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terça-feira, 1 de setembro de 2020

A ESPERANÇA DRUGO E OS TALENTOS DA F2

 

Foto: Getty Images

Geralmente a F2 é mais emocionante e melhor disputada que a F1. Com pilotos jovens inexperientes e arrojados, isso é uma boa mistura para o entretenimento. No entanto, depois de um 2019 trágico e repleto de poucos talentos (sendo um desses morto no acidente de Spa - Anthoine Hubert), em 2020 a F2 tem grandes nomes na disputa ou que prometem estar na Fórmula 1 a curto/médio-prazo.

Uma das esperanças virou o surpreendente Felipe Drugovich. Aos 20 anos, o paranaense de Maringá tem como grandes resultados a terceira posição na F4 alemã em 2017 e os títulos na Euroformula, F3 Espanhola e MRF Challenge entre 2017 e 2018. No ano passado, correu na F3 e terminou a frente de Logan Sargeant, atual líder.

Neste ano, sem grandes expectativas, assinou com a MP Motorsport, equipe que tinha no ano passado o mito Mahaaver Raghunathan. Nesta temporada ele é companheiro do experiente japonês Nobuharu Matsushita, que já foi piloto da Honda. Mesmo estreando na nova categoria, vem extraindo muito de um carro fraco. Duas poles normais e uma na sprint race, além de duas vitórias na sprint race. Drugo ainda precisa evoluir no ritmo de corrida é claro, mas as credenciais iniciais são animadoras.

Para o ano que vem, precisa desesperadamente de um carro melhor e tentar assinar com uma academia de pilotos. Hoje, infelizmente, só assim para chegar na F1 ou ter sobrenome e dinheiro, que não é o caso de Felipe. No entanto, o brasileiro mostra ter muito potencial para quem sabe, no médio prazo, sonhar com a F1.

Agora, trarei rapidamente as credenciais de outros postulantes a título da categoria e que, consequentemente, podem chegar na Fórmula 1 em um futuro próximo:

Robert Shwartzman: o russo, prestes a completar 21 anos, é o atual campeão da F3. Antes, conquistou a Toyota Racing Series em 2018. A parceria vitoriosa com a Prema até agora vem se repetindo na F2. Mesmo no ano de estreia, é o atual líder, superando o experiente e também parceiro de Academia, o badalado Mick Schumacher. Com 3 vitórias e 5 pódios em 14 corridas, naturalmente é um dos candidatos a ir para a Fórmula 1 em 2021, seja na Haas ou na Alfa Romeo, ambas parcerias da Ferrari.

Callum Ilott: também da Academia de Pilotos da Ferrari, o inglês de 21 anos foi terceiro colocado na F3 em 2018, atrás somente dos companheiros Anthoine Hubert e Nikita Mazepin. No ano passado, foi apenas o 12°, mas agora está brigando pelo campeonato. Com 2 vitórias e 4 poles, é o vice-líder, tendo perdido a liderança no final de semana para Shwartzman. No entanto, suas chances de ascensão na F1 são mínimas, pois os fichas 1 e 2 da Ferrari são Shwartzman e Schumacher. Está numa posição complicada.

Yuki Tsunoda: o japonês de 20 anos é o pacote completo: apoiado pela Red Bull + Honda, naturalmente é questão de tempo para que chegue na Alpha Tauri. Se terminar a F2 entre os três primeiros, vai subir para a equipe satélite. Com duas vitórias e quatro pódios na Carlin, é o sopro de renovação que a academia de pilotos dos taurinos precisa. Elogiado publicamente por Franz Tost, chefão da Alpha Tauri, só depende dele para que o Japão volte a ter um piloto na Fórmula 1.

Mick Schumacher: o mais badalado dos pilotos da F2 por questões óbvias, Mick vem se mostrando um piloto nada mais nada menos do que regular. Mesmo sem vencer, vem acumulando pódios e é o quarto colocado no campeonato. Publicamente, já ficou claro que a única dúvida é sobre qual equipe ele estreará na F1: Haas ou Alfa Romeo. Certamente Mick não está pronto ou não é um piloto espetacular, mas nesse caso o sobrenome e a nostalgia bastam. Como todos sabemos, a base é uma coisa e a F1 é outra. Vai que o alemão desabroche por lá? Não é o mais lógico, mas não seria a primeira e nem será a última...

Guanyou Zhou: o chinês viável. Bom piloto e já na academia da Renault, certamente seria uma escolha interessante para ativar um mercado de bilhões de pessoas. Com 21 anos, seu melhor resultado foi um vice-campeonato na F4 italiana em 2015. Ano passado foi o sexto na F2, agora é o sétimo. O problema para o chinês é que ele está travado nos próximos anos devido a contratação de Alonso e a manutenção de Ocon, que nem da Renault é. Paciência e consistência são as palavras chave para o chinês.

