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segunda-feira, 15 de abril de 2024

EXPLICANDO OS MOTIVOS

 

Foto: Divulgação/F1

Ah, essa vida de ter responsabilidades e sinalizar minimamente o que penso para explicar algumas decisões. Nada mais poético do que escrever isso após o GP do Japão, que estranhamente foi antecipado.

Vocês lembram: a primeira corrida com a cobertura do blog foi no fatídico GP do Japão de 2014. Lá, perdemos Bianchi. Foi também neste fim de semana que Vettel anunciou a ida para a Ferrari e, como consequência, Alonso estava livre no mercado. A Mercedes interrompia a era Red Bull e Hamilton brigava com Rosberg pelo bicampeonato, uma redenção para alguém que anos antes era chamado de “novo Mansell”.

Eu estava no segundo semestre da faculdade e aproveitei a brecha de criar algo para explicar o design das cores e tipografias para levar a sério um conteúdo que fazia tempo que gostaria de levar adiante: escrever sobre F1. Ler notícias e comentários alheios não me bastavam mais, eu queria fazer isso também. E aí tudo começou.

De lá pra cá, muitos textos e uma passagem experiência pelo Grande Prêmio. Quando fui aprovado para ficar em definitivo, declinei. Tinha compromissos mais importantes para levar a sério e estava com medo de não lidar bem com o TCC e o trabalho ao mesmo tempo. Pensava que me queimaria com alguma das duas coisas, senão ambas.

Estaria dando importância demais ao TCC, como meu irmão me alertou? O coordenador do curso, para quem eu pedi conselhos, também sentiu a situação. A experiência, né. O cavalo encilhado... mas sempre pensei: se depois dos 20 eu não vou conseguir mais nada, o que me resta, então?

O resultado vocês já sabem. Continuei por aqui, mas ultimamente o excesso de corridas e os rumos da categoria me desanimaram. Me sentia drenado. Muitos textos e muita cobertura para algo que não me rendia tanta perspectiva, a não ser o ego, que não me alimenta e nem me permite sobreviver com a mínima decência.

Pós-2021, a dominância ficou pior, porque a paixão, que anulava muita coisa, se esvaiu. Claro que continuo gostando, mas assim: pela primeira vez, não assisti nada da corrida no último fim de semana por experiência própria.

Você vê como são as coisas: a minha viagem estava marcada e Verstappen foi campeão uma semana antes do embarque. Para mim era um sinal. Fim de temporada e não perderia nada de importante. Aproveitaria para pensar sobre e me libertar um pouco.

Preciso ficar livre. Ultimamente, estou fugindo de tudo, todos e de mim. Eu não sei mais o que quero, mas sei o que não quero. No momento, não penso em escrever com frequência sobre corridas, a não ser que seja pago ou milagrosamente me chamem para algo (alô, Motorsport.com!).

Isso não significa que não aparecerei por aqui de vez em quando. Já publiquei três textos esse ano, contando com este, e mais um já está em processo, só preciso do timing certo. Spoiler: tem tudo a ver com essa crise interna da Red Bull e consequências futuras.

Só agora que me dei conta que o ciclo precisava ser encerrado oficialmente desta forma. Quase dez anos depois, tudo começou no Japão e se encerra no Japão. Parece escrito nas estrelas, o destino ou qualquer outra coisa melosa e clichê para tentar buscar explicações além do desânimo e do desencanto com a vida pessoal e profissional.

Não é hora de me despedir, mas sim de me recolher. Nunca se sabe o dia de amanhã, mas faltava essa abertura. Vou precisar de ajuda para seguir em frente e me motivar a viver uma nova vida porque, neste momento, eu não sinto mais vontade de viver. Está tudo no automático, tal qual a F1.

A diferença é que preciso reagir rapidamente. Não tenho luxo e nem tempo de esperar até 2026 ou a algum “novo regulamento” da vida. Nos vemos por aí, na Nós Na Fita, nos freelas de TV, nas redes sociais, no LSP, nos podcasts do Spotify, nos textos do Medium e qualquer outra coisa que surgir – e precisa surgir. Minha sobrevivência depende disso.

Até!


quarta-feira, 9 de outubro de 2019

LEMBRANÇAS QUE VOAM

Foto: Getty Images

Como o tempo passa. O blog foi criado para que eu pudesse desempenhar uma atividade de uma disciplina da faculdade de jornalismo que consistia no design das tipografias das letras e o porquê, além do uso das cores. Decidi, então, focar os meus esforços em escrever sobre algo que nos últimos tempos eu sempre tive vontade mas que me faltava a faísca: Fórmula 1.

