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domingo, 22 de outubro de 2023

ASSOALHOS

 

Foto: Chris Grayten/Getty Images

Da série "corridas que não vi": campeonato decidido, trabalhando no jogo do Inter (histórico, aliás...). Bom, li que Verstappen venceu, mesmo largando em sexto. Foi melhor na estratégia dos pit stops e mais agressivo nas ultrapassagens, enquanto Norris e Leclerc abriram alas para ele.

Só Hamilton que tentou lutar e se aproximou de Max, mas sem ser o suficiente para vencer. 15 vitórias no ano e 50 na carreira. Impressionante. 

Bom, estou assistindo o VT da corrida agora. Está na largada. Antes de começar a escrever, li que Hamilton e Leclerc foram desclassificados por irregularidades no assoalho dos carros. 

Segundo o GE, "Hamilton e Leclerc infringiram o artigo 3.5.9.e do regulamento técnico da F1. O texto faz referência à espessura da prancha de madeira no assoalho, que deve ser de pelo menos 10 mm, com tolerância a partir de 9 mm." 

Assim, Norris e Sainz completaram o pódio e, entre outras coisas, permitiu que Logan Sargeant pontuasse pela primeira vez na F1. Logo em casa. Que reviravolta.

Enfim, li que McLaren e Mercedes poderiam ter feito estratégias mais ousadas para ganhar e que Hamilton foi prejudicado na estratégia e também em um pit stop. Piastri abandonou, assim Ocon. Destaque também para os bons pontos de Tsunoda e Stroll e o abandono de Alonso. É um fim de ano difícil para a Fênix, que flertou com as vitórias, mas a Aston Martin termina 2023 bem melancólica.

Bom, assistindo ou não, com estratégias, ritmos diferentes e até menos brilhantismo, ainda assim ninguém quer competir com Max Verstappen. E Norris segue flertando com as vitórias, mas sem vencer de fato. Ainda acho que Piastri vai romper o lacre antes dele.

Confira a classificação atualizada do GP dos EUA:

1 - Max Verstappen (RBR)

2 - Lando Norris (McLaren) +10s730

3 - Carlos Sainz (Ferrari) +15s134

4 - Sergio Pérez (RBR) +18s460

5 - George Russell (Mercedes) +24s999

6 - Pierre Gasly (Alpine) +47s996

7 - Lance Stroll (Aston Martin) +48s696

8 - Yuki Tsunoda (AlphaTauri) +1m14s385*

9 - Alexander Albon (Williams) +1m26s714

10- Logan Sargeant (Williams) +1m27s998

11- Nico Hulkenberg (Haas) +1m29s904

12- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) +1m38s904

13- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) +1 volta

14- Kevin Magnussen (Haas) +1 volta

15- Daniel Ricciardo (AlphaTauri) +1 volta

Fernando Alonso (Aston Martin) - ABANDONOU

Oscar Piastri (McLaren) - ABANDONOU

Esteban Ocon (Alpine) - ABANDONOU

Lewis Hamilton (Mercedes) - DESCLASSIFICADO

Charles Leclerc (Ferrari) - DESCLASSIFICADO

Até!

terça-feira, 3 de outubro de 2023

COBIÇADA

 

Foto: Getty Images

O assento de Logan Sargeant na Williams está muito cobiçado por um motivo simples: é o único lugar disponível para a F1 2024.

Apesar do chefão James Vowles vir a público defender o garoto e de certa forma indicar que ele vai permanecer no time, ainda não há uma confirmação oficial. O motivo é simples e até cruel: Sargeant não faz uma boa temporada.

Quer dizer, o problema vai além disso. Era óbvio que ele seria superado pelo bom Alexander Albon, o problema é que a discrepância é grande. O tailandês nascido e criado na Inglaterra marcou 100% dos pontos do time. Mais lento, Sargeant também está batendo bastante, o que traz prejuízo para a equipe, embora a Williams tenha se reestruturado desde que família saiu de cena da administração.

A crueldade da F1 com os jovens pilotos é algo complicado. Sim, Sargeant está mal. Sim, provavelmente Sargeant não será um prodígio como o contemporâneo Oscar Piastri, mas talvez ele tenha subido cedo demais. Ele está ali porque é da Academia de Pilotos da Williams e por ser americano, importante para o mercado e principalmente para a categoria que é administrada pelos compatriotas.

