terça-feira, 28 de novembro de 2017

SOBRE HALOS E LOGOS

Foto: Sky Sports
O primeiro ano da Liberty administrando a F1 caracteriza-se pelo começo da implementação de ares de modernidade. Com uma maior presença nas redes sociais, foram disponibilizados os rádios das equipes, melhores momentos das corridas e as entrevistas após treino e corrida diretos na pista. Dizem que os testes de inverno podem ser transmitidos online. Seria fantástico. Nesse lado, a F1 evoluiu bastante, até porque era impossível ser mais obtusa do que a administração arcaica de Bernie Ecclestone.

Para o ano que vem, serão acrescentadas câmeras 360°, usadas há muito tempo na Nascar e na Indy com o intuito de aproximar ainda mais o fã da sensação de guiar um F1 e se relacionar com o clima do autódromo e da pista. Impossibilitada de fazer muita coisa até o final do Pacto de Concórdia, que será em 2020, a única mudança aerodinâmica será o fim das barbatanas. A McLaren exerceu o veto de última hora nesse fim de semana.

Com as mãos engessadas, a Liberty primeiro busca dar uma identidade própria para a Fórmula 1. Outro passo foi dado com o tal novo logo, que é feio. No entanto, iremos nos acostumar, fazer o quê. Ao menos escolheram a alternativa menos pior. Mais um ato para deixar a Era Bernie no passado, ao menos no que se refere a redes sociais, marketing, engajamento, etc.

Foto: Divulgação

A aberração-mor foi com certeza o Halo. Preteriram até o Aeroscreen, que era uma alternativa menos ruim. Essa proteção não evitaria nenhum acidente recente da F1, não há sentido algum colocar isso. E o pior: atrapalha a visão dos pilotos e deixa o carro de F1 horrível. Alguém se atreveria a comprar uma miniatura dos carros que virão nos próximos anos? Minha esperança é que desistam da ideia o quanto antes.

Com um regulamento congelado, Halo, poucas ultrapassagens, quatro anos de domínio da Mercedes e câmeras 360°, fica difícil atrair novos fãs com essas corridas previsíveis, principalmente em circuitos patéticos como Abu Dhabi. O novo engajamento só irá funcionar se as pistas entregaram um bom produto para todos.

Para isso, a Liberty e a FIA terão dois anos para pensar em alternativas. Veremos o que acontece até lá - sem Halo, espero eu.

Até!

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