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domingo, 30 de abril de 2023

REI DA RUA

 

Foto: Mark Thompson/Getty Images

O título é tão criativo quanto a corrida. Não houve caos. Só De Vries que bateu no início da corrida e causou um Safety Car que mudou a trajetória da corrida. 

Era esperado que a Ferrari não fosse páreo para a Red Bull. A pole de Leclerc por si só já era um sinal de que as coisas melhoraram, ou ao menos encaixaram em Baku. Presa fácil para a Red Bull, tudo se encaminhava para um 1-2 de Verstappen e Pérez. 

Como escrevi, o Safety Car foi no timing da parada de Max e o mexicano teve sorte. Aproveitou a situação para ser líder. Max teria que passar Leclerc novamente e ficou assim até o final. Um campeonato de um time só, não faz sentido ter jogo de equipe, embora a tensão sempre vá existir.

Assim, Sérgio Pérez vence pela segunda vez no Azerbaijão, a quinta em corridas de rua. Não é candidato a título, é claro, mas tem aproveitado as oportunidades diante de uma equipe tão superior as demais, o que permite a Pérez brigar com mais frequência pelas vitórias. É raro Verstappen ter azar ou problemas, mas esse final de semana foi atribulado. Escreverei mais sobre durante a semana, especificamente.

Leclerc consegue o primeiro pódio da Ferrari no ano, o que pode ser um sinal de recuperação. Alonso manteve-se entre os 4 e a Aston Martin continua no bolo. A Mercedes, tímida, não teve o resultado que esperava, principalmente pelo que Toto Wolff alardeou no último mês. Hamilton em sexto e Russell em oitavo. Não são grandes notícias.

Quem realizou bom trabalho foi Lando Norris e Yuki Tsunoda, que conseguiram pontos importantes para suas equipes, principalmente considerando a situação da Alpha Tauri, que terá um novo chefe de equipe ano que vem com a já anunciada aposentadoria de Franz Tost. Parece um time jogado as traças, assim como a Alfa Romeo, futura Sauber e futura futura Audi, que apenas espera o momento da transição para agir de fato.

O campeonato mais longo da história vai ter o domínio de uma equipe só, de novo. Com certeza isso não é legal para a imagem do esporte, mas sabemos que a F1 é feita de dinastias. O problema é que agora elas parecem cada vez maiores, seja nas temporadas, seja no extenso e insuportável calendário.

Confira a classsificação final do GP do Azerbaijão:


Até!

sexta-feira, 28 de abril de 2023

MUITO CUIDADO

 

Foto: Giuseppe Cacace/AFP

A F1 estreou um formato nessa sexta-feira, em Baku. Em finais de semana com Sprint Race, a classificação que define o grid de domingo é realizado na sexta. No sábado, uma classificação para definir a largada da Sprint Race. Ou seja, o sábado não vale nada. Mais uma ideia horrível na F1, mas vou escrever sobre o que interessa.

Baku tem um ritmo próprio. Treino e corrida duram mais e o limite do evento é explorado pelo simples motivo que sempre vai ter bandeira vermelha. Se você levar em consideração que os pilotos tiveram apenas um treino para se ambientar ao traiçoeiro circuito de rua, até que não houve tantos incidentes. Um deles foi do novato Nyck De Vries e outro foi Gasly danificando a suspensão dianteira direita ao raspar o muro.

Esse mês sem corrida, aparentemente, pode nos confirmar através do treino que Ferrari e McLaren andaram algumas coisas. Os italianos, ao menos em volta rápida, avançaram tanto que Charles Leclerc conquistou a primeira pole do ano. Surpresa, surpresa. Não pelo monegasco, que sempre é muito rápido e até em 2020 conseguiu largar na primeira fila com uma Ferrari péssima, mas a questão é saber se a Ferrari tem ritmo para se sustentar no pódio domingo. Para a corrida, a Red Bull é notória favorita.

Com as primeiras filas tomadas por Ferrari e Red Bull, Hamilton e Alonso ficaram na terceira. Russell ficou pelo Q2. Tsunoda também surpreendeu, enquanto Piastri e Norris chegaram no Q3. Pode ser o começo da recuperação do time de Woking ou apenas o encaixe no tipo de pista. Saberemos no futuro.

A Alpine segue irregular e até mesmo uma decepção, enquanto o resto continuou no mesmo patamar. Baku é uma pista de difícil projeção. Muitas bandeiras vermelhas e acidentes mudam as estratégias e sempre embaralham o grid. Certamente haverá caos no domingo e até mesmo amanhã. Um acidente mais forte na tal da Sprint Race compromete o domingo. Os favoritos precisam tomar cuidado. É um alto risco para nenhuma recompensa.

Leclerc faz a terceira pole seguida em Baku. Aproveitamento impressionante. Por si só, isso já torna o domingo de manhã (bota cedo nisso) bem interessante. Juntando com as ruas da capital do Azerbaijão, então, tudo promete ser longo, tenso e emocionante.

Confira o grid de largada do GP do Azerbaijão:


Até!

quinta-feira, 27 de abril de 2023

GP DO AZERBAIJÃO: Programação

 O circuito de rua de Baku, capital do Azerbaijão, recebe a F1 desde 2016. Nesse ano, foi com a alcunha de GP da Europa. Desde 2017 que o autódromo recebe o Grande Prêmio do Azerbaijão. O circuito retorna ao calendário depois de estar ausente em 2020 em virtude do coronavírus.

Um circuito urbano tão estreito como o de Mônaco, com retas tão rápidas como em Montreal, no Canadá, e com quase tantas curvas quanto o de Singapura.

O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke, responsável pelos desenhos de diversas pistas do calendário. A prova passará por diversos pontos turísticos, mostrando a mescla entre a arquitetura medieval e os modernos arranha-céus da cidade.

O traçado tem 6km, apenas menor que uma volta ao circuito de Spa-Francorchamps. A pista terá 20 curvas, perdendo apenas para Singapura, com 23, e Abu Dhabi, com 21.

Mas a grande característica do circuito é sua largura. Ainda que o regulamento exija que as pistas devem ter no mínimo 12m de largura, em Baku isso será consideravelmente menor, com o máximo de 13m e, em determinados pontos apenas 7,6m. Os carros atualmente têm 1,8m de largura.

A partida e chegada terá lugar na praça Azadliq, um dos principais pontos turísticos de Baku. A velocidade máxima deverá rondar os 340 km/h no final da enorme reta do circuito.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Charles Leclerc - 1:43.009 (Ferrari, 2019)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:40.495 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Daniel Ricciardo, Lewis Hamilton, Valtteri Bottas, Sérgio Pérez e Max Verstappen - 1x (2017), (2018), (2019), (2021) e (2022)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 69 pontos

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 54 pontos

3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 45 pontos

4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 38 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 20 pontos

6 - Lance Stroll (Aston Martin) - 20 pontos

7 - George Russell (Mercedes) - 18 pontos

8 - Lando Norris (McLaren) - 8 pontos

9 - Nico Hulkenberg (Haas) - 6 pontos

10- Charles Leclerc (Ferrari) - 6 pontos

11- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 4 pontos

12- Esteban Ocon (Alpine) - 4 pontos

13- Oscar Piastri (McLaren) - 4 pontos

14- Pierre Gasly (Alpine) - 4 pontos

15- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 2 pontos

16- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 1 pontos

17- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

18- Alexander Albon (Williams) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 123 pontos

2 - Aston Martin Mercedes - 65 pontos

3 - Mercedes - 56 pontos

4 - Ferrari - 26 pontos

5 - McLaren Mercedes - 12 pontos

6 - Alpine Renault - 8 pontos

7 - Haas Ferrari - 7 pontos

8 - Alfa Romeo Ferrari - 6 pontos

9 - Alpha Tauri RBPT - 1 ponto

10- Williams Mercedes - 1 ponto


A CULPA É DAS CORRIDAS HISTÓRICAS

Foto: Getty Images

É o que pensa uma parte da Liberty Media, que vem inchando o calendário desde que assumiu a categoria. A reclamação de equipes e pilotos sobre a quantidade excessiva de provas tem um motivo, segundo o presidente Greg Maffei: as amarras causadas pelas corridas históricas.

“Temos um calendário que, por motivos históricos, chegou a 24 corridas. É verdade que desgasta pessoas e há muita viagem”, afirmou.

Stefano Domenicali reforçou que a meta é ter 24 provas no calendário e vai fazer o possível para manter o calendário equilibrado, embora já exista três corridas nos Estados Unidos e um possível revezamento de outros lugares nos próximos anos não é descartado.

