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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

NOVA CARREIRA

Foto: Motorsport
Você está jogando um save de F1, sendo um piloto ou administrando uma equipe. Geralmente, tudo começa no início (uma redundância). Dessa vez, acontece de você estrear no meio da temporada. É o caso da tal Racing Point Force India, equipe comprada pelo consórcio de Lawrence Stroll que substitui a simpática Sahara Force India, de Vijay Mallya e Bob Fernley, chefe de equipe que já foi mandado embora pela nova administração. Um bom nome no mercado, não é mesmo Williams?

Mas por que Racing Point e tudo novo, embora pareça tudo igual? Para comprar a inscrição da Force India "original", a nova administração teria que pedir diversas autorizações de vários bancos da Índia que possuem acordos com a Force India das antigas. Não haveria tempo hábil para tais procedimentos. Ou seja: o grupo de Stroll comprou a estrutura da equipe (carros e funcionários), e não a inscrição, que ainda pertence a Force India S.A., que foi a falência depois de vários processos contra Vijay, que chegou a ser preso em Londres e pode ser deportado para o país de origem.

No regulamento, uma equipe só pode mudar de nome sem perder os pontos do Mundial se houvesse unanimidade das equipes. McLaren, Williams e Renault acabaram vetando. Possuem diferentes interesses nisso. É uma pena, mas faz parte do jogo. Resumindo: a Racing Point Force India está no Mundial de F1, mas zerada, assim como seus pilotos, Sérgio Pérez e Esteban Ocon.

A Force India acabou. Surge uma nova equipe, com a mesma estrutura da anterior. Outra consequência disso é que a nova administração não vai receber o dinheiro dos direitos comerciais que teria direito pelos próximos dois anos, pois o regulamento diz que uma nova equipe só recebe essa parte da grana se ficar ao menos duas vezes no top 10 em três anos. Só em 2020 que a grana vai entrar nos cofres de Stroll. Convenhamos: é bem possível que a tal Racing Point já ultrapasse a Williams nessa corrida e a Sauber na próxima. Com só dez equipes no Mundial, não há mais dramas.

Foto: Race Fans
Com isso, chega oficialmente ao fim a linda trajetória da simpática Force India (por isso era tolerável esse nome). 191 corridas. Saiu do fim do grid para pódios e até o ano passado era a quarta força do grid, quase falida, apenas com a capacidade de seus profissionais. Logo no segundo ano da equipe, o melhor momento de sua trajetória: a pole de Giancarlo Fisichella justamente em Spa, nove anos atrás. O italiano chegou em segundo na corrida, o melhor resultado da história da jovem equipe, que teve outros cinco pódios, todos conquistados por Sérgio Pérez. O último foi em Baku, meses atrás.

Se o aspecto financeiro deixou a desejar nos últimos anos, fruto da picaretagem de Vijay e do alto custo da F1, a Force India fez um trabalho honesto nas pistas, subindo degrau a degrau para se tornar uma das principais equipes do meio do pelotão, sem a ajuda de uma montadora ou algo do tipo. Para se orgulhar.

E a tal Racing Point?

Que nome feio pra caralho. Nem parece coisa de corrida. Lembra Match Point ou alguma loja de produtos automotivos, algo do tipo. Dessa vez nem carisma salva, até porque isso não existe com Strolls no comando. Aliás, é hora de projetar algumas coisas.

Ao menos para a corrida da Bélgica, Pérez e Ocon seguem na nova velha equipe. Depois, as coisas se complicam. Pelo que a imprensa europeia noticia, Pai Stroll quer colocar o filho na equipe a partir do GP da Itália, no lugar de Ocon. O francês, por sua vez, iria para a McLaren substituir Vandoorne. Kubica assumiria o lugar de Stroll na Williams, que poderia ter Nikita Mazepin como titular no ano que vem, impulsionado pelo dinheiro de outro pai bilionário.

É uma viagem muito grande, uma bagunça revoltante. O que se sabe, certamente, é que o Stroll vai correr pela Racing Point, cedo ou tarde, na Itália ou em 2019. Olha só que legal o clima: correndo na Williams contra o time do pai. Onde foi que a F1 errou?

