Mostrando postagens com marcador montoya. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador montoya. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de julho de 2018

HISTÓRIAS DE HOCKENHEIM

Foto: Instituto Ayrton Senna
No post de hoje, quatro histórias de corridas disputadas em Hockenheim. O Grande Prêmio da Alemanha volta ao calendário depois de dois anos fora, envolto em diversos problemas financeiros entre o circuito de Nurburgring. Diante da nova política da Liberty Media em valorizar os palcos históricos da Europa, a tendência é que os alemães não irão ficar de fora tão cedo do circo, justamente de onde são a atual tetracampeã do mundo de construtores e o piloto que busca o penta. Vamos lá:

Na temporada onde a McLaren destroçou as rivais (saudades, né?), Hockenheim mais uma vez foi palco da disputa Senna x Prost. Por falar nisso, duas semanas antes, o circuito teve o show de Michael Jackson em sua Bad Tour.

Na pista, o mesmo de sempre: o MP4/4 passando por cima de todos. Senna na pole e Prost em segundo. O francês tinha seis pontos de vantagem no campeonato (54 a 48), com quatro vitórias de cada um em oito etapas no ano. Na largada, o brasileiro se manteve na frente, enquanto o francês foi superado pela Ferrari de Gerhard Berger e a Benetton de Alessandro Nannini. Nelson Piquet, com a Lotus, acabou acertando a barreira de pneus logo na largada e abandonou.

Depois de doze voltas, Prost voltou a segunda posição e assim ficou definido: vitória tranquila de Senna, a quinta no ano e a décima primeira na carreira, diminuindo para apenas três pontos a desvantagem para o francês. Berger e Alboreto chegaram em terceiro e quarto para a Ferrari, Ivan Capelli com a March e Thierry Boutsen com a Benetton fecharam o top 6. Maurício Gugelmin foi o oitavo.


Pulamos dez anos. A McLaren seguia com o melhor carro, mas dessa vez tinha a ameaça de Schumacher com a Ferrari. Bem, na Alemanha isso não foi o caso. Hakkinen e Coulthard fizeram a dobradinha tanto no treino quanto na corrida, assim como Villeneuve pela Williams fechando o pódio. Damon Hill marcou seus primeiros três pontos com a Jordan em quarto, seguido pelos irmãos Michael e Ralf Schumacher fechando o top 6. Mika abriu 16 pontos de vantagem para Schumacher, consolidando a liderança da McLaren nos construtores. Rubinho, na Stewart, e Pedro Paulo Diniz, na Arrows, abandonaram logo no início da prova.


Cinco anos depois, uma nova disputa acirrada pelo título. Schumacher se recuperava de um início ruim, enquanto Raikkonen mantinha regularidade com a McLaren. No meio da temporada europeia, surgiu uma nova força: Juan Pablo Montoya e sua Williams. Ele fez a pole e venceu com mais de um minuto de vantagem em relação ao segundo colocado David Coulthard, com Jarno Trulli completando o pódio. Com pneu traseiro esquerdo furado faltando três voltas, Schumacher foi só o sétimo, chegando atrás de Cristiano da Matta. Raikkonen e Barrichello bateram na largada. Com o resultado, o colombiano assumiu a segunda posição do campeonato, seis pontos atrás do alemão.



Dez anos atrás. Outra disputa acirradíssima entre Ferrari e McLaren. Lewis Hamilton e Felipe Massa, ponto a ponto. Na Alemanha, Hamilton não teve dificuldades para fazer a pole e vencer. Nelsinho Piquet, que largou em 17°, aproveitou um Safety Car na pista para fazer uma parada a menos e chegar num surpreendente segundo lugar com a Renault, levando Felipe Massa com ele para o pódio. Foi a última vez que dois brasileiros estiveram no pódio. Isso não acontecia desde 1991, na Bélgica, quando Senna venceu e Piquet ficou em terceiro. Barrichello, na Honda, bateu e abandonou.

