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segunda-feira, 30 de abril de 2018

CAIU DO CÉU - PARTE 2

Foto: Getty Images
É, sem dúvida nenhuma, o início de temporada mais discreto de Lewis Hamilton desde 2013, quando chegou nas flechas de prata. Também coincide com a primeira vez na era híbrida onde a Mercedes não é dominante. Pelo contrário, está levemente inferior a Ferrari. Sendo assim, o tetracampeão está sendo apenas burocrático, chegando onde é possível e contando com a famigerada sorte. Se na Austrália ela lhe faltou, não é o que pode ser dito nas duas últimas etapas. Graças a acidentes, erros e azares alheios, Lewis Hamilton encerrou um jejum de seis provas sem vitória, levou os alemães para a primeira vitória no ano e assumiu a liderança do campeonato, mesmo com o carro inferiorizado. O que mais chamou a atenção depois da corrida foi a solidariedade com o companheiro Bottas, que era quem mais merecia ganhar, fato este reconhecido pelo tetracampeão.

Isso tudo possível por quatro atos que se desencadearam nas últimas 15 voltas. Antes, um adendo: de novo a corrida só foi boa porque teve um Safety Car, o que embaralhou tudo. Como escrevi antes: parece a Indy, o que é bom, mas a corrida depender de um acidente ou bandeira amarela sempre para ter relevância é preocupante.

 A explosiva dupla da Red Bull estava se estranhando desde o início. Ricciardo e Verstappen brigavam pelo quarto lugar. Max fazia o jogo duro de sempre, espalhando e não dando espaço. Daniel respondia, até que uma hora acabou passando. Como estava na frente, era lógico que fosse o primeiro a parar. Mais ou menos. Os supermacios estavam realizando voltas mais rápidas. O #3 foi o primeiro a parar e acabou voltando atrás de Verstappen.

Por quê a melhor estratégia daquele momento foi passada para o holandês? Lá foi Ricciardo remar tudo de novo. Sempre cirúrgico, tentou "driblar" Max, que acabou mudando de direção duas vezes, o que não é permitido. Sem ter para onde fugir, a batida foi inevitável, à la Istambul 2010 com Vettel e Webber. Mais pontos perdidos em uma disputa interna. Mais uma vez Max envolvido e (meio) culpado pela situação. Ricciardo também errou, e os dois foram duramente criticados interna e externamente. Quem sabe isso não possa ter desdobramentos para a permanência (ou não) do australiano ano que vem?

Foto: Getty Images

Ato número 2: a corrida já estava na reta final. A liberação do Safety Car faria com que houvesse uma disputa desenfreada nas voltas finais. Poderíamos ter mais, de fato, se não fosse o bisonho Romain Grosjean ter conseguido a proeza (mais uma) de bater durante o Safety Car. Até Prost já fez isso... mas o que impressiona é a sequência de erros juvenis do pseudo francês (é suíço) em um ano crucial da carreira. Perdeu mais pontos importantes para a Haas no campeonato e impediu mais voltas de briga na corrida, fazendo o Safety Car ficar mais tempo na pista. Não contente em ter feito outra cagada, Grosjean acusou Ericsson (?) de causar tudo e ainda deu piti nos boxes. Tá sentindo a pressão de quem sabe que pode estar jogando a última chance pela janela. Pra quem conseguiu bater na volta que levava o carro pro grid, é possível esperar de tudo. Aliás, Grosjean será o assunto do texto de amanhã aqui.

Foto: Getty Images

Ato número 3: Bottas aproveitou o Safety Car para fazer o pit stop e voltar a frente de Vettel. A Ferrari, de novo, errou na estratégia. Fez a parada cedo, quando Seb tinha 7 segundos de vantagem para Hamilton, que parou mais cedo porque estragou os pneus em um erro. A impressão é que marcaram apenas o inglês porque ele é o adversário direto, e talvez imaginaram que Bottas faria o papel de escudeiro tal qual Raikkonen. Não foi o caso. Com pneus novos e líder, Vettel via outra corrida com boas chances de vitória indo pelo ralo.

O caminho natural seria administrar e, na pior das hipóteses, garantir o segundo lugar e aumentar a vantagem para Hamilton? O tetracampeão não pensou assim e, na relargada, forçou demais ao tentar ultrapassar Bottas e caiu para quinto, superado na sequência por Hamilton, Raikkonen e Pérez. Faltou inteligência para Vettel. Um campeão de sua estirpe deveria ter administrado a situação, pensado no macro. Optou por tentar vencer, o que obviamente não é errado, mas correu muitos riscos. Perdeu o pódio, a vitória e a liderança do campeonato em duas corridas onde tinha condição para vencer ou chegar em uma posição melhor do que ficou.

Foto: Reprodução
Ato número 4: com o erro de Vettel e Hamilton com um pneu bastante desgastado, faltavam três voltas para consagrar Bottas como vencedor e, com aqueles resultados, líder do campeonato. Vitória magnífica e incontestável. Até que o finlandês passa por cima de um detrito, não retirado da pista pelos comissários, o que causa um pneu furado... e assim acabou todo o esforço de quem, desde o erro no treino da Austrália, vem fazendo uma grande temporada. Se continuar assim, o #77 tem boas chances de continuar nas flechas de prata e exorcizar a ameaça Ricciardo. O abatimento foi tão grande que o finlandês chorou ao sair do carro e prometeu beber até cair para esquecer desse final de semana. É o que todos nós fazemos, sem precisar necessariamente passar por uma experiência traumática dessas. Ou coisas piores, até. Saúde, Bottas! O jeito burocrático de Raikkonen o premiou com um segundo lugar. Até ele está andando melhor que o ano passado, mas para uma Ferrari isso é muito pouco, ainda mais pelo seu já longínquo histórico na F1.

Foto: Reprodução
Menções honrosas: Checo Pérez! Escrevi sobre ele essa semana. Mais um fim de semana onde ele mostra que poderia estar em uma equipe de ponta, se tivesse regularidade e um carro compatível. Em Baku, deu tudo certo: sobreviveu aos incidentes de largada (ao contrário do companheiro Ocon, tocado por Raikkonen)e, ao parar cedo, conseguiu subir posições conforme os acontecimentos da prova. Ele era o único com supermacio, e foi assim que passou Vettel de forma linda. Em um circuito onde o motor Mercedes faria a diferença, o mexicano capitalizou pontos importantíssimos para a equipe indiana nos construtrores: 15 x 1 contra o francês, mas é evidente que isso não reflete a capacidade de ambos. Entretanto, mais uma vez ficou claro: Pérez sempre vai aproveitar a oportunidade que tiver, não interessa como.

Foto: The Chequered Flag


Charles Leclerc e seus primeiros oito pontos! Brilhante sexto lugar. Já tinha feito um grande trabalho ao passar para o Q2. Subindo posições, conseguia se sustentar em oitavo. Na relargada, chegou a brigar pelo quinto lugar com Sainz, mas o sexto já era demais. Importante na disputa direta contra Ericsson e na briga da Sauber pelos construtores. O monegasco pode ter começado a pavimentar sua evolução na carreira aqui, logo na quarta etapa de sua primeira temporada. O piloto do dia!