A primeira corrida que cobri então foi o Grande Prêmio do Japão. Na primeira temporada com a era híbrida, a hegemonia da Red Bull foi substituída pela ascensão da Mercedes e o duelo entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, diante de um esdrúxulo regulamento de pontuação dobrada na última etapa do ano, em Abu Dhabi. Foi assim que escrevi os primeiros posts...



O que mais tinha me chamado atenção foi a confirmação da saída de Vettel da Red Bull. Na época, a Ferrari ainda não tinha oficializado a saída de Alonso. Portanto, era o fim de duas eras e o início de duas novas, sem saber ainda que existia a possibilidade de Alonso retornar a trabalhar com Ron Dennis.

Diante da possibilidade de um tufão, duas novidades do blog iniciante: escrevi um post no início da noite de sexta e outro na madrugada cobrindo o treino classificatório. Sinceramente, não me lembrava, mas deveria ser pelo horário e por estar acordado, no mínimo. Hoje, não tenho mais tempo para isso, infelizmente.


Me lembro de algumas partes da corrida: a saída com Safety Car em várias voltas e uma disputa até animada pela vitória, até surgir o novo carro de segurança após a batida de Adrian Sutil, na Sauber. Aí eu dormi, já estava muito tarde, se não me engano quase amanhecendo.

Quando acordei, vi Vettel e Hamilton com cara triste, o céu quase noite lá no Japão e um tom de voz quase fúnebre do narrador Luís Roberto, de muita preocupação. Comecei a pesquisar por notícias e depois não lembro o que fiz, se dormi ou fui direto votar. Precisava pesquisar, porque com o acidente do Schumacher eu fiquei o dia todo de boa achando que "era só mais uma peripécia do alemão" e quase chorei quando li a gravidade das notícias no fim do dia.

Era domingo de eleição. Não lembro se dormi e fui votar ou fiquei mais tempo pesquisando, mas aquilo acabou com o meu dia. Justo com Jules. Um acidente grave. Um piloto inconsciente. Como escrevi há meia década, a corrida estava em segundo plano. O foco era o estado de Jules.




A coisa era muito mais grave do que imaginávamos, talvez pelo otimismo de acreditar que depois de Senna ninguém mais morreria na pista. Ledo engano. Graças a incompetência da FIA em liberar a pista com um trator na área de escape e a atitude calhorda de esconder as imagens do acidente para fingir que tudo estivesse bem, além de terem colocado a culpa no francês que já estava morto, Jules morreu alguns meses depois. Inacreditável.

Logo na primeira corrida que “cobri”, um dos pilotos que eu mais torcia ficou inconsciente. Na primeira! E escrevia aos quatro cantos que Bianchi seria um piloto Ferrari nos anos seguintes. Me sinto “culpado” pelo acidente, porque parece que “ziquei” o cara. Muito triste.

Quis o destino, cinco anos depois, nos dar outra morte de um francês e colocar o tutor e amigo deles na Ferrari, local que supostamente seria de Jules por direito na sucessão natural da Ferrari. E cinco anos depois e mais de 700 posts até então, chegamos a mais um GP do Japão, comemorando cinco anos de vida. O tempo voa. Apesar do sentimento agridoce da primeira lembrança ser tão amarga, muita coisa mudou aqui no blog e na minha vida desde então, e esse espaço é quase um diário testemunha dessas transformações, embora não fale objetivamente delas por aqui, mas sim em outras redes que vocês podem acompanhar.


Até!

quarta-feira, 24 de abril de 2019

A QUARTA CORRIDA

Foto: Motorsport
Olá, pessoal!

Como o Grande Prêmio do Azerbaijão não tem história suficiente para ser relembrada (afinal, está sendo disputada pela quarta vez - três como GP do Azerbaijão e uma como GP da Europa) e é a quarta etapa de uma temporada que até aqui tem o domínio, decidi relembrar de outras "quartas etapas" da era recente da Fórmula 1 que também tiveram domínios de uma equipe, mas diferentes.

Vamos lá:

2004 - SAN MARINO

O GP de San Marino sediado em Ímola na Itália e somente com esta nomenclatura para burlar o regulamento de que não poderia existir dois GPs em um mesmo país com a mesma alcunha, a corrida marcava o aniversário de dez anos de falecimento de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. Durante o final de semana, o sobrinho Bruno e o grande amigo Gerhard Berger guiaram a mítica Lotus 86, emocionando a todos.