Talvez Sargeant precisasse de mais um ano afirmado na F2, brigando pelo título para chegar com moral na F1, com menos dúvidas e asteriscos. Talvez isso não fizesse diferença nenhuma também.

A F1 é cruel com os jovens porque hoje a transição é brutal. Os carros da base são muito diferentes e só há três dias de pré-temporada. Simulador não é a mesma coisa. Antigamente existiam os testes ilimitados que facilitavam os processos, mas hoje não mais.

Sargeant não está confirmado, então ainda podemos escrever sobre a esperança brasileira. A imprensa europeia tem insistido que Felipe Drugovich é o principal candidato, caso a Williams opte pela mudança em 2024.

O aporte não seria barato: falam em cerca de 15 milhões de euros, um valor considerável e que certamente a Williams não rejeitaria. O brasileiro teria vencido a concorrência e o lobby da Mercedes por Mick Schumacher, o que não é pouco. É simplesmente o maior sobrenome da história da categoria.

Entre Felipe e Logan, sou mais Drugovich, apesar que ele também vai passar pelo desafio de se adaptar à F1 por completo, mesmo fazendo testes, no simulador e participando de alguns treinos livres.

A vaga é cobiçada, Sargeant parece estar prestigiado mas, como todo brasileiro, a esperança é a última que morre e não dá para desistir.

Até!

terça-feira, 15 de agosto de 2023

ANÁLISE PARCIAL DA TEMPORADA 2023: Parte 2

 

Foto: Motorsport

Voltamos com a segunda parte da análise parcial da temporada 2023. Agora, com as equipes restantes: Alfa Romeo, Aston Martin, Haas, Alpha Tauri e Williams.

Foto: Getty Images

Valtteri Bottas – 6,5 – Praticamente um figurante na temporada, mal aparece nas corridas e nos treinos. Bottas faz o que pode, mas a futura Sauber/Audi só pensa no futuro. Está jogada às traças. Não há muito o que escrever.

Guanyu Zhou – 6,5 – Parece mais adaptado e melhor que no ano de estreia, mas o problema é o mesmo de Bottas: a equipe simplesmente não está lá. Alguns brilharecos no sábado e olhe lá. Maior definição de coadjuvante melancólico não há para uma equipe que só pensa em um futuro diferente, incluindo os nomes.

Foto: Motorsport

Fernando Alonso – 9,0 – Parecia que seria outro erro, o agora fatal, de gerenciamento de carreira da Fênix. No entanto, a evolução da Aston Martin é notável, e ter um dos melhores pilotos da história do time na hora certa faz a diferença. Muitos pódios, algumas possibilidades de vitória e consistência. Alonso também é um dos únicos que pontuou em todas as corridas. A Aston perdeu o terreno e vai precisar remar muito para voltar ao topo, mas talvez 2024 seja o outro grande pulo do gato. É uma temporada que já foi paga, independentemente do retorno das férias.

Lance Stroll – 6,5 – Colocar alguém como Alonso no mesmo bólido é evidenciar as limitações do filho do dono. Isso todos sabemos. Então, Stroll não faz o suficiente pelo carro que tem, mas quem se importa? É o piloto menos pressionado do grid hoje em dia, então não faz diferença alguma fazer qualquer ponderação além do que já foi escrito até aqui.

Foto: Getty Images

Kevin Magnussen – 6,5 – Está sendo o Mick Schumacher da vez. Se ano passado o retorno foi impressionante pelo domínio interno e a pole mágica na sprint race em Interlagos, o 2023 é um choque de realidade. Batido pelo rival Hulkenberg, a Haas também não permite fazer muita coisa, mas ser constantemente superado pelo companheiro de equipe que ficou fora da categoria por alguns anos não é bom sinal.

Nico Hulkenberg – 7,0 – Parece que o tempo ausente não fez diferença. Hulk continua com os mesmos vícios e virtudes. Muito rápido no sábado, mas sucumbe no domingo. Claro que o carro também tem uma dose de responsabilidade, mas parece que o alemão não tem sorte na F1. Pelo menos ele relembra a competência na consistência interna e está tirando Magnussen para pouco caso.

Foto: Motorsport

Yuki Tsunoda – 7,0 – Está melhor que o ano passado, mas isso não quer dizer muita coisa. A Alpha Tauri está à deriva e o japonês causa mais dúvidas que respostas. Ele está bem porque De Vries é que é fraco ou o carro pode mais a partir da chegada de Ricciardo?

