Mostrando postagens com marcador hartley. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador hartley. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

ANÁLISE DA TEMPORADA 2018 - Parte 2

Foto: Daily Express

Fala, galera! Segunda e última parte da tradicional análise da temporada. Agora, com as equipes que restam: Williams, Toro Rosso, Haas, McLaren e Sauber. Vamos lá!

WILLIAMS

Foto: F1i
Lance Stroll – 5,0: Conseguiu a proeza de ser superado em treinos pelo lanterna do campeonato. Como recompensa, vai subir para a Force India (Ou Racing Point, sei lá que diabos vai ser o nome) graças ao dinheiro do pai Lawrence, como sempre. Tem um ritmo de corrida melhor, mas isso não quer dizer muita coisa. Queimar etapas custa a reputação de piloto pagante eterno. Agora, a concorrência é Pérez, não um semiaposentado Massa ou o novato Sirotkin. A competição vai ser mais alta, assim como a chance de capitalizar mais pontos também. Será que Stroll vale mais do que ser o contrapeso do pai?

Sergey Sirotkin – 5,0: Perder para Stroll é o fim da picada, mesmo que a Williams seja uma porcaria e o russo seja o novato. Uma passagem sem brilho, sem graça, sem muito o que comentar além disso. Que seja feliz em outra categoria.

TORO ROSSO

Foto: LAT Images
Pierre Gasly – 7,5: Com um “carro-experiência”, teve alguns brilharecos que foram significativos. O quarto lugar no Bahrein foi o ponto alto, assim como outros grandes resultados pontuais em Mônaco. Pegar a Toro Rosso nessa temporada era uma verdadeira bucha de canhão. Ninguém poderia esperar algo. Pelo que garganteia a Red Bull, confirmada pela equipe satélite, o motor evoluiu e falha menos. Significa bater de frente com os tubarões? Não, mas permite um crescimento animador para as próximas temporadas. Por falar em crescimento, a brecha de Ricciardo permite a Gasly lutar com Verstappen. Vai ser difícil e provavelmente deve ser derrotado. Cabe ao francês justificar a que veio. A primeira amostra foi positiva.


Brendon Hartley – 5,0: A própria equipe comentou que o neozelandês em nenhum momento pareceu ter se adaptado ao carro, talvez fruto de um longo tempo sem correr em monopostos. A verdade é que Hartley teve poucos brilhos (em alguns treinos) e quase nenhum nas corridas, seja por acidentes, falta de velocidade, problemas da Honda ou as três coisas juntas. Assim como Sirotkin, não vai fazer falta. Não é mau piloto e com certeza vai continuar se destacando nas outras categorias.

HAAS

Foto: Grand Prix 247
Romain Grosjean – 5,5: Inacreditável terem renovado com ele, apenas isso. Uma série incrível de erros e cagadas. Talvez nem o próprio Grosjean tenha contado com a renovação através do duro Gunther Steiner. Com um grid extremamente jovem e dominado pelas “academias de pilotos”, talvez a única coisa positiva da Haas é ainda manter essa independência no que tange a escolha dos pilotos, apesar de acreditar que a ascensão de Leclerc tenha limado as opções do time de Gene Haas. Que venha mais um ano de trapalhadas do francês, talvez pode ser a última, pense nisso.

Kevin Magnussen – 7,0: Brigou até o final pelo posto de melhor do resto. Começou bem a temporada mas depois teve altos e baixos. Ainda assim, o jeito durão e o fato de ser odiado por quase todos os pilotos o faz ser um personagem interessante e às vezes até sensato quando discorda do Halo e fala de forma franca com todos. Esse mesmo comportamento está lhe fazendo virar quase uma chicane ambulante. Precisa parar com isso. Conseguiu superar Grosjean sem dificuldades e tem tudo para fazer de novo no ano que vem. Com isso, vai garantindo mais alguns anos na categoria, o que parecia impensável depois de ter sido dispensado pela McLaren, mostrando que há sim luz no fim do túnel.


McLAREN

Foto: Autoracing
Fernando Alonso – 7,0: A última (?) temporada de Alonso na F1 começou promissora assim como a equipe. Pontos nas primeiras etapas e o sentimento de que “nós podemos lutar”. Bom, o sonho virou pesadelo na sequência e isso mostrou para todos que o chassi da McLaren não era tão ótimo quanto parecia ser para justificar o fim da parceria com a Honda. Sem desempenho e carro, Alonso foi murchando até perceber que não tinha mais forças para andar outra vez com carros tão ruins. Com o mínimo, conseguiu bons pontos. Tomara que possamos continuar desfrutando de seu talento ainda com grande assiduidade.


Stoffel Vandoorne – 5,5: Mais um fritado pelo péssimo momento da McLaren. Claro que o belga não se ajudou e fez uma temporada horrível, mas no ano passado foi reportado pela própria equipe que Vandoorne foi “sacrificado” ao não testar os novos componentes do carro, que iam todos obviamente para Alonso. Não acredito que alguém tenha desaprendido a guiar, ainda mais um cara com um currículo tão invejável quanto o de Vandoorne. Parece ter sido o caso de uma jovem promessa, o leão da base que não confirmou no “profissional”. As circunstâncias não ajudaram e o belga agora precisa retomar a confiança na F-E. Não é o ideal, mas ainda torço para seu improvável retorno a categoria.