Foto: LAT Images
Ah, Alonso... é um privilégio vê-lo desfilar todos os domingos! Pena que faz tempo que não briga lá na frente... hoje na largada teve os dois pneus avariados por Sirotkin, ficou se arrastando e batendo no muro pra chegar aos boxes aos trancos e barrancos para fazer os reparos, voltar para a corrida e pontuar. Sim, apesar disso ter sido ocasionado somente graças aos abandonos e ao Safety Car, Don Alonso conseguiu pular com maestria para o sétimo lugar, e ali ficou. 28 pontos com uma McLaren por enquanto claramente inferior a Renault e Haas. Para a alegria dos bons, deixando em êxtase aqueles que acompanhavam o grande prêmio.

Foto: Reprodução
Para completar: Sainz finalmente estreou em 2018 pela Renault. Bom quinto lugar para reagir e ver se engrena na temporada. Hulkenberg, ao contrário de Pérez, sempre desperdiça as chances quando elas aparecem na F1: mais um erro bobo ao bater no muro e perder bons pontos, incluindo talvez um pódio. Ocon não é diferente. É jovem, é talentoso, é constante, mas na hora do "vamos ver", por enquanto, vem se mostrando errático. Vandoorne conseguiu dois pontos que não merecia - está bem abaixo de Alonso - e precisa ter cuidado com um certo Lando Norris. Até Hartley conseguiu chegar aos pontos, meio décimo à frente de Ericsson!

Ah, Stroll foi o oitavo. Foi bem, marcou os primeiros pontos. Mesmo assim, ainda bem, a Williams segue em último nos construtores! Veremos se irão deixar Sirotkin ultrapassá-lo na tabela (e se o russo colaborar também).

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Azerbaijão:


A F1 volta em duas semanas com o Grande Prêmio da Espanha, em Catalunha, nos dias 11, 12 e 13 de maio.

Até!

sexta-feira, 27 de abril de 2018

GP DO AZERBAIJÃO - Programação

O circuito de rua de Baku, capital do Azerbaijão, irá receber a F1 pela terceira vez na história. Em 2016, foi com a alcunha de GP da Europa. Desde o ano passado que o autódromo recebe o Grande Prêmio do Azerbaijão.

Um circuito urbano tão estreito como o de Mônaco, com retas tão rápidas como em Montreal, no Canadá, e com quase tantas curvas quanto o de Singapura.

O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke, responsável pelos desenhos de diversas pistas do calendário. A prova passará por diversos pontos turísticos, mostrando a mescla entre a arquitetura medieval e os modernos arranha-céus da cidade.

O traçado terá 6km, apenas menor que uma volta ao circuito de Spa-Francorchamps. A pista terá 20 curvas, perdendo apenas para Singapura, com 23, e Abu Dhabi, com 21.

Mas a grande característica do circuito é sua largura. Ainda que o regulamento exija que as pistas devem ter no mínimo 12m de largura, em Baku isso será consideravelmente menor, com o máximo de 13m e, em determinados pontos apenas 7,6m. Os carros atualmente têm 1,8m de largura.

A partida e chegada terá lugar na praça Azadliq, um dos principais pontos turísticos de Baku. A velocidade máxima deverá rondar os 340 km/h no final da enorme reta do circuito.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:43.441 (Ferrari, 2017)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:40.593 (Mercedes, 2017)
Último vencedor: Daniel Ricciardo (Red Bull)
Maior vencedor: Daniel Ricciardo - 1x (2017)

PÉREZ DIZ SER "TÃO BOM QUANTO QUALQUER UM" E AINDA SONHA COM EQUIPES DE PONTA

Foto: Motorsport
Sétimo colocado nos últimos dois campeonatos e vitórias no currículo de diante de um piloto consolidado (Nico Hulkenberg) e uma promessa (Esteban Ocon), o mexicano vive um começo de ano difícil. Com menos investimento, a Force India caiu de rendimento e somou apenas um ponto até aqui, que foi com o francês do carro #31. 

No entanto, para Pérez, os resultados dos últimos anos o credenciam para estar em uma grande equipe da F1. "Não é coincidência que eu tenha vencido bons pilotos como Nico Hülkenberg, no tempo que passamos juntos. Eu acredito que posso ser tão bom quanto qualquer um . Eu ainda tenho o meu objetivo e acho que vou ter a chance de lutar pelos melhores resultados possíveis, porque acredito que sou tão bom quanto qualquer um aqui", afirmou.Apesar de já ter corrido na McLaren cinco anos atrás e apenas por uma temporada, Pérez teria qualidade sim. O problema é que faltam vagas e o mexicano é apenas um bom acumulador de pontos.

Não tem um talento incrível como o de Max, mas conquistou todos os seus sete pódios em carros medianos como a Sauber e a Force India. O comportamento dito arrogante no dia-a-dia com a equipe minou sua estadia na McLaren e também seria um empecilho em ambientes como a Mercedes e a Ferrari, que necessitam de um "primeiro piloto", que não seria Pérez, que certamente não teria pavio de se sujeitar a ser um mero segundão. Uma pena que, pelo jeito, pode se contentar no máximo em apostar em uma Renault nos próximos anos, em um cenário completamente incerto. Apesar disso, torcida é o que não falta para o #11. Sou fanzaço dele!

RICCIARDO JÁ TERIA ASSINADO PRÉ-CONTRATO COM A FERRARI; RED BULL FARÁ DEFINIÇÕES ATÉ AGOSTO

Foto: Sky Sports
Segundo o jornalista Mark Hughes, do Sky Sports, Ferrari e Daniel Ricciardo teriam assinado um pré-contrato onde determina que os dois irão negociar exclusivamente até o dia 30 de junho. A Red Bull, além da definição do futuro do piloto australiano, precisa ver com qual motor irá para o próximo ano: se vai renovar com a Renault ou irá assinar com a Honda, que já impulsiona a equipe-satélite Toro Rosso. Nesse caso, o prazo dos taurinos para os dois é o mesmo: agosto. O jornal alemão "Auto Motor und Sport" aponta inclusive que Helmut Marko já começou a aprender japonês para facilitar no relacionamento com a Honda. Caso Ricciardo de fato deixe a equipe, a solução natural de Christian Horner e cia é efetivar Carlos Sainz, nesse momento emprestado para a Renault.

Diferentemente do ano passado, o mercado esse ano vai ser muito agitado. As três principais equipes estão com um dos assentos incertos. Em uma temporada que aparentemente será muito equilibrada e decidida nos detalhes, o desempenho em todas as corridas vai ser fundamental para o mercado de pilotos, cada vez mais aquecido pelo hype, desempenho e o aporte financeiro. Ricciardo teria pedido R$ 170 milhões em dois anos de contrato com os italianos. Ele não quer se comprometer em um acordo longo até chegar "a nova F1", a partir de 2021. Certamente também não receberá no mínimo 60% do valor que pediu. Analisando o contexto todo, parece que o australiano realmente vai realizar o sonho de correr pela Ferrari a partir do ano que vem.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 54 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 45 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 40 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 37 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 30 pontos
6 - Fernando Alonso (McLaren) - 22 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Renault) - 22 pontos
8 - Max Verstappen (Red Bull) - 18 pontos
9 - Pierre Gasly (Toro Rosso) - 12 pontos
10- Kevin Magnussen (Haas) - 11 pontos
11- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 6 pontos
12- Carlos Sainz Jr (Renault) - 3 pontos
13- Marcus Ericsson (Sauber) - 2 pontos
14- Esteban Ocon (Force India) 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 85 pontos
2 - Ferrari - 84 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 55 pontos
4 - McLaren Renault - 28 pontos
5 - Renault - 25 pontos
6 - Toro Rosso Honda - 12 pontos
7 - Haas Ferrari - 11 pontos
8 - Sauber Ferrari - 2 pontos
9 - Force India Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO:




segunda-feira, 28 de agosto de 2017

IMPECÁVEL

Foto: Getty Images
Mais um final de semana especial para Lewis Hamilton. Depois de igualar e superar o número de poles de seu ídolo Ayrton Senna, justamente em Spa ele empata com Michael Schumacher como o maior poleman da história da categoria, culminando com a vitória número 58 da carreira.