Nyck De Vries – 5,0 – Desde sempre foi um boi de piranha na equipe, sem alternativas viáveis para subir alguém. No desespero e estreando na F1 num matadouro, também pouco se ajudou. Não teve ritmo e nenhum momento e fez parecer Tsunoda um piloto promissor e evoluído. É uma pena, mas parece que o holandês entrou num jogo de cartas marcadas.

Daniel Ricciardo – Sem nota. Desempenho será avaliado apenas a partir de agora.

Foto: Getty Images

Alexander Albon – 8,0 – Corre mais que o carro. Está evoluindo e merece uma equipe melhor, nem que seja meio de tabela. Espreme os resultados, tem ritmo, velocidade e briga de igual para igual com o resto do grid. Parece que finalmente desabrochou o talento do tailandês nascido e criado na Inglaterra. Estar longe da Red Bull parece ser bom negócio até aqui.

Logan Sargeant – 5,5 – Subiu para a F1 sem estar pronto, pela necessidade de ter um americano no grid. Não é ruim mas repito, ainda não está preparado. A comparação com Albon só torna as coisas piores. O ritmo é inexistente. Ainda há margem para evolução para minimamente ser competitivo e combativo. A melhora da Williams nas últimas atualizações é um alento para isso, principalmente no médio prazo. Não vou ser tão taxativo assim, ainda acredito no potencial, nem que seja mínimo, do Sargeant.

Concorda? Discorda? Escreva nos comentários e digite também as suas notas!

Até!




quinta-feira, 2 de março de 2023

GUIA TEMPORADA 2023: Parte 2

 

Foto: Motorsport

Chegamos com a parte dois da tradicional análise antes do início da temporada 2023. Irei escrever sobre Alfa Romeo, Aston Martin, Haas, Alpha Tauri e Williams!

ALFA ROMEO F1 TEAM STAKE


Foto: Reprodução/Alfa Romeo

Pilotos: Valtteri Bottas (#77) e Guanyu Zhou (#24)

Chefe de Equipe: Alessandro Alunni Bravi

Títulos de Pilotos: 2 (1950 e 1951)

Vitórias: 10

Pódios: 26

Pole Positions: 12

Voltas Mais Rápidas: 15

A futura Sauber/Audi vive um momento de transição. Com um novo e desconhecido chefe de equipe, os suíços querem mais pontos do chinês Zhou aliados com a consistência de Bottas para navegar no pelotão intermediário. O time perdeu o fôlego na metade final da temporada, então o objetivo é ter mais consistência durante o ano. Resta saber como está o foco do time em meio a tantas e futuras mudanças no corpo diretivo e, porque não, técnico da equipe.

ASTON MARTIN ARAMCO COGNIZANT F1 TEAM


Foto: Reprodução/Aston Martin

Pilotos: Fernando Alonso (#14) e Lance Stroll (#18)

Chefe de Equipe: Mike Krack

Pódios: 1

A grande atração é ver Fernando Alonso no time de Lawrence Stroll. Um projeto ambicioso, mas o tempo (ou a falta dele) pode ser o principal empecilho. Até aqui, a Aston Martin deu passos bem tímidos. A promessa é que as coisas melhorem com a finalização do novo túnel de vento na fábrica. De novo: Alonso terá tempo para tentar mais uma última tentativa de voltar ao topo da F1?

MONEYGRAM HAAS F1 TEAM

Foto: Reprodução/Haas

Pilotos: Kevin Magnussen (#20) e Nico Hulkenberg (#27)

Chefe de Equipe: Gunther Steiner

Pole Positions: 1

Voltas Mais Rápidas: 2

Estabilidade é o que procura a Haas. Depois de contratar Magnussen as vésperas do início do ano passado, os americanos conseguiram mais pontos do que a expectativa e K-Mag ressurgiu das cinzas com uma pole em Interlagos. A surpresa é um desafeto ser o novo companheiro de equipe: o retorno de Nico Hulkenberg, o piloto número 21 do grid. Dois anos ausentes e mais velho pode ser um fato de desequilíbrio no início do enfrentamento, mas o que Gunther e companhia esperam é que os dois briguem com os outros na pista e não entre si para que a Haas consiga pontuar o máximo possível na temporada.

