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quarta-feira, 26 de julho de 2017

LEMBRANÇAS HÚNGARAS

Foto: Getty Images
Hoje vai ser jogo rápido. Vamos recordar três corridas que acredito serem relevantes na história do Grande Prêmio da Hungria, no calendário desde 1985.

Começamos em 1997. Atual campeão do mundo, Damon Hill amargava o único assento que lhe restou para aquele ano: na Arrows, uma das piores do grid. Inusitado para um atual campeão ir para o fim do grid. Pois bem, Hill vinha fazendo o que podia, sem muitos resultados. Entretanto, o GP da Hungria de vinte anos atrás pode ser considerado a sua maior atuação na carreira. A surpresa começou no treino: com os compostos resistentes da Bridgestone, largou em terceiro, atrás apenas de Schumacher e Villeneuve, que brigavam pelo título.

Na largada, Hill superou o canadense. Com o superaquecimento dos pneus Goodyear, a Ferrari de Schummy foi presa fácil para o inglês, que assumiu a liderança da prova e disparou, deixando todos incrédulos. Schumacher, Frentzen e Coulthard abandonaram, e Villeneuve não conseguia acompanhar o ritmo de Damon. Estava 35 segundos atrás.

Até que, restando três voltas para o final, o pedal do acelerador da Arrows de Hill. O resultado? Confere aí:


As primeiras três edições da corrida húngara foram vencidas por Nelson Piquet (duas vezes) e Ayrton Senna. Relembre a segunda vitória consecutiva de Piquet em Hungaroring, há três décadas atrás, com Senna em segundo e Prost em terceiro:




Para finalizar, o post deveria conter uma vitória do maior vencedor nessa pista, marca alcançada no ano passado. Há dez anos, Hamilton venceria a primeira das cinco (talvez seis no domingo?) vitórias no traçado húngaro, três vezes com a McLaren e duas pela Mercedes (onde inclusive venceu pela primeira vez com as flechas de prata). 

O que mais chamou atenção nesse final de semana foi um acontecimento histórico: no sábado, durante o Q3, Alonso ficou propositalmente mais tempo nos boxes, com o objetivo de atrasar Hamilton e impedir que o inglês conseguir realizar novas voltas lançadas. Alonso saiu com a pole, mas o espanhol foi punido pela direção de prova em cinco punições, largando em sexto. Hamilton herdou a pole e venceu mas a McLaren não levou os pontos para os construtores, onde depois foi banida em virtude do escândalo de espionagem. Relembre:

Aí foi o início da guerra entre Alonso contra Hamilton e Ron Dennis.


Até!

quarta-feira, 12 de abril de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #28 - Especulações

Foto: MotorSport
Interessante leitura que foi postada no fórum de F1 do VK, rede social russa:

- Temos um conjunto piloto/carro superior (Hamilton/Villeneuve), mas não muito

- Temos um alemão na Ferrari que aparenta estar tirando tudo e mais um pouco do carro (Vettel/Schumacher)

- O alemão tem um companheiro coadjuvante que gosta bastante de dinheiro (Kimi/Irvine)

- Tem um cara que está claramente andando menos do que o carrão permite (Bottas/Frentzen)

- Tem uma dupla razoavelmente jovem e promissora que está andando lá na frente com um carro que pode ganhar corridas, mas não o título (Red Bull/McLaren)

- Tem um brasileiro andando lá no meio do bolo com um carro branco (Massa/Barrichello)

- Tem um equilíbrio muito grande entre as equipes do meio

- Corridas muito boas no papel, mas meio enfadonhas de se ver na prática

E aí, o que acham? Tem lógica, de fato... algumas pequenas diferenças: o brasileiro está quase se aposentando outra vez (Rubinho estava se encaminhando para a metade da carreira), a Ferrari de 1997 estava mais distante da Williams do que a de 2017 em relação a Mercedes e... só. O que acham?

FINALMENTE LIBERADO: Wehrlein irá estrear pela Sauber no final de semana. O retorno vem a calhar em um bom momento, após o badalado Giovinazzi bater duas vezes. O italiano não tem muito a ganhar nesse carro. Agora, seu foco é testar a Ferrari. Por outro lado, o alemão da Mercedes precisa mostrar que está recuperado e em condições físicas de disputar o final de semana de corrida e superar Ericsson. Acredito que o faça, mas não estará em sua plenitude técnica e física. Precisará se adaptar ao carro ruim da Sauber durante o ano para alcançar seu objetivo.