“Somos um Campeonato Mundial: não corremos somente numa região, mas nos movemos pelo mundo todo. Então levamos isso muito a sério.

Vamos tentar ser o mais efetivos quanto possível para minimizar as idas e vindas de diferentes regiões e países. Claro que não podemos ter, por exemplo, quatro corridas seguidas no mesmo continente, porque seria um problema comercial e por outras razões, mas certamente dedicaremos muita atenção a esse assunto para desenvolver o calendário da melhor forma possível.

Não há segredo em dizer que o objetivo é ter 24 provas”, afirmou.

Vale ressaltar que só não teremos 24 corridas neste ano porque a etapa da China, que seria na semana passada, foi cancelada e sem substituta.

O problema não são as corridas históricas, e sim a inserção em lugares sem história e de traçado ruim, puramente pelo dinheiro. Claro, as contas precisam ser pagas, mas a própria Liberty contradiz o discurso empático e humanitário ao assinar por décadas para correr em lugares como Arábia Saudita e Catar, mas aí o problema é Spa Francorchamps e Interlagos? Faça-me o favor!

NOVA REGRA

Foto: Getty Images

Inventaram uma corrida sprint em Baku e a FIA, três dias antes do início dos eventos, resolve reformular os finais de semana com corrida sprint. Vamos lá:

Agora, teremos na sexta-feira um treino livre e a classificação para o grid de largada para a corrida de domingo. No meio disso tudo, no sábado, um evento independente: um treino curto de classificação para a corrida de classificação no mesmo dia. Será um treino de meia hora, com Q1 de 12, Q2 de 10 e Q3 de 8 minutos, respectivamente. Mais tarde, a tal da corrida de classificação. Isso vale para Baku e todas as outras etapas que vão ter esse evento da sprint race.

É a F1 inventando e tirando o caráter da competição, com forçada de barra. Basicamente, sábado é um dia completamente sem sentido e sem ligação com a corrida, apenas sexta. Um dia a menos, olhando de forma objetiva. Aliás, jogando na cara que sábado é só uma distração para o público, quem realmente vai levar a sério a tal da sprint, correndo o risco de comprometer o domingo com algo que não vale nada? Deveriam se preocupar com questões realmente mais pertinentes e urgentes na categoria.

TRANSMISSÃO:
28/04 - Treino Livre 1: 6h30 (Band Sports)
28/04 - Classificação: 10h (Band e Band Sports)
29/04 - Classsificação para Sprint Race: 6h30 (Band Sports)
29/04 - Sprint Race: 10h30 (Band e Band Sports)
30/04 - Corrida: 8h (Band)


terça-feira, 25 de abril de 2023

ONDE ESTAMOS?

 

Foto: Getty Images

Uma pausa incomum na F1. Graças ao cancelamento do GP da China, tivemos um mês sem corridas e poucas notícias. Férias de outono lá na Europa, a primeira antes da chegada do verão.

Só três corridas e faltam vinte. Parece que aconteceu muita coisa e ainda vai acontecer tanto... “Como estamos?”, perguntaria o poeta.

A sensação de que mal começou e já acabou é óbvia: a Red Bull não tem adversários. O trunfo pode ser, todavia, justamente a temporada longa e a punição sofrida por exceder o teto orçamentário. Vai que os taurinos não consigam ter tanta margem para crescimento e uma Mercedes da vida vai ganhando espaço? Pode ser que não tenha campeonato, mas alguma disputa já é algo, não? Sendo otimista...

Ferrari já afirma que não pensa nas três que estão acima. Está na própria rotação de incerteza. É um colibri. Faz força, move mundos e fundos, e no fim permanece no mesmo lugar.

A Aston Martin é a grande atração do ano. Doutor Lawrence quer mais: legal, três pódios com a Fênix, mas eu quero saber de vitória. De preferência do filho, claro. Dinheiro existe e margem para desenvolvimento também. Mesmo assim, a curiosidade é saber se Alonso e cia já possuem musculatura para competir a longo prazo com as flechas de prata ou até mesmo a Ferrari.

Do meio pra trás, há um equilíbrio por baixo. A tabela de pontos prova isso. Só os novatos Logan Sargeant e Nyck De Vries que ainda estão zerados. É briga de coice no escuro. A McLaren enfrenta sérios problemas no nascimento do carro e vai depender do talento de Lando Norris e do crescimento de Oscar Piastri. A Haas vai precisar do oportunismo de seus pilotos, cujos astros estão diferentemente alinhados.

A Alpha Tauri é um drama maior. Uma equipe já jogada as traças e cobaia da prima rica. Tsunoda está até mais regular, mas ele ser o líder do time a essa altura do campeonato já diz tudo.

A Alpine é um capítulo a parte. Esqueci deles, por um instante. Eles também estão numa categoria particular de quarta a quinta força. Tem dois bons pilotos e é questão de tempo para isso se traduzir nos resultados de pista. É só parar de ter problemas e Ocon e Gasly não se destruírem. Ok, duas coisas que não se resolvem somente como se fosse “só”.

A Alfa Romeo também já é outra em processo de sauberização e Audização. O futuro é o que importa. Que presente? É a motivação do grande salto que Bottas busca na última rotação da carreira, enquanto o chinês viável Zhou luta para continuar no circo, embora também esteja em franca evolução.

Enfim, um texto tipo guia porque a pausa forçada da F1 realmente causou um sentimento de recomeço, embora já tenhamos três corridas. Faltam só vinte. A caminhada é longa e, embora já saibamos o que vem por aí, a ansiedade pela ausência de algumas polêmicas e voltas rápidas são o suficiente para tornar tudo mais interessante do que realmente é. Saudade e carência definem.

Até!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

VÁ LÁ...

 

Foto: Getty Images

A F1 insiste em virar notícia em meio a Copa, embora hoje não tenha jogos. A questão foi a confirmação dos lugares onde agora vão ter seis (!) corridas de classificação, o dobro em relação ao que foi implementado em 2021 e nesse ano.

Não sei de onde tiraram que o público adorou, mas a FIA e a Liberty insistem que também é uma decisão econômica deixar o final de semana mais "atrativo" na sexta também. Bem, não quero repetir minha opinião, mas a corrida classificatória só deixa tudo morno no sábado. Ninguém vai dar a vida para não ter o domingo prejudicado.

Enfim, hoje a FIA anunciou os seis circuitos que foram agraciados com esse formato xodó dos americanos. O Brasil continua com as corridas classificatórias pelo terceiro ano consecutivo, provavelmente impulsionado pelo fenômeno Magnussen. Convenhamos, no Brasil qualquer coisa pode dar certo. Interlagos tem uma aura diferente.

Os outros cinco lugares são: Áustria, que já teve em 2021, e outras estreias: Spa, Austin, Baku e Catar. 

Além de Interlagos, Spielberg é outro circuito rápido e curto. Austin é um local já tradicional, um autódromo estruturado. Achei interessante a escolha de Spa, a meca da F1, e também Baku, corrida de rua onde o caos costuma acontecer todos os dias e na interrogação Catar, que volta definitivamente ao calendário depois de sediar a atual Copa.

A escolha das corridas classificatórias pode fazer a diferença numa eventual disputa de campeonato. Afinal, na reta final do certame, teremos três de quatro corridas em sequência com esse modelo: EUA, Brasil e Catar, onde só o México está de fora. Esse formato pode mudar a disputa do título, afinal são abordagens completamente distintas no final de semana entre o formato tradicional e o estipulado pelo showbiz americano.

1/4 das corridas ou quase isso terão essa fórmula. Diante de tantos e intermináveis GPs hoje em dia, é um número razoável. Se ele veio pra ficar ou ser ainda mais expandido, infelizmente, ao menos a escolha das corridas foi bem feita. Vá lá, pelo menos tenho mais boa vontade com esse formato. Espero que seja mais suportável também, na prática.

Até!

domingo, 12 de junho de 2022

DISPARANDO

Foto: Getty Images

 O panorama das últimas corridas não tinha mudado muito. Ferrari mais rápida em voltas lançadas e a Red Bull mais eficiente no ritmo de corrida e nas estratégias. Baku poderia e precisava ser um ponto de reação para a Ferrari, principalmente após o problema na Espanha e os erros estratégicos em Mônaco.