Na pista, a Ferrari mantinha o seu domínio, com Schumacher vencendo as três primeiras etapas. No entanto, a pole ficou com a surpreendente BAR Honda de Jenson Button, que debutava na "posição de honra". 

No entanto, Schummi logo deu o pulo do gato nas famosas voltas voadoras pré-reabastecimento e venceu pela quarta vez no ano, mantendo o 100% que depois garantiria o seu sétimo e último título mundial. Button foi o segundo e a Williams de Juan Pablo Montoya foi o terceiro. Alonso, Trulli, Barrichello, Ralf Schumacher e Kimi Raikkonen completaram a zona de pontuação, num grid que também tinham os brasileiros Felipe Massa na Sauber e Cristiano da Matta na Toyota.




2009 - BAHREIN

Foto: Getty Images
Esta é uma outra história que já contei, até recentemente. A Fórmula 1 vivia um novo momento, cortando gastos e sofrendo com a crise, que fez montadoras saírem da categoria. Com o novo regulamento, quem apostou no famoso difusor traseiro se deu bem, enquanto que as tradicionais Ferrari, McLaren e BMW ficaram para trás com a aposta no KERS, o sistema de recuperação de energia cinética.

Jenson Button liderava o campeonato com duas vitórias em três corridas, sendo que na Malásia a corrida teve menos da metade da duração e, portanto, valeu apenas metade dos pontos. Na etapa anterior, na China, o jovem Sebastian Vettel foi o responsável pela primeira vitória da história da Red Bull Racing, ele que também foi o primeiro e único vencedor pela equipe satélite, a Toro Rosso.

No confronto entre os dois, quem se deu bem no sábado foi a Toyota: Trulli e Glock fizeram a primeira dobradinha da história da equipe na primeira fila, com Vettel e Button na segunda fila. 

No entanto, durante a corrida, o melhor ritmo de corrida aliado a uma estratégia acertada fez Button vencer pela terceira vez em quatro etapas. Ele venceria mais duas em sequência para garantir uma vantagem irreversível, bastando somente administrar na reta final, onde a Brawn GP já havia sido superada pelas rivais, para se sagrar um dos campeões mundiais mais improváveis de toda a história. Vettel foi o segundo e Trulli o terceiro, seguido por Hamilton, Barrichello, Raikkonen, Glock e Alonso. O grid também contava com Nelsinho Piquet pela Renault (foi o décimo) e com Felipe Massa na Ferrari, que abandonou com problemas no carro do cavalinho rampante.


2014 - CHINA

Foto: Getty Images

O domínio da Mercedes já começa a ser uma fatia significativa da história deste esporte. Depois de três vitórias em três corridas, as flechas de prata partiram para a quarta vitória sem maiores problemas.

Com mais um treino na chuva, Hamilton evidenciava seu maior talento ao fazer mais uma pole. Em condições não tão desiguais, as Red Bull de Ricciardo e Vettel se intrometeram e o líder Nico Rosberg largou apenas em quarto.

Na corrida, sem chuva, um passeio da Mercedes sem maiores problemas e mais uma dobradinha, a terceira vitória de Lewis no ano. O cara responsável por agitar a bandeira fez isso uma volta antes, portanto a corrida teve uma volta a menos, o que ajudou Alonso e a Ferrari a garantir o terceiro lugar, apesar dos ataques de Ricciardo. Vettel foi o quinto, seguido por Hulkenberg, Bottas, Raikkonen, Pérez e Kvyat. Massa foi o 15° com a Williams.

Bom pessoal, essas foram as lembranças dessa semana. Até a próxima!

quarta-feira, 27 de março de 2019

VÍDEOS E CURTINHAS #37

Foto: Getty Images
Olá, pessoal! Voltando com mais uma sessão de vídeos e curtinhas depois de algum tempo. Com a variedade de notícias interessantes que encontrei, achei interessante reviver o maior quadro daqui do blog. Vamos lá:

- Jacques Villeneuve disse que o retorno de Kubica para a Fórmula 1 é terrível e não traz a mensagem correta. Segundo o campeão de 1997, o fato do polonês ter uma deficiência no braço dá a entender que a F1 não é tão difícil quanto alguns pensam. Por outro lado, o canadense valorizou a batalha pessoal de Kubica ao retornar para a categoria depois de tanto tempo. Concordo em partes com o canadense. Claro que ali também existe um recalque porque Kubica o substituiu na BMW em 2006, o polonês voltou mais pelo apelo midiático do que pela capacidade atual. No entanto, se realmente não tivesse condições a FIA teria vetado a participação. Além do mais, nunca na F1 foi ocupada pelos 20 melhores pilotos e nem vai ser.