SAUBER

Foto: Getty Images
Marcus Ericsson – 6,0: Não é exagero dizer que essa foi justamente a melhor temporada do sueco. Talvez tenha sido a que a Sauber mais evoluiu, o que também é uma surpresa. O que não foi novidade é que ele perdeu de novo para um companheiro de equipe. Reestabelecendo a ordem natural das coisas, dessa vez ele saiu. Mesmo assim, impressiona ter sido tão dominado por alguém novo como Leclerc. Claro que o talento dele é diferenciado, mas o sueco mostrou que já estava fazendo hora extra na F1 e de certa forma saiu por cima da Sauber rumo ao sonho americano.


Charles Leclerc – 8,0: Repleto de grandes momentos, a mostra de seu talento ficou evidenciada quando acertou aquela volta na chuva no Brasil que garantiu a ida pro Q3. Charles é um piloto pronto. Mostrou maturidade, consistência e velocidade. Diante da temporada frágil de Vettel, o monegasco começa na Ferrari sem nada a perder e é o futuro da categoria. Verstappen também que se cuide porque agora há outro jovem com potencial em uma equipe grande como parâmetro para comparação. Leclerc somou pontos importantíssimos e ajudou na evolução da Sauber, aliada ao retorno da Ferrari como parceira dos suíços. Sem dúvidas o novato do ano e futuro protagonista da F1 daqui não muito tempo.

Essas foram as minhas análises. Concordam? Discordam? Comentem!

Até mais!

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

GP DO MÉXICO - Programação

O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Em 2015, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)
Pole Position: Nigel Mansell - 1:16.346 (Williams, 1992)
Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)
Maior vencedor: Nigel Mansell (1987 e 1992), Alain Prost (1988 e 1990) e Jim Clark (1963 e 1967) - 2x

APENAS UM ANO SABÁTICO?

Foto: Getty Images
Em entrevistas na semana passada, durante o GP dos Estados Unidos, Fernando Alonso deu algumas pistas sobre seu futuro no automobilismo. Ainda sem anunciar nada mas com o "projeto definido", o espanhol foi perguntado, afinal, sobre qual seria esse projeto para 2019.

Alonso disse segue interessado em disputar a Indy 500, mas também que precisa descansar na próxima temporada. Atualmente, Alonso está correndo a F1 e vai terminar o Mundial de Endurance somente na metade do ano que vem. Gostaria muito de participar dela, para ser sincero. No ano passado, foi uma corrida mágica e creio que ainda é atrativa para mim, especialmente depois que venci em Le Mans. É parte do meu projeto de calendário para o ano que vem", ressaltou o veterano.

Agora, o espanhol soltou algumas novidades. Se parecia certo que a Fênix disputaria uma temporada na Indy, tudo indica que não é esse o caso, segundo suas palavras. "“Preciso descansar e recuperar a minha motivação, é por isso que não quero fazer uma temporada completa na Indy, porque seria como continuar na F1. 17 corridas é muita coisa para mim agora. Talvez no futuro. Talvez até me recupere e volte à F1 em 2020.", completou.

Pela primeira vez desde que anunciou a saída da categoria, em agosto, Alonso deixa em aberto uma possibilidade de retorno. Diante do desejo de correr menos e descansar mais, ele dá a entender que 2019 será terminar o Mundial de Endurance e correr as 500 milhas de Indianápolis para descansar e buscar a motivação que perdeu nos últimos anos para quem sabe voltar em 2020 para a F1 ou outra categoria.


A motivação pode ser entendida como "falta de carros bons" e "cansei de andar no fim do grid". Apesar do alto salário que Alonso ganha, ultimamente isso não diz quase nada em termos esportivos. Suas maiores alegrias foram a vitória em Le Mans e a disputa da Indy 500. Certamente estaremos todos especulando o retorno de Alonso para a F1 em 2020. E adivinhem qual será a primeira equipe ligada ao espanhol? A Renault, claro. Novela sem fim, que agora parece ter sido apenas o primeiro capítulo.

HARTLEY: "MEREÇO RENOVAR"

Foto: Getty Images
Restam apenas uma vaga na Toro Rosso e outra na Williams. Todos os prognósticos indicam que Brendon Hartley não deve seguir na equipe de Faenza para o ano que vem. Com apenas quatro pontos (os quatro oriundos de desclassificações de outros pilotos), Hartley diz que merece seguir na Toro Rosso para a próxima temporada:

"Foi uma boa corrida. Sinto que estou em boa fase nas últimas corridas. Todo final de semana eu respondo as mesmas perguntas sobre meu futuro e leio que preciso bater meu companheiro. Mas, em Singapura, eu estava na frente dele até as ordens de equipe, na Rússia estava antes do carro quebrar e na classificação no Japão. Nos EUA, de novo. Vamos ver o que acontece. "É muito chato ficar respondendo toda hora a mesma coisa, mas acho que estou provando meu potencial. Sinto que eu merecia ficar aqui", disse ao site norte-americano 'Motorsport.com'.