A corrida da Bélgica foi pouco movimentada, mas mesmo assim foi boa e emocionante. A atuação do inglês e de Vettel foram espetaculares. Os dois guiaram no limite. Vettel caçou Lewis a corrida inteira. Tentou, colocou o carro do lado, mas não conseguiu vencer. Entretanto, forçou a concentração do tricampeão da primeira a última curva. Surpreende que a Ferrari tenha dado trabalho para a Mercedes. Será que a história se repete semana que vem?

Ricciardo, Ricciardo... basta uma chance, uma oportunidade, ele vai e aproveita as circunstâncias da corrida. Que talento. Aproveitou a punição de Raikkonen por não diminuir a velocidade diante de uma bandeira amarela localizada (e a exagerada punição de três pontos na carteira) e a linda ultrapassagem em cima de Bottas, com pneu macio, na relargada. Com o carro inferior e mesmo assim, em condições normais, foi capaz de estar em seu sexto pódio na temporada. Ah se a Red Bull pudesse brigar pelo título...

Foto: Getty Images
Enquanto isso, Max Verstappen assiste nos boxes. Seis abandonos em doze corridas, cinco vezes ocasionadas por problemas no carro da Red Bull. A equipe sequer informou o problema de hoje. Max esbravejou no rádio. Mais do que nunca os taurinos necessitam de um carro confiável e competitivo para manter Max na equipe. Do contrário, o holandês já procura, desde agora, novos ares para no mínimo daqui dois anos. Não testem a paciência do garoto. Se é frustrante para quem assiste, imagina para o piloto?

Foto: Reprodução
Casos de Família: parte dois. Mais uma vez o inimigo da Force India são seus próprios pilotos. E os dois são culpados. Primeiro: Pérez defende excessivamente sua posição diante do companheiro de equipe e muitas vezes é um "gatinho" com os outros. Segundo: Ocon está sendo tão inconsequente quanto o mexicano. Se não tirar o pé e bater no companheiro de equipe é um sinal de quem não vai aceitar quietinho a posição na equipe, talvez não seja a atitude mais inteligente a ser tomada com seus superiores. Bob Fernley já disse que existem "milhares de maneiras" dos dois não se encontrarem mais nas pistas.

Diante da competitividade de ambos, que acreditam que mandam na equipe por diferentes razões (dinheiro e talento), os indianos têm sorte que dificilmente perderão a quarta posição no mundial. A atitude "subversiva" de Ocon pode agradar aos fãs, mas também pode afastá-lo, pelo menos por enquanto, da Mercedes. Pérez, nitidamente mais frustrado ainda por ter que se contentar em permanecer na Force India, parece ter como objetivo frear o hype do talentoso francês. Ou os dois se entendem, ou os dois podem até dançar no fim das contas.

Felipe Massa, para mim, foi o piloto do dia. Diante da Williams que cada vez mais regride e parecia não ter nenhum indicativo de um bom resultado esse fim de semana, o brasileiro foi aguerrido, fez ultrapassagens, teve uma boa estratégia e sorte para chegar em oitavo, garantindo pontos importantes para a equipe de Glove. Hulkenberg, com um carro de motor inferior a Ferrari e Mercedes, conseguiu um grande sexto lugar, carregando sozinho os franceses nos construtores. Grosjean se impõe ainda mais na disputa contra o errático Magnussen. Sainz garante seus pontinhos enquanto Kvyat e Palmer estão atolados. Alonso brilhou no início da corrida, mas a falta de potência e confiabilidade o fizeram não completar uma prova pela oitava vez na temporada.

Foto: Getty Images

O brasileiro Sérgio Sette Câmara venceu pela primeira vez na Fórmula 2. Na corrida de sábado ele chegou em sexto. Com o grid invertido, ele largou em terceiro na corrida de domingo, mas assumiu a ponta logo na largada e venceu. Foi o primeiro final de semana que Sette Câmara pontuou, somando 23 pontos, o 13° na classificação. Charles Leclerc, futuro piloto da Sauber, é o líder e virtual campeão, com 218 pontos. Olivier Rowland é o segundo, com 159 pontos e Arlem Markelov é o terceiro com 150 pontos. A última vitória brasileira havia sido em 2014, com Felipe Nasr, também em Spa. Faltam seis etapas: Monza, Jerez e Abu Dhabi.

Foto: F1Fanatic
Mick Schumacher guiou a Benetton B194 do pai Michael, que foi campeão mundial pela primeira vez com esse bólido, no palco sagrado onde Schummy venceu pela primeira vez na carreira, há 25 anos. Confira o vídeo. É emocionante. Dói saber que Michael não seja capaz de olhar esse lindo momento.


Confira a classificação final do Grande Prêmio da Bélgica:


A próxima corrida será o Grande Prêmio da Itália, em Monza, já na semana que vem, nos dias 2, 3 e 4 de setembro.

Até mais!

terça-feira, 15 de agosto de 2017

ANÁLISE PARCIAL DA TEMPORADA - Parte 1

Foto: Motorsport
Já é tradição: durante as férias de verão na Europa, a F1 para por quatro semanas. Durante esse período, faço a análise da metade da temporada + uma corrida que se passou. Sem mais delongas, vamos às notas:

Foto: Sky Sports
Sebastian Vettel – 9,5 = Condução quase irrepreensível, exceção o descontrole emocional em Baku e o furo do pneu em Silverstone. Quando a Ferrari tinha um ritmo melhor, foi combativo, conseguindo poles e vitórias na base de undercuts e da superioridade da Ferrari. Quando a Mercedes cresceu nas últimas provas, foi preciso: quase sempre no pódio, perdendo o mínimo de pontos possíveis. Pontuou em todas as provas. Entretanto, a metade final será complicada para a Ferrari. O W08 Hybrid parece ter se acertado e a maioria dos circuitos favorece aos alemães, exceção talvez de Cingapura, Suzuka e Sepang, talvez Interlagos. Se manter o ritmo dessa primeira parte, Vettel será penta ou certamente venderá muito caro o título para Hamilton.

Foto: Boletim do Paddock
Lewis Hamilton – 9,0 = É menos consistente que Vettel. Quando vence, sobra. Quando a Mercedes tem dificuldades, está sendo superado por Bottas nos treinos, o que não era esperado, apesar de recuperar em algumas corridas. Ainda é o favorito ao título, dispõe de melhor equipamento, mas precisa ter cuidado com Bottas. Apesar de ser o piloto número um, tem apenas uma pequena distância para o finlandês, e aparentemente a Mercedes está trabalhando para que os dois briguem livremente pelo campeonato. Se Hamilton tiver menos problemas nas corridas onde a Mercedes não é dominante e conseguir o maior número de pontos possíveis igual Vettel, será tetracampeão mundial.