- Miami segue com a novela para sediar uma corrida no ano que vem. Nesta semana, vai ser realizada uma votação pelo conselho da cidade para aprovar ou não o circuito de rua. Um dos vários problemas que estão inviabilizando o acordo é a resistência de moradores próximos da região onde está o traçado. Se tudo der certo, será mais uma corrida na América do Norte, ou até mesmo substituir o GP do México que pode sair do calendário no ano que vem. Sinceramente, ninguém quer essa porcaria, ainda mais sendo pista de rua.

- A Honda projeta sua primeira vitória nesse retorno a F1 a partir da metade da temporada, no verão europeu. Não sei se é uma meta cautelosa ou ousada, mas a verdade é que os japoneses evoluíram demais. Se o motor não ter problemas de confiabilidade e durar bem, pode ser que os taurinos consigam algum salto de performance mais rápido que o imaginado.

- Por falar nos japoneses, o ex-chefe da McLaren Eric Boullier disse em entrevista que desde a primeira reunião, lá em 2015, tinha percebido que a Honda estava despreparada para o desafio na categoria. No entanto, o ainda chefão Ron Dennis demonstrava muita confiança no retorno da parceria vitoriosa dos anos 1980 e 1990 e já havia assinado o contrato. A história vocês acompanharam de perto por aqui. No entanto, o último ano ficou claro que não era só os japoneses que tinham culpa no cartório.

RELEMBRANDO BAHREIN:

Já faz 15 anos que o circuito estreou no calendário da Fórmula 1. Na época, foi o primeiro de muitos do oriente a adentrar na categoria. Naquela temporada, estávamos testemunhando uma das maiores dominâncias do esporte: o mágico F2004, da Ferrari. Schumacher e Rubinho ficaram na primeira vez, seguidos pela dupla da Williams e da BAR Honda, que foi a terceira força daquele ano. O resultado: dobradinha da Ferrari, com Jenson Button em terceiro.


Por falar no britânico, 2009 foi um ano especial e o mais surpreendente dos últimos tempos. Depois de vencer as primeiras etapas, Bahrein viu a Toyota largar na primeira fila, com Trulli e Timo Glock, com Vettel em terceiro, Button em quarto, Hamilton em quinto e Rubinho em sexto. Na corrida, mais uma vitória da Brawn GP, a quarta de Button, que teve Vettel em segundo e Trulli em terceiro, com Hamilton em quarto e Rubinho em quinto.



Foto: Getty Images
Cinco anos atrás não faz muito. Era o início da era híbrida e do domínio do motor Mercedes. Rosberg foi o pole, mas Hamilton conseguiu reagir, segurar o alemão e vencer a corrida. Vale destacar que Pérez foi o terceiro com a Force India, seguido por Ricciardo, Hulkenberg, Vettel, Massa, Bottas e a dupla da Ferrari (Alonso e Raikkonen). Essa foi a corrida 900 da F1 e a de Stefano Domenicali como chefão da equipe, demitido. Este também foi o primeiro GP noturno do país, marcado pelo acidente entre Pastor Maldonado e Esteban Gutiérrez.





Gostaram? Até mais!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

ESPECIAL BUTTON - Final

Foto: F1 Buzz
Fala, galera! Finalmente a última parte do especial Jenson Button, dessa vez com o resumo de suas sete temporadas na McLaren, com quatro companheiros de equipes (Hamilton, Pérez, Magnussen e Alonso), algumas vitórias e atuações espetaculares e um fim de carreira por baixo, mas não por sua culpa.

McLaren (2010-2016) = Pós-título, vitórias, brilhos e o fim da carreira

Foto: Wikipédia
Depois que a Brawn foi comprada pela Mercedes, Button anunciou sua ida para a McLaren. Ele assinou um contrato de três anos com um salário de seis milhões de libras anuais e enfrentaria o também campeão do mundo Lewis Hamilton como companheiro de equipe. Jenson explicou a mudança de equipe porque ele queria motivação e o desafio de competir diretamente com Hamilton, e também afirmou que a Brawn havia oferecido mais dinheiro do que a McLaren. Muitos ex-pilotos, como John Watson, Jackie Stewart e Eddie Irvine consideraram um erro, pois Button teria que se esforçar muito para vencer Hamilton.