Hartley é o penúltimo colocado no Mundial. Isso já diz tudo. Tudo bem que o motor Honda serve apenas como laboratório para a Red Bull na próxima temporada, mas em nenhum momento o neozelandês se encontrou na categoria. Pegar um canhão desses é complicado, ainda mais para quem estava acostumado a vencer no Endurance, onde o ritmo é outro. O papel de Hartley não é ruim, apenas esquecível.


Tudo indica que outro ex-membro da academia de pilotos da Red Bull retorne para a equipe satélite: trata-se do tailandês Alexander Albon, vice-líder da F2 e em grande fase na categoria de acesso da F1. Ele foi dispensado do programa anos atrás por mau desempenho (assim como Sérgio Sette Câmara), mas agora deu a volta por cima. Seria um bom e surpreendente nome para a F1 na próxima temporada, o primeiro da Tailândia. Interessante.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 346 pontos
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 276 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 221 pontos
4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 217 pontos
5 - Max Verstappen (Red Bull) - 191 pontos
6 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 146 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Renault) - 61 pontos
8 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 57 pontos *
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 53 pontos
10- Fernando Alonso (McLaren) - 50 pontos
11- Esteban Ocon (Racing Point) - 49 pontos *
12- Carlos Sainz Jr (Renault) - 45 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 31 pontos
14- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 28 pontos
15- Charles Leclerc (Sauber) - 21 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
17- Marcus Ericsson (Sauber) - 7 pontos
18- Lance Stroll (Williams) - 6 pontos
19- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 4 pontos
20- Sergey Sirotkin (Williams) - 1 ponto

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 563 pontos
2 - Ferrari - 497 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 337 pontos
4 - Renault - 106 pontos
5 - Haas Ferrari - 84 pontos
6 - McLaren Renault - 58 pontos
7 - Racing Point Force India Mercedes - 47 pontos *
8 - Toro Rosso Honda - 32 pontos
9 - Sauber Ferrari - 28 pontos
10- Williams Mercedes - 7 pontos

* Com a venda da Force India, a equipe foi rebatizada de Racing Point Force India e teve a pontuação dos construtores zerada. No entanto, os pilotos mantiveram os pontos que conquistaram até o GP da Hungria, quando a equipe era Force India.

TRANSMISSÃO:



sexta-feira, 17 de agosto de 2018

ENCAIXANDO AS PEÇAS

Foto: Motorsport
A notícia da saída de Alonso da Fórmula 1 me abalou tanto que afetou o meu sistema imunológico. Ainda não estou 100%, por isso hoje tentarei ser um pouco mais breve nas palavras:

Dois dias depois do anúncio de um espanhol, a McLaren anunciou o compatriota Sainz como piloto da equipe para as próximas duas temporadas. É evidente que essas negociações iniciaram meses atrás. Estava tudo entrelaçado. Alonso não vai tirar seus patrocinadores do time de Woking. Ele e Sainz têm o mesmo empresário. Coincidências? Arranjos? Acordos?

Bom, o fato é que uma "grife" foi parar em outra. Fora da Renault e sem espaço na Red Bull, Sainz está sendo derrotado sem grandes dificuldades por Hulkenberg. Como recompensa, virou primeiro piloto da gigante McLaren. Ela, que teve Prost, Lauda, Senna, Hakkinen, Fittipaldi, Alonso e Hamilton agora será liderada por alguém que mostrou nada além do que a média até aqui. Isso mostra a decadência que se encontra a McLaren. Uma Williams 2.0., desde 2012 sem vencer e desde 2014 sem ir ao pódio. Antes, restava a grife dos campeões mundiais Alonso e Button. Agora, nem isso. A decadência sem a elegância.

Bom, quem vai estar com a outra vaga? Muitas especulações. Vandoorne, antes visto como carta fora do baralho, parece que voltou ao jogo, em tese. Lando Norris? Apadrinhado da equipe, parece que não depende do resultado da F2 para subir (atualmente, é o vice-líder). Um plano C seria Pérez e seus 15 milhões de euros como aporte. Falaram até de Ocon também. Loucura total. Pela tendência, apostaria no apadrinhado de Zak Brown, embora torça para que deem mais uma chance para o belga, apesar de gostar do mexicano, que provavelmente sairá da Force India e está caçando equipes para que contem com seu subestimado talento.


Bom, se Sainz está acertado com a McLaren, isso significa que Gasly será o parceiro de Max Verstappen na Red Bull. Anúncio indireto. Helmut Marko e cia tem um ou dois problemas agora: contratar um ou dois pilotos para a próxima temporada, pois é possível que Brendon Hartley não permaneça. Existe algum outro jovem da Red Bull pronto para tal missão? Se não tiver, vai ter; ou serão obrigados a pegar alguém emprestado. Quem toparia? A bola da vez é Dan Ticktum, de 19 anos, piloto Red Bull atualmente vice-líder da F3 Europeia. Precisa ser campeão para obter a superlicença necessária para correr na F1. Caso não consiga, quem será?