A largada mostrou Pérez no auge da confiança. Encaixado com o carro, passou Leclerc na primeira curva e disparou. Parecia que as estrelas estavam alinhadas de novo. Com Leclerc entre ele e Max, Checo podia sonhar em vencer de novo no Azerbaijão. Verstappen pressionava mas o monegasco resistia. O roteiro continuou.

Sainz teve problemas no motor e abandonou. Já ficou distante no treino, de novo. É uma sucessão de maus desempenhos e agora azar. O VSC causado poderia abrir uma brecha para a mudança. Dessa vez, a Ferrari parou Leclerc e a Red Bull se enbananou, deixando os dois carros na pista. Seria uma corrida decidida na estratégia, contando sempre com incidentes na traiçoeira pista de Baku.

Sem nenhum intermediário, Pérez estava desprotegido e o ritmo caiu. Max chegou, passou e disparou, mas ainda havia o porém da incerteza da estratégia. A Red Bull parou os dois carros e Leclerc estava na liderança. A Ferrari poderia ter esperança de tentar reverter o quadro, mas...

A confiabilidade do carro #16 falhou de novo. Problema no motor. Fim de prova e caminho aberto, sem riscos e esforços, para mais uma dobradinha da Red Bull. Verstappen sobrou e venceu de novo, com Pérez atrás.

Vou escrever quantas vezes forem necessárias, tenho propriedade para isso. Afinal, sou o presidente do fã clube de Checo. Acredita quem quer. Ele e a Red Bull sabem qual o papel do mexicano no time. Se ainda assim acham que Pérez pode "brigar" pelo título... acredita quem quer se decepcionar. Com os taurinos marcando 100% dos pontos e a Ferrari 0%, a distância já começa a ficar incômoda em termos de emoção para o campeonato. Historicamente, a Red Bull progride. Historicamente, a Ferrari não. Faltam muitas etapas, é verdade, mas a situação não é muito animadora para os italianos. Max começa a criar asas para o bicampeonato.

Sem os italianos, caminho aberto para o "Sr. Consistência", o melhor piloto da temporada até aqui. George Russell. Mais um pódio e, consequentemente, mais uma vez na frente do heptacampeão. Hamilton saiu reclamando de dores nas costas, consequência do carro quicando muito nos circuitos de rua, e Toto Wolff inclusive disse que o Sir é dúvida para a corrida da semana que vem, no Canadá. Hamilton reagiu e ficou em quarto. Do jeito que estão as coisas, é mais fácil a Mercedes chegar na Ferrari do que os italianos encostarem nos austríacos. O campeonato começa a ganhar rabiscos, rascunhos.

A Alpha Tauri finalmente teve um desempenho destacado e Gasly pontuou. Tsunoda faria o mesmo se não fosse o problema na asa, tendo que colocar umas fitas ali. Azar. O japonês está evoluindo e poucos falam disso. Vettel fez uma atuação de gala, dentro das circunstâncias, mesmo quase batendo. Alonso voltou a pontuar. Ricciardo reagiu e chegou na frente de Norris e Ocon completou o top 10.

Mick segue muito atrás de Magnussen. Tá faltando ritmo. A chegada do dinamarquês desmascarou muita coisa para o alemão, que segue sem reagir e está pressionado. Até aqui, poderia fazer mais, embora também precise de tempo. O problema é que a principal janela para a Haas aproveitar os pontos foi no início do ano. Sem dinheiro para atualizações, vai ser disso para pior.

A Red Bull começa a impor o ritmo. Consistência e, por ora, resolvendo os problemas de confiabilidade. A Ferrari precisa lutar com os próprios demônios para voltar a competir. Enquanto isso, quem perde é Charles Leclerc, refém do acaso e dos erros do próprio time. Pode ser tarde demais. A diferença para o resto do pelotão é grande. É o primeiro ano do novo regulamento.

Quem esperava a alucinação de 2021 pode estar decepcionado. F1 sempre foi assim. Desse jeito, Max é o principal favorito para conquistar o bicampeonato. A Ferrari vai precisar de um plot twist para causar um drama no Mundial.

Confira a classificação final do GP do Azerbaijão:


Até!

sexta-feira, 10 de junho de 2022

O PULO DE BAKU

 

Foto: Dan Mullan/Getty Images

Baku é uma repetição de Mônaco e Arábia Saudita. Circuito de rua, estreito, longas retas (no caso de Baku e Arábia) e muitas armadilhas. Os treinos não dizem tanto, embora possam dar um indicativo interessante.

Em circuitos como esse, é complicado prever uma estratégia. Aliás, a estratégia correta para se pensar é o caos. Qualquer incidente é capaz de provocar um Safety Car e isso pode mudar tudo. É o pulo do gato, ou então pulo do Baku.

Os carros pulando (porpoising) também pode ser um fato de desequilíbrio na questão da durabilidade dos carros. As "quicadas" danificaram o assoalho da Haas de Mick Schumacher. Nenhuma equipe pode escapar desse infortúnio. O porpoising torna a dirigibilidade muito mais difícil, principalmente no ponto de frenagem, alvo de reclamações de Sérgio Pérez e Lewis Hamilton, por exemplo.

Circuito de rua é sempre uma caixinha de surpresas. No entanto, o enredo dos treinos livres é o mesmo: trocação entre Red Bull e Ferrari. Pérez, que venceu lá no ano passado, foi o mais rápido no TL1. Leclerc, como sempre, respondeu com o melhor tempo do dia. Logo depois vem Max Verstappen e Carlos Sainz, com Fernando Alonso impondo bom ritmo para a Alpine. 

Pérez outra vez foi mais veloz que Max em dois treinos livres. Parece se sobressair melhor nessas condições. A Mercedes voltou a sofrer, afinal continuamos em um circuito de rua. O resto parece ser o mesmo script de sempre (nos treinos): Alpha Tauri bem, Aston Martin tentando reagir, Ricciardo muito atrás de Norris...

A Ferrari precisa do pulo de Baku para reestabelecer competição na F1, de preferência com Leclerc. O anormal e a própria equipe estão se atrapalhando. Para a Red Bull, o desafio é tentar manter a normalidade. Ano passado não foi bem assim, embora Pérez tenha vencido. 

Na gelada manhã de domingo, teremos uma corrida imprevisível, decidida nas estratégias derivadas dos incidentes da sempre trepidante Baku. O horário não ajuda, mas os incidentes compensam para nos manter acordados e quentes. Assim espero.

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!


quinta-feira, 9 de junho de 2022

GP DO AZERBAIJÃO: Programação

 O circuito de rua de Baku, capital do Azerbaijão, recebe a F1 desde 2016. Nesse ano, foi com a alcunha de GP da Europa. Desde 2017 que o autódromo recebe o Grande Prêmio do Azerbaijão. O circuito retorna ao calendário depois de estar ausente em 2020 em virtude do coronavírus.

Um circuito urbano tão estreito como o de Mônaco, com retas tão rápidas como em Montreal, no Canadá, e com quase tantas curvas quanto o de Singapura.

O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke, responsável pelos desenhos de diversas pistas do calendário. A prova passará por diversos pontos turísticos, mostrando a mescla entre a arquitetura medieval e os modernos arranha-céus da cidade.

O traçado tem 6km, apenas menor que uma volta ao circuito de Spa-Francorchamps. A pista terá 20 curvas, perdendo apenas para Singapura, com 23, e Abu Dhabi, com 21.

Mas a grande característica do circuito é sua largura. Ainda que o regulamento exija que as pistas devem ter no mínimo 12m de largura, em Baku isso será consideravelmente menor, com o máximo de 13m e, em determinados pontos apenas 7,6m. Os carros atualmente têm 1,8m de largura.