SCUDERIA ALPHA TAURI

Foto: Reprodução/Alpha Tauri

Pilotos: Yuki Tsunoda (#22) e Nyck De Vries (#21)

Chefe de Equipe: Franz Tost

Vitórias: 1

Pódios: 2

Voltas Mais Rápidas: 1

A dupla mais intrigante do grid: o jovem, mas experiente Tsunoda e o novato de quase 30 anos De Vries, que impressionou ao pontuar com a Williams num rabo de foguete. O holandês vai usar a experiência dos títulos da F2 e FE e a experiência na McLaren e Mercedes como reserva. O japonês está na Alpha Tauri por falta de opção, visto que De Vries já é a própria admissão de que ainda não há um prodígio taurino pronto para ser alçado. Cobaia da equipe principal, certamente o time de Faenza precisa fazer muito mais do que a penúltima posição de 2022. Vão conseguir com uma dupla inexperiente?

WILLIAMS RACING

Foto: Reprodução/Williams

Pilotos: Alexander Albon (#23) e Logan Sargeant (#2)

Chefe de Equipe: James Vowles

Títulos de Pilotos: 7 (1980, 1982, 1987, 1992, 1993, 1996 e 1997)

Títulos de Construtores: 9 (1980, 1981, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997)

Vitórias: 114

Pódios: 313

Pole Positions: 128

Voltas Mais Rápidas: 133

Mudam o chefe de equipe e o parceiro de Albon: ex-Mercedes James Vowles e o retorno de um americano no grid, o cria da casa Logan Sargeant. O tailandês nascido e criado na Inglaterra mostrou-se apto a ser consistente e liderar uma equipe tão frágil. Apesar de três pilotos terem pontuado no ano, a Williams não conseguiu sair da lanterna. Mesmo sem dinheiro, reformulada e com um jovem no time, a expectativa é fazer o que pode, até porque a esperança é um futuro que talvez nunca chegue.

E essas foram as análises antes do início da temporada. O que você está esperando? Comente!

Até!



terça-feira, 25 de outubro de 2022

ACELERADO

 

Foto: Divulgação/Williams

Uma notícia meio despercebida do final de semana, entre a morte de Mateschitz e o UFC 280 (muito triste), foi a confirmação da Williams em colocar Logan Sargeant como companheiro de equipe de Alexander Albon para 2023.

Com uma condição: o americano precisa ter os 40 pontos exigidos da superlicença.

Para conquistar a vaga, basta terminar a F2 entre os sete primeiros (atualmente é o terceiro) e completar mais 200 km de testes na F1, o que vai ser feito nos treinos livres do México, já na sexta-feira, e também de Abu Dhabi, no final da temporada.

A questão para o grande público é: quem é Logan Sargeant?

Atento as informações, talvez a mais relevante até aqui: ele é americano, o que a Liberty tanto deseja. Nascido no dia 31 de dezembro de 2000, na Flórida. Aos nove anos já foi para a Europa. Teve passagens pela F4 britânica, a F3 (na Prema e na Carlin, onde competiu com Felipe Drugovich e Oscar Piastri, por exemplo) e chegou nesse ano somente na F2, apesar de ter estreado no fim do ano passado.

Portanto, é alguém que está impressionando na temporada de estreia, o que é importante, além da nacionalidade.

Outro fato alinhado: desde o ano passado, Logan virou piloto da academia da Williams, talvez o ficha um depois do Jake Aitken ter substituído o Russell em 2021. Com a saída de Latifi, a equipe de Grove simboliza que o dinheiro não faz tanta diferença perante a recuperação financeira que está em curso desde que a família Williams não administra mais, virou somente o nome.

Com 22 anos, Sargeant estreia relativamente “velho” na F1, embora vocês possam me lembrar que De Vries vai chegar aos 27. No entanto, com apenas um ano de F2 e um desempenho razoável considerando a qualidade do grid (provavelmente vai ficar atrás também de Theo Pourchaire, já protegido da Sauber/Alfa Romeo), a impressão é que Sargeant foi acelerado pela Williams.

O motivo? Financeiro, talvez. Não sei. É um cara barato, sem dúvidas. Sem a grana de Latifi e toda a operação que permitiu a permanência de Albon, uma solução caseira é um alento para uma equipe que ainda não saiu da linha da pobreza.

O que esperar desse jovem americano no pior carro do grid contra o tailandês nascido e criado na Inglaterra que tem muito mais rodagem e talento? Quase nada. 2023 será um ano de aprendizado para Logan. A coisa não é fácil para os novatos.