Christian Lundgaard: O dinamarquês se encontra na mesma, a diferença é que não é chinês e é mais jovem, apenas 19 anos, pode se desenvolver na categoria. Campeão da F4 espanhola em 2017, foi o sexto colocado na F3 ano passado. Apesar de estreante, está dando trabalho lá na frente. Como ainda tem bastante tempo para se desenvolver, é um nome que pode ter uma atenção maior no futuro. Tudo vai depender dele próprio e também do que a Renault pretende com seus pilotos a médio-prazo.

Menções (nem tão) honrosas:

Nikita Mazepin e Sean Gelael: o russo e o indonésio são de família rica, então basicamente o que precisam é de um resultado mínimo que os gabaritem para a Fórmula 1, igual Stroll. O russo é o quinto colocado e certamente é capaz até de comprar ou inventar uma equipe para correr, mesmo sendo um psicopata de uma família de negócios escusos. Gelael não fica muito para trás, mas uma lesão na vértebra vai deixá-lo fora de combate até o final da temporada. Vai ter que tentar tudo de novo em 2021, mas seria bom se ambos passassem longe da F1.

E pra vocês, quem mais se aproxima da F1 no futuro próximo?

Até!



sexta-feira, 26 de abril de 2019

BIZARRICES

Foto: Getty Images
Mais um dia nem tão normal assim no automobilismo e em Baku.

Logo em 10 minutos da primeira sessão de treinos livres, George Russell rasgava a reta tranquilamente até passar por cima de uma tampa de bueiro (!) que ficou exposta na pista. Claro, é um circuito de rua, normal ter isso. No entanto, não deixa de ser um amadorismo sem limites.

Bem, o assoalho e o câmbio foram danificados e a sessão foi cancelada. Não bastasse isso, o caminhão que retirava do carro da Williams bateu numa marquise e o fluido hidráulico do veículo começou a escorrer bem no FW42. Que fase... é o famoso "jogar pedra na cruz".




Imagina se uma coisa dessas acontece no Brasil... Bom, ao menos podemos provar as vezes que nem tudo na F1 é tão perfeccionista e profissional. Afinal, umas pataquadas dessas também servem pra quebrar o gelo.

Mas isso não foi tudo. O gran finale veio na F2.

Primeiro, apenas observem isso que o possante indiano Mahaveer Raghunathan (nome de CPU gerado por jogo asiático) fez:


Agora, o que Sean Gelael, que estava com problemas no motor do carro, fez com os pobres comissários azeris:




Um dia e tanto em Baku, que sempre promete corridas malucas e incidentes bizarros. Isso, para esta temporada, já não falta mais. Ansioso.

Ah sim: Leclerc foi o mais rápido no TL2 e Matsushita larga na pole na F2.

Até!

terça-feira, 10 de outubro de 2017

INDEFINIÇÃO

Foto: Sky Sports
E faltando quatro etapas para o fim da temporada, a Toro Rosso está a procura de pilotos não só para 2018 como também para o fim do ano. Tudo porque Carlos Sainz irá se juntar imediatamente para a Renault na próxima etapa em Austin, substituindo o demitido Jolyon Palmer. Com isso, abre-se uma vaga para as próximas corridas. Quem será o parceiro de Pierre Gasly?

Parceiro? Bom, antes de se juntar a Toro Rosso, o francês estava exilado na Super Fórmula do Japão, onde é vice-líder. Acontece que, no final de semana da corrida dos Estados Unidos também será disputada a última etapa da categoria nipônica. As informações que chegam é que foi recusada a participação de Gasly na F1, o que obrigaria a escuderia de Faenza procurar dois pilotos para disputar o GP dos Estados Unidos daqui duas semanas.

Um dos nomes seria o retorno de Daniil Kvyat, recém chutado da equipe e que, pasmem, pode retornar a titularidade do time no ano que vem, dada a escassez de talentos da academia de pilotos da Red Bull. Ou seja, é preferível manter o russo, que vem em um péssimo momento, do que apostar em algum nome tipo Sean Gelael, que participa de algumas sessões de treinos livres durante o ano. Outro nome, o japonês Nobuharu Matsushita, não tem pontos suficientes na Super Licença para pilotar um F1.

Eis então que a imprensa especializada vem especulando um terceiro nome: o recém campeão da Indy Josef Newgarden. Uma corrida nos Estados Unidos e com a presença do atual campeão da principal categoria do país poderia acarretar em mais público e engajamento dos fãs das duas categorias, a exemplo do que aconteceu com Alonso e a Indy, obviamente em menor escala. Bom, não quero estragar o barato, mas na única vez que um campeão da Indy pilotou pela Toro Rosso o desfecho não foi positivo para o piloto, não é Bourdais?

Bom, nos próximos dias teremos o desenrolar dessa questão um tanto quanto bizarra na atual F1. Olhem os classificados e mandem seus currículos para Faenza, vai que você não seja contratado?

Até!