Em suma, Sainz e McLaren hoje podem casar. Grifes que não se sustentam, mas que podem realizar um bom trabalho na parte média da tabela no longo processo de reestruturação já citado por Zak Brown em diversas entrevistas desse ano.

Até!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

ANÁLISE PARCIAL DA TEMPORADA - Parte 2

Foto: Divulgação

Olá, pessoal! Agora, a segunda parte da análise do que vimos até aqui nessa temporada 2018 da F1. Vamos com o resto: Williams, Toro Rosso, Haas, McLaren e Sauber.


WILLIAMS

Foto: LAT Images
Lance Stroll – 5,5 – O carro é ruim e o piloto é ruim, ou então o menos pior da Williams. O problema aqui nem são os pilotos. Ou melhor, são as causas deles. Ao optar pelo dinheiro de ricos sem talento, não há perspectiva de melhora no futuro próximo. Virar uma Mercedes B é uma realidade, a única para que a equipe ainda exista. Depois de sugar toda a energia vital da vítima, parece que Stroll vai se alimentar da saudável porém quase falida Force India no ano que vem. O piloto cliente vai seguir sendo bancado até o papai cansar da brincadeira. Ao menos pontuou uma vez nesse ano, o que não diminui a falta de qualidade que existe como piloto.

Sergey Sirotkin – 5,0 – Carro ruim e piloto inexpressivo, ignorado pelas transmissões por motivos óbvios. Quando não está com problemas, está atrás de Stroll e raras vezes a frente. Pegou uma bucha de canhão. E o pior: pagou caro por isso. Espera que tenha valido a pena dar uma volta ao mundo para correr com os melhores porque vai ser difícil que esteja por lá como titular no ano que vem. P.S.: torcendo para que vença Stroll, embora saiba que é difícil.

TORO ROSSO

Foto: Sky Sports
Pierre Gasly – 7,5 – A Honda ainda segue como um motor instável e com muitas falhas, mas é inegável também que está evoluindo. Não é absurdo escrever que, talvez, esteja no mesmo nível da Renault. Diante disso, o francês pontuou “só” três vezes, mas foram resultados expressivos: um quarto e dois sextos lugares. Gasly vem agradando a alta cúpula da Red Bull e talvez possa ser recompensado com uma até então improvável ascensão à equipe mãe de forma tão rápida. Para que isso seja possível, basta manter a regularidade e aproveitar as chances que aparecem.


Brendon Hartley – 5,0 – Veio para tapar buraco de Kvyat e ganhou a vaga para esse ano. Só não saiu ainda porque a Toro Rosso não consegue substituí-lo (tentou Lando Norris). Conseguiu ser recontratado pelo grupo que o chutou quando jovem. Vencedor em Endurance, estava pronto para ir a Chip Ganassi pela Indy. Muitos problemas no carro, acidentes e pouquíssimos pontos, sempre mais lento que Gasly. Não pode reclamar. Sabe que está no lucro e parece estar se divertindo nesse mundo que parecia tão irreal nos últimos anos.

HAAS

Foto: Autosport
Romain Grosjean – 5,0 – Acidentes e oportunidades desperdiçadas. Tirando o erro de pit stop na Austrália, tudo foi culpa dele. Acidente na Espanha, batida em Baku e outras diversas barbeiragens. Perdeu a confiança do Gunther Steiner. Será trocado no final do ano. Também não pode reclamar. Acho que seu tempo na F1 acabou. Até que foi bastante. A não ser que aquele Grosjean da Lotus ressurja. Não parece ser o caso.

Kevin Magnussen – 7,0 – Poderia estar mais na frente na tabela. O carro da Haas oferece essas condições. No entanto, está fazendo a sua parte. Veloz e constante. Também, basta não bater para ser suficiente a superar Grosjean. Para garantir sua vaga de vez na equipe americana, é preciso continuar somando pontos valiosos para os construtores, o que é também dinheiro valioso para Gene.

McLAREN

Foto: Motorsport
Fernando Alonso – 7,5 – Estávamos enganados. O problema não era só a Honda. O chassi também é ruim. Assim, nem mesmo a potência da Renault fez a McLaren andar muito para frente. Apesar disso, Alonso parece estar disposto a ainda ser melhor que o MCL33. Aparentemente desmotivado da F1 e mais preocupado em completar a Tríplice Coroa, a categoria virou mais um hobby do espanhol, também focado no WEC. A McLaren vai ter mais algumas corridas para lhe convencer a ficar. Na F1, é o único espaço disponível. Do contrário, foi um prazer ter visto Fernando Alonso correr por aqui. Espero que o espanhol e a equipe de Woking façam suas partes.


