terça-feira, 15 de agosto de 2017

ANÁLISE PARCIAL DA TEMPORADA - Parte 1

Foto: Motorsport
Já é tradição: durante as férias de verão na Europa, a F1 para por quatro semanas. Durante esse período, faço a análise da metade da temporada + uma corrida que se passou. Sem mais delongas, vamos às notas:

Foto: Sky Sports
Sebastian Vettel – 9,5 = Condução quase irrepreensível, exceção o descontrole emocional em Baku e o furo do pneu em Silverstone. Quando a Ferrari tinha um ritmo melhor, foi combativo, conseguindo poles e vitórias na base de undercuts e da superioridade da Ferrari. Quando a Mercedes cresceu nas últimas provas, foi preciso: quase sempre no pódio, perdendo o mínimo de pontos possíveis. Pontuou em todas as provas. Entretanto, a metade final será complicada para a Ferrari. O W08 Hybrid parece ter se acertado e a maioria dos circuitos favorece aos alemães, exceção talvez de Cingapura, Suzuka e Sepang, talvez Interlagos. Se manter o ritmo dessa primeira parte, Vettel será penta ou certamente venderá muito caro o título para Hamilton.

Foto: Boletim do Paddock
Lewis Hamilton – 9,0 = É menos consistente que Vettel. Quando vence, sobra. Quando a Mercedes tem dificuldades, está sendo superado por Bottas nos treinos, o que não era esperado, apesar de recuperar em algumas corridas. Ainda é o favorito ao título, dispõe de melhor equipamento, mas precisa ter cuidado com Bottas. Apesar de ser o piloto número um, tem apenas uma pequena distância para o finlandês, e aparentemente a Mercedes está trabalhando para que os dois briguem livremente pelo campeonato. Se Hamilton tiver menos problemas nas corridas onde a Mercedes não é dominante e conseguir o maior número de pontos possíveis igual Vettel, será tetracampeão mundial.

Foto: Motorsport
Valtteri Bottas – 9,0 = Vem fazendo muito mais do que todos imaginavam. Tão combativo quanto Rosberg ou até mais, considerando que esse ano as flechas de prata tem um concorrente ao título. Veloz nos treinos, não consegue repetir o ritmo nas corridas. Apesar de tudo, possui duas vitórias. Claramente Bottas já fez o suficiente para garantir mais um ano na equipe alemã. Se conseguir acumulando pontos e comendo pelas beiradas, tem pequenas chances de surpreender. Seu título seria uma das maiores zebras da F1 nas últimas décadas.

Foto: Motorsport
Daniel Ricciardo – 8,5 = Faz o que pode com a Red Bull. Teve seu trabalho recompensado pela sorte e competência (óbvio) em Baku. Está se beneficiando dos inúmeros infortúnios de Verstappen para ter uma vantagem mentirosa no mundial, mas o problema não é do australiano. O que podemos dizer é que: tomara que os taurinos consigam dar um carro para os dois brigarem pelo título nos próximos anos. É um desperdício ambos brigando apenas por pódios esporádicos.

Foto: XPB Images
Kimi Raikkonen – 7,5 = Outra temporada medíocre recompensada com mais uma renovação com a Ferrari. É o segundão da Ferrari, mas pouco consegue atrapalhar as Mercedes, tanto é que está atrás de Ricciardo e sequer venceu na temporada. É verdade que nas duas oportunidades que teve ele foi podado pela equipe em prol de Vettel, mas era para o IceMan estar fazendo muito mais. Enfim, teremos mais um ano com o finlandês no grid andando atrás do alemão.

Foto: The Sun
Max Verstappen – 7,0 = Problemas com o carro e sua imprudência resultam em  um ano frustrante. Apenas um pódio, na China. Entretanto, com largadas agressivas (até demais) e defesa de posição implacável, Max dá aperitivos de suas habilidades. Precisa trabalhar mais a cabeça e parar de se preocupar em querer ser o “vilão” da F1. Não precisa disso. Entretanto, parece que só aprenderá essa lição quando sua inconseqüência resultar em um grave acidente ou um incidente que lhe impossibilite de brigar pelo título quando tiver essa oportunidade em um futuro não muito distante. Enquanto isso, seguirá com seus limitados brilhos proporcionados pela sua habilidade e pela falta de competitividade da Red Bull.

Foto: Motorsport
Sérgio Pérez – 7,5 = Outra temporada consistente. Só falta o pódio. Ao que tudo indica, mais uma vez sua ida para a Ferrari será frustrada. Está duelando fortemente com o companheiro de equipe Ocon, onde já se estranharam duas vezes e perderam uma grande chance de brilhar em Baku. Pérez precisa controlar os nervos na guerra interna e respeitar a ordem de comando. Para ser piloto da Ferrari, é necessário ser ou um gênio, ou um bom capacho.

Foto: DNA India
 Esteban Ocon – 7,5 = Chegou chegando na Force India. Ele e Wehrlein deveriam estar brigando pela vaga na Mercedes, mesmo com Bottas surpreendendo na equipe alemã. Anda de igual para igual com o experiente mexicano, há quatro anos na Force India e há sete na F1. Tem potencial para ser campeão do mundo. Em breve será piloto Mercedes, disso não há dúvida. Precisa amadurecer, obviamente, mas sua pequena amostra é entusiasmante.

Foto: Motorsport
Carlos Sainz Jr – 7,0 = Entrega bons resultados na Toro Rosso. A temporada pífia de Kvyat aumenta seu hype. É alvo da Renault. Já viu que dificilmente irá ascender para a Red Bull, por isso está tentando de todas as formas se livrar dos taurinos. Uma das formas é conquistar resultados consistentes na pista. Entretanto, cometeu algumas barbeiragens na temporada, mas seu saldo é positivo.

Foto: F1Fanatic
Nico Hulkenberg – 7,0 = O legítimo acumulador de pontos, mas que falta estrela. Está famoso pela ríspida discussão com Kevin Magnussen na Hungria. Enquanto aguarda por Kubica no ano que vem, vai surrando o fraco Palmer. Seu caso é o mesmo de Sainz: seus companheiros de equipe pouco ou nada os ameaçam. Com o dinheiro que a Renault possui, tem tudo para, quem sabe, finalmente abocanhar os resultados expressivos que todo mundo acreditou que ele um dia iria conquistar. É a sua última chance, e não pode mais falhar na hora H.

Essa é a parte um da análise da temporada, pessoal. Nos próximos dias, disseco a atuação da metade final do grid. O que acharam? Concordam? Discordam? Comentem!
Até mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, esse é o espaço em que você pode comentar, sugerir e criticar, desde que seja construtivo. O espaço é aberto, mas mensagens ofensivas para outros comentaristas ou para o autor não serão toleradas.