Depois de um sétimo lugar na corrida inaugural no Bahrein, Button venceu a primeira corrida pela nova equipe logo na segunda etapa, na Austrália. Largando em quarto, ele foi o primeiro a colocar pneus slick quando a pista estava úmida e prestes a secar, o que o deixou em segundo após o pit-stop dos outros pilotos. Ele assumiu a ponta após Vettel abandonar com problemas de freio e manteve em primeiro sem precisar fazer outra parada nos boxes. Ele foi o 13° piloto a vencer por três equipes diferentes (Honda, Brawn e McLaren). Depois de chegar em oitavo na Malásia largando na 17a posição, a segunda vitória no ano veio na China, quando permaneceu com os pneus slick enquanto a maioria optou pelos intermediários, ficando em segundo. A chuva não veio e todo mundo teve que trocar os pneus outra vez, menos Button. Ele e a McLaren lideravam o Campeonato e os Construtores, respectivamente.

Foto: GrandPrix

Foto: Abril


Na Espanha, Button foi ultrapassado por Schumacher e terminou num frustrante quinto lugar. Em Mônaco, o motor superaqueceu, e ele abandonou depois de apenas três voltas. Com isso, Button perdeu a liderança do campeonato e caiu para quarto, atrás da Red Bull e de Alonso. Na Turquia, se recuperou e chegou em segundo, após Vettel e Webber se baterem enquanto lideravam a prova. Hamilton venceu, após os dois se tocarem roda com roda na disputa pela vitória. Hamilton foi avisado pela equipe para diminuir a velocidade que Button não o passaria, mas ele passou. Surpreso, Lewis devolveu a ultrapassagem e venceu. Com isso, Jenson pulou para a segunda posição no campeonato, atrás de Webber. O mesmo resultado se repetiu no Canadá e Button manteve-se em segundo, agora três pontos atrás de Hamilton. No Gp da Europa, Button foi o terceiro e continuou na vice-liderança do campeonato. Ele perdeu a chance de ficar no pódio do GP da Inglaterra. Ele foi o quarto, após apresentar problemas no balanço do carro, o que custou o 14° lugar do grid.

Depois de três provas nos pontos, Button abandonou no GP da Bélgica após ser atingido por Vettel, que danificou o radiator do seu carro. O segundo lugar em Monza foi seguido de dois quartos lugares seguidos, em Cingapura e no Japão. Durante o Grande Prêmio do Brasil, Button e sua entourage foram ameaçados por pessoas armadas no retorno ao hotel depois da classificação. Entretanto, não aconteceu nada de mais grave. Button foi matematicamente eliminado da disputa do título faltando uma corrida, depois de chegar em quinto. Na corrida final da temporada, em Abu Dhabi, Jenson largou em quarto. Na largada, passou Alonso e pulou para terceiro. Hamilton e Vettel foram para os boxes e Button assumiu a ponta. Depois de 39 voltas com o mesmo pneu, Jenson parou e retornou em terceiro, onde terminou a prova, garantindo o quinto lugar no campeonato.

2011: A maior vitória da carreira

Foto: F1 Fanatic
O começo da temporada foi ruim para Button e a McLaren, com Vettel dominando as corridas iniciais. Jenson foi o segundo na Malásia e terceiro na Espanha e Mônaco, onde perdeu a chance de vencer após uma bandeira vermelha permitir que Vettel e Alonso mudassem os pneus e o ultrapassando em seguida.

Duas semanas depois, no Canadá, a maior atuação da carreira: na corrida mais demorada da história, Button chegou a cair para último depois de bater no próprio companheiro de equipe e em Alonso, cumprir drive through por passar da velocidade limite no pitlaine e ter feito cinco pit stops. Ele ultrapassou 27 carros na pista, incluindo Vettel na última volta, quando o alemão errou numa curva, bastante pressionado pelo ritmo do britânico. A corrida durou cinco horas, a maior da história da F1.