A partida e chegada terá lugar na praça Azadliq, um dos principais pontos turísticos de Baku. A velocidade máxima deverá rondar os 340 km/h no final da enorme reta do circuito.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Charles Leclerc - 1:43.009 (Ferrari, 2019)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:40.495 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Sérgio Pérez (Red Bull)

Maior vencedor: Daniel Ricciardo, Lewis Hamilton, Valtteri Bottas e Sérgio Pérez - 1x (2017), (2018), (2019) e (2021)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 125 pontos

2 - Charles Leclerc (Ferrari) - 116 pontos

3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 110 pontos

4 - George Russell (Mercedes) - 84 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 83 pontos

6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 50 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 48 pontos

8 - Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 40 pontos

9 - Esteban Ocon (Alpine) - 30 pontos

10- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos

11- Daniel Ricciardo (McLaren) - 11 pontos

12- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 11 pontos

13- Fernando Alonso (Alpine) - 10 pontos

14- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos

15- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 5 pontos

16- Alexander Albon (Williams) - 3 pontos

17- Lance Stroll (Aston Martin) - 2 pontos

18- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 235 pontos

2 - Ferrari - 199 pontos

3 - Mercedes - 134 pontos

4 - McLaren Mercedes - 59 pontos

5 - Alfa Romeo Ferrari - 41 pontos

6 - Alpine Renault - 40 pontos

7 - Alpha Tauri RBPT - 17 pontos

8 - Haas Ferrari - 15 pontos

9 - Aston Martin Ferrari - 7 pontos

10- Williams Mercedes - 3 pontos


UM TEMPO PARA MICK

Foto: Haas F1 Team

Com dois acidentes fortes na temporada e uma batida em Miami que o impediu de pontuar pela primeira vez na carreira, a situação de Mick Schumacher na Haas em 2022 é desconfortável. Se em 2021 não houve muitos problemas para superar Mazepin, a chegada do experiente Magnussen pressiona o alemão, principalmente agora que a equipe americana está no bolo dos pontos. Dizem que a Haas está começando a perder a paciência com o alemão...

O apoio público, no entanto, veio de outra equipe: a Alpha Tauri, através do chefe de equipe Franz Tost.
“Vocês não deveriam descartar Mick tão rápido. Eu continuo acreditando nele. Você não pode esquecer que Mick venceu a Fórmula 3 e a Fórmula 2, isso não acontece simplesmente por acidente.

Talvez, Mick só precise de um pouco mais de tempo. Ele deveria receber isso. É apenas sua segunda temporada na Fórmula 1 e nós temos carros completamente novos, que são difíceis de pilotar”, disse para a F1 Insider.

Outro apoio público veio do compatriota Norbert Haug, ex-vice-presidente de automobilismo da Mercedes e que trabalhou com Michael, o pai de Mick Schumacher.

“Ele simplesmente tenta extrair tudo do carro. Se você virar alguns centímetros antes, pode ter consequências desastrosas. No entanto, a equipe deve continuar o apoiando agora. Se ele conseguir desatar o nó em seu sistema, vai conseguir marcar pontos”, afirmou.

O apoio público de outras partes é importante, mas a Haas está ficando impaciente. Magnussen chegou há pouco tempo e elevou o sarrafo. Mick ainda não saiu do zero. Talvez, como Russell, as coisas começem a deslanchar quando marcar o primeiro ponto. Para isso, no entanto, é preciso ser mais consistente e menos propenso a acidentes. 

Como Tost pontuou, Mick venceu a F4 e a F2. Não dá para descartá-lo, mas o filho de Michael precisa se ajudar. Talvez a Ferrari não consiga segurar essa vaga se o panorama não mudar no curto-prazo.

LONGE DO FIM

Foto: Getty Images

Heptacampeão mundial, maior número de poles e de vitórias. Um currículo desses já fala por si. Quando alguém alcança isso, onde é possível ir além? Buscando o octa tirado na última volta em Abu Dhabi, Hamilton encontra-se pela primeira vez em dificuldades na Mercedes. Com a idade avançada, o desgaste com a FIA e as conquistas que têm, muita gente aponta que o britânico pode estar se despedindo da F1.

Não é o caso. Hamilton rechaçou os boatos e reafirmou que a motivação é a mesma de quando estreou, em 2007. O contrato com a Mercedes vai até 2023.

“Vamos pegar esta temporada. Provavelmente, não vou ganhar o título, mas sinto o mesmo prazer em correr de quando comecei. Por que eu deveria parar? Talvez um dia eu não aguente mais a pressão, estarei cansado, mas esse dia ainda não chegou”, disse.

E o Sir foi além: a motivação para voltar ao protagonismo continua em alta com os parceiros da Mercedes, que lhe deram seis títulos:

“Claro que acredito [que posso voltar a brigar pelo título]. Estou com esses caras [Mercedes] há 10 anos. Eu sei como eles funcionam e o tipo de cultura que nós temos: ganhamos e perdemos juntos. Eles estão muito motivados. Eles dão suas almas para tentar nos levar de volta ao topo”, falou para o jornal italiano Corriere della Sera.

Hamilton 2022 é um Schumacher 2005. De tanto tentarem, finalmente conseguiram tirar o britânico do protagonismo. Com um companheiro de equipe muito bom, o desafio interno é enorme. O ego do esportista sempre fica ferido. Ninguém ganha sete títulos e mais de 100 vitórias e poles sendo desmotivado. Hamilton, com certeza, vai voltar mais forte do que nunca, se a Mercedes acertar a mão no W14.

TRANSMISSÃO:
10/06 - Treino Livre 1: 8h (Band Sports)
10/06 - Treino Livre 2: 11h (Band Sports)
11/06 - Treino Livre 3: 8h (Band Sports)
11/06 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
12/06 - Corrida: 8h (Band)

domingo, 6 de junho de 2021

CÉU, INFERNO E PURGATÓRIO

 

Foto: Getty Images

Baku é a melhor adição ao calendário da Fórmula 1 em muito tempo. Obrigado Bernie Ecclestone pela fidalguia. Um circuito de rua que permite brigas, defesas, ultrapassagens e imprevisibilidades. Um pacote completo contra o marasmo.

Leclerc, mais uma vez pole, foi naturalmente perdendo terreno. Hamilton sustentava a ponta, com Verstappen e Pérez, com grande largada, na sequência. Pela primeira vez em muito tempo, a Red Bull tinha vantagem numérica contra a Mercedes na disputa, o que abria mais possibilidades de estratégia para fazer o undercut. Dito e feito. Hamilton parou primeiro e perdeu tempo. Max veio imediatamente e voltou na ponta, assim como Pérez. O momento da corrida?

Enquanto Max disparava para mais uma vitória, Pérez era o herói do dia ao segurar Lewis Hamilton praticamente a corrida inteira. Dobradinha da Red Bull, aumentando a vantagem no campeonato de pilotos e construtores. O cenário dos sonhos, o céu cheio de touros e energéticos e o inferno prateado.

No meio do caminho, Vettel e Gasly já davam indícios de uma boa corrida. Stroll, que não tinha parado, bateu sozinho. Um furo no pneu. Safety Car e todo mundo colado outra vez.

Max conseguiu disparar novamente, enquanto o mexicano seguia segurando Hamilton, com Vettel e Gasly. Tudo controlado. Eis que na volta 47, Max Verstappen bate sozinho. Furo no pneu. Não só perdia uma vitória fundamental, mas Hamilton, com um carro muito inferiorizado no final de semana, lucrava um segundo lugar, reassumia a liderança e ainda poderia ter uma última tentativa de vencer atacando Pérez. Mudança de endereço.

Foto: Getty Images

Inexplicavelmente, tivemos duas voltas de Safety Car e bandeira vermelha faltando três voltas para o fim. Uma decisão no mínimo questionável, aquela altura do campeonato. Todo mundo poderia trocar tudo e apostar na largada para definir a prova. Parecia que aquilo tinha sido feito para Hamilton finalmente se livrar de Pérez e vencer. 

E por alguns segundos, isso realmente aconteceu. Hamilton largou melhor, mas acabou, por acidente, acionando um botão do volante que simplesmente "tira" o freio do carro. Passou reto e perdeu não só a vitória e o segundo lugar, mas também os pontos. Uma raridade: Lewis desperdiçou uma oportunidade de ouro de abrir boa margem no campeonato de novo. 

Foto: Getty Images

Enquanto isso, Pérez aproveitou para vencer a primeira pela Red Bull, tirando a pressão que sempre carrega de Helmut Marko. Em uma declaração na sexta-feira, ele disse que finalmente tinha entendido o carro. Coincidência ou não, sai com uma vitória importantíssima. 

No meio do caminho, Sebastian Vettel se livrou de Leclerc e Gasly e herdou um segundo lugar mágico. Nas últimas duas semanas, ressurgiu o piloto tetracampeão que talvez nem Vettel se lembrava. Além da sorte, foi um grande desempenho. Todos os pilotos o cumprimentaram depois, inclusive o eterno rival Don Alonso. Uma imagem bacana.

Gasly, outro com um forte final de semana, segurou na marra Charles Leclerc em uma grande disputa, conquistando um pódio importante com a Alpha Tauri. É evidente que o francês merece um carro melhor. Com o caminho abreviado na Red Bull, é interessante olhar para novos ares e se inspirar num certo Carlos Sainz Jr...