Com o resultado, Hamilton assumia a liderança do campeonato com 58 pontos, deixando Massa com 54, Raikkonen 51 e Kubica 48. Foi o único pódio de Nelsinho na F1, que no ano seguinte acabou demitido depois do escândalo do Cingapuragate.

Foto: Getty Images


Conclusão: saudades quando os brasileiros, a McLaren e a Williams brigavam lá na frente.

Até!

quarta-feira, 27 de junho de 2018

SHOW ANTES DO TERCEIRO HIATO

Foto: Getty Images
Depois de ter se beneficiado de ordens de equipes nas últimas duas edições e sofrido muitas críticas, muita coisa tinha mudado para Michael Schumacher naquele fim de semana de maio, quinze anos atrás.

A começar pelo fato de, diferentemente dos anos anteriores, quando estava sobrando no campeonato, dessa vez Schumi estava atrás. Depois de um péssimo início e uma reação que iniciou em Ímola, o alemão estava na vice-liderança do campeonato, atrás de um ainda jovem Kimi Raikkonen, que tinha vencido na Malásia e sendo bastante regular durante o campeonato.

A reação começou no sábado. Schumacher foi o último a entrar na pista, naquele antigo sistema de classificação. Em uma volta espetacular, superou Kimi e foi o pole. Montoya foi o terceiro, com um surpreendente Nick Heidfeld em quarto com a Sauber e Rubinho em quinto. Ainda na Jaguar, Pizzonia foi o oitavo, enquanto Cristiano da Matta foi o 13° com a Toyota.


No domingo, Schumacher fazia de tudo para disparar na ponta. Mais leve que Raikkonen e Montoya, que estavam em seu encalce, o alemão foi o primeiro a parar nos boxes. Parecia mais uma parada normal, mas algo estava estranho. A bomba de combustível (quando ainda podia reabastecer) ficou presa, derramando combustível na parte quente do carro, o que causou um princípio de incêndio. Doze segundos depois e com tudo solucionado, Schummy saiu com sua Ferrari em terceiro. Agora, precisava fazer uma corrida de recuperação no travado circuito de A1 Ring.

Logo na volta seguinte, Raikkonen foi para os boxes. Montoya, o outro rival, abandonou com problemas de motor em sua Williams. Caminho aberto para o alemão finalmente vencer com seus próprios méritos em solo austríaco. O sempre regular Raikkonen ficou em segundo e Barrichello, vencedor moral de 2002, fechou em terceiro. Button (BAR), Coulthard (McLaren), Ralf Schumacher (Williams), Webber (Jaguar) e Trulli (Toyota) fecharam o top-8 que pontuava. Na época, a pontuação era 10-8-6-5-4-3-2-1.

Apesar da terceira vitória seguida, Schumacher ainda pagava pelo péssimo início. A regularidade de Kimi manteve o finlandês na liderança do campeonato com 40 pontos, agora apenas dois a frente do então pentacampeão.

Diante de um campeonato tão equilibrado, essa vitória e a quebra de Montoya foram fundamentais para a conquista do sexto título de Schumacher, que se avizinhava não tão fácil - o que acabou se confirmando. Depois disso, a Áustria só retornou à F1 em 2014, quando Massa fez sua última pole da carreira. O resto é história.




Até!


sábado, 27 de maio de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #30 - Especial Indy

Foto: Divulgação
Fala, galera! Esse post traz um resumão com vídeos e estatísticas da Indy 500, que terá sua 101ª disputada no domingo.

Começando com os maiores vencedores:  A.J. Foyt (1961, 1964, 1967 e 1977), Al Unser (1970, 1971, 1978 e 1987) e Rick Mears (1979, 1984, 1988 e 1991) são os maiores vencedores da prova.
Logo atrás, está o brasileiro Helio Castroneves (2001, 2002 e 2009), Dario Franchitti (2007, 2010 e 2012), Johnny Rutherford (1974, 1976 e 1980) e Bobby Unser (1968, 1975 e 1981).