Button abandonou pela primeira vez na temporada justo no GP da Inglaterra graças a um erro no último pit stop. O equipamento da roda não conseguiu ajustar a porca a tempo e o carro de Button saiu dos boxes com uma roda mal colocada. Ele também abandonou na corrida seguinte, na Alemanha. Jenson não ficava de fora de duas corridas consecutivas desde 2008. Na Hungria, Button venceu justamente na sua corrida número 200 no palco de sua primeira vitória, em 2006. Ele terminou em terceiro na Bélgica, onde largou em 13° depois de problemas de comunicação com a equipe, quando passou Alonso faltando duas voltas para o final. Button foi o segundo em Monza. Em Cingapura, ele perseguiu Vettel nas voltas finais, mas o tráfego na pista tirou suas possibilidades de vitória. Naquela altura ele era o segundo colocado no Mundial e o único com condições de brigar com Vettel pelo bicampeonato.



Foto: Getty Images
No Japão, foi anunciada a renovação de Button por "múltiplos anos", em um acordo de 85 milhões de libras. Ele venceu a corrida, seguido de Alonso e Vettel, que se sagrou bicampeão nessa prova. Na Índia, o chefão da equipe Martin Whitmarsh anunciou que o novo contrato de Button teria a duração de três temporadas. Nessa prova, ele largou em quarto. Pulou para segundo na primeira volta após ultrapassar Alonso na largada e Webber na curva de trás da reta oposta. Jenson terminou nessa posição, incapaz de imprimir o mesmo ritmo que o campeão incontestável do ano, Sebastian Vettel. Em Abu Dhabi, Button largou em terceiro e chegou em terceiro, vendo Hamilton vencer e Seb abandonar após um dano na suspensão após a largada. Button sofreu com um problema no Kers, mas a vantagem para o quarto colocado, Mark Webber, era muito cômoda, o mesmo em relação a Alonso, que era o segundo. Esses resultados transformaram Button no primeiro companheiro de equipe a bater Lewis Hamilton em uma temporada. Na última corrida, no Brasil, Button largou na frente de Hamilton (em terceiro) e assim terminou a prova, atrás da Red Bull em ambas as situações, após passar Alonso na volta 62. O resultado garantiu o vice-campeonato de Button, incríveis 122 pontos atrás de Vettel. Foi um dos melhores anos da carreira de Button, com três vitórias, três voltas mais rápidas e 12 pódios.


Foto: Getty Images
Foto: F1 Fanatic
Mais uma temporada na McLaren, mais um ano contra Lewis Hamilton. Jenson largou em segundo antes de vencer a primeira na temporada, na Austrália. Também conseguiu o segundo tempo na Malásia, mas terminou em 14° após bater na Hispania do indiano Narain Karthikeyan devido à falta de aderência. Essa foi a primeira vez que Button terminou fora da zona de pontuação desde o GP da Coreia do Sul de 2010 e terminou a sequência de pontos que existia desde o GP da Hungria de 2011. Duas semanas depois, ele foi o segundo colocado do GP da China.


Foto: Divulgação
No Bahrein, Button largou em quarto, enquanto Hamilton foi o segundo. Durante a corrida, Button teve problemas de aderência e abandonou na volta 55, com uma falha no escape. Na Espanha, largou em 11°, pela primeira vez na temporada fora do top 10. Depois de não ter conseguido terminar além da oitava posição nas últimas quatro corridas, Button foi o terceiro na Alemanha, mas subiu para o segundo lugar após Vettel ser punido depois da corrida. Jenson conquistou a primeira pole em três anos na mítica Spa Francorchamps. Ele ganhou a prova sendo o primeiro da temporada a liderar todas as voltas da corrida. Na Itália, largou em segundo, atrás de Hamilton. Ele permaneceu nessa posição até precisar abandonar com problemas na pressão do combustível depois de dois terços de prova completadas.