No entanto, há algo positivo: como Sargeant está na pior equipe do grid e ninguém espera nada dele, esse é justamente o trunfo. Logan será superado por Albon e vai figurar no grid. Se não bater e não for muito lento, já está no lucro. Não é pagante, apenas americano, no lugar certo, na hora certa.

Um nome novo no grid que, diante das opções, causa estranheza. Tão estranho quanto a Williams ter uma academia de pilotos. Bom, pelo menos ela está sendo utilizada e Sargeant vai ser o primeiro a passar na peneira. Se for apenas um piloto normal, será aprovado.

Apesar de ocupar o pior carro do grid sem nenhuma experiência ou grande currículo, Sargeant não vai ser nem de longe o piloto mais pressionado do grid. Assunto para o fim do ano.

Até!

terça-feira, 27 de setembro de 2022

AJUSTES

 

Foto: RaceFans

Com essa mini férias de três semanas, a F1 aproveitou para descansar e resolver alguns imbróglios para o ano que vem.

Um deles foi a oficialização do calendário de 2023, com 24 corridas e as novidades esperadas: Catar e Las Vegas, além da ausência da França e Paul Ricard. Melhor do que isso: as renovações de Mônaco (até 2025) e mais um ano com Spa Francorchamps, ao menos.

O problema é que são corridas demais. Claro que a LIberty e a FIA estão preocupados com a grana, principalmente pós-pandemia e o contexto de crise mundial que vivemos. No entanto, a logística é quase desumana. Não estou falando dos pilotos, mas sim dos mecânicos e funcionários da reta-guarda das equipes, que ganham muito pouco, trabalham muito e não tem muito tempo para descansar e/ou curtir a família. Deveriam olhar para essas pessoas com um pouco mais de carinho e atenção.

Sem contar a logística. Uma volta ao mundo. Ir e voltar a um continente. Por exemplo: a F1 sai da América do Norte para correr em Interlagos e depois volta para Las Vegas. Por que não fazer Austin-México-Las Vegas de uma vez? Ah, a corrida de Las Vegas, diferentemente do tradicional, vai ter a largada no sábado à noite, madrugada de domingo por aqui.

Partindo para o mercado de pilotos, o óbvio veio: Latifi não permanece na Williams para 2023. O desempenho constrangedor ficou escancarado quando De Vries estreou do jeito que foi. Isso é sinal que as finanças do time de Grove estão sólidas o suficiente para a equipe optar por dois pilotos de qualidade.

Embora o favorito seja o holandês, ainda mais depois de impressionar no desempenho, a Williams não confirma nada. Quem poderiam ser os outros concorrentes? Vandoorne também é da Mercedes e também é campeão da Fórmula E. Logan Sargeant é da academia do time e há o lobby de ter um piloto estadunidense, principalmente, depois da negativa da FIA para Colton Herta. No entanto, é um cenário improvável. Agora, é aguardar pela decisão dos britânicos.

Sem Colton Horta, a Red Bull optou pelo “não tem tu, vai tu mesmo.” Yuki Tsunoda renovou o contrato. O motivo é simples: o jovem japonês também e vítima das circunstâncias do carro da Alpha Tauri, apesar da fase não ser boa. Além disso, não há um talento nas academias de piloto prontos para subir: Hauger, Daruvala e Liam Lawson não impressionaram e precisam de tempo.

Com isso, Tsunoda ganha uma oportunidade rara e de ouro, num ambiente que não é conhecido por ter muita paciência com os empregados. Sem Herta, por efeito dominó, é improvável que haja uma liberação de Gasly para Alpine. O cenário francês é um grande mistério: sem Pierre, qual será o escolhido? Qual o critério? Colocarão o inexperiente e que não impressionou tanto na F2 igual o Doohan direto na equipe de fábrica?

A Alfa Romeo, momentos antes da publicação desse texto, confirmou a manutenção de Guanyu Zhou para o ano que vem. É justo. O chinês é talentoso e está se adaptando, assim como Tsunoda. É a primeira temporada. Não há muito o que fazer, ainda mais num carro que não se esperava muita coisa. É difícil ter boa vontade com os asiáticos e nós sabemos o motivo, mas sempre vou insistir e reiterar: Zhou não é somente um pagante que está ali porque é chinês.

A Alpine é a grande incógnita do momento. Todavia, essas dúvidas, assim como o bicampeonato de Max Verstappen, serão resolvidas em questão de tempo. Sejamos pacientes para espantar o tédio para longe.

Até!