Helinho, além de ser o brasileiro que mais venceu a Indy 500, é o único que venceu as duas primeiras edições consecutivamente (como rookie e na sequência) e, na terceira corrida, foi o segundo. Um retrospecto excelente!



Emerson Fittipaldi tem duas vitórias (1989 e 1993); Gil de Ferran (2003) e Tony Kanaan (2013) uma, totalizando sete. Excetuando os EUA, que têm 70 triunfos e desconsiderando o Reino Unido, o Brasil é o país que me venceu as 500 Milhas de Indianapólis.


Alexander Rossi pode repetir um feito e tanto: ser o sexto piloto da história a vencer duas Indy 500 consecutivas. O último foi justamente Hélio Castroneves, o único novato bicampeão em sequência. Outros pilotos que venceram consecutivamente as 500 Milhas: Wilbur Shaw (1939-1940), Mauri Rose (1947-1948), Bill Vukovich (1953-1954) e Al Unser (1970-1971).

Foto: USA Today
Scott Dixon conquistou a sua terceira pole em Indianápolis, mas só venceu em 2008, quando largou na posição de honra pela primeira vez. O recorde é de Rick Mears, com seis. O último pole a vencer foi Hélio Castroneves, em 2009.


O vencedor mais jovem da história das 500 Milhas é Troy Ruttman. Ele tinha 22 anos e 80 dias em 1952. O mais velho é Al Unser, que tinha 47 anos e 360 dias quando venceu em 1987. A.J.Foyt é quem mais participou da Indy 500: 35 vezes.
O vencedor que saiu da pior posição de largada foi a 28°, com Ray Harroun (1911) e Louis Meyer (1936).

Graham Hill é o único que venceu a tríplice coroa do automobilismo: Indy, Le Mans e Mônaco. Ele venceu em Indianápolis em 1965, cinco vezes em Mônaco (1963, 1964, 1965, 1968 e 1969) e uma vez as 24 Horas de Le Mans (1972)

Além de Hill, outros quatro pilotos foram campeões mundiais da Fórmula 1 e vencedores da Indy 500: Jim Clark (1965 na Indy e campeão em 1963 e 1965 na F1), Mario Andretti (1969 na Indy e 1978 na F1), Emerson Fittipaldi (1989 e 1993 na Indy; 1972 e 1974 na F1) e Jacques Villeneuve (1995 na Indy e 1997 na F1). A.J. Foyt venceu Le Mans e Indy.


Além de Graham Hill, Montoya também venceu o GP de Mônaco (2003) e as 500 Milhas (2000 e 2015).

Historicamente, como não poderia deixar de ser, quem larga nas primeiras posições tem grande chance de ganhar a prova. O pole venceu 20 vezes, a última com Hélio Castroneves, em 2009. 11 vencedores da Indy 500 largaram em segundo e terceiro. Alonso, que larga em quinto, pode quebrar um tabu de 21 anos: o último vencedor que largou nessa posição foi Buddy Lazier, em 1996. Nunca o último do grid conseguiu vencer as 500 Milhas de Indianápolis.

Agora, é só aguardar o domingo para que a história continue sendo feita...

Até mais!

Antes, faltou as vitórias de Gil de Ferran (2003), com três brasileiros nas três primeiras posições (Castroneves em segundo e Tony Kanaan em terceiro) e de Tony Kanaan (2013)




segunda-feira, 25 de maio de 2015

VITÓRIA HISTÓRICA E ERRO GIGANTE

Foto: AFP

Mônaco, volta 64. O de sempre. Corrida chata, sem chuva, sem safety car, tudo encaminhado... Eis que Verstappinho ousadia e alegria tenta ultrapassar Grosjean e acaba batendo na Saint Devote. Uma baita pancada, diga-se de passagem. O Safety Car veio.