Foto: Getty Images
Em Cingapura, Button largou em quarto e chegou em segundo após Vettel herdar a vitória que seria de Hamilton, que abandonou com problema de câmbio. No Japão, Button largou em terceiro, atrás das duas Red Bull, mas havia sido penalizado por trocar o câmbio e largou em oitavo. Ele escapou dos incidentes da primeira volta e chegou a ficar em terceiro, mas terminou em quarto após ser ultrapassado por Massa na parada dos boxes e por não ter conseguido ultrapassar Kamui Kobayashi, o terceiro. Na Coreia do Sul, largou em 11°, mas abandonou na primeira volta após se envolver em um acidente com Kobayashi e Rosberg. Na Índia, Button foi o quinto, atrás de Hamilton. Jenson largou em quarto, mas foi superado por Alonso nas voltas iniciais. Button largou em sexto em Abu Dhabi, mas terminou em quarto após ser ultrapassado por Vettel. Se Jenson venceu na abertura da temporada, ele tratou de vencer a corrida final também, no Brasil. Em uma corrida repleta de mudança de clima e muita chuva, Jenson batalhou com Hulkenberg e Hamilton pela vitória. Ele estava em terceiro quando os dois da frente colidiram e abandonaram, abrindo caminho para a 15a vitória da carreira do britânico. Terminou o campeonato em quinto, apenas alguns pontos atrás de Hamilton, companheiro de equipe que iria para a Mercedes no ano seguinte. Foi a última vitória de Button na F1.




Foto: Alamy
Foto: F1 Fanatic
No início da temporada, Button declarou que a McLaren seria a sua última equipe na carreira. Na corrida inaugural, na Austrália, ele largou em décimo e terminou em nono, apesar da equipe admitir que não entendeu como o MP4-28 se comportou em condições de corrida. Na Malásia, ele largou em sétimo, mas abandonou a prova. Seu novo companheiro de equipe era o jovem mexicano Sérgio Pérez, que impressionou a todos pilotando a Sauber no ano anterior. Durante o ano, principalmente no Bahrein e em Mônaco, os dois se envolveram em disputas de posição bem fortes para quem é companheiro de equipe. O sempre calmo Button falou no rádio algumas vezes algo do tipo "Mandem ele se acalmar". Jenson criticou bastante o estilo de pilotagem de Pérez. O melhor resultado de Button na temporada foi um quarto lugar na última etapa, em Interlagos, finalizando uma difícil temporada e de perfomances bem fracas da McLaren, muito abaixo do orçamento e da capacidade da equipe.


Foto: F1 Weekends
Depois de um 2013 difícil, foi anunciado no fim do ano que Sérgio Pérez seria substituído pelo piloto dinamarquês Kevin Magnussen, da academia de pilotos da equipe inglesa. 

Uma das novas regras da temporada de 2014 foi que os pilotos passariam a utilizar números fixos, a fim de criar identificação com o público. Jenson escolheu o 22, número pelo qual foi campeão do mundo com a Brawn GP, em 2009. Na primeira corrida, Jenson terminou em quarto na Austrália. Entretanto, devido a desclassificação de Daniel Ricciardo (Red Bull), que foi o segundo, Button herdou o terceiro lugar, seu último pódio na carreira. Novamente não foi uma temporada brilhante, a última da vitoriosa parceria entre McLaren e Mercedes. Button terminou o campeonato em oitavo, com 126 pontos. Magnussen foi o 11°, com 55 pontos.

Antes mesmo do fim do ano, já havia o anúncio do retorno de Fernando Alonso e da Honda para a McLaren. Um teve passagem polêmica pela equipe em 2007, onde brigou com Hamilton e Ron Dennis e deflagrou o escândalo do spygate, que resultou na exclusão da equipe do campeonato de Construtores daquele ano. O outro retornou para a McLaren depois de 22 anos, tentando repetir o sucesso dos tempos de Senna. Button e Honda trabalharam muito tempo juntos, de 2003 até 2008. Outra retomada de parceria.

A grande incerteza era quem seria o parceiro de Alonso: o experiente Button ou o jovem Magnussen. Deu Button. 

Foto: F1 Fanatic
Desde a pré-temporada ficou evidente que Button e a equipe iriam enfrentar muitos problemas. Nos testes em Jerez, em apenas um dia o MP4-29 conseguiu andar mais de 100 voltas em uma sessão de treinos. Na Austrália, Button largou em 17° e chegou em 11°. Com constantes problemas de recuperação de energia no motor, o ano serviu para praticamente estancar as falhas, sempre andando no fundo do grid. Na Malásia, abandonou. Na China, colidiu com a Lotus de Pastor Maldonado no final da prova. Ele caiu para 14° e ganhou cinco segundos de pênalti, além de dois pontos na carteira da FIA, a Super Licença. No Bahrein, o caos. Jenson teve problemas em todas as sessões e sequer cosneguiu largar. Em Mônaco, marcou os primeiros pontos da temporada, chegando em oitavo. Na Inglattera, abandonou na primeira volta após colidir com Alonso.