Don Alonso usou da experiência para sair do décimo até um improvável sexto lugar nas últimas duas voltas. O espanhol encontra-se em dificuldades mas dessa vez o resultado veio, os mesmos casos para Raikkonen e Tsunoda. Na McLaren, quem não se encontra é Ricciardo, que ainda segue sendo facilmente batido por Norris.

Na Mercedes, Bottas esteve desaparecido a corrida toda. Num misto de incapacidade e sensação de abandono por parte da Mercedes, é melancólico essa provável fim de passagem na equipe. Russell deve estar feliz da vida...

Hamilton e Verstappen passaram pelo céu e o inferno, terminando no purgatório. O lugar nos céus, neste domingo, foram para Pérez, Vettel e Gasly. Qualquer uma das partes pode lamentar o ocorrido e pensar em algo além, mas no fundo ambos saíram no lucro. O campeonato agradece.

Confira a classificação final do GP do Azerbaijão:


Até!


sexta-feira, 4 de junho de 2021

CHEGARAM DE NOVO?

 

Foto: Getty Images

Em Baku, outro circuito de rua com muitas armadilhas, alguns resultados se repetiram. Red Bull e Ferrari na frente, Leclerc forçando demais e batendo e as Mercedes muito abaixo. Então parece definitivo?

Mais ou menos. Que Red Bull e Ferrari estarão fortes eu não tenho a menor dúvida. São os grandes favoritos. Para isso, Max e Leclerc não podem errar, Pérez precisa melhorar nas classificações e Sainz manter a consistência. A Mercedes não conseguiu acertar a volta nos treinos e está com um novo motor. Talvez tenha andado com a potência mínima. Não acredito em um desempenho tão fraco quanto parece.

Na porção intermediária, Gasly segue bem e Alonso reagiu. Com o motor Ferrari, a Alfa Romeo tenta novos pontos com Giovinazzi. Num circuito cheio de armadilhas e atribulações, Baku promete ser uma corrida agitada, incerta e emocionante como sempre foi, seja por qualquer acidente virar Safety Car, seja por não existir áreas de escape e as frenagens resultar em escapadas que façam com que o carro dê ré.

Diferente de Monte Carlo, o treino não é tão decisivo assim. Portanto, uma bagunça no grid não seria ruim para os protagonistas porque domingo vai ter emoção de sobra, seja nas ultrapassagens, seja no Safety Car. Será que a Red Bull e a Ferrari vão chegar de novo?

Confira a classificação dos treinos livres para o GP do Azerbaijão:






quinta-feira, 3 de junho de 2021

GP DO AZERBAIJÃO: Programação

 O circuito de rua de Baku, capital do Azerbaijão, irá receber a F1 pela quinta vez na história. Em 2016, foi com a alcunha de GP da Europa. Desde 2017 que o autódromo recebe o Grande Prêmio do Azerbaijão. O circuito retorna ao calendário depois de estar ausente em 2020 em virtude do coronavírus.

Um circuito urbano tão estreito como o de Mônaco, com retas tão rápidas como em Montreal, no Canadá, e com quase tantas curvas quanto o de Singapura.

O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke, responsável pelos desenhos de diversas pistas do calendário. A prova passará por diversos pontos turísticos, mostrando a mescla entre a arquitetura medieval e os modernos arranha-céus da cidade.

O traçado tem 6km, apenas menor que uma volta ao circuito de Spa-Francorchamps. A pista terá 20 curvas, perdendo apenas para Singapura, com 23, e Abu Dhabi, com 21.

Mas a grande característica do circuito é sua largura. Ainda que o regulamento exija que as pistas devem ter no mínimo 12m de largura, em Baku isso será consideravelmente menor, com o máximo de 13m e, em determinados pontos apenas 7,6m. Os carros atualmente têm 1,8m de largura.

A partida e chegada terá lugar na praça Azadliq, um dos principais pontos turísticos de Baku. A velocidade máxima deverá rondar os 340 km/h no final da enorme reta do circuito.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Charles Leclerc - 1:43.009 (Ferrari, 2019)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:40.495 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Valtteri Bottas (Mercedes)

Maior vencedor: Daniel Ricciardo, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas - 1x (2017), (2018) e (2019)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 105 pontos

2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 101 pontos

3 - Lando Norris (McLaren) - 56 pontos

4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 47 pontos

5 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 44 pontos

6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 40 pontos

7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 38 pontos

8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 24 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 16 pontos

10- Esteban Ocon (Alpine) - 12 pontos

11- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 10 pontos

12- Lance Stroll (Aston Martin) - 9 pontos

13- Fernando Alonso (Alpine) - 5 pontos

14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos

15- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull Honda - 149 pontos

2 - Mercedes - 148 pontos

3 - McLaren Mercedes - 80 pontos

4 - Ferrari - 78 pontos

5 - Aston Martin Mercedes - 19 pontos

6 - Alpha Tauri Honda - 18 pontos

7 - Alpine Renault - 17 pontos

8 - Alfa Romeo Ferrari - 1 ponto

SEM PRESSA

Foto: Getty Images

Em meio a disputa do título, a Red Bull entende que ainda não é a hora de discutir sobre a renovação de contrato de Sérgio Pérez ou a busca de outro parceiro para Max Verstappen em 2022. 

O motivo é simples: a briga pelo título, onde atualmente a Red Bull lidera tanto nos pilotos quanto nos construtores, mas também porque os taurinos entendem que certamente Max terá um piloto competitivo ao seu lado, por entender que a Red Bull sempre será visada no mercado de pilotos.

“Nós começaremos a conversar sobre isso no verão, pelo menos. Somos muito visados no mercado de pilotos. Eu não creio que um piloto vá entrar em negociações ou acordo com outra equipe antes de tentar um acordo conosco.

Agora estamos totalmente focados no Mundial e não vemos problemas aqui sobre quem será o companheiro de equipe de Max Verstappen no próximo ano. Certamente será um piloto competitivo. Mas ainda há tempo”, disse.

Marko ainda esclareceu que Gasly, na Alpha Tauri, ainda tem mais dois anos de contrato com a Red Bull, mas que o assunto "pilotos" vai começar a ser discutido somente a partir de agosto ou setembro.

Faz sentido. Nem estamos próximos da metade da temporada ou das férias de verão. Até lá, muita coisa precisa acontecer. Todo mundo que mudou de equipe ou chegou agora está em processo de adaptação. Precocidade demais, agora, pode ser um problema. Calma, sem pressa.

PONTE PARA O FUTURO


Ainda no embalo da Indy 500, onde foi comentarista da britânica Sky Sports na transmissão, Lando Norris viu o colega de McLaren Pato O'Ward chegar em quarto lugar. O britânico foi além: em um futuro distante, deseja tentar a sorte na prova mais importante do automobilismo mundial.

“Eu assisto, com certeza. Normalmente, é no fim de semana de Mônaco. Assisto como costumo fazer com o máximo de corridas possíveis da Indy. No momento, não é algo que gostaria de fazer agora, prefiro focar apenas na F1. Mas é algo para pensar no futuro. Eu adoraria correr em algum momento, mas não agora”, disse para a revista Racer.

Norris ainda comparou a Indy com Mônaco, destacando que o Brickyard envolve mais estratégia e o carro/piloto no limite para vencer, o que dá mais prestígio:

O legal em Mônaco é a história do lugar. Se você for pole e liderar na curva 1, a vitória está praticamente garantida de alguma forma, então não é tão incrível de vencer. Na Indy, você precisa fazer esse algo incrível com a estratégia, o combustível, coisas assim. Mônaco, não.

“Acho que a Indy é um evento de mais prestígio porque as pessoas observam como algo único e diferente do que normalmente veem. Então, é algo que gostaria de tentar”, finalizou.

Bom, certamente isso será lembrado quando Norris tentar daqui uns 15 ou 20 anos. Não é para agora, embora a McLaren tenha voltado para o grid da Indy recentemente. Muito legal ver essa integração, mostrando que existe um mundo muito além da F1.

TRANSMISSÃO:

04/06 - Treino Livre 1 - 5h30 (Band Sports)

04/06 - Treino Livre 2 - 9h (Band Sports)

05/06 - Treino Livre 3 - 6h (Band Sports)

05/06 - Classificação - 9h (Band e Band Sports)

06/06 - Corrida - 9h (Band)


terça-feira, 18 de maio de 2021

MAIS MUDANÇAS

 

Foto: Motorsport

O efeito da nova onda do Covid não poderia chegar em um timing pior para a Turquia. Com o agravamento da situação no país, que está suspendendo viagens internacionais, os turcos perderam de uma só vez o GP da Turquia e a final da UEFA Champions League pelo segundo ano consecutivo. 