Vai ser difícil ter qualquer simpatia pela tal Racing Point Force India, mas enquanto Pérez e Ocon tentarei me esforçar. Depois, vai ser difícil. Veremos se, com dinheiro, se mantém a administração eficiente da outrora simpática equipe ex-indiana.

Até!

terça-feira, 31 de julho de 2018

DEFININDO O FUTURO

Foto: Getty Images

Com a folga de um mês da Fórmula 1, o foco das notícias passa a ser sobre o mercado de pilotos para a próxima temporada. Excetuando as três grandes (Ricciardo tem tudo para renovar com a Red Bull), o restante do grid não tem contrato definido para 2019. Vamos dar uma passadinha em cada caso para tentar destrinchar o que vai acontecer no ano que vem.

Começamos pela situação mais complexa e dramática. Na última sexta-feira, a Mercedes e Sérgio Pérez ingressaram na justiça contra a equipe, que deve cerca de R$ 50 milhões para eles. A Force India decretou  falência e está sendo administrada pelo Ministério Público inglês enquanto aguarda compradores. Segundo a imprensa europeia, além de Lawrence Stroll, os donos da BWT (empresa que patrocina o time) e a própria Mercedes estariam interessados na compra do espólio.

No entanto, esse no momento não parece ser o principal drama dos indianos. Para continuar no grid nessa temporada, a Force India precisa da aprovação de todas as equipes e, segundo a “Auto Motor und Sport”, McLaren, Williams e Renault são contrárias a isso. As duas primeiras pensam no campeonato e a Renault deseja quebrar o domínio político de Ferrari e Mercedes. Caso isso continue, é possível que a equipe só volte no ano que vem, sob nova direção. Enquanto isso, caso Stroll seja acionista, é provável que o filhote vá para lá. Pérez, que está se mexendo para salvar o time, deve permanecer também.


Pérez e Vijay: inevitável cisão para tentar salvar a equipe. Foto: Reprodução

Até porque tanto Toto Wolff quanto Cyril Abiteboul confirmam que estão negociando a ida de Esteban Ocon para a equipe francesa no ano que vem. A instabilidade da Force India é um bom motivo para trocar de ares. Vale lembrar que Ocon já foi piloto reserva da Renault em 2016. Nico Hulkenberg segue na equipe. Pode sobrar para Carlos Sainz Jr.

Com a renovação de Ricciardo praticamente encaminhada com a Red Bull, o espanhol vai seguir sem espaço nos taurinos. Caso Ocon vá de fato para a Renault, qual seria o destino de Sainz? Bom, muitos apontam que ele pode ser o companheiro de Fernando Alonso na McLaren, formando uma dupla espanhola em Woking. Stoffel Vandoorne está longe de convencer e Lando Norris ainda não mostra estar pronto para subir para a F1.

No entanto, não é mistério que a jovem promessa inglesa foi procurada poucos meses atrás pela Toro Rosso para substituir o eterno tampão Brendon Hartley. Quem seria o parceiro de Pierre Gasly? No momento, não há outro piloto da academia dos taurinos com nível suficiente para adentrar a F1.

Alonso e Sainz: compatriotas podem ser parceiros na McLaren em 2019. Foto: Getty Images 
Por falar em promessa, quem está mostrando resultado na F2 é George Russell, atual líder da categoria. Ele já chegou a fazer alguns testes na Force India e também é piloto Mercedes. Com a negociação da cessão do câmbio dos alemães para o time de Grove em 2019, também é possível que os tentáculos das flechas de prata se extendam para outros negócios. Caso Stroll vá para a Force India, abriria-se um espaço para a chegada do jovem britânico. Pérez também já foi especulado, assim como Kubica também é um nome que está ventilando por lá.


Na Sauber, a morte de Marchionne deixa algumas dúvidas quanto a parceria estabelecida com os italianos, que colocaram o espólio da Alfa Romeo no carro. Leclerc certamente não permanece. Vai para a Ferrari ou a Haas. Não se sabe o quanto Ericsson ainda manda (se é que manda na equipe ainda, que até ano passado tinha como dono um investidor sueco). Pode ficar como pode sair. Se os dois saírem, certamente uma das vagas será preenchida por Antonio Giovinazzi, da academia da Ferrari e que disputou duas corridas ano passado. Se Ericsson também sair, pode ser que Antonio Fuoco, da F2, ou até mesmo Kimi Raikkonen pudesse retornar para a equipe onde tudo começou, em 2001.