Aí, tudo mudou. Com os pneus macios desgastados, Hamilton perguntou para a equipe se ele poderia parar e voltar à frente de Rosberg e Vettel. O cálculo foi feito, e constatou-se que sim, essa estratégia poderia ter sido feita. Hamilton pensou que os dois iam parar, colocar supermacios e atacá-lo incessantemente até final. Temia que os gastos pneus macios não dariam conta, mesmo em Monte Carlo. Bom, Rosberg e Vettel não pararam. Lewis foi pros boxes, perdeu um tempinho e voltou atrás de ambos.

Faltando 7 voltas para o final, o desespero tomou conta do bicampeão, que foi pra cima de Vettel enquanto Rosberg disparava. Não adiantou. O Alemão da Mercedes fez história: Terceira vitória consecutiva no Principado, igualando feitos de gente como Graham Hill, Alain Prost e Ayrton Senna. "Caiu do céu" é verdade, mas o que Rosberg tem a ver com isso? Tem que comemorar e muito, pois o que seria uma desvantagem de 27 pontos caiu para 10 (126 a 116).

E o que restou para Lewis? Vi muita gente criticando sua falta de desportividade, "que não sabe perder", "é mimado", essas bobagens. Se coloquem na situação do cara: Dominou o fim de semana inteiro, fez pole, tava com 20 segundos de vantagem, tudo encaminhado para vencer mais uma prova no campeonato e acontece o que aconteceu. O Inglês estava extremamente irritado e de má vontade na cerimônia do pódio, cumpriu o protocolo e no pós-corrida dividiu a responsabilidade com a equipe. Mais uma vez a Mercedes faz o campeonato pegar fogo em Mônaco.

Falando do resto: Red Bull possivelmente fez seu melhor desempenho do ano. Sem precisar depender do motor Renault, Kyvat ganhou a posição de Ricciardo na largada e terminou em 4°, apesar do Australiano ter o ultrapassado no final da corrida pelo fato de estar com pneus supermacios e tentar perseguir Hamilton. Já que não conseguiu, no final houve o retorno do jogo de equipe. Sérgio Pérez confirmou o bom final de semana chegando em 7° e ultrapassando Hulkenberg no campeonato.

Os primeiros pontos da McLaren vieram!!! Button aproveitou uma série de abandonos e foi o oitavo. 4 pontinhos para a McLaren Honda. A última vez que a parceria havia pontuado foi há 23 anos, com a vitória de Gerhard Berger no GP da Austrália, em Adelaide. Alonso, novidade: Teve problemas no carro e abandonou.

Felipe Nasr. Sempre aproveitando as chances que lhe aparecem. Nona posição, mais dois pontinhos para a Sauber. O 'rookie' impressiona pela sua tranquilidade e eficiência na categoria, parece um veterano de tão maduro que aparenta ser. Grande trabalho do Brasileiro em seu ano de estreia.

A Williams, como era esperado, sofreu. Massa sofreu um toque de Hulkenberg logo na largada e sua corrida acabou ali. Foi para os boxes se arrastando, fez o pit e seguiu na corrida, sempre 1 volta atrás do resto do pelotão. Sinceramente não entendi porque o Brasileiro não abandonou a prova para não desgastar o motor, mas enfim... Foi o 15°, apenas uma posição atrás de seu companheiro Valtteri Bottas. Confira a classificação completa da corrida:



NA INDY...

Foto: Grande Prêmio
OUTRA VITÓRIA HISTÓRICA - 500 Milhas de Indianopólis emocionante, como sempre. De tirar o fôlego. Muitas ultrapassagens, disputas, acidentes  e suspense até o final. Tony Kanaan bateu e abandonou. A corrida inteira houve alternância na liderança entre Pagenaud, Dixon, Will Power e Kanaan. No final, o mito Juan Pablo Montoya cresceu e venceu pela segunda vez na carreira (a primeira foi em 2000) uma das corridas mais icônicas do automobilismo. São 2 vitórias em 3 Indy 500 disputadas, um aproveitamento invejável. Hélio Castroneves foi o 7°. 

Ah, a próxima corrida será daqui 2 semanas no Grande Prêmio do Canadá, nos dias 5, 6 e 7 de junho. Até lá!