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terça-feira, 18 de junho de 2019

QUANDO A F1 ERA F1

Foto: Continental Circus
Nada mais oportuno (coincidência ou não) do que a corrida seguinte do Canadá ser o GP da França, que 40 anos atrás protagonizou uma de suas maiores batalhas dentro da pista de todos os tempos. É claro que nos tempos atuais os dois protagonistas já estariam em uma prisão perpétua por colocar as próprias vidas e a do resto em risco, mas como o título, isto é do tempo que a F1 era F1.

Antes do circo chegar em palco francês, em Dijon, aconteceram algumas coisas. A primeira delas foi o acidente que Patrick Depailler sofreu enquanto voava de asa delta. Teve fraturas nas pernas, no tornozelo e em algumas costelas. Em seu lugar na Ligier foi contratado Jacky Ickx.

A F1 chegou a ficar um mês entre uma corrida e outra porque a corrida do meio, que seria a Suécia, foi cancelada diante da falta de apoiadores, claramente em virtude dos falecimentos de Ronnie Peterson e Gunnar Nilsson.

Desejando a primeira vitória em casa e com o motor turbo, a Renault tratou de ficar com a primeira fila, com Jean-Pierre Jabouille e Renè Arnoux, seguidos por Gilles Villeneuve (Ferrari) e a Brabham de Nelson Piquet, que até então havia conquistado sua melhor posição de largada na carreira.

Na largada, Villeneuve passa as Renault, assume a ponta e dispara. No entanto, na metade da prova, foi perdendo terreno até que Jabouille o passasse e retomasse a liderança. No pit-stop, Villeneuve escolhe pneus menos aderentes e vê a ameaça da outra Renault ameaçando seu segundo lugar. Nas voltas finais, aconteceu o que vocês já sabem, eu acho:


Jabouille venceu pela primeira vez na carreira, a primeira da Renault em casa e a primeira de um motor turbo na história da categoria, mas isso ficou totalmente esquecido pela briga insana entre Villeneuve e Arnoux.

É claro que as manobras dos dois foram criticadas por serem perigosas demais. Gilles respondeu: "Foi divertido". Completaram a zona de pontuação Alan Jones (Williams), Jean Pierre Jarier (Tyrrell) e Clay Regazzoni (Williams).

Foto: Getty Images
No momento onde brigar por posições parece pecado, o resgate histórico desta histórica corrida mostra que, como o título já diz, era quando a F1 era a F1.

Até!

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A HIPOCRISIA DA F1

Foto: Reprodução
A ultrapassagem de Verstappen em cima de Raikkonen ainda segue dando o que falar. Nico Rosberg, Mario Andretti e até o próprio Kimi discordaram da punição. Lewis Hamilton foi a favor. Afinal, a punição para Max foi justa?

O fato é que nada vai mudar. Entretanto, durante todo o fim de semana os carros aproveitaram as largas áreas de escape para cortar caminho, seja durante as voltas rápidas dos treinos ou até na defesa das posições nas corridas.

Os comissários aplicaram a regra. A culpa não é deles, e sim da regra. O critério foi definido durante o briefing dos pilotos? Por que nenhum piloto teve o tempo de volta anulado ou foi punido ao se beneficiar do uso das áreas de escape? Repito: faltou critério.

Uma solução bem simples e eficaz: acabar com essa palhaçada de áreas de escape asfaltadas. Coloquem grama e brita de volta, como sempre foi, que nenhum piloto irá se aproveitar da situação para fazer uma ultrapassagem supostamente ilegal.


CART, 1996: Na última volta, Alex Zanardi ultrapassa Bryan Herta em Laguna Seca e vence. Se fosse nos dias atuais, não valeria. Esse é o ponto da hipocrisia da Fórmula 1: ao mesmo tempo em que a Liberty Media busca desesperadamente formas da categoria ter mais apelo nas redes sociais e entre os jovens através de ações como a da última corrida, a FIA parece estar na contra-mão disso, punindo o piloto que pensa diferente da caixa e executava um movimento "ousado".


França, 1979: René Arnoux vs Gilles Villeneuve. Uma das maiores disputas roda a roda da história da categoria certamente resultaria em punição hoje em dia.


Massa e Kubica no Japão, em 2007: disputa que nunca mais acontecerá (primeiro, não teria corrida com essa chuva e segundo, seriam punidos).


Conclusão: Voltem com as gramas e a caixa de brita no lugar dessas áreas de escape e parem de punir a ousadia dos pilotos!

Até!