Foto: Motorsport
Valtteri Bottas – 9,0 = Vem fazendo muito mais do que todos imaginavam. Tão combativo quanto Rosberg ou até mais, considerando que esse ano as flechas de prata tem um concorrente ao título. Veloz nos treinos, não consegue repetir o ritmo nas corridas. Apesar de tudo, possui duas vitórias. Claramente Bottas já fez o suficiente para garantir mais um ano na equipe alemã. Se conseguir acumulando pontos e comendo pelas beiradas, tem pequenas chances de surpreender. Seu título seria uma das maiores zebras da F1 nas últimas décadas.

Foto: Motorsport
Daniel Ricciardo – 8,5 = Faz o que pode com a Red Bull. Teve seu trabalho recompensado pela sorte e competência (óbvio) em Baku. Está se beneficiando dos inúmeros infortúnios de Verstappen para ter uma vantagem mentirosa no mundial, mas o problema não é do australiano. O que podemos dizer é que: tomara que os taurinos consigam dar um carro para os dois brigarem pelo título nos próximos anos. É um desperdício ambos brigando apenas por pódios esporádicos.

Foto: XPB Images
Kimi Raikkonen – 7,5 = Outra temporada medíocre recompensada com mais uma renovação com a Ferrari. É o segundão da Ferrari, mas pouco consegue atrapalhar as Mercedes, tanto é que está atrás de Ricciardo e sequer venceu na temporada. É verdade que nas duas oportunidades que teve ele foi podado pela equipe em prol de Vettel, mas era para o IceMan estar fazendo muito mais. Enfim, teremos mais um ano com o finlandês no grid andando atrás do alemão.

Foto: The Sun
Max Verstappen – 7,0 = Problemas com o carro e sua imprudência resultam em  um ano frustrante. Apenas um pódio, na China. Entretanto, com largadas agressivas (até demais) e defesa de posição implacável, Max dá aperitivos de suas habilidades. Precisa trabalhar mais a cabeça e parar de se preocupar em querer ser o “vilão” da F1. Não precisa disso. Entretanto, parece que só aprenderá essa lição quando sua inconseqüência resultar em um grave acidente ou um incidente que lhe impossibilite de brigar pelo título quando tiver essa oportunidade em um futuro não muito distante. Enquanto isso, seguirá com seus limitados brilhos proporcionados pela sua habilidade e pela falta de competitividade da Red Bull.

Foto: Motorsport
Sérgio Pérez – 7,5 = Outra temporada consistente. Só falta o pódio. Ao que tudo indica, mais uma vez sua ida para a Ferrari será frustrada. Está duelando fortemente com o companheiro de equipe Ocon, onde já se estranharam duas vezes e perderam uma grande chance de brilhar em Baku. Pérez precisa controlar os nervos na guerra interna e respeitar a ordem de comando. Para ser piloto da Ferrari, é necessário ser ou um gênio, ou um bom capacho.

Foto: DNA India
 Esteban Ocon – 7,5 = Chegou chegando na Force India. Ele e Wehrlein deveriam estar brigando pela vaga na Mercedes, mesmo com Bottas surpreendendo na equipe alemã. Anda de igual para igual com o experiente mexicano, há quatro anos na Force India e há sete na F1. Tem potencial para ser campeão do mundo. Em breve será piloto Mercedes, disso não há dúvida. Precisa amadurecer, obviamente, mas sua pequena amostra é entusiasmante.

Foto: Motorsport
Carlos Sainz Jr – 7,0 = Entrega bons resultados na Toro Rosso. A temporada pífia de Kvyat aumenta seu hype. É alvo da Renault. Já viu que dificilmente irá ascender para a Red Bull, por isso está tentando de todas as formas se livrar dos taurinos. Uma das formas é conquistar resultados consistentes na pista. Entretanto, cometeu algumas barbeiragens na temporada, mas seu saldo é positivo.

Foto: F1Fanatic
Nico Hulkenberg – 7,0 = O legítimo acumulador de pontos, mas que falta estrela. Está famoso pela ríspida discussão com Kevin Magnussen na Hungria. Enquanto aguarda por Kubica no ano que vem, vai surrando o fraco Palmer. Seu caso é o mesmo de Sainz: seus companheiros de equipe pouco ou nada os ameaçam. Com o dinheiro que a Renault possui, tem tudo para, quem sabe, finalmente abocanhar os resultados expressivos que todo mundo acreditou que ele um dia iria conquistar. É a sua última chance, e não pode mais falhar na hora H.

Essa é a parte um da análise da temporada, pessoal. Nos próximos dias, disseco a atuação da metade final do grid. O que acharam? Concordam? Discordam? Comentem!
Até mais!

segunda-feira, 12 de junho de 2017

FIM DE SEMANA PERFEITO

Foto: Getty Images
Antes da corrida, seria difícil imaginar que Lewis Hamilton teria vida tão fácil como a que ele teve hoje em Montreal. A sexta vitória em solo canadense (faltando uma para igualar Schumacher) teve o seu segundo Grand Chelem na temporada (quando é pole position,liderando todas as voltas e fazendo a volta mais rápida), a quarta na carreira e serviu para diminuir a vantagem em relação a Vettel para 12 pontos, embora poderia ter sido menos se não fosse uma grande recuperação do líder do campeonato. A segunda colocação caiu no colo de Bottas, sendo a primeira dobradinha das flechas de prata no ano.

Uma largada fantástica fez Verstappen pular de quinto para segundo. Na primeira, ao ultrapassar por fora, acabou danificando o aerofólio direito da asa dianteira de Vettel, que precisou parar logo em seguida. Na segunda curva, Sainz quase jogou Grosjean para fora da pista. O francês tocou na Toro Rosso do espanhol que saiu rodando pista adentro até acertar Massa, que nada tinha a ver com a história e estava fazendo a curva. O fim de semana começou e terminou péssimo para Sainz que, diante da barbeiragem, foi punido com três posições na largada da próxima corrida, no Azerbaijão. Para o brasileiro, fica a frustração. Ele tinha carro para brigar até pelo pódio hoje. Certamente esses pontos farão falta.

Um rápido adendo para a outra Toro Rosso: Kvyat ficou na volta de apresentação e saiu depois. Pela regra, sairia em último. Entretanto, o russo se posicionou na posição original e foi justamente punido. Como que o piloto não sabe o bê-a-bá, tampouco a equipe o avisar disso? O russo brigava pelos pontos quando teve que abandonar no fim, com problemas no motor.

Pouco depois, a Red Bull de Verstappen teve mais um problema no motor. Uma pane forçou o abandono do holandês, que se irritou muito. Também pudera: ele começava a abrir distância para Bottas, que assumiu a segunda posição até o fim da corrida, com Ricciardo em terceiro, onde também ficou até o final. Vettel parou nos boxes e começou a escalada pelo pelotão, conseguindo chegar em quarto. Raikkonen, por sua vez, teve outro desempenho pífio, sendo apenas o sétimo, incapaz de incomodar as Force India quando pode até sofrer problemas no carro que o limitaram a essa posição.