Raikkonen ou Leclerc: um dos dois vai ser companheiro de equipe de Vettel no próximo ano. Foto: Motorsport


Para finalizar, na Haas, Grosjean vai ser substituído. A falta de resultados vai pesar, ao contrário de Magnussen,que deve permanecer. Uma dessas vagas pode ser de Charles Leclerc, caso não vá para a Ferrari. Provavelmente deve evoluir um passo em um carro melhor para amadurecer e mostrar serviço. A Haas também tem parceria com a Ferrari. Correm com a versão ferrarista do ano passado, praticamente. Outro candidato a vaga é Sérgio Pérez, oferecendo seu aporte financeiro por aí caso as tratativas com a Force India (ou o que sobrou dela) fracassem.

Por enquanto, tudo é muito nebuloso e incerto. Nos próximos meses, entretanto, os movimentos serão feitos. Os mais importantes: Daniel Ricciardo e Fernando Alonso. O que os dois fizerem vai influenciar boa parte das outras conjecturas, como um efeito dominó. Aguardemos que tudo isso vai se resolver provavelmente somente no ano que vem.

Até!

terça-feira, 3 de julho de 2018

UM MÊS PARA SOBREVIVER - Parte 2

Foto: The Drive
Se os indianos conseguiram se sustentar nos últimos meses, talvez a história da Force India pode ter um final definitivo no fim desse mês. São as informações que circulam no paddock.

Como já relatado no texto de março, a equipe indiana segue com gravíssimos problemas financeiros, agravados diante dos altos custos da F1 e a falta de receitas. A negociação com uma empresa de bebidas não prosperou, e a situação continua periclitante.

Caso não haja um comprador, a Force India pode fechar as portas no fim do mês, porque a partir daí não vai ter mais nada nos cofres. No fim de semana, o CEO da Liberty e da F1 Chase Carey se reuniu com Bob Fenrley, chefe administrativo do time. Nos últimos meses, a equipe não está conseguindo pagar os fornecedores e nem o transporte dos equipamentos para os GPs. Situação semelhante a que viveu a Lotus em 2015, antes de ser comprada pela Renault.

Nos últimos anos, a Force India já recebia a premiação antecipada da temporada durante o ano. Entretanto, desde a chegada da Liberty Media ao comando da categoria que os indianos não recebem mais esse dinheiro adiantado. Agora, para fazer esse adiantamento, é necessária a aprovação de todas as equipes. Os indianos chegaram a pedir no início da temporada. Apenas a Williams vetou a ação.

A solução óbvia é a venda da equipe. Aí, entretanto, o buraco é mais embaixo. Vijay Mallya, o dono, está preso na Inglaterra e há anos se arrasta um processo para ser extraditado para a Índia. Uma das formas de compra da equipe é através das regras do compilance, que ficou mais rígida nos últimos anos ("é o conjunto de regras para que as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da empresa sejam cumpridas, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer", segundo explicação da reportagem do Voando Baixo no globoesporte.com)

Vijay Mallya, dono da Force India, onde acumulou dívidas e problemas com a justiça. Foto: Zimbio
Outro problema é a suspeita de que a Force India tenha dívidas ocultas, o que sempre é um risco para futuros investidores. A melhor possibilidade para que saia um negócio rápido seria Vijay pedir concordata para a Force India. Assim, a justiça britânica ficaria sob administração e evitaria justamente que algum possível interessado fosse surpreendido com essas tais possíveis dívidas ocultas.

Segundo a imprensa europeia, existem três interessados na equipe: um americano que tem ligações com John Malone, da Liberty Media, um russo e Andreas Weißenbacher, dono da BWT, empresa especializada em tecnologia de águas e atual patrocinadora principal do time. Um tempo atrás, chegou-se a cogitar que a Mercedes poderia entrar no negócio e transformar a Force India em uma "Mercedes B", a exemplo da Sauber com a Ferrari e da Toro Rosso com a Red Bull (se bem que Ocon está lá como forma de baratear o custo dos motores alemães no time).