Foto: Reprodução
Chase Carey, presidente da Liberty Media, encontrou-se com Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia. O que se comenta na imprensa estrangeira é que a reunião foi para tratar do retorno do GP da Turquia ao circo da F1, e parece que está tudo muito bem encaminhado, mas ainda não assinado. A diretriz da Liberty é trazer de volta os circuitos que os fãs gostam, além de mais uma prova nos Estados Unidos. O número mágico de corridas na temporada seria 21 no máximo, ou seja: Oriente Médio com os dias contados. Felipe Massa certamente curtiu isso, pena que não tenha mais carro para vencer em terras turcas pela quarta vez e talvez ano que vem ele esteja definitivamente aposentado. Confesso que estranho esse hype todo nessa pista, não acho tão espetacular quanto dizem, mas é uma das melhores pistas projetadas por Hermann Tilke. A última edição foi disputada em 2011.

MAS JÁ: O "especulômetro" começou a apitar. Comenta-se que a Ferrari deseja contratar Ricciardo para substituir Raikkonen em 2018, reeditando a dupla com Vettel de 2014, onde o australiano dominou o tetracampeão. Seria um bom nome, sem dúvida. Certamente os taurinos não irão liberar, e se o fizerem será por uma quantia considerável. Talvez Vettel vá para a Mercedes... As possibilidades são infinitas. Muita calma.



Em 12 anos de GP do Bahrein, Felipe Massa venceu pela primeira vez no circuito há dez anos (me lembro como se fosse ontem! Como passa rápido!). O brasileiro não teve problemas e liderou de ponta a ponta. Hamilton foi o segundo e Raikkonen o terceiro. Felipe também venceu no circuito em 2008 e foi segundo colocado em 2010. Confira!

Até!

sábado, 24 de setembro de 2016

UM EXEMPLO PARA TODOS NÓS

Foto: Getty Images

As Paralimpíadas terminaram há cinco dias. Histórias de superação, força de vontade, garra, luta e técnica foram expostos ao mundo inteiro, mostrando que é possível competir em altíssimo nível em qualquer circunstância, por mais difícil que possa parecer.


Alex Zanardi. Não há nenhum adjetivo que possa descrever esse homem. Todo mundo sabe que ele sofreu um acidente na Indy em 2001, perdeu as duas pernas, MUITO sangue e teve sete paradas cardíacas. Ficou em coma por um pouco mais de um mês e se recuperou. Chegou a retornar ao automobilismo, vencendo corridas de turismo. Conciliou a velocidade das pistas com o paraciclismo, até se dedicar exclusivamente para o segundo. Em Londres, foram duas medalhas de ouro, assim como no Rio, tornando-se o maior campeão paralímpico da modalidade.

Foto: Andrew Matthews/ PA via AP

Além de Zanardi ter corrido sem muito sucesso na F1 (Jordan, Minardi e Lotus no início da carreira), foi no CART/Indy que ele fez seu nome e criou o mito. Estreou na categoria em 1996, após as frustrações na F1. Na Chip Ganassi, foi o terceiro colocado logo na temporada de estreia, com 132 pontos, três vitórias e seis pódios.

Zanardi sempre foi duro na pista, protagonizando vitórias e momentos históricos (como o do vídeo acima), com ultrapassagem e um show para os fãs. Diante de uma adaptação tão rápida no automobilismo americano, foi bicampeão em 1997 e 1998. Nesses dois anos, colecionou 12 vitórias e 22 pódios. Um desempenho tão impressionante que lhe rendeu o retorno à F1.


Na expectativa e esperança de um novo “efeito Villeneuve” (campeão da Indy em 1996 e da F1 em 1997) a Williams apostou em Zanardi para o ano de 1999, juntamente com Ralf Schumacher, repleto de picuinhas, problemas de relacionamento e difícil trato no paddock. Não deu certo, saiu zerado e “queimado”. Muitos ainda pensam que na Indy qualquer “bração” é campeão, que os melhores estão na F1 e tudo mais. São esportes completamente diferentes, e o automobilismo americano precisa ser respeitado. Enfim, não vou desvirtuar o assunto do tópico.

Gostaria apenas de mostrar que Alex Zanardi precisa ser um exemplo para todos nós. Precisamos pensar nos obstáculos que ele supera e no que ele significa para superarmos os nossos problemas. Ele é um ser inspirador, vencedor, humano e extraordinário.