Foto: Motorsport
Começou a guerra interna na Force India. Esteban Ocon fazia uma grande corrida. Chegou a ser segundo, quando parou depois de todo mundo e voltou em quinto. Com pneus mais novos, era mais rápido que Pérez e Ricciardo. Sem pneus, o mexicano não conseguia atacar o australiano. Ocon insistiu no rádio em fazer com quê o mexicano lhe cedesse a posição para brigar pelo pódio. Caso desse errado, voltaria tudo ao normal. Pérez, líder do time, não topou. Com isso, o francês tentou atacá-lo, sem sucesso. Sem condições de pressionar Ricciardo, as Force India bateram cabeça. Quem agradeceu foi Vettel, que ultrapassou os dois e garantiu o quarto lugar em uma brilhante corrida de recuperação, diminuindo o prejuízo que poderia ter. Certamente, se tivesse mais algumas voltas, estaria no pódio. Aliás foi a primeira vez que não esteve nessa temporada. Que regularidade!

Voltando ao assunto Force India: faltou experiência e jogo de cintura. Se as posições estivessem invertidas, será que o procedimento seria feito? Existem duas visões: 1) Pérez está certo. Não acatou uma ordem de equipe e defendeu o seu, na pista e na marra. 2) Sua desobediência pode ser prejudicial em equipes grandes e hierarquizadas (leia-se Ferrari), assim como evitou uma grande chance de pódio da equipe indiana hoje. Dois grandes pilotos no mesmo ambiente, sem regras... a briga na Force India vai esquentar bastante. O francês sai fortalecido com a melhor corrida da carreira, mostrando para a Mercedes que possui totais condições de guiar as flechas de prata.

Foto: Reprodução

Hulkenberg consegue mais quatro pontos para a Renault, um grande resultado. Lance Stroll finalmente saiu do zero. Posou como "herói nacional" e foi bastante elogiado, como se a atuação de hoje fosse um "agora vai". Ridículo. Largando em 17° e com o abandono de vários carros melhores, seu mérito foi permanecer na pista sem grandes incidentes. A Williams periga perder a quinta posição dos construtores no fim do ano (já é sexta) diante da falta de contribuição do canadense nos pontos. Se hoje ele foi nono, não é absurdo afirmar que Massa certamente brigaria com as Force India pelo pódio. Ah se a Williams tivesse dois pilotos ao invés de um semi-aposentado e um novato ruim...

Um piloto tipo Alonso. Ele fez milagre o quanto pode, 69 voltas. Faltava uma e meia quando o motor Honda pediu arrego. Levar passão de Stroll é o fim. Resignado e talvez convencido pelo futuro, resta o espanhol entreter a galera com o seu drama tragicômico. Ele foi para os braços do povo, no meio da massa! Uma coisa é inegável: a imagem de Alonso melhorou significativamente desde o seu retorno a McLaren. Desde então, muitos haters viraram fãs e admiradores de sua postura carismática e divertida. Só fala um carro que corresponda ao seu talento. Na F1, acho difícil. Quem sabe na Indy, talvez? Ele participou da transmissão americana e parece estar bem à vontade por lá...

Para finalizar: Professor Xavier entrou na onda do Shoey! Fantástico (e nojento)! Ricciardo e Alonso, os dois mais simpáticos da F1 atual.

Foto: Reprodução


Confira a classificação final do Grande Prêmio do Canadá:


A próxima corrida será no inédito Grande Prêmio do Azerbaijão, nas ruas de Baku (ano passado, o evento era intitulado Grande Prêmio da Europa), nos dias 23, 24 e 25 de junho. 

Até!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

ANÁLISE DA TEMPORADA 2016 - Parte 1

Foto: The Sun
Fala, galera! Depois de uma pausa necessária para descanso, essa semana teremos as últimas postagens do ano. Em virtude do inacreditável suspense sobre o retorno (ou não) de Felipe Massa, sua série especial fica, por ora, adiada até um segundo momento de 2017. Hoje iremos começar a analisar individualmente os pilotos da temporada 2016 da F1. Começarei pelas seis primeiras equipes colocadas no ano (Mercedes, Red Bull, Ferrari, Force India, Williams e McLaren). Vamos começar:

NICO ROSBERG - Eficiente e agressivo quando necessário. Aproveitou os erros e problemas de Hamilton para começar a temporada com quatro vitórias seguidas. Chegou a ficar 19 pontos atrás de Lewis no meio do ano, mas teve forçar para reagir, reultrapassá-lo na tabela e garantir o título inédito antes da surpreendente aposentadoria. Se no final ele foi bastante pragmático e arriscou pouco, apenas administrando a vantagem, é verdade que quando precisou ser agressivo também foi, contra Verstappen em Abu Dhabi. NOTA = 9,5

LEWIS HAMILTON - Começo ruim, com acidentes, problemas e largadas péssimas. Esses fatores impediram Lewis de ser tetra. Quando não teve infortúnios e/ou erros, sobrou como sempre. Com mais vitórias e poles na temporada, o vice fica marcado por esses problemas e a quebra da Malásia. Talvez, se tivesse acordado mais cedo para o campeonato e treinasse largadas antes, estaria desfrutando do quarto título mundial, o terceiro seguido. Como não existe "se"... NOTA = 9,5

Foto: ABC
DANIEL RICCIARDO - Herdou a vitória na Malásia, mas era para ter vencido antes em Mônaco, se a Red Bull não errasse na estratégia. Na Espanha, também poderia ter sido o ganhador, mas foi "sacrificado" outra vez nas paradas. É incrivelmente certeiro e preciso nas ultrapassagens, sem bater ou jogar alguém para fora da pista. Muitos (inclusive a Autosport) consideram o australiano o melhor piloto da temporada, o que não é nenhum absurdo. Seu desempenho cresceu após a chegada de Max a equipe. Tem tudo para brigar pelo campeonato do ano que vem. NOTA = 9,0

MAX VERSTAPPEN - Começou ainda na Toro Rosso e foi efetivado a Red Bull, substituindo Kvyat. Diante da crítica de quase todo mundo, Max mostrou porque é o maior talento da atual F1 ao vencer logo na estreia pela equipe taurina, na Espanha. Mostrando maturidade impressionante e qualidade sensacional, tenho certeza que o holandês em breve empilhará muitas taças de campeão mundial da F1. A atuação no Brasil é uma das melhores coisas que eu já vi na vida, digno de Senna, Schumacher, Hamilton ou Vettel. Todavia, sua juventude ainda lhe atrapalha em várias coisas: erros e um comportamento também imaturo (sim, ele alterna maturidade com imaturidade), com batidas e defesas de posição muito criticadas, que colocavam a integridade física dos pilotos em perigo. Não tenho dúvidas de que Max será campeão mundial em breve. NOTA = 9,0

Foto: F1
SEBASTIAN VETTEL - Ano difícil para o tetracampeão. Pela segunda vez na carreira, passou o ano sem vitórias. O ambiente efervescente da Ferrari não ajuda. Creio que o próximo ano não seja tão positivo também. Seb já poderia preparar o terreno para se transferir para a Mercedes em 2018. Nesse ano, cometeu muitos erros e bateu bastante, com dois incidentes de destaque com Kvyat. Seu grande momento na temporada foi xingar Charlie Whiting e a disputa com Verstappen no México. Perdeu para Raikkonen nos treinos. Segundo pior ano da carreira do alemão, que não tem uma boa perspectiva na Ferrari para 2017. NOTA = 8,0