É o primeiro pepino que a Liberty Media tem para lidar na sua administração. Ela, que pensa tanto em 2021, quando acaba o Pacto de Concódia, precisa dar um jeito de pensar e agir no agora, para evitar que a F1 tenha 18 carros a partir da segunda metade do ano. Do jeito que os custos estão e as equipes se movimentam, é cada vez mais real a "DTMtização" da categoria, com equipes de fábrica (Renault, Ferrari, Red Bull e Mercedes) e suas equipes satélites (Williams, Force India, Haas, Sauber, Toro Rosso) e a McLaren como uma "meia-satélite, meia-fábrica".

A Williams já disse que se as coisas não mudarem, vai pular fora também. A McLaren não está em situação confortável também. Ou seja, são mais do que necessárias medidas para baratear os custos e tornar a categoria suscetível de interesse para outras montadoras, que aguardam o que vai se desenrolar para 2021, adentrar na categoria. Não é a toa que o interesse de todas é a Fórmula E, mais barata, moderna e rentável.

Em suma: salvem a F1, por favor!

Até!


quinta-feira, 29 de março de 2018

UM MÊS PARA SOBREVIVER

Foto: Getty Images
A situação não é novidade. Nos últimos anos, a Force India vem lidando com a crise financeira na equipe. O dinheiro farto que vinha do carismático (porém picareta) Vijay Mallya começou a diminuir. Acusado de evasão, fraude fiscal e lavagem de dinheiro foi preso no ano passado, mas pagou fiança. Os ingleses tentam extraditá-lo para a Índia, onde sonegou bastante grana do governo indiano.

Mesmo assim, os resultados da equipe foram inversamente proporcionais a sua capacidade de investimento. Organizada, com um bom corpo técnico e pilotos competentes ao longo dos anos, em dez anos a Force India saiu do fim do grid para ser a quarta força da F1 nos últimos dois anos. A verdadeira continuação da também carismática Jordan, que conseguiu algumas vitórias e chegou a sonhar com o título de 1999 com Heinz Harold Frentzen.

Com a implementação do Halo e o encarecimento cada vez maior dos custos para sustentar uma equipe, a Force India teve uma queda compreensível de patamar nesse início de temporada. Pérez e Ocon foram apenas 11° e 12°. A quarta força virou a sétima. Pontuar sem os azares dos outros virou tarefa complicada. Mas o pior pode surgir.

As primeiras glórias: pole e segundo lugar de Fisichella em Spa, em 2009. Foto: Getty Images


Desde o ano passado, haviam negociações com um grupo britânico de bebidas energéticas para que fosse assumido as operações da equipe. Tudo estava próximo de um desfecho. Entretanto, não deu certo. Agora, o problema é outro. Bob Fernley, chefão da Force India, tem cerca de um mês para finalizar toda essa situação. Do contrário, a Force India irá acabar.

Ele se diz confiante em um desfecho positivo. Uma outra alternativa, que era antecipar a renda oficial na divisão dos lucros na F1 e premiações, foi vetada pela Williams, que se esforça para ser a equipe mais pau no cu do grid.

Tudo converge para que em 2021 sejam feitas (ou irão tentar) grandes mudanças na F1. Em tudo. Enquanto isso, tudo pode acabar bem antes disso. Vejamos: se a Force India encerrar as operações, teremos a vexatória presença de somente 18 carros (o menor grid de todos). Como consequência, Williams e Sauber passarão a ser as lanternas. Quem vai investir neles? Entende o efeito dominó? Numa visão catastrófica, tudo pode se limitar a 14 carros.

Nos últimos anos, a F1 se assemelha a DTM, onde grandes corporações comandam tudo (leia-se Mercedes, Ferrari e Red Bull). Equipes e pilotos satélites. A maioria das equipes vive grandes dificuldades financeiras. Isso é mais do que um aviso óbvio: que a FIA/Liberty crie condições de tornar a categoria agradável em todos os aspectos para... todos (desculpe a redundância). "Ah mas a Ferrari fica ameaçando sair da F1, Mercedes e Red Bull também". Que saiam. Elas dependem mais da categoria do que o outro. Que criem seu próprio mundinho. Quero ver até onde isso vai dar.