Stoffel Vandoorne – 5,5 – Difícil de defender. Até começou razoável, depois foi ladeira abaixo. Segue com problemas na McLaren e sempre muito abaixo de Alonso, que continua fazendo milagres. No entanto, isso parece ser a tônica de todos os companheiros do espanhol: serem piores do que realmente são. De um lado, Lando Norris, apoiado pelo chefe Zak Brown. Do outro, Pérez e outros abutres de olho na sua vaga. Parece improvável que permaneça para 2019. Precisa ser um pouco Alonso para convencer a cúpula de Woking a seguir acreditando no seu potencial e histórico vencedor na base.

SAUBER

Foto: F1i
Marcus Ericsson – 6,0 – Com o carro um pouquinho melhor, pontuou algumas vezes. Ainda assim, vai ser dominado por mais um companheiro de equipe. Ao menos, dessa vez, Leclerc não será chutado da categoria como recompensa. O acordo com a Alfa Romeo nos faz ter dúvidas quanto ao poder do sueco frente a equipe. Talvez não apite mais nada por lá e esteja com os dias contados. Giovinazzi deve substituir Leclerc. Vários estão de olho na outra vaga. Haja dinheiro para continuar na F1.

Charles Leclerc – 7,5 – A revelação do ano. A Sauber, novamente com o apoio da Ferrari, voltou a crescer, o que deu condições para o monegasco se destacar. É evidente que o talento do campeão da F2 no ano passado é maior que isso. Tão maior a ponto de ir direto para a Ferrari? As chances são boas, mas ainda não sabemos. Se continuar mágico assim, junto com a evolução do C37, a resposta pode ser positiva. Em todo caso, se algo der errado, já vai ter garantida a “pequena promoção” para a Haas.

Pessoal, essas foram as minhas análises. Gostaram? Discordaram? Comentem! Até o retorno da F1. Fui!

terça-feira, 12 de junho de 2018

QUASE MAIS DO MESMO

Foto: Getty Images
Novidade: mais uma corrida sofrível. E no Canadá. Tudo bem que o circuito de Montreal é um daqueles que na maioria dos casos só presta quando chove, mas a F1 desse ano tá transformando tudo em uma procissão impossível de se acompanhar sem dar uns cochilos. Se não fosse o Safety Car nas primeiras corridas, teria sido tudo horrível. Hoje, é uma temporada meio horrível.

Culpa da aerodinâmica, dos gastos e dos jogos de interesses. Tudo isso contribui para um espetáculo insosso, pífio e patético. Como atrair audiência se não acontece absolutamente nada? Nem sequer uma tentativa, uma perseguição, porque a aerodinâmica não permite carros próximos.

Os únicos momentos dignos de alguma escrita foram o acidente da largada e a bandeirada fail que poderia ter prejudicado a corrida. Hartley é um imã de acidentes. Pressionado na Toro Rosso, duvido que chegue até o final da temporada. Só fica lá porque não há opções melhores e os italianos receberam uma recusa da McLaren diante da possibilidade de pegar Lando Norris por empréstimo. Bom, o neozelandês já está no lucro: voltou pra categoria quando ninguém esperava e tem amplo mercado depois que levar o provável pé na bunda pela segunda vez dos taurinos. Stroll é isso aí. Nervoso no volante, não tem condições de estar na F1. A culpa maior é de quem se vende pra ele, literalmente. A Williams.

A tal modelo ativista quase avacalha a corrida porque não soube a hora de dar a bandeirada. Ela diz que só seguiu ordens. Que várzea. A Liberty, que deseja tanto aproximar a F1 de seus fãs, poderia fazer uma promoção para algum fã local dar a bandeirada do que botar alguém ali que está claramente cagando e andando pro evento e provavelmente sequer conhece a categoria e os pilotos. Não é com Halo e corridas medonhas igual essa que vai ter esse boom... por falar em Halo, o Hartley bateu a cabeça ali no acidente e foi pro hospital. Vão colocar um halo pro halo? Ele salva vidas, dizem.

Diante de todo esse cenário catastrófico, uma coisa boa: o campeonato está mais equilibrado do que nunca. Em uma corrida, a Mercedes domina. Na outra, a Ferrari. Depois, a Red Bull. Domingo, Vettel passeou e assumiu a liderança, um ponto a frente de Hamilton, que não teve um bom dia, justo no circuito onde já venceu seis vezes! Se não fosse a inconfiável Red Bull/Renault, Ricciardo poderia estar no páreo. Raikkonen mais uma vez patético e mais uma vez terá o contrato renovado, ao que tudo indica.

Leclerc pontuando de novo com a Sauber. Regular e veloz, com erros naturais de jovem estreante. Muito provável que esteja no lugar de Grosjean na Haas ano que vem. Alonso abandonou no seu GP 300. Diz ele que vai tomar uma decisão importante depois das férias de verão na Europa. Não duvido uma migração para Indy, pois a McLaren busca participar da próxima temporada.

Ademais, sabemos que as corridas serão uma porcaria, mas a disputa do campeonato está equilibrada, só não diria emocionante porque emoção não há nas disputas. Resta saber o que o retorno de Paul Ricard reserva. É uma incógnita para todo mundo, depois de tanto tempo fora.