A corrida em Istambul já entraria no lugar do Canadá pelo mesmo motivo do Covid, o que forçou a F1 a tomar uma decisão rápida. O GP da França foi antecipado para o dia 20 de junho e, no dia 27, a organização adicionou uma corrida extra na Áustria, onde a F1 novamente irá correr duas vezes, nos dias 27 de junho e 4 de julho.

A organização do GP do Azerbeijão, corrida do dia 6 de junho, não aceitou inverter a data da prova com a Turquia, o que viabilizaria tudo e não resultaria essa situação, em virtude de ter um jogo da Eurocopa marcado para o dia 14/06. Portanto, seria impossível para a cidade e o país receberem dois eventos grandiosos no mesmo final de semana.

Honestamente? A F1 já tinha caído para cima e, nessa situação, foi mais para cima ainda. O GP da Turquia é legal e é uma pena que não haverá corrida por lá, mas a Áustria, por ser um traçado rápido e curto, proporciona muitas disputas e está entregando ótimas corridas desde que retornou ao calendário da F1. Então, duas corridas por lá é uma grande notícia, mesmo que as circunstâncias não sejam tão propensas a celebração.

Até!


segunda-feira, 29 de abril de 2019

BOTTADA

Foto: Getty Images
A Fórmula 1 nesta temporada vai me ajudar a escrever textos curtos. O problema é o ânimo para fazer isso.

Vamos lá. Corrida no Azerbaijão sem acidente é um lixo, como foi comprovado logo na abertura, em 2016. Nesta temporada, a cota de bizarrices foi preenchida com os eventos do final de semana.

Pois bem, diante de uma "dívida histórica", o destino deu a vitória que tirou no ano passado. Bottas largou na pole e venceu sem sustos, em uma corrida chatíssima. Hamilton tentou atacar no final, mas teve que se contentar com a segunda posição. Mais uma dobradinha, a quarta seguida. Nem a Williams de 1992 conseguiu isso, tampouco as do tempo de Schumacher nos anos 2000.

Hamilton disse que foi "muito amigável" na largada. De fato, se jogasse mais duro, certamente teria assumido a liderança. Foi a primeira vez no ano que o pole venceu uma corrida. Hamilton não parece enxergar o finlandês ainda como um rival, tal qual era Rosberg recentemente. Por enquanto?

A Mercedes deixando seus pilotos brigarem tem muito a ver com a costumeira incompetência da Ferrari. O mais incrível é que os italianos parecem cada vez mais empenhados em fazer uma cagada diferente a cada corrida. Leclerc, que desta vez fez bobagem no sábado, teve que partir para o plano B. Quando era líder com os pneus duros, a Ferrari simplesmente acabou com a corrida do monegasco, que só serviu de escudo para Vettel, que desta vez não fez nenhuma cagada. Resultado? Leclerc mais uma vez em quinto, incapaz de sequer se aproximar de Verstappen porque o rendimento com os macios era pífio. Ah, ele fez a volta mais rápida da corrida, mas quem se importa? Bom, por enquanto Bottas lidera o campeonato justamente por isso.

Não tem muito o que comentar. Sérgio Pérez, de quem sou fã, finalmente estreou na temporada com um ótimo sexto lugar. Até Stroll anda bem por lá e conseguiu um nono lugar. Outro grande destaque foi a McLaren, sem problemas e com os dois carros na zona de pontuação, os primeiros de Sainz e mais alguns de Norris. Parece animador para quem sequer passava do Q1 no ano passado. Raikkonen, beneficiado pelo abandono de Gasly, conquistou mais um pontinho. Aliás, o francês se continuar assim certamente será substituído pela Red Bull e não vai demorar muito...

A Renault, uma montadora, busca se reestruturar, mas a temporada até aqui é um fracasso. Hulk nem pontuou. Ricciardo, que vinha num bom ritmo e é considerado o "melhor ultrapassador" da F1, tentou uma manobra arriscada na curva 2, passou reto e impediu Kvyat de fazer a tangência. Não satisfeito, simplesmente deu a ré e acertou o torpedo russo. Os dois abandonaram. Isso é o retrato do australiano hoje na equipe francesa.É como o Cristiano Ronaldo indo pra Juventus e não passar das quartas da Champions, ou algo do tipo. O pior é ouvir letrinha do russo, que disse que ia comprar um retrovisor pra ele... se bem que Kvyat pode, afinal o derrotou em 2015.

O resto é mais do mesmo. Bottas parece estar na melhor forma da carreira, uma grande reviravolta para quem parecia descartado. Ocon não parece ser um cara de sorte. No entanto, ainda não acho o finlandês um concorrente para o título. Para derrotar Hamilton, é necessário nadar até águas profundas, sobreviver a entrada para o vale da morte e ter um pouco de sorte. Por enquanto está se saindo bem, mas resta saber como será o comportamento na segunda metade da temporada, quando Hamilton realmente engata.

Confira a classificação completa do GP do Azerbaijão:


Até!

sexta-feira, 26 de abril de 2019

BIZARRICES

Foto: Getty Images
Mais um dia nem tão normal assim no automobilismo e em Baku.

Logo em 10 minutos da primeira sessão de treinos livres, George Russell rasgava a reta tranquilamente até passar por cima de uma tampa de bueiro (!) que ficou exposta na pista. Claro, é um circuito de rua, normal ter isso. No entanto, não deixa de ser um amadorismo sem limites.

Bem, o assoalho e o câmbio foram danificados e a sessão foi cancelada. Não bastasse isso, o caminhão que retirava do carro da Williams bateu numa marquise e o fluido hidráulico do veículo começou a escorrer bem no FW42. Que fase... é o famoso "jogar pedra na cruz".




Imagina se uma coisa dessas acontece no Brasil... Bom, ao menos podemos provar as vezes que nem tudo na F1 é tão perfeccionista e profissional. Afinal, umas pataquadas dessas também servem pra quebrar o gelo.

Mas isso não foi tudo. O gran finale veio na F2.

Primeiro, apenas observem isso que o possante indiano Mahaveer Raghunathan (nome de CPU gerado por jogo asiático) fez:


Agora, o que Sean Gelael, que estava com problemas no motor do carro, fez com os pobres comissários azeris:




Um dia e tanto em Baku, que sempre promete corridas malucas e incidentes bizarros. Isso, para esta temporada, já não falta mais. Ansioso.

Ah sim: Leclerc foi o mais rápido no TL2 e Matsushita larga na pole na F2.

Até!

GP DO AZERBAIJÃO - PROGRAMAÇÃO

O circuito de rua de Baku, capital do Azerbaijão, irá receber a F1 pela quarta vez na história. Em 2016, foi com a alcunha de GP da Europa. Desde 2017 que o autódromo recebe o Grande Prêmio do Azerbaijão.

Um circuito urbano tão estreito como o de Mônaco, com retas tão rápidas como em Montreal, no Canadá, e com quase tantas curvas quanto o de Singapura.

O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke, responsável pelos desenhos de diversas pistas do calendário. A prova passará por diversos pontos turísticos, mostrando a mescla entre a arquitetura medieval e os modernos arranha-céus da cidade.

O traçado terá 6km, apenas menor que uma volta ao circuito de Spa-Francorchamps. A pista terá 20 curvas, perdendo apenas para Singapura, com 23, e Abu Dhabi, com 21.

Mas a grande característica do circuito é sua largura. Ainda que o regulamento exija que as pistas devem ter no mínimo 12m de largura, em Baku isso será consideravelmente menor, com o máximo de 13m e, em determinados pontos apenas 7,6m. Os carros atualmente têm 1,8m de largura.

A partida e chegada terá lugar na praça Azadliq, um dos principais pontos turísticos de Baku. A velocidade máxima deverá rondar os 340 km/h no final da enorme reta do circuito.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:43.441 (Ferrari, 2017)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:40.593 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Daniel Ricciardo e Lewis Hamilton - 1x (2017) e (2018)

VERSTAPPEN SOBRE VETTEL: "NÃO É MÁGICO"

Foto: Racefans

O mau momento do alemão rende comentários gerais. Perguntado pela "La Gazzetta dello Sport", Max Verstappen falou sobre Seb:"Eu sempre achei Vettel um bom piloto, porque não dá para ganhar quatro títulos mundiais sem ser. Mas nunca achei que ele era mágico", afirmou.

