sexta-feira, 21 de outubro de 2022

SEGUNDO PLANO

 

Foto: Jared C. Tilton/ Getty Images

Nesse fim de festa que virou a F1 2023, há apenas um ritmo de espera quase torturante para definir coisas não tão importantes. Faltam duas vagas do grid para serem preenchidas e a disputa dos construtores está quase matematicamente selada.

Esse horário esquisito. É publicar o texto e curtir a sexta. Inventaram de colocar mais 30 minutos no segundo treino livre para testar os pneus Pirelli de 2023. Amanhã tem UFC e domingo Roma x Napoli. Com o campeonato decidido, a corrida fica em segundo plano, até mesmo para a F1.

Em Austin, as equipes optaram por alguns testes de novatos obrigatórios. A Ferrari lançou Robert Shwartzman, russo nascido em Israel, um dos grandes prejudicados pela guerra. A Williams colocou o piloto da casa, Logan Sargeant. Já estão pensando em 2023? A McLaren fez uma escolha surpreendente: o espanhol Alex Palou, campeão da Indy ano passado e pivô de polêmica contratual inclusive com os ingleses por lá, pegou a vaga de Ricciardo. Ah, também tivemos Theo Pourchaire na Alfa Romeo.

O interessante é que o campeão da F2, Felipe Drugovich, só participa dos testes em Abu Dhabi, em novembro.

Na Haas, não houve um novato, mas agiu como se fosse um. Bancado pela Ferrari, Giovinazzi durou cinco minutos: bateu sozinho e deu mais prejuízo para o time de Gene. É a Ferrari quem vai escolher o piloto pela parceria que possuem, mas Gunther e Gene já devem estar preocupados com os candidatos que só batem, ainda mais Giovinazzi, experiente, mas que infelizmente nunca confirmou o potencial da F2 na F1.

Sainz foi o mais rápido do TL1, com Verstappen em segundo e reclamando de algumas coisas.

A segunda sessão foi basicamente testar os pneus Pirelli de 2023, mais lentos, além dos tradicionais stints de corrida, visando domingo. A mesma coisa de sempre: Ferrari e Red Bull acima do resto. Resta saber se o ritmo de férias e ressaca dos taurinos e do holandês vai deixar brechar para os italianos garantirem o vice-campeonato de pilotos e construtores. Leclerc briga com Pérez pela medalha de prata. Leclerc foi o mais rápido, um dos poucos a também usar os pneus atuais.

Austin vai ter shows, espetáculos, aquela coisa americana da Liberty e recorde de público. No externo, um sucesso absoluto. No interno, não há grandes emoções. Todo mundo está com a cabeça em outro lugar. É um circuito legal de pilotar, seja assistindo pelo on board ou jogando pelo videogame, mas não tem corridas memoráveis.

Até março de 2023, a F1 fica em segundo plano, mas precisamos terminar isso, porque somos loucos, viciados, desocupados e masoquistas.

Confira o tempo dos treinos livres do GP dos EUA:




Até!

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