Precisamos de mais Force India, Jordan, Minardi, Lotus, Brabham... ode aos garagistas! Esses sim transmitem a paixão de estar na F1. Que dê tudo certo e isso seja apenas mais um obstáculo superado.

Até!

quarta-feira, 28 de junho de 2017

RUMORES

Foto: Getty Images
Otmar Szafnauer, diretor-executivo da Force India, confirmou a revista alemã "Auto Motor und Sport" que a equipe indiana ingressou na FIA pedindo a mudança do nome da equipe para Force 1 no ano que vem. A justificativa de Vijay Mallya é tornar a equipe "mais internacional" para os investidores. O viés inicial nacionalista já teria sido superado. Ele nega que essa internacionalização da equipe se deva ao fato de estar enfrentando problemas com o governo do país, fruto de uma dívida referente a falência da empresa aérea Kingfisher. Convém destacar que esse ano o carro já é rosa (em virtude da empresa BWT), sem os detalhes das cores da bandeira da Índia, e nos últimos o bólido chegou a ser preto e prateado.

Olha, Force India é um nome estranho mas que todos estamos já acostumados. Se for trocar, que seja um nome decente ao invés de Force 1. Parece nome de nave espacial de filme de ficção científica. Cruzes.

Foto: Motorsport
Alonso empurrou, nas entrelinhas, seu compatriota Carlos Sainz Jr para a McLaren a partir do ano que vem. "Neste momento nós não somos competitivos, mas a McLaren vai ser sempre a McLaren. Em algum momento vai estar novamente no pódio, entre os cinco primeiros. Sempre vai estar ali. Depois de três anos difíceis, os bons tempos virão. Não sei se a McLaren vai ser campeã em cinco ou dez anos, mas há muito mais oportunidades do que na STR. De modo que, se Carlos tiver a chance, sempre vou apoiá-lo", disse.

O bicampeão está de saída da equipe inglesa e busca negociações com outras equipes para 2018. Flavio Briatore tenta convencer Toto Wolff de que seria uma boa a reedição da "parceria" com Hamilton, enquanto o empresário Luís García Abad foi visto conversando com a cúpula da Renault para formar dupla com Hulkenberg.

Voltando a Sainz, o espanhol já foi especulado por diversas equipes nesses anos, como Ferrari e Renault, menos na equipe-mãe Red Bull. É o seu último ano de contrato com os taurinos e fica claro para as duas partes o desejo de Sainz de subir a equipe principal, mas também o desinteresse de Marko em efetivá-lo, até porque Verstappen e Ricciardo não sairão da equipe no próximo ano. O que resta? Outra temporada na insossa Toro Rosso? O filho de Carlos Sainz deveria tentar cortar as asas da Red Bull e tentar trilhar um novo caminho na categoria. Se conseguir se manter, estará no lucro, mas também existe o risco muito grande de ser mais um Vergne, Buemi ou Alguersuari da vez.

Foto: LAT Images
Já havia caído como uma bomba a especulação de que a Mercedes estaria de saída da F1 no final de 2018. Pois bem, Eddie Jordan tratou de colocar mais gasolina no fogo. O conceituado ex-dono da equipe que leva seu sobrenome informou, durante o GP do Azerbaijão, que os alemães tentam dar um jeito de burlar o Pacto de Concórdia (válido até 2020) e buscam um comprador para a equipe. Além disso, dois grandes patrocinadores da equipe como a UBS e a Petronas já estariam de saída do time ao final do ano.

Toto Wolff ironizou e chamou tudo isso de mentiras e fake news. O que todos sabemos é que a F1 é um esporte muito caro. A grande prioridade da Liberty será baixar os custos e tentar seduzir outras equipes e montadoras de volta para a categoria. Existe um gasto muito grande para as equipes médias apenas se manterem na F1, sem perspectiva de pódio, tampouco vitória. O modelo precisa ser revisto.

