nas pistas após ter fraturado a perna em Silverstone. O alemão teve um fim de semana de gala: pole position e tinha tudo para coroar com uma vitória magistral. Entretanto, o então bicampeão mundial teve que fazer, quem diria, papel de escudeiro: no fim da prova, abriu passagem para o companheiro de equipe Eddie Irvine vencer e abrir vantagem para Mika Hakkinen na disputa pelo título. Dobradinha da Ferrari e tudo indicava que o jejum de 20 anos sem títulos seria quebrado pelo irlandês. Ledo engano: em Suzuka, Hakkinen venceu, Irvine foi apenas o quinto e o finlandês sagrou-se bicampeão mundial.


Foto: F1 Expert
O F2001 foi um dos carros mais dominantes da F1. Tudo indicava uma dobradinha Schumacher-Barrichello, até que as duas Ferraris escaparam da pista após derraparem na mancha de óleo deixada pela BAR de Olivier Panis, a chegada da chuva e um erro no pit de Rubinho fizeram as duas Ferraris caírem para as últimas posições. Entretanto, depois que a pista secou, os dois não tiveram dificuldades para escalar o pelotão e fazer uma das tantas dobradinhas que os dois protagonizaram nas seis temporadas que ficaram juntos na Ferrari.


Foto: Motorsport
Essa corrida de 2003 teve efeitos simbólicos para a F1. No começo da temporada, a McLaren continuou o projeto de 2002 e já havia vencido na Austrália com David Coulthard. Na Malásia, um jovem Fernando Alonso fez sua primeira pole position da carreira, até então o mais jovem a alcançar tal feito. Entretanto, a estratégia da McLaren prevaleceu e o também jovem Kimi Raikkonen venceu pela primeira vez na F1, aproveitando a quebra do companheiro e o incidente de Schumacher e Trulli na largada. De quebra, Alonso marcou a primeira pole e o primeiro pódio de um espanhol na categoria.



Foto: Gazeta Press
Em 2008, Raikkonen venceu pela segunda vez em Sepang. Entretanto, destaco essa corrida pelo erro de Felipe Massa. O brasileiro largou na pole e tinha tudo para vencer, mas acabou rodando sozinho e abandonou. Certamente essa foi uma das corridas que lhe custaram o título daquele ano.




Foto: Motorsport
A última corrida que foi interrompida antes da metade. Com isso, ela valeu menos pontos. Em 2009, o GP da Malásia teve apenas 33 voltas em virtude da forte chuva que começou a cair e não parou mais. Com o céu escurecendo e a ausência de luz natural, Button venceu e levou apenas 5 pontos; Nick Heidfeld foi o segundo, com 4 pontos e Timo Glock o terceiro, com 3; o início arrasador da Brawn e de Button foi o melhor de uma equipe estreante na história da F1, mas o que ficou marcado na memória dos fãs foi Kimi Raikkonen abandonando a pista para comer picolé.



Foto: Motorsport
Outra corrida marcada pela chuva. A dupla da McLaren (Hamilton e Button) largou na pole. Com a chuva aumentando de intensidade, a corrida chegou a ser paralisada e quem se deu melhor foi Alonso, que pulou para a liderança, seguido de Sérgio Pérez, da Sauber. Com a pista secando, o mexicano foi se aproximando do espanhol quando estranhamente errou e perdeu a chance de vencer pela primeira vez na carreira e na história da Sauber, mas conquistou seu primeiro pódio na carreira e levou Peter Sauber às lágrimas. O espanhol faturou a corrida malaia pela terceira vez na carreira.


Foto: Getty Images
Com a Mercedes dominando a F1 desde 2014, tudo se encaminhava para mais uma vitória tranquila das flechas de prata. Entretanto, para a surpresa de todos, a Ferrari superou os alemães na pista e Sebastian Vettel, o maior vencedor da história do circuito até então, venceu pela primeira vez com a Ferrari logo em sua segunda corrida pela equipe, quebrando um jejum de um ano e meio sem vitórias pessoais e de quase dois anos da Ferrari.




Foto: Getty Images
A imagem do campeonato. O momento que decidiu o título para Nico Rosberg no ano passado. Hamilton liderava tranquilamente até o motor estourar na volta 43. Isso permitiu uma dobradinha da Red Bull, com Ricciardo e Verstappen, seguidos de Rosberg em terceiro, quebrando um jejum de dois anos sem vitória do australiano e a primeira dobradinha taurina desde o Grande Prêmio do Brasil em 2013.




Gostaram das corridas selecionadas? Tem sugestão de outras temporadas? Participe!

Até!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

ESPECIAL BUTTON - Parte 2

Foto: Divulgação
Fala, galera! Tá chegando a segunda parte do Especial Jenson Button, revisitando a carreira deste grande piloto que no final de semana irá participar de sua última corrida na F1 (Será?). Hoje falaremos de seu período na BAR/Honda, onde conquistou seus primeiros pódios e sua primeira vitória na carreira.

