segunda-feira, 27 de agosto de 2018

RETOMADA VERMELHA

Foto: Getty Images
Quando até em Spa Francorchamps a corrida é uma porcaria, isso mostra o tamanho do problema da F1 e a provável incapacidade de resolvê-la em curto-prazo devido, é claro, aos interesses políticos. Bom, Sebastian Vettel não teve nada a ver com isso e teve uma vitória importante pela terceira vez em solo belga. Dessa vez, foi tudo simples: não teve dificuldades para ultrapassar Hamilton na primeira volta e partir para a vitória. Restou a Lewis administrar o segundo lugar e ter a vantagem de 17 pontos no campeonato.

O novo motor da Ferrari deixou os italianos ainda mais fortes. É o carro a ser batido. Isso com certeza está mexendo com a Mercedes. As retas longas de Monza têm grandes possibilidades de repetir o resultado de hoje. Assimilando essa informação, Vettel passa a ser o favorito para o penta, mesmo que esteja atrás na tabela. Hamilton pareceu preocupado. Não tinha como duelar com Seb. Não pode ficar sempre em segundo. Se continuar assim, vai perder a liderança em três corridas. Alerta quase vermelho na atual tetracampeã do mundo.

Max Verstappen aproveitou o azar inacreditável de Kimi Raikkonen (ou seria a zica desse blog?) e os problemas de Daniel Ricciardo para chegar num bom terceiro lugar, uma recompensa para a massa laranja que está dominando os assentos dos autódromos pelo mundo. Largada no fim do grid, coube a Bottas ficar em quarto. Se não foi possível repetir o sábado grandioso, a tal Racing Point "estreou" sendo a melhor do resto e fazendo o quinto e sexto lugares com Pérez e Ocon. O francês, como recompensa, vai parar na McLaren. Meritocracia... Os pilotos mantiveram as pontuações no campeonato, menos a equipe, que mesmo assim já passou a Williams na tabela. Que estreia!

Geralmente ocupando o posto de quarta força, a Haas conseguiu ficar em sétimo e oitavo, com Grosjean (guiou bem, apesar de toda a imprensa ignorar isso e focar somente no terceiro lugar de Ocon no grid) e Magnussen. Fechando os pontos, tivemos Pierre Gasly com a Toro Rosso Honda (sinal de evolução do motor japonês?) e Ericsson, com a Sauber. Isso só mostra que o carro dos suíços está bem competitivo. Imagina o que poderia ter feito Leclerc?

Foto: Mark Thompson/Getty Images

Ficou só na imaginação. Uma barbeiragem inacreditável de Hulkenberg na largada fez um efeito domínio: encheu a traseira do carro de Alonso, que voou por cima de Leclerc, que bateu em Ricciardo, que bateu em Raikkonen... Incrível como o espanhol está se envolvendo nessas decolagens, outra vez em Spa. Hulk já perdeu 10 posições para a corrida da semana que vem, na Itália. No entanto, não podemos ser injustos: apesar de ter cometido uma bobagem, isso acabou sendo o ponto alto da corrida. Literalmente.

"Mas felizmente, para a alegria dos bons, o espanhol soberbo, como uma fênix que renasce, levantou-se do cockpit e deixou em êxtase aqueles que acompanhavam de perto o grande prêmio."

Ademais, interessante notar como Sirotkin está começando a ficar na frente de Stroll. Uma pena que dificilmente irá pontuar. A essa altura o canadense nem se importa, afinal uma vaga quentinha comprada pelo pai vai estar a disposição a partir de Cingapura. Brendon Hartley e Stoffel Vandoorne caminhando a passos largos a deixarem a F1. O primeiro não é novidade. O segundo precisa torcer que a amizade e o histórico com Frederic Vasseur na GP2 sejam suficientes para desbancar o outrora dono da equipe.

Confira a classificação final do GP da Bélgica:


Até!

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