Só o futuro dará razão a alguém nessa até então fofoca, mas considerando que a Mercedes mesmo tricampeã de pilotos e construtores teve prejuízo financeiro nesses anos, a ausência de importantes patrocinadores e o dinheiro de campeão poderiam colocar em risco os investimentos do conglomerado alemão. A partir disso, não vejo nenhum absurdo em uma retirada do circo, já com o objetivo bem sucedido de títulos nessa passagem como uma equipe própria pela F1.

A silly season irá esquentar ainda mais quando a F1 entrar em férias. Seguiremos aguardando e comentando por aqui o que achar pertinente.

Até mais!

quarta-feira, 19 de abril de 2017

FUTURO MAIS INCERTO

Foto: Getty Images
Ficar na Inglaterra sem poder deixar o país não foi o suficiente para Vijay Mallya escapar das algemas da polícia. O indiano foi preso pela Unidade Metropolitana de Extradição da Scotland Yard hoje.

O simpático mas picareta dono da Force India é acusado pelo governo da Índia por não pagar uma dívida de 900 milhões de libras (R$ 3,5 bilhões) referente a falência da sua antiga empresa de companhia aérea, a Kingfisher. Vijay morava em Londres desde o ano passado e sua única aparição pública recente na F1 foi no próprio GP da Inglaterra. Ele será extraditado para a Índia nos próximos dias.

Obviamente ele nega as acusações.

Vijay comprou a Spyker no final de 2007 e a transformou em Force India. A antiga Jordan foi a última equipe que começou de baixo e foi, com muito esforço, evoluindo até chegar ao meio do pelotão e mais recentemente ao posto de quarta ou quinta força da F1. Talvez aí esteja um dos motivos da falência do Sr. Mallya: a necessidade de investimentos cada vez maiores para se manter a equipe competitiva e funcionando sem um lucro minimamente proporcional. Tudo isso é fruto da discrepância da categoria e da própria incapacidade financeira de Vijay controlar suas finanças.

Isso apenas engrandece o trabalho atual da equipe, que recebe muito menos que Williams, Renault, Force India e até a Sauber e mesmo assim entrega resultados além da sua capacidade de investimento. Hoje, Vijay tem apenas uma parte minoritária da equipe. Mesmo assim, não deixa de ser mais preocupante o futuro de sua escuderia. Quais as consequências internas e externas que sua prisão pode acarretar, tanto para os pilotos, engenheiros e funcionários quanto na parte administrativa, de (possíveis) investidores e os atuais patrocinadores do time?

Quanto tempo a Force India irá aguentar sem seu dono? Será possível continuar com essa trajetória ascendente enfrentando essa crise financeira e institucional?

Bom, o futuro dirá, com ou sem Vijay.

Até.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

GP DA BÉLGICA - Programação

O Grande Prêmio da Bélgica foi disputado pela primeira vez em 1925, e faz parte do calendário da Fórmula 1 desde a 1a temporada da categoria, em 1950.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Ayrton Senna - 1:41.523 (McLaren, 1991)
Pole Position: Michael Schumacher - 1:43.726 (Ferrari, 2002)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1992, 1995, 1996, 1997, 2001 e 2002)

VERSTAPPEN NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA AS CRÍTICAS: "VOU GUIAR DA MESMA FORMA DE ANTES"

Foto: ThisIsF1
É como diz aquela velha música da Luka: "Tô nem aí". Também é o lema de Verstappinho. Alvo de críticas dos pilotos pelo seu jeito "agressivo" de atacar e defender as posições, principalmente contra Raikkonen na Hungria, o holandês garantiu que não liga para os comentários do paddock: “Eu sempre vejo isso de forma positiva. Se as pessoas estão falando sobre você, então é porque você está fazendo alguma coisa certo. Claro, sempre tem gente que vai te criticar”, disse o piloto em entrevista à revista ‘Autosport’.

“Algumas pessoas são por você, algumas pessoas são contra. Mas tento fazer o melhor trabalho possível para a equipe porque nós estamos lutando com a Ferrari”, comentou o piloto, defendendo sua postura.