Só espero que não seja mais do mesmo. Está todo mundo de saco cheio disso.

Até!

segunda-feira, 16 de abril de 2018

CONTRASTES DE XANGAI

Foto: Getty Images

Terceira etapa do ano. Terceira vez que a corrida se encaminhava para um final, digamos, morno. Bottas deu um undercut no Vettel, que atacava e tenta ultrapassar o finlandês. Parecia até questão de tempo para vencer pela terceira vez no ano.

Se na Austrália as Haas tiveram problemas e acabaram beneficiando indiretamente a Ferrari... dessa vez as duas Toro Rosso bateram. Gasly, empolgado pelo quarto lugar, achou que Hartley iria lhe dar passagem na grandiosa disputa pelo antepenúltimo lugar. Os dois bateram, e pedaços dos carros ficaram pela pista.

Duas voltas depois, o Safety Car. Igual na Austrália. Charlie Whiting o aciona logo após os líderes Vettel e Bottas passarem pela reta. A Red Bull não pensa duas vezes: Ricciardo e Verstappen nos boxes. Com pneus macios novos contra os médios da concorrência e o grid realinhado, a dobradinha estava quase garantida.

Foto: Sky Sports

Em três corridas, pela terceira vez um elemento “anormal” acabou mudando a corrida de cabeça para baixo, dando emoção e imprevisibilidade. Não é ruim. O problema é depender sempre disso. De novo, sem criticar: lembra muito as bandeiras amarelas da Indy e da Nascar. É bom para o espetáculo? É. Mas nem sempre é assim que funciona. Hamilton tinha tudo para vencer tranquilamente na Austráiia sem ser incomodado. Se não fosse a Ferrari mudar a estratégia (muito em virtude do atropelamento do mecânico), outra corrida seria marcada por uma procissão.

Se não fosse a irresponsabilidade de Pierre Gasly, só teríamos uma disputa entre Bottas e Vettel, que valia a vitória, mas sem saber até quanto tempo. O alemão era mais rápido. Bom, com o fato novo, o melhor ultrapassador da F1 abriu caminho e, na especialidade da casa, venceu pela sexta vez na carreira. Não desperdiça nenhuma oportunidade. Cirúrgico e preciso. E pensar que quase não participou do treino depois do primeiro motor Renault ter ido pro saco no TL3.

Quem não aproveita as chances que têm é Verstappen. Devidamente escrito e explicado na semana passada, o que vimos foi apenas mais uma jornada irresponsável do nosso Montoya do século XXI. Uma surpresa: admitiu o erro e se desculpou com Vettel. Será que é o início de uma jornada de amadurecimento? Era para ter vencido.


Foto: Reprodução

Bottas se recuperou da péssima impressão deixada na Austrália. Embora pudesse ter sido mais contundente no Bahrein, dessa vez fez uma boa jornada na China, passando o compatriota na largada e ter feito um undercut para assumir a liderança. No campo do “se”... poderia ter vencido uma ou até duas corridas no ano. E o mais importante: duas semanas seguidas amplamente superior ao tetracampeão.

Hamilton. A pontuação é muito acima do desempenho. Se na Austrália ele deveria ter vencido e no Bahrein o problema do câmbio o limitou, na China a falta de aquecimento de pneus o fez coadjuvante. Só apareceu na corrida no enrosco com Verstappen e Ricciardo. Mesmo assim, soube capitalizar diante desses incidentes e por pouco não conseguiu um pódio que não seria merecido. De possíveis e incríveis 36 pontos de desvantagem, acabou apenas 9 atrás do líder Vettel. Não há do que reclamar.

Chega a ser triste o papel que Raikkonen presta na Ferrari. Justo ele, o último campeão pela escuderia e com personalidade suficiente para se impor. Entretanto, nada disso basta. A tradição ferrarista de concentrar todos os esforços em um piloto atinge situações ridículas. O finlandês teve a corrida sacrificada para segurar Bottas, visando uma aproximação e tentativa de ultrapassagem de Seb. Depois de descartado, parou para ficar esquecido em sexto. Sorte dele que o Safety Car mudou tudo e conseguiu um pódio. Enfim, não faz diferença para o IceMan. Sendo justo, está andando bem aos sábados e razoável aos domingos. Suficiente para renovar por mais uma temporada. É aqui que Ricciardo quer parar? Tem que pensar bem.

Foto: LAT Images
A McLaren comprova que falta chassi e um pouco de potência para ter finais de semana melhores. Alonso, de novo nos pontos. Nas corridas o panorama muda. Vandoorne foi abaixo de sua capacidade. Se o faminto Lando Norris ganhar a F2 facilmente como se espera, sei não...

Outro destaque é para Hulkenberg, que vem batendo facilmente Carlos Sainz, quando todos finalmente esperavam um desafio a altura na Renault. Ou o espanhol se cuida ou pode ver sua provável vaga para a Red Bull caso Ricciardo saia ficar com o novo queridinho, o #10 da Honda.

Contrastes, contrastes.