KIMI RAIKKONEN - Escrevi no ano passado que esse seria seu último ano. Deve ser o próximo. Kimi evoluiu em relação a 2014 e 2015, mas ainda assim está muito longe de seu auge, na McLaren. Embora tenha sido o último campeão da Ferrari, sua passagem pela equipe italiana é bem ruim. Muito burocrático, foi batido por Vettel nos pontos. O saldo positivo foi ter sido mais veloz nos treinos, uma característica marcante dos seus tempos áureos que estava adormecida. Para o ano que vem, a tendência é repetir os últimos anos: atuações burocráticas em sua grande maioria e alguns brilharecos e desempenhos ruins escassos. NOTA = 8,0

Foto: F1
SÉRGIO PÉREZ - Mais uma vez Checo mostrou o seu valor. Diante do badalado Hulkenberg, o mexicano sobrou na Force India. No momento certo, aproveitou para brilhar e conquistar mais dois pódios, em Mônaco e em Baku. Na corrida monegasca, mais uma vez apostou em uma estratégia diferente e foi premiado com isso. No GP da Europa, iria largar em segundo. Punido com cinco posições pela troca de câmbio, largou em sétimo e chegou em terceiro em um final de semana espetacular. Checo vem melhorando nos treinos, tentando ser mais constante. Entretanto, sua maior característica é modificar a estratégia na corrida para surpreender. Em três anos com Hulk de companheiro de equipe, venceu em dois. Tem tudo para conseguir um carro melhor em 2018. Tem capacidade para isso. NOTA = 8,5

NICO HULKENBERG - O hype em cima de Hulk existe desde quando foi pole pela Williams no Brasil, em 2010. Desde então, decisões erradas e "azares" transformaram um piloto em potencial no novo Jean Alesi ou Nick Heidfeld dos tempos modernos. Com muitos acidentes e poucas corridas como destaque, Nico teve um ano normal. Sem Le Mans nessa temporada, ficou difícil sobressair. A mudança para a Renault é a última chance de brilhar na categoria. Entretanto, quando tudo parecia que ia virar, surge a informação de que Nico foi procurado para substituir o outro Nico, na Mercedes. Os franceses negaram. Como líder da equipe de Enstone para 2017, Hulkenberg vive um ano decisivo para seu futuro para a F1. É agora ou nunca. NOTA = 7,0

Foto: F1 Fanatic
VALTTERI BOTTAS - Com o carro da Williams bastante inferior ao dos últimos anos, o finlandês não conseguiu produzir muita coisa. Sempre constante e aproveitando as oportunidades, foi premiado com o pódio no Canadá, a melhor atuação individual de sua carreira. Beliscando sempre o sétimo ou o nono lugar, o que era disponível, Bottas não teve dificuldades para bater Massa de novo. O futuro piloto da Mercedes (?) pode ganhar a grande chance de sua carreira ano que vem, ou permanecer na equipe de Glove para ser líder no novo regulamento e com um piloto adolescente como parceiro de equipe. O futuro dirá. NOTA = 7,5

FELIPE MASSA - O último ano (?) da carreira do brasileiro foi melancólico. A queda de rendimento dele e da equipe ficaram evidentes. Nem a reação no segundo semestre e as boas largadas apareceram. Felipe se retira do circo no momento certo: sem espaço em carros competitivos e na descendente da carreira. Entretanto, isso pode mudar. Caso Bottas vá para a Mercedes, Felipe pode voltar para a categoria depois de sair pela porta da frente, repleto de homenagens, carinho e respeito dos fãs e do mundo da F1. Um piloto experiente, sem nada a perder, em um novo regulamento. Difícil fazer alguma projeção, mas seu retorno garantiria o Brasil na F1, pois a situação de Nasr é complicada. Enfim, Massa escolheu a hora certa para sair. Que curta outra categoria e o descanso merecido depois de 15 anos dedicados integralmente a F1. NOTA = 6,5

CARLOS SAINZ JR - Bastou Verstappen ir para a Red Bull para o espanhol começar a se destacar, apesar do motor defasado da Toro Rosso e dos inúmeros problemas mecânicos durante o ano. Mesmo assim, conseguiu bons pontos e aniquilou o apático e depressivo Kvyat no ano. Alvo de interesse de Renault e até Ferrari, o espanhol já deixou claro que quer alçar voos maiores. Com a improvável promoção a Red Bull (a não ser que Ricciardo vá para a Ferrari em 2018), a tendência é que o espanhol pressione a saída para outra equipe de fábrica. A Red Bull vai dificultar ao máximo, mas não resta outra opção a Sainz. NOTA = 7,0

DANIIL KVYAT - Um dos piores pilotos do ano. Sua cabeça virou uma grande montanha russa. De piloto Red Bull e com pódio na China a rebaixado para a Toro Rosso duas semanas depois. Na "nova velha equipe", seu desempenho seguiu pífio e patético. Sem conhecer o carro, foi tratorizado por Sainz. O russo parecia deprimido. Impossível não ficar com pena do que aconteceu com ele. Alguns pequenos lampejos de recuperação durante o ano e só. Teoricamente, não era nem para permanecer na F1 em 2017. Entretanto, dada a falta de confiança e de testes ruins de Pierre Gasly, o russo terá mais um ano na F1 para mostrar seu talento. Com a cabeça no lugar, talvez seja possível. No final, todos sabemos que ele será dispensado no fim do ano que vem, e geralmente um ex-Red Bull não consegue ir para outra equipe (vide Vergne, Buemi, Alguersuari, entre outros), à exceção de Liuzzi. Que as férias recuperem a força mental do russo. NOTA = 5,5

Foto: Pit Pass


Essa foi a primeira parte da análise. A segunda e última parte sairá amanhã. Até!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

QUEM VAI GANHAR O PRESENTE DE NATAL?

Foto: Divulgação
Parece claro que a lista da Mercedes tem dois favoritos: Pascal Wehrlein, piloto da academia das flechas de prata e que no momento está sem contrato para 2017, e Valtteri Bottas, da Williams. Uma terceira possibilidade é Sérgio Pérez, da Force India. "Medalhões" como Alonso e Vettel estão praticamente descartados.

Segundo o jornal alemão "Bild", a Mercedes fez uma consulta com a Renault quanto a possibilidade de contratar outro Nico, o Hulkenberg, que recentemente assinou com os franceses. Conversa rechaçada. Hulk parece errar até quando acerta. Incrível a falta de timing. A seu favor, não tinha como imaginar que isso aconteceria. Hulk é uma mistura de Jean Alesi e Nick Heidfeld dos tempos modernos.

Vale lembrar que o chefão da Mercedes, Toto Wolff, investiu dinheiro próprio na formação de Bottas. Quando era sócio da Williams, levou o finlandês para a equipe em 2012, após a conquista da GP3. Ficou um ano como piloto de testes e depois subiu para ser titular, em 2013. Wolff também é sócio da Aces Management, junto de Mika Hakkinen e o empresário belga Didier Coton, empresa responsável pelo gerenciamento da carreira de Bottas. O finlandês responde aos pré-requisitos da equipe: piloto já experiente, rodado, com boa amostragem na F1 e de bons resultados. Ideal para funcionar como um "escudeiro" de Hamilton. Além disso, a regularidade de Bottas lhe permitiria muitos pódios e eventuais vitórias.