“Claro, estou sempre no limite, mas é assim que você chega ao sucesso, por estar no limite, porque se você estiver abaixo dele, então você nunca vai alcançar aquilo que é capaz de fazê-lo. Então, para mim, isso não muda muita coisa. Vou guiar da mesma forma que antes porque não há nada de errado nisso”, avisou. Verstappen faz o que todo piloto deveria fazer: É arrojado e agressivo, vai até o limite, mas sem ser desleal. É duro sim, mas defende e faz os movimentos necessários para segurar a posição e ir para cima em pontos de pista onde as ultrapassagens não são comuns (Rosberg e Kimi que o digam). É isso que o fã quer ver nas pistas: Disputa, defesa e troca de posições.

DE OLHO NA WILLIAMS, FORCE INDIA QUER MANTER ASCENSÃO

Foto: Economic Times
Sempre estiloso, o chefão Vijay Mallya está confiante com o desempenho da Force India neste final de semana. Afinal, o retrospecto da equipe indiana é muito bom: Foi lá que, em 2009, Fisichella conquistou a primeira pole e o primeiro pódio da história da escuderia antes de rumar para a Ferrari e substituir Luca Badoer. Diante dos últimos resultados positivos na temporada e a queda de rendimento da Williams, Spa é fundamental para que a Force India possa diminuir a diferença de pontos nos Construtores.

A briga vale o quarto lugar na tabela, o que daria uma grana fundamental para ambas as equipes pagarem suas dívidas e tentarem sobreviver nesse mundo caríssimo da F1. O circuito de alta, em tese, favorece as duas equipes. Entretanto, o chassi dos indianos parece ser melhor que o dos britânicos, o que pode fazer a diferença, afinal, ambos utilizam o mesmo motor Mercedes.“Spa representa uma boa chance de continuar marcando pontos. As mudanças que introduzimos em Silverstone fizeram a diferença e ainda há mais performance que podemos extrair do nosso chassi”, comentou o dirigente em prévia da equipe divulgada nesta segunda-feira (22).

“Acho que todas as equipes mudaram seu foco para 2017, portanto a ordem de forças não deve mudar muito. Em algumas pitas vamos nos adaptar melhor que os outros, mas sem dúvidas Spa é um circuito em que o VJM09 pode ser forte”, disse. Vijay complementou afirmando que “Desde Mônaco conseguimos 67 pontos em comparação com os 31 obtidos por nosso rival mais próximo. Se continuarmos neste ritmo, vai ser interessante ver em que posição podemos terminar a temporada".


O quarto lugar seria a melhor posição da história da equipe, que está na F1 desde 2008. Pelo andar da carruagem, é bem possível de acontecer, com dois bons pilotos e um carro competitivo em mãos. Mesmo com sérias dificuldades financeiras, é incrível notar que a Force India foi uma das poucas equipes que estrearam na última década e que conseguiu se manter, evoluindo do fim do grid para o meio, até chegar ao top 5 (Toro Rosso não conta porque é "somente" uma extensão da Red Bull). Tomara que os indianos possam surpreender igual em 2009. É quase impossível, mas sou esperançoso (lado torcedor da Force India batendo mais alto, confesso).

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 217 pontos
2 - Nico Rosberg (Mercedes) - 198 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 133 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 122 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 120 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 115 pontos
7 - Valtteri Bottas (Williams) - 59 pontos
8 - Sérgio Pérez (Force India) - 47 pontos
9 - Felipe Massa (Williams) - 38 pontos
10- Nico Hulkenberg (Force India) - 33 pontos
11- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 30 pontos
12- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
13- Fernando Alonso (McLaren) - 24 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 23 pontos
15- Jenson Button (McLaren) - 17 pontos
16- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto
18- Pascal Wehrlein (Manor) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 415 pontos
2 - Red Bull TAG Heuer - 256 pontos
3 - Ferrari - 242 pontos
4 - Williams Mercedes - 97 pontos
5 - Force India Mercedes - 80 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 45 pontos
7 - McLaren Honda - 42 pontos
8 - Haas Ferrari - 28 pontos
9 - Renault - 6 pontos
10- Manor Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO

Foto: Globoesporte.com