O holandês explicou:

"Daniel Ricciardo conseguiu batê-lo na Red Bull e agora a confirmação com Leclerc, que também está deixando a vida dele muito difícil".

Pegando essa resposta como gancho, Max também falou sobre um dia voltar a ter um companheiro de equipe mais "salgado":

"Se algum dia houver a chance de que Leclerc e eu sejamos parceiros certamente vou aceitar esse desafio. O mesmo vale para Hamilton, que já tem cinco títulos mundiais, mas não me importo", disse.


Opinião é opinião e vocês já sabem sobre a minha por aqui. Então, a questão mais interessante desta entrevista é o fato de Max querer matar todos os desafios possíveis. Confiante e selvagem do jeito que é, gostaria que ele tivesse um carro capaz de ser campeão e não só por migalhas deixadas entre Mercedes e Ferrari. Ah, e que tivesse um cara tão talentoso quanto para brigar pelo campeonato. Aposto que não sou o único a querer isso.

MAS JÁ?

Foto: Getty Images
Raslan Razali, diretor de corridas do autódromo de Sepang, na Malásia, disse que o país está de olho em um retorno para a categoria. A última corrida disputada no circuito foi em 2017. Diante da insatisfação com o então contrato vigente, Sepang não quis renovar e apostou as fichas na MotoGP. Agora, com a Liberty Media, um novo acordo pode ser costurado.

Mas o retorno não seria tão breve. Mahathir Mohamad, primeiro ministro do país entre 1981 e 2003, foi o grande responsável pela entrada do país na F1, em 1999. No ano passado, ele voltou ao cargo. Portanto, o interesse existe.

“Ele já mostrou o interesse de que a Fórmula 1 retorne um dia. Mesmo assim, depois da última corrida em 2017, o país precisa esperar ao menos cinco anos para poder voltar”, disse.

Cinco anos em relação a 2017 seria 2022. No entanto, a Liberty tem outros planos e estratégias em diferentes países, como por exemplo mais uma prova nos Estados Unidos e a expansão por circuitos de rua na China, Dinamarca e até mesmo um retorno para a Holanda, visando maximizar o efeito Verstappen.

“A Fórmula 1 ainda vai seguir se desenvolvendo nos próximos dois ou três anos. As corridas também vão ficar melhores. Se eles [Liberty Media] quiserem mais corridas de rua... Talvez a gente queira voltar, mas eles não nos querem agora. Nós só podemos esperar”, encerrou.

Sepang nunca deveria ter saído. Já tinha virado um circuito tradicional, bonito e repleto de grandes corridas, sempre com o clima imprevisível. É a ficha 1 para voltar, sem dúvidas. Por mais circuitos e menos corridas de rua.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 68 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 62 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 39 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 37 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 36 pontos
6 - Pierre Gasly (Red Bull) - 13 pontos
7 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 12 pontos
8 - Lando Norris (McLaren) - 8 pontos
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 8 pontos
10- Nico Hulkenberg (Renault) - 6 pontos
11- Daniel Ricciardo (Renault) - 6 pontos
12- Sérgio Pérez (Racing Point) - 5 pontos
13- Alexander Albon (Toro Rosso) - 3 pontos
14- Lance Stroll (Racing Point) - 2 pontos
15- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 130 pontos
2 - Ferrari - 73 pontos
3 - Red Bull Honda - 52 pontos
4 - Alfa Romeo Ferrari - 12 pontos
5 - Renault - 12 pontos
6 - Haas Ferrari - 8 pontos
7 - McLaren Renault - 8 pontos
8 - Racing Point Mercedes - 7 pontos
9 - Toro Rosso Honda - 4 pontos

TRANSMISSÃO







quarta-feira, 24 de abril de 2019

A QUARTA CORRIDA

Foto: Motorsport
Olá, pessoal!

Como o Grande Prêmio do Azerbaijão não tem história suficiente para ser relembrada (afinal, está sendo disputada pela quarta vez - três como GP do Azerbaijão e uma como GP da Europa) e é a quarta etapa de uma temporada que até aqui tem o domínio, decidi relembrar de outras "quartas etapas" da era recente da Fórmula 1 que também tiveram domínios de uma equipe, mas diferentes.

Vamos lá:

2004 - SAN MARINO

O GP de San Marino sediado em Ímola na Itália e somente com esta nomenclatura para burlar o regulamento de que não poderia existir dois GPs em um mesmo país com a mesma alcunha, a corrida marcava o aniversário de dez anos de falecimento de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. Durante o final de semana, o sobrinho Bruno e o grande amigo Gerhard Berger guiaram a mítica Lotus 86, emocionando a todos.

Na pista, a Ferrari mantinha o seu domínio, com Schumacher vencendo as três primeiras etapas. No entanto, a pole ficou com a surpreendente BAR Honda de Jenson Button, que debutava na "posição de honra". 

No entanto, Schummi logo deu o pulo do gato nas famosas voltas voadoras pré-reabastecimento e venceu pela quarta vez no ano, mantendo o 100% que depois garantiria o seu sétimo e último título mundial. Button foi o segundo e a Williams de Juan Pablo Montoya foi o terceiro. Alonso, Trulli, Barrichello, Ralf Schumacher e Kimi Raikkonen completaram a zona de pontuação, num grid que também tinham os brasileiros Felipe Massa na Sauber e Cristiano da Matta na Toyota.




2009 - BAHREIN

Foto: Getty Images
Esta é uma outra história que já contei, até recentemente. A Fórmula 1 vivia um novo momento, cortando gastos e sofrendo com a crise, que fez montadoras saírem da categoria. Com o novo regulamento, quem apostou no famoso difusor traseiro se deu bem, enquanto que as tradicionais Ferrari, McLaren e BMW ficaram para trás com a aposta no KERS, o sistema de recuperação de energia cinética.

Jenson Button liderava o campeonato com duas vitórias em três corridas, sendo que na Malásia a corrida teve menos da metade da duração e, portanto, valeu apenas metade dos pontos. Na etapa anterior, na China, o jovem Sebastian Vettel foi o responsável pela primeira vitória da história da Red Bull Racing, ele que também foi o primeiro e único vencedor pela equipe satélite, a Toro Rosso.

No confronto entre os dois, quem se deu bem no sábado foi a Toyota: Trulli e Glock fizeram a primeira dobradinha da história da equipe na primeira fila, com Vettel e Button na segunda fila. 

No entanto, durante a corrida, o melhor ritmo de corrida aliado a uma estratégia acertada fez Button vencer pela terceira vez em quatro etapas. Ele venceria mais duas em sequência para garantir uma vantagem irreversível, bastando somente administrar na reta final, onde a Brawn GP já havia sido superada pelas rivais, para se sagrar um dos campeões mundiais mais improváveis de toda a história. Vettel foi o segundo e Trulli o terceiro, seguido por Hamilton, Barrichello, Raikkonen, Glock e Alonso. O grid também contava com Nelsinho Piquet pela Renault (foi o décimo) e com Felipe Massa na Ferrari, que abandonou com problemas no carro do cavalinho rampante.


2014 - CHINA

Foto: Getty Images

O domínio da Mercedes já começa a ser uma fatia significativa da história deste esporte. Depois de três vitórias em três corridas, as flechas de prata partiram para a quarta vitória sem maiores problemas.

Com mais um treino na chuva, Hamilton evidenciava seu maior talento ao fazer mais uma pole. Em condições não tão desiguais, as Red Bull de Ricciardo e Vettel se intrometeram e o líder Nico Rosberg largou apenas em quarto.

Na corrida, sem chuva, um passeio da Mercedes sem maiores problemas e mais uma dobradinha, a terceira vitória de Lewis no ano. O cara responsável por agitar a bandeira fez isso uma volta antes, portanto a corrida teve uma volta a menos, o que ajudou Alonso e a Ferrari a garantir o terceiro lugar, apesar dos ataques de Ricciardo. Vettel foi o quinto, seguido por Hulkenberg, Bottas, Raikkonen, Pérez e Kvyat. Massa foi o 15° com a Williams.