Foto: Enciclopédia F1
Caso Bottas vá para a Mercedes, quem fica encrencada é a Williams. Com o adolescente Lance Stroll como um dos pilotos, a equipe de Grove seria forçada a contratar alguém para ser o líder do time na próxima temporada, tão repleta de mudanças e novos regulamentos. Quais seriam as opções? Felipe Nasr, ex-piloto de testes da equipe mas que não é necessariamente experiente e outros tantos jovens pilotos, como Giovinazzi e Leclerc. Button e Massa poderiam repensar a aposentadoria ou algum experiente tampão seria chamado às pressas, tipo Di Resta ou Sutil (estou chutando, não existem notícias sobre isso)?

Outra alternativa da Mercedes seria Pascal Wehrlein. Campeão da DTM em 2014 com a equipe alemã, ele vem sendo preparado há anos para assumir o cockpit. Nesta temporada, conseguiu o incrível feito de conseguir um pontinho com a Manor, no GP da Áustria. Seria a escolha lógica, até para que a tal "Academia" faça algum sentido, não é mesmo? O problema é que aparentemente a Mercedes ainda não confia em Pascal, tanto é que está atirando em Bottas e tentou Hulk. Saltar da Manor para as flechas da prata seria um pulo e tanto. Será que Wehrlein poderia sucumbir a pressão e depois ser queimado, igual Kvyat na Red Bull? Só colocando o guri lá dentro para saber. Diante do raciocínio da Mercedes, de vencer todas as provas em 1-2, me parece claro que a prioridade é a contratação de alguém mais experiente, regular e que tenha alguns anos de serviços prestados na F1.

Diria que Bottas é o ficha 1 da vaga, com Wehrlein logo em seguida. Outros nomes como Alonso e até mesmo Pérez, na mesma situação do finlandês (muito tempo na categoria, bons resultados e sedento por um carro vencedor) ficam em terceiro plano. Uma coisa é certa: sairá daí o novo companheiro de Lewis Hamilton, e até lá um desses nomes será agraciado pelo Papai Noel com um dos presentes mais valiosos da F1 atualmente.

Os possíveis desdobramentos das equipes menores serão feitos em um segundo plano, assim como o Especial Felipe Massa, a análise da temporada e outras surpresas. Juro que até o final da semana eu termino o Especial Jenson Button.

Até!


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

EMOÇÃO PARA A ETERNIDADE

Foto: Getty Images
O Grande Prêmio do Brasil desse ano cumpriu com todas as expectativas que tínhamos criado durante a semana. Diria mais: foi um mix de Spa 1998, Interlagos 2003, Malásia 2009, Canadá 2011 e Interlagos 2012. A segunda mais longa da história da categoria, perdendo apenas para o GP de Montreal de cinco anos atrás. Emoção à flor da pele, dentro e principalmente fora das pistas.

Vou começar pelo que é emblemático para todos nós. Na volta 48, Massa encerrou sua participação no Grande Prêmio do Brasil. Desde a classificação que as coisas não saíam do jeito que ele gostaria. Na tentativa de arriscar, após ser punido por ultrapassar antes da linha depois da saída do Safety Car, Massa arriscou com os pneus intermediários e bateu na subida da reta principal. 13 anos de F1 praticamente encerrados naquele instante.

Não era o que ninguém gostaria. Entretanto, é interessante notar que se não fosse o acidente, Massa jamais seria reverenciado por TODO MUNDO, inclusive os mecânicos das outras equipes. O choro e a caminhada, enrolado na bandeira brasileira e o carinho do público e da família é uma das imagens mais emocionantes que eu pude acompanhar na F1. Quase chorei, mas os olhos ficaram marejados. Muita gente não escondeu a emoção. Normal. Um momento lindo. Moralmente, Massa se despediu hoje da F1, mostrando como era querido por todo o paddock em um ambiente tão egoísta, traíra e competitivo. Conseguiu a proeza de, ao longo do tempo, receber efusivas homenagens de grandes equipes como Williams e Ferrari. Que curta a folga e apareça em breve em uma nova categoria. Ah, Abu Dhabi, como é anticlímax saber que essa corrida será a derradeira do ano outra vez. Bate até um desânimo.

Foto: Reprodução Sauber
Felipe Nasr brilhou. Sim, brilhou. Na única chance que poderia aproveitar, ele foi certeiro. Diante de condições caóticas, soube manter a estratégia correta e praticamente garante 40 milhões de euros para a Sauber no ano que vem. Sabemos que o mundo da F1 é ingrato e talvez nem assim ele consiga permanecer na F1, mas seria uma puta injustiça. Ericsson, com toda a prioridade da equipe, aquaplanou e bateu. Não aproveitou a chance. É um piloto mediano. O nono lugar de Nasr garante a Sauber na décima posição do Mundial de Construtores. O brasileiro conseguiu se sustentar na zona de pontuação mesmo diante da pressão de Alonso, Kvyat, Ricciardo e tantos outros. Embora sua temporada tenha sido bem ruim, espero que esses dois pontos tragam o alento e sejam suficientes para que renove e permaneça mais um ano nesse péssimo carro azul, que continuará péssimo (afinal, irão correr com o motor da Ferrari desse ano ainda em 2017). Melhor do que nada ou ir para outra categoria é a solução?

O duro é ver Palmer, que bateu pateticamente em Kvyat durante a Safety Car, estar na F1 e na Renault ainda por cima. Ainda bem que Gutiérrez, que estava bem nervosinho, está de malas prontas para nunca mais voltar a F1. "Desapareça!"

Foto: Getty Images
Max Verstappen foi o dono da corrida. O dono incontestável. Se não fosse o erro do estrategista da Red Bull, era para o holandês ter roubado o segundo lugar de Rosberg. O "se", como todos sabem, não existe. Ainda assim, Max deu show desde o início: passou Nico por fora na "primeira largada" e seguia em ritmo alucinante, só perdendo para Hamilton. O erro de estratégia o fez cair para 14a posição, faltando 16 voltas para o fim. Nesse período de tempo, ele fez simplesmente 11 ultrapassagens que pareciam ser muito fáceis. Tudo bem que seus pneus estavam mais novos, mas ele sobrava de uma maneira que há muito não se via. É uma corrida pontual, é uma geração. Goste ou não, Verstappen fez uma atuação digna de Schumacher, Hamilton, Alonso e Vettel e tem potencial de sobra para superar com sobras os três últimos. É assustador o talento desse holandês indomável, desde já um dos candidatos a título do ano que vem.