Bom, finalmente o especial Button ficou pronto! Depois de muito tempo e demora, o blog vai descansar alguns dias. Na sequência, o especial Massa, a análise da temporada e outras surpresas. Até!



quarta-feira, 9 de novembro de 2016

ESPECIAL MASSA EM INTERLAGOS - Williams

Foto: Motorsport
Fala, galera! Agora vem a última parte do histórico de Massa em Interlagos, agora pela Williams. Logo no primeiro ano, o brasileiro conseguiu seu quinto pódio em São Paulo, com um terceiro lugar, atrás da dupla da Mercedes de Rosberg e Hamilton.


No ano passado, o brasileiro não foi tão bem: o brasileiro foi discreto durante todo o fim de semana e foi apenas o oitavo. Entretanto, foi desclassificado depois da corrida por irregularidades com a temperatura e pressão do pneu. O pneu traseiro direito do carro do brasileiro estava com 137ºC de temperatura, 27ºC acima da medida permitida de 110ºC, e com pressão 0.1psi libras por polegada quadrada absoluta, abaixo do mínimo de 20.6psi, limites estabelecidos pela Pirelli.



E esse ano, o da despedida, qual será o desempenho de Massa? Só conferindo nesse final de semana para saber, naquela que será sua última corrida no Brasil na F1.

Até mais!


segunda-feira, 18 de julho de 2016

1 ANO SEM JULES

Foto: Car Throttle
17 de julho de 2015. Há um ano, Jules Bianchi sucumbia após 9 meses em coma, em Nice (onde, nesta semana, houve o ataque no Dia da Bastilha). A primeira morte em um evento da F1 desde Senna, logo na estreia deste blog querido... Pesado, principalmente para quem não está acostumado com a morte, como eu.

A notícia da morte de Jules não foi uma novidade. Era como se fosse um ritual, uma mera formalidade. O fim do sofrimento da família. Impossível não lembrar de Michael Schumacher, cujo situação é um mistério. Há meses não sai nenhuma informação oficial, por opção da família. O que resta é torcer e rezar para a recuperação do heptacampeão mundial.

Jules tinha um potencial enorme. Meses antes, fez história ao chegar em nono lugar em Mônaco e marcar os únicos dois pontos da finada Marussia (dois anos depois, coube a Pascal Wehrlein repetir a façanha, ao marcar um pontinho na Áustria, pela Manor). Membro da academia de pilotos da Ferrari, cedo ou tarde faria dupla com Sebastian Vettel (Provavelmente estaria duelando com ele agora). Antes, iria ficar um ano na Sauber, segundo consta os milhares de contratos assinados por Monisha Kaltenborn naquela temporada. Depois, apenas exercícios de imaginação para traçar a trajetória do piloto francês.

De forma covarde, a FIA o considerou culpado no relatório do incidente. Entretanto, todos sabemos que ele não é. Passados um ano da morte, a F1 está paranoica com a questão da segurança. Paranoica mesmo, demais, chegando ao ponto de ser ridícula. Era apenas evitar a presença de um trator no escape em pista molhada e não ter reiniciado a corrida naquele instante. Mas não. Impactada com a tragédia, a FIA vai enfiar goela abaixo o tal Halo, que não oferece, ao menos agora, garantias de que fato deixe o carro mais seguro. Por enquanto, apenas a crítica de que isso atrapalha a visão dos pilotos. Corrida na chuva? Nem pensar. É necessário andar algumas voltas atrás do Safety Car até que a pista fique quase seco. O Virtual Safety Car é uma medida que ajuda os carros a diminuírem a velocidade em pontos onde há acidentes, evitando a entrada do carro.

Evidente que a segurança sempre é importante. Entretanto, evitar a disputa entre os pilotos é errado. Ora bolas, são as 22 máquinas e os 22 melhores pilotos do mundo. Eles têm condições técnicas de encarar todo o tipo de adversidade (técnica, climática ou qualquer outra) possível. Por mais que as medidas de segurança sejam tomadas e os carros sejam modernos e seguros, uma coisa é certa: O automobilismo é perigoso. Fim.

Enfim, fiquem com a lembrança do onboard das últimas voltas de Jules Bianchi em Mônaco. No vídeo, há os áudios dos rádios que ele e a Marussia trocaram durante o GP. O francês terminou em 8°, mas com a penalidade de 5 segundos por ultrapassagem irregular durante o período de safety car o fez terminar em nono. Quem se importa? A história já estava feita:


#JB17