Até!

quarta-feira, 21 de março de 2018

GUIA F1 2018 - Parte 2

Foto: Continental Circus

Sem mais delongas, vamos com a segunda e última da análise da pré-temporada, projetando o que irá acontecer em Melbourne e no desenrolar da temporada:

RENAULT SPORT F1 TEAM

Pilotos: Nico Hulkenberg (#27) e Carlos Sainz Jr (#55)
Chefe de equipe: Cyril Abiteboul
Títulos de pilotos: 2 (2005 e 2006)
Títulos de construtores: 2 (2005 e 2006)
Vitórias: 35
Pole Positions: 51
Voltas mais rápidas: 31

Foto: F1Mania
O R.S. 18 parece sólido, sóbrio e evoluindo em bons passos. Dessa vez terá dois pilotos no time, o que é fundamental para o desenvolvimento do projeto. Com mais dinheiro e a instabilidade de McLaren e Force India, os franceses parecem nesse instante fincados como a quarta força da F1. O duelo Hulkenberg-Sainz promete. Finalmente o alemão será desafiado nessa sua última oportunidade de ao menos buscar um pódio na categoria. Para o espanhol, é a oportunidade de confirmar o hype de “novo Alonso” e, quem sabe, substituir Ricciardo na Red Bull no próximo ano.

RED BULL TORO ROSSO HONDA

Pilotos: Pierre Gasly (#10) e Brendon Hartley (#28)
Chefe de equipe: Franz Tost
Vitórias: 1
Pole Positions: 1
Voltas mais rápidas: 1

Foto: F1
A grande surpresa até aqui. Se todo mundo esperava uma grande chacota com o combo carro ruim + pilotos inexperientes + Honda (o nome diz por si só), parecemos redondamente enganados até aqui. A filial taurina foi uma das que mais andaram nesses oito dias de teste, com a Honda apresentando pouquíssimos problemas. A grande questão: será que o motor japonês foi utilizado em sua máxima potência? Se sim, parece ser promissor. Se não, foi apenas mais do mesmo. Com Gasly e Hartley no volante, tudo fica mais incerto ainda em virtude da inexperiência de ambos na categoria. Entretanto, o teste pode provar que a Toro Rosso Honda não vem para largar nas últimas posições, a princípio.

HAAS F1 TEAM

Pilotos: Romain Grosjean (#8) e Kevin Magnussen (#20)
Chefe de equipe: Gene Haas

Foto: Wheels24
Haas + Ferrari é a mesma parceria dos tempos dos italianos com a Sauber nos anos 2000. Com quase tudo que o regulamento permite oriundo do SF70H, os americanos devem ter um ano melhor, brigando regularmente pelos pontos. Grosjean e Magnussen cometem muitos erros sendo pilotos de características diferentes, mas deixo o meu apoio ao filho do Jan porque foi um dos únicos a sensatar, criticando de forma devida o que é o Halo. Em uma perspectiva otimista, a Haas tem boas chances de brigar com a Renault pelo sétimo lugar nas corridas, o que já é ótimo.

McLAREN F1 TEAM

Pilotos: Fernando Alonso (#14) e Stoffel Vandoorne (#2)
Chefe de equipe: Zak Brown
Títulos de pilotos: 12 (1974, 1976, 1984, 1985, 1986, 1988, 1989, 1990, 1991, 1998, 1999 e 2008)
Títulos de construtores: 8 (1974, 1984, 1985, 1988, 1989, 1990, 1991 e 1998)
Vitórias: 182
Pole Positions: 155
Voltas mais rápidas: 155
Foto: AutoBlog PV8

As expectativas serão altas até o fim do ano. Laranja papaia no carro, Renault no lugar da Honda... uma nova era para resgatar o passado vencedor do time de Woking. Realidade: de novo foi a equipe menos andou nos testes. O carro tem potencial para ser a quarta força, mas talvez em um segundo momento. Alguns problemas naturais com o motor francês, mas o superaquecimento do carro permite a pergunta: a Honda era a única vilã? Saberemos durante o ano se os ingleses forem incapazes de solucionar os problemas que lhe assolam até aqui, que deve culminar em um provável abandono no GP da Austrália.

ALFA ROMEO SAUBER F1 TEAM

Pilotos: Marcus Ericsson (#9) e Charles Leclerc (#16)
Chefe de equipe: Frederic Vasseur
Voltas mais rápidas: 3

Foto: RaceFans
Alfa Romeo. Charles Leclerc. Motor Ferrari atualizado. Toro Rosso Honda. Parecia lógico, mas os suíços irão continuar no fim do grid. O carro melhorou, é verdade, mas os dos outros também. O processo não funciona do dia para a noite, principalmente para quem não dispõe de tantos recursos financeiros (caso dos suíços) e de pilotos capacitados (caso dos suíços de novo, com Ericsson). A minha torcida é para que os suíços superem a Williams. Leclerc terá todos os olhos voltados nele. Ninguém espera muita coisa da Sauber. Entretanto, se o jovem surpreender e tirar “leite de pedra”, pode estar garantindo precocemente sua vaga como substituto de Kimi Raikkonen na Ferrari em 2019. Isso sim é o que vale ficar de olho em relação aos suíços durante o ano.

