quarta-feira, 23 de outubro de 2019

NOVAS E VELHAS RIXAS

Foto: Getty Images
Hoje faz 30 anos do histórico incidente entre Senna e Prost que culminou com o polêmico tricampeonato do francês após a desclassificação do brasileiro pela FIA, na figura do então presidente Jean Marie Balestre.

Longe de querer relembrar tudo isso porque todos já sabem a história, ou quase toda ela. Apenas um adendo: Senna precisava vencer as duas corridas para ser campeão. Ou seja, mesmo que vencesse no Japão, dependeria do triunfo em Adelaide para buscar o tri. O título não foi roubado, embora seja uma punição discutível e até equivocada dos comissários/bancada da FIA.

O texto é para basicamente relembrar outras rivalidades que vieram depois entre pilotos da mesma equipe. Antes, tivemos Prost e Lauda na própria McLaren, Piquet e Mansell na Williams e a efêmera Pironi-Villeneuve na Ferrari que vitimou a ambos.

Foto: Getty Images
A rivalidade visceral do bicampeão contra o novato que o chutou da equipe com o apoio do chefe é histórica. No entanto, todos saíram perdendo: Alonso perdeu moral, Hamilton e McLaren perderam um título ganho e uma multa altíssima. Acredito que em breve teremos no mínimo um filme ou um documentário sobre todos os podres que rondaram Woking em 2007.

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Aqui, Rosberg percebeu que ser o bom menino não bastaria para enfrentar um competidor igual Lewis Hamilton. Passou a "jogar sujo" e foi premiado depois de muita dedicação, que resultou em tamanho desgaste mental que acabou saindo da Fórmula 1 logo depois. Além disso, deu a impressão que Hamilton menosprezou o alemão e quando reagiu foi tarde demais. Com péssimas largadas e o motor estourado na Malásia, já era para ser hexa. Mérito do alemão que, mesmo menos piloto, conseguiu capitalizar em uma oportunidade e entrou para a história.

Foto: Getty Images
Não vou citar Verstappen e Ricciardo porque quando a coisa começou a esquentar o australiano picou mula para a Renault, vendo que ali toda a prioridade seria dada ao prodígio holandês. Sendo assim, o novo foco de grande rivaliadde é na Ferrari, onde tradicionalmente não existe isso. Há hierarquias claras que, desde o início, Charles contestou. É verdade que ele só está lá pela imposição do falecido presidente Marchionne, mas os resultados de pista também comprovam: hoje, ele está melhor que o errante tetracampeão. No entanto, é difícil mudar esse status quo tão cedo e sem o principal apoio daquele que o apostou. Pelo fato de a Ferrari ainda não ser o principal carro, talvez isso fique em segundo plano, mas a equipe já desperdiçou bons pontos em erros de estratégia para poder brigar com a Mercedes e ter mais vitórias.

Para o ano que vem e os próximos, como será equalizada a situação? Leclerc é a nova estrela e será oficialmente o número um mais cedo ou mais tarde. Como será Vettel? Irá permanecer na F1? Vai aceitar ser um segundão igual Raikkonen ou vai se retirar da categoria antes disso?

Como é bom uma rivalidade interna entre dois pilotos, por mais destrutivo que isso possa ser. Como não estamos lá dentro, nós como fãs só queremos fogo no parquinho. Porque lembramos de Alonso e Hamilton, e não de Hamilton/Kovalainen.

Até!

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