Foto: F1Fanatic
Jenson chegou na equipe onde Villeneuve era um dos donos. O clima hostil prevaleceu desde o início. O campeão mundial disse que Button tinha marketing do que habilidade e parecia um membro de boy band. Button não ligou muito. Logo na primeira corrida, na Austrália, Villeneuve não parou na volta prevista e foi aos boxes na mesma volta de Button, que ficou atrás do canadense, esperando o pit stop, perdendo segundos preciosos. Villeneuve disse que teve um problema no rádio, mas a história não parecia muito verídica. Nas seis primeiras provas, Jenson marcou oito pontos contra três do seu companheiro de equipe (destaque para o quarto lugar na Áustria). Seu grande susto foi a batida à quase 300 km/h em Mônaco num treino de sábado, ficando inconsciente e, portanto, de fora da prova. Ele retornou na prova seguinte, no Canadá, e seguiu batendo Villeneuve, que sofria de inúmeros problemas técnicos e mecânicos. Button conquistou outro quarto lugar e terminou o campeonato com 17 pontos. Após o fim da temporada, foi anunciado que o japonês Takuma Sato seria seu parceiro de equipe no ano de 2004.


2004: Primeira pole e muitos pódios - Button começa a se destacar

Foto: Motorsport
Pela primeira vez na carreira, Button era o cara mais experiente da equipe. 2004 foi a sua melhor perfomance na carreira até então. Logo na segunda etapa, na Malásia, conquistou o primeiro pódio, chegando em terceiro. Na corrida seguinte, também chegou na mesma posição, no Bahrein. Duas semanas depois, a primeira pole: Ímola foi o palco, dez anos depois da morte de Senna e Ratzenberger. Na corrida, chegou em segundo, atrás de Schumacher e sua mais que dominante Ferrari F2004. O desempenho de Button foi impressionante: 10 pódios em 18 corridas e não pontuou em apenas três etapas. Com isso, o britânico foi o terceiro colocado no Mundial de Pilotos, atrás apenas de Schumacher e Barrichello e garantiu o vice-campeonato inédito da BAR/Honda nos construtores.


Última volta a partir de 1:34:00



Apesar do ano muito positivo dentro das pistas, Button se envolveu em uma polêmica contratual. No meio da temporada, ele assinou um contrato de dois anos para retornar a Williams. Foi uma decisão surpreendente, visto que a BAR era a segunda ou terceira força da F1 no momento e a equipe de Grove buscava se retornar ao topo. A BAR insistiu que tinha prioridade em exercer a cláusula de renovação automática e levou a questão à FIA. O staff de Button respondeu que a cláusula perdia validade caso a BAR estivesse ameaçada de perder os motores Honda para os próximos anos. Após uma batalha de judicial de dois meses, a FIA decidiu a favor da BAR, e Button permaneceu na equipe. David Richards, antigo chefão, foi substituído por Nick Fry depois da Honda comprar 45% da equipe, e Button trocou de empresário.

Foto: F1 Fansite
A temporada de 2005 prometia a manutenção do ótimo desempenho do ano anterior. Entretanto, isso não esteve nem longe de acontecer. O começo foi difícil: os dois carros da equipe abandonaram nas duas primeiras etapas (na Malásia, depois de apenas três voltas de corrida). No Bahrein, Jenson vinha de uma ótima corrida de recuperação. Estava em quarto depois de largar em 11°, mas teve que abandonar outra vez. Em San Marino, o terceiro lugar veio. Todavia, os comissários encontraram na inspecção pós-corrida que havia um segundo tanque de combustível mantido dentro do principal. O carro estava 5,4 kg abaixo do peso mínimo. Embora os comissários não tenham feito nada, a FIA apelou e levou para a Corte Internacional. Não se podia provar que a BAR agiu deliberadamente de má fé, mas os dois carros da BAR foram desclassificados da corrida de San Marino e a equipe foi suspensa da F1 por duas corridas.

Corrida de Ímola foi aquele pega histórico entre Alonso e Schumacher

A BAR retornou no GP da Europa. Button tentava melhorar,mas chegou em décimo. Ele surpreendeu todo mundo ao fazer a segunda pole da carreira no Canadá, mas bateu na volta 47 da corrida quando estava em terceiro. A corrida seguinte, dos Estados Unidos, foi a famosa "corrida dos seis carros", e a BAR estava zerada em nove corridas. Entretanto, depois disso Button pontuou em todas as corridas, com dois pódios (Alemanha e Bélgica), terminando a temporada em nono e a BAR em sexto nos construtores.


A segunda pole de Button começa em 1:38



Melhores momentos do GP da Alemanha de 2005


Pódio do GP da Bélgica de 2005


Pelo segundo ano seguido, Button envolveu-se em uma polêmica contratual com a Williams. Ele assinou um pré-contrato pelo time para a temporada 2006, mas no meio do caminho entendeu que as perspectivas na BAR eram melhores e que não era obrigado a ir para a equipe de Glove. Frank Williams exigiu a apresentação do piloto. Depois de alguns meses de negociação, Button pagou 18 milhões de libras pela liberação do contrato e permaneceu na BAR, que virou Honda. Os japoneses compraram da empresa de tabaco os 55% restantes das ações. Antes disso, a equipe havia anunciado a contratação de Rubens Barrichello, ex-Ferrari, para a próxima temporada. 

A continuação será no próximo post, que contará a trajetória de Button pela Honda. Até!