Foto: Getty Images
Finalmente irei escrever sobre os postulantes ao título. A corrida teve tantos elementos que justamente eles, os protagonistas, viraram figurantes. Incrível pensar que finalmente Lewis Hamilton venceu no Brasil, terra que tanto ama e idolatra por conta de seu ídolo Senna. Também é incrível pensar que Rosberg está com uma mão na taça. Uma corrida com muita chuva e confusão, como a que foi hoje, era o que Lewis precisava para Nico se enrolar e poder ser surpreendido. Entretanto, tudo deu certo para o alemão. Verstappen, que era o único que iria ultrapassá-lo, ficou para trás em um erro de estratégia da Red Bull. Hamilton passeou na chuva, uma vida "tranquila", segundo ele. Rosberg está apenas administrando a longa vantagem que possui, é o seu direito, mas ganhar um título assim é meio "sem graça". Quem se importa? Basta Nico chegar no pódio em Abu Dhabi para ser campeão mundial. Hamilton corre o risco de ser o piloto com mais vitórias (10) e pódios sem ser campeão em uma temporada. A cada corrida que passa, a quebra da Malásia torna-se mais ainda o diferencial para o campeonato. Vai que Nico enfrente problemas igual em 2014... essa é a esperança de Hamilton. Em condições normais como Abu Dhabi, sem chuva e uma chatice de dar sono, Nico já está com cinco dedos na taça. Falta confirmar.

Algumas outras linhas: crueldade com a Manor. Ocon mostrou porque foi o escolhido de Toto Wolff para ocupar a vaga na Force India. Muito combativo e andando bem na chuva, o francês de 19 anos mostrou seus predicados. Em um carro melhor, tem tudo para se desenvolver ainda mais. Merecia um pontinho.

Checo Pérez = Que piloto! Sempre aproveitando as oportunidades que aparecem! Inacreditável não estar em um carro que permita vitórias. Se não fosse um Max Verstappen fora de série, ele iria conseguir outro pódio. Tomara que vá para a Ferrari em 2018!

Carlos Sainz = Mais um ótimo resultado com a Toro Rosso de motor Ferrari do ano passado. Depois da saída de Max, cresceu muito de desempenho (ou Max que atraía as atenções, ou Kvyat que está abaixo da crítica, ou os dois?). Provavelmente ele não será promovido pela Red Bull em um futuro próximo, então é preciso se desvencilhar dos taurinos para ir para uma equipe de ponta. Talento ele está demonstrando.

Daniel Ricciardo = Corrida muito abaixo de seu potencial. Ele mesmo declarou que não gosta muito de correr em Interlagos, mas ser ultrapassado por fora pelo companheiro no S do Senna é meio constrangedor. Enfim, acontece. Daniel é um dos grandes pilotos da temporada.

Foto: Getty Images
Para finalizar: tudo bem que hoje a chuva foi muito forte em São Paulo, mas começar corrida com Safety Car é ridículo e sempre será. O álibi da batida de Grosjean era o que os diretores de prova precisavam para tomar essa decisão. O público brasileiro vaiou corretamente. Pagar uma barbaridade para ver Safety Car e corrida parada por conta da chuva? Não! Evidente que a segurança dos pilotos vem em primeiro lugar, mas a paranoia com a pista molhada está acabando com a F1. Depois da morte de Bianchi, a chuva foi a culpada e esquecem que se um trator não estivesse na pista nada daquilo teria acontecido... Os pilotos são muito bem pagos para mostrarem suas habilidades nas condições mais extremas possíveis, e havia segurança na maioria dos momentos em que a corrida esteve paralisada. Como sempre escrevo, é por essas e outras que a F1 não atrai mais público e audiência. Isso precisa ser revisto urgentemente.

Depois de tudo isso, confira a classificação final do Grande Prêmio do Brasil:


A decisão do campeonato será daqui duas semanas no Grande Prêmio de Abu Dhabi, nos dias 25, 26 e 27 de novembro! Até!

P.S: Interlagos não pode sair do calendário de jeito nenhum! Que os promotores e o governo de São Paulo e federal deem um jeito, e o Bernie pare de fazer ameaças! Imagina Interlagos fora da F1? Imagina o risco de perder corridas épicas como essa? Isso é muito melhor que o dinheiro e a artificialidade das corridas do Oriente Médio, sem dúvida alguma.

Obrigado, Massa!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

EM BREVE, CZAR HAMILTON III

Foto: Divulgação
Parece que o tri vai chegar mais rápido que a gente imaginava. A expectativa é para que fosse no dia 1 de Novembro, na Cidade do México. Mas, diante das circunstâncias, ficou para o dia 25 de outubro mesmo, em Austin, no Texas.

Lewis Hamilton, 42 vitórias na carreira. Terceiro maior vencedor da história da categoria, igualado com Vettel. Assumiu a ponta após o carro de Nico Rosberg ter problemas no pedal do acelerador e abandonar a corrida. O alemão perdeu a vice-liderança do campeonato para Vettel.

Para Lewis ser campeão nos EUA, basta acontecer o que foi mais frequente esse ano: Hamilton vencer, Rosberg ficar em segundo e Vettel ser o terceiro. Aí a temporada estará finalizada de fato. Afinal, a Mercedes conquistou o bi-campeonato de construtores novamente na Rússia, igual no ano passado.

Tenho certeza que, em 2017, Vettel e Hamilton brigarão corrida a corrida para definir quem será pentacampeão.

É bi! Foto: Divulgação
Aliás, a corrida da Rússia não decepcionou nos acidentes e fortes emoções, né? Sainz, Hulk & Ericsson, Grosjean, Sainz de novo e o grand finale: Os compatriotas finlandeses, com direito a Kimi trucidar a traseira de Bottas (sem duplo sentido, é claro) e acabando com um pódio que certamente seria da Finlândia. "Que merda que ele (Kimi) fez?", perguntou um indignado Bottas. Pois é, todos queremos saber, Valtteri.

Quem não teve nada a ver com isso foi Checo Pérez. O mexicano sempre conquista seus pódios na sua especialidade: Pit stops ousados + stints longos + imponderável = Zás! Quinto pódio na carreira, três com a Sauber e o segundo com a Force India. Depois de ser queimado injustamente na McLaren, Pérez mostra seu valor na equipe de Vijay Mallya e derrota o badalado e talentosíssimo Hulkenberg por 16 pontos (54 a 38).

E os brasileiros se deram bem, no fim das contas: Massa fez uma corrida "Bottas" (no sentido de ser discreto mas eficiente, pelo amor de deus!) e foi o quarto, herdando os abandonos de Ricciardo, Raikkonen e o próprio companheiro de equipe. Nasr conseguiu o segundo melhor resultado do ano, o sexto lugar, coincidentemente (ou não) após trocar seu engenheiro de corrida. Também contou com o fato de que Raikkonen foi punido com 20 segundos de tempo após o acidente e ganhou essa colocação, pois foi originalmente o sétimo.

Que fase de Don Alonso: Zoado pela Manor no Twitter na sexta, até que tudo corria bem com o décimo lugar com a carroça motorizada pela Honda. Eis que surge uma punição de 5 segundos para a fênix por "cortar demais as curvas". Caiu para 11°. Verstappen, agora 18tão, marcou seu pontinho.

Bernie Ecclestone é o cara. Só ele pra costurar um acordo com Vladimir Putin e ser bem tratado assim. Veja com seus próprios olhos:

Putin, um gentleman. Foto: Getty Images
O harém do cara do momento. Foto: Divulgação

P.S: Texto espetacular (como sempre) do Lívio Oricchio contando com detalhe a invasão dos grid girls a conferência de imprensa pós-corrida. Uma das melhores coisas que eu li nos últimos tempos, vejam clicando AQUI. Até mais.