Concorda? Discorda? Escreva nos comentários. Em breve mais materiais. A temporada ta chegando! Fui!


sexta-feira, 9 de março de 2018

DIA 8 - JOGO DE CENA

Foto: Getty Images
Acabou! Agora só veremos os carros em Melbourne, na abertura da temporada, daqui duas semanas. Antes disso, um resumo do último dia de testes da pré-temporada em Barcelona.

Para variar, a Ferrari terminou na frente. Kimi Raikkonen marcou o tempo de 1:17.221, 40 milésimos mais lento que o recorde extraoficial de Sebastian Vettel, marcado ontem. 157 voltas na conta do Homem de Gelo. Os italianos marcaram os dois melhores tempos nesses oito dias. O que isso significa, na prática? Nada.

O azar de Fernando Alonso deveria ser investigado pelas autoridades competentes. Incrível como tudo dá errado justamente quando é a vez dele. É o karma, não tem jeito. Pela manhã, o turbo do motor Renault quebrou. Com os problemas consertados de tarde, o espanhol marcou o segundo tempo, cinco décimos mais lento que a Ferrari utilizando o mesmo composto hipermacio, em animadoras 95 voltas. O que é significativo para a equipe de Woking é a necessidade de consertar os problemas de superaquecimento do motor as vésperas da abertura da temporada, porque esse segundo lugar também não significa nada.

Foto: Getty Images
A Renault mostrou pela primeira vez alguns contratempos. Com problemas no câmbio, Sainz só foi para a pista de tarde e fez o terceiro tempo. Assim como o demais, o mais importante na análise aqui não é a colocação dos franceses, mas sim a sua evolução nessa pré-temporada. Em tese, começa o ano como a quarta força, ainda distante das três principais.

Agora começa o jogo de cena, ou então programações diferentes para obter informações dos carros. Daniel Ricciardo andou 92 voltas e fez o quarto tempo com o pneu supermacio. Após explorar a velocidade no início da semana, o RB14 conseguiu uma boa quilometragem, apesar de ter encontrado dificuldades em alguns dias e ser alvo de desconfiança quanto a confiabilidade durante a temporada.

A Mercedes também escondeu o jogo. Com os pneus médios, Valtteri Bottas foi apenas 1s1 mais lento que Raikkonen. Assustador. Lewis Hamilton, por sua vez, andou mais pesado e mesmo com o supermacio acabou em 12°. Repito: assustador. As Mercedes sempre passam a sensação de ter várias cartas na manga. Para mim, eles aumentaram a distância em relação a Ferrari e a Red Bull e terão mais um ano de dominância. Espero que esteja enganado.

A Haas mais uma vez teve um ótimo dia. Romain Grosjean foi o quinto e andou 181 voltas. Quem repetiu a mais surpreendente pré-temporada foi a Toro Rosso de Brendon Hartley, o sétimo e com 156 voltas completadas. Começo a ter dúvidas se o pessoal de Faenza irá largar em último na Austrália. Vai que seja jogo de cena também e a equipe não consiga andar na capacidade máxima do motor sem apresentar problemas?

Foto: Getty Images
Force India, Williams e Sauber aparentemente estão um passo atrás das demais. E os três casos são previsíveis, por diferentes motivos. Os (ainda) indianos parecem mais preocupados com o processo de venda da equipe. Com dinheiro escasso, o crescimento de McLaren e Renault e a Haas turbinada com o SF70H da Ferrari, parece natural a (ainda) Force India perder espaço. A esperança é que, com a nova equipe, dinheiro e investidores, seja possível recuperar o terreno para o ano que vem. Competência eles têm.

Williams e Sauber eu já escrevi mais sobre eles. Vou retomar o assunto na semana que vem, quando vou tentar fazer uma análise mais apurada do que aconteceu nesses oito dias, projetando o que esperar na etapa de abertura, em Melbourne.

Confira a classificação do último dia de pré-temporada da F1 em Barcelona:

Kimi Raikkonen (Finlândia)Ferrari1m17s221Hipermacio157
Fernando Alonso (Espanha)McLaren-Renault1m17s784Hipermacio93
Carlos Sainz (Espanha)Renault1m18s092Hipermacio45
Daniel Ricciardo (Austrália)RBR-Renault1m18s327Supermacio92
Romain Grosjean (França)Haas-Ferrari1m18s412Ultramacio181
Valtteri Bottas (Finlândia)Mercedes1m18s825Médio104
Brendon Hartley (Nova Zelândia)STR-Honda1m18s949Hipermacio156
Esteban Ocon (França)Force India-Mercedes1m19s967Hipermacio163
Charles Leclerc (Mônaco)Sauber-Alfa Romeo1m19s118Hipermacio75
10ºSergey Sirotkin (Rússia)Williams-Mercedes1m19s189Macio105
11ºLewis Hamilton (Inglaterra)Mercedes1m19s464Supermacio97
12ºLance Stroll (Canadá)Williams-Mercedes1m19s964Macio27

Até!