terça-feira, 24 de outubro de 2017

SALADA TORO ROSSO

Foto: Stuff
Mais perdida que a Seleção Brasileira nos 7 a 1, a Toro Rosso já anunciou sua dupla de pilotos que irá disputar o GP do México. Contrariando as expectativas, o neozelandês Brendon Hartley segue como titular da equipe, com o retorno do francês Pierre Gasly. O #10 não foi liberado pela Honda para competir na semana passada em virtude da disputa da última corrida da Super Fórmula, no Japão. Entretanto, a formação de um tufão cancelou a prova, que não será disputada. Sendo assim, Gasly foi vice-campeão, não correu e perdeu um fim de semana de F1 à toa.

Além de Hartley ser oriundo da academia de pilotos da Red Bull em um passado distante, os engenheiros teriam ficado impressionados com os stints do campeão das 24 Horas de Le Mans desse ano. Mesmo poupando combustível, era mais veloz que o experiente Daniil Kvyat. O fato de Hartley também ter disputado pela Porsche provas de Endurance no México e no Brasil também foi levado em conta. Isso significa que, talvez, Hartley seja o favorito a formar uma dupla com o francês para a próxima temporada.

Foto: Red Bull/Getty
A Toro Rosso dar de ombros para a disputa de construtores desse ano ao colocar um novato na F1 e outro piloto que estava afastado dos monopostos desde 2011. O objetivo parece deixar os futuros titulares de 2018 pegarem o ritmo da F1 nessas três corridas finais. Parece muito improvável que outro piloto seja testado ou que Kvyat retorne pela quarta vez para a equipe de Faenza.

O mais triste para o russo é que dessa vez ele foi dispensado após marcar um ponto, chegando em décimo no domingo. O russo teria declarado que buscaria ser protagonista em outra categoria ao invés de apenas ser um coadjuvante brigando por pontos. Bom, nesse caso, nem isso ele estava sendo capaz de fazer. Com apenas cinco pontos no ano, o russo consegue a proeza de terminar atrás de Pascal Wehrlein no campeonato com um carro muito superior (Pascal supera Kvyat por ter conseguido o oitavo lugar na Espanha, o melhor resultado na temporada, enquanto que o #26 foi apenas nono duas vezes e décimo uma).

Em um ambiente tão competitivo e que pressiona os pilotos desde o início de suas vidas no kart, esquecemos de ver o lado mental dos pilotos. Como não sou especialista, estou apenas chutando: será que a primeira demissão de Kvyat foi preponderante para a sua queda de desempenho? Os resultados mostram que sim. Até simpatizava com o russo. É inacreditável pensar que dois anos atrás ele estava superando Daniel Ricciardo no campeonato (apesar dos inúmeros azares do australiano em 2015).

A Toro Rosso aposta em dois pilotos inexperientes na F1 e em um motor que é o pior do grid. O futuro da equipe júnior da Red Bull é uma grande incógnita.

Até!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, esse é o espaço em que você pode comentar, sugerir e criticar, desde que seja construtivo. O espaço é aberto, mas mensagens ofensivas para outros comentaristas ou para o autor não serão toleradas.