Bom pessoal, essas foram as lembranças dessa semana. Até a próxima!

segunda-feira, 30 de abril de 2018

CAIU DO CÉU - PARTE 2

Foto: Getty Images
É, sem dúvida nenhuma, o início de temporada mais discreto de Lewis Hamilton desde 2013, quando chegou nas flechas de prata. Também coincide com a primeira vez na era híbrida onde a Mercedes não é dominante. Pelo contrário, está levemente inferior a Ferrari. Sendo assim, o tetracampeão está sendo apenas burocrático, chegando onde é possível e contando com a famigerada sorte. Se na Austrália ela lhe faltou, não é o que pode ser dito nas duas últimas etapas. Graças a acidentes, erros e azares alheios, Lewis Hamilton encerrou um jejum de seis provas sem vitória, levou os alemães para a primeira vitória no ano e assumiu a liderança do campeonato, mesmo com o carro inferiorizado. O que mais chamou a atenção depois da corrida foi a solidariedade com o companheiro Bottas, que era quem mais merecia ganhar, fato este reconhecido pelo tetracampeão.

Isso tudo possível por quatro atos que se desencadearam nas últimas 15 voltas. Antes, um adendo: de novo a corrida só foi boa porque teve um Safety Car, o que embaralhou tudo. Como escrevi antes: parece a Indy, o que é bom, mas a corrida depender de um acidente ou bandeira amarela sempre para ter relevância é preocupante.

 A explosiva dupla da Red Bull estava se estranhando desde o início. Ricciardo e Verstappen brigavam pelo quarto lugar. Max fazia o jogo duro de sempre, espalhando e não dando espaço. Daniel respondia, até que uma hora acabou passando. Como estava na frente, era lógico que fosse o primeiro a parar. Mais ou menos. Os supermacios estavam realizando voltas mais rápidas. O #3 foi o primeiro a parar e acabou voltando atrás de Verstappen.

Por quê a melhor estratégia daquele momento foi passada para o holandês? Lá foi Ricciardo remar tudo de novo. Sempre cirúrgico, tentou "driblar" Max, que acabou mudando de direção duas vezes, o que não é permitido. Sem ter para onde fugir, a batida foi inevitável, à la Istambul 2010 com Vettel e Webber. Mais pontos perdidos em uma disputa interna. Mais uma vez Max envolvido e (meio) culpado pela situação. Ricciardo também errou, e os dois foram duramente criticados interna e externamente. Quem sabe isso não possa ter desdobramentos para a permanência (ou não) do australiano ano que vem?

Foto: Getty Images

Ato número 2: a corrida já estava na reta final. A liberação do Safety Car faria com que houvesse uma disputa desenfreada nas voltas finais. Poderíamos ter mais, de fato, se não fosse o bisonho Romain Grosjean ter conseguido a proeza (mais uma) de bater durante o Safety Car. Até Prost já fez isso... mas o que impressiona é a sequência de erros juvenis do pseudo francês (é suíço) em um ano crucial da carreira. Perdeu mais pontos importantes para a Haas no campeonato e impediu mais voltas de briga na corrida, fazendo o Safety Car ficar mais tempo na pista. Não contente em ter feito outra cagada, Grosjean acusou Ericsson (?) de causar tudo e ainda deu piti nos boxes. Tá sentindo a pressão de quem sabe que pode estar jogando a última chance pela janela. Pra quem conseguiu bater na volta que levava o carro pro grid, é possível esperar de tudo. Aliás, Grosjean será o assunto do texto de amanhã aqui.

Foto: Getty Images

Ato número 3: Bottas aproveitou o Safety Car para fazer o pit stop e voltar a frente de Vettel. A Ferrari, de novo, errou na estratégia. Fez a parada cedo, quando Seb tinha 7 segundos de vantagem para Hamilton, que parou mais cedo porque estragou os pneus em um erro. A impressão é que marcaram apenas o inglês porque ele é o adversário direto, e talvez imaginaram que Bottas faria o papel de escudeiro tal qual Raikkonen. Não foi o caso. Com pneus novos e líder, Vettel via outra corrida com boas chances de vitória indo pelo ralo.

O caminho natural seria administrar e, na pior das hipóteses, garantir o segundo lugar e aumentar a vantagem para Hamilton? O tetracampeão não pensou assim e, na relargada, forçou demais ao tentar ultrapassar Bottas e caiu para quinto, superado na sequência por Hamilton, Raikkonen e Pérez. Faltou inteligência para Vettel. Um campeão de sua estirpe deveria ter administrado a situação, pensado no macro. Optou por tentar vencer, o que obviamente não é errado, mas correu muitos riscos. Perdeu o pódio, a vitória e a liderança do campeonato em duas corridas onde tinha condição para vencer ou chegar em uma posição melhor do que ficou.

Foto: Reprodução
Ato número 4: com o erro de Vettel e Hamilton com um pneu bastante desgastado, faltavam três voltas para consagrar Bottas como vencedor e, com aqueles resultados, líder do campeonato. Vitória magnífica e incontestável. Até que o finlandês passa por cima de um detrito, não retirado da pista pelos comissários, o que causa um pneu furado... e assim acabou todo o esforço de quem, desde o erro no treino da Austrália, vem fazendo uma grande temporada. Se continuar assim, o #77 tem boas chances de continuar nas flechas de prata e exorcizar a ameaça Ricciardo. O abatimento foi tão grande que o finlandês chorou ao sair do carro e prometeu beber até cair para esquecer desse final de semana. É o que todos nós fazemos, sem precisar necessariamente passar por uma experiência traumática dessas. Ou coisas piores, até. Saúde, Bottas! O jeito burocrático de Raikkonen o premiou com um segundo lugar. Até ele está andando melhor que o ano passado, mas para uma Ferrari isso é muito pouco, ainda mais pelo seu já longínquo histórico na F1.

Foto: Reprodução
Menções honrosas: Checo Pérez! Escrevi sobre ele essa semana. Mais um fim de semana onde ele mostra que poderia estar em uma equipe de ponta, se tivesse regularidade e um carro compatível. Em Baku, deu tudo certo: sobreviveu aos incidentes de largada (ao contrário do companheiro Ocon, tocado por Raikkonen)e, ao parar cedo, conseguiu subir posições conforme os acontecimentos da prova. Ele era o único com supermacio, e foi assim que passou Vettel de forma linda. Em um circuito onde o motor Mercedes faria a diferença, o mexicano capitalizou pontos importantíssimos para a equipe indiana nos construtrores: 15 x 1 contra o francês, mas é evidente que isso não reflete a capacidade de ambos. Entretanto, mais uma vez ficou claro: Pérez sempre vai aproveitar a oportunidade que tiver, não interessa como.

Foto: The Chequered Flag


Charles Leclerc e seus primeiros oito pontos! Brilhante sexto lugar. Já tinha feito um grande trabalho ao passar para o Q2. Subindo posições, conseguia se sustentar em oitavo. Na relargada, chegou a brigar pelo quinto lugar com Sainz, mas o sexto já era demais. Importante na disputa direta contra Ericsson e na briga da Sauber pelos construtores. O monegasco pode ter começado a pavimentar sua evolução na carreira aqui, logo na quarta etapa de sua primeira temporada. O piloto do dia!

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Ah, Alonso... é um privilégio vê-lo desfilar todos os domingos! Pena que faz tempo que não briga lá na frente... hoje na largada teve os dois pneus avariados por Sirotkin, ficou se arrastando e batendo no muro pra chegar aos boxes aos trancos e barrancos para fazer os reparos, voltar para a corrida e pontuar. Sim, apesar disso ter sido ocasionado somente graças aos abandonos e ao Safety Car, Don Alonso conseguiu pular com maestria para o sétimo lugar, e ali ficou. 28 pontos com uma McLaren por enquanto claramente inferior a Renault e Haas. Para a alegria dos bons, deixando em êxtase aqueles que acompanhavam o grande prêmio.

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Para completar: Sainz finalmente estreou em 2018 pela Renault. Bom quinto lugar para reagir e ver se engrena na temporada. Hulkenberg, ao contrário de Pérez, sempre desperdiça as chances quando elas aparecem na F1: mais um erro bobo ao bater no muro e perder bons pontos, incluindo talvez um pódio. Ocon não é diferente. É jovem, é talentoso, é constante, mas na hora do "vamos ver", por enquanto, vem se mostrando errático. Vandoorne conseguiu dois pontos que não merecia - está bem abaixo de Alonso - e precisa ter cuidado com um certo Lando Norris. Até Hartley conseguiu chegar aos pontos, meio décimo à frente de Ericsson!

Ah, Stroll foi o oitavo. Foi bem, marcou os primeiros pontos. Mesmo assim, ainda bem, a Williams segue em último nos construtores! Veremos se irão deixar Sirotkin ultrapassá-lo na tabela (e se o russo colaborar também).

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Azerbaijão:


A F1 volta em duas semanas com o Grande Prêmio da Espanha, em Catalunha, nos dias 11, 12 e 13 de maio.

Até!